quarta-feira, 30 de julho de 2014

Cúpula do Mercosul manifesta solidariedade ao povo palestino

A 46ª Cúpula do Mercosul, reunida em caracas ontem, terça-feira (29), revelou um sentimento profundamente humano de solidariedade com o povo palestino, de exigência de cessar-fogo, de que sejam retomados os caminhos das conversações para a paz e o respeito ao direito do povo palestino a viver, a existir.


Os chefes de Estado e de Governo dos países do Mercosul, reunidos em Caracas na 46ª Cúpula do bloco instaram ao restabelecimento do diálogo que conduza a cessar permanentemente as ações militares na Faixa de Gaza, com o pleno respeito ao Direito Internacional Humanitário e a observância dos Direitos Humanos como única saída a este conflito que está causando um número importante de vítimas civis, ao tempo que respaldaram os esforços realizados pelo secretário-geral das Nações Unidas e por distintos governos para chegar a um acordo de cessar-fogo.

Igualmente, os líderes do Mercosul instaram a um imediato levantamento do bloqueio que afeta a população de Gaza, que permita o livre trânsito de pessoas, a entrada de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária, tanto por via terrestre como por via marítima.

Redação do Vermelho

PCdoB tem deputados entre os mais influentes do Congresso

Bancada do PCdoB
Bancada do PCdoB Crédito: Richard Silva

Esta semana, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), publicou na internet uma pesquisa com os 100 parlamentares mais influentes do Congresso. É a 21ª edição da “Lista dos Cabeças do Congresso”. O PCdoB não ficou de fora e conta com deputados na relação. Entre os partidos da base aliada, o PCdoB é o terceiro com maior número de parlamentares na relação. Entre as mulheres – apenas nove do total – quatro são da legenda.


São eles, Alice Portugal (BA), Daniel Almeida (BA), Jandira Feghali (RJ) e Manuela D’Ávila (RS) – além dos senadores Inácio Arruda (CE) e Vanessa Grazziotin (AM). A deputada Jô Moraes (MG) figura entre os parlamentares “em ascensão”.

Segundo o Diap, os “cabeças” do Congresso são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais e influenciam nas tomadas de decisão. Entre os critérios definidos estão posição institucional, reputação e capacidade de liderar.

Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali, estar entre os 100 é uma forma de reconhecimento ao trabalho. “É uma honra estar mais uma vez no ranking. Esse reconhecimento renova as energias e nos motiva a atuar cada vez mais e melhor pelo povo”, afirma. É a 13ª vez que Jandira figura entre os mais influentes do Congresso.

“Despeço-me da Câmara como uma das "cabeças" do Congresso. Somos apenas nove mulheres e creio que sigo sendo a mais jovem da lista. Fico feliz por ter feito um bom trabalho”, escreveu a deputada Manuela D’Ávila nas redes sociais. É a quarta vez que ela entra lista.

A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação – de fevereiro a junho de 2014. Assim, quem esteve ou está licenciado do mandato, mesmo influente, não faz parte da publicação. Por isto, não constam entre os 100 mais influentes: o deputado Aldo Rebelo (SP), por exemplo, que tomou posse como ministro de Estado do Esporte em 2011.

Em ascensão
Entre os parlamentares que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas, está a deputada Jô Moraes. A parlamentar faz parte da categoria “em ascensão”, que, segundo o Diap, relaciona àqueles que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento. Jô é, atualmente, coordenadora da Bancada Feminina da Câmara e vem desempenhando um forte papel na defesa dos direitos das mulheres. Segundo o Diap, os parlamentares “em ascensão” estariam entre os 150 mais influentes do Congresso Nacional.

Leia a íntegra da lista.
Fonte: Ascom Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados via Vermelho


Mercosul consolida e amplia integração regional

A diplomacia dos países sul-americanos, na sua maioria liderados por governos progressistas, produziu mais um fato político com reflexos positivos no desenvolvimento econômico e social. 

Os chefes de Estado e de Governo membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul), reunidos em Caracas nesta terça-feira (29), na 46ª Cúpula Presidencial do bloco, decidiram acelerar o desenvolvimento produtivo da região pondo em marcha mecanismos que atuam não mais a favor dos monopólios, mas dos povos. 

Os dois resultados mais visíveis e impactantes da Cúpula foram a aceleração do processo para ativar o Banco do Sul, e o impulso à criação da Zona Econômica Complementar, com a participação da Aliança Bolivariana para Nossa América (Alba), Comunidade do Caribe (Caricom) e Petrocaribe, que é o acordo energético composto por Venezuela, Cuba e vários outros países caribenhos. De acordo com os líderes reunidos em Caracas, a Zona Econômica Complementar visa a avançar na consolidação de uma economia justa, produtiva e equitativa na região. 

A Zona Econômica Complementar tem caráter estratégico e vital, pois contará com a participação de 24 países da América do Sul, América Central e Caribe e propõe constituir-se como uma formação econômica que vá muito mais além do que se chama de livre comércio, para chegar ao nível do comércio justo e integrador, dos investimentos conjuntos e do desenvolvimento das forças produtivas. 

Nesse marco, deve-se destacar o alcance geopolítico e no plano da economia internacional da aproximação defendida pelos líderes do Mercosul entre o Banco do Sul e o Novo Banco de Desenvolvimento, criado na Cúpula do Brics realizada em Fortaleza dia 15 último.

"Desde o Mercosul, deve-se ir gerando um espaço de desenvolvimento de uma economia próspera, produtiva, avançada, própria, autônoma, nossa. É chegada a hora da América do Sul. A hora para nossa região pensar grande, atuar grandemente, buscar o grande”, disse o presidente da República Bolivariana da Venezuela, que fez também um chamamento para que os países da região sigam em frente, compactos, “afirmando o caminho da América do Sul”. 

Na mesma perspectiva, a presidenta brasileira Dilma Rousseff relacionou os desafios do Mercosul e do processo de integração com o quadro internacional marcado por acentuadas instabilidades. Disso, acertadamente, a líder brasileira extrai a conclusão de que “é importante fortalecer nossos mercados internos, mercados internos que foram ampliados de forma significativa pelas políticas de inclusão social e distribuição de renda que foram uma das marcas e motores do nosso desenvolvimento”. Dilma reiterou a justa compreensão do governo brasileiro sobre o caráter do Mercosul, como espaço político amplo, democrático e plural, no qual convivem livremente ideias, concepções, modelos e visões de mundo. 

Tendo representado um passo adiante para fortalecer a integração regional a fim de impulsionar o desenvolvimento econômico com bem-estar para os povos e progresso social, a 46ª Cúpula do Mercosul foi também a expressão da solidariedade internacional e dos esforços pela paz, ao aprovar resolução em que rechaça os ataques perpetrados pelo Estado de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

Igualmente, num gesto que reforça a unidade do bloco, os chefes de Estado e de Governo reunidos em Caracas, manifestaram sua solidariedade e apoio irrestrito à Argentina, contra os fundos abutres que estão movendo uma guerra econômica e financeira contra o país austral. 

Dessa forma, o Mercosul e outros mecanismos de integração regional na América Latina se consolidam e se ampliam, uma tendência oposta às pretensões entreguistas do candidato tucano Aécio Neves, que propõe sua extinção e defende que o eixo da política externa brasileira gire em torno das grandes potências imperialistas – Estados Unidos e União Europeia – em detrimento da soberania nacional e da solidariedade entre povos irmãos.


Fonte: Vermelho

TSE anuncia que número de eleitores brasileiros cresceu 5,17%

Aumenta em 7 milhões número de eleitores brasileiros
Aumenta em 7 milhões número de eleitores brasileiros

O eleitorado brasileiro cresceu 5,17% nos últimos quatro anos, saltando de 135.804.433 votantes, em 2010, para 142.822.046 eleitores, divulgou nesta terça-feira (29) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 


A Região Sudeste concentra o maior número de pessoas aptas a votar, 62.042.794 (43,44%), seguida do Nordeste, 38.269.533 (26,80%), Sul, 21.117.307 (14,79%), Norte, 10.801.178 (7,57) e Centro-Oeste, 10.238.058 (7,17).

Com 898 eleitores, a cidade de Araguainha (MT) é o menor colégio eleitoral do país, de acordo com TSE. Já São Paulo, com 8.782.406 eleitores, é o maior colégio eleitoral municipal. No pleito de 2014, os eleitores residentes no exterior somam 354.18, 0,25% do total do país. Em relação à disputa de 2010, houve um crescimento expressivo, de 76,75% do total de votantes fora do Brasil. Esses eleitores estão em 118 países – quase a metade, nos Estados Unidos.

Para o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, o crescimento de votantes fora do Brasil cresceu devido à maior divulgação e à abertura de consulados brasileiros. “Penso que houve maior divulgação dessa possiblidade de voto no exterior e um aprimoramento da relação com o Itamaraty, facilitando e ampliado o acesso de brasileiros no exterior aos nossos consulados. Também houve um incremento grande do número de consulados nos países com que o Brasil tem relações diplomáticas.”

Segundo o TSE, a maioria do eleitorado brasileiro é formada por mulheres, com 74.459,424 (52,13%), enquanto os homens somam 68.247,598 (47,79%). Em 2010, as mulheres eram 70.252.943 (51.82%) e os homens, 65.282,009 (48,07%).

Número de jovens e idosos nas eleições deste ano
Apesar de o eleitorado brasileiro ter crescido 5,17% nos últimos quatro anos, a participação dos jovens aptos a votar em 2014 será menor do que em 2010. Enquanto no último pleito geral os eleitores com 16 anos eram 900.807 (0,66%), no dia 5 de outubro, eles serão 480.044 (0,34%), uma redução de 420 mil eleitores.

Já o percentual de idosos aptos a votar cresceu no mesmo período. Em 2010, os eleitores com 60 anos ou mais eram 20.769.458 (15,29%). Este ano, 24.297.096 (17,01%) idosos estão em condições de votar.

Na faixa etária até 17 anos também houve redução do número de pessoas aptas a votar. Em 2010, 1.490.545 estavam aptas a participar das eleições. Este ano, 1.158.707 poderão votar – diferença de 331.838 eleitores.

Para o presidente do TSE, ministro Dias Tofolli, essa redução se deve, entre outros pontos, ao envelhecimento da população. Perguntado sobre a possibilidade de um desinteresse do eleitorado mais jovem em relação à política, o ministro disse que essa análise não é da responsabilidade do tribunal. “Isso quem tem responder são os pesquisadores e a imprensa”, limitou-se.

De acordo com o tribunal, o maior percentual de eleitores está na faixa etária de 25 a 34 anos. Ao todo, eles são 33.268.757 (23,29%). Em 2010, os eleitores nessa faixa etária eram 32.790.487 (24,15%). Os eleitores com idade entre 45 a 59 anos são 33.790.849 (23,66%). Nas ultimas eleições gerais, eles eram 30.753.427 (22,65%).

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Mídia desaparece com o aeroporto presenteado à família de Aécio Neves

Aécio teme o crescimento da rejeição ao tucano (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas) depois da divulgação do Aeroporto dos Neves.
Aécio teme o crescimento da rejeição ao tucano
 (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas)
depois da divulgação do Aeroporto dos Neves. Fonte: reprodução

Segue, a olhos nus, pode se dizer que de forma explícita e pública, a marcha de uma bem montada operação da mídia e da oposição, para sumir com o aeroporto dos Neves do noticiário e, assim, proteger o candidato do PSDB, da mídia e dos conservadores, ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB/MG). Basta observar a cobertura no final de semana sobre o aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio (2003-2010), com dinheiro público do Estado, no município de Cláudio (MG).




A IstoÉ desta semana, vejam só, uma revista semanal, só deu uma frase, a do próprio Aécio – “Está tudo explicado já”. Que aliás virou bordão dele. A Veja não sonegou a informação a seus leitores, deu uma matéria de quatro páginas, mas, o foco é mostrar o Aécio vítima. Pois é… Para a revista ele é uma vítima do PT, da campanha do partido contra o tucano, principalmente, pelas acusações que circulam nas redes e na blogosfera independente.

Já o jornalão da família Marinho, O Globo, que nunca deu o caso com destaque, pôs uma pedra em cima no final de semana: nenhuma palavra a respeito. O Estadão, por sua vez, nos dois dias do fim de semana deu meia página em cada um a entrevistas com personalidades que nemo costumam aparecer no noticiário do jornal, como o tio-avô de Aécio, Múcio Tolentino, dono da fazenda em, que o agora candidato a presidente construiu o aeroporto à 6 km da sua própria Fazenda da Mata; e o presidente de uma entidade de classe de Cláudio (MG). Ambos defendendo a construção do aeroporto dos Neves. Claro.

Silêncio de FHC


Já o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, embora tenha concedido entrevista à IstoÉ no dia 21 pp, um dia depois da Folha ter denunciado o aeroporto, em sete páginas a ele destinadas pela revista não tocou no caso. Fez o mesmo neste domingo, na página inteira dada a ele pelo Estadão. Vai ver que FHC, ou os veículos de comunicação, ou ambos, consideram dar de presente um aeroporto à família, um mimo de R$ 14 milhões, pago com dinheiro público de Minas, é um negócio de menor importância.

Assim, praticamente só a Folha continua dando o caso. Neste domingo, inclusive, apontou que o QG da campanha Aécio teme o crescimento da rejeição ao tucano (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas) depois da divulgação do Aeroporto dos Neves.

O temor, aponta a matéria, levou o QG e assessores tucanos a optarem por operar os desmentidos nas redes sociais, (dai eles chegam aos outros veículos), para que o candidato tucano não se exponha falando a respeito. Nas redes, 80% desaprovaram a atitude de Aécio, de construir o aeroporto da família.

Por que a escolha recaiu nas redes sociais
A estratégia de usar as redes sociais, aponta a Folha, foi bolada, montada e operada por Andréa Neves, irmã do candidato e que comandou por 8 anos a área de comunicação do governo de Minas quando ele foi governador. A opção prioritária desta vez pelas redes é porque a mídia em geral já está com Aécio e cumprirá o papel que sempre cumpriu: o fazer de conta que noticia, mas defendendo o tucano; e, no limite, atribuindo ao PT a denúncia com fins eleitorais ou por pura perseguição dado ao “caráter autoritário” que atribuem ao PT.

Enquanto a imprensa some com o aeroporto da família Neves dos noticiários, Aécio come pastel de feira, ao lado do governador tucano paulista e também candidato à reeleição Geraldo Alckmin. Quer e tenta continuar governador, agora pela 4ª vez. No Rio, em campanha na 6ª feira, e em São Paulo, na companhia de Alckmin, o tucano candidato ao Planalto repetiu o bordão de sua campanha: “a reeleição da presidenta Dilma não gera boas expectativas” para o mercado, o mundo econômico. Coincidência, é a mesma toada de FHC em suas entrevistas!

É, também, a mesma campanha do comunicado do Santander encaminhado a seus 40 mil clientes-Select, os mais ricos. É o que disseram a seus clientes as quatro consultorias arroladas pela Folha no sábado (duas do Brasil, uma dos Estados Unidos, outra do Japão), que fazem relatórios a seus clientes espalhando terrorismo em relação à reeleição da presidenta. É a campanha do caos e aquilo que o presidente do PT, Rui Falcão, tão bem classificou de “terrorismo eleitoral”.

E assim, vejam vocês, um candidato a presidente da República dá de presente à família um aeroporto, paga R$ 14 milhões por ele, com dinheiro público de Minas, e fica por isso mesmo. E outro governador do Estado, em 1983, já havia gasto R$ 30 milhões com este aeroporto. A rota, agora, posar no silêncio, é a mídia sumir com o mimo tão caro (no total, R$ 44 milhões), do noticiário…

Fonte: Blog Zé Dirceu via Vermelho

terça-feira, 29 de julho de 2014

Lucros dos bancos crescem. Salários estagnam

Os gigantes do sistema financeiro do Brasil viram os lucros crescerem quase cinco vezes entre 2001 e 2013. Enquanto isso, a remuneração média dos bancários estagnou. 
 
Em 2001, a soma do ganho líquido dos seis maiores bancos foi de R$ 9,8 bilhões. Em 2013, a cifra aumentou consideravelmente e deu um enorme salto para R$ 57,7 bilhões. Crescimento gigantesco de 487% em 12 anos. 
 
Do outro lado, estão os bancários, bem menos abastados. O salário médio dos funcionários, em 2001, era de R$ 5.016,72. Em 2011, o valor foi reduzido para R$ 4.743,59. 
 
Os dados foram apresentados pela coordenadora da Rede Bancários do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeeconômico), Regina Camargos, nesta sexta-feira (25/07), durante o painel sobre Condições de Trabalho e Remuneração, na 16ª Conferência Nacional dos Bancários. 

Fonte: O Bancário

Palestina precisa de ajuda humanitária

“O que mais preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Se frase do ativista político, Martin Luther King, morto em 1968, fosse dita hoje cairia muito bem ao descaso com que o mundo, especialmente as grandes potências, trata a questão da Palestina.

Um povo submetido ao sofrimento e à morte nas mãos de Israel, que conta com um grande aliado, os Estados Unidos, fornecedores de armas de ponta. O exército israelense é uma máquina de matar gente e a omissão do mundo faz milhares de vítimas fatais. 

Desde o dia 8 de julho, quase mil palestinos foram covardemente assassinados, a maioria civil, e outros cinco mil estão feridos. Um verdadeiro genocídio contra um povo que luta apenas pelo direito de ter direitos.

Fonte: O Bancário

Revista Veja defende Israel e condena Itamaraty

Capa da revista semanal que adota posições cada vez mais extremistas aponta "apagão na diplomacia" e "falência moral da política externa de Dilma"; com seu radicalismo, revista da família Civita sai em defesa de Benjamin Netanyahu, que foi responsável pela morte de mais de mil pessoas nos últimos vinte dias e capaz de bombardear até um hospital e uma escola das Nações Unidas


Reprodução
Capa da revista Veja desta semana e o chanceler Benjamin Netanyahu de Israel.Capa da revista Veja desta semana e o chanceler Benjamin Netanyahu de Israel.
Responsável pelo primeiro voto, em 1947, pela criação de Israel, o Brasil sempre foi um aliado da causa judaica. No entanto, a política externa do Itamaraty também sempre foi pautada pela defesa dos direitos humanos. Foi exatamente neste contexto que o chanceler Luiz Alberto Figueiredo divulgou uma nota em que condenava "energicamente" a ação desproporcional de Israel no conflito da Palestina, que, em menos de vinte dias, matou mais de mil pessoas.

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Neste período, o governo do chanceler Benjamin Netanyahu assassinou mulheres, crianças e foi capaz até de bombardear um hospital e uma escola da Organização das Nações Unidas, levando o secretário Ban-Ki-Moon a se dizer "estarrecido". De acordo com as Nações Unidas, Netanyahu deve ser investigado por "crimes de guerra" e até mesmo o maior aliado de Israel, o governo dos Estados Unidos, tem se mostrado desconfortável com o banho de sangue. Ontem, o secretário de Estado, John Kerry, pediu uma trégua que impedisse a continuidade da matança.

No entanto, Netanyahu tem, a seu lado, a família Civita, que edita a revista Veja, cuja capa desta semana se dedica a a apontar o que seria o "apagão na diplomacia" e a "falência moral da política externa do governo Dilma". Internamente, a revista aponta o que seriam sinais de "nanismo" do Itamaraty. Um desses, curiosamente, seria até a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, numa reunião do G-20, quando chamou o ex-presidente Lula de "o cara". Ou seja: na lógica de Veja, um elogio de Obama no G-20, organismo que deve muito ao Brasil, diminuiria o País.

Com a capa desta semana, Veja se coloca à extrema direita e se isola até de mesmo seus leitores. Responsável pela formulação da política externa do candidato Aécio Neves (PSDB/MG), o embaixador Rubens Barbosa concordou com a posição adotada pelo Itamaraty. Neste sábado (26), a jornalista Mônica Bergamo também informa que o presidente da Confederação Israelita Brasileira, Claudio Lottenberg, se disse indignado com a grosseria do porta-voz Yigal Palmor, que chamou o Brasil de "anão diplomático". Em editorial, o jornal Estado de S. Paulo condenou o que chamou de "baixaria israelense".

Veja, assim, se isola, assim como Benjamin Netanyahu.

Fonte: Brasil 247 via Vermelho

Bancários aprovam campanha salarial nacional por reajuste de 12,5%

Os bancos formam o setor que mais lucra na economia nacional. Em 2013 colocaram nos cofres quase R$ 60 bilhões. As cifras comprovam que podem oferecer um salário digno. A CTB tem consciência da vida boa, por isso, defendia reajuste de 16,5% (aumento real de 10% mais a inflação do período).


Reprodução
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, explicou o posicionamento da categoriaO presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, explicou o posicionamento da categoria
No entanto, a proposta foi derrotada. O índice de reajuste a ser reivindicado na campanha salarial é de 12,5%. A votação aconteceu neste domingo (27), último dia da Conferência Nacional, que reuniu em Atibaia (SP), quase 700 bancários de todo o país.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, explica o posicionamento do estado. “Em nossa opinião, o índice aprovado é pequeno se comparado à lucratividade dos bancos. Mas, agora é hora de fortalecermos a mobilização para que possamos arrancar a melhor proposta possível”.

Nos próximos dias, será definida a data de entrega da pauta, que contém mais de 130 cláusulas, à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Outros pontos importantes são: PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 6.247 piso salarial de R$ 2.979 referente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O fim das demissões e da rotatividade, auxílio-educação para graduação e pós-graduação, igualdade de oportunidade com fim da discriminação dos salários, vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 por mês também são prioridades.

Vale lembrar que as minutas específicas do Banco do Brasil, da Caixa e do BNB foram aprovadas em junho e também serão entregues nos próximos dias.

Fonte: CTB via Vermelho

Há um século, eclodia a Primeira Guerra Mundial

Há 100 anos, era desencadeada a Primeira Guerra Mundial. Na cadeia de acontecimentos que fazem parte do desencadeamento do grande conflito, lugar de destaque é atribuído pela historiografia ao assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, Franc Ferdinand, em Saraievo, por um membro de uma organização nacionalista sérvia, a 27 de junho de 1914. 

Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho


Reprodução
 Vladimir Ilitch Lênin Vladimir Ilitch Lênin
Foi o pretexto para que rufassem os tambores de guerra e os canhões começassem a troar. Os círculos mais agressivos do referido império exploraram o fato para atacar e ocupar a Sérvia, o que, na conjuntura geopolítica da época, só podia ser feito após entendimentos com a Alemanha, grande potência em ascensão.

Os imperialistas germânicos consideravam que a situação era favorável para fazer a guerra, tendo em conta que a Rússia e a França, potências rivais, não estavam militarmente preparadas. Pesavam ainda no julgamento alemão as dificuldades momentâneas da Inglaterra, envolvida no conflito interno em torno da questão irlandesa.


O Arquiduque Franc Ferdinand

Com o consentimento alemão, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914. Na sequência, em 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia, que tinha reagido em favor da Sérvia, e depois à França. Em tais condições, a Inglaterra declara guerra à Alemanha em 4 de agosto. Em pouco tempo, o conflito se disseminou também para fora da Europa, com o envolvimento do Japão e da Turquia e as disputas territoriais na África. Assim, o que no começo era uma contenda europeia logo se transformou em guerra mundial.


A Primeira Grande Guerra foi o choque político e militar entre as duas coalizões imperialistas da época. De um lado, a Aliança Tripartite, formada pela Alemanha e o Império Austro-Húngaro, que contou também como apoio do Império Otomano; do outro, a Entente, integrada pela Inglaterra, a França e a Rússia, à qual se incorporam, com o decorrer do conflito, a Itália, o Japão e os Estados Unidos.

O conflito mobilizou 75 milhões de soldados e resultou em 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.


Em essência, a guerra foi consequência da crise geral do sistema econômico e político mundial do imperialismo, do agravamento das contradições entre as grandes potências capitalistas, a partir do desenvolvimento desigual e da tendência objetiva à nova divisão do mundo, com muitos antecedentes.

Em 1898, já se desenvolvera o primeiro conflito com caráter imperialista-colonialista entre os Estados Unidos e a Espanha pela posse das Filipinas, na Ásia, e de Cuba, na região caribenha. Em 1904-1905, ocorreu a guerra russo-japonesa pela divisão do Extremo Oriente. Agravaram-se as contradições entre a França e a Alemanha em torno de colônias africanas, como Marrocos e Congo.

Em 1908, o Império Austro-Húngaro, apesar da contestação da Sérvia, anexou a Bósnia e a Herzegovina, que a Alemanha via como meio para a criação de uma ligação direta com o território da aliada Turquia.

Em 1910, o Japão ocupou a Coreia. O apetite dos japoneses era cada vez maior. Buscavam reforçar suas posições na China.

Em 1911, a Itália declarou guerra à Turquia, o que resultou na tomada da Tripolitana e da Cirenaica (Líbia), no Norte da África.

Todas essas escaramuças do início do século 20 foram acompanhadas por uma desenfreada militarização e corrida armamentista, o que tornou objetivamente inevitável o começo da guerra pela divisão do mundo, em julho-agosto de 1914.



Trincheira da Primeira Guerra Mundial

O dirigente revolucionário russo Vladimir Lênin logo compreendeu o caráter da guerra. Considerou necessário que os comunistas se empenhassem para transformar a crise gerada pelo conflito em crise revolucionária e revolução, posição que era uma linha demarcatória com os partidos da social-democracia que aderiram às suas burguesias nacionais e apoiaram a guerra.

“A guerra europeia – dizia Lênin - , preparada durante dezenas de anos pelos governos e partidos burgueses de todos os países, estalou. O armamentismo, o agravamento da luta por mercados na nova etapa, a etapa imperialista do desenvolvimento do capitalismo dos países avançados e os interesses dinásticos das monarquias mais atrasadas da Europa oriental, inevitavelmente levariam como levaram a essa guerra. A ocupação de territórios e a submissão de nações estrangeiras, o arruinamento de nações concorrentes, o saque das suas riquezas, o desvio da atenção das massas das crises políticas internas da Rússia, Alemanha, Inglaterra e outros países, a divisão dos trabalhadores e seu engano pela mentira nacionalista, a liquidação da sua vanguarda para enfraquecer o movimento revolucionário do proletariado, este é o único conteúdo verdadeiro, esta é a importância e a compreensão da guerra atual”.

Divisão entre socialistas

Em sua majestosa obra “A Montanha Mágica”, o escritor alemão Thomas Mann refere-se ao grande conflito como a “festa universal da morte”, uma “perniciosa febre”, o “macabro baile” que durará vários “anos malignos”. O grande humanista e cultor dos valores progressistas das conquistas da revolução burguesa, contudo, apoiou a entrada da Alemanha na guerra. Com justificativas “patrióticas”, defendeu a política do imperador Guilherme II.

Não somente das consciências individuais de escritores e artistas a guerra exigiu reflexões e posicionamentos graves. A eclosão da Primeira Grande Guerra implicou um conjunto de novas questões e tarefas para os trabalhadores e o movimento socialista internacional.

O debate principal entre as forças do socialismo envolvia duas posições antagônicas – participar do esforço de guerra ao lado da burguesia do próprio país, ou transformar a guerra imperialista em luta revolucionária. As lideranças dos partidos socialistas da Inglaterra, França, Alemanha, Áustria-Hungria, entre outros, assumiram o lado das “suas” burguesias, fazendo chamamentos aos trabalhadores a “defender a pátria” numa guerra injusta.

A posição política que esses partidos adotaram nos respectivos parlamentos foi votar em favor dos orçamentos de guerra apresentados pelos governos. Os socialistas belgas e os franceses proclamaram a “paz civil” com as burguesias de seus países e ingressaram nos governos. Sem entrar nos governos, também os socialistas alemães e austríacos proclamaram a “paz civil”. As estratégias e táticas principais desses partidos passaram a ser o convencimento dos trabalhadores a abrir mão da luta de classes para se aliar ao esforço de guerra de suas burguesias. O movimento socialista tornou-se, assim, em sua maioria, linha auxiliar da guerra imperialista.

Esta posição levou à bancarrota da Segunda Internacional (1889-1914), transformada em um aglomerado de partidos oportunistas, que renunciaram ao internacionalismo proletário, defenderam os governos burgueses e desmobilizaram a luta revolucionária das massas trabalhadoras. Lênin, partidário da posição de transformar a crise gerada pela guerra imperialista em luta revolucionária, pôs-se à frente do combate às posições oportunistas da liderança socialista. Para Lênin, o revisionismo político e ideológico tomou tal dimensão no seio das direções desses partidos, que foram levados à traição aberta à causa do socialismo e dos interesses dos trabalhadores.

“Os socialistas de todo o mundo declararam solenemente em 1912 na Basileia que consideravam a futura guerra europeia uma obra ‘criminosa’ e profundamente reacionária de todos os governos, que deveria apressar a derrocada do capitalismo, surgindo inevitavelmente a revolução contra esse sistema” – dizia Lênin, para quem a posição da liderança socialista ao lado dos próprios governos constituía uma traição aos interesses dos trabalhadores, o que levou o movimento a uma fatal divisão e à bancarrota da Segunda Internacional.

Lênin insistia em que os revolucionários deviam compreender as causas desse fracasso. Ele considerava que a essência ideológica e política do oportunismo da Segunda Internacional era a substituição da luta de classes pela colaboração entre as classes, a negação do caminho e dos métodos da luta revolucionária.

O partido bolchevique, dirigido por Lênin, encetou uma luta sem quartel contra o imperialismo e os oportunistas da Segunda Internacional. Foi incansável a atividade dos bolcheviques russos para desmascarar o caráter imperialista da guerra.

Foi com esse pano de fundo que os bolcheviques elaboraram uma tática revolucionária, que se expressava na palavra de ordem – “Transformar a guerra imperialista em guerra civil!” – o que na prática significava dizer aos trabalhadores recrutados para as fileiras dos exércitos beligerantes que apontassem suas armas contra as próprias burguesias e governos, e tomassem o poder político.

Esta posição tornou-se um divisor de águas no seio do movimento socialista internacional, no qual surgiu também uma ala de esquerda revolucionária e internacionalista. No seio do mais poderoso partido social-democrata da época, o alemão, foi formado, em 1916, o grupo “Spartacus”, sob a liderança de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, o único deputado que no parlamento votou contra o orçamento para a guerra.

Desde então guerra e paz, estratégia e tática revolucionárias, socialismo e internacionalismo são exigentes temas que polarizam os partidos e organizações dos trabalhadores em todo o mundo.

Fonte: Vermelho

Renato Rabelo: Existem dois caminhos opostos para o Brasil

 No programa Palavra do Presidente desta semana, o dirigente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fala sobre a campanha eleitoral que já está em marcha. Para Renato, a oposição vem adotando a tática de espalhar medo e ódio para tentar deter a presidenta Dilma, que continua firme na liderança, segundo as pesquisas. Quanto ao plano econômico dos presidenciáveis, existem dois caminhos bem diversos.

De São Paulo, Eliz Brandão para a Rádio Vermelho


Segundo o presidente do PCdoB, a oposição vem utilizando formas e métodos para tentar amedrontar e criar até uma relação de ódio com a presidenta. O dirigente comunista lembrou ainda da campanha do ex-presidente Lula de que utilizou o slogan “A Esperança Vai Derrotar o Medo” para fazer o contra-ataque aos opositores. “Agora a oposição volta com o mesmo método, para tentar antipatizar a presidenta Dilma com os eleitores, espalhando o medo e até o ódio em determinadas camadas da população”, afirmou.

Santander

Segundo o presidente do PCdoB, um exemplo notório é a atitude do Banco Santander, que não escondeu o que pensam os círculos financeiros em relação à candidatura da presidenta Dilma.

Renato disse que toda vez que a presidenta demonstra possibilidade de vencer as eleições, a bolsa cai, ou afirmam que a economia vai caminhar para um desastre. “Eles dizem de forma explícita que o crescimento de Dilma nas intenções de voto, ou sua reeleição levaria a um verdadeiro fracasso da economia. Esta não é apenas a posição do Santander, mas de muitas agências e instituições de análises vinculadas ao sistema financeiro. “O que eles pregram se reflete na bolsa", explicou Renato. "Chegamos a essa situação”, salientou.

“Fazendo uma analogia com o período de Lula, a oposição e a mídia criaram uma espécie de ‘lulômetro’, para medir a perspectiva do dólar, de subida ou descida, de acordo com as pesquisas eleitorais. Se a economia vai mal é porque Dilma está crescendo”. E de acordo com Renato, essa é uma forma de intimidar, de criar terror na sociedade.

Plano econômico da oposição
O dirigente comunista reafirma que a oposição não diz claramente qual é o seu programa, porque tenta escondê-lo. “O seu programa é enrustido”. No plano econômico existem dois caminhos. “O caminho da oposição é que eles acham que a economia brasileira tem que passar por uma forte austeridade econômica (um grande corte de despesas, de custeios e até de financiamento social), sem isso, na opinião deles, a economia não avançaria, ou seja, só pode avançar se houver corte de financiamento na área social e até de custeio (de hospitais, de escolas públicas, custeio de tudo aquilo que é público), e então em vez de avançar para atender as demandas, eles propõem retrocessos”.

Novo ciclo de desenvolvimento
Outro caminho é o que vem sendo implementado desde o governo Lula e continuado por Dilma, que propõe que o desenvolvimento deve ser retomado, temos que fazer com que o investimento cresça e tudo está sendo preparado para isso. Portanto, a presidenta tem dito que nós estamos começando um novo ciclo de desenvolvimento que visa aumento do investimento e da produtividade, para manter a distribuição de renda, ou seja, sem regressão. Então, são dois caminhos que temos que considerar. Essas são as diferenças”, apontou Renato.

Sagrada aliança 
Ainda sobre a oposição, Renato explica: "A oposição hoje são esses grandes grupos da mídia, articulados com o capital financeiro e os tucanos. É exatamente essa “sagrada aliança”, que já fez sua escolha, elegendo como candidato principal, o Aécio Neves. “Por isso, o povo tem que compreender e saber fazer a sua escolha agora”.

Renato lembrou que tudo o que acontece negativamente com a oposição, a mídia esconde, porque não é de interesse. O presidente comunista lembrou do caso do aeroporto que foi construído com dinheiro público na propriedade do tio do Aécio, no município de Cláudio, em Minas Gerais. “Isso é um escândalo, se fosse do lado do PT, da presidenta Dilma, eles fariam um escarcéu”.

Outro caso advertido por Renato é o da escassez de água em São Paulo. “É falta de água para 11 milhões de habitantes, isso é um problema gravíssimo, eles tiveram 20 anos e não planejaram, mantiveram basicamente os mesmos instrumentos de fornecimento, sem prever reserva, não investiram, cometeram um erro grave e a mídia não um grande escândalo”, questionou o presidente nacional do PCdoB.

Ouça a íntegra do programa, clicando no ícone abaixo.


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Fonte: Vermelho

Aécio Neves, um Cavalo de Troia pela traição nacional

Desde a definição de sua candidatura à Presidência da República não é possível ouvir Aécio Neves fazer uma proposta concreta útil ao Brasil, à sua soberania e desenvolvimento, menos ainda ao bem-estar do povo e ao progresso social. Nas entrevistas que concede, quase sempre a veículos comprometidos com sua candidatura, Aécio intercala ataques à presidenta Dilma Rousseff com platitudes aparentemente sem maiores consequências. 

Aécio parece um pastel de vento, alguém sem conteúdo, mas não é. O PSDB e seus aliados têm um programa para Brasil: a regressão aos tenebrosos tempos de neoliberalismo, a genuflexão às grandes potências, os ataques aos direitos sociais. Menos salário para os trabalhadores, menos investimento na educação e na saúde, menos democracia para os que lutam. 

Por trás da candidatura do PSDB estão interesses muitos poderosos, que saíram do centro do poder com a eleição de Lula em 2002, mas que agem nas sombras, diuturnamente, para voltar a colocar o Estado e o governo a seu serviço. 

Junto com Aécio viriam o desemprego, as privatizações, o sucateamento das universidades, o descaso com a saúde. Sairiam das sombras as tenebrosas figuras de ternos bem cortados e compromissos bem assumidos com os interesses do imperialismo e da banca internacional. 

Esta realidade aparece nas entrelinhas de seus discursos e entrevistas dadas por Aécio e seus assessores. Por trás de palavras como “eficiência”, “choque de gestão”, “austeridade”, pronunciadas pelo senador mineiro ou por seus sequazes, está a volta aos tempos de Fernando Henrique Cardoso, quando o patrimônio nacional, os direitos sociais, os investimentos em educação e saúde, foram sacrificados em benefício da banca internacional e nacional. 

Não é à toa que o Banco Santander, instituição estrangeira que opera em solo nacional em parte graças à privataria levada a cabo pelos tucanos em bancos como o Banespa, mandou um comunicado aos seus clientes mais bem aquinhoados insinuando o voto contra Dilma. E não é preciso haver dúvida: onde ganham os banqueiros perdem a nação, a produção, o consumo, o desenvolvimento nacional. 

O povo brasileiro quer mais mudanças e isso é muito positivo. Aécio não é claro sobre o seu programa justamente por isso, para fingir que sua candidatura atende a este apelo. Mas ele é uma volta o passado, não uma estrada em direção a um futuro que aguarda uma nação como o Brasil. 

Os brasileiros progressistas, comprometidos com a pátria e com o nosso povo, não podem se enganar sobre a envergadura da batalha, considerá-la menor ou já vencida pelo campo democrático e popular. A presidenta Dilma tem uma vantagem importante, mas a máquina de mentiras a serviço dos interesses do imperialismo e da banca é poderosa e trabalha a todo o vapor. Para percebermos isso é só olharmos para o noticiário econômico, que tenta torturar a realidade para dar a impressão de que vivemos uma crise, ou para a manipulação permanente das pesquisas de intenção de voto. 

O momento nacional requer uma grande mobilização, que diga a verdade sobre as realizações destes últimos doze anos e denuncie as mentiras dos que estão ávidos por colocar o país de joelhos novamente. Não há erro maior do que subestimar o inimigo. Menos de 70 dias nos separam do primeiro turno das eleições. É preciso foco e concentração, combatividade e decisão. 

Aécio não é um pastel de vento, apesar das aparências. Está mais para um Cavalo de Troia, instrumento de traição à pátria e aos anseios do povo brasileiro. 


Fonte: Vermelho