quinta-feira, 12 de junho de 2014

Com alegria e confiança do povo, começa hoje a Copa das Copas

Foto: BahiaNotícias

Começa nesta quinta-feira (12) a Copa do Mundo de Futebol do Brasil, 64 anos depois que o País foi sede do torneio pela primeira vez. 


Depois de uma intensa campanha negativa nos meios de comunicação sobre a realização do Mundial no Brasil, o dia da inauguração da Copa chega em ambiente de alegria do povo brasileiro pela realização do evento e confiança no desempenho da Seleção. A expectativa é, como disse a presidenta Dilma Rousseff, que esta será a “Copa das copas”

Na tarde desta quarta-feira (11), o técnico da Seleção brasileira Felipão e o craque Neymar deram entrevista coletiva à imprensa nacional e mundial no estádio do Corinthians, onde ocorre a cerimônia de abertura, às 15h15 desta quinta-feira e às 17h será dado o pontapé inicial perante um público de 60 mil pessoas no campo corintiano e três bilhões de espectadores de televisão em todo o mundo.

Bem humorados e confiantes, Felipão e Neymar disseram que "chegou a hora" e que o time está pronto para a intensa maratona que, se as expectativas se confirmarem, vai até o dia 13 de julho, dia da grande final.

A escalação do time que entra em campo contra a Croácia nesta tarde é a que a torcida já sabe de cor: Júlio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luis e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar e Neymar; Hulk e Fred.

Mensagem

A presidenta Dilma Rousseff enviou na segunda-feira (9) uma mensagem à Seleção Brasileira de Futebol. A mandatária disse que o mundo sabe que os jogadores brasileiros são os melhores e que eles têm “alegria nas pernas, ginga no corpo e improviso desconcertante”. Ao fazer votos de que cada um deve jogar o que sabe, a presidenta destacou que isso “é o suficiente para a vitória”.


Na foto, a presidenta Dilma Rousseff
 na final da Copa da Confederações 2013. 
Foto: Blog do Planalto
 A carta foi endereçada, além dos jogadores, à comissão técnica. Ao citar o técnico Luiz Felipe Scolari e o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, a presidenta escreveu que ambos são campeões mundiais consagrados, que aumentam a certeza “de que faremos bonito” no Mundial. “A forma brilhante como venceram a Copa das Confederações devolveu ao torcedor brasileiro a certeza de que esta seleção e seus técnicos estão aptos a repetir os nossos grandes feitos do passado”, disse Dilma.

A presidenta participa, nesta quinta-feira (12), da cerimônia de abertura da Copa. Ao lado de 11 autoridades estrangeiras, entre chefes de Estado e de Governo e de vice-presidentes, ela assiste à primeira partida do Mundial entre Brasil e Croácia.

Após mandar votos de confiança e dizer que, neste momento, a Seleção representa “a grande tradição e a fabulosa história do nosso futebol”, a presidenta disse que os brasileiros pertencem a uma linhagem que transformou o “jogo de cintura dura, inventado pelos ingleses, em uma nova forma de arte”.

“Em 20 de agosto, vamos comemorar o centenário da Seleção. Nesses 100 anos, poucas vezes vimos uma equipe tão entrosada com a torcida como a de vocês”, ressaltou Dilma, completando que o carinho recebido por eles nas ruas e nos estádios significa que todos acreditam na capacidade dos jogadores de “honrar o futebol brasileiro na Copa que ora organizamos”.

Redação do Vermelho, com agências

Viva ao 12 de junho - Dia dos Namorados!





quarta-feira, 11 de junho de 2014

Com Dilma, governador Jacques Wagner inaugura metrô e encerra espera de 14 anos

Após 14 anos em construção, o Sistema Metroviário de Salvador foi inaugurado, nesta quarta-feira (11/6), pelo governador Jaques Wagner, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Acompanhados de autoridades e jornalistas, governador e presidenta participaram da viagem inaugural da Linha 1, que teve início no Acesso Norte, passou pelo Campo da Pólvora e voltou ao ponto de partida.


Com a inauguração, o metrô passa a operar em fase de experimentação e, por conta disso, não serão cobradas as entradas, pelo menos até o mês de setembro. Segundo a CCR Metrô Bahia, concessionária responsável pelo equipamento, esse período de três meses será para familiarização das pessoas e para a realização dos retoques finais, antes da operação comercial.

“Hoje é um dia histórico. Depois de 14 anos, nos quais houve uma série de impedimentos, colocamos o metrô para rodar e servir a população. A inauguração para a Copa é simbólica, pois o mais importante é mostrar que é possível fazer a obra e ir entregando trecho a trecho", afirmou a presidenta Dilma Rousseff, durante a viagem inaugural. A declaração foi dada à Secretaria Estadual de Comunicação (Secom).

O metrô começou a ser construído no ano 2000, durante a gestão do prefeito Antônio Imbassahy, do então PFL, partido liderado por Antônio Carlos Magalhães. Desde então, uma série de problemas relacionados à administração municipal impediu o andamento das obras do modal, que só conseguiram ser concluídas depois que a Prefeitura de Salvador repassou a responsabilidade para o Governo do Estado, no ano passado.

“A Linha 1 do metrô de Salvador é pequena, passou 14 anos na mão dos prefeitos carlistas e neo-carlistas. Só Agora saiu. Sorrimos.”, escreveu a deputada federal Alice Portugal, do PCdoB-BA, que acompanhou a cerimônia de inauguração do metrô. Com trecho de 7,3 km, a Linha 1 deverá ser estendida até 2015, com a incorporação do trecho Pirajá.

previsão é que todo o projeto do sistema metroviário fique pronto em abril de 2017. Segundo o Governo do Estado, o investimento total do Sistema Metroviário de Salvador é R$ 3,6 bilhões, entre os recursos dos governos estadual e federal e da concessionária CCR Metrô Bahia.

Pelo projeto, a Linha 2 sai da região do Iguatemi (do Detran, especificamente) até o aeroporto, passando pela Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB (Centro Administrativo da Bahia), Pituaçu, Flamboyant e Mussurunga.

De Salvador - Vermelho  - Erikson Walla

Copa do Mundo de 1978 ajudou a divulgar crimes da ditadura argentina

Jorge Rafael Videla comandava a ditadura na Argentina.

Wikicommons
Jorge Rafael Videla comandava a ditadura na Argentina.

Por Aline Gatto Boueri, de Buenos Aires para a Opera Mundi

Em 1978, a Argentina vivia sob o regime militar. Milhares de pessoas eram sequestradas, torturadas e desaparecidas em prisões clandestinas. Em meio a crimes contra a humanidade, uma festa: na 1ª Copa do Mundo organizada por João Havelange, o país se consagrava campeão em casa, no Estádio Monumental, a 800 metros da Escola Superior de Mecânica da Marinha (Esma), maior centro de tortura da última ditadura (1976-1983).


Naquele ano, a Copado Mundo também foi alvo de uma campanha de boicote. No final de 1977, um grupo de militantes franceses organizou o Comitê de Boicote à Copa daArgentina (Coba), com o objetivo de denunciar as violações aos direitos humanos cometidas no país sul-americano e pressionar para uma mudança na sede do maior evento de futebol do mundo.


O COBA chegou a ter 200 comissões em toda a França, mas contava com apenas sete integrantes argentinos, como relata a historiadora Marina Franco no artigo Direitos Humanos, Política e Futebol, (Entrepasados, 2005). Pensada na Europa, a campanha de boicote à Copa na Argentina foi rejeitada, inclusive, pelas lideranças exiladas de movimentos de resistência à ditadura, como os Montoneros, guerrilha de origem peronista, e o Exército Revolucionário do Povo (ERP).

Os argumentos para o apoio à Argentina como sede da Copa eram a possibilidade de divulgar à imprensa internacional o que acontecia nos subterrâneos do regimemilitar. De fato, foi a presença de jornalistas estrangeiros que ajudou as Mães da Praça de Maio – até então praticamente desconhecidas – a divulgar a luta em busca do paradeiro de seus filhos.
“Antes de 1978, a Argentina não era parte do debate internacional sobre direitos humanos”, conta Lívia Gonçalves Magalhães, pós-doutoranda em história pela Unimontes e autora do livro Com a taça nas mãos: sociedade, Copa do Mundo e ditadura no Brasil e na Argentina, que vai ser lançado em julho pela Lamparina.

Futebol e política

“O discurso da Fifa é de que o que ela faz não é política, é futebol. Em 78, isso aparecia muito. Assim como acontece agora no Brasil, havia uma campanha para torcer pela seleção, de que a Copa era um grande momento, um sonho”, diz Lívia. “Mas é preciso diferenciar de forma bem clara uma Copa do Mundo durante uma ditadura e durante uma democracia. Igualar as duas situações é muito perigoso, porque além da falta de reconhecimento dos avanços democráticos, se diminui muito o peso da ditadura.”

No entanto, a historiadora considera que há semelhanças entre o debate políticosobre futebol de 1978 na Argentina e de 2014 no Brasil. “Existe um patrulhamento ideológico muito parecido àquela época. As pessoas se perguntam: se eu torcer, sou a favor de tudo que acontece de ruim no país?”

Assim como no Brasil, o futebol é um esporte popular e uma paixão nacional na Argentina, além de um elemento forte da identidade nacional. Para Lívia, campanhas de boicote à Copa do Mundo revelam uma grande incompreensão de setores da esquerda em relação ao povo, tanto no Brasil, quanto na Argentina.

“Ao criticar a Copa, consideram que estão criticando o governo porque está usando a imagem da seleção. Mas até que ponto isso não tem justamente o efeito contrário, que é dar ao governo a possibilidade de se apropriar do futebol? O futebol é uma paixão nacional. Brigar com ela não é muito inteligente”, avalia Lívia.

Por outro lado, a historiadora reconhece que o futebol permitiu uma aproximação entre o governo militar e o povo argentino. “Videla foi a todos os jogos. Um chefe militar, muito associado à autoridade, virou um torcedor, um homem que sorri, abraça, torce, chora. A humanização do ditador através do futebol foi muito forte.”

Lívia conta que os depoimentos de presos políticos que sobreviveram à ditadura dão a dimensão do quanto o futebol era importante para os argentinos, mesmo em um contexto em que um regime autoritário se valia da seleção para melhorar sua imagem. “A Copa de 78 é um momento de grande alívio para os desaparecidos. Eles saíam da rotina do cativeiro, podiam ver os jogos e tinham contato com o que acontecia fora das prisões, quando os narradores comentavam sobre os acontecimentos nas cidades-sede. Era um momento para escapar daquela tortura.”

Legado

Para Lívia, o grande legado da Copa do Mundo de 1978 foi político. “Muita gente considera que 78 foi o grande momento de propaganda do regime, a renovação de um consenso, e que melhorou imagem interna e externa do país, mas não é a única leitura que se pode fazer.” A historiadora lembra que a realização do Mundial na Argentina permitiu que vítimas de violações a direitos humanos e familiares de desaparecidos contassem suas histórias.

A maior divulgação dos crimes cometidos pela ditadura gerou pressão sobre aJunta Militar que governava o país e, em dezembro de 1978, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) recebeu autorização para visitar a Argentina.

Às vésperas da chegada da CIDH, em setembro de 1979, o governo militar lançou uma campanha de distribuição de adesivos e bandeirinhas com a frase “Os argentinos são humanos e direitos”. A reação da ditadura e a tentativa demelhorar a imagem do regime não impediu que o organismo recebesse 5.580 denúncias, das quais 4.153 eram novas, 1.261 eram casos já registrados antes e 166 não estavam relacionadas com violações de direitos humanos, segundo o relatório.

A CIDH se reuniu com políticos, personalidades da cultura, organizações de direitos humanos e com o próprio chefe da Junta Militar à época, o presidente de facto e tenente-general Jorge Rafael Videla. Em seu relatório, publicado em abril de 1980, o organismo da OEA reconheceu que havia graves violações de direitos humanos no país. Há um capítulo que trata exclusivamente da questão dos desaparecidos, onde se podem ler detalhes das operações de sequestro e citações nominais a algumas vítimas.

Hoje a Argentina é bicampeã mundial e o título que mais orgulho dá aos torcedores da albiceleste é o de 1986, quando a seleção derrotou a Alemanha na final, no estádio Azteca, no México. Foi naquele ano que Maradona fez dois de seus gols mais famosos, contra a Inglaterra, nas quartas de final: o primeiro, com a mão, e o segundo, depois de partir do meio-campo e driblar seis jogadores da equipe adversária.

A equipe sul-americana eliminou da Copa do Mundo o país que havia vencido a Argentina em uma guerra real, quatro anos antes, pela soberania nas Ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido desde meados do século 19. A guerra foi declarada pela ditadura militar argentina em abril de 1982 e durou pouco mais de dois meses. A “vingança” veio com o futebol, na democracia.


Fonte: Vermelho

VOX POPULI: DILMA AINDA VENCE NO PRIMEIRO TURNO

Acaba de ser divulgada mais uma pesquisa sobre sucessão presidencial: a do instituto Vox Populi, do sociólogo Marcos Coimbra; nela, a presidente Dilma Rousseff tem 40% e ainda vence a disputa no primeiro turno; senador tucano Aécio Neves foi de 16% a 21%; diferença mais significativa em relação ao Ibope, de Carlos Augusto Montenegro, que ontem também divulgou seu levantamento, é a pontuação de Eduardo Campos; na Vox, o socialista tem 8%, número próximo aos 7% do Datafolha, de Otávio Frias Filho, e distante dos 13% do Ibope; quem tem razão?

247 - Acaba de sair mais uma pesquisa sobre a sucessão presidencial. Ela foi feita pelo instituto Vox Populi, do sociólogo Marcos Coimbra, para a revista Carta Capital. O levantamento confirma o crescimento do senador tucano Aécio Neves, que foi de 16% a 21%. No entanto, a presidente Dilma Rousseff, que manteve os 40% da pesquisa anterior, ainda venceria em primeiro turno.
principal divergência da Vox em relação ao Ibope diz respeito à pontuação de Eduardo Campos. Na Vox, o socialista marcou 8%, um número próximo aos 7% apontados pelo Datafolha, de Otávio Frias Filho, mas muito distante dos 13% do Ibope, de Carlos Augusto Montenegro.
A soma dos adversários de Dilma ainda seria insuficiente para provocar umsegundo turno, uma vez que os 21% de Aécio, somados aos 8% de Campos, 2% do Pastor Everaldo, do PSC, e 1% de José Maria, do PSTU, dariam apenas 32%. Os demais candidatos,apresentados aos eleitores, Randolfe Rodrigues (PSOL), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB) e Denise Abreu (PTN), não chegaram a 1% dos votos.
A pesquisa ouviu 2,2 mil eleitores em 161 municípios.
Fonte: Brasil 247

Após reunião, Comitê Central do PCdoB divulga resolução de apoio a Dilma

Realizou-se entre os dias 6 a 8 de junho a terceira reunião plenária do Comitê Central do PCdoB. As deliberações, sobre o quadro político e a luta eleitoral de outubro deste ano, serão remetidas à Convenção Nacional Eleitoral que se realizará no próximo dia 27, em Brasília. 
Segue abaixo resolução política intitulada “Reeleger Dilma para o país avançar com mais mudanças”. 
Às vésperas das convenções partidárias e da Copa do Mundo de Futebol, o Brasil vive, a um só tempo, dias de um intenso debate político sobre as eleições que irão decidir seu futuro e crescente expectativa pelo início do mais destacado evento esportivo do planeta. Neste contexto, a oposição começa o “campeonato” perdendo uma vez que, associadas a grandes veículos de comunicação da mídia nacional e mesmo estrangeira, politizam a Copa do pior modo possível: atuam para que o Brasil fracasse enquanto país-sede desse megaevento e negam os importantes ganhos econômicos, sociais e esportivos que o país já vem obtendo e o legado que terá ao sediá-lo.

Chegado o momento das decisões, o PCdoB reafirma sua avaliação de que grandes realizações foram empreendidas no período 2003-2014, nos governos Lula e Dilma, e, igualmente, expressa a certeza de que nos próximos quatro anos o país poderá, agora, em melhores condições, superar velhos obstáculos e adentrar a uma nova etapa de desenvolvimento, com mais mudanças e a realização das reformas estruturais democráticas – o que resultará em conquistas ainda maiores para a Nação e os trabalhadores. Alicerçado nestas convicções a direção nacional do PCdoB decide encaminhar à sua Convenção Nacional a proposta de apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República, do Partido dos Trabalhadores, PT.

Ao tomar esta decisão, o PCdoB apresenta as razões que a fundamentam. São razões e argumentos que o Partido vem tornando públicos desde o seu 13º Congresso, realizado em novembro do ano passado, e atualizados no curso da luta política deste ano.

O que está em jogo é o destino do Brasil: avançar ou retroceder!
Quanto mais se aproximam as eleições de outubro, mais nítida se revela a encruzilhada política na qual se encontra o país. Seguir em frente – a passos rápidos avançando com mais mudanças e preservando as conquistas dos últimos 11 anos –, ou retroceder, marchar para trás, com o retorno da oposição conservadora que no exercício do poder, nos anos 1990, governou contra o povo, restringiu a democracia e aviltou a soberania do país.

A esta altura do confronto, no âmbito das oposições, a oligarquia financeira e o campo mais conservador das classes dominantes se inclinam a ungir o tucano Aécio Neves como seu candidato predileto. Ele faz de tudo para se consolidar como escolhido das forças conservadoras, e ao fazê-lo se desnuda. De cara, para não deixar dúvidas de quem representa, ressuscitou à cena política, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como padrinho de sua candidatura. A equipe de seu plano de governo agrega a fina-flor dos teóricos do neoliberalismo e destacados executivos dos rentistas. O candidato da direita, Aécio Neves diz aos banqueiros que está pronto para adotar receitas amargas, “impopulares”, cuja leitura não pode ser outra senão corte nos direitos e conquistas do povo. A alternativa programática que anuncia, embora camuflada e recauchutada para os dias atuais, é o velho receituário neoliberal que fracassou no mundo e no Brasil.

Dilma, a liderança capaz de conduzir o Brasil a uma nova etapa de desenvolvimento
O Brasil sob a presidência de Dilma Rousseff soube enfrentar os impactos negativos da crise do capitalismo. Crise que fez encolher a economia mundial e espalhou desemprego e corte de direitos sociais pelo mundo afora. A presidenta, por um lado, combate a crise sem penalizar os trabalhadores e nem recuar das políticas que retiram milhões da miséria – aliás, o Brasil está próximo de erradicar a extrema pobreza. Por outro lado, adota política de investimentos públicos e de parcerias com o capital privado para expandir a produção de energia e melhorar a infraestrutura logística, procurando, assim, elevar o crescimento econômico. A taxa de desemprego caiu para 5,9% em 2013, e, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), irá se reduzir mais em 2015. A política do aumento real do salário mínimo, que para setores da oposição é uma irresponsabilidade, se constitui numa importante alavanca para a valorização do trabalho e redução das desigualdades sociais.

A presidenta Dilma, nas manifestações de junho de 2013, mostrou seu compromisso com a ampliação da democracia, e na prática revelou o valor que atribui aos movimentos sociais, defendendo a importância do povo se manifestar e procurando atender suas reivindicações.

Recentemente, inclusive, normatizou por decreto a Política Nacional de Participação Social, consolidando a participação social como método de governo e fortalecendo instâncias como conselhos, conferências, consultas públicas, e até mesmo ambiente virtuais de participação social. Na contramão do grito das ruas por mais democracia, oposição revela mais uma vez sua essência autoritária ao se movimentar para tentar anular a correta e avançada iniciativa da presidenta Dilma.

Nos últimos quatro anos, o Brasil reforçou sua soberania, apostando na integração latino-americana e caribenha e na criação de um polo contra-hegemônico ao imperialismo estadunidense. No próximo mês de julho, em Fortaleza, a presidenta será a anfitriã da importante reunião da Cúpula do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul).

Este conjunto de realizações se deu com o governo sob o bombardeio cerrado e constante do consórcio oposicionista constituído pelas forças conservadoras, pela oligarquia financeira e por grandes grupos de comunicação. Desse modo, a presidenta Dilma Rousseff emerge ao final de seu mandato e se lança à reeleição, com sua autoridade reforçada; tem o apoio anunciado de representativas legendas de um largo leque político que vai da esquerda ao centro; e, além disto, é uma liderança respeitada pelos movimentos sociais e estimada pelo povo. Mostrou, sob difíceis circunstâncias, a fibra e a competência da mulher brasileira. Dilma se apresenta, portanto, como uma líder capaz de renovar a esperança e conduzir o Brasil à nova etapa de desenvolvimento com mais mudanças e conquistas.



Campanha com um programa avançado e protagonismo do povo e da esquerda
A oposição conservadora, rejeitada pelo povo por três eleições consecutivas e diante de uma provável quarta derrota, turbinada pela grande mídia, despreza o debate programático e parte para o vale-tudo. A sucessão presidencial, portanto, prosseguirá sob acirrado confronto político e social. O PCdoB está convicto da quarta vitória do povo, da reeleição da presidenta Dilma, mas ressalta que a vitória se conquista batalha a batalha, lance a lance e nesta fase destacam-se a amplitude da coligação, que caminha por se concretizar; a necessária valorização do papel da esquerda e dos movimentos sociais; e o programa avançado de governo para a campanha de reeleição da presidenta.

O PCdoB defende que a campanha de reeleição da presidenta se configure numa grande mobilização nacional que forje uma nova maioria política e social em torno de um programa avançado. Na visão do PCdoB o eixo estruturante deste programa deve ser a realização das reformas estruturais democráticas. Com esta diretriz, o PCdoB irá aprovar na sua Convenção um elenco de ideias e propostas para o programa de governo da nossa candidata.

Entre as reformas estruturais democráticas, quatro, na atualidade, ganham destaque: a reforma política democrática que eleve a participação do povo na política, fortaleça os partidos e combata a influência do poder econômico e financeiro nas campanhas; a democratização da mídia monopolista que proporcione à sociedade o efetivo direito a uma comunicação plural, com plena liberdade de expressão, hoje sufocada pelos monopólios; uma reforma urbana que dê resposta à crise nas cidades, sobretudo para mobilidade urbana, segurança e moradia popular; e uma reforma tributária progressiva, que tribute mais as fortunas, o rentismo, e desonere a produção e o trabalho. Pela importância da reforma política democrática, o PCdoB propõe às forças populares e progressistas a formação de um pacto em torno de pontos que ampliem e aperfeiçoem a democracia.

Para o PCdoB, além da realização das reformas, se torna imperativo adotar uma política macroeconômica que contribua para aumentar os investimentos e elevar a produtividade da economia, favorecendo também, o revigoramento da indústria brasileira. Tais mudanças são indispensáveis para que o país tenha um crescimento robusto e duradouro, com mais produção de riquezas, condição indispensável para mais progresso social e mais valorização do trabalho. Um projeto para uma nova etapa requer, também, integrar o país nacionalmente, reduzindo as desigualdades regionais, implementando forte infraestrutura energética e logística e alternativas econômicas sustentáveis.

Convenções: arrancada para êxito do projeto eleitoral do PCdoB
Finalmente, a direção nacional do PCdoB conclama o conjunto de seus dirigentes e o coletivo militante que, apoiados no povo e na rede de amigos de nossa legenda, reforcem em todas as frentes de atuação o trabalho pela vitória do projeto eleitoral dos comunistas. As convenções devem desencadear um vigoroso esforço de engajamento de apoios às nossas candidaturas. O fortalecimento da esquerda brasileira, condição para o avanço das mudanças, precisa, necessariamente, do PCdoB mais forte, à frente de governos estaduais, como é o caso do governo do Maranhão, e com uma bancada maior na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e nas Assembleias Legislativas.

São Paulo, 8 de junho de 2014

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

Governo divulga respostas ignoradas pela revista Veja

A edição desta semana da revista Veja publicou críticas ao decreto nº 8.243/2014, pelo qual a presidenta Dilma Rousseff institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS). Para compor a matéria, o jornalista responsável procurou a Secretaria-Geral da Presidência da República e enviou 25 perguntas. No entanto, a revista ignorou todas as respostas enviadas e publicou a matéria com erros.


O editorial ainda considera o decreto “o mais ousado e direto ataque àdemocracia representativa em dez anos de poder petista no Brasil”. Para contornar e subsidiar o debate, a Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou as respostas ignoradas, que deixam claro que nenhum novo conselho foi criado e as competências do Congresso Nacional não foram invadidas. Confira na íntegra:

“A respeito do decreto 8.243 assinado pela presidenta Dilma Rousseff:

1) Veja: Quantos Conselhos de Políticas Públicas serão criados a partir do decreto 8.243?

Secretaria-Geral: O Decreto 8.243 não cria nenhum conselho. Ele estabelece diretrizes básicas para orientar a eventual criação de novos conselhos. Os 35 conselhos nacionais que já existem permanecem com suas estruturas atuais e poderão vir a se adequar às diretrizes do Decreto, caso seja constatada essa necessidade.

2) Veja: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Depende da natureza do conselho. Podem ser exclusivamente deliberativos ou consultivos, ou ainda concomitantemente deliberativos ou consultivos. Ou seja, podem deliberar sobre parte da política a que se referem, sendo consultivos em relação ao restante.

3) Veja: O decreto fala que podem participar dos conselhos “cidadão, coletivos,movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Que critérios serão adotados para realizar a seleção dos integrantes do conselho na sociedade civil?

Secretaria-Geral: Os representantes da sociedade civil são selecionados conforme as regras específicas de cada conselho, definidas em seu ato de criação que, na totalidade dos conselhos, é decorrente, direta ou indiretamente, de leis debatidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

4) Veja: Quem define os movimentos sociais que participarão?

Secretaria-Geral: Cada conselho tem definição própria, que decorre, direta ou indiretamente, de legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

5) Veja: Independentemente de partido, o que impede que os conselhos previstos no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: A representação da sociedade civil nos conselhos reflete a diversidade política das organizações e movimentos que atuam em cada setor. Não há ingerência do Executivo na definição dos representantes da sociedade nos conselhos, não havendo registro de nenhuma contestação ou denúncia desse tipo de interferência.

6) Veja: O que é “movimento social não institucionalizado” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: São movimentos que, apesar de atuarem coletivamente, não se constituíram como pessoa jurídica nos termos da lei.

7) Veja: O que são “grupos sociais historicamente excluídos e aos vulneráveis” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: Aqueles que se encontram em situação de desvantagem em cada um dos casos referidos no art. 3º da Constituição Federal.

8) Veja: O decreto fala em assegurar a “garantia da diversidade entre os representantes da sociedade civil” nos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: Procurando, de acordo com as regras de cada conselho, garantir oportunidade de participação do maior número possível de segmentos sociais que atuam no âmbito de cada política pública.

9) Veja: O decreto fala em estabelecer “critérios transparentes de escolha dos membros” dos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: A transparência é assegurada pela observação dos critérios do ato de criação de cada conselho, pela publicização prévia dos editais de convocação dos processos seletivos e pela fiscalização de critérios democráticos pelos próprios movimentos e organizações que atuam em cada política.

10) Veja: O decreto fala na “definição, com consulta prévia à sociedade civil, das atribuições, competências e natureza” dos conselhos. Os conselhos não têm atribuições definidas?

Secretaria-Geral: Obviamente, os conselhos que já existem têm atribuições definidas, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional. A diretriz citada de consulta prévia é uma orientação para a eventual criação de novos conselhos.

11) Veja: Os conselhos tratados no decreto podem ter quantas e quais atribuições?

Secretaria-Geral: Quantas e quais forem necessárias para exercer seu papel, o que é definido pelas normas específicas de cada política.

12) Veja: O artigo 5 do decreto determina que “os órgãos e entidades daadministração pública federal direta e indireta deverão, respeitadas as especificidades de cada caso, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social, previstos neste Decreto, para a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”. Todos os órgãos serão obrigados a incluir os conselhos na elaboração da sua agenda de trabalho?

Secretaria-Geral: Obviamente, a maior parte dos órgãos da Administração Pública Federal não tem necessidade de ter seu conselho próprio. Entretanto, grande parte dos órgãos públicos pode recorrer às instâncias ou mecanismos de participação para orientar ou avaliar suas ações de grande impacto para a sociedade.

13) Veja: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 2.

14) Veja: Os conselhos têm poder de impor uma agenda ao órgão a que estão vinculados?

Secretaria-Geral: A relação dos conselhos com os órgãos com os quais estão vinculados varia conforme cada política pública e é definida pelo seu ato de criação, determinado, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional.

15) Veja: Quanto à ressalva “respeitadas as especificidades de cada caso”, o gestor de cada órgão terá autonomia para decidir quando ouvir e “considerar” as posições do conselho na “formulação, na execução, no monitoramento e naavaliação de programas e políticas públicas”? O que acontece com o órgão que desrespeitar o artigo 5?

Secretaria-Geral: Essa ressalva diz respeito exatamente às definições específicas da abrangência e natureza de atuação de cada conselho, definida, direta ou indiretamente, por legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

16) Veja: O “controle social” é uma das diretrizes da PNPS. Para efeitos do decreto, o que é controle social?

Secretaria-Geral: É o controle exercido pela sociedade sobre os governantes, com fundamento no art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal. É a garantia para a sociedade do acesso à informação, à transparência e à possibilidade de influir nas ações governamentais.

17) Veja: O decreto fala em “reorganização dos conselhos já constituídos”. O decreto muda o funcionamento dos conselhos que já existem? Quais são as mudanças?

Secretaria-Geral: Não. O decreto não determina nenhuma mudança no funcionamento dos conselhos. Ele estimula a articulação dos conselhos no Sistema Nacional de Participação Social.

18) Veja: O decreto da PNPS tem o objetivo de “aprimorar a relação do governofederal com a sociedade civil”. O que isso quer dizer na prática?

Secretaria-Geral: Quer dizer que a ampliação do uso dos mecanismos de participação social permitirá a identificação mais rápida de problemas e um maior grau de acerto na tomada de decisões por parte do governo.

19) Veja: O decreto fala em “desenvolver mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de planejamento e orçamento” do governo. Que tipo de mecanismos? Como se daria essa participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Essa participação já acontece e é determinada, inclusive, pelo artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 2013 e 2014, foram realizadas consultas e audiências públicas no processo de elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. Essas ações foram coordenadas pelo Fórum Interconselhos, que existe desde 2011. Essa iniciativa de participação no processo orçamentário foi premiada pela ONU como uma das melhores práticas inovadoras de participação social do mundo.

20) Veja: Os atuais conselhos não têm participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Além da experiência já mencionada do Fórum Interconselhos, cada conselho influi no planejamento e orçamento do governo a partir da contribuição que dá para a política setorial de sua área.

21) Veja: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Sistema Nacional de Participação Social?

Secretaria-Geral: O Sistema Nacional de Participação Social será constituído pela articulação das instâncias e mecanismos de participação já consolidados.

22) Veja: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Comitê Governamental de Participação Social?

Secretaria-Geral: O CGPS será composto, paritariamente, por representantes do governo e da sociedade. O critério fundamental será o da capacidade de contribuir com os objetivos da Política Nacional de Participação Social. A representação da sociedade utilizará critérios que assegurem a autonomia dessa escolha.

23) Veja: Independentemente de partido, o que impede que as comissões de políticas públicas previstas no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 5.

24) Veja: Quem decide que órgãos da administração pública federal serão obrigados a ter conselhos de participação social?

Secretaria-Geral: Fundamentalmente, o Congresso Nacional, como já acontece, podendo ele delegar essa criação ao Executivo. O decreto não obriga nenhum órgão da Administração Pública Federal a ter conselhos.

25) Veja: A título de exemplo, com esse decreto, o Dnit terá de criar um Conselhos de Políticas Públicas e ouvir a sociedade civil antes de planejar uma duplicação de estrada?

Secretaria-Geral: Como já dito, o decreto não obriga nenhum órgão a criar conselhos. Isso também se aplica ao Dnit. Entretanto, como já acontece, o Dnit já realiza inúmeras audiências públicas para que a sociedade civil se manifeste sobre impactos sociais ou ambientais de suas obras.”


Fonte: Revista Fórum via Vermelho

Dilma: Pessimistas foram derrotados pela capacidade do povo brasileiro

Dilma diz que os pessimistas já entraram em campo perdendo

Reprodução
Dilma diz que os pessimistas já entraram em campo perdendo

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, a presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (10) a realização da Copa do Mundo, apresentou dados sobre a preparação do Brasil para o evento, desejou boa sorte aos jogadores e pediu que os brasileiros recebam bem os turistas estrangeiros.

Segundo ela, o Brasil está preparado para a Copa, dentro e fora de campo, mas é necessário que todos tenham informações corretas sobre o megaevento, “
sem
falso triunfalismo, sem derrotismo ou distorções”.

Dilma reafirmou que, durante a preparação do Mundial, o governo não deixou de investir em saúdee educação, e disse que as contas estão sendo analisadas “minuciosamente pelos órgãos de fiscalização”.

“Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o máximo rigor.” A presidenta voltou a argumentar que a Copa não representa somente gastos, mas receitas para o país, porque funciona como um fator dedesenvolvimento econômico e social, gerando negócios, injetando dinheiro naeconomia e criando empregos.

Dilma participa, nesta quinta-feira (12), da cerimônia de abertura do Mundial, em São Paulo, onde Brasil e Croácia se enfrentarão. “Desde 2010, quando começaram as obras dos estádios, até 2013, o governo federal, os estados e municípios investiram cerca de R$ 1,7 trilhão em educação e saúde”, destacou. Ao informar que os investimentos nos estádios somaram R$ 8 bilhões, a presidenta disse que o valor gasto com educação e saúde é 212 vezes maior que o investido nos estádios.

Em um discurso que valorizou as oportunidades trazidas pela Copa ao Brasil, que venceu “seus principais obstáculos e está preparado” dentro e fora de campo, Dilma rebateu a crítica dos “pessimistas” que “foram derrotados pela capacidade de trabalho e a determinação do povo brasileiro”.

“A Copa apressou obras e serviços que já estavam previstos no Programa de Aceleração do Crescimento”, acrescentou a presidenta. Segundo Dilma, acapacidade dos aeroportos dobrou e foram construídos estádios multiuso para shows, centros de negócio e de lazer.

“Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda a vida”, comparou. Dilma reafirmou que as obras em aeroportos não eram necessárias apenas para receber os torcedores estrangeiros, mas para atender à demanda nacional de passageiros, que triplicou em dez anos. Além de repetir que obras como as de mobilidade urbana não serão levadas na mala pelos turistas, a presidenta aproveitou para garantir que não haverá falta de luz nem epidemia de dengue durante a Copa.

Na avaliação de Dilma, apesar dos desafios, o resultado e a celebração final valem o esforço da preparação de um evento como esse. “Para qualquer país, organizar uma Copa é como disputar uma partida suada, e muitas vezes sofrida. Com direito a prorrogação e disputa nos pênaltis”, comparou. Dilma também aproveitou o pronunciamento para elogiar as obras físicas, de infraestrutura, e osistema de segurança montado para o Mundial.

Confira o vídeo na íntegra: 




Agência Brasil via Vermelho

terça-feira, 10 de junho de 2014

O Brasil polarizado entre dois projetos políticos

Ao longo do mês de junho, em plena realização da Copa do Mundo de Futebol, realizam-se no país as convenções partidárias para a proclamação oficial das candidaturas a todos os cargos em disputa no pleito de outubro próximo, destacadamente a Presidência da República. Mais de três dezenas de partidos anunciarão as suas chapas.

O embate político revela que há dois projetos em disputa, despontando, no momento, duas candidaturas principais – a da presidenta Dilma Rousseff, que se apresenta à reeleição, e do ex-governador de Minas Gerais e atual senador Aécio Neves, no papel de principal candidato opositor. Todas as demais candidaturas, situadas no campo oposicionista, não têm maior expressão e tendem a empalidecer ainda mais, num quadro em que é inevitável a polarização de posições políticas.

A presidenta Dilma Rousseff postula mais um mandato, amplamente respaldada em grandes realizações políticas e sociais. Há também a seu favor o mérito de ter realizado esforços para mudar a orientação macroeconômica do país, em meio a grandes pressões e chantagens da oligarquia financeira nacional e internacional e das dificuldades geradas pela crise sistêmica do capitalismo. Estas realizações são a continuidade do novo ciclo político inaugurado no país com a eleição de Lula em 2002.

Na terceira reunião plenária do seu Comitê Central, concluída neste domingo (8), o Partido Comunista do Brasil, ao encaminhar os preparativos da convenção nacional eleitoral de 27 de junho próximo, reiterou a posição de apoiar a candidatura da mandatária à reeleição. Os comunistas consideram, de acordo com o documento aprovado, que “nos próximos quatro anos o país poderá, agora em melhores condições, superar velhos obstáculos e adentrar a uma nova etapa de desenvolvimento, com mais mudanças e a realização das reformas estruturais democráticas – o que resultará em conquistas ainda maiores para a nação e os trabalhadores”. 

A luta política em curso revela que o país está diante de uma encruzilhada, na qual aparecem duas opções. Avançar com a realização de mais mudanças e das reformas estruturais democráticas, preservando as conquistas dos últimos 11 anos, sob duro ataque das candidaturas adversárias, ou retroceder, com o retorno da oposição neoliberal e conservadora. 

Quando exerceu o poder nos anos 1990, a coalizão conservadora liderada pelo PSDB de Aécio Neves governou contra o povo, dilapidou as finanças públicas, constrangeu o Legislativo, manipulou o Judiciário, fez tábula rasa da administração pública, da moral e dos bons costumes, em atos de desbragada corrupção, entregou o patrimônio nacional às multinacionais e à banca internacional, reprimiu o povo, mutilou a democracia e humilhou o país diante dos potentados internacionais. Os dois mandatos em que o PSDB exerceu a Presidência da República por meio de FHC entraram para a história como os de maior corrupção e entreguismo da vida republicana brasileira. É este passado que a candidatura de Aécio Neves pretende restaurar.

O documento aprovado pela direção comunista na reunião do último fim de semana destaca que mesmo escondendo o jogo quando participa de eventos públicos, o candidato da direita, Aécio Neves, “diz aos banqueiros que está pronto para adotar receitas amargas, ‘impopulares’, cuja leitura não pode ser outra senão corte nos direitos e conquistas do povo”. 

Em meio a grandes dificuldades, a presidenta Dilma Rousseff agigantou-se como uma líder política e estadista de raras qualidades. Orientou seu governo a combater os efeitos da crise do capitalismo sem penalizar os trabalhadores. Levou às últimas consequências o audacioso programa de erradicação da miséria, deu continuidade e inovou na realização de políticas públicas com grande impacto social. Durante seu mandato presidencial, a taxa de desemprego caiu para 5,9% em 2013, e, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), irá se reduzir mais em 2015. A política do aumento real do salário mínimo, que para setores da oposição é uma irresponsabilidade, constitui numa importante alavanca para a valorização do trabalho e a redução das desigualdades sociais. 

Dilma Rousseff distinguiu-se como uma valorosa líder política ao ouvir a voz das ruas, demonstrando, diante de manifestações de massas, seu compromisso com a ampliação da democracia e com a valorização dos movimentos sociais. Agora mesmo, quando os setores mais reacionários e obscurantistas das classes dominantes procuram criar um clima de instabilidade, caos e desgoverno, a mandatária anunciou a inclusão dos sem-teto, como coletivo organizado e de luta pela moradia, no programa Minha Casa Minha Vida. Foi mais uma demonstração de sensibilidade política e social da mandatária, com o que coroa de êxito uma luta popular de grande envergadura. 

Também nos últimos dias, a presidenta Dilma emitiu um decreto normatizando a Política Nacional de Participação Social, consolidando a participação social como método de governo e fortalecendo instâncias como conselhos, conferências, consultas públicas, e até mesmo ambientes virtuais de participação social. A decisão da mandatária despertou a fúria antidemocrática das classes dominantes. Em uníssono, ocupando enormes espaços na mídia monopolista privada, os reacionários, as vozes das catacumbas, as viúvas da ditadura militar, os saudosistas da ditadura de punhos de renda dos tucanos, desencadearam uma campanha na qual deblateram contra o democratismo popular e o “bolivarianismo” da iniciativa presidencial. 

Dilma Rousseff apresenta-se à reeleição também com as credenciais de uma estadista que luta pela afirmação e consolidação da soberania nacional brasileira e da integração latino-americana e caribenha, em um mundo marcado por uma brutal ofensiva das potências imperialistas, nomeadamente os Estados Unidos, para impor seu domínio econômico e paradigmas de organização política e social. 

A campanha eleitoral que se inicia dentro de poucas semanas, será, assim, o embate entre dois projetos, duas orientações políticas. De um lado, as forças democráticas, patrióticas, populares, lideradas pela presidenta Dilma, com uma plataforma em que se entrelaçam as lutas sociais com o esforço pelo desenvolvimento nacional soberano e pelo aprofundamento e ampliação da democracia; de outro, os pregoeiros e agentes do retrocesso, mesmo que sob a enganosa roupagem renovadora, representados principalmente na candidatura de Aécio Neves, do PSDB.

Este ambiente de polarização é propício ao avanço da consciência e da organização do povo brasileiro. As forças políticas progressistas, patrióticas e de esquerda reúnem amplas condições para ir à luta com um programa avançado. Como afirma o documento aprovado pela direção do PCdoB, a campanha eleitoral pode configurar-se como “uma grande mobilização nacional que forje uma nova maioria política e social em torno de um programa avançado”. 


Fonte: Vermelho

Ação afirmativa: Lei de Cotas no serviço público é sancionada

Lei de cotas é sancionadaAo sancionar  ontem, segunda-feira (9) a lei que reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais do Poder Executivo, a presidenta Dilma Rousseff disse esperar que a medida sirva de exemplo para a adoção de normas similares nos demais Poderes, entes federados e na iniciativa privada.


“Esta é a segunda lei que eu tenho a honra de promulgar com ações afirmativas, para fechar um fosso secular de direitos e oportunidades engendrados pela escravidão e continuados pelo racismo, ainda existente entre negros e brancos em nosso país”, disse, em referência à Lei de Cotas para as universidades federais.

A lei, originada em um projeto do Executivo enviado por Dilma em novembro do ano passado, foi aprovada pelo Senado no último dia 20. Além da administração pública federal, a nova lei se aplica a autarquias, fundações e empresas públicas, além de sociedades de economia mista. A norma começa a valer amanhã (10), após publicação no Diário Oficial da União, e vai vigorar, inicialmente, por dez anos.

Segundo o texto da lei, poderão concorrer na reserva para candidatos negros todas as pessoas que se autodeclararem pretas ou pardas na inscrição para o concurso público, seguindo o quesito de cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.

Segundo Dilma, o sistema que está sendo implantado “assegura que o mérito continua a ser condição necessária para ingresso dos candidatos”, sendo que a lei altera “apenas a ordem de classificação, privilegiando os candidatos negros”.

De acordo com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, a mudança é um passo importante na superação das desigualdades raciais e vai garantir a participação da população negra em funções mais valorizadas. Ela citou como exemplo a Lei de Cotas nas universidades, que determinou que, a partir de 2013, parte das vagas em universidades federais sejam ocupadas por ex-estudantes de escolas públicas, com reserva de vagas para estudantes pretos, pardos e indígenas.

Para Luiza Bairros, depois de garantir que as pessoas que sofrem preconceito pudessem ter mais oportunidades de entrar no ensino superior, era necessário dar condições de acesso a empregos que exigem maior qualificação. “A discriminação é maior quanto mais valorizada é a ocupação, o que nos obriga a tomar dentro do mercado medidas para corrigir esse tipo de distorção”, disse a ministra a Agência Brasil, em entrevista pouco antes da sanção da lei.

Segundo Luiza Bairros, o governo optou pelo envio do projeto com urgência para que a proposta não ficasse parada no Congresso. “Em função de existirem em tramitação várias propostas sobre a população negra e igualdade racial, se deixássemos ao sabor de processo de discussão do Parlamento, poderia demorar”. A ministra espera que o apoio “suprapartidário” que levou à aprovação da lei seja “um indicativo de aceitação que ela tem no conjunto da sociedade brasileira”.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Dilma Rousseff: a Copa das copas

Dilma na Arena Amazonas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma na Arena Amazonas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta da República, Dilma Rousseff divulgou um artigo ontem, segunda-feira (9), faltando três dias da abertura da Copa do Mundo no Brasil. Segundo Dilma, este é "o momento da grande festa internacional do esporte. É, também, momento de celebrarmos os valores da competição leal e da convivência pacífica entre os povos, além de revigoramos valores humanistas". Leia abaixo a íntegra do texto:

A partir desta quinta-feira [12], os olhos e os corações do mundo estarão voltados para o Brasil. Trinta e duas seleções, representando o melhor do futebol mundial, estarão disputando a Copa do Mundo, a competição que de quatro em quatro anos transforma a todos nós em torcedores.

É o momento da grande festa internacional do esporte. É também o momento de celebrarmos, graças ao futebol, os valores da competição leal e da convivência pacífica entre os povos. É a oportunidade de revigoramos os valores humanistas de Pierre de Coubertin. Os valores da paz, da concórdia e da tolerância.

A “Copa das Copas”, como carinhosamente a batizamos, será também a Copa pela paz e contra o racismo, a Copa pela inclusão e contra todas as formas de preconceito, a Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo, do entendimento e da sustentabilidade.

Organizar a Copa das Copas é motivo de orgulho para os brasileiros. Fora e dentro de campo, estaremos unidos e dedicados a oferecer um grande espetáculo. Durante um mês, os visitantes que estiverem em nosso país poderão constatar que o Brasil vive hoje uma democracia madura e pujante.

O país promoveu, nos últimos doze anos, um dos mais exitosos processos de distribuição de renda, aumento do nível de emprego e inclusão social do mundo. Reduzimos a desigualdade em níveis impressionantes, elevando, em uma década, à classe média 42 milhões de pessoas e retirando da miséria 36 milhões de brasileiros.

Somos também um país que, embora tenha passado há poucas décadas por uma ditadura, tem hoje uma democracia vibrante. Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos harmonicamente com manifestações populares e reivindicações, as quais nos ajudam a aperfeiçoar cada vez mais nossas instituições democráticas.

Em todas as 12 cidades-sedes da Copa, os visitantes poderão conviver com um povo alegre, generoso e hospitaleiro. Somos o país da música, das belezas naturais, da diversidade cultural, da harmonia étnica e religiosa, do respeito ao meio ambiente.

De fato, o futebol nasceu na Inglaterra. Nós gostamos de pensar que foi no Brasil que fez sua moradia. Foi aqui que nasceram Pelé, Garrincha, Didi e tantos craques que encantaram milhões de pessoas pelo mundo. Quando a Copa volta ao Brasil depois de 64 anos é como se o futebol estivesse de volta para a sua casa.

Somos o País do Futebol pelo glorioso histórico de cinco campeonatos e pela paixão que cada brasileiro dedica ao seu clube, aos seus ídolos e a sua seleção. O amor do nosso povo por esse esporte já se tornou uma das características de nossa identidade nacional. Para nós o futebol é uma celebração da vida.

Em nome de 201 milhões de brasileiras e brasileiros, estendo as boas-vindas aos torcedores estrangeiros e a todos os visitantes que vierem ao Brasil compartilhar conosco a “Copa das Copas”.

*Dilma Rousseff é presidenta da República Federativa do Brasil

Fonte: Vermelho