sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Jorge parabeniza categoria bancária pelo seu dia

O próximo domingo, dia 28 de agosto, é comemorado em todo o país como Dia do Bancário. Nesta data a  categoria, que já está em plena campanha salarial, se reúne para comemorar as conquistas constantes na Convenção Coletiva Nacional e preparar a organização e a mobilização para as lutas deste ano deliberadas na Conferência Nacional que ocorreu no final de julho em São Paulo.

O Dia do Bancário – foi instituído em 28 de agosto de 1951 quando da realização da mais longa e vitoriosa greve da categoria. Os bancários reivindicavam um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.

"A todos os bancários e bancárias nossos parabéns e votos de êxito na campanha salarial em vigor. Só a luta nos garante", enfatizou Jorge num café da manhã musical, realizado pelo Sindicato da categoria,  onde foi comemorado o Dia do Bancário antecipadamente, nesta sexta (26/8) em Itabuna.


 


A luta de Dilma, ontem e hoje, pelo Brasil, a democracia e o povo

Começou na quinta-feira (25), no Senado, o julgamento do processo de impeachment contra a presidenta constitucional e sem crime de responsabilidade, Dilma Rousseff. Os patrocinadores do golpe judicial, político e midiático estão apressados e querem concluí-lo no próximo dia 31.

O julgamento de Dilma Rousseff esconde o objetivo verdadeiro do golpe posto em marcha pelos conservadores e a direita: colocar um ponto final no projeto democrático, nacional e desenvolvimentista inaugurado com a posse de Luís Inácio Lula da Silva na presidência da República em 2003, mantido depois de 2010 por Dilma Rousseff.

O alvo do golpe é destruir a democracia, os direitos do o povo e a soberania do Brasil. Há um indisfarçável desejo de desfigurar a Constituição de 1988 e eliminar direitos sociais, políticos e econômicos nela consagrados. E voltar à situação anterior à 1985, que prevaleceu durante a ditadura militar, para que o governo vigente e os vindouros submetam-se apenas aos interesses dos muito ricos da população e reservem os recursos públicos para o pagamento de juros para os especuladores e o grande capital rentista.

Ao mesmo tempo o governo ilegítimo de Michel Temer põe em marcha a submissão ao capital estrangeiro e ao imperialismo, ilustrada na intenção de destruir o Mercosul e os Brics e submeter a diplomacia brasileira aos interesses das grandes potências, sobretudo dos EUA. A entrega das riquezas nacionais – sobretudo o pré-sal e a Petrobrás – para petroleiras estrangeiras é outro objetivo dos golpistas.

É um novo capítulo da luta que sempre ocorreu no Brasil, desde a Independência mas sobretudo na República, entre os liberais (hoje chamados neoliberais), defensores da ampla liberdade para a ação do capital para favorecer os ricos, contra aqueles que, como José Bonifácio, Floriano Peixoto, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Lula e Dilma, lutaram pelo uso da força do Estado e do governo para legislar sobre a ação do capital, desenvolver o Brasil, melhorar a vida do povo e defender a soberania nacional. Neste sentido, o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff hoje iniciado no Senado é também o mais recente capítulo desse embate em defesa da nação soberana, do desenvolvimento e do bem estar dos brasileiros.

A novidade histórica deste julgamento é a coragem e o denodo da presidenta Dilma Rousseff, que não se dobra a nenhuma pressão e luta com determinação contra a violência do golpe que visa a amputar seu mandato para o qual foi eleita por 54 milhões de votos populares.

A presidenta tem coragem semelhante à de Getúlio Vargas que há 62 sacrificou a própria vida para denunciar os mesmos golpistas de hoje. Dilma vai além e, sendo afirmativa e lutadora, se coloca à frente da resistência democrática e popular contra a direita, os conservadores, contra a ação mentirosa e fraudulenta a que dão o nome de impeachment que tentam em vão disfarçar de legalidade.

Não é a primeira vez que Dilma se sacrifica na defesa da nação, da democracia e dos interesses populares. Ela era jovem quando enfrentou, faz quase 40 anos, a ditadura militar e seus torturadores. Agora enfrenta outra vez as forças conservadoras e direitistas apegadas a um suposto combate à corrupção. As forças retrógradas são as mesmas, o combate é o mesmo, a combatente é a mesma – a luta pelo desenvolvimento e pela democracia e soberania nacional, cuja defesa se cristaliza, quatro décadas mais tarde, numa mesma pessoa – a hoje presidenta constitucional Dilma Rousseff.


Fonte: Vermelho

Daniel Almeida: Golpe se materializa na retirada de direitos

Foto: Tiago Melo para o Bahia Notícias
  

Segundo ele, desde 1988 não houve uma ameaça tão grave aos pactos firmados na Carta Magna.


Daniel



Fonte: Vermelho

    Mães da Praça de Maio retomam “Marchas da Resistência”


    Ámbito
    A manifestação deve durar 24 horas "sem dormir, nem perder tempo. A cantar!", afirmou a líder das Mães, Hebe BonafiniA manifestação deve durar 24 horas "sem dormir, nem perder tempo. A cantar!", afirmou a líder das Mães, Hebe Bonafini
    A última convocatória para uma “marcha da resistência” foi feita há dez anos. A presidenta da associação, Hebe Bonafini, decidiu retomar estas manifestações por entender que desde dezembro, quando Macri assumiu a presidência, “há um inimigo na Casa do Governo”.

    A manifestação está prevista para as 17 horas na Praça de Maio, em Buenos Aires e deve encerrar apenas na noite de sábado (27). O objetivo é repudiar as medidas neoliberais de Mauricio Macri.
    “A Marcha não é contra um, é contra um governo que quer nos prejudicar, mas o que eles não têm é o povo na rua. Vamos inundar as ruas, as praças, para que os companheiros que não têm trabalho se sintam apoiados”, disse Hebe.

    Desde que Macri assumiu a presidência, os argentinos sofrem com ondas de demissões, cerca de mil pessoas ficam desempregadas diariamente. A taxa de desemprego já é superior a 9%. De acordo com Hebe, um dos objetivos desta primeira marcha é exigir a recontratação dos funcionários demitidos. O lema é “Pelo direito a trabalhar, resistir sem descasar. Cristina na condução”.

    A ex-presidenta Cristina Kirchner é atualmente a principal voz da oposição. Durante todo seu mandato trabalhou muito próxima das Mães e das Avós da Praça de Maio, é natural que agora, fora da presidência, integre as mobilizações destes setores sociais.

    Hebe explicou que a manifestação vai contar com mais de 30 organizações kirchneristas, entre elas, a La Cámpora, uma das mais destacadas. A dirigente de 95 anos convocou a militância para ocupar a praça “com alegria e vontade de mudança”.

    E deixou claro: “É necessário caminhar 24 horas para que a marcha seja notada. Nem dormir, nem perder tempo. A cantar!”

    A história das Marchas da Resistência

    As Marchas começaram no auge da ditadura militar argentina, em 1981, e e durante 25 anos conquistaram os argentinos. A última foi realizada no dia 26 de janeiro de 2006 e durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner as Mães não se manifestaram na praça por entender que se tratava de um governo amigo”. À época Hebe chegou a afirmar: “o inimigo não está mais na casa do governo, o inimigo está nas multinacionais”.
     

    Do Portal Vermelho, com Telesur

    Temer diz que impeachment é natural da democracia, juristas contestam


    Agência Câmara e Tarcísio Feijó
      
    O usurpador deu a declaração aos jornalistas após participar da cerimônia de recepção da tocha paralímpica no Palácio do Planalto. Questionado sobre se estava “nervoso” e “inseguro” com o julgamento final da presidenta, Temer afirmou: “Isso [impeachment] é uma coisa tão natural da democracia”.

    Juristas ouvidos pelo Portal Vermelho rebateram a afirmação de Temer, que é formado em Direito e foi professor de Direito Constitucional.

    Para o professor emérito da USP, Dalmo Dallari, a afirmação de Temer “é um absurdo”, porque o “impeachment é uma exceção à normalidade democrática”.

    “E exatamente por ser uma exceção tem regras muito precisas estabelecidas na Constituição, que estabelece a possibilidade, mas fixa regras. É interessante chamar a atenção para um aspecto relacionado a esse tipo de argumento. Seguindo esse argumento, então nós podemos dizer que a prisão é uma coisa natural porque está prevista na Constituição. Vamos sair prendendo qualquer pessoa porque está previsto? É absurdo!”, salientou.

    Dallari reforça que o impeachment tem previsão constitucional, mas “não é para utilizar arbitrariamente”.

    “Exatamente porque é uma exceção à normalidade constitucional é indispensável que sejam obedecidas com rigor as exigências da Constituição. É alguma coisa que se deve usar excepcionalmente porque ainda que haja bom fundamento jurídico, acarreta prejuízos muito graves à normalidade política e social, de maneira que é uma exceção. Em hipótese alguma deve-se recorrer a isso se não houver uma fundamentação jurídica muito clara e indiscutível, o que não acontece no presente momento”, frisou o jurista.

    Gilberto Bercovici, doutor em Direito do Estado e também professor da USP, destacou que apesar de previsto, o impeachment foi um mecanismo poucas vezes utilizado em todo o mundo, desde que foi criado no EUA.

    “Quantos impeachments tivemos na história? Nos EUA, que foi o país que inventou o impeachment, ocorreu apenas duas vezes, um no século 19 e outro no governo Clinton, e em nenhum deles terminou com o afastamento efetivo. Na Argentina nunca teve. No México nunca teve. Na França nunca teve. Na Venezuela teve uma vez. E no caso do Collor foi, até então, o primeiro caso de impeachment no período moderno”, lembrou o professor.

    E completou: “O que ele [Temer] deve achar que é normal é o problema sério do nosso sistema político e, talvez da própria Constituição. Em apenas 30 anos da promulgação da Constituição de 1988 é o segundo processo de impeachment de presidente da República. Mas isso também não é natural”.


    Do Portal Vermelho

    quinta-feira, 25 de agosto de 2016

    A Carta Testamento de Getúlio Vargas é uma arma contra o golpe atual


      
    O Brasil enfrenta um momento histórico de extrema gravidade. Um golpe de estado institucional está prestes a ser consumado, afastando definitivamente uma Presidenta da República eleita com mais de 54 milhões de votos.

    E muito do que está em jogo hoje guarda semelhanças profundas com outra conjuntura trágica ocorrida há sessenta e dois anos, quando forças anti-democráticas com idênticos interesses anti-povo e anti-nacionais levaram o Presidente Getúlio Vargas a dar um tiro no próprio peito.

    Esse gesto político extremo barrou a tentativa de golpe e levantou grande parte do povo contra líderes de direita, partidos e mídia golpistas de então, derrotando-os fragorosamente. Venceu a democracia e venceram os interesses maiores do povo brasileiro.

    A Carta Testamento que Getúlio nos deixou é um dos mais importantes documentos de referência política e ideológica em defesa da democracia e dos interesses nacionais da história do Brasil.
    O Fórum 21 faz aqui a sua republicação integral para difundi-la da forma mais ampla possível.

    Seu conteúdo profundo e sua forma aguerrida são ainda hoje uma bala de grosso calibre contra golpistas de toda espécie.

    O momento exige ação, atitude, formas de luta que confrontem a farsa do rito golpista. As mais variadas e criativas.

    O modo como as forças democráticas irão vencer ou perder a batalha nesta reta final do golpe fará toda a diferença para os passos seguintes da história.

    A firme indignação e a denúncia veemente contra a ruptura democrática em curso são essenciais, mas insuficientes. É preciso reagir também com gestos e atitudes políticas à altura da gravidade dos fatos e da desfaçatez dos golpistas.

    Tudo o que eles querem – políticos de direita, dirigentes da FIESP e de várias organizações empresariais, banqueiros, donos da grande mídia, entre outros – é que a grande maioria da sociedade aceite a “normalização” do processo, sob essa espúria máscara de legalidade.

    É isso que os meios de comunicação oligopolizados repetem todos os dias, fazendo jus à alcunha que lhes cai tão bem: “PiG, Partido da imprensa Golpista”.

    A resposta das amplas forças democráticas, que estão se manifestando em todos cantos do país, inclusive nas arenas das Olimpíadas, vistas por todo o planeta, só pode ser uma: resistência e rebeldia contra o golpe e os golpistas, em defesa ativa da democracia.

    Ao romper com a Constituição, de modo farsesco e sem nenhum pudor, as elites golpistas lançam o país e suas instituições no rumo do imponderável. Quem continuará acreditando nas garantias constitucionais aos mandatos populares se este golpe se consumar? Quem respeitará poderes ilegítimos?

    Mas os golpistas querem usurpar o governo de forma definitiva para impor um programa antissocial e anti-nacional que não ousariam submeter às urnas. É por isso que se voltam contra as conquistas sociais desde a era Vargas e têm por objetivo acabar com a universalização de direitos sociais inscritos na Carta de 88. Além de entregar o Pré-Sal às petroleiras estrangeiras, privatizar a Petrobras e outras empresas estatais e voltar a submeter o Brasil aos interesses das grandes potências, sepultando a diplomacia da última década, mundialmente reconhecida como independente ativa e altiva.

    Perda da democracia e perda de direitos – uma regressão política, cultural e social profunda – é disso que se trata.

    Mas por que republicar e divulgar amplamente agora a Carta Testamento de Getulio?

    Nós sabemos que a história não se repete e que cada momento conjuntural tem suas próprias especificidades. Mas consideramos que há muito em comum nas várias conjunturas em que as elites antidemocráticas brasileiras buscaram chegar ao poder rompendo a Constituição, de forma aberta ou velada, derrubando governantes populares, eleitos democraticamente pelo povo.

    Getúlio enfrentou o golpe e venceu com o sacrifício da própria vida em 24 de agosto de 1954.

    Brizola também venceu o golpe contra a posse constitucional do vice-presidente João Goulart, em 7 de setembro de 1961, usando como principal arma de comunicação a Rede da Legalidade, formada por emissoras de rádio em várias regiões do país.

    Jango decidiu não reagir ao golpe, em 1° de abril de1964, certamente evitando o risco de uma guerra civil e a muito provável invasão do Brasil pela Marinha dos Estados Unidos na conhecida Operação Brother Sam.

    Com o domínio dos golpistas, o país e o nosso povo pagaram o preço de duas décadas de ditadura, com centenas de mortos e desaparecidos políticos e milhares de presos, torturados, exilados e banidos, além de arrocho salarial e extraordinária concentração de renda.

    Temos plena consciência dos sacrifícios que o país e o povo terão que pagar se a cidadania democrática não reagir a altura nesta reta final do golpe.

    Que se unam fortemente todas as forças democráticas do Brasil – partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais, em especial a juventude combativa, os trabalhadores conscientes, as mulheres destemidas, os intelectuais e artistas libertários, os religiosos humanistas e tantos outros.

    Que se avance além da denuncia indignada e das manifestações de protesto.

    Que se incentive a desobediência civil contra os usurpadores e os que lhes dão cobertura falsamente legal.

    Que se adotem variadas formas de luta e ações corajosas e criativas que desmascarem e deslegitimem na prática a farsa do impeachment no Senado.

    Revisitemos a História. Com a palavra, Getúlio Vargas:

    Carta Testamento

    Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.

    Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário-mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.

    Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.

    Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício nos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.

    Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.


     Fonte: Fórum 21 via Vermelho

    Frente contra o golpe será decisiva na mobilização para julgamento

    Divulgação Facebook Dilma Rousseff
      

    Nesta quarta-feira (24), Dilma estará presente em um novo ato contra o golpe organizado pela Frente Brasil Popular, desta vez em Brasília. A frente também coordena o acampamento da resistência na capital federal, que no dia 29 de agosto receberá um grande ato em apoio a Dilma.
     
    Edson França, presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), afirmou que o movimento social tem feito um bom trabalho de denúncia, que deu visibilidade ao golpe diante da opinião pública nacional e internacional. Para ele, a visibilidade é fundamental para fortalecer a mobilização.

    “Há uma resistência generalizada ao golpe nos shows, Olimpiadas, vai aparecer na Paralimpíada, tem aparecido em manifestações de intelectuais, juristas e juventude. E aparece também na opinião pública dos brasileiros que vêem em Temer um mal para o Brasil”, observou Edson.

    Ameaça às políticas de moradia

    Para a presidenta da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Bartíria Costa, as ações do movimento social atingiram um bom numero de pessoas. Ainda assim ela admite que os resultados não chegam instantaneamente.

    “Não é uma coisa muito fácil o esclarecimento, estamos fazendo o possível para mostrar que o que está em jogo é a democracia, que é tão jovem e cara para todos. Mas nós sabemos a dificuldade que as pessoas encontram em reconhecerem que isso significa retrocesso”, analisou.

    Bartíria informou que o movimento comunitário está mobilizado para estar em Brasília no dia 29 para o principal ato. Ela declarou que as políticas de moradias populares tem sido as mais afetadas pelas medidas de Temer.

    “As obras que nós já tinhamos sob execução estão funcionando mas aquelas que estavam só no projeto estão paradas. Poderiam estar em fase de execução ou contratação mas nada acontece”, denunciou.

    Questão de sobrevivência

    Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) atribui a quebra do estado democrático de direito à obsessão e ao rancor daqueles que foram quatro vezes derrotas nas urnas.

    “Para isso criminalizaram a política, tentam massacrar o campo democrático popular e quebrar a espinha dorsal da esquerda brasileira. Apesar disso toda vez que se faz uma pesquisa aparece em primeiro lugar Lula presidente”, discursou Adilson no ato em apoio a Dilma na terça.

    O dirigente reforçou que por trás do golpe existe a intenção de entregar o patrimônio brasileiro, como o Pré-sal, e realizar uma política atrelada aos interesses do mercado.

    “Circulam os rumores de que o mercado está pressionando para que o governo aumente a taxa de juros. A resistência cabe a nós do movimento sindical e social que temos que ter a convicção e a capacidade de alterar o curso das coisas que estão postas”, defendeu Adilson.

    Na opinião dele, “é dever moral de cada um de nós enxergar que esta luta se tornou questão de sobrevivência".

    Julgamento da história

    Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, também participou do ato em apoio a Dilma. Ele confirmou presença no dia 29 de agosto em Brasília.

    O militante do MTST completou ainda que serão realizados protestos em todo o Brasil no momento em que a presidenta for se pronunciar no Senado, chamado por ele de “covil”.

    “O povo não demorará a perceber o ataque brutal e quem já percebeu não vai deixar passar goela abaixo”, assegurou.
     
    Ele fez críticas fortes aos senadores Renan Calheiros (PMDB-PE), Aécio Neves (PSDB_MG), Antonio Anastasia (PSDB_MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e afirmou que o julgamento da história não poupará aqueles que votarem a favor do golpe. 

    “Esses senadores vão ser tratados como merecerem e como são: golpistas, lesa-pátria e traidores do povo brasileiro. Esse golpe é contra a democracia e para liquidar os direitos sociais”, definiu Boulos.
     
      Leia também:
    Do Portal Vermelho

    Parlamentares do PCdoB: O golpe foi para impor agenda derrotada nas urnas


      

    Vídeo: PCdoB na Câmara via Vermelho

    Intelectuais entregam petição a Lewandowski para anular impeachment


    FACEBOOK/REPRODUÇÃO E ARQUIVO RBA
      
    A petição – assinada também pelos jornalistas José Trajano e Alípio Freire; da professora da PUC-SP Stella Maris de Freitas; e do professor da Unicamp Laymert Garcia dos Santos – acusa Cunha de "desvio de poder e ofensa à moralidade administrativa", como um dos pilares para pedir a anulação do processo.

    Também são apontadas "interferência externa, deslealdade processual, ausência de liberdade de julgamento e abuso de poder" praticados pelo presidente interino Michel Temer, Cunha e parte dos congressistas contra a totalidade da Câmara, para destituir a presidenta eleita e alcançar o poder.

    Pleiteia ainda a anulação do processo pela caracterização de um golpe parlamentar em que há falta de crimes de responsabilidade cometidos pela presidenta; relatórios comprometidos com a acusação; e desvirtuamento dos propósitos constitucionais do impeachment e do processo de responsabilidade decorrente da campanha inconstitucional feita por Temer.

    Em seu perfil no "Foicebook", Fernando Morais diz que as pessoas o questionam se não estaria alimentando uma ilusão com a iniciativa da petição. "De cabeça de juiz, bunda de bebê e urna eleitoral nunca se saber o que vai sair. Eu já havia participado de iniciativa semelhante – chamada 'amicus curiae' – junto à Suprema Corte dos Estados Unidos, quando do julgamento dos cinco cubanos infiltrados em organizações de extrema-direita da Flórida. Hoje os cinco estão em liberdade", responde. "Aqui no brasil, em 1981, me aventurei a entrar com uma ação popular contra o general-presidente João Batista Figueiredo para impedir a construção de duas usinas nucleares no santuário ecológico de Iguape-Peruíbe. Ganhei. A esperança, tal como as sogras, é a última que morre."
     

    Fonte: Rede Brasil Atual via Vermelho

      Eduardo Guimarães: Nível de apoio da mídia ao golpe é algo inédito


      Eduardo Guimarães: Blog a serviço do interesse público através da pluralidade de informaçõesEduardo Guimarães: Blog a serviço do interesse público através da pluralidade de informações
      “Apesar da participação dos meios de comunicação no golpe de 64, os veículos de hoje adquiriram um protagonismo muito maior porque as comunicações são mais poderosas hoje em dia”, explicou Eduardo.

      Ele reforçou que o golpe contou com “o apoio total da mídia” para organizar as manifestações contra Dilma. “Todas foram organizadas pela imprensa”, destacou.

      Eduardo lembrou que esse ineditismo na participação da mídia tem rendido matérias na imprensa estrangeira. 

      “Vários jornais estrangeiros do porte do inglês The Guardian vem noticiando o comportamento da imprensa brasileira neste processo”, exemplificou. 

      O jornalista enfatizou que o golpe é muito diferente de situações anteriores de golpe. “É um golpe organizado, parlamentar com uma capa de legalidade e uma novidade”, analisou.

      Pluralidade de opiniões

      Faz 11 anos que o blog da cidadania foi criado por Eduardo. O motivo foi o de tentar furar o espaço da mídia hegemônica abordando assuntos ou ignorados ou manipulados pela mídia.
       
      A luta pela democratização da comunicação é a principal pauta do jornalista, que é candidato a vereador pelo PCdoB da cidade de São Paulo. Eduardo assegurou que o combate ao monopólio da mídia foi prejudicado com o golpe.

      “Quem trava esse combate (a luta pela democratização) sofreu revés com tudo o que aconteceu porque eles conseguiram paralisar a economia e ao fazer isso jogaram o povo contra o governo. Mas agora é continuar lutando”, ressaltou. 

      A candidatura do blogueiro se apresenta como contraponto ao monopólio da mídia. Contestador sistemático dos abusos da grande mídia, Eduardo ficou conhecido como o criador do ato público Ditabranda, entre outras ações.

      Essa iniciativa reuniu em 2009 mais de 500 pessoas diante da sede da Folha de São Paulo protestando contra editorial do jornal que afirmava que a ditadura brasileira teria sido “branda” por ter matado “pouca gente”.
       
        Leia também:
      Do Portal Vermelho

      Por que os grandes bancos dos EUA estão encolhendo

      NOVA YORK - Alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos estão ficando menores. O caso mais exemplar é o do Citigroup, que já foi o maior do país, e hoje está na quarta posição. Desde a crise de 2008, o Citi viu seus ativos se reduzirem em US$ 400 bilhões, o equivalente ao tamanho do Bradesco no Brasil. Outro exemplo é o Bank of America, que encolheu o número de agências em 23% desde 2009.
      O encolhimento de alguns dos maiores bancos dos EUA é reflexo de uma pressão de Washington, que quer evitar o que ocorreu em 2008, quando teve de socorrer várias grandes instituições financeiras com bilhões de dólares de dinheiro dos contribuintes para evitar que o país entrasse em colapso.
      O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem apertado as regras e exigências de capital, o que tem forçado os bancos a reduzirem custos, saírem de negócios não essenciais, como operações com commodities, deixarem de operar em mercados emergentes e reduzir o tamanho mesmo dentro dos EUA, como foi o caso do Bank of America.
      Em 2009, o banco, hoje o segundo maior dos EUA, tinha 6,1 mil agências e 108 mil funcionários. Ao fim do segundo trimestre, eram 4,7 mil postos e 68 mil funcionários, em um movimento que também foi reflexo do maior uso da internet e de canais eletrônicos para fazer transações.
      O Citi tinha US$ 2,2 trilhões em ativos totais no começo de 2008. Em junho de 2016, o total foi a US$ 1,8 trilhão e pode continuar em queda, à medida que o banco se desfizer de operações em países emergentes como o Brasil. Um levantamento do jornal The New York Times mostra que o Citi vendeu mais de 60 negócios nos últimos sete anos, além de fechar agências nos EUA e em outros países, reduzindo suas participações em mais de US$ 700 bilhões no período.
      Entre as maiores instituições do país, o Wells Fargo foi uma das poucas a aumentar seus ativos nos últimos anos. O banco com sede em San Francisco ultrapassou o Citi no fim de 2015 e tem estratégia diferente de outras instituições do país, com foco maior no mercado doméstico e no empréstimo imobiliário. A recuperação do mercado de imóveis dos EUA tem ajudado o crescimento do banco. Dados divulgados ontem mostraram aumento de 12,4% nas vendas de novas moradias em julho, o ritmo mensal mais alto desde 2007.
      ‘Grandes demais’. Outros bancos, como Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of America também possuem menos ativos agora do que no período da crise. Os reguladores dos EUA, porém, querem reduzir ainda mais o tamanho dos bancos.
      O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, tem defendido que os “bancos grandes demais para quebrar” sejam cindidos. O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, defende reforço de capital ainda maior para as grandes instituições financeiras.
      Em abril, o Fed e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) reprovaram cinco dos oito maiores bancos dos EUA, afirmando que instituições como o JPMorgan, Wells Fargo e o Bank of America não tinham planos “confiáveis” de operação em uma situação de crise.
      Ou seja: eles ameaçam a estabilidade do sistema financeiro dos EUA e poderiam ter de precisar novamente de socorro do governo. Só o Citi, que tem sido mais agressivo em sua reestruturação, foi aprovado.
      O regulador dos EUA deu prazo até 1.º de outubro para as instituições reprovadas apresentarem um novo plano. Se após esta data, os bancos não forem aprovados, o banco central americano e o FDIC podem exigir a venda de ativos dos bancos e/ou novos reforços de capital.
      “Os bancos ainda controlam ativos equivalentes a 60% do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirma o vice-presidente da FDIC, Thomas Hoenig, em um comunicado. “O objetivo de terminar com os bancos grande demais para falir e proteger o dinheiro do contribuinte americano ao acabar com os programas de socorro permanece apenas um objetivo.”
      Fonte: O Estado de S.Paulo via Feebbase

      Para 62%, reforma da Previdência dificultará aposentadoria, diz pesquisa

      Pesquisa feita pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e pelo instituto Ipsos mostra que 62% dos entrevistados acreditam que possíveis mudanças na previdência social devem dificultar o pedido de aposentadoria no Brasil. A maioria dos entrevistas também teme a perda de direitos com as futuras alterações. Para 57% deles, a reforma da previdência pública deve diminuir seus direitos.
      "A pesquisa mostra que há uma contradição no que as pessoas querem, no que acham que é certo e sua expectativa pessoal", avaliou o Presidente da FenaPrevi, Edson Franco, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira.
      A parcela de entrevistados pela Fenaprevi/Ipsos que desconhece a reforma da previdência social também é elevada. Cerca de 44% dos entrevistados informaram não ter conhecimento da discussão das reformas em curso. No entanto, 54% afirmaram ter ouvido falar das propostas de ajustes nas regras da aposentadoria e 2% não souberam responder.
      Dos que têm conhecimento da mudança, 45% estão cientes de que há discussões em torno do aumento da idade da aposentadoria e 17% sobre o aumento das contribuições. No entanto, a parcela de entrevistados que ouviu falar dos dois temas cai para 7%.
      "É surpreendente não ter ouvido falar da reforma com o nível de informação divulgado. O nível de desinformação da população precisa ser levado em conta pelo governo e setor privado", avaliou Franco, ressaltando a necessidade de se estabelecer um nível básico de conhecimento para depois debater mudanças nas regras da aposentadoria pública.
      A pesquisa revela que a maior parte da população brasileira sabe pouco ou não tem informação do sistema público de aposentadoria. Somente 11% dos entrevistados afirmaram saber muito ou o suficiente do tema, enquanto 86% sabem pouco, nada ou desconhecem completamente o assunto. Segundo a Fenaprevi, neste ponto, 3% não souberam responder.
      O presidente da Fenaprevi chamou ainda atenção para a idade média com que se aposenta o brasileiro, de 54 anos. "É extremamente baixa comparada com qualquer métrica internacional. A grande maioria dos países já convergiu a idade média de aposentadoria para 65 anos e, neste momento, se discute o aumento para 67 anos", destacou Franco.
      O levantamento mostrou que a maior parte dos brasileiros consultados (42%) acredita que os homens deveriam se aposentar aos 60 anos e somente 15% apontaram os 65 anos como a idade ideal para aposentadoria masculina. No caso das mulheres, 58% disseram que este grupo deveria se aposentar com 55 anos e outros 22% indicaram os 60 anos como idade ideal.
      A pesquisa feita pela Fenaprevi/Ipsos ouviu 1.500 pessoas com mais de 23 anos, de todas as classes sociais, em todo o Brasil, entre os dias 21 de julho e 4 de agosto. O levantamento foi apresentado no VIII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, que tem como tema central o Desafio da Previdência Social no Brasil e é organizado pela FenaPrevi.
      Fonte: O Estado de S.Paulo via Feebbase

      Criminosos causam prejuízo de R$ 10 milhões à Caixa

      O Ministério Público Federal em Feira de Santana (MPF/BA) denunciou à Justiça Federal, na última sexta-feira (19/8), uma organização criminosa acusada de causar prejuízo de R$ 10 milhões à Caixa. A investigação é resultado de uma operação da Polícia Federal, iniciada em 2013 em Feira de Santana.
      A quadrilha atuava em municípios do interior da Bahia. Os denunciados criavam empresas jurídicas fantasmas e utilizavam “laranjas” – intermediários em operações financeiras ilícitas – para abrir contas e contrair empréstimos em diversos bancos, incluindo a Caixa.
      Segundo o MPF, o acusado principal do caso já havia constituído mais de mil empresas de fachada, e utilizou sete nomes falsos para cometer os delitos. Ele responderá aos art. 171, §3º e 14, inciso II do Código Penal, por 22 atos de estelionato e tentativa de obter empréstimo fraudulento, além de ser enquadrado no art. 2, §3º, da Lei nº 12.850/13, por comandar a organização criminosa. Os outros dez réus envolvidos no caso, também foram enquadrados no art. 2 da Lei nº 12.850/13.
      Fonte: Feebbase

      quarta-feira, 24 de agosto de 2016

      Luciana Santos: Luta e resistência por uma comunicação democrática


      "Isso é antidemocrático, ainda mais num momento como esse no Brasil, de golpe que está em curso, você vê tolido um modelo de comunicação democrático. Aliás, essa é uma das causas que nós chegamos nesta situação. O massacre midiático que se teve durante este período. Agora, mas do que nunca precisamos de luta e de resistência! Não podemos desistir. Vamos continuar lutando por uma comunicação democrática em nosso país."




      Fonte: PCdoB na Câmara via Vermelho

      Dilma: A democracia incomoda aos que não querem a participação popular


      Midia NInja
      Fica, Dilma: Presidenta é recebida em ato em São PauloFica, Dilma: Presidenta é recebida em ato em São Paulo
      A partir da quinta-feira (25) se inicia o julgamento do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

      O ato realizado em São Paulo pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo faz parte das ações de denúncia do golpe.  Diversas iniciativas estão programadas para acontecer a partir de quinta-feira(25), simultaneamente às sessões do Senado.

      “Algum de nós aqui na última eleição votou para que o gasto de educação e saúde fosse congelado por 20 anos? Não voltamos. Nós votamos para acabar a faixa 1, que é a razão de ser do programa Minha Casa, Minha Vida? Não, não votamos”, indagou Dilma. 

      “A democracia é muito incômoda principalmente quando você quer evitar a participação popular nas decisões”, declarou. Ela enfatizou que a questão democrática no Brasil é crucial e é no momento da eleição direta que o povo se manifesta sobre os rumos do país.

      O nome é golpe

      “Porque é um golpe? Porque se trata da utilização de um instrumento que, de fato está previsto na Constituição, que é o impeachment, mas que não tem base de sustentação porque não houve crime de responsabilidade”, explicou Dilma.
       
      Na opinião dela, a acusação é pífia e é defendida por aqueles que não tem como explicar o golpe. 

      “Quando falam que é questão política, a solução para divergência política ou como eles dizem que discordam do conjunto da obra, só tem um caminho e é a eleição direta, pelo voto direto da população brasileira”, cutucou.

      “Eu nunca tive conta no exterior, não usei um centavo de dinheiro público a meu favor ou de terceiros. Do que me acusam? sabe do que me acusam? de exercer a atividade de gestão do governo federal usando as mesmas regras e a mesma lei de todos os presidentes que me antecederam”, ressaltou.
       
      AcusaçõesA presidenta relembrou que a denúncia começou com seis decretos além das pedaladas fiscais, e hoje se mantém com três decretos. 

      “Eram meras ações de governo. Decretos para suplementação do ministério da Educação e Cultura, que eles querem dilapidar, e da Justiça do Trabalho. O que eles queriam é que tivéssemos parado o governo e que não continuássemos a executar os programas sociais”.

      No caso das pedaladas, Dilma explicou a discordância dos que a acusam em relação ao financiamento da agricultura familiar e comercial. 

      “Há, sim, uma divergência entre nós e eles. Nessa divergência o Tribunal de Contas da União tomou uma decisão que nunca tinha se estabelecido antes, por isso nós sabemos que esse processo de impeachment tem por base uma fraude, uma verdadeira fraude porque seus argumentos não ficam de pé”, salientou.

      Ida ao Senado

      Dilma explicou que sua ida ao Senado para fazer pessoalmente sua defesa não referenda o golpe. “Não, nós não estamos referendando o golpe. Uma coisa é a instituição, outra coisa são as pessoas que são contrárias à tua posição”.

      “Nós somos democratas e por isso a nossa maior arma é ampliar o espaço de discussão e debate em cada uma das instituições, por isso eu vou sim ao Senado por isso eu vou debater no Senado”, ressaltou Dilma.

      “Eu não vou ao Senado porque acredito nos meus belos olhos. Eu vou ao Senado porque eu acredito na democracia deste país”, completou. 

      Democracia

      Dilma citou ainda que espaços democráticos criados no Brasil hoje garantiram que ela não renunciasse e se referiu a situações trágicas ocorridas com ex-presidentes atingidos por golpes. 

      “Eu não fui obrigada a me suicidar, como Getúlio Vargas, ou ir para o Uruguai, como João Goulart, porque tem uma democracia neste país que nós lutamos para construir, muitas pessoas foram presas e exiladas. Eu devo isso a todos os que lutaram”.

      A presidenta admitiu que a geração dela quando obteve a vitória achou que estava tudo bem. 

      “Não tá, não. Tem que lutar todo santo dia, é que nem a vida. Temos que ter esta clareza que a democracia é algo muito valioso pra gente não lutar por ela sistematicamente”, finalizou Dilma.
       
        Leia também:
      Do Portal Vermelho

      Lula sobre Olimpíada: "Valeu a pena tudo o que fizemos"


        
      "O melhor do Brasil é o povo brasileiro. O povo deu espetáculo na abertura, no encerramento, na cortesia, no tratamento, na generosidade", relembra Lula, que diz ter gostado muito das apresentações. "O Brasil saiu engrandecido, saiu maior, mais bonito, as pessoas estavam felizes", afirma.

      Segundo ele, "tem gente que não acreditava nas Olimpíadas, depois passou a gostar; tem gente que torcia para não dar certo, depois deu certo e a pessoa adotou. É assim mesmo".

      O ex-presidente disse ainda que sempre haverá quem aponte os problemas do país. "É verdade, ainda tem gente pobre, ainda tem favela e gente fora da escola. É importante a gente não esquecer que tem e trabalhar para não ter mais. Ao mesmo tempo, o Brasil não pode ter vergonha de se preparar para ser uma potência olímpica".

      Nos vídeos, ele fez grandes elogios aos atletas medalhistas inesperados, como Rafaela Silva, do judô, que veio da Cidade de Deus e levou para casa uma medalha de ouro, e Isaquías Queiroz, de Ubaitaba, na Bahia, que levou três medalhas na canoagem e entrou para a história.

      Responsável pela escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, quando ainda estava na presidência, em 2009, Lula também recorda um pouco daquele momento: "Eu acho que as Olimpíadas foram aquilo que a gente dizia no discurso para ganhar o direito de realizar as Olimpíadas na América do Sul e no Brasil, porque só tínhamos feito uma em 1968 no México". "Dava a impressão que Olimpíada era coisa para país rico", diz.

      Agora, com a realização e o sucesso da Rio 2016, o Brasil provou que "está preparado para fazer qualquer grande evento no planeta Terra", diz Lula.

      Assista aos dois vídeos publicados. No Facebook:


       

       Do Portal Vermelho, com Brasil 247

      Senadora mostra golpe da elite brasileira para assumir o poder


      Agência Senado
      A senadora lembra que a elite econômica do Brasil sempre tentou interromper, pela violência, o mandato de todos os presidentes que procuraram executar projetos de interesse popular.  A senadora lembra que a elite econômica do Brasil sempre tentou interromper, pela violência, o mandato de todos os presidentes que procuraram executar projetos de interesse popular.  
      E nessa disputa de poder, a parlamentar aponta – sem surpresa - que os registros históricos indicam que a elite econômica do Brasil sempre tentou interromper, pela violência, o mandato de todos os presidentes que procuraram executar projetos de interesse popular. Assim foi com Vargas, Jango e Lula.

      Os métodos são sempre abomináveis, destaca a senadora, enfatizando que “para eles pouco importa.” E acrescenta que “recorrem a qualquer expediente, mas, para iludir o povo, sempre levantam bandeiras de apelo popular, como o combate à corrupção, cujo objetivo é desviar a atenção de seus reais propósitos –reassumir o poder político e voltar a executar a política de interesse exclusivo da elite econômica.”

      No processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, a elite brasileira volta a agir para emplacar o seu projeto de poder, “sob igual script e diapasão”, avalia Vanessa. E, em seguida, condena-a, por não aceitar o resultado das urnas e tentar executar mais um golpe contra a democracia, desta vez por via parlamentar.

      “O objetivo é o de sempre: realizar reformas profundas para reduzir direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Retomar as privatizações e entregar nossas riquezas naturais ao capital estrangeiro”, diz a senadora.

      “Querem arrancar da Constituição o preceito que consagrou a saúde e a educação como direitos universais e mudar a CLT, para assegurar que o negociado tenha prevalência sobre o legislado”, alega Vanessa.

      E cita a PEC 241, em tramitação, é o maior exemplo do desmantelamento das conquistas sociais e da implantação do Estado mínimo. Ao proibir aumento de gastos públicos por 20 anos, reduzirá, consideravelmente, as despesas com investimentos e serviços públicos. Segundo estimativa da consultoria do Senado, somente em educação e saúde deixariam de ser aplicados R$ 255 bilhões e R$ 168 bilhões, respectivamente, caso essa regra já estivesse em vigor no período de 2015 a 2018.

      Essa PEC tenta passar a ideia de que o problema fiscal do país decorre das despesas com pessoal, que, no ano passado, chegou a R$ 238,5 bilhões, e programas sociais, com R$ 241,3 bilhões, quando todos sabem que a causa central está na astronômica despesa do pagamento de juros da dívida pública, que chegou em 2015 a R$ 501,8 bilhões, o dobro de 2013, que foi de R$ 248,9 bilhões.

      Para a senadora, as maldades do governo golpista e seus aliados não param aí. “Eles já anunciam outras medidas tão ou mais danosas às camadas populares, como a reforma da previdência e a desvinculação dos benefícios sociais e previdenciários do salário mínimo.”

      E conclui que “além do desrespeito aos princípios mais elementares da democracia, esse governo ilegítimo está preparando um retrocesso sem precedentes em nossa história, baseado num modelo já testado e reprovado no mundo: o neoliberalismo.”
       

      De Brasília - Vermelho -Márcia Xavier 

      Planos de saúde dão calote bilionário no SUS

      Noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (23/8), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS) divulgou que três em cada 10 planos de saúde privados não pagam de volta o atendimento que o SUS prestou a seus clientes.
      Desde 2001, o calote divulgado é de R$ 826 milhões. Porém, o buraco é maior, segundo o professor Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP, ouvido pela Folha. Ele informa que esses valores referem-se apenas a procedimentos simples. Os outros, mais complexos, como hemodiálise e tratamento de câncer – que os planos privados invariavelmente transferem para o SUS – não estão contabilizados nessa conta.
      Além disso, há R$ 1,4 bilhões cobrados pela ANSS que as empresas de plano de saúde estão contestando na Justiça.
      A conta não para aí. Embora a cobrança tenha sido institucionalizada em 1998, só começou a ser feita em 2001. Ou seja, três anos foram simplesmente esquecidos.
      Tais fatos são mais uma mostra do perigo representado pela proposta do ministro interino da saúde de criar “planos de saúde baratos” para substituir parte do papel do SUS.
      Fonte: Portal da CUT  via Feebbase

      Inaugurada a primeira delegacia de defesa da mulher que funcionará 24h

      Após muitos anos de batalhas, as mulheres conseguiram uma nova conquista. Na noite da última segunda-feira (22/8), foi inaugurado o plantão da primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) que funcionar 24h por dia, todos os dias da semana. A unidade está localizada no centro de São Paulo e servirá de exemplo para que o mesmo aconteça em outras delegacias do país.
      Desde a criação das delegacias de defesa da mulher, há 31 anos, essa é a primeira unidade a ter atendimento em horário integral. As demais DDM espalhadas pelo país continuarão funcionando em horário comercial e fechando aos finais de semana.
      A motivação para a criação dessas delegacias especializadas, foi devido as reclamações de mulheres sobre o atendimento prestado em delegacias de polícia comuns, onde geralmente eram ouvidas por homens e muitas vezes desrespeitadas.
      Apesar de muitos homens não conseguirem ver diferença em uma delegacia comum para uma delegacia especializada para a mulher, a implantação do atendimento 24h é uma vitória para a delegada responsável pela 1ª DDM, Giovanna Valenti Clemente. “Acho que fica muito acessível para as mulheres que são agredidas. Elas se sentem confiantes de vir, se sentem acolhidas. Estatisticamente os casos de agressão contra o público feminino ocorre principalmente aos finais de semana, o que eleva o movimento na DDM às segundas-feiras. Muitas vezes não podemos prender ou autuar um homem porque não conseguimos o flagrante, agora nós podemos”.
      Na Bahia quase 10 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no início de 2016. 9.795 ocorrências, entre homicídios, lesão corporal, estupro e ameaças, foram registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA). Itabuna está entre os municípios baianos que mais registraram casos de violência doméstica e sexual neste início de ano. O município do sul da Bahia só registrou menos casos de violência doméstica e sexual que Salvador, que contabilizou 64. Em terceiro lugar aparece Feira de Santana, com 17 notificações.
      Além de Itabuna, no sul da Bahia novos casos de violência doméstica foram registrados em Ilhéus e São José da Vitória. No estado foram notificados 149 ocorrências neste início de ano. No ano passado foram registrados 9.979 casos de violência doméstica e sexual na Bahia. Foram notificadas também 154 mortes, das quais 43 em Salvador.
      Fonte: Feebbase

      Santander investe bilhões em projetos e esquece dos bancários

      Até 2018 o Santander destinará mais de US$ 11 bilhões em financiamentos de projetos de infraestruturas na América Latina, entre eles, construção e melhoria de portos, aeroportos, redes viárias e ferroviárias.
      O Brasil é um dos principais receptores, com US$ 4,8 bilhões, seguido do México, com US$ 3,8 bilhões. Além deles, o grupo financeiro espanhol pretende destinar US$ 2,1 bilhões ao desenvolvimento de infraestruturas na Argentina e o restante irá para Chile e Uruguai.
      O compromisso de investimento do banco, prevê o desenvolvimento de energias renováveis e convencionais, assim como a melhoria do acesso à água e seu tratamento. No Brasil, o Santander participou da construção e melhoria de mais de 8 mil quilômetros de rodovias, três portos e dois aeroportos e é líder em assessoria e estruturação do financiamento de energias renováveis.
      Na última apresentação de resultados, responsáveis do Santander destacaram que o Brasil evolui melhor do que o previsto, apesar das dificuldades econômicas que atravessa. O plano de investimento em infraestruturas na América Latina se completa com outras atuações da entidade destinadas a melhorar a inclusão financeira, a educação e o apoio às pequenas e médias empresas.
      O Santander mesmo diante da crise brasileira continuou lucrando e chegou a faturar R$ 3,466 bi no semestre. Com um faturamento significativo e com tantos projetos de cunho social e ambiental, era de se esperar que no mínimo o banco respeitasse os funcionários, responsáveis direto pelo funcionamento da entidade. Mas ao invés disso, a instituição após rodadas e mais rodadas de negociação, apresentou uma proposta para renovação do Acordo Aditivo sem atender nenhuma das demandas dos trabalhadores.
      Um banco que não respeita seus funcionários, consequentemente não respeita seus clientes.
      Fonte: Feebbase

      terça-feira, 23 de agosto de 2016

      Multinacionais querem privatizar uso da água e Temer negocia


        
      O Aquífero Guanani, reserva de água doce com mais de 1,2 milhão de km², deverá constar na lista de bens públicos privatizáveis, à exemplo das reservas de petróleo no pré-sal e da estatal federal de energia, Eletrobras.

      O governo do presidente de facto, Michel Temer, advertido para o efeito extremamente negativo da medida, caso venha a ser adotada, resolveu adiar para o dia 12 de setembro a primeira reunião do conselho do Programa de Parceria e Investimentos (PPI), na qual serão definidas as primeiras concessões e privatizações do governo, acrescentou a fonte. As negociações com os principais conglomerados transnacionais do setor, entre elas a Nestlé e a Coca-Cola, seguem “a passos largos”.

      "Representantes destas companhias têm realizado encontros reservados com autoridades do atual governo, no sentido de formular procedimentos necessários à exploração pelas empresas privadas de mananciais, principalmente no Aquífero Guarani, em contratos de concessão para mais de 100 anos", acrescentou.

      A primeira conversa pública acerca deste e de outros setores que tendem a seguir para a iniciativa privada estava prevista para esta semana, no dia 25, mesmo dia em que será aberto o processo de votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Esta coincidência foi fatal para o adiamento da reunião. Se confirmada a cassação do mandato de Dilma, o seu substituto deverá viajar à China no início de setembro para a reunião do G-20. A reunião do PPI, que será presidida pelo próprio Temer, ocorreria então após seu retorno.

      O anúncio deve conter uma lista de concessões mais “imediatas”, como as concessões dos aeroportos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) e dos terminais de passageiros dos portos de Fortaleza e Recife (PE). Além disso, deve haver uma outra relação de projetos a serem concedidos ou privatizados no médio prazo, com leilões que podem ocorrer em até um ano, como das distribuidoras de energia da Eletrobras e dos mananciais de água doce.

      Fator estratégico
      A relevância de um dos maiores mananciais mundial de água doce é tamanha que, há décadas, tem sido alvo da especulação quanto ao seu uso e exploração. O Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, conhecido por Projeto Aquífero Guarani (SAG), da ANA, foi criado com o propósito de apoiar Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai na elaboração e implementação de um marco legal e técnico de gerenciamento e preservação do Aqüífero Guarani para as gerações presentes e futuras. Após a vitória dos conservadores na Argentina e os golpes de Estado por orientação da ultradireita, tanto no Paraguai quanto no Brasil, restou ao Uruguai votar contra a privatização do aquífero.

      Esse projeto foi executado com recursos do Global Environment Facility (GEF), sendo o Banco Mundial a agência implementadora e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a agência executora internacional. A GEF, no entanto, mantém laços muito próximos às grandes corporações.

      Com área total de 1,2 milhões de km², dois terços da reserva estão em território brasileiro, no subsolo dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A importância estratégica do Aqüífero para o abastecer as gerações futuras desperta atenção de grupos de diferentes setores em todo o mundo”, afirma documento da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.

      “A sociedade civil organizada está atenta às possíveis estratégias de privatização de grupos econômicos transnacionais. Uma vez que, em 2003, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Mundial, através do Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF), implementaram o projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável que visa reunir e desenvolver pesquisas sobre o Aqüífero Guarani, com objetivo de implementar um modelo institucional, legal e técnico comum para países do Mercosul”, acrescenta.

      Água privatizada

      O empresário austríaco Peter Brabeck-Letmathe, principal financiador de campanha dos partidos de extrema direita naquele país, preside o grupo Nestle desde 2005 e nunca escondeu seu objetivo de tornar o fornecimento da água passível de exploração ainda mais acentuada pelas companhias do setor alimentício. O comércio de água representa 8% do capital do conglomerado que, em 2015, totalizaram aproximadamente US$ 100 bilhões.

      “A água que você precisa para a sobrevivência é um direito humano, e deve ser disponibilizada a todos, onde quer que estejam, mesmo que eles não possam se dar ao luxo de pagar por isso. No entanto, também acredito que a água tem um valor. As pessoas que usam a água canalizada para a sua casa para irrigar seu gramado, ou lavar o carro, devem arcar com o custo da infra-estrutura necessária para a sua apresentação”, disse Brabeck-Lemathe em recente artigo publicado na sua página, em uma rede social.

      As fábricas que engarrafam, em muitos casos tomam a água da mesma rede destinada para uso público. Muitas vezes, como a Coca Cola, acrescentam um pacote de minerais e a chamam de “água mineral”. Com este procedimento, o preço da água de garrafa salta em mais de mil por cento, “engarrafando-a e tornando-se um dos negócios mais descarados do mundo capitalista”, revela a analista venezuelana Sylvia Ubal, em recente artigo publicado naquele país.

      “Nestes tempos da globalização estamos assistindo uma concentração impressionante da indústria em torno de quatro a cinco multinacionais que estão criando um monopólio. Indústrias como Nestlé, Danone, Coca Cola, Pepsi Cola, possuem dezenas de marcas em torno de cada uma delas, que marcam o preço e a qualidade da água sem controle algum. Nos EUA mais de um terço da água engarrafada é simplesmente água de torneira tratada ou não; sendo um negócio monopolizado pela Nestlé e Danone, as líderes mundiais”, acrescentou.

      Ubal afirma, ainda, que está cada vez está mais claro que a água doce é um recurso finito, “vulnerável à contaminação – que é excessiva por parte das empresas transnacionais”.

      “Esta situação contribuiu para conceber a água como um bem mercantil e não como um direito fundamental, em prejuízo à satisfação das necessidades humanas básicas, das concepções ancestrais das comunidades étnicas, gerando assim maior desigualdade social e afetando, por sua vez, a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas. A expansão deste negócio exige das grandes corporações de bebidas e alimentação como a Coca Cola, Pepsi Cola, Danone, Nestlé…, a ter cada vez mais acesso aos recursos hídricos, impulsionando a privatização de água e aquíferos. E o setor da água engarrafada está crescendo muito rapidamente em todo o mundo, sendo o negócio mais lucrativo atualmente, mas também é um dos menos regulados, o que dá lugar a situações verdadeiramente escandalosas”, conclui.
       

       Fonte: Correio do Brasil via Vermelho