sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ano novo, maiores desafios

José Reinaldo Carvalho *

Desde que Lula assumiu o governo em janeiro de 2003 e depois com sua reeleição e a eleição da presidenta Dilma, a oposição política conservadora e neoliberal foi passando por um processo de desestruturação, suas lideranças revelaram-se figuras ultrapassadas e desmoralizadas. Não têm o que dizer, nada com que acenar de positivo para a nação e o povo brasileiro. 


Agora, com a perspectiva da quarta vitória consecutiva do povo brasileiro nas urnas  com a provável reeleição da presidenta Dilma, vai tornando-se patente que a oposição não dispõe de um líder sequer capaz de enfrentar os problemas do país.

Desde que Lula assumiu o governo em janeiro de 2003 e depois com sua reeleição e a eleição da presidenta Dilma, a oposição política conservadora e neoliberal foi passando por um processo de desestruturação, suas lideranças revelaram-se figuras ultrapassadas e desmoralizadas. Não têm o que dizer, nada com que acenar de positivo para a nação e o povo brasileiro. Agora, com a perspectiva da quarta vitória consecutiva do povo brasileiro nas urnas  com a provável reeleição da presidenta Dilma, vai tornando-se patente que a oposição não dispõe de um líder sequer capaz de enfrentar os problemas do país.


É com a presidenta Dilma e a coalizão de forças que ela lidera que havemos de abrir os caminhos para o avanço progressista do Brasil e a realização das mudanças estruturais que a nação reclama.

A oposição neoliberal e conservadora não tem bandeiras. Seu principal aceno é a volta ao passado, o que a leva a fabricar crises, em aliança com a mídia golpista. No momento, a oposição conservadora e neoliberal afirma que o país está ameaçado de instabilidade econômica. Aécio Neves, candidato do PSDB, um partido em decadência, lançou uma cartilha com críticas vazias e propostas genéricas tentando resgatar a “establidade” da era FHC. O povo brasileiro não quer esta falsa estabilidade que custou a ruína do País e atingiu brutalmente seu  padrão de vida. Não é com o retorno da ortodoxia neoliberal que vamos resolver os problemas do País, mas com mais audácia e reformas estruturais democráticas.

O ano passado foi marcado pelas manifestações de massas de junho-julho. Motivadas por reivindicações justas porque o Brasil não é um mar de rosas, as manifestações foram desviadas do seu escopo natural. A oposição conservadora e a mídia tentaram voltá-las contra o governo e golpear a liderança da chefe de Estado e governo. De qualquer maneira, é necessário extrair as lições do episódio. O balanço dos governos Lula e Dilma é positivo, mas o país ainda vive problemas sociais gravíssimos, há opressão de classe, imensas desigualdades e os serviços públicos não funcionam bem.  Os partidos de esquerda devem alavancar o movimento popular no sentido da realização de mudanças progressistas, nunca do retrocesso.

O congresso comunista

O 13º congresso nacional do Partido Comunista do Brasil foi um momento memorável do ano de 2013. O PCdoB afirmou-se politica e ideologicamente como partido da luta pelo ideal comunista, pelo socialismo, como novo sistema político e econômico de libertação nacional e social do povo, um partido dos trabalhadores e do povo brasileiro, portador da ideologia marxista-leninista, um partido patriótico e internacionalista, de esquerda e oposição às classes dominantes e ao imperialismo, um partido compromissado com o País, com tarefas de  governo e que se posiciona à frente de inúmeras organizações e lutas populares.

O congresso dos comunistas aprovou resoluções importantíssimas sobre o cenário nacional e internacional, documentos com propostas concretas exequíveis, mobilizadoras, de luta e traçou orientações que preparam o Partido para os grandes combates que se avizinham no cenário nacional e internacional – uma verdadeira plataforma de lutas por mudanças estruturais.

Para 2014, a perspectiva é de luta audaciosa.  Luta pela quarta vitória do povo, sob a liderança da presidenta Dilma. Cabe aos comunistas tudo fazer para derrotar os inimigos do povo, para que a reeleição represente a abertura de mais um ciclo progressista no País.

*José Reinaldo Carvalho é jornalista, membro da Comissão Política Nacional e do Comitê Central do PCdoB

* Jornalista. Diretor de Comunicação do Cebrapaz e membro da Comissão Política do CC do PCdoB.

Tarefas desafiadoras em 2014

Editorial do Vermelho

São enormes, duras e desafiadoras no ano que se inicia as tarefas daqueles que lutam por um Brasil ainda mais democrático, justo, progressista e soberano.

É o último ano do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, que em pronunciamento por meio de cadeia nacional de rádio e televisão no último dia 29 de dezembro, transmitiu uma mensagem de otimismo e luta ao povo brasileiro, além de renovar seus compromissos, assumidos na campanha presidencial de 2010 e no ato de posse, há exatos três anos. “Não deixamos em nenhum momento de lutar em favor de todos os brasileiros, em especial dos que mais precisam. Com o olhar muito especial para os jovens, para as mulheres e para os negros (…) reforçamos o programa Brasil sem Miséria e estamos a um passo de acabar com a pobreza absoluta em todo o território nacional.”

Situando o Brasil no contexto das dificuldades que atravessa o mundo, a presidenta considerou como fato positivo que o nível de vida da população não tenha recuado “em meio a uma das mais graves crises internacionais de todos os tempos”. 

Dilma criticou a mensagem desestabilizadora contida nas análises de comentaristas da mídia golpista e de políticos oposicionistas. “Temos que agir sempre de forma produtiva e positiva tentando buscar soluções e não ampliar os problemas. Se alguns setores, seja por que motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas” (...) “O governo está atento e firme em seu compromisso de lutar contra a inflação e de manter o equilíbrio das contas públicas. Sabemos o que é preciso para isso e nada nos fará sair desse rumo.”

O clima de confraternização próprio das festas de fim de ano não foi suficiente para suavizar a reação do candidato das forças neoliberais e conservadoras. O senador Aécio Neves, cada vez mais direitista, fez um virulento ataque à mensagem da chefe de Estado e de governo. Em nota à imprensa, acusou a presidenta de apresentar o Brasil como uma “ilha da fantasia” e tachou de “ilusionista” a prudente análise da mandatária. Aécio não tem credenciais para criticar o governo da presidenta Dilma Rousseff. Foi chefe de um desgoverno no estado de Minas Gerais, é um inapetente senador e apresenta como plataforma o retorno à “era FHC”, seu padrinho político. Sua receita econômica levaria o país à ruína e seu programa social, se aplicado, representaria uma tragédia para o povo.

Por seu turno, o também pré-candidato oposicionista, Eduardo Campos (PSB/Rede), que rompeu com o governo da presidenta Dilma em outubro último, acusou a mandatária, em entrevista aos meios de comunicação, de não ter “humildade” e de “não reconhecer as coisas que precisam ser consertadas”. Para o líder socialista, “as deficiências não precisam ser escondidas” e “a gente não pode sair botando culpa nos outros, a gente precisa ver qual a culpa de todos nós e como cada um pode ajudar o Brasil a reencontrar o crescimento”. Disse também que é preciso ter “mais tranquilidade” ao debater o Brasil, sem “afobamento”, “rinha” nem “raiva”. Campos também desferiu ataques ao governo federal responsabilizando-o por não repassar aos estados e municípios as verbas destinadas ao enfrentamento dos efeitos das chuvas torrenciais e enchentes, habituais nesta estação do ano. Ainda é cedo para emitir um juízo de valor definitivo sobre as duras críticas do governador pernambucano à presidenta da República. Porém é mister reconhecer que a posição política que está perfilando é um dado objetivo da realidade brasileira e tende a marcar a luta eleitoral. 

Efetivamente, o ano de 2013 foi complexo para as forças progressistas à frente do governo da República. Fizeram parte do cenário uma conjuntura econômica difícil, uma campanha de calúnias orquestrada a partir da Ação Penal 470 contra dirigentes petistas e manifestações de rua que, tendo como motivações iniciais justos reclamos por melhorias nos transportes e na prestação de outros serviços públicos, foram instrumentalizadas pela mídia golpista para que se voltassem contra a presidenta.

Serena e firme, a chefe de Estado e de governo soube dar a volta por cima. Ouviu a voz das ruas e tomou iniciativas concretas e positivas – às quais denominou de pactos com a nação e o povo. Reforçou as políticas públicas e os programas sociais, intensificou o programa de erradicação da miséria, incrementou o projeto Minha Casa, Minha Vida voltado para suprir o déficit habitacional do país, ampliou o Luz para Todos, que leva energia elétrica ao campo, aumentou o valor do salário mínimo, que passa a ter o maior poder de compra desde 1979, e implementou um dos programas sociais mais revolucionários em uma década de governos progressistas no país – o Mais Médicos – para levar estes profissionais da saúde a rincões desfavorecidos do imenso interior.

Na área econômica, malgrado os índices de crescimento não serem os desejados, o país continua gerando empregos com carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados. Não há razões para alarmismo.

Os desafios para 2014 são grandes. Entra na ordem do dia da luta política o empenho das forças progressistas para criar as condições propícias à conquista da quarta vitória do povo, como defende a resolução política do 13º Congresso do PCdoB, realizado em novembro último. 

Insere-se neste quadro o combate pelas reformas estruturais democráticas, para “reforçar a luta pelo avanço do país”, como afirma o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. “A sociedade brasileira, pelo sistema estrutural vigente, é muito desigual e discriminatória. Por isso a nossa luta em prol de reformas estruturais e democráticas. Somente elas poderão iniciar um processo de mudança real no Brasil”, assegurou o líder comunista.

O povo brasileiro, mais amadurecido nos embates políticos precedentes, tem razões para se encher de esperança, enfrentar bem os desafios, unir-se e mobilizar-se para conquistar novas e maiores vitórias em 2014. 

Em 2013, Mais Médicos atendeu 2.177 municípios no Brasil

Em todo o país, 6,6 mil profissionais estão atuando pelo Programa Mais Médicos e a meta é chegar a 13 mil, em março de 2014, expandindo a assistência para 45,5 milhões de brasileiros. Já no início do ano, na terceira etapa de seleção, estão sendo contemplados municípios que ainda não receberam nenhum médico. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o objetivo é oferecer tratamento digno e respeitoso para toda a população e, sobretudo, para quem mais precisa.


“O Mais Médicos já levou 6.658 médicos para milhares de municípios de todo o país. Esses profissionais estão garantindo o atendimento a cerca de 23 milhões de brasileiras e brasileiros. Veja só, 23 milhões de pessoas que passaram a contar com o médico em suas cidades e, em muitos casos, até no bairro onde moram. O Mais Médicos é uma resposta do governo federal às necessidades da população, que sempre reivindicou a melhoria da saúde em nosso país”, afirmou Dilma.

Os médicos participantes estão trabalhando na atenção básica de 2.177 municípios brasileiros e em 28 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Dentre as cidades atendidas, 69% (1.222) apresentam mais de 20% da população em situação de pobreza extrema e concentram quase metade dos profissionais do programa (2.916).

“Nós conseguimos cumprir três desafios: o primeiro é garantir que os municípios das áreas mais empobrecidas, das áreas mais distantes do nosso país, como o Vale do Jequitinhonha, o Vale do Ribeira, o Semiárido nordestino, conseguissem ter pelo menos um médico do programa. Além disso, conseguimos aprovar mais de três mil novas vagas para formação de médicos especialistas – pediatras, especialistas em câncer, cirurgiões – e definir as cidades que podem receber escolas de medicina, porque o programa, além de levar médicos onde não há esses profissionais, quer dar a oportunidade para o jovem brasileiro poder realizar o seu sonho de fazer um curso de medicina”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Além dos municípios com população em extrema pobreza, também foram contemplados com profissionais do programa 25 capitais (861 médicos), 363 regiões metropolitanas (1.292 médicos) e 92 municípios com mais 80 mil habitantes e menor renda per capita do país (809 médicos). Outros 124 profissionais estão trabalhando em 28 distritos indígenas e 656 em localidades que não se enquadram nos perfis anteriores.

Dos 850 municípios participantes localizados no Semiárido brasileiro, 86% (735) receberam, juntos, 1.594 médicos. Já entre as 242 localidades quilombolas inscritas, 90% (218) foram contempladas com 848 médicos. No Vale do Jequitinhonha/ Mucuri, que contempla municípios da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, 94,7% dos municípios (54) que solicitaram médicos receberam 92 profissionais do programa. No Vale do Ribeira, 89% dos municípios que aderiram ao programa (25) receberam, juntos, um total de 53 médicos. Já no Médio e Alto Uruguai, 100% dos municípios que solicitaram médicos (11) receberam profissionais do programa.

Estados

Os profissionais do Mais Médicos estão presentes em todas as unidades federadas brasileiras. O estado que conta com o maior número de médicos do programa é a Bahia, que recebeu 787 profissionais. Em segundo lugar, vem o estado de São Paulo, que conta com 588 médicos, seguido pelo Ceará, com 572, e pelo Maranhão, com 445 – sendo este último o estado com menor índice de médicos por mil habitantes do país (0,5).

Algumas unidades federadas, apesar de terem recebido menor número absoluto de médicos, já atenderam grande parte de sua demanda por profissionais. Na região Norte, o estado de Roraima solicitou 88 profissionais e, com a chegada de 70 médicos do programa, já teve atendida 79% de sua necessidade. Já o estado do Tocantins recebeu 104 profissionais, 77% do solicitado (135). No Nordeste, os estados da Paraíba e de Alagoas receberam, respectivamente, 158 e 131 médicos, e tiveram atendidas 86% e 82% de sua necessidade, respectivamente.

Fonte: Blog do Planalto via Vermelho

Eduardo Guimarães: 2014 será um ano histórico para o Brasil

O ano que o Brasil deixa para trás transcorreu sob o signo da convulsão social e da revolução política, mas, apesar dos eventos de expressiva importância que vimos eclodir ao longo desses 365 dias, 2013 não se compara ao que espera este país em 2014.

Por Eduardo Guimarães*, no Blog da Cidadania  


Dois fatos marcaram para sempre esta grande nação no ano que ora deixa nossas vidas para entrar para a história: a onda de protestos e o inédito encarceramento de políticos importantes.

Sobre os protestos de junho, o que impressiona é terem ocorrido em um momento em que a qualidade de vida nunca foi tão boa e tão promissora no país. Com salários crescendo e emprego farto, com distribuição de renda e com a pobreza despencando ano a ano, centenas de milhares de brasileiros foram as ruas protestar sem uma causa definida.

Não que todos os nossos problemas tenham sido solucionados. Muito pelo contrário. O nível de pobreza, de injustiça social, de violência urbana e rural e a péssima qualidade dos serviços públicos são, sim, razão muito mais do que suficiente para qualquer povo protestar.

Todavia, o que impressiona é que tais protestos tenham ocorrido em um momento em que a vida de todos melhorou tanto, ao passo que, há uma década, este país estava falido, todo mundo estava desempregado, os salários estavam cada vez mais aviltados e o povo não protestava.

Claro que não foi propriamente o povo que foi às ruas, mas um setor da sociedade que melhorou menos de vida do que a maioria empobrecida. Com efeito, a classe média viu os mais pobres avançarem bem mais do que si e esse foi o mote dos protestos.

Os brasileiros que foram às ruas em junho de 2013, pela primeira vez na história contemporânea não clamaram por mais empregos e por salários melhores, o que mostra que esses dramas o país deixou para trás; clamaram por melhores serviços públicos, como transporte.

Esse fenômeno é histórico, inédito e revelador de quanto a última década melhorou este país. Até a aurora do século XXI, as demandas dos brasileiros eram por empregos suficientes e salários decentes; o Brasil superou essas deficiências e poucos perceberam.

Já no campo estritamente político, o julgamento e o encarceramento relâmpago de políticos importantes em um país em que políticos de tal estatura só eram penalizados tão duramente pela lei durante ditaduras tem sido visto como avanço, mas também como retrocesso.

É lícito dizer que a causa primeira da corrupção no Brasil – que, reconheçamos, é maior do que em nações em estágio civilizatório mais avançado – se deve à impunidade. Contudo, ao menos até o momento o encarceramento de políticos petistas soa muito mais como um golpe político do que como reversão da histórica impunidade que vige para os mais abastados neste país.

O que parece ter acontecido em 2013 não foram prisões de políticos, mas prisões políticas. Afinal, políticos envolvidos em processos análogos ao do mensalão do PT, só que da corrente política adversária – do PSDB –, foram beneficiados pelas rotas de fuga que o Judiciário sempre propiciou às elites.

O dito “mensalão do PSDB” ter sido tratado pela Justiça de forma tão diferente da que foi usada para o do PT, com o desmembramento do primeiro processo – que foi negado ao segundo – e com a demora muito maior para julgar o caso envolvendo tucanos desmonta a tese do “fim da impunidade”.

Não há perspectiva, pois, de ver políticos-símbolo da corrupção como um Paulo Maluf, um Demóstenes Torres, um Marconi Perillo, um Eduardo Azeredo e tantos outros serem penalizados como foram os petistas.

Qual é a novidade, então, na forma como a Justiça trata a classe política? Não é, infelizmente, a nossa Justiça tratar os membros das elites como trata o povão. A novidade é – durante suposta vigência da democracia – pessoas serem penalizadas por razões políticas.

É lícito dizer, pois, que 2013 não foi um bom ano para a democracia brasileira. Protestos políticos ocorrendo quando as razões para protestar diminuíram tanto e pessoas sendo encarceradas por razões políticas são fatos que desautorizam otimismo com 2014.

O pior é que os grupos políticos que engendraram e fizeram vingar protestos de rua e critérios políticos em um julgamento que, em respeito à democracia, deveria deixar a política de fora, prometem fazer tudo isso de novo em 2014, só que, agora, em ano eleitoral…

O que tornará 2014 um ano histórico para o país também tem relação com a Copa do Mundo. Passaram-se décadas e décadas desde que o Brasil sediou evento internacional de tal importância. Os olhos do mundo estarão voltados para nós no ano que entra.

Os protestos terão, reconhecidamente, potencial para apear do poder o grupo político que fez o Brasil avançar socialmente como nunca ocorrera em toda a sua história em período tão curto. E de desmoralizar o país perante o mundo.

Não é pouco.

A derrota imensurável que ameaça o país em 2014, porém, pode não ocorrer. O brasileiro poderá dar uma demonstração de maturidade premiando um governo – ou uma série de governos – que lhe melhorou a vida e poderá, assim, dizer não aos que pretendem sabotar a imagem do país e sua economia com fins eleitorais.

O caráter histórico de 2014, portanto, poderá decorrer não só da rendição do país aos interesses inconfessáveis que querem desmoralizá-lo internacionalmente e recolocar no poder os que tanto pioraram a vida do povo como poderá decorrer da recusa desse povo a se render.

A volta ao poder dos que fizeram o Brasil chegar ao século XXI de joelhos e que não se cansam de prometer o desmonte do Estado de Bem Estar Social que vai sendo construído a duras penas pode gerar, na segunda metade desta década, uma convulsão social.

A destruição da imagem do Brasil perante o mundo – via transformá-lo em um campo de guerra durante evento que deveria ser uma festa de reafirmação do país como potência emergente – aprofundaria o caos social e econômico que pode eclodir a partir de 2015.

O caráter histórico de 2014, portanto, estará em que este povo terá o próprio destino nas mãos como nunca terá tido antes. Teremos, no ano que entra, o poder de melhorar muito as nossas vidas, mas também teremos o poder piorá-las de forma dramática.

A decisão será nossa e só nossa. Assim sendo, o que de melhor se pode desejar para o povo brasileiro em 2014, além de “Muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender”, é, pura e simplesmente, muito, muito, mas muito juízo mesmo.

Um feliz e ajuizado 2014 para todos, pois.

*Eduardo Guimarães é blogueiro. 


Fonte: Vermelho

PLR de até R$ 6.270 fica isenta de IR

Os bancários lutaram e conquistaram a isenção do Imposto de Renda referente aos ganhos da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) até R$ 6 mil. Em 2014, o governo subiu o valor para R$ 6.270,00, conforme publicado no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (02/01). 
 
A nova tabela representa um reajuste de 4,5% nas cinco faixas da alíquota do IR em relação aos valores recebidos pelos trabalhadores. 
 
Para até R$ 6.270,00, não haverá retenção do Leão. Entre R$ 6.270,01 até R$ 9.405, a alíquota é de 7,5% com parcela dedutível de R$ 470,25, entre R$ 9.405,01 até R$ 12.540, a taxa fica em 15% e a dedução em R$ 1.175,63. Para os valores de R$ 12.540,01 a R$ 15.675, os trabalhadores pagam 22,5% e a parte dedutível de R$ 2.116,13. Acima de R$ 15.675, o valor tributado é de 27,5% e a parcela no imposto devido é de R$ 2.899,88. 

Fonte: O Bancário

Cuba tem a menor taxa de mortalidade infantil da história

Cuba terminou 2013 com uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por cada mil nascidos vivos, o número mais baixo da história da ilha, informaram na quinta-feira (02/01) os veículos de imprensa do país.


A primeira vez que os cubanos registraram taxa inferior a 5, foi 2008, com 4,7. Desde então, os índices foram 4,8 em 2008, 4,5 em 2010, 4,9 em 2011 e 4,6 em 2012.

De acordo com a ONU, a média mundial de mortalidade infantil no ano passado era de 48 para cada mil nascidos. No Brasil, em 2012, esse índice era de 12,9. A dos Estados Unidos, por sua vez, era de 7 mortes para cada mil nascimentos .

O jornal Granma destacou que o resultado coloca a ilha "entre as primeiras nações do mundo" neste quesito. Segundo números oficiais, oito das 15 províncias cubanas atingiram indicadores menores que a taxa nacional de 4,2, em 2013. Neste ano, foram registrados 125.830 nascimentos, 156 a mais que no ano anterior.

Segundo dados do ministério de Saúde Pública do país, as principais causas de morte de crianças no país estão relacionadas a anomalias congênitas, infecções e afecções perinatais.
Com relação às mães, em 2013 foram registrados 26 óbitos relacionados diretamente com gravidez, parto e pós-parto, uma taxa de 20,7 mulheres para cada 100 mil nascimentos, também a mais baixa da história de Cuba.


Vermelho - com agências

Dilma entra em 2014 como favorita, diz Agência Efe

"Após três anos de intenso trabalho e diversos desafios, tanto econômicos como sociais, Dilma encara a última etapa de seu primeiro mandato com o respaldo de mais da metade dos brasileiros (56%), segundo uma pesquisa publicada pelo Ibope em dezembro", diz a agência espanhola Efe, que prevê sua vitória em outubro  


 A presidente Dilma Rousseff inicia o último dos quatro anos de seu primeiro mandato e aparece como favorita para vencer as eleições presidenciais que serão realizadas em outubro, apesar de ainda não ter confirmado oficialmente sua aspiração à reeleição.

 
Após três anos de intenso trabalho e diversos desafios, tanto econômicos como sociais, Dilma encara a última etapa de seu primeiro mandato com o respaldo de mais da metade dos brasileiros (56%), segundo pesquisa publicada pelo Ibope em dezembro.
 
A governante manteve uma elevada aprovação desde sua posse, mas sua avaliação pessoal desabou por conta da onda de protestos sociais que sacudiram o Brasil em junho, embora meses depois e após dar resposta a algumas das reivindicações, recuperou parte de sua popularidade.
 
Com relação à gestão de seu Governo, Dilma conta com um apoio popular maior que tinham tanto seu antecessor e mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, como Fernando Henrique Cardoso no último de seus primeiro quatro anos de mandato, no qual ambos foram reeleitos.
 
Enquanto 41% dos brasileiros consideram "excelente" ou "bom" o Governo de Dilma na última pesquisa realizada pela Datafolha em 2013, essa porcentagem era apenas de 28% para Lula em dezembro de 2005 segundo a mesma empresa e de 37% para FHC em dezembro de 1997.
 
Embora ainda não tenha se pronunciado sobre se voltará a ser candidata do PT nas eleições presidenciais de outubro, as pesquisas apontam que caso concorra ao cargo, a chefe de Estado contaria com intenções de voto que permitiriam ser reeleita sem necessidade de disputar um segundo turno.
 
As enquetes dão à Dilma intenções de voto próximas de 50%, enquanto nenhum de seus possíveis rivais superaria 20%, exceto a ecologista Marina Silva, que caso seja candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB), formação à qual filiou-se recentemente, alcançaria cerca de 25%.
 
Apesar de seu silêncio, tanto o PT e como seu líder máximo, Lula, defenderam em mais de uma ocasião a candidatura de sua afilhada política.
 
"Temos uma responsabilidade e é reeleger esta companheira como presidente da República", declarou Lula em dezembro durante a inauguração do Congresso Nacional do PT.
 
Caso aspire finalmente à reeleição e ganhe de novo as eleições, como apontam as pesquisas, a chefe do Estado tem pela frente vários desafios, sobretudo o de impulsionar uma economia que cresce a um ritmo menor do que o esperado.
 
Após registrar uma expansão de 7,5% em 2010, no último ano de Lula no poder, o crescimento econômico brasileiro com Dilma foi do 2,7% em 2011 e de 1% em 2012, enquanto os analistas calculam que o de 2013 não passará de 2,3% e que essa taxa se repetirá em 2014.
 

Fonte: portal 247 via Vermelho