quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Precarização segue a galope nos bancos

bancario caixa
A política de demissão e precarização do trabalho no setor bancário continua a todo vapor. De janeiro a outubro de 2015, os bancos que operam no Brasil fecharam 6.319 postos de trabalho, resultado da diferença entre os 33.822 desligamentos e as 27.503 admissões no período.
A Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), feita pelo Dieese, com base nos números do Ministério do Trabalho e Emprego, revela também que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.507,23, contra R$ 6.246,41 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 56,1% menor que a remuneração dos dispensados.
Além da diminuição do número de trabalhadores e dos salários, os dados revelam também a grande rotatividade no setor, o que gera insegurança e adoecimento no local de trabalho. “Sabendo que podem ser substituído a qualquer momento, muitos bancários acabam se submetendo à vontade dos bancos, exercendo longas jornadas e trabalhando em condições insalubres. Muitos adoecem e escondem o problema por medo de ser demitido”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) , Emanoel Souza.
A garantia de emprego e a melhoria nas condições de trabalho foram duas das principais pautas da campanha salarial da categoria. Durante todas as negociações, a representação dos bancários tentou fazer com que os bancos assumissem um compromisso de preservar os empregos, mas os bancos não aceitaram.
No final, após 18 dias de greve, os cinco maiores bancos se comprometeram apenas em assinar um termo de compromisso para a adoção de políticas contra o adoecimento no local do trabalho. O documento será assinado no dia 10 de dezembro, em São Paulo, e a Feebbase vai cobrar veementemente o seu cumprimento.   
Fonte: Feebbase 

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