sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sindicato comemora Dia do Bancário em Itabuna

Café da Manhã Musical em Itabuna

Para comemorar o Dia do Bancário em Itabuna, o Sindicato realizou mais uma edição do Café da Manhã Musical no Restaurante Estação da Pizza no centro da cidade. O evento contou com a participação do músico Will que passeou pelo melhor da Música Popular Brasileira e do Rock Pop Nacional e Internacional enquanto que bancários, vigilantes, serventes, estagiários e terceirizados das agências bancárias se confraternizavam durante a refeição.

Durante o Café Musical, o presidente do Sindicato dos Bancários, Jorge Barbosa, anunciava as atividades da Campanha Salarial Nacional 2015, as rodadas de negociações contidas no calendário estabelecida pelo Comando Nacional e as perspectivas de mais uma vez a categoria ser convocada para aderir a uma grande greve por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem. "Apesar dessa suposta crise em que tanto se fala, os bancos continuam lucrando muito e por isso têm condições de atender a nossa pauta de reivindicações", pontuou Jorge.
Neste primeiro semestre, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander Banco do Brasil e Caixa) somaram R$ 33,6 bilhões de lucro, crescimento de 17,98% em relação ao mesmo período do ano passado. Para os empregos, no entanto, a curva é descendente. Entre janeiro e julho de 2015 as instituições financeiras fecharam 5.864 postos de trabalho, de acordo a Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), feita pela Contraf, em parceria com o Dieese.

Manifestação no Itaú

Após o Café da Manhã Musical diretores do Sindicato se dirigiram à agência local do Itaú e realizaram uma manifestação relembrando a importância do Dia do Bancário, explicando aos clientes a luta da categoria ao longo dos anos, principalmente a grande greve que durou 69 dias em 1951 por aumento salarial, contra a carestia e por mais direitos. Foi lembrado pelo diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Ricardo Carvalho, que por causa da greve e da luta dos bancários é que foi criado o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Economicos (Dieese).

O presidente do Sindicato Jorge Barbosa, denunciou durante a manifestação o plano de reestruturação do banco Itaú, anunciado pelo diretor executivo Marco Bononi na semana passada. "Essa nova política poderá ser responsável por mais de 30 mil demissões no Itaú em dez anos e o movimento sindical está atento a esse movimento", denunciou Barbosa.

O Itaú pretende atender parte de seus clientes através das agências digitais e com isso cortar 50% de suas atuais quatro mil unidades em todo o país. Para os próximos três anos, a estratégia do banco é reduzir 15% do total de agências.

Próxima rodada de negociação será nos dias 2 e 3 de setembro

O Comando Nacional dos Bancários se prepara para a segunda rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), marcada para a semana que vem, nos dias 2 e 3 de setembro, sobre saúde e condições de trabalho. Na primeira reunião, no dia 19 de agosto, em São Paulo, os banqueiros não assumiram compromisso com a manutenção dos empregos da categoria. Uma demonstração da falta de responsabilidade social do setor com o desenvolvimento do País. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Roberto von der Osten, unidade e mobilização serão, mais uma vez, determinantes para ampliar as conquistas da categoria, homenageada, nacionalmente, com seu dia, em 28 de agosto.

Final do Campeonato dos Bancários 2015

O Sindicato preparou uma programação especial para este final de semana em comemoração ao Dia do Bancário, 28 de Agosto.
Amanhã (30), no Clube dos Bancários, bairro Nova Itabuna, a partir das 9h, a programação foi feita para toda a família. Para quem gosta de futebol, haverá a disputa do terceiro lugar do Campeonato Interno, entre o Itabuna x Baba da Tarde. Em seguida, a grande final: Bradesco x Caixa.
Para as crianças a diversão está garantida com pula-pula, muitos brinquedos, além de recreação com diferentes brincadeiras.
Tudo isso acompanhado da boa música da banda “Um dois três”.

Venha celebrar conosco! Não perca!

Com informações do Seeb Bahia, Contraf e Seeb Itabuna

A história de uma canção impiedosa sobre o racismo nos EUA

  

Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção – publicado no Brasil pela editora Cosac Naify, em 2012 – é um excelente trabalho de pesquisa que traz as várias faces de uma música aclamada e ao mesmo tempo rejeitada por abordar de forma tão vivaz uma das práticas de segreração mais cruéis cometidas contra negros nos Estados Unidos.

Por Renata Mielli, especial para o Vermelho


Muitas vezes parece que a sociedade sofre de uma “cegueira coletiva” quando se depara com as atrocidades que a humanidade pode cometer contra si própria. Para despertar as pessoas de situações de indiferença – que são tão criminosas quanto os crimes que insistem em ignorar – é preciso um choque, algo que tire a multidão de sua zona de conforto, do seu “círculo de proteção”.

Na voz de uma das maiores divas do jazz, Billie Holiday, um poema de três estrofes escrito em 1936 por Abel Meeropol – um professor universitário de Nova Iorque – se transformou numa das maiores bofetadas de toda a história contra a violência racial que vitimava negros através de linchamentos sangrentos no sul dos Estados Unidos.

Essa música tornou-se tão importante que mereceu uma biografia. O livro do jornalista David Margolick, Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção, conta a história da música que retrata os corpos de negros assassinados e pendurandos em árvores, pela metáfora do “fruto estranho”. Muitos consideram Strange Fruit “como o primeiro protesto relevante em letra e música, o primeiro clamor não emudecido contra o racismo”, na avaliação de Leonard Feather, crítico de Jazz.

Uma música que de tão perturbadora vivia em uma espécie de “quarentena artística”, como diz o autor. Não era seguro cantá-la em qualquer lugar, e mesmo nos lugares onde se poderia testar a força da canção, ela era recebida muitas vezes com reprovação. “Havia um contraste entre a canção trágica de protesto, cantada com profundo sentimento por uma negra que sentia o horror de um linchamento, e os clientes que saím para se divertir, beber e dar umas risadas”, disse Alden Todd, um dos entrevistados de Margolick. Apesar de não ter sido censurada, e execução de Strange Fruit em rádios era quase “proibida”, pelo mal estar que causava nos ouvintes.

Abel Meeropol era judeu, ativista político e membro clandestino do Partido Comunista. Strange Fruit nasceu como um poema de indignação: ao ver um retrato de um linchamento numa revista, Meeropol escreveu a poesia. Sua primeira aparição pública foi na edição de janeiro de 1937 do jornal sindical The New York Teacher, sob o título de Bitter Fruit. Foi o próprio Meeropol quem depois musicou o poema, que era cantado em rodas de esquerda.

Billie se encontrou com a canção no início de 1939, numa boate frequentada por setores progressitas e engajados da área cultural, política e social de Nova Iorque, o Café Society, onde negros e brancos confraternizavam sem enfrentarem problemas. A primeira gravação da música aconteceu em 20 de abril do mesmo ano, pela Commodore Records, uma pequena gravadora famosa por seu repertório de artistas progressistas.

“São quase todos pretos”
A organização Equal Justice Initiative divulgou em abril de 2015 um relatório sobre a história dos linchamentos nos Estados Unidos. O trabalho é resultado de cinco anos de pesquisa e mais de 160 visitas a sites em todo o Sul dos Estados Unidos. Os autores do relatório compilaram um inventário de 3.959 vítimas de “linchamentos raciais terroristas” em 12 estados do Sul, entre 1877 e 1950.

Em seu livro, Margolick detalha como se dava a maior parte dos linchamentos: ocorria em cidades pequenas e pobres, e muitos tinham o apoio da comunidade. Eram quase espetáculos de entretenimento, que reuniam a população para assistir ao rito bárbaro de matar negros brutalmente e em seguida pendurar os corpos mortos em árvores, para exibir o feito. Os motivos que levavam aos linchamentos eram os mais variados – desde roubos e estupros, ou o delito de se dirigir a uma pessoa branca de forma desrespeitosa, ou até mesmo para punir um negro que ascendia socialmente. “Era apenas hora de lembrar aos negros 'metidos' que deles deviam saber qual era o seu lugar”.

Então, imagine por um minuto o que representava, em 1939, chegar numa boate e ouvir uma música que denunciava os corpos dos negros assassinados e pendurados em árvores no Sul. Billie Holiday estava esfregando a realidade na cara do público, pior, de um público na sua maioria formado de brancos.

Strange Fruit era a última música do repertório de Billie Holiday. Ela a cantava numa atmosfera quase sepulcral: palco escuro, apenas um feixe de luz a iluminar o seu rosto, adornado com uma gardênia atrás da orelha. Ao final, invariavelmente se seguia um silêncio terrível, que depois de alguns minutos era interrompido por aplausos. Era o público sendo arrancado da sua zona de conforto. Jack Schiffman descreveu como se sentiu quando Billie se apresentou no Apollo Theater, no Harlem, em 1943. “E quando ela arrancava as últimas palavras de sua boca, não havia uma única alma, negra ou branca, que não se sentisse meio estrangulada. Seguia-se um momento de silêncio pesado, opressivo, e então uma espécie de som sussurrante que eu nunca tinha ouvido antes. Era o som de quase e mil pessoas suspirando”.

O livro mostra como a repercussão da música na imprensa norte-americana foi estrondosa. A revista Variety disse que Strange Fruit “tem uma atração difícil de explicar, embora seja basicamente uma canção deprimente. Não há meio-termo na canção de miss Holiday: os clientes ou gostam muito dela ou não gostam nada”. O colunista do New York Post, Samuel Grafton disse que Strange Fruit “bate forte”, e mais adiante a classifica como “uma obra de arte fantástica, perfeita, que inverte a relação comum entre um artista negro e sua plateia branca: 'eu estava divertindo vocês', ela parece dizer, 'agora me escutem'. As educadas convenções entre as raças desaparecem” e, então finaliza: “Se a raiva dos explorados um dia se elevar o suficiente no Sul, ela já terá a sua Marselhesa”. Por conta de Strange Fruit, Billie Holliday foi a primeira pessoa negra a ter uma fotografia publicada em uma revista como a Time ou a Life.

O livro de David Margolick mostra como rapidamente Strange Fruit tomou conta de Billie Holiday, a tal ponto de música e cantora terem se tornado insaparáveis, até 1959, quando Billie morreu.

Outros artistas arriscaram gravar Strange Fruit. Nina Simone foi uma delas, mas a cantava raramente porque considera a canção “muito difícil”. Mais recentemente, já na década de 80, a banda de rock Siouxsie and the Banshess gravou uma versão de Strange Fruit, denunciando a situação dos negros em países africanos.

Apesar de toda a influência e impacto que Strange Fruit teve, Margolick chama a atenção para o triste fato de a música e o seu papel histórico serem “surpreendentemente desconhecidos hoje”. E é o próprio tema da canção que explica essa situação na sua avaliação. Para Margolick, Strange Fruit “é uma anomalia, tanto dentro como fora da obra de Holiday”.

Quase 80 anos depois, a sensação ao se ouvir a interpretação de Billie Holiday para Strange Fruit ainda é a mesma relatada no livro pela atriz Billie Henderson “de repente senti uma pontado no plexo e mal pude respirar. Foi um sentimento tão profundo. Eu entendi. Eu entendi. Dava para sentir o cheiro da carne queimada. Ela era impiedosa”.




A música
Strange fruit

Southern trees bear strange fruit,
Blood on the leaves and blood at the root,
Black bodies swinging in the southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.

Pastoral scene of the gallant South,
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolias, sweet and fresh,
Then the sudden smell of burning flesh.

Here is fruit for the crows to pluck,
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for the trees to drop,
Here is a strange and bitter crop.

A tradução
Fruta Estranha

Árvores do sul dão uma fruta estranha,
Sangue nas folhas e sangue nas raízes,
Corpos negros balançando na brisa do sul,
Frutas estranhas penduradas nos álamos.

Cena pastoril do heróico sul,
Os olhos inchados e a boca torcida,
Perfume de magnólias, doce e fresco,
E de repente o cheiro de carne queimada.

Aqui está a fruta para os corvos puxarem,
Para a chuva recolher, para o vento sugar,
Para o sol apodrecer, para a árvore pingar,
Aqui está a estranha e amarga colheita


Fonte: Vermelho

Questões raciais ainda são o grande desafio social nos EUA e no Brasil

 Os distúrbios que ocorreram e ainda ocorrem na cidade de Ferguson, nos EUA, confirmam a existência de problemas profundos na sociedade norte-americana, mas eles não poderão ser resolvidos sem uma correção significativa do modelo sociopolítico existente.

Por Tayguara Ribeiro


O impulso para os confrontos na região, localizada no estado do Missouri, foi o assassinato do jovem afro-americano Michael Brown (18) pelo policial Darren Wilson (28), há cerca de um ano. Na sua justificação, as autoridades declararam que Brown e seu amigo representavam perigo para a sociedade porque dez minutos antes do assassinato eles tinham assaltado uma tabacaria. Contudo, rapidamente se descobriu que Brown foi alvejado na testa quando estava de joelhos e com os braços levantados em sinal de rendição. Em geral, os habitantes da cidade consideram o ato do policial como um abuso e um assassinato com matriz racial.

Entretanto, este caso é apenas uma pequena exemplificação da maneira como os negros são tratados, de um racismo instituído em algumas camadas da sociedade e que é ignorado ou negligenciado. Segundo dados estatísticos alarmantes, atualmente nos Estados Unidos os policiais matam um jovem negro de até 25 anos a cada 28 horas. O caso de Ferguson parece ter aberto uma úlcera antiga da sociedade, trazido à baila problemas sociais históricos e mais uma vez coloca em dúvida o modelo sociopolítico que os norte-americanos veneram como sendo o ideal e como tal tentam impor a todo o mundo.

O elevado nível de desemprego entre a população afro-americana é um outro problema latente, que só ajudou a desencadear a atual situação, pontuou, na época do assassinato de Michael Brown, o jornal estadunidense Los Angeles Times. “O assassinato de Brown apenas deu início aos desacatos que foram amadurecendo ao longo de décadas: depois do declínio industrial dos anos 80, a cidade foi abandonada, mas para a maioria da população atual de Ferguson esta cidade ainda representa as oportunidades perdidas”, diz a publicação. Desde 2000 o nível salarial médio se reduziu em 30%, considerando a correção à inflação.

A situação é agravada pelo uso de armamento pesado por parte da polícia local, como blindados de guerra. Segundo declarou o presidente da associação Veterans for Peace (Veteranos pela Paz) Gerry Condon, “aquilo que se passa em Ferguson é o resultado da ideia nacional de que a repressão resolve os problemas”.

Guardadas as características históricas de formação de cada um dos países e as devidas ressalvas necessárias pelas diferenças entre as duas nações, os negros no Brasil também são vítimas constantes de violência policial, racismo, falta de oportunidades por conta de preconceitos raciais e sócias e enfrentam problemas similares aos afro-americanos.

Rotineiramente, a polícia no Brasil, em especial a do estado de São Paulo, apresenta números alarmantes. Vários estudos já apontaram que a Polícia Militar paulista mata mais do que as forças de segurança de vários países inteiros, incluindo EUA. Mesmo quando considerados os dados de um país com altos índices de violência como a África do Sul, o número de mortes provocadas pela PM de São Paulo é superior. Não obstante, as vítimas são jovens negros na periferia.

As informações levantadas pelo Mapa da Violência 2014 apontam que morreram proporcionalmente 146,5% mais negros do que brancos no Brasil, em 2012, de forma violenta. Números tão gritantes não permitem creditar tal situação a uma mera coincidência. Entre 2002 e 2012, por exemplo, o número de homicídios de jovens brancos caiu 32,3% e o dos jovens negros aumentou 32,4%.

O que estes números brasileiros e a situação criada pela morte de um jovem negro em Ferguson nos mostram é que mesmo com as especificidades de cada um dos países, está claro que as duas nações ainda possuem um grande desafio no combate ao racismo e no desenvolvimento de práticas que permitam uma maior integração social e econômica da população negra, consequentemente, mitigando atitudes que culminem na perda de vidas.


Fonte: Vermelho

País precisa de agenda que não penalize ainda mais o povo

Presidenta do PCdoB, Luciana Santos, em coletiva de imprensa nesta quarta (26).

Presidenta do PCdoB, Luciana Santos, em coletiva de imprensa nesta quarta (26).

A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), que participou da construção das sugestões da Agenda Brasil, elaborada por líderes de 15 partidos da base do governo Dilma na Câmara dos Deputados, falou da importância da plataforma e apontou que o foco desta iniciativa é a retomada do crescimento. O lançamento do documento ocorreu com uma coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (26), no Salão Verde na Câmara. 


“Temos que melhorar nossa competitividade, melhorar as medidas que fortaleçam o conteúdo nacional, a economia nacional. Ali estamos debatendo desde uma reforma tributária que baseie os tributos na renda e nos grandes patrimônios do país, uma reforma tributária progressiva”, contou.
 

Luciana defendeu ainda que é preciso investir na inovação tecnológica, com foco na competitividade a evitar o contingenciamento em áreas estratégicas. “No que diz respeito ao contingenciamento temos que ter um tratamento especial para Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia porque essas áreas são inclusivas para o povo brasileiro”.

De acordo com a presidenta do PCdoB, o país precisa sustentar uma agenda que “não penalize ainda mais os que historicamente são os mais penalizados” e que é preciso inverter o ajuste. “O ajuste precisa levar em conta essas medidas que já estão em curso, como por exemplo, a taxação da contribuição sobre lucros enviada pelo Governo e que acredito ser possível a gente construir uma solução ainda melhor. Em resumo precisamos pensar em um conjunto de medidas que a coloque na ordem do dia a inclusão social e o crescimento”.

Sobre a Agenda apresentada pelo Senado, Luciana avalia que o grande mérito é o de criar um pacto pelo Brasil. “Nós não podemos em função das disputas políticas, que tiveram seu tempo e eleitoral no ano passado, desvirtuar ou comprometer os rumos do país”, pondera. “Ao invés de fazer um ritmo de debate político aqui no âmbito do Congresso Nacional, numa agenda que é eminentemente da disputa partidária e política, nós priorizamos a disputa de ideias, de um programa para o país”.

“Colocamos o foco voltado para debater as iniciativas e podemos até polemizar com elas, contanto que a gente consiga construir um pacto para o Brasil que, entre outras questões, enfrente a reforma política, a reforma tributária e a manutenção de conquistas que realizamos no último ciclo político, como o enfrentamento da desigualdade regional e os avanços nas políticas sociais que não podem retroceder”, finalizou.


Do Portal Vermelho, Eliz Brandão
Com assessoria da deputada Luciana Santos

Bancários comemoram seu dia hoje 28 de Agosto

Data marca início de uma das maiores greves da categoria, em 28 de agosto de 1951

Os bancários, protagonistas de uma das mais organizadas categorias de trabalhadores no Brasil, comemoram seu dia nesta sexta-feira 28. A data marca a realização de uma assembleia histórica na capital paulista, em 1951, que deflagrou a mais forte greve dos trabalhadores do setor financeiro até então.

Os bancários exigiam reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. Mas diante da intransigência dos banqueiros, que ofereceram apenas o reajuste da inflação na época, cruzaram os braços por 69 dias em São Paulo, enfrentando a pressão dos patrões e a repressão do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). A greve acabou vitoriosa quando, em 5 de novembro, a Justiça concedeu reajuste de 31%. É em homenagem à coragem desse movimento que em 28 de agosto foi instituído o Dia do Bancário.

Sindicato lançou  Campanha Salarial 2015 em Itabuna no dia 27/08 em frente ao Bradesco
Na verdade, a trajetória da categoria é uma história de lutas contínuas. Antes da greve de 1951 já tinham ocorrido outras mobilizações e tantas outras mais aconteceriam nos anos seguintes. A forte organização dos bancários resultou em conquistas como a jornada de seis horas, participação nos lucros e resultados, auxílios como os vales alimentação e refeição e em uma vitória pioneira entre os movimentos sindicais do país: a instituição, em 1992, de uma Convenção Coletiva de Trabalho válida em todo o Brasil. A partir desse ano, bancários de todo o país passaram a usufruir dos mesmos direitos e a luta da categoria tornou-se nacional.

Mas o protagonismo dos bancários vai além das conquistas trabalhistas. A categoria teve participação ativa na construção política do país e na conquista da democracia, resistindo à ditadura, aderindo à campanha pelas Diretas Já, e engrossando greves e mobilizações de trabalhadores em todo o país por mais direitos e cidadania.

Fonte: SP Bancários

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Hoje, às 18h30. Não percam!


Participe da Final do Campeonato dos Bancários 2015


Participe do Café Musical dos Bancários


Domésticas: a cada dez rescisões, três resultam em agressão física por parte do empregador

Na foto: Maria Teresa Wiethorn da Silva, advogada do Sindicato
 dos Empregados Domésticos da Grande Florianópolis
Os empregados em serviços domésticos representam 6,5% dos trabalhadores ativos do país. Apesar dos avanços conquistados pela categoria, cerca de dois terços deles não possuem carteira assinada.
No início de junho, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei complementar 150/2015, que regulamenta a chamada “PEC das Domésticas”. Essa Proposta de Emenda Constitucional havia sido aprovada pelo Congresso Nacional em abril de 2013, mas muitos direitos ainda precisavam ser regulamentados para entrar em vigor.
Em Florianópolis e em São José (SC), 30 mil empregados domésticos são representados pelo Sindicato dos Empregados Domésticos da Grande Florianópolis, que atende em média 90 pessoas por semana, entre faxineiras, arrumadeiras, motoristas, governantas, babás, jardineiros e cuidadores de idosos.
A advogada do sindicato, Maria Teresa Wiethorn da Silva, analisa que os efeitos da sanção da PEC das Domésticas serão percebidos a médio e longo prazo. Ela também alerta para a recorrência de casos de assédio moral, abuso sexual e injúria racial em Florianópolis, e afirma que a legislação não é capaz de prevenir esses episódios: “É um conflito permanente, porque é um conflito de classe social”.
Confira a entrevista completa abaixo.
domestica processo agressao
A chamada PEC das Domésticas contempla as principais reivindicações da categoria?
Em grande medida, sim. Agora, quem trabalha na casa de uma família tem direito aos mesmos benefícios de quem trabalha numa empresa ou numa fábrica, por exemplo. A categoria está conquistando cada vez mais direitos, e essa é uma luta que vem desde os tempos da escravidão.
Mesmo que hoje 70% dos empregados domésticos de Florianópolis e São José ainda trabalhem na informalidade, eles costumam entrar na Justiça depois que termina o vínculo com a casa do empregador. E mesmo esses, que não têm carteira assinada, serão beneficiados pela PEC, porque agora têm direitos a mais a reivindicar.
A sanção da presidente Dilma Rousseff altera imediatamente o rumo dos processos e ações judiciais aqui na Grande Florianópolis?
Não. O que a gente vai ter que fazer é entrar com ações na Justiça para depois cobrar o pagamento do fundo de garantia, por exemplo. Mas sempre que há uma alteração na lei, a gente precisa de um tempo de adequação, para ver como o Judiciário vai se comportar em casos semelhantes, e assim basear nossa atuação nessas decisões judiciais que vão vir. Então tem que esperar. Muita gente faz acordos bem razoáveis, mas falta um posicionamento do tribunal. A construção é muito longa, e daqui a uns dois ou três anos é que isso vai amadurecer, e aí vamos ter mais subsídios para atuar e basear nossa postura aqui no sindicato.
É possível que a regulamentação dos direitos leve a um aumento do número de trabalhadores informais, caso muitos empregadores se recusem a pagar todos os benefícios previstos na lei?
Sim. Na verdade, precisamos esperar para ver como isso vai ficar. Por exemplo, antes não precisava pagar o fundo de garantia, agora é obrigatório; o adicional noturno também. E cada alteração dessas gera no mercado certa insegurança, porque a gente fica esperando como é que os empregadores vão reagir, como é que os empregados vão reagir, se vai ter muita gente saindo do trabalho formal para trabalhar, por exemplo, como diarista — que, mesmo sem carteira assinada, costuma ganhar mais que a empregada doméstica registrada.
As rescisões contratuais que você acompanha diariamente costumam ser pacíficas?
Não exatamente. A maioria das ações são de empregados que trabalham na informalidade e vêm até o sindicato para ingressar com um processo para requerer a assinatura da carteira, o recolhimento do INSS desse período todo, e os direitos que são decorrentes disso: férias, aviso prévio, vale-transporte, etc. Mas também recebemos relatos de casos mais graves, como de assédio.
Que tipo de assédio?
Agressão verbal é sempre, o tempo todo. Até nós, do sindicato, somos agredidas verbalmente pelos empregadores! Enfim, a gente costuma dizer que toda vez que se encerra um contrato tem agressão verbal. É muito difícil não ter, é exceção. Ontem mesmo entrei com uma ação, a partir de um boletim de ocorrência protocolado em abril, aqui em Florianópolis [veja a imagem abaixo].
Também há registros de agressões físicas?
Sim. Em média, a cada dez rescisões de contrato, três resultam em agressão física por parte do empregador. E tem casos de assédio sexual também.
Logo nos meus primeiros anos aqui, chegou até nós o caso de um empregador que abusava sexualmente de sua empregada. Ele era médico e dava remédios para ela dormir, para poder abusar dela. Foi ela quem veio até nós. A menina era jovem, e mais tarde enfrentou problemas psicológicos em decorrência disso. A vida dela praticamente terminou ali, pelo trauma. Eram três empregadas na casa desse médico, e todas as três sofriam assédio sexual — as outras duas procuraram advogados, e não vieram até o sindicato. Nós entramos com uma ação contra o empregador, e provou-se que de fato houve esse abuso. Estipulamos um valor, fizemos um acordo, e ele pagou.
Como reunir provas nesses casos?
Com a internet, fica mais fácil nos casos de assédio, por exemplo. Tem muita conversa pelo Whatsapp que a gente usa como evidência. Isso nos ajuda muito. Tem empregadores que vivem ameaçando os trabalhadores pelo Whatsapp, aí a gente não perde tempo.
Você já recebeu alguma denúncia de injúria racial?
Sim, inclusive tem um caso bem recente. Entrei com processo esta semana. O homem era motorista, negro, e trabalhou quatro anos na casa do empregador. No total, eram cinco empregados na casa, mas um é que sofria mais com o racismo, e fez a denúncia. Muitas testemunhas confirmaram que o dono da casa costumava dizer ao motorista as seguintes frases: “A Princesa Isabel assinou a Lei Áurea a lápis. Cuidado, você vai voltar pro tronco a qualquer momento!”. Outra que ele costumava dizer era “Empregado de cor a gente tem mesmo é que dar banana!”. Tudo isso está descrito no processo, e segundo as testemunhas eram frases recorrentes. O empregador fazia jantas, churrascos, chamava a “nata” da sociedade, e proferia essas frases na frente de todos. Isso que ele já tinha pagado 20 mil reais em indenização por ter cuspido e dito as mesmas frases a outra moça que trabalhava lá…
Para quem vocês encaminham os casos dessa natureza?
Primeiro, a gente pede para o empregado ir à delegacia fazer um boletim de ocorrência. Depois, entramos na Justiça do Trabalho para tentar indenização por danos morais. Mas é muito difícil reunir provas no trabalho doméstico, porque geralmente estão só ele e o empregador em casa. Quando há quatro, cinco empregados domésticos na mesma residência, fica mais fácil encontrar testemunhas.
A legislação atual previne esse tipo de abuso?
Não tem como prevenir, porque é mais que uma questão trabalhista. É um conflito permanente, porque é um conflito de classe social. Não vai ser uma PEC que vai mudar isso. Porque o empregador é quem tem o dinheiro, e ele usa da força de trabalho do empregado, que assina um contrato e topa se submeter. O empregado está em uma situação de extrema necessidade financeira, muitas vezes, e não vai discutir as cláusulas do contrato. E o empregador, sabedor dessa situação, explora e abusa da boa fé do trabalhador.
Por Daniel Giovanaz, do coletivo Maruim (via Brasil de Fato) via Portal CTB

Unidade: 15 partidos apresentam propostas para a Agenda Brasil

Segundo a Líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ),
a plataforma foi pensada a partir da necessidade
de se apresentar uma agenda para a sociedade

Como forma de contribuir para a retomada do desenvolvimento econômico e social e superar a crise financeira e política do país, amplas forças políticas, lideradas por 15 partidos da base do governo na Câmara dos Deputados desenvolveram um documento nos moldes do projeto Agenda Brasil, do Senado. Formada por matérias em tramitação na Casa e outras a serem construídas, a Agenda da Câmara será apresentada ao governo federal e aos presidentes das Casas legislativas.


O conjunto de propostas para o Brasil, elaborado pelos líderes do PT, PCdoB, PRB, PP, PR, PSD, Pros, PSDC, PSL, PRP, PRTB, PTC, PTN, PMN e PTdoB, foi apresentado na tarde de ontem, quarta-feira (26), em coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Segundo a Líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), a plataforma foi pensada a partir da necessidade de se apresentar uma agenda para a sociedade: “Queremos superar uma pauta restritiva e conservadora. As nossas contribuições são bastante abrangentes e expressam um sentimento da base aliada do governo, tratando do desenvolvimento do Brasil, das pessoas e da universalização das políticas públicas”.

Neste momento de crise, o documento destaca que foi pensado pelos líderes como forma de contribuir na construção de alternativas ao desenvolvimento do país e, que permita a ampliação do diálogo com as Casas legislativas, com o governo e com a sociedade. “Uma agenda para o país retomar o caminho para o desenvolvimento”, destaca o texto.

Presente na coletiva, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), considera que o movimento dos líderes integra um novo ciclo iniciado na semana passada: “O governo recebe essas propostas com absoluta simpatia. Elas expressam a grande política, sugerindo a correção de rumos e alternativas, saindo deste “mata-mata” entre oposição e governo”.

O líder do PSD, Rogério Rosso (DF) também falou sobre a plataforma. “É difícil explicar que não existe uma agenda comum entre Câmara, Senado e governo federal. São temas e eixos fundamentais para que possamos iniciar uma virada. Não importa nossas posições particulares. O mais importante é que nós líderes queremos aprovar pautas importantes para o país, como as que estimulam a competitividade das empresas e a redução dos gargalos já neste segundo semestre”.

A chamada Pauta da Virada contém 26 medidas divididas em 11 eixos, que abordam temas como políticas monetária, fiscal e tributária e desenvolvimento produtivo e regional, além das propostas que envolvam direitos civis, trabalhistas, questões urbanas e agrárias e também reforma política e combate à corrupção.

Segue a íntegra do documento abaixo:

Sugestões à Agenda Brasil

A apresentação de uma Agenda pelo Senado Federal teve um significado importante: colocou em pauta propostas para a economia, deslocando o centro dos debates, que até então pautava apenas o ajuste fiscal e as dificuldades políticas.

Os lideres da base da Câmara dos Deputados resolveram apresentar sua contribuição construindo alternativas ao seu conteúdo e permitindo ampliação do diálogo com as duas Casas, com o governo e a sociedade.

Uma agenda para o país retomar o caminho para o desenvolvimento precisa reafirmar a soberania, a democracia e os pactos federativo e universalista contidos na Constituição, com atenção especial para a redução das desigualdades sociais e regionais, a defesa da cidadania e dos direitos sociais.

Pauta da Virada
Políticas Monetária e Fiscal

1. Adotar medidas para a redução dos juros e de manutenção do câmbio em patamares que assegurem a competitividade da produção nacional.

2. Ampliar recursos para saúde, educação e pesquisa científica, com criação de novas fontes de recursos e garantia de não-contingenciamento do orçamento dessas politicas.

3. Adotar medidas para a realização de receitas não-tributárias, como a securitização da dívida ativa da União, estados e municípios; e a repatriação de ativos financeiros. Em relação a esse último ponto, é importante que a destinação dos recursos priorize gastos em educação.


Desenvolvimento Produtivo

4. Adotar políticas voltadas para o aumento de competitividade, produtividade, com foco na absorção de tecnologia; redução do custo de financiamento; ampliação da exigência de conteúdo nacional e do incentivo à expansão, diversificação, fortalecimento e integração das cadeias produtivas internas.
• Ampliar as políticas de conteúdo local, com maior ênfase no apoio a capacitação dos fornecedores e sua inserção em atividades de maior conteúdo tecnológico;
• Adotar políticas específicas para as cadeias produtivas em formação ou expansão no Brasil, particularmente para os segmentos industriais de defesa, óleo e gás, transportes ferroviários e energias renováveis;
• Reconhecer o SUS como uma importante área de desenvolvimento tecnológico e de formação de uma cadeia produtiva para a indústria nacional de equipamentos médicos e hospitalares e de insumos;
• Ampliar as políticas de apoio à exportação das grandes empresas dos setores de eletrônica e outros de alta tecnologia, bem como a internacionalização das marcas.

5. Apoiar as medidas em defesa da Petrobras e da engenharia nacional.

6. Aprovar medidas para o fortalecimento das micro e pequenas empresas.

Desenvolvimento Regional

7. Aprovar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional II.
8. Implementar políticas de desenvolvimento do turismo.

Política Tributária

9. Adotar medidas para ampliar a progressividade da tributação, reduzindo a tributação sobre o consumo e sobre a circulação de bens e serviços e aumentando a tributação progressiva sobre patrimônio: grandes fortunas, heranças, a grande propriedade urbana e rural, o setor financeiro e as remessas de lucros e reservas ao exterior.
10. Adotar medidas para simplificar obrigações tributárias e facilitar a pronta recuperação dos créditos tributários.

Reforma Política

11. Adotar medidas para a democratização do processo eleitoral e redução de custos das campanhas.
Pacto Federativo
12. Aprovar medidas para o aperfeiçoamento e uma repactuação mais justa de receitas, obrigações e responsabilidades do Pacto Federativo.

Combate à Corrupção

13. Aperfeiçoar a legislação anticorrupção: tipificação de crime de enriquecimento ilícito (PL 5.586, de 2005); e medida cautelar sobre indisponibilidade de bens, direitos e valores (PL 2.902, de 2011).
14. Mudar a legislação relativa à criminalização da sonegação, tornando-a mais rigorosa e abrangente.

Direito dos Trabalhadores

15. Adotar medidas para a garantia do emprego, dos direitos dos trabalhadores e do poder aquisitivo dos trabalhadores e aposentados.

Direitos Civis

16. Adotar medidas que combatam a violência contra a mulher, a intolerância, o preconceito e que assegurem a liberdade religiosa.
17. Garantir o direito de resposta e o aperfeiçoamento da legislação sobre meios de comunicação com medidas efetivas contra concentração econômica (monopólio e o oligopólio).
18. Ampliar o orçamento da cultura. Garantir a diversidade cultural regional e a produção local.
19. Adotar medidas para a política de ressocialização do sistema penitenciário.
20. Aprovar medidas para o acesso universal às redes de comunicação de dados a baixo custo pra o usuário.

Setor Público

21. Apoiar os projetos relacionados à desburocratização e à simplificação da relação do Estado com o cidadão e o setor produtivo.
22. Aprovar mudanças na legislação de licitações e contratos para aperfeiçoamento das regras e dos instrumentos de controle, transparência e eficiência.
23. Defender a construção, por parte do poder executivo, de políticas para as carreiras e remuneração dos servidores públicos.

Questões Urbanas e Reforma Agrária

24. Adotar medidas efetivas que assegurem políticas e recursos para melhoria da mobilidade, construção de moradias, saneamento básico.
25. Aprovar medidas para a modernização e adequação do Código Brasileiro de Trânsito.
26. Garantir orçamento para Reforma Agrária. Assegurar condições para assentar todos os acampados, como também viabilizar condições de produção e de acesso aos serviços públicos.

Assinam os líderes dos seguintes partidos
PCdoB PT PRB PP PR PROS PSD PRP PRTB PSDC PSL PMN PTC PTdoB PTN
Do Portal Vermelho
Com PCdoB na Câmara

SEMANA DO DIA DOS BANCÁRIOS COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

No dia 28 de agosto, é comemorado o dia do bancário, e o Sindicato preparou uma programação especial. Como estamos a todo vapor com a Campanha Salarial 2015, em nosso Boletim Diário você será informado das principais reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), afinal, temos que estar engajados com a luta pela melhoria da nossa classe. No boletim de hoje (vide coluna ao lado), você acompanha como foi o primeiro dia de negociações da pauta específica do Banco do Brasil e amanhã, além do resultado da reunião que se encerra a tarde, teremos a estréia da coluna “Os Sete Pecados do Capital”, aguardem!

Na quinta-feira (27) haverá Ato Público em frente ao banco Bradesco, da Avenida Cinquentenário, às 10h, em homenagem ao dia. Na oportunidade, o Sindicato denunciará todo tipo de pressão sofrida pelos bancários. Nosso Jornal Mensal, que será entregue no mesmo dia, apresenta detalhadamente as reivindicações da Campanha Salarial deste ano e faz uma bela homenagem a um bancário que sempre teve participação cidadã e consciente. Surpresa!

Na sexta-feira (28), nós convidamos você a celebrar conosco o Dia do Bancário com um delicioso e, já tradicional, café da manhã. Será uma excelente oportunidade de confraternização neste dia tão especial. Fique ligado no horário e no local que está divulgado no convite abaixo!

No sábado (29), acontece a grande final do Campeonato Interno do Clube dos Bancários, entre o Bradesco e a Caixa Econômica, além da disputa do terceiro lugar, entre o time do Itabuna contra o Baba da Tarde. Leve sua bandeira, vista sua camisa e vá torcer pelos atletas que fizeram um belíssimo campeonato nos últimos meses. E a programação não para por aí, logo após os jogos, haverá a confraternização de toda a família bancária com a premiação dos melhores jogadores, som ao vivo, jogos, brincadeiras para a criançada, e muito mais!

Participe conosco desta semana mais que especial!

Fonte: Língua de Fogo

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PEC da Mulher é aprovada em primeiro turno no Senado

Bancada feminina no Congresso comemora aprovação no Senado.

Bancada feminina no Congresso comemora aprovação no Senado.

Em histórica votação na noite de ontem, terça-feira (25), véspera do Dia Internacional da Igualdade de Gênero (26), como parte da reforma política em pauta no Congresso Nacional, foi aprovada a PEC 98/2015 que que reserva vagas de gênero de forma progressiva. A proposta recebeu 65 votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. Vamos mudar o mapa da sub-representação política da mulher no Brasil”, comemorou a procuradora Especial da Mulher do Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). 


Senadores e senadoras de diversas legendas favoráveis à proposta ocuparam a tribuna para defender a PEC. A medida atinge Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais. Na avaliação da senadora, o texto não é o ideal, mas representa um avanço.


A senadora disse ainda que a luta pela igualdade na representação política entre os gêneros ganhou força nesse primeiro turno de votação graças ao empenho da bancada feminina do Congresso, que atuou unida desde março na campanha Mais Mulheres na Política, a reforma que o Brasil precisa e ganhou apoios de lideranças em todo o Brasil.

O texto modifica a Constituição e precisa ainda ser aprovado em segundo turno no Senado com o mínimo de 49 votos e depois ser apreciado também em dois turnos na Câmara dos Deputados, onde serão necessários 308 votos.

O aumento de cadeiras para mulheres passará a valer no pleito seguinte à promulgação, quando as casas legislativas dos três níveis do Parlamento brasileiro deverão reservar 10%, 12% e 16% de cadeiras para gêneros diferentes nas eleições seguintes.

O mapa da representação legislativa hoje é de 14 senadoras; 51 deputadas federais; 120 deputadas estaduais e 7.651 vereadoras, o que corresponde nacionalmente a uma média de 10% de mulheres.

A presidenta do PCdoB, deputada federal, Luciana Santos (PE), reforça o pleito das cotas femininas no parlamento. "Somos mais da metade da população do planeta e ainda amargamos situações de desigualdade. Esta não é uma luta sexista, mas contra um modelo econômico e uma cultura machista que estão impregnados na sociedade.”

Sobre a baixa representatividade feminina, a senadora Vanessa destaca que é equivocada a ideia de que “mulher não gosta de política, não quer concorrer”. A questão, acredita, é mais complexa. “Elas não concorrem não porque não querem, mas porque não têm espaço, são discriminadas nos partidos”.

Câmara dos Deputados
Em junho deste ano, a proposta de cota feminina foi inclusa no texto da Reforma Política da Câmara dos Deputados, que reservava gradativamente as vagas para as mulheres. Era assim: 10% das cadeiras para as mulheres na primeira legislatura, passando para 12% na segunda, até chegar a 15%, em 2027. Mas a proposta foi rejeitada, pois recebeu 293 votos favoráveis – eram necessários.

Além do resultado da votação, a postura de alguns parlamentares diante da emenda tornou-se visível a cultura machista no Parlamento. “Entre os defensores da regra, um deputado chegou a dizer que era a favor das cotas porque o plenário ficaria mais bonito. Outro disse ser a favor para dar um voto de confiança às mulheres”, criticou a diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo. “É a mais completa tradução de que deputados operam em causa própria, é uma maioria masculina que não tem condições políticas e éticas para reestruturar o sistema político brasileiro”. Mais de 100 deputados votaram contra o mecanismo. Na tribuna, um parlamentar disse que “não é justo é que uma minoria, pequena e de pouco trabalho, conquiste uma cadeira que não é fácil".

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) fez críticas, em entrevista aoVermelho-BA, sobre o retrocesso das pautas em votação neste ano na Câmara dos Deputados e reafirmou que o retrocesso se deve muito a condução do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a parlamentar, o presidente tem promovido uma regressão na Câmara Federal, no que se refere à afirmação democrática no Brasil. “Infelizmente, a Câmara dos Deputados tem tido um comendo completamente na contramão da afirmação democrática do país”.

De autoria da deputada Alice Portugal, tramita na Câmara o Projeto de Lei, há seis anos, uma proposta que estabelece normas para facilitar a entrada e a permanência das mulheres no mercado de trabalho. Apesar da importância da pauta, desde 2010, o projeto aguarda deliberação em Plenário. “Hoje, nós temos uma situação melhor, mas ainda estamos longe da equidade. Por isso, precisamos acelerar projetos como este”, cobra a parlamentar.

Representatividade 
Autora de tese sobre a representatividade feminina no Poder, Luciana Ramos, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), lembra que existem três tipos de cotas políticas no mundo – reserva de assentos mínimos, cotas partidárias voluntárias e cotas legislativas – que impõem a todos os partidos um percentual mínimo de candidatas. “No Brasil, temos as cotas legislativas, mas isso não é cumprido por uma série de razões, especialmente pelo fato de não ter sanção para o descumprimento dessa lei”, avaliou.

Desigualdade salarial
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as brasileiras ganham, em média, 76% da renda dos homens. Para punir tal prática, o deputado João Derly (PCdoB-RS) apresentou o PL 131/15, que prevê mecanismos de fiscalização contra a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

O Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial revela que a equidade com os homens ainda pode levar oito décadas.

Avanços para se comemorar
Liderança na luta de maior representatividade feminina, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) ressalta que, mesmo com os desafios apontados, há muito que se comemorar como avanço do ponto de vista do empoderamento e representação das mulheres, como a eleição de uma mulher na Presidência da República, que, se somado os votos da presidenta Dilma Rousseff. “Estamos vivendo um momento em que as mulheres estão tendo uma visibilidade muito grande em toda a vida da sociedade, e um momento também em que a sociedade tomou consciência de que o machismo explícito é uma chaga a ser combatida”, comemora.


Do Portal Vermelho, Eliz Brandão
Com informações da Liderança do PCdoB na Câmara

Dilma: Somos capazes de superar os desafios e vencer as dificuldades

Durante a entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida, para mais de 10 mil pessoas, na terça-feira (25) em Catanduva, interior de São Paulo, a presidenta Dilma afirmou que é preciso "encarar os problemas de frente" e construir caminhos para que o Brasil supere rapidamente seus desafios da conjuntura atual. Simultaneamente a cerimônia em Catanduva, também foram entregues empreendimentos em Araraquara, Araras e Mauá.


Agência Brasil
Dilma entregou casas do programa Minha Casa, Minha vida em Catanduva, interior de São PauloDilma entregou casas do programa Minha Casa, Minha vida em Catanduva, interior de São Paulo
"Quando a gente age juntos somos capazes de realizar mais e melhor. Vamos superar este momento de dificuldades. Todos nós que somos brasileiros sabemos que temos capacidade de superar desafios, de apresentar e de construir caminhos e de chegar a resultados. Quanto mais rápido fizermos isso, mais rápida será a superação das nossas dificuldades”, afirmou Dilma

“Temos que enfrentar os problemas de frente”, disse a presidenta, salientando que quem mais sofre com essa travessia na economia, é a população. Por isso, argumentou Dilma, “jamais é aceitável que se torça para o pior acontecer, porque quando acontece, o pior quem paga é a população do país”, se referindo a política do quanto pior melhor da oposição tucana.

Dilma destacou também que “todos os países do mundo” enfrentam as mesmas dificuldades na economia pelas quais o Brasil passa. “A segunda maior economia do mundo, a chinesa, teve um momento de muita dificuldade. Nós torcemos para que essas dificuldades sejam superadas”, disse.

Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Dilma destacou a importância da “visão republicana”, salientando que apesar das divergências, os governos devem atuar juntos para o bem do interesse público. “Esta parceria está baseada em uma visão democrática e republicana da coisa pública. Nós podemos divergir, mas temos que agir juntos no que se refere a administração para proteger os interesses da população. Quando a gente age juntos, somos capazes de realizar mais e melhor”, defendeu.

Governabilidade

Ela afirmou ainda que seu governo tem feito “um esforço para que “junto com os governos possamos construir obras e buscar alternativas” para garantir que o país faça a travessia.

“Este empreendimento só é possível porque fizemos uma parceria. Nesta parceria, o governo federal, que é mais forte, porque representa todo o pais e arrecada impostos de todo mundo, entra com a maior parte dos recursos. Em média, as casas custam R$ 70 mil e nós entramos com algo em torno de R$ 55 mil e o governo estadual, R$ 15 mil. Além disso, a prefeitura entra com uma série de empreendimentos que garantem a sustentabilidade, ou seja, esgoto, água tratada, enfim, as condições para que as pessoas possam viver aqui”, declarou Dilma, ressaltando que a parceria entre as três esferas de governo vai continuar.

Casas

Um dos conjuntos habitacionais entregues nesta terça foi o Residencial Nova Catanduva I, considerado um bairro planejado no município do interior paulista. Diferentemente dos programas habitacionais do passado, o empreendimento com 1.237 casas possui completa infraestrutura de drenagem, pavimentação, iluminação pública, esgoto e saneamento.

Mas além da estrutura básica comum a todos os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, o residencial será inaugurado com os chamados equipamentos comunitários, que são: creche, escola, Unidade Básica de Saúde e posto policial. Do total investido no residencial, R$ 4,4 milhões foram destinados à construção dos equipamentos comunitários.


Do Portal Vermelho, com informações da NBR

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Crise econômica mundial se agrava, tiremos as consequências

Alguns analistas de economia, sempre propensos a confundir desejo e realidade, andaram alardeando a tese de que a crise econômica havia se afastado definitivamente. Mercadejavam suas ilusões baseados em pequenas taxas de crescimento verificadas em alguns países do capitalismo central. Essa recuperação seria o primeiro indício de que, tomado o remédio amargo, os benefícios dos ajustes já se faziam sentir. 

As espetaculares quedas nas bolsas de valores de todo mundo nesta segunda-feira (24) jogaram um balde de água fria nessas previsões, sempre mais baseadas em pressupostos ideológicos do que em fatos econômicos. A escala do tropeço ainda precisa ser melhor medida, mas os números assustam: as ações nas bolsas europeias perderam, somente nesse episódio, mais de 450 bilhões de euros em valor. Trata-se do maior tombo desde 2008. 

Cai por terra, portanto, a ideia de que a crise nos países latino-americanos era fruto das políticas dos governos progressistas de países como a Argentina, o Brasil, a Venezuela e o Equador. O que a vida demonstra é justamente o contrário: graças ao compromisso desses governos com o seu povo as consequências sociais da crise serão minoradas e as possibilidades de uma posterior retomada do crescimento são maiores. 

É preciso ter claro, entretanto, que os efeitos da crise global devem se aprofundar nos países mais dependentes da exportação de commodities. Os preços desses itens, formados pela demanda, mas também pela dinâmica anárquica da atividade especulativa, atingiram agora, segundo o Índice Bloomberg, os valores mais baixos no século 21. Esse índice, que mede os preços de 21 produtos, aponta para um processo de descenso homogêneo e contínuo que não tem um final à vista. 

Este fato impacta boa parte dos países que tem feito experiências progressistas na América Latina, dentre eles o Brasil. Isso tem consequências imediatas na luta política em curso nesses locais, já que as oposições liberais e pró-imperialistas têm se apoiado na crise econômica para minar a base social desses governos. 

É preciso denunciar com veemência o discurso desses setores conservadores, demonstrando que o culpado pelas crises é justamente o modelo neoliberal, baseado na desregulação e na irracionalidade do capitalismo financista. As chances da humanidade superar a crise de forma mais definitiva estão justamente na construção de saídas que apontem para superação do neoliberalismo, que é o capitalismo de nosso tempo. 

E não tenhamos dúvida: os golpistas no Brasil se aproveitarão do agravamento da crise para cercar a presidenta Dilma, como já tem buscado fazer. Diante disso, é muito importante encontrar uma tática justa, inteligente e ponderada. Cabe ao movimento social e aos partidos de esquerda continuar reivindicando o aprofundamento das mudanças, aí inclusas as necessárias inflexões na política econômica, mas é preciso faze-lo sem reforçar os argumentos da oposição golpista. Na atual quadra política, só é consequente a tática que for presidida pelo fortalecimento da autoridade da presidenta e pela defesa de seu mandato constitucional. 


Fonte: Vermelho

Bolsas: Queda mundial aponta possível agravamento da crise capitalista

 

Ontem, segunda-feira (24) a Bolsa de Xangai caiu 8,46%, a maior queda desde 2007, influenciando as bolsas de todo o mundo. O índice FTSEurofirst 300 (principal índice europeu de ações) fechou com queda de 5,44% e perdeu cerca de 450 bilhões de euros (R$ 1,8 trilhão) em valor de mercado - pior performance desde novembro de 2008. 


No Brasil, após chegar a cair 6,5% durante o dia, o Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) reduziu as perdas e encerrou o dia com baixa de 3,03%, a 44.336,47 pontos. É a menor pontuação de fechamento desde 8 de abril de 2009. O dólar fechou em alta de 1,62%, a R$ 3,553 na venda, o maior valor de fechamento desde 5 de março de 2003.


A coleção de más notícias, no entanto, é maior. O movimento de queda do petróleo, que já dura algumas semanas, também se acelerou nesta segunda-feira, com os preços caindo mais de 5%. Em menos de um ano, preços do petróleo caíram mais de 60%, derrubando ações de todas as petroleiras globais. Outras commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, também enfrentam mínimas históricas.

Quando o governo, especialmente a presidenta Dilma, situava a crise brasileira no quadro de uma crise global, quase todos os comentaristas econômicos da mídia empresarial diziam que o discurso era “mera desculpa”.

Com os acontecimentos desta segunda, diversos analistas já consideram que podemos estar assistindo a um recrudescimento da crise capitalista, talvez ainda mais grave ainda do que a de 2008.
 
 

Do Portal Vermelho, com agências 

Jovens bancários da Bahia e Sergipe aprovam resoluções para a 3ª Conferência Nacional


IMG 20150824 WA0001
No domingo (23), último dia do 4º Encontro da Juventude Bancária da Bahia e Sergipe, realizado no Águas Claras Beach Resort, na cidade de Saubara, no Recôncavo Baiano, foram aprovadas as resoluções que serão encaminhadas para 3ª Conferência Nacional de Juventude e eleita a nova Comissão da Juventude Bancária.
Dentre os pontos aprovados estão a defesa da taxação das grandes fortunas em lugar de ajuste fiscal; do fim do monopólio das comunicações no Brasil, garantindo pluralidade nos conteúdos veiculados; e da garantia de trabalho decente para a juventude, com a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT.
encontro juventude lucas
A 3ª Conferência Nacional de Juventude acontecerá de 16 a 19 de dezembro, em Brasília, com o objetivo de atualizar a agenda da juventude para o desenvolvimento do país, reconhecendo e potencializando as múltiplas formas de expressão juvenil. As propostas e resoluções da etapa nacional servirão de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Juventude.
encontro juventude publico 3. jpg
Veja abaixo as resoluções do Encontro da Juventude da Bahia e Sergipe:
Sistema Financeiro Nacional
1. Deve ser intensificado o esclarecimento à população acerca das instâncias reguladoras do SFN (BACEN, Ouvidorias, etc);
2. Realização de auditoria da dívida pública brasileira;
3. Preservação do caráter público das instituições oficiais, de maneira a balizar o mercado com práticas sustentáveis;
4. O combate à crise não pode penalizar a classe trabalhadora: taxação das grandes fortunas em lugar de ajuste fiscal;
5. Regulamentação do SFN preceituada na CF/1988, em prol do desenvolvimento nacional;
6. Fim do tripé macroeconômico (câmbio desvalorizado, superávit primário e juros elevados) tão prejudicial 'a produtividade do país;
Democratização da mídia
1. Fim do monopólio das comunicações no Brasil, garantindo pluralidade nos conteúdos veiculados e amplitude de acesso da população a informações sem distorção, através da revisão das concessões públicas de rádio e TV, visando a desconcentrar a produção de conteúdos informativos no Brasil, bem como qualificar essa produção através da exigência de exibição de programas de cunho educativo em diversos horários;
2. O debate sobre democratização da mídia deve levar em conta que os bancos são os principais financiadores de campanhas eleitorais e patrocinadores da mídia monopolizada, por isso se faz necessário que se imponha limites para a desmedida intromissão do mercado financeira na agenda de desenvolvimento nacional;
Políticas Públicas de Juventude
1. Maior eficiência nas investigações criminais, especialmente nos casos generalizados de homicídios de jovens negros com baixa renda;
2. O lema "Pátria Educadora" deve ser materializado na consecução de PPJ's cujo foco sejam a educação;
3. A escola deve ser um ambiente mais atrativo, em que o modelo da mera transmissão de conteúdo seja substituído por práticas interativas conectadas com a realidade concreta e incentivo ao esporte e ao conhecimento da CF/1988, do Estatuto da Juventude e do ECA nas instituições educacionais;
4. Estabelecer diálogo com entidades representativas de estudantes (UNE, DCE's, CA's, grêmios, etc) no intuito de criar espaços onde o conjunto da juventude possa ser inserido na participação política;
5. Ampliação de disciplinas que propiciem a formação cidadã e laica nos currículos escolares (filosofia, política, direito, CF/1988, etc);
6. Fortalecer as agremiações estudantis/juvenis através da co-realizacao de eventos periódicos para a formação política e cidadã dos estudantes;
7. Garantia de trabalho decente para a juventude: Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT. Abaixo o PLC 30!;
8. Menos cadeias, mais escolas – abaixo a redução da maioridade penal;
9. Estabelecimento de políticas de incentivo ao primeiro emprego;                         
10. Descriminalização.
Organização do movimento
1. É necessário fortalecer o papel histórico do movimento sindical enquanto agente da luta coletiva, democratizando os espaços de participação para a juventude bancária;
A unidade da categoria bancária deve ser fortalecida a cada dia, calcada na autonomia sindical e na ação classista;
2. As entidades sindicais devem travar luta para estender a conquista do benefício do vale-cultura a toda a categoria, incentivando estabelecimentos alvo a se credenciarem para aceitação;
3. A fim de alcançar condições mais efetivas de implantar as pautas, e' fundamental incentivar as candidaturas de bancários e principalmente bancárias a cargos eletivos;
Conscientizar a categoria sobre a importância de contribuir nas ações sindicais, seja divulgando, mobilizando colegas ou apresentando sugestões;
4. A utilização de mídias para comunicação sindical deve ser diversificada, de maneira a capilarizar a divulgação das nossas bandeiras e opiniões;
5. Realização de fóruns temáticos sobre política, enfrentando preconceitos e conscientizando o conjunto da categoria sobre o quanto este assunto é determinante na consecução das reivindicações;
6. Consolidação do trabalho de reintegração de bancári@s demitid@s desmotivadamente, como forma de soerguer a autoestima da categoria;
7. Combate incessante ao assédio moral;
8. Valorização do dirigente sindical;
9. Continuar a resistência ao PL 4330 (atual PLC 30), que escancara a terceirização;
10. Fortalecimento dos piquetes de greve, aliado à necessidade de criar mecanismos para envolver a área de tecnologia das instituições;
Fonte: Feebbase