sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Vendas no Sindicato


Encontro Sindical do PCdoB reúne 250 lideranças de todo o país

Reunindo 250 lideranças sindicais de todo o país, a Secretaria Sindical do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza desde ontem, quinta-feira (26) e segue hoje sexta (27), no Rio de Janeiro, o 6º Encontro Nacional Sindical.

Por Dayane Santos


Encontro Sindical do PCdoB reúne no Rio de Janeiro, 250 lideranças de todo o país.Encontro Sindical do PCdoB reúne no Rio de Janeiro, 250 lideranças de todo o país.
"Para o Partido, o movimento sindical classista é ferramenta indispensável para enfrentar e reverter esse quadro de di ficuldades. Os sindicatos são polos de organização, mobilização e politização dos trabalhadores. Para dar consequência a esses grandes objetivos, é fundamental o protagonismo dos trabalhadores na grande política. Essa grande política, no entanto, precisa unir por uma ampla rede de organizações de base, alicerce básico para avançar em direção a nosso rumo estratégico, a construção do socialismo!", diz tese de debate do encontro.

A abertura do evento contou com a palestra da presidente nacional do PCdoB e deputada federal Luciana Santos (PE), que abordou a conjuntura nacional e o papel dos trabalhadores.

O encontro tem outras três mesas temáticas: “A construção partidária entre os trabalhadores”, com a palestra do Secretário Sindical Nacional do partido, Nivaldo Santana; “Nova luta pelo socialismo”, com Renato Rabelo, membro do Comitê Central do PCdoB; e “”A luta pela hegemonia e o trabalho intersindical”, com o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo.

Segundo Nivaldo Santana (foto abaixo), o objetivo é fazer um debate apurado sobre os desafios dos trabalhadores diante de uma conjuntura complexa de ofensiva conservadora e turbulência econômica.

“A luta atual passa pela defesa da democracia e contra as maquinações golpistas, pela retomada do crescimento econômico e dos direitos trabalhistas e sociais. Consideramos que a política correta deve buscar o equilíbrio que contemple essas questões”, enfatizou Nivaldo, ressaltando que a garantia desses avanços é essencial o “fortalecimento do PCdoB, particularmente entre os trabalhadores”.

Nivaldo salientou que a atual polarização política tem criado um ambiente que tenta criminalizar a participação política. “É uma tentativa de tentar afastar os trabalhadores da luta política. Existe uma certa demonização da política, dos partidos e da participação organizada.

O remédio é avançar na estruturação de um partido com o conteúdo programático do PCdoB. Essa é um dos temas que vamos debater nesse encontro para elevar a organização do partido fortalecendo o protagonismo dos trabalhadores para derrotar esse despolitização que existe no ´pais, produto do consórcio oposicionista que reúne os conservadores, a mídia e o poder financeiro”, defendeu.

O dirigente também destacou que a participação política ajuda a organizar a luta e fortalecer o protagonismo dos trabalhadores, que podem intervir de forma a definir os rumos econômicos e sociais do país.

“O trabalhador tem que participar do movimento sindical e do partido político. Cada uma tem a suas particularidades, sua dinâmica própria e autonomia. Mas é preciso ter claro que o sindicalismo classista, que combate à exploração capitalista, precisa de um sindicato que intervenha na política. Quem pensa em impedir isso são os que defendem a perpetuação do regime de exploração capitalista”.

Para Adilson Araújo, da CTB, o encontro demonstra que “o PCdoB enxerga a classe trabalhadora como uma importante força para protagonizar as mudanças que o país precisa”.

Ele lembrou que o país viveu um período de avanços com a aumento da renda, do emprego e a valorização do trabalho, que acrescentaram novos elementos e fortaleceram as reivindicações dos trabalhadores. “Diante da profundidade da crise em que a classe trabalhadora têm sofrido os reflexos dessa retração econômica, a ação sindical não é o fim, mas o meio. Por isso, os trabalhadores precisam ter uma consciência mais elevada para garantir os avanços necessários”, disse.

Adilson disse ainda que "é preciso esclarecer e conscientizar as bases sindicais sobre o que está acontecendo, desnudando os objetivos capitalistas e mobilizar amplas massas para fazer frente às forças conservadoras”.
 

Do Portal Vermelho

“Direita venezuelana tenta encher o país com violência”, diz Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, repudiou as acusações do secretário geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almargo, e de membros da oposição venezuelana, em relação ao assassinato do dirigente da Ação Democrática, Luis Manuel Dias. Ele foi assassinado a tiros na tarde de quarta-feira (25), durante um ato de campanha, o crime está sendo investigado. 


Presidência Venezuela
O presidente denunciou ainda que uma militante de sua coalizão foi assassinada a tiros por mercenários há pouco mais de uma semanaO presidente denunciou ainda que uma militante de sua coalizão foi assassinada a tiros por mercenários há pouco mais de uma semana
Segundo o presidente, não se passaram nem 12 horas, para que a direita começasse a fazer declarações contra o povo da Venezuela e a revolução bolivariana. Para ele, as acusações do dirigente da AD, Henry Ramos Allup, contra os membros do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) são sem provas e buscam contaminar as eleições parlamentares que acontecem no próximo domingo (6).

O presidente afirmou ainda que a direita venezuelana, junto aos seus aliados dos Estados Unidos, estão cientes de que são minoria no processo eleitoral e pediu para o povo “não cair em provocações”.

Vale lembrar que, há pouco mais de uma semana, uma militante da Unidade de Batalha Bolívar Chávez, força política integrante do Grande Polo Patriótico, foi morta. Informações dão conta de que ela foi assassinada a tiros por mercenários contratados por Carlos Ocariz, dirigente do partido Primeira Justiça. “A mataram pelas costas”, denunciou o presidente. E repudiou a indignação seletiva: “a vida do povo que luta não importa quando são assassinados pela direita”. 


Fonte: Telesur via Vermelho

Dilma: Ao direito legítimo à autodeterminação do povo palestino

A presidenta Dilma Rousseff, por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, celebrado no próximo domingo (29), encaminhou mensagem ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon em que reafirma o total apoio do governo brasileiro “ao direito legítimo à autodeterminação do povo palestino”.


Dilma: “ao direito legítimo à autodeterminação do povo palestino”.Dilma: “ao direito legítimo à autodeterminação do povo palestino”.
Para a presidenta, “a falta de uma solução pacífica para a questão da Palestina continua a ser uma ameaça à paz e à segurança internacional”. De acordo com a mensagem, passos concretos para alcançar prontamente a solução de dois Estados devem ser tomados, de forma a romper o círculo vicioso da violência”.

Defesa da soberania palestina
Em todas as situações de conflito na faixa de Gaza, o governo brasileiro veio a público condenar os ataques israelenses ao povo palestino. A última mensagem presidencial no auge do conflito em agosto do ano passado, o governo brasileiro condenou “o uso desproporcional da força israelense em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças”. E ainda, “reiterou a posição histórica do Brasil em todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos.

As relações entre o Brasil e a Palestina tiveram início em 1975, quando a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que à epoca existia apenas como movimento de libertação nacional, foi autorizada a designar representante em Brasília. Mas somente, em dezembro de 2010 que o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 – iniciativa que foi seguida por quase todos os países sul-americanos.

O Brasil apoiou e copatrocínio a Resolução 67/19 da ONU, que elevou o status da Palestina a Estado observador não membro das Nações Unidas.

Em 31 de dezembro de 2010, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, esteve presente por ocasião da posse, para o primeiro mandato, da presidenta Dilma Rousseff e agradeceu o governo brasileiro pelo esforço de reconhecimento do Estado junto às Nações Unidas.

Nota 

A mensagem oficial por ocasião ao Dia de Solidariedade com o Povo Palestino foi publicada na noite desta quinta-feira (26), no portal do Itamaraty. Segue a íntegra abaixo:

Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino


"No contexto da celebração, pela comunidade internacional, do Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino, o Governo brasileiro reitera seu total apoio ao direito legítimo à autodeterminação do povo palestino.

O Brasil, que reconheceu formalmente o Estado da Palestina em 2010, permanece comprometido com o estabelecimento de um Estado Palestino soberano, economicamente viável e territorialmente contíguo, com capital em Jerusalém Oriental, convivendo lado a lado, em paz e segurança, com Israel, com base nas fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1967, de acordo com o Direito Internacional e as resoluções pertinentes das Nações Unidas.

O Brasil acompanha com preocupação o recente recrudescimento da violência contra civis palestinos e israelenses. A expansão dos assentamentos ilegais e os ataques inspirados por ódio e extremismo religioso constituem sérios obstáculos a que se alcance a solução de dois Estados e, portanto, uma paz duradoura na região.

A falta de uma solução pacífica para a questão da Palestina continua a ser uma ameaça à paz e à segurança internacional. Passos concretos para alcançar prontamente a solução de dois Estados devem ser tomados, de forma a romper o círculo vicioso da violência.

Ambas as partes devem retomar as negociações em boa fé, com base nos princípios e parâmetros estabelecidos pelo Direito Internacional e as resoluções pertinentes das Nações Unidas.

O Brasil continuará a apoiar ativamente os esforços para que se alcance uma paz justa e duradoura na Palestina, baseada na solução de dois Estados e na concretização do direito inalienável à autodeterminação do povo palestino."
 


Do Portal Vermelho, com informações do Itamaraty

Fim da trégua: Marchas da Resistência recomeçam na Argentina

“As Marchas da Resistência voltaram”, anunciou a dirigente da organização das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, ao convocar uma manifestação para o próximo dia 10 de dezembro, quando o novo presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, vai assumir o poder executivo. 


Wikicommons
Uma das primeiras Marchas da Resistência, realizada em 1982, na Praça de Maio, em Buenos AiresUma das primeiras Marchas da Resistência, realizada em 1982, na Praça de Maio, em Buenos Aires
“Repudiamos a presença de Macri na Casa do Governo, temos o direito de fazê-lo como povo”, manifestou a dirigente, que qualificou o novo presidente como “um inimigo muito perigoso”.

As Marchas da Resistência são históricas na Argentina e reconhecidas mundialmente. As manifestações organizadas pelas Mães e pelas Avós da Praça de Maio desde 1981 atraíam multidões de diversas regiões do país para lutar por justiça social, verdade, memória e reparação dos crimes da ditadura militar argentina.

Hebe esclarece que as Mães e as Avós da Praça de Maio repudiam o governo de Macri e o lema de resistência será “Nenhum passo atrás – resistir é combater”. Enquanto Néstor e Cristina Kirchner administraram o país, as marchas foram suspensas porque as duas organizações consideravam se tratar de “governo amigo”, explicou a dirigente.

A “trégua” aconteceu em 2006, quando as Mães e as Avós consideraram que o governo de Néstor Kirchner estava, pela primeira vez, adotando uma posição ativa e contundente para punir os crimes e as violações de direitos humanos cometidos durante a ditadura militar. Quando o Estado reconheceu e começou a punir os ditadores, o movimento suspendeu as Marchas da Resistência.

Hebe Bonafini anuncia que acabou a trégua, as Marchas da Resistência voltam com força contra Macri

Afirmam, porém, que agora “o inimigo voltou” e por isso é necessário resistir novamente. “Faremos esta marcha para que quando ele [Macri] venha à Casa de Governo nos encontre aqui, o povo marchando, repudiando sua presença nesta casa e rechaçando os que falam de legalidade, mas fazem tudo ilegal”, denunciou Hebe.

A manifestação vai começar na Praça de Maio às 15h30 do dia 9 e permanecerá até o dia seguinte, quando acontece a solenidade de posse do novo presidente. 



Do Portal Vermelho, Mariana Serafini, com Telesur

Carta aberta à ministra Carmen Lúcia, do STF

Ao falar de esperança, medo, cinismo e escárnio, além de tratar com insolência o papel da Justiça, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia, extrapolou os limites de suas responsabilidades. Incomodado com o discurso proferido pela jurista, o bispo Dom Orvandil escreveu uma carta comovente endereçada à ministra. 


Carmem Lúcia, ministra do STFCarmem Lúcia, ministra do STF
A fala da ministra foi registrada na ocasião em que a 2ª Turma do STF, composta por cinco ministros,em sessão na manhã desta quarta-feira(25) decidia por mandar prender o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Em um discurso contundente, a ministra Carmen Lúcia comparou a Lava Jato com a Ação Penal 470, chamada pela grande mídia de “mensalão do PT”. E disse: “Na história recente de nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 (mensalão) e descobrimos que o cinismo venceu a esperança. E agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo”.

Indignado com as comparações e com a fala infundada da ministra, Dom Orvandil escreve abaixo. Segue a íntegra:

Carta aberta à ministra Carmen Lúcia, do STF
Prezada Ministra Carmem Lúcia,
Nosso país acordou estupefato com a prisão de um senador da República. Por outro lado, alivio-me com a prisão de um banqueiro, um dos mais ricos do Brasil.

Não guardo intimidade com o pensamento do senador Delcídio do Amaral em virtude de suas origens políticas, ligadas à privatizações e ao nefasto neoliberalismo. Porém, sua prisão nos coloca sob espanto pelo colorido de arbitrariedade em face da imunidade parlamentar de que gozam os eleitos pelo povo para ocupar cadeira na mais alta casa legislativa.

Perdoe-me, ministra Carmem, por me dirigir a senhora sem o traquejo jurídico próprio dos advogados, já que não sou um e sem a formalidade de um tribunal, já que não pertenço a nenhum.

Aqui tenho o objetivo de questioná-la pelo que disse na 2ª Turma do STF ao justificar seu voto na decisão do ministro Teori Zavascki ao ordenar a prisão do senador Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves.

É de se esperar que os homens e as mulheres eleitos e eleitas sejam honestos, honestas, probos e probas nas suas atividades parlamentares, embora alguns afrontem e desrespeitem a sensibilidade social e a cidadania, como é o caso do senador Ronaldo Caiado, que frequentemente usa camiseta amarela com os sinais de 9 dedos, em deboche à deficiência física do ex-presidente Luiz Inácio Luiz da Silva, sem que seja incomodado em momento algum por esse preconceito e crime.

Nesta carta singela desejo lhe dizer que me senti ofendido e desrespeitado como cidadão com seu discurso ao justificar seu voto a favor da prisão de Delcídio do Amaral, nesta manhã.

A senhora disse que antes nos fizeram acreditar que a esperança venceu o medo. É evidente que a senhora se referiu à campanha eleitoral e eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo.

E vencemos mesmo, ministra Carmem. Milhões de brasileiros fomos ameaçados com o estouro do dólar, com a fuga dos empresários que investiriam em outros países, abandonando o Brasil ao desemprego e à pobreza. Uma atriz da TV Globo apareceu em noticiários e na propaganda eleitoral do PSDB fazendo caras teatrais de assustada e dizendo: “ai, estou com medo”. Pois vencemos essa tentativa. Os milhões de votos investidos em Lula transcenderam fronteiras partidárias para afirmar nossa esperança contra as ameaças rasteiras e desonestas. Vencemos o medo, com muita esperança. O Brasil se sentiu recompensado com essa vitória. A senhora sabe!

Como cidadão e como povo me sinto ofendido e agredido em minha esperança e em minha fé com essa sua fala, para mim irônica e sem nenhuma relação com o mensalão da mídia, com muitos casos dúbios e influenciados pela opinião publicada.

A senhora carregou sobre a ironia sem nexo ao afirmar que “agora o escárnio venceu o cinismo”.

Qual a relação do possível crime do senador Delcídio do Amaral, nem investigado totalmente e, muito menos julgado e condenado, com a vitória da esperança em 2002?

A senhora quer nos envolver em todos os possíveis crimes de Delcídio? A senhora falou pensando em investigação e condenação do ex-presidente Lula, o candidato a respeito de quem se usou o slogan “a esperança venceu o medo”? A senhora já sabe, mesmo sem julgamento, que o senador Delcídio do Amaral é criminoso, até mesmo antes da manifestação da casa onde ele é parlamentar?

Na fundamentação de seu voto a favor da prisão do aludido senador a senhora asseverou que “agora o escárnio venceu o cinismo”.

Pergunto se o seu voto não se referia a um senador? Se se referia ao senador Delcídio do Amaral qual a relação da ironia com os votos de milhões de brasileiros que tiveram esperança de mudar aquela realidade triste de desemprego, de miséria e de pobreza em 2002?

A senhora ameaçou quem ao afirmar posteriormente que “criminosos não passarão sobre a justiça”, alertando a todos do mundo da corrupção?

Perdão, ministra, mas a minha ofensa também vem do fato de a senhora misturar ironicamente fatos e valores sem nenhuma relação, sendo que a esperança realmente venceu o medo e sempre vencerá as vilanias da classe dominante, principalmente da rapinagem dos poderosos internacionais, que atuam por meio de jagunços nacionais.

Pior, a sua referência de falso senso de oportunidade choca por estabelecer nexos irreais entre um senador atual, preso acusado de atrapalhar investigações, com toda a força da esperança de um povo.

Choca mais o fato de a senhora não fazer nenhuma menção ao banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, também preso como suspeito de fazer uma operação polêmica na área internacional da Petrobras, ao comprar poços de petróleo na África, sendo ele um dos homens mais ricos do Brasil, um país pobre e, mesmo assim, de esperanças que vencem os medos.

A senhora não disse nada sobre André Esteves foi pelo fato de ele ser banqueiro e rico? Haveria na senhora algum senso de seletividade, como o há na mídia que reforçou com grande destaque as suas palavras?

Enfim, perdoe-me pela ousadia de exercer o direito de questionar, de me indignar contra as seletividades e contra o deboche em relação ao povo que tem esperança, apesar do medo que diuturnamente lhe impingem.

• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.


Do Portal Vermelho
Carta publicado originalmente no cartasprofeticas.org

Juros altos: danos para indústria, trabalhadores e cofres públicos

Na quarta (25), o Copom manteve a Selic em 14,25%. A decisão não foi unânime. Dois membros defenderam elevação de 0,50 ponto percentual. Economistas avaliam que a divisão amplia as chances de o Banco Central retomar a trajetória de alta na próxima reunião, em janeiro – o que só traria mais danos a uma economia em crise. “Não vamos conseguir evitar que o país entre em recessão profunda se continuarmos fazendo coro com o rentismo”, alerta o sindicalista Adílson Araújo.

Por Joana Rozowykwiat


  
Outro indicativo de que o Banco Central pode voltar a aumentar a taxa de básica de juros é o fato de o Copom ter retirado do comunicado desta quarta a avaliação – divulgada em outubro deste ano – de que a manutenção dos juros no patamar atual por um “período suficientemente prolongado” seria necessária para a “convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária”.

Presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo avalia que aumentar ainda mais uma taxa de juros que já é mais alta do mundo não faz nenhum sentido. “Isso contraria a lógica, por que os sinais são de retração. A indústria está em queda, perto de índices que se aproximam dos verificados na década de 1940. A indústria já teve participação no PIB da ordem de 30%. Agora caminha para cair aos 10%”, lamenta, em entrevista ao Portal Vermelho.

De acordo com ele, só quem se beneficia com uma Selic tão elevada são os banqueiros. Os trabalhadores pagam com desemprego e a indústria nacional sofre, perdendo competitividade. Para o sindicalista, a política monetária em curso ainda por cima contraria a expectativa de uma agenda de crescimento sustentado.

“Esse é um ingrediente amargo para a classe trabalhadora, que almeja ver o Brasil em um patamar de desenvolvimento necessário para elevar sua autoestima, garantir a produção de empregos e desatar os gargalos estruturais, sobretudo as grandes obras de infraestrutura, que hoje estão cercadas pelo uso político da Operação Lava Jato. Porque há um impacto direto na indústria do petróleo, do gás, naval e da construção, que dá sinais de paralisação. E não podemos levar o país ao caos”, afirma.

Adilson reitera o impacto perverso das estratosféricas taxas de juros, que acentuam o processo de desindustrialização. “Se você tem taxa de 14,25%, é mais rentável comprar títulos do governo do que ficar fabricando equipamento. Tá entendendo? Ninguém vai querer investir, vai para o mercado financeiro. Aperta o calo da indústria e só os bancos ganham mais. Porque os bancos continuam batendo recorde de lucratividade? Esse spread bancário é absurdo”, critica. Spread é diferença entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao conceder um empréstimo.

Segundo o presidente da CTB, além de prejudicial ao desenvolvimento, a política monetária vigente não é sequer eficaz. “Porque a tese da equipe econômica é de que os juros altos são para controlar a inflação. Balela! Não vai enganar a torcida, porque está claro que o governo continua a aumentar os juros e a inflação continua a subir”.

É o que mostram dados reunidos pelo economista Márcio Pochmann. De acordo com ele, entre abril de 2013 e setembro de 2015, a taxa anual de juros subiu de 7,25% para 14,25%. Já a taxa de inflação acumulada em 12 meses passou de 6,6% em março de 2013 para 9,5% em setembro de 2015.

O também economista Lécio Morais reforça que “elevar a taxa de juros até agora não teve nenhum resultado. A inflação continua alta e até se elevando. Não há razão para que isso se mantenha”, opina.

Classificando uma eventual alta na Selic em janeiro como algo “muito ruim”, Morais acrescenta que isso só pioraria as expectativas em relação à crise, e, após um efeito em cadeia sobre a economia, “haveria grande probabilidade de as expectativas se transformarem em realidade”.

Além disso, uma alta na Selic tem ainda efeito imediato sobre a dívida pública, lembra Morais. Pochman, por exemplo, calcula que a cada 1% de ampliação na taxa de juros, o custo da dívida pública cresce em quase R$ 14 bilhões ao ano.

É diante desse cenário que Adilson defende que o movimento social precisa fazer pressão para o governo corrigir esta distorção. “O país tem maior taxa de juros do planeta. Há uma pressão sobre o governo para que ele fique numa posição de rendição aos apelos do mercado. Temos que combater isso”, declara Araújo.

“Ou muda a política ou teremos um entrave que conduzirá o país à recessão profunda, que pode ser um caminho sem volta e um prato cheio para essa direita que aposta na instabilidade e no fracasso do governo”, conclui o sindicalista.


Do Portal Vermelho

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Show NatuZem com o cantor Zenrique amanhã

Venda das mesas no Sindicato dos Bancários - (73) 3613-3232


Caixa fecha 2.416 postos de trabalho

A Caixa fechou 2.416 postos de trabalho em 12 meses, concluídos em setembro. O corte aumenta ainda mais a sobrecarga de trabalho e a espera nas agências, sobretudo com o aumento da carteira de correntistas em 5,3 milhões, totalizando 82,4 milhões de clientes, elevação de 6,8%.
 
O problema, no entanto, pode ser resolvido. Basta boa vontade da direção da empresa. Mais de 30 mil aprovados no concurso público aguardam a convocação, mas até agora nada. Inclusive, terminou ontem, quarta-feira (25/11), o prazo dado pelo Ministério Público do Trabalho para que o banco apresente o cronograma de contratações.
 
Condições para ampliar o quadro de empregados a instituição financeira tem. De janeiro a setembro de 2015, o lucro líquido bateu na casa dos R$ 6,5 bilhões, crescimento de 23,3% em 12 meses. Somente no terceiro trimestre, o ganho foi de R$ 3 bilhões. 

Fonte: O Bancário

Bancários do BNB da Bahia e Sergipe realizaram Dia Nacional de Luta

Para reivindicar a antecipação da parcela do PLR da Fenaban, os sindicatos dos bancários da Bahia e Sergipe promoveram ontem, quarta-feira (25), o Dia Nacional de Luta no BNB. Foram realizadas manifestações nas agências na base da Bahia, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itabuna, Irecê, Jacobina, Juazeiro, Sergipe e Barreiras.
Esta mobilização foi definida na reunião dos presidentes das entidades sindicais na semana passada, no auditório do Sindicato da Bahia, em Salvador. Os funcionários do BNB protestam contra o baixo valor pago a título de antecipação de PLR, que não atende ao acordo geral da Fenaban.
No último dia 13 de novembro, o BNB creditou apenas R$ 680,78, um valor extremamente baixo após divulgar um lucro líquido de R$ 158,4 milhões no primeiro semestre de 2015. Os dados divulgados dão conta de que o lucro líquido este ano foi menor que do ano passado. Em contrapartida, a instituição elevou consideravelmente a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), de R$ 204,1 milhões no ano passado para R$ 541,9 milhões em 2015. Ou seja, na realidade o lucro foi bem maior do que o publicado.
Salvador - Na capital baiana, os empregados do BNB realizaram, junto com o Sindicato da Bahia, manifestação na agência do Comércio.
BNB Protesto Comercio MP Diretores
Feira de Santana - O Sindicato paralisou por uma hora e retardou a abertura da agência.
Vitória da Conquista - Manifestações nas agências da região.
Irecê - Com o tema "BNB, respeite seus funcionários. Acordo é pra ser cumprido! Antecipação da PLR/FENABAN já!", o Sindicato de Irecê e Região promoveu pela manhã um ato de mobilização em frente à agência do Banco do Nordeste. A direção do Sindicato fez questão de esclarecer aos bancários qual é a situação das reivindicações no BNB e conclamou os empregados a permanecerem mobilizados para busca da solução de mais uma pendência da instituição.
Itabuna - O Sindicato realizou pela manhã uma manifestação em frente ao Banco do Nordeste, na Avenida Cinquentenário, Centro.
Jacobina - A entidade sindical promoveu uma manifestação defronte da agência do BNB.
Jequié - A agência do BNB teve o atendimento retardado.
  Juazeiro - Manifestações nas agências da região.
Aracaju - O Sindicato dos Bancários de Sergipe realizou ontem (24) uma manifestação na agência do BNB, localizada na rua Itabaianinha. Após o ato, o superintendente regional do banco, Saumínio Nascimento, recebeu a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira.
Em Barreiras, os bancários protestaram contra a falta de pagamento da PLR no BNB. 
PLR BNB Barreiras

Precarização segue a galope nos bancos

bancario caixa
A política de demissão e precarização do trabalho no setor bancário continua a todo vapor. De janeiro a outubro de 2015, os bancos que operam no Brasil fecharam 6.319 postos de trabalho, resultado da diferença entre os 33.822 desligamentos e as 27.503 admissões no período.
A Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), feita pelo Dieese, com base nos números do Ministério do Trabalho e Emprego, revela também que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.507,23, contra R$ 6.246,41 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 56,1% menor que a remuneração dos dispensados.
Além da diminuição do número de trabalhadores e dos salários, os dados revelam também a grande rotatividade no setor, o que gera insegurança e adoecimento no local de trabalho. “Sabendo que podem ser substituído a qualquer momento, muitos bancários acabam se submetendo à vontade dos bancos, exercendo longas jornadas e trabalhando em condições insalubres. Muitos adoecem e escondem o problema por medo de ser demitido”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) , Emanoel Souza.
A garantia de emprego e a melhoria nas condições de trabalho foram duas das principais pautas da campanha salarial da categoria. Durante todas as negociações, a representação dos bancários tentou fazer com que os bancos assumissem um compromisso de preservar os empregos, mas os bancos não aceitaram.
No final, após 18 dias de greve, os cinco maiores bancos se comprometeram apenas em assinar um termo de compromisso para a adoção de políticas contra o adoecimento no local do trabalho. O documento será assinado no dia 10 de dezembro, em São Paulo, e a Feebbase vai cobrar veementemente o seu cumprimento.   
Fonte: Feebbase 

Projeto quer acabar com uso de verba público para salvar bancos

Chegou ao Ministério da Fazenda o anteprojeto de lei que pretende acabar com a possibilidade do usar dinheiro público para salvar instituições financeiras à beira do colapso. Depois de passar por análises em secretarias do ministério, a proposta deve partir para a Casa Civil. A expectativa é de que isso ocorra na virada do ano. Em seguida, o texto irá para apreciação no Congresso.


Reprodução
  
Matéria de O Estado de São Paulo diz que o projeto transformará correntistas e investidores de grande porte em elemento fundamental para o equilíbrio do sistema financeiro, em casos de ameaça de quebra. Com isso, os serviços essenciais para o funcionamento da instituição continuam a operar sem necessidade de salvar bancos ou banqueiros.

A intenção, de acordo com o jornal, é que haja um arcabouço legal para evitar o uso de dinheiro público nesses casos, como ocorreu nos anos 90, com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro (Proer).

Criado por Fernando Henrique Cardoso em 1995, o Proer, destinou, em títulos de longo prazo, cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, aproximadamente 2,5% do PIB, segundo informações do próprio ex-presidente. Apesar disso, grandes bancos socorridos pela iniciativa decretaram falência, como o Nacional, o Econômico, o Banorte, o Mercantil de Pernambuco e o Bamerindus.

Ironicamente chamado de “cesta básica para os banqueiros”, o Proer foi um dos programas mais polêmicos e um dos principais alvos de crítica do governo Fernando Henrique. Posteriormente, foi criada inclusive a CPI do Proer na Câmara dos Deputados, a fim de investigar as relações do Banco Central com o Sistema Financeiro Nacional.

Pelo anteprojeto de lei que está na Fazenda, um investidor que tenha títulos com cláusula de conversão torna-se compulsoriamente acionista da instituição que entrar em liquidação e seus recursos passam a ser usados para trazer o banco de volta à solvência, o que não é possível hoje. Essa cláusula estará expressa em contrato. Se o processo evoluir satisfatoriamente e o banco voltar à operação normal, o investidor pode negociar livremente as ações que recebeu.

Basicamente, o anteprojeto descreve a atuação que devem apresentar as próprias instituições financeiras para saírem de circulação sem causarem um efeito dominó negativo e abalar o Sistema Financeiro Nacional (SFN). O projeto é um alinhamento das leis locais ao que se passa no resto do mundo. Signatário do G-20, o país se comprometeu a aperfeiçoar seu arcabouço legal até janeiro de 2019.


 Do Portal Vermelho, com O Estado de S.Paulo

Estudantes paulistas: Somos a geração da esperança

Texto escrito por estudantes de São Paulo que participaram de um oficina promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé. O objetivo foi apontar os motivos das ocupações das escolas estaduais e denunciar a omissão e manipulação da informação feita pela grande mídia. "Essa omissão nos leva a crer que a mídia está querendo favorecer um lado - que não é o nosso". Segue abaixo:


Nas ocupações estão ocorrendo oficinas sobre diversos temas.Nas ocupações estão ocorrendo oficinas sobre diversos temas.
Somos a geração da esperança
Decidimos escrever esse texto para esclarecer alguns pontos sobre as ocupações das escolas públicas que não são mostrados pela mídia.

Somos estudantes e estamos ocupados nas nossas escolas. Nossa bandeira é a clara: a qualidade da educação pública.

Não estamos ocupando as escolas por não ter o que fazer, por sermos desocupados, como já chegamos a ler em revistas. Alguns de nós já trabalham como jovem aprendiz, entregando pizza aos finais de semana ou no comércio de nossas comunidades.

Temos irmãs, irmãos, primos e até os nossos pais que estão sendo afetados pelo fechamento das escolas. Sem falar dos nossos professores, que muitas vezes passam mais tempo com a gente do que a nossa própria família.

Sim, ocupar é o verbo mais adequado para usar nas matérias e é muito diferente de invadir. Ultimamente lemos nos jornais que são sinônimos, mas sabemos muito bem que não têm o mesmo significado. É uma ocupação porque estamos nos apoderando do que é nosso, um patrimônio público que devia ser lugar do saber.

Outra coisa que não é mostrado são os porquês de seremos contra o fechamento das escolas. Essa omissão nos leva a crer que a mídia está querendo favorecer um lado - que não é o nosso.

Somos contra o fechamento das escolas porque vai gerar ainda mais salas superlotadas.

Também somos contrários ao ensino desestimulador que nos é dado. Nosso ensino vai de mal a pior e por isso, a nossa ocupação também pede uma educação de qualidade. Muitos de nós só aprenderam a fazer uma conta de dividir no segundo ano do ensino médio. E o mais absurdo é que muitos estudantes descobrem fora da escola o quanto é bom estudar.

Queremos uma escola que nos ensine para os desafios que vamos encontrar na vida e não para o mercado ou para fazer um vestibular.

Para nós, a grade escolar poderia estimular as coisas boas que existem nos estudantes. Com as ocupações nós descobrimos o potencial de nossas colegas que estão dando aulas de artes, esportes, origami, kung fu. Por que a escola não descobriu isso antes?

Na nossa ocupação a bandeira contra a precarização da escola também está presente. O ambiente escolar não poder ser sujo, quebrado, cheio de grades.
Senhor Governador, você já utilizou algum banheiro de escola pública? Com certeza não, senão já teria feito algo para melhorar a estrutura escolar, não é?

Mas essas reivindicações não constam nas matérias que tentam retratar as ocupações. Muito menos a repressão que estamos enfrentando, que não é só da Polícia Militar com seu spray de pimenta, mas de pessoas que não esperávamos.
Em muitas escolas, as diretoras e vice- diretoras estão agindo com violência e ódio, chegando a jogar carros em cima dos estudantes, ligar para os pais para dizer a orientação sexual de estudantes e assim incentivar a intolerância nas famílias. Isso a mídia não mostra. Por quê?

De acordo com as matérias, quem está protagonizando as ocupações são os partidos políticos, o MTST, a Apeoesp, as entidades estudantis gerais. Não é verdade.

O nosso movimento é de dentro para fora e isso não quer dizer que não queremos o apoio dessas entidades, pelo contrário, queremos o apoio delas e de toda a sociedade porque a nossa causa é justa e sabemos que não é só nossa.

Temos consciência de que não podemos voltar atrás. Se uma, apenas uma escola desistir ou o Governador Geraldo Alckmin conseguir a reintegração de posse o impacto será em todas as outras, por isso, mesmo estando separados dentro de cada escola, a nossa luta é uma só: a educação pública.

Não vamos desistir, não vamos desocupar até que seja revogada a decisão de fechar as escolas. Não somos melhores que ninguém, mas somos a geração da esperança, que sonha, se organiza e luta por uma educação de qualidade e pública para todos.

Por:
Alicia Esteves, 16 anos
Antônio de Assis Soares, 15 anos
Clara Esteves, 16 anos
Érica dos Santos Teixeira, 16 anos
Evelyn Ferreira Lima, 16 anos
Gabriela Callis, 17 anos
Guilherme França, 19 anos
Júlia Gabriela Costa e silva, 16 anos
Leonardo Botellho Pires, 17 anos
Luana Dias Farias, 18 anos
Mickaely P. Goes, 16 anos
Ricardo Almeida dos Santos, 15 anos
Stanley Sousa, 16 anos
Thais Milena, 16 anos
 

Do Portal Vermelho

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Em evento com barões da mídia, Moro critica direito de resposta

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, garantiu aplausos efusivos de uma plateia cativa de executivos das maiores editoras de revistas impressas no Brasil, ao criticar a nova lei de direito de resposta.


Divulgação
Moro elogiou as “manifestações que levaram milhões às ruas” em defesa do golpismo e questionou que a indignação “não foi o suficiente?”Moro elogiou as “manifestações que levaram milhões às ruas” em defesa do golpismo e questionou que a indignação “não foi o suficiente?”
Moro foi um dos palestrantes do Fórum Aner de Revistas, promovido pela Associação Nacional de Editores de Revistas na segunda-feira (23). Segundo reportagem do jornalista Lino Bocchini, daCartaCapital, Moro disse que a lei de direito de resposta é “muito vaga” e pode ser usada como “instrumento de censura”.

Na palestra Moro defendeu a divulgação de todas as informações referentes a grandes processos como a Lava Jato. De fato, a divulgação dos processos segue uma determinação da lei respeitando o princípio da publicidade. No entanto, a defesa de Moro não veio acompanhada de ressalva sobre a manipulação das informações contidas nos processos, como verificado na maioria das vezes.

A explicação veio na declaração seguinte de Moro, que destacou que a “ação penal 470” foi um “exemplo” de como a cobertura da imprensa tem ajudado, segundo ele, para “o avanço das investigações”.

Ele justifica dizendo que “nos processos envolvendo figuras poderosas, o juiz precisa de apoio da opinião pública”, o que é salutar, se não tivéssemos uma opinião pública contaminada e que representa seus próprios interesses e de seus financiadores.

Sobre as críticas de vazamento seletivo das informações da Lava Jato e a interferência no processo eleitoral, Moro disse que “no período eleitoral mais se justifica a divulgação de determinadas informações”. Pelo que se vê, Moro concorda, por exemplo, com a publicação criminosa feita pela revista Veja, às vésperas do segundo turno, em que a publicação utilizou ilações, factoides e mentiras contra Dilma e Lula, que depois foi alvo da Justiça, sendo obrigada a publicar o direito de resposta em seu site.

Contudo, Moro afirma que os problemas são outros. Segundo ele, temos uma “corrupção sistêmica, profunda e penetrante” no Brasil e “o nível de degradação da coisa pública é impressionante”.

Não se fez de rogado ao elogiar as manifestações realizadas no início de 2015, que defendia o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Moro disse ainda que não houve respostas do “governo” nem do “Congresso” quanto às reivindicações contra a corrupção. “Pela quarta vez em menos de uma hora Sergio Moro elogia as manifestações ‘contra a corrupção’ e lamenta que elas ‘não foram suficientes’”, relatou o jornalista por meio do Twitter.

Como era de se esperar, Moro foi calorosamente aplaudido e de pé pelos executivos. Em seguida foi entrevistado, ainda no palco, por Frederic Kachar, diretor-geral do Infoglobo e da editora Globo, que defendeu a “via de mão dupla”: “a Justiça ajuda jornalistas com informações e os jornalistas ajudam a Justiça com suas publicações”.
 

Do Portal Vermelho, com informações da CartaCapital

Capitalismo nunca criou tantos miseráveis

A crise econômica é vivida pelo Brasil há mais 30 anos, desde que abandonamos o projeto de industrialização e desenvolvimento, ainda nos anos 80. A predominância do capital financeiro sobre o trabalho e o capital produtivo, aliada a internacionalização e desregulação solapou o Estado nacional que não mais dispõe de mecanismos que possibilitem uma gestão econômica voltada para o crescimento, desenvolvimento e o pleno emprego.


  
Na esteira desta configuração veio também a privatização da Vale, que hoje é uma das donas da Samarco, e, com a lógica do lucro máximo a qualquer custo, o “descontrole sobre os investimentos estrangeiros na mineração” e a precarização dos serviços ambientais públicos, temos o conjunto de fatores confluentes para a tragédia das barragens.

Esta é a avaliação do entrevistado Wilson Cano, professor do Instituto de Economia da Unicamp, que vê as iniciativas do BRICS e Mercosul como positivas, mas insuficientes frente ao atual quadro, alertando ainda que “Ou nos rebelamos contra esse estado insano de coisas, ou acabaremos pior do que estamos hoje”.

Carta Maior: Encerraremos 2015 com um encolhimento que deve ultrapassar 2% do PIB. Como chegamos neste quadro? Quais são suas principais causas?

Wilson Cano: Estamos numa crise que já conta 35 anos de idade! Não caímos apenas na passagem 14-15. Passamos pela década de 80, da crise da dívida, em que o Estado nacional foi fragilizado fortemente. Depois, na de 90, com a instauração do neoliberalismo, abriu as comportas da fragilizada economia nacional, com a liberalização comercial e financeira, a privatização e perda de vários direitos trabalhistas. Esta última, valorizou fortemente o câmbio, jogando a pá de cal sobre a indústria nacional. O pior é que não foram apenas os governos “liberais” que fizeram isso: depois de Sarney (final de seu governo), Collor, Itamar e FHC, o PT deram continuidade à política macroeconômica neoliberal, a despeito de suas progressistas políticas sociais e de uma nova postura na política externa.

O quanto o cenário internacional afeta o mercado interno brasileiro? Quanto podemos atribuir a erros de gestão governamental?

Com a queda de exportações, é claro que os setores exportadores perdem, desempregam e reduzem, portanto, a renda por eles gerada. Além do mais, tanto Lula como Dilma praticaram elevadas taxas de juros, aumentando sobremodo a dívida interna e o montante de juros pagos no orçamento federal. Hoje, eles fazem algo como 8% do PIB e cerca de 95% do deficit fiscal!

Poderia nos explicar as razões e a forma com que a crise de 2008 saiu dos países desenvolvidos e agora atinge as economias emergentes?


A predominância do capital financeiro nas relações econômicas internacionais, a política neoliberal e a globalização ampliaram sobremodo a internacionalização das grandes empresas e bancos transacionais -, sobretudo os norte-americanos-. Com a adoção das políticas neoliberais, a maioria dos países foi fortemente afetada por aquela internacionalização, que contaminou sua finança privada e pública, deteriorando suas economias.

De que maneira se estabeleceu a hegemonia dos ditames ortodoxos no campo da política econômica? Por que há tanta dificuldade em produzir novos consensos?

Para acabar de vez com o Padrão Ouro-Libra, fez-se a 1ª Guerra Mundial, para reorganizar as economias destroçadas pela grande depressão dos 30, fez-se a 2ª. guerra. Os EUA consolidaram sua hegemonia com a crise dos 70, liquidando com grande parte do socialismo e restaurando sua hegemonia do capitalismo. Como vê, não é a falta de “pactos” ou de “consensos” (aliás vivemos hoje o de Washington) que “não se arruma a casa” . Não se arruma, porque o capitalismo, com sua predominância financeira, nunca foi tão voraz e irracional, nunca criou tantos miseráveis como hoje, e nunca alimentou e realimentou tantas guerras como nos últimos 30 anos! Soltaram a fera, com a desregulamentação, agora, que se cuidem todos…

Recentemente assistimos o que pode ser o maior desastre ambiental de nossa história, falo do rompimento de duas barragens de rejeitos geridas pela Samarco, em Minas Gerais. Nosso modelo econômico teve parte nisso? Por que?

Sim, tem muito a ver com isso: privatização da VALE; descontrole sobre os investimentos estrangeiros na mineração; fragilização do Estado nacional e de seu corpo técnico de funcionários; o imbróglio das “coalizões” políticas, nas quais não se sabe de quem é a responsabilidade e a autoridade efetiva; a impunidade nos desmandos da coisa pública; a conflituosidade que atingiu o Judiciário; enfim são sequelas do desgoverno no neoliberalismo.

Que razões levaram o governo a adotar a agenda do ajuste fiscal que criticara nas eleições? Que se pode esperar caso aprofundemos a agenda da austeridade?


As razões da ingovernabilidade causada por um orçamento em que os juros da dívida perfazem a metade do orçamento federal e 95% do deficit. Não há ajuste possível, a não ser que se elimine o Bolsa Família, se feche o sistema educacional público e o de saúde pública, preservando, é claro as verbas necessárias à colossal ampliação do sistema presidiário, que deverá crescer sobremodo. Não se corta o gasto público em crises, já nos ensinaram os grandes mestres da economia..

Quais são os caminhos para que retomemos o crescimento? Que medidas imediatas você sugeriria?

Não se pode aplicar nenhuma política macroeconômica de crescimento, quando se está atado a Acordos Internacionais que nos imobilizam: pouco ou nada podemos fazer com nossa indústria, para protegê-la das importações, pois estamos atados à OMC; nossos Bancos Públicos tiveram seus graus de liberdade de ação pública restringidos pelo Acordo de Basiléia. Ou nos rebelamos contra esse estado insano de coisas, ou acabaremos pior do que estamos hoje. Nosso agrupamento ao BRICS e ao MERCOSUL são duas coisas boas e importantes, mas insuficientes para corrigir a rota perdida.

Fonte: Carta Maior via Vermelho

Avós da Praça de Maio rechaçam editorial do La Nación

A associação das Avós da Praça de Maio rechaçou, nesta segunda-feira (22), o editorial publicado pelo jornal argentino La Nación, intitulado “Não mais vingança”, que pede a revisão das sentenças aos generais e torturadores da ditadura militar. 


Reprodução
Referência na luta pela verdade, memória e justiça na Argentina, Estela rechaçou o editorial do jornal <i>La Nación</i>Referência na luta pela verdade, memória e justiça na Argentina, Estela rechaçou o editorial do jornalLa Nación
“Quem comete um delito tem que pagar e tem que pagar de acordo com a lei. Se a pena é prisão perpétua, não importa a idade”, afirmou a presidenta das Avós, Estela Carlotto. Isso porque uma das afirmações do editorial é que os ditadores condenados “não tem mais idade” para estar presos.

Agregou que os condenados por crimes de lesa humanidade cometidos durante a ditadura “são pessoas muito perigosas, que o La Nación não fala, são pessoas maiores que não se arrependem, não confessam, e ainda prometem voltar a fazê-lo caso seja necessário”.

Legalidade
Estela fez referência também aos fragmentos do texto que pedem a revisão dos casos de Pedro Hooft, Néstor Montesanti e o juiz Ricardo Lona, acusados pela justiça argentina de estar vinculados à ditadura.
“Foram cúmplices e acompanharam as barbaridades. Tudo o que foi levado à justiça foi julgado e condenado, haviam provas e evidências, nada foi improvisado. Foi a própria justiça, com base na Constituição, que julgou os que transgrediram os preceitos”, defendeu Estela.

Para ela, o editorial pretende “retroceder a um passado nefasto”, além de “desvirtuar um governo como o de Néstor e o de Cristina”, e tenta condicionar o novo presidente para “começar a pensar em abrir os cárceres dos genocidas”.
 

Do Portal Vermelho, com Telesur

Situação das mulheres presas no Brasil pode ser mais grave

Recentemente, o Departamento Penitenciário Nacional/Ministério da Justiça, divulgou um relatório sobre a situação das mulheres que estão privadas de liberdade, no Brasil. O documento foi elaborado com base no Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), de junho de 2014.


No relatório, consta que, em 2014, o Brasil aparecia como o quinto país com maior população penitenciária feminina do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (205.400 detentas); da China (103.766 detentas); da Rússia (53.304 detentas) e da Tailândia (44.751 detentas).

Além disso, os dados apontam que o Brasil tem uma população penitenciária de 579.781 pessoas, sendo 542.401 homens e 37.380 mulheres. Nos últimos 15 anos, entre 2000 e 2014, a população penitenciária feminina aumentou de 5.601 para 37.380, ou seja, um crescimento de 567% de mulheres presas. Uma taxa superior ao crescimento da população encarcerada em geral, que aumentou 119% no mesmo período.



Outro dado importante do relatório é o motivo das detenções das mulheres, 68% delas foram presas por causa de crimes relacionados ao tráfico de drogas. Raquel da Cruz Lima, coordenadora de pesquisa do Programa Justiça sem Muros, do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), acredita que esta é justamente a principal explicação para o crescimento do número da população carcerária feminina. "As mulheres são as que estão em posições mais baixas, são menos remuneradas, elas são recrutadas para atividades mais expostas, pois são substituídas facilmente”, explica em entrevista à Raquel, sobre a posição da mulher nos crimes relacionados às drogas.



A pesquisa também mostra que, em relação à estrutura, nos estabelecimentos femininos, apenas 34% dispõem de cela ou dormitório adequados para gestantes. Quando se trata de estabelecimentos mistos, a taxa cai, somente 6% das unidades contam com estrutura adequada para gestantes. Quanto à quantidade de berçários ou centros de referência materno-infantil, 32% das unidades femininas contam com esses espaços e 5% têm creches. Já nas unidades mistas, nenhuma conta com creches e apenas 3% têm berçários ou centros de referência. "As prisões contam com uma estrutura muito precária, em relação à maternidade e às necessidades biológicas do corpo feminino, é um absurdo”, afirma Raquel.

A coordenadora de pesquisa do Programa Justiça sem Muros do ITTC ainda ressalta que se surpreendeu com alguns dados que estão faltando no relatório, como o número de gestantes presas, pois, segundo ela, este dado já foi produzido. "É difícil entender porque alguns dados não estão no relatório. Na minha visão, acredito que foi um relatório feito às pressas, para dar uma satisfação, pois a sociedade civil fez críticas ao levantamento que foi feito. Alguns números estão diferentes, não se sabe como são produzidos esses dados no Brasil”, afirma Raquel, se referindo ao Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), elaborado em junho de 2014.

Veja o levantamento completo.


Fonte: Adital via Vermelho

Para burlar direito de resposta, G1 diz que errou ao mentir sobre Lula

Portal Vermelho desmascarou nesta terça-feira (24) a mentira publicada em matéria doG1, da Globo, que dizia que o procurador da Lava Jato teria dito em coletiva de imprensa que há comprovação do envolvimento de Lula.

Por Dayane Santos


Reprodução
  
A farsa manipulada pelo site foi publicada às 12h04 e o Vermelho apontou a mentira em matéria publicada às 13h20. Diante do fato, o G1 resolveu burlar a nova lei de direito de resposta e dizer que se tratou apenas de um erro.

Segundo o G1, “ao transcrever a frase de um procurador sobre o ex-presidente Lula”, aconteceu um “erro”. No entanto, a dita frase não foi na declaração entre aspas do procurador, mas na análise feita pelo veículo sobre as declarações do procurador.

G1 disse: “Saiu errado: "Diante da proximidade entre Bumlai e Lula, o procurador afirmou que há comprovação de envolvimento do ex-presidente petista no esquema de corrupção". O correto é: "Diante da proximidade entre Bumlai e Lula, o procurador afirmou que não há comprovação de envolvimento do ex-presidente petista no esquema de corrupção".

O site da Globo confessa que o crime, que ela chama de “erro”, ocorreu em duas reportagens publicadas nesta terça-feira (24). Na reportagem “Empréstimos de Bumlai foram pagos com contratos da Petrobras, diz MPF”, das 10h23, foi corrigida às 16h56. A reportagem "Preso na 21ª fase Operação da Lava Jato, Bumlai chega à Polícia Federal", das 12h04, foi corrigida somente às 17h18, ou seja, depois de quatro horas.
 

Do Portal Vermelho

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Respeito aos direitos indígenas. PEC 215 Não!

Reprodução
  

Proteger a vida das nações indígenas e seus territórios é combater o retrocesso que representa a Proposta de Emenda à Constituição 215.


“Enquanto tiver um índio sendo massacrado, seu direito desrespeitado, nós devemos manifestar nossa indignação e cobrar das autoridades que adotem as medidas previstas na lei", defende Daniel Almeida (PCdoB-BA).


Indígenas


Rádio Agência PCdoB na Câmara via Vermelho

Estudo do Ipea alerta para riscos na segurança pública

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na segunda-feira (23) um estudo que propõe ações de prevenção social e de segurança pública para o país. O trabalho avalia as perspectivas para o Brasil até 2023, e mesmo nos cenários mais positivos, a publicação mostra que certas tendências dificilmente poderão ser revertidas. 


O trabalho aponta como um dos desafios a serem enfrentados para garantir a segurança pública a desigualdade social elevadaO trabalho aponta como um dos desafios a serem enfrentados para garantir a segurança pública a desigualdade social elevada
O trabalho aponta como desafios a serem enfrentados para garantir a segurança pública a desigualdade social elevada, o fácil acesso às armas de fogo, o crescimento da criminalidade no interior do país, o alto número de mortes pela polícia, o endurecimento penal, os problemas de governança na segurança pública e a alta sensação de insegurança.

“Mudar essas tendências depende de uma atuação coordenada de todos os principais atores, que precisa ser construída e liderada pelo Ministério da Justiça”, afirmou Rogério Carneiro, diretor de Pesquisa, Análise de Informação e Ensino da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

O objetivo do estudo “Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo” é contribuir com o planejamento do governo federal para a área de segurança pública.

Prevenção social

Um dos autores da publicação, o coordenador de Estudos e Políticas de Estado e Instituições do Ipea, Helder Ferreira, disse que é importante avançar no planejamento e discutir com a sociedade um plano nacional de segurança pública que contemple não só homicídios, mas outros temas ligados à segurança.

“Na prevenção social, é preciso trabalhar com jovens em situação de vulnerabilidade social e com os egressos do sistema prisional, incluindo os que cumpriram medidas socioeducativas, tentando tirá-los da trajetória de crime”, disse o coordenador do Ipea.

O diretor de Pesquisa e Análise de Informação do Ministério da Justiça, Rogério Carneiro, disse que é preciso avaliar as ações por sua efetividade no curto, médio e longo prazos e dividir em prevenção social as mais qualificadas.

“Por isso, o Ministério da Justiça está buscando parcerias com outros ministérios da área social, a fim de definir as ações de prevenção. Elas têm resultados a médio e longo prazos, são mais eficientes, duradouras e mais estruturantes. Como o trabalho coloca, talvez não se consiga atingir todas até 2023, como, por exemplo, acabar com a desigualdade social”, ressaltou.

Tendências e cenários 

O estudo reforça a urgência de se avançar na política de segurança pública. “Isso, tendo em vista os riscos da situação se agravar, seja para um estado de violência endêmica, seja para um estado policial”, afirma Rogério Carneiro.

Segundo ele, a análise das tendências levou a quatro cenários fictícios: de prevenção social, de violência endêmica, de repressão autoritária e de repressão qualificada.

O estudo mostra que certas decisões podem contribuir para um futuro indesejável. “A opção por uma política mais repressiva, punitiva e encarceradora pode reduzir a nossa liberdade e aumentar a exclusão, sem reduzir as taxas de criminalidade. A repressão direcionada para as camadas populacionais mais vulneráveis socioeconomicamente cria um sentimento generalizado de injustiça, que acaba por esgarçar os vínculos sociais e apartar a polícia das comunidades.”

Segundo a publicação, a melhoria da governança passa pela política de segurança pública, que precisa coordenar e integrar melhor as medidas de prevenção e repressão. Também passa pelo estabelecimento de pactos entre os órgãos dos três poderes na coordenação de ações – hoje realizadas isoladamente no sistema de justiça criminal – e pela estruturação dos órgãos de segurança pública e envolvimento da sociedade.

O livro está disponível apenas em formato digital no site do Ipea.  
 

De Brasília, com informações da EBC 
Fonte: Vermelho