sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tarifa zero é uma “bruta inclusão social”, diz idealizador

Além de promover a inclusão social, a gratuidade do transporte público traz impactos positivos à economia, segundo o ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, Lúcio Gregori, em afirmações feitas durante uma aula pública em frente à Prefeitura paulistana, organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL, na noite da última quinta (27).


“É uma bruta inclusão social. Mais do que isso, tem efeitos positivos na economia, porque as pessoas vão consumir mais. As pessoas chegam a mais lugares para consumir coisas: ao teatro, ao cinema, à festa, ao bar, à escola, em todos os lugares tem mais gente chegando”, disse o ex-secretário. 
A calçada, que ficou lotada de jovens sentados para escutar a palestra, ainda tinha cacos de vidro remanescentes do último protesto do movimento, no dia 18, pela redução das tarifas de ônibus, trens e metrôs. Na ocasião, as vidraças da Prefeitura e de duas agências bancárias na Praça do Patriarca foram depredadas. A revogação do aumento que tinha elevado as tarifas do transporte público de R$ 3 para R$ 3,20 na capital foi anunciada no dia seguinte pelo prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin. Também participou da aula o professor aposentado do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, Paulo Arantes.

Quando participou da administração da prefeita Luiza Erundina na capital paulista, Gregori elaborou o Projeto Tarifa Zero, que pretendia subsidiar integralmente as passagens de ônibus com o aumento de impostos progressivos, especialmente o de Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O ex-secretário ainda defende o mesmo modelo para implantação do sistema em grandes cidades. “É óbvio que tem que arranjar dinheiro novo, alavancando o IPTU de grandes propriedades e de imóveis de luxo”, disse ao explicar que a proposta está ligada a uma reforma que torne a carga tributária mais justa.

“A sociedade brasileira é rica o suficiente para fazer uma política tributária em que os mais ricos contribuam para todos viverem em uma cidade que muda inteiramente com a gratuidade dos transportes”, acrescenta ao lembrar da desigualdade do sistema atual. “O Brasil tem uma carga tributária inversa do que tem que ser: quem ganha até dois salários mínimos paga mais imposto do que quem ganha mais do que 20. Quem ganha até dois salários paga 50%, quem ganha mais de 20 salários paga 26%, alguma coisa está errada”.

Gregori descarta ainda a vinculação da tarifa zero com a estatização do sistema de transportes. “Por acaso a coleta de lixo é estatal? Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, compara. “Tem que pagar o custo operacional de uma frota contratada do setor privado, com planilha discutida publicamente e claramente. E não se cobra nada do passageiro”.

Agência Brasil via Vermelho

Senado: Passe livre e Ficha Limpa estão prontos para votação

O plenário do Senado aprovou na tarde da quinta-feira (27) os pedidos de urgência para o projeto de lei que trata do passe livre estudantil e para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Ficha Limpa no Serviço Público. Com isso, as matérias terão prioridade na pauta de votação e devem ser votadas já na próxima semana, junto com o projeto que prevê 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde.


O projeto do passe livre estudantil foi apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esta semana. Ele concede gratuidade nas passagens de transportes públicos urbanos para todos os estudantes matriculados regularmente em escolas e universidades. Para ter direito ao benefício, eles precisarão comprovar a frequência nas aulas.
As despesas com a gratuidade do transporte dos estudantes serão custeadas com recursos dos royalties do petróleo da camada pré-sal. Com a aprovação do projeto que destina 75% desses recursos para a educação, Renan Calheiros estipula no projeto de lei que uma parte seja destinada ao pagamento do transporte.

Assim como a do passe livre, a PEC da Ficha Limpa no Serviço Público também é uma das demandas apresentadas nas manifestações das últimas duas semanas em todo o país. Ela estende a todos os servidores públicos as mesmas regras da Lei da Ficha Limpa que valem atualmente para candidatos a cargos eletivos.

Com a urgência aprovada, na próxima semana o Senado vai definir uma nova pauta de PECs e projetos de lei que devem entrar na lista de preferência para votação no plenário do Senado. Todas as proposições deverão ser definidas de acordo com as reivindicações apresentadas por manifestantes em todo o país.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

PCdoB debate avanços e desafios da saúde pública no Brasil

A Comissão Nacional de Saúde do PCdoB e a Fundação Mauricio Grabois realizam nesta sexta-feira (28) e sábado (29), na Sede do Comitê Central em São Paulo, o 2º Seminário Nacional de Saúde do Partido. O objetivo do evento é a discussão sobre a saúde no Projeto Nacional de Desenvolvimento e a consolidação da organização PCdoB nessa frente.


Em entrevista ao Portal Vermelho, a diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa do Ministério da Saúde e membro da coordenação de Saúde do PCdoB, Julia Maria Santos Roland, explica que o encontro fará um balanço do Serviço Único de Saúde (SUS). Este ano marca o 25º aniversário da Constituição Federal que definiu a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. 

“A ideia é fazer um balanço deste processo e tirar orientações e diretrizes gerais para avançar e superar as debilidades atuais, no sentido de garantir o acesso com qualidade de atendimento exatamente no momento em que a pessoa precisa do serviço. Muitas vezes, depois que a pessoa já está inserida no sistema, a avaliação é positiva, mas a dificuldade é conseguir ter esse atendimento”.

Deverão participar das discussões gestores estaduais, municipais, professores universitários ligados à área da saúde e lideranças da área sindical e dos movimentos sociais. Passados mais da metade do governo da presidenta Dilma Rousseff, os desafios para garantir alguns dos direitos sociais, entre estes o direito à saúde, permanecem atuais. 

Julia explica que as recentes manifestações populares que têm levado às ruas de todo o país reivindicações de melhoria da saúde evidenciam a demanda por melhoria do atendimento. Para ela, a saúde tem sido uma preocupação permanente dos trabalhadores e da população brasileira de maneira geral. “Nesses movimentos recentes, que ainda estão em ebulição, a saúde aparece com força como uma reivindicação no sentindo de melhorar as políticas públicas. Ainda hoje o acesso ao SUS externa uma série de dificuldades. Nosso encontro acontece em um momento privilegiado do ponto de vista da evidência da necessidade de aprofundar a compreensão do momento que hoje se tem do processo de implantação do SUS no sentido de identificar os gargalos e os mecanismos necessários para superá-los”.

A coordenadora de Saúde do PCdoB entende que uma das dificuldades atuais da luta pelo serviço de saúde pública de qualidade é transformar a pauta em uma bandeira de toda a sociedade brasileira. “O pronunciamento da presidenta buscou abarcar o conjunto das questões que estavam sendo reivindicadas pelos movimentos. Há a necessidade de se dar um tratamento mais amplo para a questão da saúde do que ela expressou. Ela falou um pouco da demanda que a população, espontaneamente, vem colocando em relação à saúde, mas acho que o problema precisa de uma abordagem mais ampla. Não vai se resolver a questão apenas ofertando mais médicos para o sistema. É necessária a efetivação de uma série de outras medidas que inclusive já estão em curso e sendo colocadas pelo Ministério da Saúde e governos estaduais e municipais. Hoje o investimento que o país faz é insuficiente para garantir o atendimento integral e universal como está preconizado na Constituição”.

Julia pontuou ainda como os principais desafios para superar a deficiência da área, o enfrentamento ao financiamento da saúde e a melhoria da gestão e a aplicação dos recursos. “Para isso é fundamental a participação da sociedade, de forma cada vez mais ampla e qualificada. Essas são questões que o nosso encontro vai discutir. Como avançar nas questões do financiamento e na participação da sociedade sobre as políticas de saúde e como garantir os profissionais de saúde nos locais que mais precisam”. 

Programação

Dia 28 de junho (sexta-feira)
Abertura - Manhã – 9 às 10 horas
Adalberto Monteiro – Presidente da Fundação Mauricio Grabois
Julia Roland - Diretora do DAGEP/MS

Mesa 1: Saúde, Democracia e Desenvolvimento no Projeto de Nação.
Manhã: 10 horas às 12:30 horas
Conferencista:
Renato Rabelo (Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil)
Coordenador:
Neio Lúcio Pereira (Diretor Técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC)).
Debatedores:
Jandira Feghali (Dep. Federal PCdoB – RJ)
Marcio Florentino (Secretário Executivo do Conselho Nacional de Saúde)

Intervenções especiais de 5 minutos:
Julieta Palmeira (Diretora Geral da Bahia Farma)
Norberto Rech (Assessor Especial da Presidência da ANVISA)
Alice Portugal (Dep. Federal PCdoB-BA).

Mesa 2 : Acesso, Financiamento e Gestão na Saúde
Tarde – 14 horas às 16hs30
Coordenador:
Arruda Bastos (Secretario Estadual de Saúde do Ceará)
Debatedores:
João Ananias (Dep. Federal PC do B - CE) Membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
Renan Araújo (Secretário Municipal de Saúde de Itabuna /BA).
Intervenções Especiais de 5 minutos
Giselia Santana (Secretaria de Atenção Básica à Saúde do Estado da Bahia)
Jusssara Cony (Vereadora de Porto Alegre - PCdoB –RS)
Enfermeira Rejane (Deputada Estadual do PCdoB - RJ)

Intervalo para café

Tarde – 17horas às 19hs30
Trabalho em Grupos
4 (quatro) Questões Problematizadoras
Complexo Industrial da Saúde e Organização Partidária na Saúde; Relator (Norberto Rech).
Programas de gestão e Organização Partidária na Saúde; Relator (Neio Lúcio Pereira).
Formação Profissional e Organização Partidária na Saúde; Relator (Ronald dos Santos).
Democracia Participativa e Organização Partidária na Saúde. Relator (Marcio Florentino)

Obs: Organização Partidária na Saúde – ementa Júlia Roland

Dia 29 de junho (sábado)
Manhã – 9 horas às 11:30 horas
Organização da Ação Política na Saúde (Institucionais Movimentos Sociais e Luta Ideológica)

Manhã – 11hs30 às 14 horas
Encaminhamentos


Fonte: Vermelho

"Mensalão tucano" terá Barroso como relator no STF no lugar de Joaquim Barbosa

Barroso (ao centro) substitui o presidente do STF,
 Joaquim Barbosa, na relatoria do mensalão tucano. Foto:Reprodução

O ministro Roberto Barroso, recém-empossado no Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da Ação Penal (AP) 536 - conhecida como "mensalão tucano" - que segue sem julgamento desde a sua abertura, em 2009, após investigação de atos ilícitos cometidos durante a campanha do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo do Estado.


Personagem central da AP 470, no julgamento conhecido como ' mensalão ', o publicitário Marcos Valério se distingue também como coordenador do esquema de financiamento irregular -com recursos públicos e doações privadas ilegais -à campanha de reeleição em 1998 do então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB).

O processo envolve, ainda cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de energia mineira), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura mineira, atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento mineira) e dois à gráfica Graffar, que teriam desviado recursos da Cemig para a campanha de Azeredo.

Em denúncia apresentada dia 20 de novembro de 2007 ao Supremo Tribunal Federal, o Procurador Geral da República denunciou que o esquema criminoso, que veio a ser chamado pela imprensa de "mensalão tucano", foi "a origem e o laboratório" do 'mensalão'.

Barroso, que assumiu a cadeira que era de Ayres Brito, aposentado compulsoriamente ao completar 70 anos, substituirá o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, na relatoria do "mensalão tucano". O constitucionalista Roberto Barroso foi nomeado pela presidenta Dilma Rousseff e sua posse foi prestigiada, na véspera, por mais de 1,5 mil convidados e autoridades dos Três Poderes.

Fonte: Correio do Brasil via Vermelho

Reforma política será resposta para população, diz Manuela, líder do PCdoB

Foto: divulgação

A reforma política é a melhor forma de atender ao conjunto de demandas dos cidadãos que vão às ruas protestar. Essa é a opinião da deputada Manuela D’ Ávila (PCdoB-RS) manifestada no programa Esfera Pública da Rádio Guaíba esta semana. “A reforma política representa mudanças que nós parlamentares podemos fazer”, afirma a líder do PCdoB na Câmara.


A deputada lembra que o PCdoB foi um dos únicos partidos a assinar o requerimento de urgência para que a matéria fosse analisada ainda este ano pela Câmara, antes mesmo de manifestações populares. 

O partido defende uma reforma política inteira que reestruture todo o sistema. Manuela acredita que o financiamento público das campanhas eleitorais é o fator crucial para se enfrentar as mazelas da política brasileira, como a corrupção. 

“Eu acredito na democracia com partidos políticos. Quero que esses partidos sejam financiados por esse povo que vai às ruas”, afirma a líder do PCdoB, chamando os parlamentares a ouvirem a voz das ruas e fazerem uma reflexão profunda sobre o papel de cada um no atendimento dos anseios populares. 

Da Redação do Vermelho em Brasília
Fonte: Ass. Dep. Manuela D’ Áv
ila

Dilma quer rapidez no plebiscito sobre reforma política

Agência Brasil
Renato Rabelo defendeu a união da base aliada
para fortalecer a liderança da Presidenta da República 
na condução do processo político atual. 

A presidenta Dilma Rousseff quer enviar, já na próxima semana, a proposta do plebiscito sobre a reforma política para o Congresso Nacional. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, que participou ontem, quinta-feira (27), da reunião dos presidentes de partidos políticos com a presidenta da República. Ao longo do dia, Dilma se reuniu ainda com os líderes partidários na Câmara e no Senado.


As reuniões desta quinta-feira se somam às que têm sido feitas pela presidenta Dilma ao longo da semana para discutir com os vários setores organizados da sociedade, as respostas que devem ser dadas às reivindicações do povo, nas manifestações de rua ocorridas nos últimos dias.

Sobre o plebiscito da reforma política, que ocupou lugar de destaque nas conversações, Renato Rabelo explicou que o plebiscito nada mais é do que uma consulta popular, quando os eleitores se manifestarão entre o “sim” e o “não” nas questões ligadas ao sistema político-eleitoral brasileiro. 

Segundo ele, as perguntas devem ser simples e diretas e devem girar em torno de duas questões básicas – o financiamento de campanha – se público ou privado - e o sistema de voto – se proporcional (aberto ou fechado) ou majoritário (puro ou misto).

O processo deve ser deflagrado pelo Congresso Nacional e deve ser feito o mais rápido possível, em até 90 dias, explica Renato Rabelo, lembrando que as manifestações de rua exigem respostas e, em algumas situações, respostas rápidas, como a da crise da representação política.

O líder comunista explica ainda que durante a campanha pelo plebiscito, normalmente se formam frentes partidárias e de entidades da sociedade civil que disputam o eleitor em torno de suas propostas. Para isso, ele defende que o tempo de propaganda no rádio e na televisão sejam iguais para os dois lados e sem participação da mídia. “Os jornais não podem fazer editoriais defendo uma ou outra posição”, destaca Renato.

Sem receios

Renato Rabelo disse que “o PCdoB não tem receio de ouvir o povo e de transmitir ao povo as nossas convicções”, sem adiantar um possível resultado do plebiscito. “Tudo vai depender da evolução política”, disse, lembrando que o PCdoB defende financiamento público exclusivo de campanha e lista preordenada.

O líder comunista explicou ainda que o plebiscito é para ouvir o povo sobre a reforma política, mas que o povo deve ser balizado sobre as propostas em discussão. E rechaçou a ideia, sugerida apenas pelo PP, de se fazer um referendo ao invés de plebiscito. O referendo, segundo ele, seria uma consulta em que o povo ratificaria ou rejeitaria uma proposta aprovada pelo Congresso. 

E lembrou que a proposta de ouvir o povo formulado pela presidenta Dilma se baseia nos fatos de existir desconfiança com as instituições e a representação política e também porque o Congresso Nacional não conseguiu até hoje aprovar uma proposta concreta.

Fortalecer liderança

Após a explanação da presidenta Dilma, que falou sobre a importância de aproveitar a oportunidade deflagrada com as manifestações de rua para uma alternativa construtiva, que passa pela melhoria dos serviços públicos e mudanças na representatividade política, falaram os presidentes de partido.

Renato Rabelo defendeu a união da base aliada para fortalecer a liderança da presidenta da República na condução do processo político atual. Ele disse ainda que se a mídia é livre no país para falar o que quiser, a presidenta da República tem que usar a prerrogativa de se comunicar com o povo. 

E enfatizou a posição favorável aos partidos políticos, destacando que “não existe democracia em lugar nenhum do mundo sem partidos políticos”.

O presidente do PCdoB disse ainda que Dilma também falou sobre sua proposta dos cinco pactos apresentados esta semana aos governadores e prefeitos das capitais, em que pretende enfrentar as demais reivindicações do povo. 

Dilma destacou que esta semana os governantes municipais e a Câmara e Senado já deram respostas às reivindicações, reduzindo o valor da tarifa do transporte público e aprovando as propostas que destinam mais recursos para saúde e educação, além da matéria que torna crime hediondo a corrupção.

Novas e maiores exigências

Na avaliação de Renato Rabelo, os 10 anos do Governo Lula/Dilma criaram outro patamar de demandas da sociedade – novas e maiores exigências. Uma vez atendidas as questões emergenciais, de combate a pobreza, mais democracia e maior inserção do país no cenário internacional, os problemas das classes médias vão para a ordem do dia.

Segundo ele, a tarifa de ônibus foi o detonador da crise urbana que vive o país. Ao longo dos anos, as cidades acumularam problemas que resultaram em grave crise urbana, tornando praticamente inabitável as cidades para todos – pobres e ricos. E diz que a reforma urbana é uma das mudanças estruturais defendidas no programa do PCdoB. “Programa que não é de arquivo – destaca – e que lutamos para ser cumprido”.

De Brasília - Vermelho  - Márcia Xavier
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Lula convoca movimentos sociais para ir à ruas pelo Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta capital, os integrantes dos movimentos sociais.
Ex-presidente e um dos principais atores políticos do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva assume o seu papel de liderança nos movimentos sociais que tomaram as ruas do país, em uma série de manifestações que chega à sua segunda semana. De sua base, na sede do Instituto Lula, o principal aliado da presidenta Dilma na elaboração de uma agenda política para a realização de um plebiscito, intensifica os encontros com os movimentos sociais mais próximos do Partido dos Trabalhadores (PT).

No mais recente encontro, na véspera, com jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Lula ofereceu o diapasão para afinar o discurso dos movimentos sociais.

Em lugar da esperada mensagem de conciliação e o pedido de calma aos manifestantes, o momento é de “ir para a rua”, afirmou o ex-presidente. A reunião, no bairro do Ipiranga, em São Paulo não contou com a presença do Movimento Passe Livre (MPL), nem do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

"O (ex-)presidente queria entender essa onda de protestos e avaliou muito positivamente o que está acontecendo nas ruas", disse a jornalistas André Toranski, presidente da UJS, que conta majoritariamente com militantes do PCdoB.

Outro participante do encontro, que preferiu o anonimato, afirma que Lula “colocou que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda. Ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo. Não usou essas palavras, mas disse algo com ‘se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”.

Em nota publicada em seu perfil na rede social Facebook, na última quinta-feira, Lula já se mostrava favorável às manifestações ocorridas desde o último dia 13 em várias cidades do Brasil: “Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil, porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas”, declarou.

Em São Paulo, Lula apoiou a negociação entre o governo e os manifestantes, que reclamavam do aumento no preço da passagem de ônibus. Na ocasião, o ex-presidente demonstrou confiança no trabalho do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ministro da Educação durante seu governo.

"Estou seguro, se bem conheço o prefeito Fernando Haddad, que ele é um homem de negociação. Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano", afirmou. Apenas alguns dias depois, Haddad revogou o aumento de R$ 0,20 no preço da passagem.

Plebiscito

De sua parte, a presidenta Dilma também seguiu os conselhos do amigo e antecessor no cargo e vem promovendo, desde o início desta semana, uma série de encontros com os movimentos sociais. Na véspera, Dilma recebeu os representantes de oito centrais sindicais e dedicou 40 minutos da reunião para explicar aos dirigentes como serão norteadas as ações para os cinco pactos anunciados pelo governo – com vistas à melhoria dos serviços públicos – e destacou a importância de ser convocado um plebiscito no país para discussão da reforma política. Embora a presidenta não tenha sido explícita no apelo às centrais, a sua fala na abertura do encontro foi vista pela maior parte dos presentes como uma forma de pedir o apoio das entidades para as medidas divulgadas nos últimos dias.

A presidenta admitiu que é preciso aprimorar a interlocução com as centrais e disse concordar com as críticas das ruas sobre a qualidade dos serviços públicos. Afirmou, ainda, que a pressão das mobilizações está correta e ajuda na transformação do país. Participaram do encontro representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Força Sindical, bem como Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), CSP-Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), além de técnicos do Dieese.

Os sindicalistas apresentaram os principais itens definidos na pauta traçada nos últimos dias com solicitações ao governo, tais como melhorias na qualidade do transporte público e redução das tarifas, mais investimentos na educação e na saúde, retirada de tramitação, no Congresso, do Projeto de Lei 4.330 – referente à regulamentação das atividades de terceirização, fim do fator previdenciário e aumento dos valores das aposentadorias, reforma agrária e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Dilma deixou claro que essa pauta será negociada como um todo e que o governo apresentará uma resposta até agosto.

Das ruas às urnas

Para Luiz Carlos Antero, jornalista e escritor, colunista e membro da Equipe de Pautas Especiais do sítio Vermelho.org, o plebiscito pela reforma política é uma das propostas que “podem surtir um maior impacto”. Em um debate mais amplo, segundo o analista, “pode contribuir para uma maior participação popular e para aprofundar a democracia no Brasil, destacando-se em especial aspectos como o do financiamento público de campanhas”.

“Entretanto, ainda mais que compreender o que se passa no Brasil no atual momento, é indispensável e urgente o esforço da apresentação de um afirmativo e unitário programa popular e democrático enquanto fio condutor das lutas de rua — para as quais qualquer pauta institucional e toda pausa na movimentação terá um sentido provisório e cumulativo, distante do improvável êxito do pensamento ou desejo de uma nova acomodação”, afirma.

Fonte: Correio do Brasil

Dilma debate reforma política com presidentes de partidos


Crédito: www.ebc.com.br

Dando continuidade à agenda de encontros para discutir os cinco pontos propostos pela presidenta Dilma Rousseff na última segunda (24), em consonância com as manifestações populares que ganharam as ruas das principais capitais e cidades do país nas últimas semanas, a mandatária brasileira mantém nesta quinta (27) reuniões com representantes do Legislativo, presidentes de partidos e lideranças parlamentares.


O primeiro encontro da agenda da presidenta é com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Às 11 horas, recebe os presidentes dos partidos políticos aliados e da oposição para debater a reforma política e a realização de um plebiscito para ouvir a opinião do povo brasileiro. Dilma se encontra às 14 horas com líderes partidários da Câmara e, às 16 horas, com os líderes do Senado.

Nesta quarta-feira (26) o relator da proposta de reforma política na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), disse que há mais possibilidade de a reforma política ser aprovada após um plebiscito. Fontana não descarta, porém, a hipótese de seu relatório ser votado em plenário – em abril, o relatório sequer foi discutido em plenário, devido à falta de consenso.

“Resumindo, há duas possibilidades. A primeira é votar imediatamente, e o mais rápido possível, [a reforma política] a partir do relatório que foi apresentado há alguns meses na Casa. A segunda é fazer um plebiscito com um conjunto de perguntas – seis, sete ou oito, sobre temas estruturais."

Para o deputado, antes do plebiscito, haverá uma série de debates, inclusive organizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com horário de propaganda e amplos debates com a sociedade. "Aí, o povo brasileiro responde a cada uma dessas perguntas, e o Parlamento vota a lei respeitando a decisão tomada no plebiscito.”

Fontana abordou também a possibilidade de um referendo, no qual seria colocado um conjunto de propostas que, se votadas, serão submetidas à população para ser, ou não, aprovadas. “Mas o que cresceu nesta semana foi o movimento dos que querem fazer consulta [plebiscito] antes da votação do Parlamento”, acrescentou o deputado, referindo-se ao acerto feito entre a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, e as presidências da Câmara e do Senado.

Confirmando essas expectativas, as perguntas do plebiscito serão redigidas e votadas pelo Parlamento. Caberá a Fontana fazer uma primeira minuta delas. “Teremos grande embate democrático sobre como as perguntas serão feitas. Eu defendo que elas incluam obrigatoriamente questões sobre como será feito o fianciamento de campanha [se será público ou não]; a questão do modelo eleitoral e a forma de votar; a fidelidade partidária; a coincidência de eleições [de prefeitos e demais cargos eletivos]; e o fim da coligação em eleições para deputados e vereadores.”

“Nosso plano é fazer negociação muito rápida [para definir as perguntas], porque o mais importante é que as eleições de 2014 sejam disputadas sob novas regras. Uma certeza é que o pior sistema político é o que temos no Brasil, especialmente no quesito financiamento”, disse o parlamentar. Fontana elogiou a sugestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que, entre outros pontos, sugere a proibição do financiamento de campanhas por empresas e a limitação do financiamento para pessoas físicas em R$ 700, para evitar que pessoas muito ricas “desequilibrem” uma eleição.

De acordo com Fontana, há um prazo limite para viabilizar a nova legislação já nas eleições do próximo ano. “[O prazo] é 5 de outubro. Para isso, precisamos fazer [antes] uma consulta plebiscitária por volta do dia 20 de agosto. Aí, teremos até 40 dias para que o Parlamento vote [a matéria] nas duas casas.”

O deputado lembrou que um dos itens incluídos em seu relatório possibilita a participação mais direta do cidadão na elaboração das leis do país. “Um grupo que queira ver um determinado PL [projeto de lei] aprovado poderá propagandeá-lo pelas redes sociais em busca de apoio. Quem gostar e apoiar, assina digitalmente o apoio. Conforme o número de assinaturas que o projeto atinja, ele passa a tramitar, inclusive, em caráter de urgência." No entanto, ressaltou Fontana, isso não precisa estar entre as perguntas do plebiscito porque já sabemos que a população apoia. "E, como já disse, não precisamos fazer perguntas óbvias [no caso de plebiscito].”

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Senado aprova projeto de lei que regulamenta concursos públicos

Crédito: www.ebc.com
O Senado aprovou nesta quinta-feira (27), em turno suplementar, o substitutivo ao projeto (PLS 74/2010) que regulamenta a realização de concursos públicos para a Administração Pública Federal. Entre as novidades da proposta conhecida como Lei Geral dos Concursos Públicos está a proibição de certames exclusivamente para cadastro reserva. Pelo texto aprovado também ficam proibidos novos exames sem que os aprovados em provas anteriores tenham sido convocados.

Para responder às reclamações de que muitas provas tem prazo exíguo para inscrição, a proposta determina que o edital deverá ser publicado com antecedência mínima de 90 dias da realização da prova. O valor da taxa de inscrição cobrado dos candidatos também será limitado a 3% da remuneração inicial do cargo.

Nos casos de adiamento, anulação ou cancelamento do concurso, o projeto garante a devolução do valor relativo à inscrição. O projeto também prevê a responsabilização administrativa, civil e criminal da instituição organizadora em caso de quebra de sigilo das provas ou venda de gabaritos. O texto também assegura o acesso ao Poder Judiciário para impugnar totalmente ou em parte o edital do concurso.

Como a proposta foi aprovada em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, se não houver apresentação de recurso para apreciação no plenário da Casa, a matéria segue direto para análise da Câmara dos Deputados. A expectativa do relator da proposta, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), é que as novas regras também sirvam de modelo para concursos nas esferas estadual e municipal. 

Fonte: Agência Brasil via Contraf

PEC do Trabalho Escravo é aprovada na CCJ do Senado e vai ao plenário

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quinta-feira (27) por unanimidade a chamada PEC do Trabalho Escravo (PEC 57-A/1999). O texto, que há 14 anos tramita no Congresso - permite a expropriação de terras onde houver exploração de trabalhadores. Nesses casos, as terras seriam destinadas à reforma agrária ou a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário.

Sob o argumento de que antes de votar a proposta o Congresso precisa definir o que é trabalho escravo, um grupo de senadores tentou impedir a votação da PEC na CCJ. A votação só foi possível depois de um acordo proposto pelo presidente da CCJ, Vital do Rêgo (PMDB-PB).

O acerto prevê que, antes de seguir para a votação em dois turnos no plenário da Casa, uma Comissão Especial Mista de senadores e deputados vai simultaneamente trabalhar na regulamentação desse tipo de crime.

Segundo o relator da proposta, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a proposta de emenda à constituição não pode ser aplicada automaticamente. "É preciso que haja uma definição clara sobre o que é o trabalho escravo", disse. 

Ele explicou ainda que atualmente os tribunais têm julgamentos conflitantes sobre essa definição. "Também é preciso que haja uma lei que defina qual será o processo judicial de expropriação, porque essa determinação só pode se dar por meio de decisão judicial. São duas leis necessárias para que a emenda constitucional seja eficaz", disse.

Para dar celeridade à tramitação da PEC, o presidente da CCJ vai definir o prazo para o trabalho da comissão mista com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN). A expectativa é que a PEC do Trabalho Escravo esteja pronta para votação no plenário do Senado logo depois da volta do recesso parlamentar em agosto.

Fonte: Agência Brasil

Senado aprova projeto que transforma corrupção em crime hediondo

O plenário do Senado aprovou ontem, quarta-feira (26) projeto de lei que inclui as práticas de corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e excesso de exação na lista dos crimes hediondos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis.


Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena. O projeto agora segue para a Câmara.

O autor do projeto, senador Pedro Taques (PDT-MT), justifica que esses crimes são delitos graves praticados contra a administração pública que “violam direitos difusos e coletivos e atingem grandes extratos da população”. “É sabido que, com o desvio de dinheiro público, com a corrupção e suas formas afins de delitos, faltam verbas para a saúde, para a educação, para os presídios, para a sinalização e construção de estradas, para equipar e preparar a polícia, além de outras políticas públicas”, diz o autor do projeto.

O texto original de Taques, contudo, previa a qualificação como hediondo apenas para os crimes de corrupção ativa e passiva e de concussão (obter vantagem indevida em razão da função exercida). O relator do projeto, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), incluiu em seu parecer também os crimes de peculato (funcionário público que se apropria de dinheiro ou bens públicos ou particulares em razão do cargo) e excesso de exação (funcionário público que cobra indevidamente impostos ou serviços oferecidos gratuitamente pelo Estado).

“Sem a inclusão do peculato e do excesso de exação, a proposição torna o sistema penal incoerente, pois não há razão justificável para considerar crimes hediondos a corrupção e a concussão e não fazê-lo em relação ao peculato e ao excesso de exação”, alega Dias.

O relator também acatou emenda do senador José Sarney (PMDB-AP) para incluir homicídio simples cometido de maneira qualificada na categoria de crimes hediondos. Sarney alegou que um crime praticado contra a vida está entre os mais graves e não poderia ficar fora da lista.

Foi aprovada ainda emenda do senador Wellington Dias (PT-PI) que aumenta a pena do crime de peculato em até um terço quando ele for considerado qualificado, ou seja, cometido por autoridades e agentes políticos.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Economia mundial é instável e crise não é conjuntural

A situação econômica mundial está surpreendendo a todos porque é algo mais que uma crise conjuntural de curto prazo e este período se caracteriza pela insegurança, instabilidade e imprevisibilidade. 


O economista, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e atual secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, não poupou palavras para alertar os governos e países da região para uma situação econômica internacional que pintou em tons cinza-escuros e considerou que é muito perigosa para as metas de desenvolvimento.

Em um discurso acompanhado com muita atenção por ministros da Economia e diplomatas em uma reunião prévia à 23ª Cúpula Ibero-americana que se realizará no Panamá em 18 e 19 de outubro deste ano, Iglesias afirmou que todos os esforços atuais de recuperação levam pontos de interrogação.

Os Estados Unidos registram algum crescimento econômico, mas continuam com grandes problemas como seu enorme endividamento, o que obriga a levantar a questão sobre o que vai ocorrer com sua economia e a mundial.

A Europa, em particular os países da zona do euro continua em recessão e em especial na Península Ibérica, que impôs fortes medidas de ajuste com custos sociais muito altos, enquanto o tema do desemprego permanece um desafio, sem uma saída harmonizada.

Iglesias estima que para a Europa o crescimento é esquivo, de maneira que ali há elementos de preocupação e é isto o que dizem todos os dias os ministros da Economia.

O Japão enfrenta o estancamento mas com políticas similares às dos Estados Unidos, com altos e baixos e a China preocupa pois os ajustes que propõe estão enterrando fatores que impulsionaram seu crescimento, o qual vem caindo nos últimos tempos.

Esse panorama teve impacto nos preços de certas matérias primas e se nota que a dinâmica econômica chinesa está afetando o potencial impulso que Pequim deu ao comércio na última década.

Assim, esses aspectos da economia mundial geram inquietações que de algum forma afetará o crescimento da América Latina nos próximos anos, e isto já está ocorrendo, pois as taxas de crescimento caíram alguns pontos, de acordo com os dados disponíveis.

Iglesias propõe preparar-se para o que possa ocorrer no comércio mundial sobre o qual paira de novo o fantasma do protecionismo.

Estamos entrando em um período em que a pergunta é se os grandes objetivos que temos alimentado como o livre comércio se mantêm ou se devemos entrar em uma época mais difícil, em que começará a aparecer algum tipo de protecionismo e essa é uma pergunta que para a América Latina é muito importante, assinalou.

O secretário ibero-americano afirma que terminou o período dos últimos 30 anos em que tudo era previsível e agora é preciso abrir-se à surpresa e à instabilidade no mundo e potenciar o papel das políticas internas.

Ele advertiu para que a desaceleração do comércio será seguida por uma alta das taxas de juros porque é impossível que se mantenham nos níveis atuais.

Para a Secretaria Geral Ibero-americana a criação da Comunidade Econômica Latino-americana e do Caribe é um fato muito importante, assim como a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América porque permitem uma região unida, ao tempo em que pede que sejam fortalecidas.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Câmara aprova royalties do petróleo para a educação e a saúde

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, terça (25) o projeto de lei do Executivo que destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação pública, com prioridade para a educação básica, e 25% para a saúde. O governo queria que todos os recursos fossem destinados à educação. Mas, para a aprovação do projeto, as lideranças partidárias fizeram um acordo destinando parte dos recursos para a saúde.


O texto aprovado estabelece que será obrigatória a aplicação dos recursos dos royalties na educação e na saúde pela União, estados e municípios. A proposta também determina que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam aplicados na educação até que se atinja o percentual de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

A maioria dos destaques que visava a alterar o texto foi retirada pelos seus autores e os que chegaram a ser votados foram rejeitados pelo plenário da Câmara. Com a conclusão da votação, o projeto segue agora para apreciação do Senado, em regime de urgência.

Concluída a votação do projeto dos royalties, os deputados aprovaram requerimento para votação em regime de urgência do projeto de lei que estabelece novas regras para a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

PCdoB quer reunir aliados para lutar por reformas estruturais

Reunir os aliados e os movimentos sociais para reforçar a liderança da Presidenta Dilma e realizar mobilizações em torno das reformas estruturais, que já existiam antes da deflagração das manifestações de rua, com comando determinado e conteúdo progressista. Foram essas as proposta do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, aos membros da Comissão Política do Partido reunidos ontem, terça-feira (25) em Brasília.  


A reunião extraordinária foi convocada para discutir a situação do país diante dos últimos acontecimentos – as manifestações de rua e as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff ontem na reunião com governadores e prefeitos das capitais. 

“Ao fim e ao cabo prevalece quem tem mais organização, influência política e rumo definido”, garante Renato Rabelo. “Vamos reunir todo nosso campo político em torno de uma plataforma comum”, disse, sugerindo reuniões com o PT, setores do PDT e PSB e dos movimentos sociais, citando nominalmente o MST. Ele diz ainda que deve-se atuar mas redes sociais, onde se trava hoje a principal batalha da comunicação. 

A nossa posição é de apoio à conduta política de Dilma de ouvir as ruas e atender as reivindicações de imediato. “Cabe à Presidenta Dilma a liderança política do país com clara demarcação de campo”. E ao PCdoB, fortalecer o governo e sua liderança e não entrar no redemoinho da crise de poder criado pela oposição e a grande mídia.

Segundo Renato Rabelo, “o aspecto importante a ser considerado na fase atual de pulverização de bandeiras e mobilizações é que devemos avançar nas nossas bandeiras programáticas que a própria Presidenta já colocou em debate”. 

Passo adiante

As manifestações são dos que querem mais, que se levantam por direitos e um país melhor. Ao atingir novos patamares se criou novas necessidades. “As conquistas não podem parar e as mudanças devem continuar”. O PCdoB vem afirmando isso e que o passo adiante são as reformas estruturais. 

“Quando vem a tona a questão das reformas estruturais mostra que as nossas reivindicações são justas e atuais”, disse o presidente do PCdoB, destacando que o Partido não precisa receber os louros agora que essas reformas estão sendo discutidas, desde que elas sejam realmente implementadas.

Na avalição do líder comunista, a alta aprovação do governo fez com que a Presidenta Dilma protelasse essas reformas. Renato Rabelo também citou o afastamento da Presidenta dos movimentos sociais e políticos como outro fator que retardou esses avanços. Para ele, é inadiável dialogar com os partidos que apoiam o governo e os movimentos sociais.

A avalição do líder comunista é de que a evolução no Brasil se dá a partir do embate entre as tendências conservadoras e as patrióticas, democráticas e progressistas que lutam por mudanças.

Ele criticou que em meio à disputa política com a aproximação do ano eleitoral setores do PT ou partidos da base lancem o movimento “Volta Lula”. “É um desatino”, afirma, lembrando que o momento é de fortalecer a liderança da Presidenta Dilma. O “Volta Lula” fragilizaria a presidenta e faria o jogo da oposição que se anima com as manifestações e tenta criar crise política de poder. 

Ele lembrou que ao contrário do que quer a oposição e a mídia, eles não têm base nas manifestações que são fortes em São Paulo – reduto tucano -, criticam Aécio Neves e a TV Globo. 

“A mídia que já vinha falseando informações sobre os megaeventos esportivos, procura incompatibilizar o povo com o governo atribuindo ao governo as despesas com as obras dos eventos. Os ministros do Esporte e da Fazenda foram a público dizer que não foram empregados recursos do governo nas obras e ressaltaram os benefícios que advirão desses eventos para o país e o povo”, disse Renato Rabelo.

Apoio dos comunistas

Ele também destacou a fala da Presidente Dilma diante das manifestações de rua. A Presidenta Dilma disse que a manifestação mostra a força da nossa democracia e que se deve usar essa energia para avançar nas mudanças. Segundo Renato Rabelo, a fala foi correta e recebe o apoio dos comunistas. 

Ele disse também que o Partido apoia as medidas anunciadas pela presidenta e enumerou os cinco itens do pacto – responsabilidade fiscal, plebiscito de convocação de Assembleia Constituinte exclusiva para Reforma Política, combate à corrupção e melhorias nos setores de saúde, educação e transporte público. 

Para o PCdoB, essas são as mudanças estruturais que venho sendo defendidas pelo Partido ao longo dos anos: fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), mais recursos para educação com aplicação dos royalties do petróleo no setor e melhoria no transporte público com criação do Conselho Nacional do Transporte Público. 

E destaca que o PCdoB diz, desde o início das mobilizações, que elas são bem-vindas, tem que ser ouvidas, se empenhar para atender as reivindicações e rechaçar os atos de violência. No aspecto da violência, ele diz que ainda não se sabe se os atos de violência são praticados por saqueadores ou são conduzidos pela extrema-direita, já que houve manifestações contra os partidos políticos.

De Brasília - Vermelho  - Márcia Xavier 

No encontro com Dilma, centrais sindicais cobram mudança na economia

Presidência da República
“Com os juros altos o governo não tem de onde tirar 
dinheiro para os investimentos”, avalia Wagner Gomes, da CTB.

Representantes das centrais sindicais se reuniram, nesta quarta-feira (26), com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. O encontro faz parte da agenda da presidenta Dilma de contatos com a sociedade organizada para debater as propostas anunciadas na última segunda-feira (24). Os sindicalistas aproveitaram para apresentar a pauta de reivindicação deles incluindo as demandas da população como melhoria nos serviços de saúde, educação e transporte, além de mudanças na política econômica. 


Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes (CTB), se o governo não alterar a política econômica, reduzindo o superávit primário, não terá recursos para investir nas áreas de saúde, educação e transporte. “Com os juros altos o governo não tem de onde tirar dinheiro para os investimentos”, avalia o líder sindicalista.


Ele disse que a conversa não entrou nos detalhes da pauta de reivindicações e nem abordou a pauta trabalhista que está sendo negociada em outra instância do governo. “Debatemos as questões que a presidenta pautou como a reforma política e as questões de saúde, educação e transporte e a presidenta disse que está disposta a enfrentar essas questões”, contou Gomes.

Ele disse que as centrais sindicais concordam com a necessidade da reforma política e o enfrentamento das questão pautadas pela presidenta a partir das reivindicações das manifestações de rua ocorridas recentemente no país.
Participam da reunião representantes da CTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Dia de Luta


O encontro com os sindicalistas ocorre um dia depois que as centrais também anunciaram a decisão de realizar uma manifestação para defender o fim do fator previdenciário, a revisão dos benefícios da aposentadoria, mais investimentos nas áreas da Saúde e Educação e o acesso mais fácil à presidente para futuras negociações.

As centrais sindicais marcaram para o dia 11 de julho uma greve geral em todo o País, numa onda de mobilização batizada pela categoria como "Dia de Luta". O objetivo é pressionar a presidente Dilma Rousseff a dar mais atenção à pauta trabalhista entregue ao governo em março deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião, realizada nesta terça-feira (25), com as lideranças dos sindicatos em São Paulo.

Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por mudanças.

Da Redação do Vermelho em Brasília

Em nota, PCdoB apoia Dilma por mudanças

Em reunião extraordinária realizada ontem, terça-feira (25), em Brasília, a Comissão Política Nacional do PCdoB debateu a situação do país diante das manifestações populares que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras e as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff na segunda (24) na reunião com governadores e prefeitos das capitais.


O Partido reafirmou a atitude política adotada desde o começo da jornada de mobilizações, que trata da importância de “o governo e as forças progressistas ouvirem atentamente a voz das ruas e se empenharem para atendê-la”. Ao mesmo tempo, os comunistas rechaçaram “os atos de violência, vandalismo e destruição que nada têm a ver com o brio e o espírito patriótico da maioria dos manifestantes”. Leia abaixo a íntegra da nota da Comissão Política Nacional do PCdoB:

 
Com a energia das ruas, unir forças progressistas por mais conquistas para o povo


No decorrer da última semana, eclodiram manifestações sociais massivas e espontâneas em várias capitais e cidades do país, com a presença destacada da juventude estudantil. Como há muito tempo não acontecia, a política nacional foi pautada por um vigoroso protesto das ruas, inicialmente voltado contra o aumento das tarifas de transporte público, mas que rapidamente assumiu bandeiras mais amplas como as reivindicações por melhores serviços públicos nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e contra a corrupção. Diante de tais acontecimentos, o PCdoB reafirma a atitude política que adotou desde que começou essa jornada de mobilizações: o governo e as forças progressistas precisam ouvir atentamente a voz das ruas e se empenharem para atendê-la. Ao mesmo tempo, os comunistas rechaçam os atos de violência, vandalismo e destruição que nada têm a ver com o brio e o espírito patriótico da maioria dos manifestantes.

Os fatos desencadeadores das grandes manifestações se deram na cidade de São Paulo com o movimento pela redução das tarifas do transporte coletivo. No dia 13 de junho, a Polícia Militar, sob o comando do governo estadual do PSDB, empreendeu uma truculenta repressão contra os manifestantes. Este ato de violência afrontou a consciência democrática de milhares e, daí por diante, em ondas crescentes emergiram passeatas em várias capitais do país e mesmo em municípios do interior. O ápice delas, até aqui, se deu no último dia 20, quando se calcula que mais de um milhão de pessoas foram às ruas. À medida que se configuraram como um movimento espontâneo, a grande mídia tentou, de modo oportunista, “assumir o comando” de tais manifestações, manipulando o seu significado e buscando direcioná-las contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Incentivou a equivocada hostilidade e aversão aos partidos políticos, inclusive dando guarida a deploráveis atos de agressão a militantes de legendas de esquerda, promovidos por grupelhos de extrema-direita.

Objetivamente, pelo forte eco no Brasil e no exterior, as passeatas transbordaram das ruas para o âmago da política nacional. Em razão disto, a presidenta da República, no último dia 21, fez um importante pronunciamento à Nação no qual destacou, corretamente, que as manifestações “mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar”. Quanto às possibilidades desencadeadas pela luta em curso, ela afirmou ser preciso aproveitar o vigor das ruas “para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira”. Posteriormente, no dia 24, ela sistematizou a proposta de um pacto, envolvendo governadores, prefeitos, partidos e lideranças do movimento social. Este pacto, segundo ela, tem por finalidade dar resposta concreta às reivindicações que vêm das ruas e que abordam os seguintes temas: responsabilidade fiscal, com o objetivo de manter a estabilidade da economia e o controle da inflação; proposta de um debate sobre a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política democrática; projeto que tipifique a corrupção como crime hediondo; melhoria do sistema de saúde do país, acelerando os investimentos; melhorar a qualidade do transporte público e criar o Conselho Nacional do Transporte Público, com participação da sociedade e dos usuários; e, por fim, mais recursos para a educação com a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo.

O PCdoB apoia a conduta política da presidenta Dilma Rousseff de ouvir as ruas e de procurar atender às suas reivindicações com agilidade. Enquanto não for destinado um volume consideravelmente maior de recursos e investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo os que dele mais precisam – os trabalhadores e os pobres –, diariamente vão continuar a sofrer uma verdadeira via crucis por uma consulta, por um exame, sem falar de cirurgias. Enquanto a educação pública não tiver mais recursos, o povo verá seus filhos com o futuro comprometido. Do mesmo modo, a péssima qualidade de vida nos centros urbanos impõe a necessidade de uma ampla Reforma Urbana que garanta moradia digna, saneamento ambiental, mobilidade - principalmente transporte público eficiente e barato. É preciso também garantir ao povo o direito à paz e à segurança uma vez que violência ceifa a vida de milhares de brasileiros, especialmente jovens. 

O PCdoB também concorda com a presidenta de que é preciso romper o cerco do conservadorismo e realizar uma reforma política democrática ouvindo amplos setores da sociedade. Reforma que abra as portas da política para o povo e que coíba a influência do poder econômico nos processos eleitorais, com adoção do financiamento público exclusivo das campanhas; e reforma que fortaleça os partidos políticos e institua formas de democracia participativa e direta. Finalmente, o Partido apoia um combate ainda mais severo à corrupção e que este tipo de crime seja considerado hediondo.

A grande mídia inunda a opinião pública com mil análises sobre a razão e o sentido das grandes manifestações ocorridas. Mas a maioria delas, pura falsificação, faz crer que o ciclo progressista iniciado em 2003 está superado. Para o PCdoB, as manifestações são justamente produto deste ciclo político das forças democráticas e progressistas. Nos últimos dez anos, o povo obteve conquistas, elevou seu nível de consciência política e o país respira democracia. As manifestações fazem parte do legado deste último decênio: uma população que se levanta, disposta a lutar pelos direitos e por um Brasil melhor. As ruas dizem que as conquistas iniciadas não podem parar e que as mudanças precisam ser aceleradas, uma vez que um decênio de mudanças é insuficiente para superar a enorme desigualdade social herdada de séculos de história. 

A oposição de direita e a grande mídia pretendem acirrar ainda mais a luta política contra o governo e se possível fomentar uma grave crise política. Este estratagema da direita não pode ser minimizado, mas o PCdoB está convicto de que este intento oportunista pode e será derrotado.

Ao contrário do que trama a direita, o governo poderá sair desse processo fortalecido. O caminho foi apontado pela própria presidenta Dilma Rousseff: aproveitar o vigor das manifestações para que mais mudanças aconteçam em benefício do povo. A realidade política criada pelas ruas em ebulição pode ajudar a gestar e formar um novo bloco das forças políticas e sociais progressistas e populares, de todos quantos estejam comprometidos com uma plataforma que impulsione o desenvolvimento e o progresso social. Este novo bloco se constituirá em torno de uma plataforma que dê resposta às exigências das ruas e à realização das reformas democráticas sem as quais as mudanças não avançam. Para o PCdoB, além das bandeiras já propostas pela presidenta, são urgentes a reforma dos meios de comunicação, a reforma do Judiciário e a reforma tributária progressiva que inverta a lógica reinante na qual quem paga impostos são os trabalhadores e os mais pobres. Uma reforma que taxe as grandes fortunas e seja fator de combate às desigualdades.

As grandes mobilizações de massa criaram uma situação política instável e nova, cujo desfecho ainda está por acontecer. Seu sentido e rumo estão em disputa. E tal situação exige mobilização e ação do campo político democrático e popular, em especial da esquerda, para que efetivamente avancem as mudanças, fortalecendo o governo e a liderança da presidenta Dilma Rousseff.

Brasília, 25 de junho de 2013
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

CTB comemora aprovação da destinação dos recursos dos royalties para a educação e a saúde

camara-dos-deputados-eleicao-20130204-07-size-598A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última terça-feira  (26), Projeto de Lei do que destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação pública, com prioridade para a educação básica, e 25% para a saúde. 
Para o secretário de Políticas Sociais da CTB, a iniciativa é extremamente positiva, pois atende a um clamor das ruas e dos setores que sofrem com a falta de recursos. “Foi uma inciativa positiva que atende a esses setores, que apesar de serem essenciais para a sociedade, sofrem enormes deficiências e convivem com a precariedade”, afirmou Rogério Nunes.
Há semanas, em diversos estados brasileiros, a população têm ido às ruas para exigir mais investimentos nos setores, entre outras demandas.
O texto aprovado estabelece que será obrigatória a aplicação dos recursos dos royalties na educação e na saúde pela União, estados e municípios. A proposta também determina que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam aplicados na educação até que se atinja o percentual de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O projeto segue agora para apreciação do Senado, em regime de urgência.
Marilene Betros, dirigente da CTB e da APLB- Sindicato (Sinidcato dos Professores da Bahia), concorda que essa é uma medida de extrema importância para o setor da educação.
De acordo com a sindicalista, não há como se construir uma educação pública de qualidade sem investimentos.  “Conhecemos as deficiências existentes no ensino público, que diferem de região para região. Por isso precisamos de recursos para alcançar a qualidade que queremos, referenciada pela sociedade brasileira. Com escolas bem estruturadas, equipadas com bibliotecas, recursos tecnológicos e dirigentes qualificados. Porque outro ponto crucial nessa discussão é a valorização e preparação dos profissionais da educação. Não alcançaremos uma educação de qualidade, sem professores qualificados”.
Marilene lembra que em diversos municípios o piso do magistério não é respeitado pelos governos com a alegação de falta de recursos.  “Nós, da CTB, entendemos que a destinação desses recursos vai contribuir para e muito para a regularização dessa situação. Valorizando os profissionais e com mais investimentos na educação e do educador conseguiremos  alcançar a qualidade de ensino que o Brasil defende e precisa”, declarou a dirigente.

Portal CTB

Para UJS dinheiro do pré-sal deve custear o passe livre nos transportes coletivos

Um dos movimentos presentes na reunião com o prefeito Claudevane Leite ontem, dia 25, a União da Juventude Socialista, chegou a fazer uma sugestão bem ousada. O estudante Thiago Fernandes, representando a entidade, sugeriu ao prefeito que os royalties do Pré-sal para a educação, que Itabuna receberá em breve, cerca de 5 milhões de reais, sirvam para custear o passe livre dos estudantes.
Sempre que o debate sobre o passe livre começa em Itabuna, os argumentos utilizados são de que o município não tem como custear o processo. A proposta de utilizar os royaltiesdestinados à educação para custear o passe livre é inovadora, pois acende a necessidade de fazer bom uso do investimento.
O projeto de destinação de 75% dos royalties e 50% do fundo social do Pré-sal pra educação foi aprovada ontem na Câmara, mas ainda precisa ser votada no Senado. Sendo de forte pressão popular, a UNE, UBES e ANPG protagonizaram essa luta em conjunto com entidades estaduais, como a União dos Estudantes da Bahia (UEB) e entidades como a União da Juventude Socialista (UJS).
 Thiago Fernandes
Diretor da União da Juventude Socialista de Itabuna