quinta-feira, 7 de maio de 2015

Acesse site do Senado e diga não à terceirização

Até a manhã da quarta-feira 6, mais de 35 mil pessoas já tinham votado contra, enquanto cerca de 3 mil manifestaram-se a favor
São Paulo – O site do Senado está promovendo uma votação para saber a opinião dos brasileiros sobre a terceirização. Na página é possível votar a favor ou contra o projeto de lei 4330 que pretende liberar a terceirização irrestrita, até para a atividade-fim das empresas. No Senado o PL 4430 passou a chamar Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015 de 28 de abril de 2015.

Veja seu futuro se o projeto passar
> Como o PL da Terceirização prejudica

Até a manhã da quarta-feira 6, mais de 35 mil pessoas já tinham votado contra a terceirização, enquanto cerca de 3 mil manifestaram-se a favor. Para votar basta clicar aqui e cadastrar o nome completo e e-mail. Logo depois, você receberá um e-mail para que confirme seu voto.

O PL 4330 foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 22 de abril e agora aguarda votação no Senado. Ao autorizar a terceirização para todas as atividades de qualquer setor em todas as empresas, ameaça os direitos dos trabalhadores e traz consigo precarização.

> Pressione os senadores (clique aqui)
Deputados contra os trabalhadores

Dados do Dieese mostram que no Brasil os terceirizados ganham em média 25% menos, trabalham três horas a mais por semana e permanecem três anos a menos no emprego. A cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem com terceirizados.

No setor financeiro, que abusa da prática, é ainda pior: os terceirizados ganham cerca de 70% menos do que os bancários, com muito menos direitos.
Fonte: Seeb-SP

Jandira acionará Justiça por apologia à violência de gênero

“A violência contra a mulher não é o Brasil que a gente quer.” Com este refrão, parlamentares, encabeçados pela Bancada Feminina da Câmara, se solidarizaram com a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), após agressão do deputado Roberto Freire (PPS-PE) e ameaça do deputado Alberto Fraga (DEM-DF) – que defendeu a violência contra a mulher.






“Parece que as noites na Câmara não têm como piorar nesta Legislatura. Fui agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire durante discussão das medidas provisórias 664 e 665. Pegou meu braço com força e o jogou para trás. O deputado Alberto Fraga, não satisfeito com a violência flagrada, disse que ‘quem fala como homem deve apanhar como homem’ na minha direção. Fazia menção a mim. É assustador o que está acontecendo nesta Casa. Em trinta anos de vida pública jamais passei por tal situação. Parece irônico a mulher que escreveu o texto em vigor da Lei Maria da Penha seja vítima de um crime como este”, afirma a parlamentar.

De acordo com Jandira, a atitude de Fraga terá repercussão judicial. “Meus advogados vão acionar judicialmente o senhor Fraga pela apologia inaceitável. Esta medida já está sendo encaminhada. Minha trajetória é reta, ética e coerente dentro da política desde quando me tornei uma pessoa pública, na década de 80. Não baixarei a cabeça para nenhum machista violento que acha correto destilar seu ódio. A Justiça cuidará disto. E ela, sim, pesará sua mão.”

Os ataques começaram depois que o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) exigiu punição aos manifestantes contrários à Medida Provisória 665/14, que jogaram cópias de notas de dólar sobre o Plenário durante a votação da matéria, nesta quarta-feira (6).

Fonte: Assessoria da Liderança do PCdoB na Câmara via Vermelho

Os dois palanques da polarização política no Brasil

Os dois principais palanques das comemorações do 1º de Maio no Brasil são o reflexo da polarização política real da sociedade brasileira hoje. O mesmo pode dizer-se das mensagens transmitidas pelas principais lideranças, a começar pela presidenta Dilma Rousseff.

A mandatária reafirmou, por meio de vídeos difundidos nas redes sociais e em páginas da Presidência da República na internet, que está "do lado do interesse dos trabalhadores e trabalhadoras deste País". Destacou as conquistas dos trabalhadores nos últimos 13 anos, nomeadamente a valorização do salário mínimo, "uma das maiores conquistas desse período". Dilma defendeu os trabalhadores terceirizados e combateu a generalização do trabalho terceirizado às atividades-fim. Reiterando o caráter democrático do seu governo, a mandatária condenou os que tratam as manifestações dos trabalhadores com violência e repressão, em clara alusão ao governador do Paraná Beto Richa (PSDB), cuja polícia estadual reprimiu violentamente manifestação dos professores grevistas. 

O Brasil necessita mais do que nunca da unidade entre as forças progressistas para lutar pela governabilidade e pelas mudanças estruturais que vão transformá-lo num país democrático, avançado, próspero e socialmente justo. Isto, entretanto, não se confunde com união nacional, conciliação entre forças antípodas, nem cedência às pressões e chantagens do inimigo, como as manifestações do 1º de Maio deixaram bem claro.

No palanque da Força Sindical reuniu-se a frente das forças conservadoras, de direita, neoliberais e entreguistas, representadas pelos mais diferentes tipos, entre eles um deputado ex-sindicalista que, não tendo o que dizer, tomou a palavra para enxovalhar e ofender a honra da principal mandatária do país. A mensagem que deixaram foi a do golpe, do retrocesso das conquistas democráticas e sociais e o aviso de que estão arregimentando forças para tentar derrubar o governo. Na cúpula deste agrupamento – que ninguém se engane – situa-se o PSDB, tendo à frente seu presidente e candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Aécio Neves. Como é próprio em momentos como o que o país está vivendo, emerge também a figura soturna, ameaçadora e provocadora do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, arauto do reacionarismo e patrocinador de uma pauta de retrocessos em toda a linha a partir do poder de mando que detém no Legislativo.

Do lado de cá da trincheira, num empenho de aglutinação, acumulação de forças e formação de convicções, reuniram-se os partidos de esquerda, as centrais sindicais combativas e classistas e demais organizações do movimento social, sob a liderança de Lula, que deu o recado fundamental. “Vou desafiar aqueles que não se conformaram com o resultado da democracia” (...) Eles têm que saber que se tentarem derrubar a Dilma vão mexer com milhões de brasileiros trabalhadores”, disse o ex-presidente, que reafirmou não só seu engajamento na luta pela governabilidade como expressou a convicção de que até o final de seu mandato Dilma obterá êxitos na realização do programa democrático e de progresso social. 

A polarização observada neste 1º de Maio é reveladora do nível do embate político no país, que precisa ser enfrentado com organização, consciência e unidade por parte dos partidos de esquerda e entidades do movimento popular.


Fonte: Vermelho

Terceirização vai achatar salários, diz economista da Unicamp

O ajuste fiscal promovido pelo governo provocará uma recessão brutal: o PIB pode despencar para -3%. O desemprego vai a 10% ou 12%. Se aprovada, a terceirização em debate no Congresso devastará o mercado de trabalho e achatará salários. Protestos virão, e a popularidade da presidente cairá a 7%.

A previsão é de João Manuel Cardoso de Mello, 73, em entrevista à Folha. Autor do clássico "O Capitalismo Tardio" (1975), ele foi professor da presidente Dilma Rousseff na Unicamp. Fundador do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas daquela universidade, ele criou a Facamp (Faculdades de Campinas), na qual hoje é diretor-geral.

Crítico da política econômica, ele diz que o governo cedeu a pressões do mercado financeiro e define como ilusão a ideia de que a recuperação virá no final deste ano.

Folha - Como vai o Brasil?

João Manuel Cardoso de Mello - Estamos numa estagnação há 30 anos, crescendo a taxas ridículas de 2% ao ano. A agricultura vai bem. O problema é a indústria. Temos 20 anos de câmbio valorizado. Não há quem resista. Câmbio valorizado, juros absurdos e um sistema tributário torto, que pune a produção.

Por que há estagnação?

Não temos estratégia nacional de desenvolvimento. Os problemas não foram enfrentados e se acumularam. Apareceu tudo agora. Vemos a cristalização de 30 anos de falta de estratégia, de projeto, de coordenação estatal.

Qual sua avaliação do ajuste fiscal de Joaquim Levy?

Isso entra na cabeça de alguém? Ele dá um choque de câmbio, um choque de custos, faz corte de gastos. Vai produzir uma recessão brutal. Está produzindo. Está tudo parado. Há preocupação com a perda do grau de investimento. E daí? É uma chantagem do mercado financeiro, que diz que precisa fazer um ajuste. Algum ajuste precisava fazer, mas não nessa violência. O governo cedeu à chantagem do mercado com a ameaça da perda do grau de investimento.

O que o governo deveria fazer?

Um ajuste mais moderado. Não precisa fazer uma barbaridade dessas. Isso vai jogar o negócio a -3% neste ano. A popularidade cairá ainda mais, vai chegar a 7% de aprovação.

Qual o impacto da terceirização em debate no Congresso?

Vai acabar com o mercado de trabalho. Estão achando que as pessoas vão fazer empresas. Vão é fazer cooperativas, que não pagam imposto. O estrago da terceirização é enorme em cima de uma crise desse tamanho. É uma devastação no mercado de trabalho. Vai desestruturar tudo e jogar os salários para baixo. É o que Levy quer: ajustar a relação salário/câmbio.

A população vai aceitar a mudança?

Acredito que não, portanto viveremos tempos interessantes, muito difíceis. As pessoas foram para a rua porque estão cheias. A economia já vinha mal, não foi de agora. Ela [Dilma] perdeu dois terços dos seus eleitores e vai perder mais um outro pedaço. É uma ilusão dizer que vai haver recuperação no fim do ano. Com essa recessão terrível, a arrecadação está despencando. Se se precisava de R$ 60 bilhões, agora são R$ 80 bilhões, amanhã R$ 100 bilhões. Aí se corta mais e se joga para baixo outra vez.

Aonde isso vai parar? Não haverá recuperação. As apostas [para o PIB] vão de -1,5% e -3%. No ano que vem não recupera. Alguém investe algum centavo? Os bancos estão cortando crédito, os juros, subindo, uma loucura.

Como fica o nível de emprego?

As demissões ainda não começaram porque existem os acordos coletivos. Em maio e junho vai começar a demissão em massa. O desemprego vai para 10%, 12% neste ano [está em 7,4%]. E vai rápido. A alta dos juros está paralisando a construção civil residencial. Não tem investimento em construção pesada, está se desmontando a cadeia de óleo e gás, a indústria continua encolhendo. Isso vai pegando os serviços. De onde vem a recuperação? Não sei de onde. Das concessões? Os filés aeroportos, estradas já foram feitos. Sobrou a carne de pescoço. Vão colocar dinheiro a 30 anos?

A operação Lava Jato está colocando em risco empreiteiras de capital nacional. Qual o impacto disso na economia?

Ninguém sabe. Tem corrupção. Tem que pôr os caras na cadeia, mas a empresa tem que ser mantida. Mas isso tem sido impossível. Os investimentos estão paralisados. E não é só na cadeia de óleo e gás. Todo o negócio de infraestrutura está sendo desarticulado.
Fonte: Folha de SP via Feeb-Ba-Se

Aurino Pedreira: Se persistir ofensiva, haverá uma greve nacional

 










O presidente estadual a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Aurino Pedreira, integra com protagonismo as mobilizações na Bahia contra o que ele chamou de 'ofensiva contra os trabalhadores'. Ele se refere às Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que alteraram benefícios previdenciários, e ao Projeto de Lei (PL) 4330, que regulamenta e amplia a terceirização, já aprovado na Câmara Federal e em trâmite no Senado.
Nas atividades do último 1º de Maio, o foco foi a crítica ao PL da Terceirização, que, para Aurino, "rasga a CLT e precariza as relações de trabalho". Pela proposta, será possível terceirizar as atividades-fim (relacionadas à finalidade de determinada empresa, por exemplo a contratação de professores terceirizados por uma faculdade). Atualmente, como não existe lei específica, o entendimento da Justiça do Trabalho é de que somente podem ser terceirizadas as atividades-meio (como a limpeza).
As mobilizações pela manutenção dos direitos dos trabalhadores continuam e, no próximo dia 29 de maio, será realizado um ato nacional, em mais uma tentativa de pressionar o Congresso Nacional para a abertura do diálogo com os trabalhadores. "O que queremos é diálogo", pontuou o presidente da CTB-BA. Para caso a voz da classe não seja ouvida, já é sinalizada, segundo ele, a construção de uma greve nacional, contra "o desmonte a tudo que foi construído pelos trabalhadores no país, ao longo de sua história". Confira os principais trechos da entrevista.
Mobilizações na Bahia
Nós estamos acompanhando as discussões que as centrais sindicais em nível nacional estão tendo. Aqui na Bahia, já realizamos alguns atos importantes, com grande repercussão entre os trabalhadores e politicamente, em relação ao estado. Fizemos com que parlamentares refletissem a posição que tinham tomado em relação a ser contra o (PL) 4330, da Terceirização, que quer retomar ao início do século XX e rasgar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e precarizar as relações de trabalho. O 1º de Maio foi o último ato que nós fizemos e o ponto central das discussões foi o PL 4330.
29 de maio
Nós estamos nos organizando em torno da preparação do dia 29 de maio. Nós teremos um grande ato em nível nacional, mas a Bahia seguramente vai fazer um ato muito forte de manifestações amparadas em seguimento econômicos, durante todo o dia, nas empresas do estado, com possíveis grandes caminhadas também. Vamos sentar com as centrais sindicais porque pretendemos fazer um ato até mais forte do que o último realizado, exatamente para demonstrar à sociedade e à imprensa o posicionamento em relação ao 4330.
Pressão
Durante o curso disso, haverá também um caminho pra gente ampliar nossa panfletagem nas fábricas, nos bancos, nas lojas, esclarecendo à população dos malefícios desse projeto pra sociedade. Vamos continuar denunciando os parlamentares, os deputados, que vão de encontro aos interesses dos trabalhadores, ou seja, todo um processo de repercussão política e, seguramente, teremos uma agenda com as centrais em nível nacional de ocupação de Brasília. Esperamos que o Senado coloque um pé no freio dessa medida que está aí.
Greve nacional
É toda uma construção que está sendo feita e essa luta é uma luta importante, que não se encerra. Estamos unificando os movimentos sociais e há uma sinalização, inclusive, se continuar essa ofensiva contra os trabalhadores, de construirmos uma greve nesse país, dependendo do desdobramento. Me parece que o Senado está abrindo para um maior diálogo e é o que nós queremos. Nós queremos desconstituir tudo isso que foi feito. O que foi aprovado no Congresso é de um retrocesso violento. Não é legalizar a situação dos terceirizados, é a possibilidade da generalização da precarização do trabalho. Isso é um desmonte a tudo que foi construído pelos trabalhadores no país, ao longo de sua história.
Otimismo
As centrais sindicais tiveram uma reunião com o presidente do Senado (Renan Calheiros, PMDB) e ele sinalizou uma possibilidade de diálogo. A partir daí, também teria sinalizado a contrariedade da terceirização das atividades-fim, que é o coração do projeto que está aí. Aqui na Bahia, os três senadores (Otto, Lídice e Pinheiro) têm se posicionado a favor dos trabalhadores. Então, há um movimento importante no Senado, que tem um histórico de ser conservador, mas me parece que está aberto a essa discussão, até porque várias instituições têm se manifestado contrárias de uma forma muito clara, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o TST (Tribunal Superior do Trabalho). A presidenta Dilma, no discurso do 1º de Maio, pontuou que é inadmissível terceirizar a atividade-fim.
Luta continua
Então, os caminhos se abrem e isso se deve muito ao processo de mobilização, construído a partir dos trabalhadores para esse enfrentamento. Nós precisamos continuar sobre essa pressão, que essa pressão pode desfazer esse projeto, que nos parece ter sido um ajuste de contas que boa parcela do parlamento dos deputados recém-eleitos tinha com o setor empresarial. Ou seja, eles estavam pagando a conta. Isso não podemos concordar e não vamos aceitar.
Entrevista – Erikson Walla
Foto – Ascom/CTB via Feeb-Ba-Se

CTB Bahia realiza o 4º Encontro da Mulher Trabalhadora nos dias 8 e 9/05

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Reforma Política, Democracia, Poder e Igualdade para as Mulheres. Este será o tema do o IV Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora da CTB Bahia, que acontece nos dias 8 e 9 de maio, na Sala Walter da Silveira, da Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador. A abertura será às 15h, de sexta-feira (8), seguida de um de debate sobre reforma política e uma apresentação cultural.
No sábado (9), o encontro acontece em dois turnos com discussões sobre a democracia e o empoderamento das mulheres; o impacto da terceirização para as trabalhadoras e a participação das mulheres no movimento sindical.
Convocado pela Secretaria de Mulher da CTB Bahia, o Encontro pretende reunir mulheres sindicalistas e jovens classistas da capital e do interior do estado. "Organizar as mulheres para o enfrentamento da luta para que assumam os espaços outrora suprimido e o lugar de protagonista na sociedade deve ser tarefa contínua da CTB. Assim, no IV Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora da CTB, esperamos contar com a participação de mulheres e homens representantes de diversas categorias, para debater o tema proposto, e apontar caminhos para contribuir com o debate do encontro nacional", ressalta a Secretaria da Mulher da CTB -Bahia, Marilene Betros. As inscrições devem ser feitas através dos emails: ctbbahia@ctbbahia.org.br;secretariageral@ctbbahia.org.br.
Fonte: CTB-BA

terça-feira, 5 de maio de 2015

Senado lança enquete sobre o projeto de terceirização

 Centrais contra a terceirização

O Senado lançou uma enquete para ouvir a sociedade sobre o PL 4330, aprovado pela Câmara dos Deputados, através do Portal e-Cidadania. Para participar, basta escolher a opção “a favor” ou “contra”. A pesquisa eletrônica conta ainda com serviço interativo “Opine sobre projetos” para o cidadão comentar sobre a medida.


O resultado parcial, contabilizado até o início da tarde desta segunda-feira (4), eram 2,4 mil votos a favor do texto e 23,3 mil contra.


Considerado por nove em cada dez sindicalistas, o projeto é a mais grave ameaça aos direitos já conquistados pela classe trabalhadora brasileira nos últimos tempos. O PL é considerado como “enterro“ dos direitos trabalhistas contidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Desde os anos 30 do século passado a CLT coleciona avanços nos direitos do trabalho.

Os estudos sobre trabalho no Brasil demonstram que terceirizados recebem menores salários e perdem benefícios obtidos em dissídios coletivos pelas categorias às quais estão vinculados. O PL 30 não faz qualquer restrição a esse procedimento de substituição e retirada de benefícios profissionais.

Entre no site e opine.

Com informações da Agência PT de notícias

Forró dos Bancários será dia 13 de maio em Itabuna


Paraná em chamas e a "porrada educadora" dos tucanos


Ilustração: Andocides Bezerra

O massacre que assistimos na quarta-feira (29) em Curitiba, no Paraná, revela a face mais violenta que os setores conservadores alimentam nesse momento. "O que aconteceu no Paraná foi uma repressão sórdida, uma repressão brutal, somente um governo reacionário se posiciona dessa maneira", respondeu o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, ao criticar a postura do governo tucano de Beto Richa.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho


“É bom lembrarmos que a vida sempre nos diz a verdade, ela sempre aponta quem está com a razão. Esse vergonhoso massacre revela quem são os tucanos, ou seja, o PSDB. Tanto no Paraná, como em São Paulo e mesmo em Minas Gerais, para ficar somente nesses. Basta lembrar o que fez Aécio Neves com a educação naquele estado. Os tucanos sempre se voltaram contra essa categoria que é essencial para o desenvolvimento”, destacou o líder comunista.

Na oportunidade Renato Rabelo ironizou o silêncio do senador tucano, derrotado nas eleições de 2014, Aécio Neves. “Para atacar a presidenta Dilma Rousseff esse cidadão é rápido no gatilho. Mas, diante de uma repressão brutal que chocou o país e foi notícia no mundo, esse mesmo cidadão se cala, fica mudo, acha normal. Pergunto: O que esperar de uma postura como essa? Que projeto esses tucanos têm para oferecer? Não é o do avanço da democracia e da cidadania, não é o da garantia de direitos”, alertou.

Bancada do PCdoB na Câmara

Os parlamentares comunistas se pronunciaram sobre o massacre. Aliel Machado (PCdoB-PR) disse ser uma ação “lamentável”. E mais: “Esse é o raio-X de um governo medíocre. A insistência do governo Beto Richa (PSDB) em aprovar o pacotão da austeridade é reflexo de uma má gestão sem precedentes", externou o comunista.

A líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) intitulou o episódio de “guerra contra o trabalhador” e “terror em praça pública”. “Creches e idosos atingidos por gás lacrimogêneo, uma multidão de professores feridos (mais de 150), mulheres, homens e jovens humilhados pela polícia militarizada do governador tucano Beto Richa. O que se viu no Paraná chocou todo o país, revelando a face mais perversa de sua gestão: a incapacidade de ausculta dos movimentos sociais e sindicatos”, disse.

Porrada educadora


Em vídeo, o jornalista Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada Oficial, fala da violência policial comandada pelo governador Richa contra os professores do Paraná e traduz de forma sublime o modelo de gestão defendido pelos tucanos.



A imagem abaixo mostra um frame do que aconteceu no Paraná nesta quarta-feira (29).



Ouça íntegra da entrevista com Renato Rabelo na Rádio Vermelho

Magistrados apontam retrocessos com projeto da terceirização

 O projeto de lei que propõe novas regras para a terceirização, aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, não trará segurança jurídica às empresas ou ao trabalhador, avalia a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).


Para a entidade, a regulamentação da terceirização, do jeito que está, pode ser vista como um passo para trás. “Esse projeto poderá resultar no maior retrocesso da história da legislação trabalhista brasileira desde a origem do trabalhismo e dos direitos sociais conquistados na década de 30”, avalia o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos da Anamatra, Guilherme Feliciano.

“A legislação atual já tem parâmetros estabelecidos quanto aos critérios de legalidade, construídos pela jurisprudência nos tribunais do trabalho. Para ter segurança jurídica basta que esses critérios sejam repassados à lei. Os empresários acham que a terceirização trará segurança jurídica, o que não é verdade. Ela substituirá os critérios atuais, já instituídos pela jurisprudência, por critérios que, além de mal conhecidos, foram motivo de controvérsia em outros países”, argumentou o magistrado.

Segundo ele, hoje as discussões da jurisprudência giram em torno do que é classificado como atividade-fim e atividade-meio. Caso o texto do Projeto de Lei 4.330/2004 seja aprovado como está, haverá dificuldade em se definir o que é uma “empresa especializada com objeto social único” (termo utilizado no projeto para definir empresas que poderão prestar serviços terceirizados) e sobre o que é considerado fraude. “Sem a menor dúvida haverá empresas falseando especializações. Para a vida dos brasileiros, o que posso dizer é que os riscos irão muito além dos direitos trabalhistas", alertou.

"Em pouco mais de uma década, as pessoas se internarão em hospitais de alto nível achando que lá haverá médicos de primeiro time. No entanto, não terão a menor segurança de que haverá ali um profissional desse nível. As pessoas pegarão aviões de uma companhia, mas sem a segurança de que o piloto tenha sido contratado ou selecionado por aquela companhia”, argumentou.

Empresas também vão perder

Para o representante da Anamatra, a aprovação do projeto de terceirização poderá frustrar expectativas de melhorias da situação financeira das empresas, a médio prazo.

“As estatísticas mostram que trabalhadores terceirizados recebem um terço a menos do que o trabalhador normal. Provavelmente as contribuições previdenciárias também cairão para esse nível um terço menor. Isso seria desastroso para a economia como um todo. Tenho dúvidas até sobre se a terceirização aumentaria o lucro das empresas, uma vez que ela certamente implicaria em uma piora da produção. O resultado disso tudo, pode apostar, será o desaquecimento da economia. Ou seja, as próprias empresas que defendem a terceirização poderão ser prejudicadas”, acrescentou.

Patrão defende seus interesses

Para o juiz trabalhista e diretor da Anamatra, causa “estranheza” discursos e campanhas de entidades patronais em defesa dos trabalhadores. “O raciocínio pelo qual a terceirização penetra desde os anos 80 no pensamento empresarial visa apenas substituir mão de obra para barateá-la. É estranho ver essas entidades dizendo o que é bom para o trabalhador de forma tão personalizada, como se fosse uma antiga bandeira de luta. Seria o mesmo que ver trabalhadores fazendo campanha em defesa de direitos para os empresários”, argumentou.

A presidenta Dilma Rousseff defendeu a necessidade de uma legislação que regulamente a terceirização. Para ela, entretanto, é preciso aprovar uma lei que não precarize o trabalho. Também nesta semana, o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, criticou o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. Para ele, a proposta fragiliza as relações de trabalho. Já o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a terceirização só será viável se não provocar redução na arrecadação de tributos.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

1º de Maio: Trabalhadores reafirmam unidade em defesa da democracia

De acordo com os organizadores, mais de 20 mil pessoas participaram do ato

Ana Flávia Marques
De acordo com os organizadores, mais de 20 mil pessoas participaram do ato

O Dia do Trabalhador foi marcado por unidade e luta pela democracia no ato das centrais sindicais realizado na capital paulista na sexta-feira (1º/5). A CTB, a CUT e a Intersindical, junto a movimentos sociais e partidos políticos, reafirmaram a unidade e a disposição para agir como uma Frente Democrática em defesa do desenvolvimento nacional. Os trabalhadores mostraram que unidos são mais fortes para lutar pela garantia dos direitos já conquistados pela população. 


Um 1º de Maio de luta, assim ficou caracterizada esta data em 2015, ano em que os trabalhadores estão a postos para defender seus direitos ameaçados pelo Congresso Nacional conservador que tenta, a todo custo, levar adiante o Projeto de Lei cujo objetivo é aprovar a terceirização irrestrita do trabalho. Esta medida ameaça todos os trabalhadores, pois significa o fim da CLT e dos direitos trabalhistas conquistados com lutas históricas. Para evitar que a matéria seja aprovada também no Senado, foi designado que o dia 29 de maio será de paralisações e luta em todo o Brasil. Caso seja aprovado, os trabalhadores já anunciaram que farão uma greve geral para pressionar a presidenta a vetar o PL.
 

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, rechaçou as tentativas de golpe da direita e reafirmou a importância de se garantir a soberania do voto popular. “O povo foi às ruas e decidiu continuar no caminho das mudanças”, afirmou. Para o dirigente, a direita derrotada nas urnas quer restringir os direitos dos trabalhadores. “O [Eduardo] Cunha, junto aos deputados reacionários, busca sacramentar o maior golpe contra os trabalhadores desde 1964 que é a terceirização, nós não vamos permitir”, disse.


Lula e Adilson Araújo, presidente nacional da CTB | Foto: Mariana Serafini
Adilson acredita que a terceirização irrestrita vai precarizar ainda mais as condições trabalhistas e aprofundar as desigualdades. “A presidenta Dilma teve uma reunião com as centrais e sinalizou fazer o debate para retomar um pouco o que ela defendeu durante a campanha eleitoral”, disse em entrevista aoVermelho.

Wagner Freitas, presidente nacional da CUT, destacou a importância da unidade dos trabalhadores para garantir direitos e defendeu a criação da Frente Democrática Popular em defesa da democracia. “A resistência começa aqui!”.

O deputado federal do PCdoB, Orlando Silva, participou do ato em nome do partido e representou o presidente nacional, Renato Rabelo. “Este ato é um grito de resistência dos trabalhadores. Nós do PCdoB estamos juntos com o povo brasileiro para seguir na luta e pressionar o Congresso Nacional contra os projetos que prejudicam os direitos conquistados”, afirmou.


Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB | Foto: Ana Flávia Marques
Orlando afirmou ainda que, em defesa da democracia, o PCdoB não vai deixar de lutar junto aos trabalhadores para fazer valer a decisão popular. “Nós elegemos Dilma e os tucanos não vão dominar o Brasil, se eles quiserem governar sentem e esperem até 2018, mas até lá nós vamos defender a nossa democracia”.

O parlamentar também cobrou de Dilma um posicionamento mais incisivo em relação à burguesia brasileira. “A presidenta tem que enfrentar com mais dureza essa elite burguesa, deixe que eles batam panela, ela tem que garantir o diálogo com o povo”. Ressaltou que o PCdoB defende a reforma politica com o fim do financiamento privado de campanha e a taxação das grandes fortunas.

Destacou a luta dos professores do Brasil inteiro em defesa de uma educação pública de qualidade, mas, em especial, no Paraná, onde o governador Beto Richa agiu com extrema truculência contra a categoria. “Esse é o modo tucano de governar, é descendo o cassetete nos trabalhadores”. 


Ministro da Secretaria Geral da Presidência, MIguel Rosseto | Foto: Mariana Serafini
O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, também esteve presente no ato e destacou a luta da presidenta Dilma para fazer valer o aumento da valorização do salário mínimo. De acordo com ele, está tramitando no Congresso um reajuste que corrige a inflação e garantirá ainda mais o poder de compra do brasileiro. “A presidenta se colocou, claramente, em defesa dos trabalhadores e não vai deixar que nenhum direito seja atingido”, garantiu.

“Nossa prioridade é construir um país com a economia ainda mais forte e garantir maior distribuição de renda, mais democracia, mais direitos para a classe trabalhadora e mais justiça social para todo o nosso povo”, afirmou o ministro. 


Presidenta da UNE, Virgínia Barros | Foto: Mariana Serafini
Já a presidenta da UNE, Virgínia Barros, relembrou a importância histórica da data. “O 1º de maio é sempre carregado de simbolismo e importância para os trabalhadores, mas este ano adquire uma importância especial devido à necessidade de reforçar a luta democrática no país em defesa da reforma política e contra a terceirização”.

Para a presidenta da Ubes, Bárbara Melo, o 1º de Maio é a data onde a luta dos trabalhadores se reafirma. “Este é um momento onde a unidade da juventude e dos trabalhadores é de extrema importância para garantirmos nossas conquistas e continuarmos avançando em busca de mais direitos”.

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Do Portal Vermelho, Mariana Serafini

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Lula convocou a população a defender a democracia e o resultado eleitoral das urnas

Ricardo Stuckert | Instituto Lula
Lula convocou a população a defender a democracia e o resultado eleitoral das urnas

O ex-presidente Lula participou, na sexta-feira (1º/5), do ato em comemoração ao Dia do Trabalhador realizado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo e deu um recado à direita que não aceitou o resultado das urnas. “Eles tem que saber que se tentarem derrubar a Dilma vão mexer com milhões de brasileiros trabalhadores”, afirmou. A atividade foi organizada pelas centrais sindicais CTB, Cut e Intersindical e contou com a participação de movimentos sociais e dos partidos PCdoB, PT, PCO e Psol. 


Lula falou que está disposto a viajar novamente de Norte a Sul e de Leste a Oeste no Brasil para conversar com o povo. “Aos meus detratores: eu vou andar este país outra vez, e vou conversar com os desempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles que não se conformaram com o resultado da democracia". 


Para o ex-presidente, o resultado das urnas deve ser respeitado para que Dilma tenha autonomia de colocar em prática seu plano de governo. “Ela tem um projeto para os próximos quatro anos, para melhorar ainda mais a vida dos trabalhadores brasileiros, mas agora eles têm que deixar ela governar”.

Lula acredita que a unidade popular em defesa da democracia, da Petrobras, do desenvolvimento e contra a tentativa de interromper o mandato da presidenta Dilma, é fundamental para fortalecer o projeto de governo progressista iniciado por ele. “Nós ainda vamos voltar aqui, dentro de quatro anos, para comemorar o exitoso governo da Dilma”. 


Foto: Mariana Serafini
 
Sobre o Projeto de Lei que aprova a terceirização irrestrita do trabalho, Lula se posicionou contrário e destacou a importância da luta dos trabalhadores para garantir os direitos já conquistados. “Os terceirizados são os mais prejudicados, eles trabalham, em média, 3 horas a mais por dia que os outros, isso representa 800 mil empregos a menos no país, além disso, eles ganham menos e não têm direitos, a gente não pode permitir que isso seja regulamentado”. 

Na ocasião Lula também aproveitou para destacar seu rechaço à tentativa do Congresso de reduzir a maioridade penal. Para ele, esta atitude é um “crime contra o futuro do Brasil”. “Eles acham que prender criança de 15, 16 anos vai resolver, mas crime mesmo é o que o Estado fez com esses jovens por não dar direito de estudar e trabalhar com dignidade, antes de levar presos, a gente precisa saber o que aconteceu com a família desses jovens, por que eles cometeram crimes”, disse.

Ressaltou seu programa de governo, que teve continuidade com Dilma, cujo objetivo é ampliar cada vez mais o ingresso de jovens em universidades e escolas técnicas. Destacou ainda o papel dos programas sociais que contribuem para a formação e permanência de crianças e adolescentes na escola.

Democratização da mídia
Lula falou sobre a importância de democratizar os meios de comunicação e criticou o papel a que se presta a imprensa hegemônica quando fortalece a luta da oposição em busca de um golpe parlamentar e da criminalização dos partidos de esquerda. "Vejo nas revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles querem pegar o Lula, mas me chamem para a briga que eu gosto”.

“A comunicação tem que ser democrática e tem que funcionar, eu mesmo já ajudei vários veículos de comunicação que estavam falindo, e não é por isso que eles tem que falar bem do meu governo ou o do governo da Dilma não, eles têm o direito de agirem livres”.

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Do Portal Vermelho, Mariana Serafini

Lula: "FHC deveria tentar ser mais admirado"

Lula: "FHC deveria tentar ser mais admirado"

Heinrich Aikawa
Lula: "FHC deveria tentar ser mais admirado"

"O Fernando Henrique deveria se preocupar em ser mais admirado, e não em pedir que a sociedade repudie alguém", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reagindo ao artigo raivoso publicado neste fim de semana pelo também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula disse ainda que
odiar ou incitar o ódio faz mal à saúde.


No 
artigo de FHC, o ex-presidente tucano falou em "asnoduto" na Petrobras, de projetos "megalômanos e malfeitos". E bateu duro no seu sucessor. "Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política?", questinou.


Ao contrário de FHC, que deixou a presidência da República com baixos índices de apoio popular, Lula saiu aprovado por mais de 70% da população. Numa recente pesquisa Datafolha, feita em março deste ano, Lula foi apontado como o melhor presidente da história por 50% dos brasileiros. FHC apareceu em segundo lugar, com 15%, seguido por Getúlio Vargas, com 6%.

De forma simples, a mensagem de Lula a FHC pode ser resumida como no lema dos anos 60: faça amor, não faça a guerra.

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Fonte: Brasil 247 via Vermelho