sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Fiesp: Dilma acerta ao reduzir taxa; economia será de R$ 31,5 bi


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) informaram que a economia média anual no país passará de R$ 24 bilhões para R$ 31,5 bilhões com o desconto maior na conta de luz.


Em um prazo de 30 anos, as entidades projetam que a economia passará de R$ 720 bilhões para R$ 945 bilhões.


Em nota, as entidades consideraram que a redução das tarifas de energia é um passo importante para o Brasil recuperar a competitividade. Em pronunciamento oficial nesta quinta-feira (23), a presidenta Dilma Rousseff anunciou novos índices de redução para a conta de luz - 18% para os consumidores residenciais e de até 32% para indústria, comércio, agricultura e serviços - e garantiu que eles serão implantados.

O presidente das duas entidades, Paulo Skaf, elogiou as taxas e disse que a sociedade toda ganhará, pois os custos de produção serão reduzidos também. “A medida beneficia todos os setores da sociedade, e atinge diretamente o bolso de cada brasileiro.” 

“Dilma tem mostrado sensibilidade, e suas ações concretas apontam a preocupação do governo com a competitividade do país. Todo mundo usa energia, todos os produtos precisam de energia para serem produzidos, todos os serviços consomem energia. Ao reduzir a conta de luz, o benefício é de todos,” ressaltou Skaf, na nota.

Pronunciamento
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (23), em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, que o Brasil tem energia suficiente para o presente e para o futuro, "sem nenhum risco de racionamento ou qualquer tipo de estrangulamento, no curto, médio ou no longo prazo". Dilma anunciou que, a partir de quinta-feira (24), a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços.



Fonte: Agência Brasil via Vermelho

O PC do B, nosso Partido nunca perdeu de vista a luta das mulheres


“Sempre foi um compromisso do PCdoB fomentar a capacitação das nossas camaradas. Pois a conquista de mais espaços, passa fundamentalmente pela formação e preparo para o embate político”, resumiu Liège Rocha, secretária nacional do PCdoB, ao falar sobre a participação do maior número de mulheres no Curso Nacional Nível III, em entrevista à Rádio Vermelho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo


Com alegria, a dirigente agradeceu a homenagem realizada pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e pelo secretário de Formação e Propaganda, Adalberto Monteiro. Os dirigentes parabenizaram a Secretaria de Mulheres do PCdoB pela iniciativa de ofertar bolsas para a participação feminina no Curso, ação que garantiu, pela primeira vez na história do curso, a maioria feminina.

“Estamos cumprindo com o nosso dever. Mas, é bom frisar que essa já tem sido uma prática adotada pela Escola Nacional de Formação que sinaliza aos estados que seja garantindo que pelo menos 30% dos participantes seja de mulheres. Além disso, a Escola tem jogado um papel muito forte de como inserir nos assuntos ministrados no curso questões para embasar a luta emancipacionista das mulheres”, pontuou a dirigente.
Segundo ela, o fomento à formação de mulheres está vinculado a uma conquista das mulheres em 2009, com a minirreforma, que prevê destinação de 5% do fundo partidário para a formação e capacitação das mulheres. “Insistimos, não só no Partido, mas em todas as manifestações sociais, que a sub-representação das mulheres no espaço de poder e de decisão é uma questão a ser combatida. O que pra não é uma fator fundamental para fortalecer a democracia”.

Encontro de prefeitos e prefeitas eleitos

Na oportunidade, Liège Rocha falou sobre 1º Encontro Nacional de Prefeitos e Vice-Prefeitos que será realizado pelo PCdoB nos dias 26 e 27 de janeiro. Ela também falou das vitórias conquistas pelo Partido e lembrou que em 2012 o Partido elegeu em todo o Brasil 56 prefeitos e 85 vice-prefeitos. Nos 85 municípios com mais de 200 mil eleitores e que tem dois turnos, o Partido foi o que, proporcionalmente, mais cresceu, triplicando sua votação e alcançando a 6ª colocação entre os mais votados.

Segundo ela, dos cerca de mil vereadores eleitos pelo Partido, 133 foram mulheres e destacou que as companheiras estão preparadas para o embate ideológico. 

E completa: “A oportunidade de ocupar cargos, seja como prefeitos e prefeitas, seja como vice, não pode prescindir de apresentar à sociedade a cara do nosso Partido. Essa é uma oportunidade única de apresentarmos e implementarmos políticas públicas baseadas em um projeto nacional de desenvolvimento, especialmente no que se refere às políticas públicas para as mulheres”, finalizou a dirigente.

Ouça a íntegra da entrevista:

Programa Partido Vivo

Integração da cultura à educação será um salto para governo Dilma


“O projeto de desenvolvimento nacional que estamos vivendo hoje só vai sair desse patamar – o de distribuir renda através de programas sociais (como Bolsa Família, Brasil Carinhoso, Pronatec) aos mais pobres, ou seja, para crianças e jovens – se garantirmos o acesso à cultura e à educação”, defendeu, nesta quarta-feira (23), Juana Nunes, diretora da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (SPC/MinC), durante a 8ª Bienal da UNE, que se realiza até 26 de janeiro em Olinda (PE).


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Maracatu Estrela de Ouro, de Nazaré da Mata (PE), percorreu a Praça do Carmo, em Olinda, na tarde desta quinta-feira (24), durante a 8ª Bienal da UNE. Foto: Fábio Bardella
























Para Nunes, “a escola pública é o equipamento de acesso à cultura por excelência. Com a integração da cultura, a escola vai abrir seu repertório de ensino. Sem isso, a pessoa pode passar a vida inteira com um repertório cultural fechado”. A preocupação do MinC com o acesso à cultura não é uma questão coorporativa. 

Números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2010, indicam que 44,7% da população brasileira, praticamente a metade, não tem nenhum acesso a equipamentos de cultura. Em somente 905 cidades, das 5.561 existentes, há museus e/ou salas de espetáculo, representando apenas 16,3% dos municípios do país. 

A carência de bibliotecas é dramática: uma para cada 26,7 mil brasileiros. E o acesso a espetáculos? Apenas para termos uma ideia de como isso praticamente não existe para grande parte da população, 70% dos brasileiros nunca assistiram a uma apresentação de dança (Dados da Unesco).

Programa Escola Viva

Com o objetivo de enfrentar este abismo que separa os brasileiros da produção cultural, o MinC lançou o projeto Escola Viva. O objetivo é integrar os pontos de cultura às escolas, transformando-as nos equipamentos culturais tão necessários aos brasileiros. 

A ideia é que a escola inclua em seu projeto pedagógico o desenvolvimento cultural da comunidade. Para tanto, o Ministério da Educação, através de seu Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE), pagará um artista educador por no mínimo seis meses para contribuir com a qualidade da educação na escola. 

Além disso, as escolas participantes poderão receber até 20 mil reais por ano para contratar artistas educadores, alugar ônibus para excursões culturais, entre outras iniciativas. Também serão ofercidos cursos técnicos profissionalizantes de produtor cultural, cenografia, iluminação, sonoplastia, entre outros. “As inscrições para concorrer ao edital devem iniciar logo após o Carnaval”, informou Nunes. 

Cultura e ecomonia

A formação técnica para a Cultura é importante não apenas para educação, mas também para a economia da Cultura no Brasil. “Eu conversava com a Carla Camurati, presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e ela me dizia que daqui a seis anos não haverá mais técnico para trabalhar no Municipal. As pessoas irão se aposentar e não quem os substitua”, contou Nunes.

Para Javier Alfaya, do coletivo nacional de Cultura do PCdoB, “a cultura é um fator muito importante da economia nacional. A indústria cultural emprega milhares de pessoas. Veja o Carnaval, por exemplo. Tem a ver com a sobrevivência da gente. É uma coisa séria do ponto de vista econômico. Por isso defendemos um Sistema Nacional de Cultura, assim como há o de Saúde, entre outros”.

Além de Nunes e Alfaya, Severino Pessoa, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), também participou do debate “Políticas públicas para a cultura” da 8ª Bienal da UNE. Ele destacou que “Pernambuco é o estado que mais cresce no Brasil e que a política de Cultura para o estado segue esta tendência casando o apoio à cultura popular com os grandes nomes nacionais e internacionais do mundo das artes”. 

Veja um pouco da Banda de Pífanos Zé do Estado, de Caruaru (PE), que brilhou no Espaço Forrobodó na tarde desta quinta-feira (24) durante a 8a Bienal da UNE:



Por Carla Santos,
De Olinda (PE)

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Ministério do Meio Ambiente vai mapear florestas brasileiras


Equipes de técnicos e especialistas começam a ser deslocadas este ano para a Amazônia, onde terão que mapear as florestas da região em detalhes. Atualmente, apesar de o Brasil ser coberto por 60% de florestas nativas, os dados sobre estas áreas limitam-se a imagens da cobertura vegetal, por satélites, por exemplo.


O objetivo do governo é detalhar aspectos como a qualidade dos solos, as espécies existentes em cada área e o potencial de captura e emissão de gás carbônico pelas florestas.

Os investimentos para o levantamento somam, pelo menos, R$ 65 milhões. Os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram contratados hoje (24) pelo Ministério do Meio Ambiente. A proposta é que as equipes coletem em campo as informações sobre as áreas e analisem todo o material que vai compor o Inventário Florestal Nacional (IFN), que começou a ser construído em 2010.

“Em debates internacionais sobre mudanças de clima, por exemplo, saberemos que florestas são estas que temos, qual a qualidade de nossas florestas, teremos descoberta de espécies, conhecimento sobre espécies em extinção, além das informações sobre a distribuição desses territórios e do potencial de uso econômico das florestas”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O inventário também reunirá informações sobre florestas situadas em outros biomas, como o Cerrado e a Caatinga. Desde que o projeto foi aprovado, o governo mapeou florestas em Santa Catarina e no Distrito Federal, em uma fase experimental. Para o levantamento no Cerrado, o Banco Interamericano de Desenvolvimento disponibilizou US$ 10 milhões e, em Santa Catarina, os técnicos descobriram florestas que estão sendo regeneradas naturalmente, sem que os especialistas soubessem que o processo estava ocorrendo.

Ao todo serão mapeados quase 22 mil pontos em todo o território nacional. Em toda Amazônia, haverá em torno de 7 mil pontos. Apenas no Arco do Desmatamento, formado por Rondônia, centro e norte do Mato Grosso e leste do Pará e onde será iniciado o levantamento da região, serão levantadas informações de cerca de 3 mil pontos amostrais, distantes 20 quilômetros um do outro.

As informações detalhadas sobres as florestas brasileiras também devem balizar as políticas do governo para conservação da biodiversidade no território nacional e as novas concessões florestais. “O Brasil só fez um levantamento como este uma vez, que foi publicado nos anos 1980, com dados dos anos 1970 e não foi um levantamento nacional. Este é o primeiro 'censo' florestal e será o trabalho de maior envergadura de todo o planeta”, disse Izabella Teixeira.

“Normalmente vemos as florestas do ponto de vista de perda [desmatamento e queimadas]. Com o inventário vamos conhecer a floresta por dentro. Vamos obter vários resultados. A ideia é que, de 5 em 5 anos, façamos novas medições”, acrescentou Antônio Carlos Hummel, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que está conduzindo o levantamento.

Além de dados sobre espécies arbóreas e sobre o solo, Hummel destacou que a população que vive no entorno das florestas também será questionada. Segundo ele, serão aplicados quatro diferentes questionários para saber como estas comunidades convivem nestes territórios.

Os dados serão divulgados parcialmente todos os anos, mas a conclusão de todo o levantamento só sairá em 2016.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

"Na AL ficou claro que a batalha contra o neoliberalismo venceu"


O secretário geral da Associação Latino-americana de Integração (Aladi), Carlos Alvarez, disse nesta quinta-feira (24) que a Celac deve ser consolidada como mecanismo que dê envergadura, profundidade e densidade política à Ideia de América Latina.


Ainda que a ideia esteja consolidada como referente cultural e em certa medida também econômica, agregou, "não está ainda [consolidada] como ator, como sujeito", devido a uma grande diversidade e pluralidade de sub-regiões.

Essa presença da América Latina é fundamental para dar maior protagonismo ao que é o Sul e constitui uma mudança na geografia do poder no mundo, sublinhou, em entrevista exclusiva à Prensa Latina.

Álvarez, que viajará a Santiago do Chile para assistir à Primeira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), disse que "o que está em jogo é que a América Latina será um dos grandes protagonistas internacionais".

O também ex-vice-presidente argentino, à frente da Aladi desde 2011, também foi presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), ambos mecanismos com sede em Montevidéu.

Com respeito à integração regional, Álvarez indicou que a América Latina construiu um mapa com instituições de diferentes níveis e funções, que deveriam ser a base sobre a qual a Celac se apoia.

Além da Aladi e do Mercosul, citou a União de Nações Sul-americanas (Unasul), o Sistema Econômico Latino-americano (Sela), a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), o Sistema de Integração Centro-americana (Sica) e a Comunidade Caribenha (Caricom), entre outros.

Em sua opinião, esse trabalho de coordenação dependerá da capacidade e da vontade política dos países e da direção que emergir do desempenho da Celac, atualmente com Cuba à frente de sua presidência pró tempore.

Celac

"Os países da região devemos nos sentir motivados a dedicar mais esforço à tarefa de coordenação dos organismos, porque isso dará mais força à Celac. A 'Agenda Celac' tem que conviver com cada organismo. Temos que incorporá-la a cada um deles", sublinhou.

Propôs que um funcionário público de cada organismo se encarregasse de coordenar as políticas vinculadas à Celac, dependendo das linhas estratégicas de sua presidência pró tempore.

Depois de descrever como único o momento que vive a região, explicou que, "pelo menos, é o melhor momento que eu conheci".

Argumentou que a América Latina é onde ficou mais claro que foi vitoriosa, em termos políticos e culturais, a batalha contra uma visão neoconservadora e neoliberal de desenvolvimento.

"Hoje é um projeto vigoroso e aos países da região lhes convém se comprometer mais com a América Latina", prosseguiu.

Afirmou, também, que em todos os governos da região está proposta a redistribuição da riqueza, o combate à pobreza e a indigência e tentam construir sociedades mais justas e equitativas.

"Mesmo aqueles governos que surgiram da perspectiva de centro e centro-direita assumiram um compromisso muito forte com esta problemática", assegurou, e sustentou que "isso significa um avanço forte do campo progressista".

Aqueles que subestimavam a América Latina como um conjunto de países cujo desenvolvimento social era inviável, insistiu Álvarez, hoje veem a potencialidade deste continente.

Não obstante, lembrou que a Celac, "lenta, mas gradualmente, deveria instalar em sua agenda o tema do combate à desigualdade, drama com o qual continuamos convivendo, para conseguir sociedades mais justas".

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

Dilma defende que ONU se pronuncie sobre intervenção no Mali


A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (24) que as ações militares no Mali sejam submetidas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis.


"O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, antigas tentações coloniais", disse, sem citar o nome, em alusão à intervenção da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960. Os ataques da aviação e das tropas francesas no norte do Mali afiguram-se como ações imperialistas e intervencionistas totalmente à margem do direito internacional. 

O governo de François Hollande decidiu intervir militarmente no país do noroeste africano sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, o que significa tratar-se de flagrante ilegalidade. Em sua ação bélica, a França conta apenas com o apoio do imperialismo estadunidense e da União Europeia, organização de caráter imperialista, monopolista e militarista. Tanto os Estados Unidos como a União Europeia têm como braço armado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujo caráter agressivo tem-se acentuado nos últimos anos.

Ao fim da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia, realizada nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidenta disse que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos".

Ainda falando de conflitos internacionais, a presidenta reiterou a importância do Estado Palestino e demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

"Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma.

Ainda nesta quinta-feira, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) emitiunota condenando a intervenção militar francesa no Mali, em consonância com pronunciamento feito durante a semana passada pelo Conselho Mundial da Paz (CMP).

Redação com UOL via Vermelho

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dilma desmascara análises catastróficas da mídia


"Dilma bateu duro e respondeu aos que incessantemente fizeram a política do contra". Esse foi o tom dado pelo editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, em mais uma reflexão no programa Ponto de Vista, após pronunciamento nacional da presidenta Dilma Rousseff.


Outro fator abordado por Reinaldo, que também é secretário de Comunicação do PCdoB, foi o anúncio das centrais sindicais sobre sua agenda de mobilização em 2013, especialmente sobre a marcha que as entidades realizarão em 6 de março para pedir a votação, na Câmara dos Deputados, do projeto que prevê o fim do Fator Previdenciário.

Dilma confirma compromisso com as mudanças
Para o dirigente, a presidenta Dilma Rousseff tomou a iniciativa política, quebrou o silêncio e começou a romper o cerco de desinformação e mentiras armado pela mídia e os partidos conservadores e neoliberais. Segundo ele, ela partiu para a ofensiva política e deu um recado claro, ao chamar a nação se unir em torno do programa de mudanças que a elegeu e do projeto nacional de desenvolvimento. 

"Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite de quarta-feira (23), a presidenta desfez os boatos e desmascarou as análises catastrofistas abundantes nos meios de comunicação sobre a suposta crise energética do Brasil, a qual seria, sempre segundo a ótica desses meios, fruto da desídia e da incompetência do governo. Mais importante ainda, com dados técnicos irrefutáveis e a segurança de quem domina o assunto e tem autoridade política para encaminhar as melhores soluções para os problemas nacionais, descartou em absoluto a hipótese de estrangulamento no abastecimento elétrico e de racionamento. O que já estava claro para a população foi reafirmado: a era dos apagões, característica do período das trevas do governo conservador e neoliberal de FHC, ficou definitivamente para trás", disparou.

Quem ganha é o brasileiro

Ele afirma que ao tomar este posicionamento, a presidenta coloca em prática uma medida de forte impacto social: já a partir desta quinta-feira (24), a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços, uma redução maior do que a anunciada em setembro do ano passado.

“É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros. Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média”, afirmou, citando a presidenta Dilma. 

Segudo ele, a crítica aos pregoeiros do apagão foi severa: “Surpreende que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava. E agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas”, explicou.

Aumento do emprego e redução da pobreza

Ele lembra que a mandatária ampliou a sua crítica àqueles que insistem em não admitir que o governo está fazendo esforços para transitar rumo a uma nova orientação econômica, malgrado as dificuldades. Ela bateu duro naqueles que, segundo ela, “são sempre do contra”, e não acreditavam que o governo conseguiria baixar os juros, aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza.

Mobilização das Centrais para 2013

O outro fato positivo, também na quarta-feira (23), foi a confirmação pelas centrais sindicais da realização de uma grande marcha a Brasília no dia 6 de março, com o propósito de entregar ao governo uma pauta de reivindicações, baseada na Agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).

Reinaldo pontua que a intenção dos sindicalistas é entregar essa pauta diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Os representantes das centrais entendem que a data é pertinente, pelo fato de coincidir com as semanas iniciais dos trabalhos da Câmara Federal em 2013. 

Além disso, ele aponta que entre os dias 4 e 8 de março a cidade de Brasília também abrigará o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que poderá contribuir de maneira determinante para o sucesso da marcha.

"A iniciativa reveste-se de enorme importância. Nada mais necessário no país para fazer deslanchar a luta pelo desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e justiça social, do que a mobilização e a luta organizada dos trabalhadores da cidade e do campo. Ainda há grandes empecilhos impostos pelas classes dominantes à execução da agenda dos trabalhadores. O governo precisa se abrir às reivindicações trabalhistas e dar livre curso ao atendimento das justas demandas das classes trabalhadoras. A pauta dos trabalhadores contém como pontos principais o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, a destinação 10% do PIB para a Educação e 10% do PIB para a Saúde, a reforma agrária, a valorização das aposentadorias, a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT e a realização de efetivas mudanças na política macroeconômica", acentua o dirigente.

Este é o caminho

Reinaldo finaliza afirmando que "a unidade em torno das propostas democráticas e desenvolvimentistas do governo e a mobilização e luta sociais dos trabalhadores, o mais importante sujeito político e social do país, a classe capaz de ver o desenvolvimento com perspectiva de futuro e reais possibilidades de mudanças sociais, para que o Brasil se transforme não só num país desenvolvido, mas também num país socialmente justo e progressista".

Ouça o Ponto de Vista na Rádio Vermelho:

Ponto de Vista

Fasi apresenta proposta e servidores do HBLEM aceitam


O presidente da Fundação de Assistência Social de Itabuna (Fasi), entidade mantenedora do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM), o médico Paulo Bicalho, esteve reunido hoje pela manhã com  diretores do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna (Sindserv) e apresentou contraproposta para regularizar as pendências da categoria em relação aos salários.

O presidente da Fasi informou que conseguiu pessoalmente junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) adiantamento da verba destinada ao Hospital de Base e assim propôs que o salário referente ao mês de janeiro de 2013 seja pago no dia 28/01, próxima segunda-feira, e o salário referente ao mês de dezembro de 2012 será pago no dia 10 de fevereiro.

Após a reunião a diretoria do Sindserv convocou a categoria, apresentou a proposta que foi aprovada em assembleia na manhã desta quinta-feira.

Participaram da reunião com o presidente da Fasi, os diretores do Sindserv, Wilmaci Oliveira e Levi Araujo, o vereador Jairo Araujo e o presidente do Sindicato dos Comerciários, Gilson Araújo, representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/Regional Sul da Bahia).

Fonte: Blog A Voz do Servidor - http://sindservidoresctb.blogspot.com.br

Desemprego entre jovens pode reduzir mão de obra no futuro



Declaração dada a imprensa, nesta quarta-feira (23), pelo diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Leite Corseuil, sinaliza que o aumento da criminalidade nas cidades, a migração de áreas rurais para urbanas e a escassez de mão de obra no futuro podem ser algumas consequências da incidência do desemprego sobre os jovens.


De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 12,6% das pessoas entre 15 e 24 anos no mundo estavam sem emprego em 2012, o que corresponde a cerca de 74 milhões de pessoas. 

“Estudos mostram que no Brasil, e também em outros lugares do mundo, um cenário mais apertado no mercado de trabalho urbano pode desmotivar a busca dos jovens por um emprego e fazer com que tentem a vida de outras formas. Na maioria dos casos, em atividades ilegais”, disse Corseuil.

Segundo ele, o Brasil não atingiu patamar preocupante de desocupação entre a população jovem. Ao contrário, o mercado no Brasil está aquecido, em termos gerais. A taxa de desemprego para os jovens na América Latina e no Caribe, região na qual se insere o Brasil, ficou em 13,5% - um pouco acima da média mundial (12,6%), mas abaixo dos países desenvolvidos (17,9%), como Estados Unidos e Japão; do Oriente Médio (28,1%); do Norte da África (23,8%) e da Europa Central (17,1%), de acordo com a OIT.

No caso dos jovens em áreas rurais, a escassez de trabalho pode levar à migração para as cidades, em busca de melhores oportunidades. De acordo com Corseuil, a maioria das pessoas no campo ignora quando a situação nas cidades também não está favorável, o que acaba estimulando o êxodo e o inchaço das cidades – com a ampliação das favelas, da pressão sobre a infraestrutura em geral e da precarização dos serviços básicos. Nas cidades, essa população jovem que veio do campo se torna urbana e passar a encontrar os mesmos problemas.

O impacto do desemprego para as novas gerações ainda pode trazer problemas para o futuro, como a escassez de mão de obra qualificada. “Quando se passa por momentos de crise, como o atual, não significa que não se vai precisar de profissionais mais para a frente. Então, esse jovem que poderia estar trabalhando, adquirindo experiência e se qualificando vai perder essa fase”, disse o diretor do Ipea.

Há diversos tipos de iniciativas experimentais para tentar solucionar a questão do desemprego entre a juventude, segundo Corseuil, como a criação de instrumentos que auxiliem essas pessoas na procura por emprego, citando como exemplo, o portal Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) brasileiro. Em alguns países europeus, informou Corseuil, há iniciativas que vão além, como instituições que entram em contato com o jovem, analisam seu perfil e tentam combiná-lo com as demandas das empresas, o que aumenta as chances de colocação no mercado.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pronunciamento sobre a redução da tarifa de energia elétrica


Servidores não aceitam proposta da Prefeitura e realizam paralisação de advertência





Sob o comando do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna (Sindserv) e com apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/Regional Sul da Bahia) e seus sindicatos filiados, a categoria do funcionalismo público municipal realizou nesta quarta-feira, 23/01, paralisação de advertência com  manifestação em frente à sede da Prefeitura.

O protesto tem como objetivo pressionar a administração municipal a pagar os salários referentes ao mês de dezembro de 2012 e o décimo terceiro salário.

"Em assembléia ocorrida ontem a categoria não aceitou a proposta da nova administração de Itabuna em parcelar os débitos salariais e por isso estamos construindo esse justo movimento reivindicando o imediato pagamento das verbas salariais devidas ao funcionalismo", afirmou Karla Lúcia, presidenta do Sindserv.

Ainda como deliberação da assembleia com os servidores municipais o edital de greve terá lançamento ainda hoje e nova manifestação será realizada na segunda-feira, 28 de janeiro, e caso, a Prefeitura não aponte uma solução satisfatória, a categoria entra em greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira, 29 de janeiro.

O erro de Fukuyama ou o dedo na ferida


Vinte anos foi o tempo necessário para que a História se encarregasse de reduzir a pó a profecia do "Fim da História" que, armada em tese, fez lustro nos circuitos políticos e intelectuais do pensamento dominante. Hoje até rejeitada pelo seu celebrado autor, Francis Fukuyama.

Por Luís Carapinha*


O ideólogo norte-americano, um dos principais cérebros da sinistra doutrina Reagan, publicou recentemente um artigo que designou "O Futuro da História" (Foreign Affairs, Jan/Fev 2012). Em tempos marcados pela Grande Recessão capitalista e o seu tormentoso horizonte de estagnação e queda, a questão que inquietantemente se coloca a Fukuyama, que em tempo útil se distanciou da chamada corrente neoconservadora de que fora um dos expoentes, é se "a democracia liberal pode sobreviver ao declínio da classe média".

De fato longe vão os tempos, no virar dos anos 1990, quando o campo socialista entrava em derrocada e a URSS caminhava rapidamente para o seu fim, em que o capitalismo triunfante, sob as cândidas vestes da "democracia liberal", se proclamava fórmula final da História, varrendo-se também de uma só cajadada esse espírito maligno que dá pelo nome de luta de classes. Breve transcurso na História (apenas duas décadas) que, longe de confirmar o seu fim esplendoroso, assistiu antes à ejeção do seu apóstolo errante.

Questão menor, mas merecedora de atenção, é a da trajetória da sua pirueta. Cavalgando um triunfalismo tão desmedido quanto insensato, Fukuyama esteve entre os produtores de ideias do imperialismo que, aproveitando o 11 de Setembro de 2001 nos EUA, ajudaram a dar o mote à invasão do Afeganistão e do Iraque. Seguidos por toda uma corte transnacional de acólitos que, diretamente perante as câmaras ou ao computador nas mesas de trabalho, não hesitou em alçar-se em botifarras de campanha… Depois do atoleiro, Fukuyama renega o neoconservadorismo, num percurso típico do mainstream.

Bate em Rumsfeld, vira costas a Bush e torna-se, finalmente, eleitor de Obama. Como se nada fosse, a apologia crua do poder hegemônico passa a ser embrulhada no tortuoso mito de um "wilsonionismo realista", segundo o qual os EUA só recorreriam à força militar em último recurso. O cadastro intervencionista do presidente Nobel da Paz em exercício é suficiente para aferir sobre a validade daquele pressuposto. Quanto a Wilson, bastará recordar que foi na sua presidência que em 1918 os EUA enviaram tropas para a Rússia para, como preconizava Churchill, ajudar a afogar no seu próprio berço a revolução soviética bolchevique.

O dilema de fundo que preocupa Fukuyama e os interesses de classe que representa tem que ver com o desenvolvimento da crise ideológica do capitalismo e evidente estreitamento da sua base social. O desgaste a um nível crítico da legitimidade e sustentabilidade do poder das classes dominantes faz "regressar" Fukuyama à História. No artigo citado aponta o "aumento massivo da desigualdade" nos EUA ao longo da última geração e a tendência de concentração da riqueza (lembrando que se em 1974 os 1% mais ricos representavam 9% do PIB dos EUA, em 2007 já equivaliam a 23,5%).

Sendo óbvio, como reconhece, que a desigualdade continuará a se agravar nos EUA – e no mundo capitalista. Sintomaticamente, imputa à globalização – e à China – as culpas do processo de polarização da riqueza e do definhar das ditas classes médias (o que indicia muito do que se prepara na escalada de contenção do imperialismo face à China e aos desafios colocados pela sua ascensão).

O novo paradigma dominante é sinônimo da degradação já visível do próprio quadro da democracia burguesa, prenunciando tempos de maior instabilidade e incerteza. Fukuyama (e a social-democracia em busca de rumo) procuram uma nova narrativa que possa recauchutar o consenso e estabilidade do sistema em risco. Qualquer coisa que sirva para esconjurar a perspectiva revolucionária e abater o inevitável caminho da luta persistente contra a exploração capitalista, rumo ao socialismo.

*Luís Carapinha é membro do Partido Comunista Português.

Fonte: Avante! via Vermelho

Relatório diz que crise mundial afeta mais as mulheres


A crise do capitalismo afetou mais fortemente mulheres e meninas, segundo um relatório divulgado por organizações de direitos das crianças e de desenvolvimento.


 
Encolhimento econômico teria elevado a mortalidade infantil, abusos e a miséria das meninas e mulheres.
Segundo o levantamento feito pelas organizações Plan International e Overseas Development Institute, o encolhimento econômico elevou a mortalidade infantil de meninas e levou mais mulheres a sofrer abusos ou a passar fome.

Segundo as ONGs, esse efeito poderia eliminar os ganhos conseguidos nos últimos anos para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas pela ONU para erradicar a pobreza extrema e melhorar índices sociais até 2015.

"As melhorias ocorridas nos últimos cinco anos foram muito frágei. E é chocante, porque eu não acho que as pessoas estejam realmente notando isso", afirma Chapman..
Os problemas começam quando as meninas são ainda muito jovens. A proporção de meninas que morreram desde o início da crise global aumentou cinco vezes mais rapidamente que a proporção de mortes de meninos, enfatiza.

Chapman cita uma pesquisa do Banco Mundial em 59 países que indica que uma queda de 1% na atividade econômica eleva a mortalidade infantil em 7,4 mortes por 1.000 meninas e 1,5 mortes por 1.000 meninos.

Falta de dados
Os autores do relatório, que compila dados de várias fontes, como estudos acadêmicos ou documentos do Banco Mundial, afirmam que há uma falta de dados coletados especificamente para medir o impacto da recessão condicionado por gênero.

"Entretanto, do que está disponível parece claro que as meninas e as mulheres jovens estão sob risco específico durante períodos de incerteza econômica e estresse", afirma o relatório.
Com o aumento da pobreza em consequência da recessão, cada vez mais famílias sem recursos vêm optando por tirar da escola meninas mais velhas, segundo o documento.

A conclusão do ensino primário caiu 29% entre as meninas, enquanto o índice de para os meninos caiu 22%. Segundo o relatório, muitas meninas foram tiradas da escola para ajudar em casa, porque suas mães tinham que trabalhar mais horas para compensar salários mais baixos.

Casamentos de crianças
Em muitos casos, um aumento no número de casamentos de crianças foi observado quando a atividade econômica baixou. "Famílias atingidas pela pobreza simplesmente não conseguiam alimentar todas essas bocas, então elas tentam casá-las mais cedo", diz Chapman.
Enquanto isso, meninas e mulheres sofrem mais negligência e abusos do que sofriam antes da crise.

O relatório diz ainda que quando grávidas, elas recebem menos ajuda do que antes, deixando adolescentes entre 14 e 19 anos particularmente sob risco durante a gravidez.

Direitos sob ameaça
Segundo o documento, meninas e mulheres também têm menos acesso a serviços básicos e redes de segurança social. "Os direitos humanos fundamentais das meninas estão crescentemente sob ameaça", diz Nicola Jones, pesquisadora do Overseas Development Institute.

Segundo Chapman, muitos dos problemas se devem a "desigualdades de gênero estabelecidas. Para isso, os programas internacionais precisam ser estabelecidos para garantir que as mulheres jovens recebam alimentação adequada, sejam protegidas socialmente e frequentem a escola, e também para criar empregos para elas após o término dos estudos”.

Fonte: BBC via Vermelho

Obama não cumpre e Guantânamo continua aberta


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou oficialmente seu segundo mandato sob a crítica de várias promessas que não foram cumpridas durante sua primeira gestão, entre elas o fechamento da prisão ilegal na base de Guantânamo.


 guantanamo

O analista político Néstor García Iturbe afirmou que o presidente estadunidense não só descumpriu sua promessa de fechamento da prisão, como assinou a Lei da Autorização de Defesa Nacional onde aprovou uma proibição permanente sobre a transferência dos detidos nesta prisão para os Estados Unidos e a proibição de detenção militar dos cidadãos. estadunidenses. 

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Anistia Internacional divulga números dos 11 anos de Guantânamo

“Há uma cláusula que diz que não poderá ser tomado financiamento deste orçamento para transladar presos de Guantânamo para outro país nem para os  Estados Unidos. Portanto já temos que levar em consideração que durante 2013 a prisão vai estar ai, os presos vão ficar ai e não vai haver possibilidade de que a fechem”, assegurou , García Iturbe.

O analista militar David Urra assegurou que se Obama cumprir a promessa de fechar a prisão de Guantânamo, a direita estadunidense o considerará como uma concessão ao governo de Cuba. 

Contra os Direitos Humanos 
O analista político e escritor Adrian Salbuchi assegurou que “Os Estados Unidos se opõem a fechar Guantânamo, porque quer mandar para o mundo a mensagem de que é capaz de fazer tudo o que quer: inclusive violar as leis internacionais”.

Salbuchi disse que “o que estamos vendo é a vontade deste país [EUA] de manter um sistema absolutamente ilegal e genocida, vulnerando os direitos humanos”. 

A prisão de Guantânamo está em território da base militar que foi instalada pelos Estados Unidos em Cuba, há mais de um século. Enquanto Washington justifica sua presença na ilha caribenha com um acordo firmado entre os dois países naquele momento, Cuba insiste que este documento foi feito sob pressão e denuncia a ilegalidade do centro. 

Durante seu primeiro mandato, Obama deixou várias promessas não cumpridas, entre elas destaca-se uma Reforma Migratória que resolveria a situação dos 11 milhões de indocumentados. 

Obama abriu seu mandato com uma viajem para o Egito para dizer que ele era diferente, mas a invasão para a Líbia e os ataques com drones, que provocam centenas de efeitos colaterais no Afeganistão e Paquistão, mostram o contrário. 

Com Telesur via Vermelho

Desemprego entre jovens faz aumentar risco de geração perdida


Desemprego na Itália

No mundo, são 73,8 milhões de jovens sem trabalho; na foto, jovens desempregados na Itália


O aumento do número de jovens desempregados no mundo tem elevado os riscos do surgimento de uma “geração perdida”, com milhares de recém-formados fora do mercado de trabalho e descrentes sobre seu futuro, apontou um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 


De acordo com a mais recente edição do estudo Tendências Mundiais de Emprego, a proporção de jovens desempregados no mundo aumentou para 12,6% em 2012, e deve crescer ainda mais pelos próximos anos, podendo chegar a 12,9% em 2017.

A pesquisa estima que 73,8 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos no mundo estão sem trabalho, de um total geral de 197 milhões, e que a frágil recuperação da atividade econômica pode elevar em 500 mil o número de desempregados nessa faixa etária já em 2014.

O relatório revela que, nos últimos anos, em parte devido à crise financeira, muitos jovens recém-formados não conseguem encontrar emprego, permanecendo fora do mercado de trabalho formal durante muito tempo, o que pode não só prejudicar as suas perspectivas de carreira, como, a longo prazo, também o próprio crescimento da economia mundial. Segundo o estudo da OIT, tal situação extrema nunca foi observada em crises financeiras anteriores.

A título de exemplo, atualmente, 35% de todos os jovens desempregados nas economias avançadas estão desempregados por seis meses ou mais tempo, ante a 28,5% em 2007, destaca a pesquisa. Como resultado, um número cada vez maior de pessoas entre 15 e 24 anos “tem perdido as esperanças em encontrar um emprego e desistido do mercado de trabalho”.

Entre os países europeus, o problema é ainda maior, com 12,7% de todos os jovens do continente sem emprego e sem estar estudando ou fazendo cursos de treinamento, uma taxa dois pontos percentuais maior do que no período pré-crise. “Esses longos períodos de desemprego e desânimo no início da carreira de uma pessoa podem prejudicar as suas perspectivas de longo prazo, uma vez que suas habilidades profissionais e sociais, além da experiência prática, não são construídas”, diz o relatório.

O estudo sinaliza que, desde 2007, quando a crise financeira mundial ainda não havia eclodido, o número de pessoas entre 15 e 24 anos sem trabalho aumentou em 3,4 milhões. A OIT acrescenta que tal aumento no contingente de jovens desempregados também foi acompanhado pela saída de milhares deles do mercado de trabalho formal. Na prática, segundo o órgão, no ano passado, foram contratados 22,9 milhões de pessoas a menos nesta faixa etária do que em igual período de 2007.

Mundo


A OIT também analisou um panorama das tendências de emprego globalmente. As perspectivas da entidade, entretanto, não são positivas. O relatório indica que o desemprego em 2012 voltou a subir depois de dois anos de queda e poderá aumentar ainda mais neste ano.

Segundo a pesquisa, aproximadamente 25% do aumento do número de pessoas sem trabalho veio dos países ricos, enquanto o restante foi dividido em economias em desenvolvimento, no leste e no sul da Ásia e na África subsaariana. “Um panorama econômico incerto, e a falta de uma política adequada para solucioná-lo, enfraqueceu a demanda agregada, freando o investimento e o emprego”, afirmou por meio de um comunicado o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

- Isso prolongou a queda do mercado de trabalho em muitos países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego em alguns países que previamente haviam reduzido o desemprego e os mercados de trabalho dinâmicos – acrescentou Ryder. Por outro lado, o relatório também destaca que o contingente de trabalhadores com rendimento de classe média vem aumentando, especialmente em locais como a América Latina, o que pode servir de estímulo para a retomada da economia global.

Mas apesar de elogiar o desempenho da região, o estudo assinala que a produtividade do trabalhador, ainda que tenha aumentado, deve cair nos próximos anos, constituindo uma das maiores barreiras para uma melhora na qualidade de vida e nas condições de trabalho.

Respostas coordenadas


Ryder sugeriu que os países busquem “respostas coordenadas” à crise como estratégia para ampliar o número de empregos e reduzir o índice de pessoas fora do mercado de trabalho.

- A natureza global da crise mostra que os países sozinhos não podem resolver seu impacto apenas com medidas domésticas – disse. “A incerteza, que afasta investimentos e a criação de empregos, não cessará se os países apresentarem soluções conflitantes.”

Fonte: Correio do Brasil via Vermelho

Desemprego volta a crescer no mundo em 2012


Depois de dois anos consecutivos em queda, o desemprego no mundo aumentou em 2012. No ano passado, cerca de 197,3 milhões de pessoas estavam sem trabalho, quase 5 milhões a mais do que em 2011, segundo o relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta terça-feira (22). 


A expectativa da OIT para este ano é a de que o desemprego cresça ainda mais, chegando a atingir 202 milhões de pessoas até o final de 2013, 204,9 milhões até 2014 e 210 milhões até 2018. 

O pico de desemprego na década passada foi em 2009, com mais de 198 milhões de desempregados. Em 2010 e 2011, houve recuperação e o número de desempregados baixou para 194,6 milhões em 2010 e 192,8 milhões em 2011.




“A incerteza em torno das perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que foram implementadas para lidar com isso debilitaram a demanda agregada, freando os investimentos e as contratações. Isso prolongou a crise do mercado de trabalho em vários países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego” explicou, em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

As taxas mais altas foram registradas no Norte da África (10,3%), Oriente Médio (10%) e o grupo das chamadas “economias desenvolvidas” (8,6%) - que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão, a Espanha e Portugal.

Em contrapartida, as três regiões os índices mais baixos estão na Ásia: no Sul da Ásia (3,8%), na Ásia Oriental (4,4%) e no Sudeste Asiático (4,5%). A região da América Latina e do Caribe, grupo em que está o Brasil, ficou com taxa de 6,6%.

De acordo com a professora de Administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em mercado de trabalho, Débora Barém, os países saíram da situação imediata de crise, mas ainda não retomaram suas atividades aos patamares anteriores a 2009. Segundo ela, há áreas com expansão na demanda de trabalhadores, mas são setores que tinham carência de profissionais qualificados anteriormente à crise – como é o caso da Ásia, que, no momento, está reorganizando sua estrutura produtiva. 

Com informações da Agência Brasil via Vermelho

Mostra Ausências Brasil retrata família de desaparecidos


 
 Os irmãos Omar Darío Amestoy e Alfredo Amestoy, em foto de 1975


Reabre nesta terça-feira (22) a mostra Ausências Brasil, em exposição no Arquivo Público do Estado de São Paulo, que reúne fotografias de famílias brasileiras que sofreram com a perda de um parente durante a ditadura militar.


A exposição traz fotos das famílias feitas durante o regime, ao lado de uma recriação atual da cena, feita pelo fotógrafo argentino Gustavo Germano. No novo clique, Germano tenta reconstruir o momento da primeira imagem, mas agora sem o parente morto ou desaparecido.

"Essas famílias sabem que há um sentimento permanente de presença nas ausências de seus familiares", explica Germano. "O objetivo é falar do tempo em que elas viveram com essas ausências e do tempo que as vítimas não puderam viver."

O projeto começou com o retrato das famílias de vítimas da ditadura na Argentina (1976-1984), mas logo se expandiu aos países do cone sul, palco da operação Condor - uma ação conjunta das ditaduras dos países da América Latina para prender seus opositores.

Um dos seus irmãos, Eduardo, foi um dos 30 mil mortos durante o regime. "No fundo, o que qualquer familiar de um desaparecido gostaria é de tê-lo visto envelhecer", diz o fotógrafo.

Entre os casos brasileiros, Germano retrata a família de Fernando Santa Cruz Oliveira, líder estudantil durante a ditadura e membro da APML (Ação Popular Marxista-Leninista). Nascido em Recife, Santa Cruz desapareceu em 1974, depois de ter sido preso pelo DOI-CODI no Rio.



Fernando Santa Cruz (esq.), com os irmãos Ana Lucia, Ana Carolina, Marcelo e Ana Maria (embaixo). Líder estudantil e integrante da Ação Popular Marxista-Leninista, Fernando desapareceu em 1974, depois de ter sido preso pelo DOI-Codi no Rio


Os irmãos hoje, sem Fernando: Ana Lucia, Ana Carolina, Marcelo e Ana Maria (embaixo)
Além de Santa Cruz, também foram retratadas as famílias dos brasileiros Ana Rosa Kucinski Silva, Alex de Paula Xavier Pereira, João Carlos Haas Sobrinho, entre outros.

Promovida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e organizada pela Ong Alice (Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação), a exposição permanece no Arquivo Público do Estado de São Paulo até abril.

Fonte: Folha de S.Paulo via Vermelho

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pobreza diminui 39% na América Latina, diz Cepal


A América Latina e o Caribe conseguiram reduzir em 39% a média regional de pobreza, ao passar de 48,4% para 29,4% da população nesta condição na comparação entre os anos de 1990 e 2011. No total, a indigência diminuiu 49,1%, já que em 1990 chegava a 22,6% da população regional e em 2011 atingiu 11,5%. Os dados são da Cepal e se referem a 18 países da América Latina e Caribe. O Haiti não consta nas estatísticas.


Pobreza
Honduras é o país com a maior quantidade de pobres na América Latina, desconsiderando o Haiti
Entre os países com maior redução percentual de pobreza estão a Argentina, com 83,6% (considerando-se que a Cepal utiliza apenas dados de áreas urbanas neste país), seguida por El Salvador (65,8%); Uruguai (56,5%), Peru (49,2%), Chile (45,5%) e Brasil (44%). O período do levantamento é de 2002 a 2011.

Com relação à indigência, a Argentina teve redução de 87% (dados urbanos). O Peru teve o segundo melhor desempenho, apresentando uma redução de 74,1%; seguido por Uruguai (56%); Brasil (53%), Equador (47,9%) e Venezuela (47,3%). O período do levantamento é de 2002 a 2011.

No início da década de 2010, Honduras é o país com a maior quantidade de pobres: 67,4%, seguida por Nicarágua, com 58,3%, Guatemala e Paraguai com 54,8%. A Bolívia ocupa a 6ª posição, com 42,4% das pessoas em situação de pobreza. 

Em melhor posição estão Uruguai, com 8,6% da população nesta situação, seguido por Chile (11,5%), Brasil (24,9%), Panamá (25,8%) e Venezuela (27,8). Países que têm a média de pobreza inferior à média latino-americana.

Piores resultados

Por outro lado, o México foi o único país que apresentou aumento na quantidade de pessoas indigentes. Em 2002, 12,6% de mexicanos estavam em situação de indigência e em 2010 este número atingiu 13,3%, representando um acréscimo de 5,3%.

O pior desempenho na redução da pobreza foi verificado na Costa Rica (7,4%), México (7,9%), Guatemala (9%), República Dominicana (10,4%), Honduras (12,8%) e Nicarágua (16%). 

Com relação à indigência, a República Dominicana reduziu em apenas 1,93% a relação de pessoas nestas condições, a Guatemala (5,8%), Costa Rica (11%) e o Paraguai (15,7%).



Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva