sexta-feira, 7 de março de 2014

Trabalhadores da Rádio Difusora de Itabuna estão em greve

Trabalhadores da Rádio Difusora de Itabuna entraram em greve devido à demissão de forma humilhante e sem justificativa do operador de áudio, Iran Roberto, sob a ordem da diretora Cátia Gomes.

Segundo os grevistas, a demissão foi apenas um estopim da situação, eles relatam diversos problemas na gestão da diretora, como o desligamento de mais dez funcionários sem os direitos trabalhistas.

O Sindicato dos Radialistas de Itabuna apoia a greve e espera a readmissão de Iran Roberto e um acordo com os outros trabalhadores desligados.

Federação Sindical Mundial reage ao novo governo na Ucrânia

A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, na Ucrânia,
 caminhou em janeiro durante protestos com um dos líderes da oposição de direita,
 Arseny Yatsenyuk, do Partido da Pátria, que incitou manifestações contra o governo.
Vostock-Media/Reuters/Alexander Demianchuk

Reagindo ao desenvolvimento da crise política na Ucrânia, a Federação Sindical Mundial (FSM) emitiu uma nota, na terça-feira (4), em repúdio ao novo governo daquele país, “formado por forças políticas reacionárias e opostas aos trabalhadores.” Desde novembro do ano passado, a intensificação dos protestos e a ascensão do fascismo na Ucrânia contaram com o respaldo crucial dos EUA e da União Europeia, diretamente interessada na deposição inconstitucional do governo, no final do mês passado. 


O avanço ocidental para determinar o rumo político da Ucrânia é revelador das tendências imperialistas de desestabilização dos países cujos governos não se submetem à sua agenda. Foi o caso no país do leste europeu, quando o seu Parlamento decidiu suspender o acordo comercial que levaria à adesão à União Europeia. 

Para evitar este caminho, o Ocidente resolveu apoiar a extrema-direita e até o fascismo contra o governo ucraniano, enquanto o resto da Europa sofre as consequências do plano econômico e fiscal de arrocho imposto pelos credores europeus e internacionais aos povos já empobrecidos e afetados pela crise sistêmica do capitalismo. 

Leia a seguir a íntegra do comunicado emitido pela federação desde a sua sede, em Atenas, na Grécia:

Declaração da Federação Sindical Mundial sobre a Ucrânia 

A Federação Sindical Mundial (FSM) informa à classe trabalhadora internacional que os últimos acontecimentos na Ucrânia não são “uma vitória da democracia”, como afirmam hipocritamente a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a União Europeia, os Estados Unidos e seus aliados. 

Os recentes acontecimentos na Ucrânia são atos perigosos, principalmente, para a classe trabalhadora da Ucrânia, os povos da região e para a paz mundial. A Ucrânia é um país rico, com grandes recursos produtores de riqueza. É um país com canais de energias cruciais, um país com uma posição importante no mapa geoestratégico.

O novo governo ucraniano, formado por forças políticas reacionárias e anti-trabalhadores, tomou o poder com o apoio dos imperialistas dos Estados Unidos e seus aliados. O novo governo é um fantoche dos imperialistas, quem o instalou para que promova seus planos geopolíticos e geoestratégicos.

Ao mesmo tempo, os acontecimentos na Ucrânia confirmam que as organizações nazistas e neonazistas são instrumentos do sistema capitalista e dos inimigos da classe trabalhadora e dos setores populares.

O movimento sindical classista internacional expressa sua solidariedade internacionalista com os trabalhadores que vivem na Ucrânia. Apoia o direito dos trabalhadores que vivem na Ucrânia de lutar contra a barbárie capitalista e contra os perigos gerados pelas rivalidades entre os Estados Unidos, a União Europeia e Rússia.

Fonte: Vermelho

Em decisão inédita Justiça condena TVs por excesso de propaganda

Três emissoras de televisão foram condenadas, em primeira instância, pela 7ª Vara Cível da Justiça Federal por exibir propagandas em excesso. Os conhecidos “supermercados eletrônicos” têm praticamente toda sua programação voltada para as televendas, quando a legislação específica estabelece um máximo de 25% do tempo para publicidade.


A decisão da justiça exige, além da readequação da grade de programação em até 60 dias, sob pena de cassação, o pagamento de uma indenização de 1% sobre o faturamento em 2006 por danos morais coletivos. As três emissoras condenadas, Mega TV (Canal Brasileiro de Informação – CBI), Televisão Cachoeira do Sul e Shop Tour, ainda podem recorrer da decisão.

O processo foi uma iniciativa do Intervozes juntamente com a Rede de Advogados e o Escritório Modelo da PUC-SP. Na ação civil, os autores afirmam que “as emissoras rés descumprem, dentre outras leis, o artigo 28 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão (Decreto Presidencial nº 52.795/63), que obriga as concessionárias a subordinar os programas de informação, divertimento, propaganda e publicidade às finalidades educativas e culturais inerentes à radiodifusão”.

O Ministério das Comunicações, acusado no início por não cumprir com a obrigação de fiscalizar, no decorrer do processo, requereu sua migração para o lado da acusação. "Se o ministério cumprisse seu dever de órgão fiscalizador, nem teria sido necessário recorrer à Justiça", afirmou Bráulio Araújo, advogado e associado do Intervozes.

Segundo o ministério, a fiscalização realizada pelo órgão e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acontece conforme planejamento anual, sorteio de municípios e recebimento de denúncias. O Intervozes acredita na possibilidade de o processo criar uma jurisprudência que oriente outras ações futuras.

Protocolado em 2007, o processo pode ter tido, porém, uma decisão demasiado tardia para os casos envolvidos. Duas emissoras apresentadas inicialmente na ação foram excluídas por mudarem o conteúdo de sua programação . O Shop Tour, por exemplo, depois de 26 anos de funcionamento haveria encerrado suas atividades na televisão.

Uma declaração do seu fundador, Luiz Galebe, publicada no site do canal na internet afirma que “o Shop Tour foi uma criação concebida para a televisão, pensada para a televisão, exclusivamente televisão e como todos sabem, a televisão está diferente nos forçando a mudar a trajetória. Exatamente por estas mudanças o Shop Tour decidiu parar suas atividades e nossa poderosa marca virou um símbolo, uma bandeira que marcou uma época de respeito ao consumidor. O empresário completa explicando que “o mundo mudou e por isso exigiu uma nova maneira de comunicação, a nova forma das pessoas comprarem passou a ser pela internet”.

Fonte: Observatório do Direito à Comunicação via Vermelho

Dilma: Governo tem investigado e combatido o tráfico de pessoas

A presidenta Dilma Rousseff elogiou, em sua conta no Twitter, a decisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de utilizar a Campanha da Fraternidade 2014 para combater o tráfico de pessoas. Segundo ela, o governo federal tem sistematicamente investigado e combatido esse crime.


Twett CNBB
Twett CNBB






























Dilma afirmou que a participação da sociedade é decisiva para acabar com este tipo de crime. Ela lembrou ainda que por meio do Ligue 180 é possível denunciar casos de violência, cárcere privado e tráfico de mulheres.

“Saúdo a decisão da CNBB de se lançar na luta contra o tráfico de pessoas, tema da Campanha da Fraternidade 2014. Desde 2006, o Brasil tem uma política nacional para combater esse crime que atinge, principalmente, as mulheres jovens. Por meio do telefone 180, a Secretaria de Políticas para as Mulheres recebe denúncias que são repassadas à Polícia Federal. Meu governo tem, sistematicamente, investigado e combatido o tráfico de pessoas, além de oferecer assistência às vítimas e denunciantes. O tráfico de pessoas ainda é um crime difícil de combater. Suas vítimas têm medo e vergonha de denunciar a prática. Por isto, é decisiva a participação da sociedade por meio de campanhas como esta da CNBB”.

Fonte: Blog do Planalto via Vermelho

Cuba rechaça atos desestabilizadores contra Venezuela

Grupos ligados à direita venezuelana promovem ações com a intenção de
 desestabilizar o governo constitucional de Nicolás Maduro. | Foto: Reuters




















Cuba denunciou, ontem, quinta-feira (6), perante o Conselho de Direitos Humanos, os atos desestabilizadores desferidos na Venezuela que, além de violar a institucionalidade, têm como propósito derrubar pela força o governo legitimamente constituído.


Ao intervir na 25ª sessão ordinária do Conselho, o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Abelardo Moreno, recordou que as autoridades foram eleitas soberanamente pelo povo dessa nação, o único com capacidade para decidir seu próprio destino.

"As ações dos grupos desestabilizadores, instigadas a partir do exterior e promovidas pela manipulação informativa dos meios de comunicação irresponsáveis e por setores fascistas minoritários na Venezuela, devem ser objeto da mais forte condenação e repúdio por parte da comunidade internacional", assegurou.

Durante seu discurso junto aos altos segmentos do Conselho, o vice-chanceler cubano recordou que quando se criou esse organismo não foram poucas as dúvidas de contar com uma entidade onde primassem a cooperação e o diálogo genuínos.

Cuba, que tinha sofrido a politização, a duplicidade de critérios e a seletividade da desaparecida Comissão dos Direitos Humanos, sempre lhe deu o benefício da dúvida, destacou.

"Sete anos após a criação deste Conselho confirmamos que, lamentavelmente, em muitos casos se transferiram a ele as mesmas receitas, os mesmos duplos critérios e a mesma manipulação ideológica que determinaram o descrédito da Comissão", disse Moreno.

Referiu-se o vice-titular das Relações Exteriores à atitude das potências que pretendem ser guardiães dos direitos humanos e fiscais de outros, apesar de serem responsáveis diretos de graves e sistemáticas violações.

Apresentou como exemplo as execuções extrajudiciais, por meio de drones, de centenas de mulheres e crianças inocentes, e as tentativas de declarar tais assassinatos como legais.

Moreno também fez alusão à transgressão do direito à privacidade e à informação de milhões de cidadãos de todo mundo pela escandalosa espionagem global, que também violou a soberania dos Estados.

Referiu-se, também, ao "apoio à desestabilização de governos legitimamente constituídos em países do sul do planeta, quando não se submetam a seus desígnios".

Por outro lado, acrescentou, perpetua-se a violação do Direito Internacional Humanitário, com as torturas de prisioneiros, incluída sua alimentação forçada, no centro de detenções ilegais em território usurpado de Cuba, em Guantânamo, o qual ainda não foi fechado, apesar das reiteradas promessas.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

quinta-feira, 6 de março de 2014

Cinquenta anos depois, a luta não acabou

Sem dúvida, a juventude foi a principal atingida pelo golpe militar, que elegeu os jovens e seus sonhos como a maior ameaça, um inimigo a ser combatido. Cinquenta anos depois daquele trágico ano de 1964, a democracia voltou, mas os resquícios e efeitos colaterais daquele período ainda são entraves ao Brasil que a juventude deseja. Os sonhos daquela geração e desta ainda estão nas ruas. Como aconselha o rapper Criolo na canção “Samba, Sambei”: Não baixe a guarda, a luta não acabou!





Hoje, cresce no Brasil o movimento pela apuração lúcida e justa dos crimes e violações de direitos dessa época, principalmente com a criação das comissões da verdade. Essa foi a resposta da pressão popular e de entidades, como a UNE, ao longo de anos, pela abertura dos arquivos do regime e pelo esclarecimento de tudo o que aconteceu sob a égide de um estado opaco e violento.

Varrer esses resquícios de autoritarismo que ainda restam em nosso país é tarefa da juventude, que segue incansável nas ruas lutando pelo país que tanto se sonha. Consolidar as reformas democráticas é fundamental para conquistar o Brasil que tanto se quer. Não vai ser fácil. Tampouco será impossível. Abriu-se, pela primeira vez, uma temporada de frestas. Vamos em frente!

1964-2014: Uma universidade mais colorida e democrática


O regime militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos, universidades foram invadidas, estudantes foram perseguidos. Ainda hoje, os efeitos dessas ações resultam em instituições pouco democráticas e pouco voltadas às reais necessidades sociais do país.

Durante a ditadura aconteceu uma expansão desordenada das universidades no Brasil, com obras faraônicas, muitas inclusive assemelhadas à estrutura de presídios ou quarteis. Foi também nessa época que se criou o vestibular classificatório, selecionando quem poderia ou não cursar o ensino superior, e que se proibiu a organização estudantil dentro dos campi.

Atualmente, meio século depois, casos como eleição indireta para reitor, autoritarismo e presença militar dentro da universidade devem ser superados. O próprio modelo urbanístico, segregado, unifuncional, com densidade de ocupação baixíssima e com mobilidade baseada no automóvel remonta aos anos de chumbo da ditadura.

A universidade deve estar associada à construção de um projeto de nação. É necessário mais diálogo, mais participação estudantil, além da continuidade ao modelo onde negros, pardos, estudantes oriundos da rede pública e pessoas com deficiência têm vez. A criação de um sistema de assistência estudantil, instituindo um programa de bolsa permanência, faz-se fundamental nesse sentido.

“Depois da democratização do acesso à universidade, conquistado com muita luta no último período, agora é a hora de uma reforma universitária que democratize as estruturas internas. O voto direto para reitores e a criação de conselhos paritários são exemplos. A juventude quer participar dentro e fora das instituições”, afirma Mitã Chalfun, vice-presidente da UNE.

1964-2014: Mudar a política para mudar o Brasil


Há exatamente 50 anos, o Brasil era empurrado para um dos momentos mais sombrios de sua história. Com a violência de uma ação militar obscura, construída e apoiada por setores conservadores e poderosos da sociedade civil, a democracia foi ao chão: após o Ato Constitucional nº5 (AI-5), o Congresso foi fechado e as instituições ruíram.

Mesmo após a reconquista da democracia, o sistema político brasileiro está longe de atender às reais necessidades do país. Grande influência do poder econômico, corrupção, pouca transparência de ideologias e compromissos trazem um panorama cada vez maior de descrédito e insatisfação.

As manifestações que ocupam as cidades do país desde junho de 2013 mostram que o Brasil ainda se encontra nas ruas, assim como na resistência à ditadura, reivindicando seus direitos. Um dos mais aclamados corresponde a uma luta antiga da UNE: combater a corrupção e acabar com o financiamento privado das campanhas eleitorais através de uma reforma política democrática, que aponte a participação popular enquanto elemento central do processo.

1964-2014: Uma comunicação livre e para todos


O movimento de golpe que instituiu a ditadura militar teve o apoio de alguns importantes grupos de comunicação e imprensa do país. Foi também durante o regime militar que estabeleceu-se a censura e firmou-se o modelo de concessões públicas de Rádio e TV que transformou-se em monopólio de poucos. No Brasil, a grande maioria do conteúdo produzido pela chamada imprensa tradicional está na mão de apenas sete famílias: Marinho (Globo), Abravanel (SBT), Saad (Band), Macedo (Record), Frias (Folha), Mesquita (Estadão) e Civita (grupo Abril).

Para vencer essa herança negativa, é fundamental a movimentação a favor de um processo de democratização dos meios de comunicação, garantindo maior pluralidade e menos acumulação de poder nas mãos de poucos. A perda de credibilidade e a desmoralização da grande mídia, reforçada por sua postura contrária a governos populares na última década é o sintoma de um modelo esgotado.

Por isso, a UNE se integra à luta pela democratização da comunicação e faz dela uma de suas principais bandeiras. Ao lado de diversos outros movimentos sociais, defende o projeto de lei de iniciativa popular da mídia democrática e é aliada contra o império da comunicação, tão cruel quanto o latifúndio da terra ou o sucateamento da educação.

1964-2014: Desmilitarizar a PM


Desde a Constituição de 1988, grupos que atuam em defesa dos direitos humanos lutam pela desmilitarização da Polícia Militar. A violência indiscriminada empregada pela instituição, que se intensificou nas manifestações de junho e continuou Brasil afora, deu novamente visibilidade à antiga reivindicação de movimentos sociais pela desmilitarização.

Como na ditadura militar, a PM tende a prosperar a ideia do inimigo interno, não raro projetada sobre a imagem estigmatizada do jovem pobre e negro. Para a UNE, o policial não deve ter a população como sua inimiga e, sim, respeitar direitos, bem como também ser julgado e tratado como um cidadão. Mais do que isso, deve ter como vocação um conceito igualitário e radicalmente avesso ao racismo.

“O que está em questão, e com máxima urgência, é salvar jovens negros e pobres do genocídio, é acabar com as execuções extra-judiciais, as torturas, a criminalização dos povos e reduzir o número inacreditável de crimes letais intencionais. O papel da polícia é garantir os direitos dos cidadãos”, explicou em entrevista à Revista Fórum o especialista em segurança pública e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Luiz Eduardo Soares.

Fonte: Site da UNE via Vermelho

Maduro: Legado de Chávez deve continuar nas mãos do povo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante discurso realizado no marco das manifestações pelo primeiro aniversário da morte do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frías, pediu que os venezuelanos sigam trabalhando para que seu legado "continue adiante nas mãos do povo, como uma bandeira limpa e vitoriosa".



Chávez foi o defensor de um projeto socialista da pátria venezuelana. | Foto: Referencial

A respeito das ameaças da oposição de cometer novos atos violentos, Maduro afirmou que "nosso povo, em batalha, vai limpando o caminho da violência" e acrescentou: sempre na rua "em um país que nos deixou Chávez, libertado das privatizações neoliberais”.


Homenagem cívico-militar a Chávez. | Foto: Correo del Orinoco

Diante da violência empreendida por setores da direita que tentam desestabilizar o governo bolivariano, Maduro ressaltou que o “povo está mais unido do que nunca”.  Sobre os  prognósticos pessimistas da ultradireita a respeito do possível fracasso do processo bolivariano sem Chávez, o mandatário afirmou: “aqui estamos de pé, vitoriosos, rumo ao socialismo”. As declarações foram realizadas durante o desfile cívico-militar realizado para homenagear o líder venezuelano.


Vários presidentes e representantes de nações irmãs estiveram presentes na homenagem cívico-militar a Chávez. | Foto: Correo del Orinoco

"Chávez foi o grande democratizador da vida política do país nos 200 anos da República que temos (…). Foi o defensor das ideias do libertador Simón Bolívar e trouxe seu projeto original e o transformou em um projeto de presente, mas acima de tudo, em um projeto de futuro, o projeto socialista da pátria venezuelana", afirmou. 

Maduro destacou que Chávez “rompeu as amarras com os velhos conceitos dos exércitos de ocupação e fundou com a doutrina de Bolívar uma nova Força Armada Nacional Bolivariana", que é "anti-imperialista, socialista e profundamente chavista".

Acompanhe a cobertura do Vermelho sobre o primeiro ano da morte de Chávez

O Chefe de Estado também se referiu à figura de Chávez como um grande protetor dos mais necessitados e lembrou seus esforços em defesa dos direitos dos povos da Venezuela e do mundo.


Homenagem cívico-militar a Chávez. | Foto: Correo del Orinoco

"Nunca antes na história houve um líder que amou tão autenticamente o povo, que amou os humildes e respeitou os pobres. Foi um reivindicador dos pobres e do trabalhador, de seus direitos, de sua educação, cultura e dignidade, que passou para a história como o salvador dos pobres da Venezuela e da América", afirmou em cadeia nacional de rádio e televisão.

O presidente venezuelano também lembrou o papel fundamental de Chávez na consolidação da união dos povos latino-americanos: "Hoje podemos falar da existência da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), Petrocaribe e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), graças a Chávez", disse ele .

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações da ANV e Prensa Latina

Passo decisivo para um partido comunista de quadros e de massas

A convocação do 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido retoma o debate da construção partidária à luz de seu Programa e das Resoluções do 13º Congresso. Ele se instala em Brasília, dias 11 e 12 de março. O artigo que se segue visa a estimular o debate que ver percorrendo as formulações por um partido comunista de quadros e de massas.

Por Walter Sorrentino*


A rica noção de um partido comunista de quadros e de massas tem ainda uma longa trajetória a percorrer. Sem falar do horizonte estratégico, ainda posto numa situação de disputa defensiva, numa luta prolongada por construir nova hegemonia política, social e cultural entre as grandes massas de trabalhadores, jovens, mulheres e setores da intelectualidade da sociedade brasileira, a jornada é longa também para dar delineamentos políticos, organizativos e práticos a uma força partidária organizada naquela direção.

Foi fecundo o movimento inicial percorrido nos anos pós-crise e falência da URSS. Livre das amarras de supostos modelos únicos de socialismo, revolução e partido, abriu-se uma reflexão teórica e um movimento prático inicial na direção de um partido comunista de quadros e de massas. Avançando a formulação teórica a partir da teoria leninista de partido - mas, como Lênin ligando a política de construção partidária essencialmente à estratégia propugnada para a revolução -, estabeleceu-se enorme potencialidade para desenvolver o PCdoB nas condições originais do país, nos termos da contemporaneidade, no caminho de um novo projeto nacional de desenvolvimento para um rumo socialista.

É o que tem sido largamente tratado e debatido nos últimos Congressos, e falta ainda muito nesse percurso, decerto, no que se depende da evolução do curso político real. Mas passos fundamentais estão dados e em evolução. Um programa socialista contemporâneo, que encerra uma estratégia determinada, que os torna tangíveis para ir ao encontro das aspirações mais sentidas dos trabalhadores, de todo o povo e da nação, abrindo caminhos para superar as contradições em presença. Uma tática que considera multilateralmente a realidade concreta de forças de todas as classes e seus interesses e propósitos, que a um só tempo permita constituir um bloco político e social transformador, enquanto unidade popular, e conjugue esforços políticos, de ação de massas, institucional e eleitoral, os movimentos sociais e da cultura, num trabalho molecular permanente pela nova hegemonia. A luta pelas reformas democráticas estruturantes responde por essa exigência concreta.

Mas faz falta referência necessária à questão partido, ou seja, da força política consciente, organizada e mobilizada, que reúna esse pensamento à ação, construa a unidade de forças da esquerda com convicções, clareza e determinação, capaz de empolgar o povo, representar e sustentar esse norte estratégico. O PCdoB escolheu seu caminho nesse terreno: sustentar a identidade comunista, o caráter ligado essencialmente aos interesses fundamentais e históricos dos trabalhadores, e abrir-se como corrente organizada à escala de centenas de milhares de militantes, com quadros que assegurem o caráter da organização e uma base militante ativa – por isso organizada -, comprometida e realizando a pedagogia política cotidiana junto ao povo.

No estágio atual, há duas questões interligadas que respondem, essencialmente, pelos novos passos para aproximar-se e consolidar esse caminho. Uma é o de entender a nova gramática promovida pelas transformações sociais, culturais e, por extensão, políticas, ocorridas nesses doze anos de ciclo político encabeçado por forças populares. Não há como ater-se apenas ao universo restrito dos movimentos sociais organizados, em que pese seu papel estratégico, sem compreender ao mesmo tempo, em profundidade, as características da rica, diversificada e complexa sociedade civil brasileira. Não se compreenderá realmente o país sem esse exame, descortinar casamatas a disputar com p poder conservador ainda hegemônico, os alvos da luta e as forças aglutináveis.

A outra, é que a noção mesma de partido comunista de quadros e de massas, extenso e influente, só se “completa” enquanto pensamento político-organizativo com a capacidade de gerar adesão identitária de vastos setores do povo trabalhador, da juventude e das mulheres, de setores da intelectualidade, com um programa estratégico traduzido em ação e proposição concretas a cada situação. Ou seja, capaz de dizer com clareza pelo quê se luta a cada momento na direção de um projeto totalizante, partindo do cotidiano da vida real do povo, com trabalho cotidiano, pedagógico e político, de solidariedade e participação, combinando as reivindicações com campanhas de massas em torno das reformas estruturantes para um novo arranque na situação brasileira.

Isso conduz a uma questão nevrálgica, que é a necessidade de conferir ao partido um eleitorado próprio mais permanente e definido, fiel a essa identidade e a essas bandeiras, que vejam no PCdoB essa representação e esperança. Uma corrente política de massas em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho para o socialismo vai desde fileiras militantes até essa faixa eleitoral mais permanente, que oscila sim ao sabor de conjunturas, mas mantém um núcleo com sentido de pertencimento ao projeto. Repito: isso implica bases de massas, protagonismo político, social e cultural, alimentados com ação permanente no cotidiano, constituir redutos eleitorais inexpugnáveis, acentuar o senso de representação do PCdoB. Para tanto é que se coloca, enquanto exigência política, uma extensa militância comprometida, em organizações definidas.

Não retorno ao tema das disfunções políticas que atuam contra isso no caso brasileiro. Sobremodo, o sistema eleitoral nominal, de listas abertas, mantido pelo poder privado do financiamento é nefasto, e essa é a razão da centralidade da luta pela reforma política-eleitoral, pauta indispensável da hora. Há também a tradição movimentista no país, que em geral não estimulou largo trabalho nas bases - com notáveis exceções vitoriosas como, entre outras, as reformas de base dos anos 60, as greves de 78, as Diretas Já -, mas a realidade é que sem o movimento de massas nenhuma das conquistas passadas e presentes se faria possível. O fato é que, entre tendências e contratendências, há espaço reclamado pela situação presente de uma corrente desse tipo, de esquerda consequente, com um projeto estratégico. A questão é dar-lhe sustentação: uma corrente militante extensa, aguerrida e organizada, capaz de constituir na ação política, social e cultural um eleitorado próprio mais definido e permanente, e uma estrutura de quadros políticos partidários forjados no pensamento estratégico para o Brasil, felizmente disponível hoje. E mais: há uma riquíssima experiência da juventude, cujo movimento é o que mais se aproxima, hoje, dessa visão e prática.

O 13º Congresso dá ensejo novos passos na edificação do PCdoB. Quatro deles são destacados: o estudo da realidade social em evolução e seu impacto na formação dos valores e consciências de extensas camadas envolvidas na mobilidade social ascendente que se verificou nos últimos anos, com novo estrato da massa trabalhadora formal à escala de dezenas de milhões; a instituição de fato de Fóruns de Movimentos Sociais na vida partidária como modo de sistematizar e intervir nas múltiplas dimensões da ativa sociedade civil; a instituição de Fóruns de Quadros de base nas maiores cidades do país, para nuclear a vida de organizações de base ativas e permanentes, radicalizando as proposições do 7º Encontro Nacional Um Partido do tamanho de nossas ideias; e a proposição de linhas de indução mais definidas para tornar a aplicação da Política de Quadros em efetivo centro da direção organizativa, para as direções, como também para os quadros de base, os quadros institucionais e os da luta social.

Esses serão os temas do 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, neste mês de março, para debater e aprovar Diretrizes da construção partidária para 2014, com diretivas de ação concretas e imediatas.

*Walter Sorrentino é médico, secretário nacional de organização do PCdoB


Fonte: Vermelho

Mulheres Guerreiras - Joana D'Arc - 1412-1431


De rainhas a soldados rasos, a força do sexo feminino desde a Antiguidade


Heroína da guerra dos Cem anos, Joana d'Arc, por vezes chamada de donzela de Orléans, filha de  camponeses, analfabeta, nasceu em Domrémy, na Meuse. Após o tratado de Troyes (1420) e a morte de Carlos VI (1422), Domrémy encontra-se na fronteira de duas Franças: aquela do rei "legal", o inglês Henrique VI, e aquela do rei "legítimo", o príncipe-herdeiro Carlos VII. Duas vezes, em 1425 e 1428, os habitantes de Domrémy, burgo fiel ao príncipe-herdeiro, foram obrigados a fugir devido às ameaças da parte de ingleses e borguinhões.
Nesse contexto, Joana, que começou a ouvir "vozes" ordenando que salvasse a França por volta dos 13 anos de idade, encontra-se com o príncipe-herdeiro, refugiado em Chinon (fevereiro de 1429).
Obtém dele algumas tropas e liberta Orléans das mãos dos ingleses (maio de 1429). Em seguida, retoma Auxerre, Troyes e Châlons, abrindo caminho em direção a Reims. O nome de Joana passa a ser conhecido por toda a França. No dia 17 de julho, Carlos VII pode deslocar-se a Reims e ali é coroado rei. Mas Joana é incapaz de libertar Paris. E, no momento em que consegue vencer o cerco de Compiègne (23 de maio de 1430), ela é capturada pelos borguinhões e vendida aos ingleses.
Julgada em Rouen por heresia por um tribunal eclesiástico presidido por Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, ela é condenada e queimada viva na praça Vieux-Marché de Rouen, em 30 de maio de 1431. Carlos VII, que nada fez para salvá-la, esperará a retomada de Rouen em 1450 para proceder à revisão de seu processo, que culminará em sua absolvição (1456).
Fonte: http://www.france.fr/


Missa de Sétimo Dia de João Lisboa é no domingo

“O verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de generosidade; é impossível imaginar um revolucionário autêntico sem esta qualidade” Che

A família de João Lisboa Santos avisa a todos que a missa de Sétimo Dia acontecerá no dia 09 de março, próximo domingo, às 19 horas na paróquia Senhor do Bonfim no Jardim Primavera. A família bancária e amigos de Lisboa estão convidados a participar.
João Lisboa, que era diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe faleceu no último dia 03/03, aos 63 anos. Funcionário do Bradesco há mais de 40 anos, destacava-se no movimento sindical pela coragem, disposição e combatividade. Sempre disposto a participar de manifestações, greves, passeatas, não só da luta dos bancários mas de todas as categorias de trabalhadores que estivessem em batalha por melhores condições de trabalho.
O Sindicato dos Bancários e a Federação dos Bancários realizará uma homenagem a João Lisboa ao final da missa.

” Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis”

Poema

Alto lá!

Você que não canta o amor e a alegria
Que não sente o ritmo da poesia
Que não se toca diante da beleza da natureza
Que não se põe em defesa do meio ambiente
Que não sofre frente as injustiças sociais
Que não busca um mundo livre e solidário.

Alto lá!


Você que prostrado ao individualismo
Servo do consumismo
Vive a enaltecer a arrogância do poder do macho
Você das excrescências sonoras
Deleita-se em descrever a mulher objeto e até a misoginia.

Coitado, é o mesmo que se droga, desespera e lamenta
com o desprezo do desamor.

Sai dessa careta!

Venha viver o espírito e a força da mulher
Venha conhecer o poder que habita a alma da
"outra metade do céu".

Te cuida pateta!

O mundo gira
O tempo passa
As imagens ficam
As ideias mudam
A história julga!


Bela Belize

segunda-feira, 3 de março de 2014

Amigos se despedem de João Lisboa


Sempre solidário e combativo, Lisboa aqui presente (em pé) numa reunião de assistência aos demitidos pelo banco Mercantil no dia 8 de janeiro deste ano
Faleceu na madrugada desta segunda-feira, 03/03, o companheiro João Lisboa Santos, vítima de problemas neurológicos. Lisboa, funcionário do Bradesco há mais de 30 anos, foi presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna nos anos 80 e atualmente ocupava cargo na direção da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.
O corpo está sendo velado no SAF Itabuna, situado à Rua Juca Leão, próximo ao Clube Grapiúna.
O féretro está previsto para acontecer hoje as 16 horas, quando amigos e familiares farão a última homenagem ao companheiro Lisboa.
“João Lisboa foi sempre um companheiro alegre e sempre presente nas lutas da categoria bancária. Descanse em paz meu amigo!” diz Jorge Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários.
A diretoria do Sindicato e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe presta solidariedade aos familiares e amigos do companheiro João Lisboa.
João Lisboa, presente!

Homenagem ao companheiro João Lisboa

Em fevereiro de 1951 vinha ao mundo, mais precisamente em Itabuna João Lisboa Santos, assim registrado e batizado, mais um garoto do Bairro da Vila Zara. João cresceu, estudou, assumiu a profissão de bancário do Bradesco, sempre querido por seus amigos e colegas de trabalho. Num tempo onde a tônica era o dedo durismo, nunca gostou de entregar ninguém, nunca quis ver o colega despedido. Assim, conquistou o respeito da categoria e acabou diretor e presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna. Foi na sua gestão que adquirimos a sede própria da nossa entidade e iniciamos a construção do Clube dos Bancários. Em 1985, João comandou a emblemática greve dos bancários, a primeira depois do fim da ditadura militar. Além disso, participou de todas as greves gerais e greves da categoria, desde então como sindicalista participou de inúmeros atos e manifestações em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro. Do Fora Collor!, Fora FHC, da luta contra a privatização das estatais, contra a revisão constitucional, contra o pedágio, pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, etc.
Em 1988 foi candidato a vereador, obtendo expressiva votação. Foi também juiz classista. Atualmente cumpria mais um mandato como diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.
Esteve presente em diversos congressos e encontros da categoria bancária e esteve como delegado no Congresso de fundação da CTB Bahia.
João era filiado ao PC do B – Partido Comunista do Brasil desde a década de 90 e sempre estava a convidar os amigos e colegas a ingressarem nas fileiras do partido.
João Lisboa era um brasileiro nato gostava de farra, Flamengo, futebol, festa, forró estava sempre alegre e a brincar. Por coincidência, ou ironia do destino nos deixou justo durante o carnaval, a maior celebração popular do Brasil.
João deixa esposa, filhos e muitos amigos.

Sua história não será esquecida.
Viva à luta!
Viva a vida!
Descanse em paz amigo, companheiro, camarada!

Jorge Barbosa – Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região