sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Bloqueio a Cuba: Os Estados Unidos contra a vontade do mundo

José Reinaldo Carvalho *

Cuba acaba de conquistar mais uma vitória política e diplomática em sua luta contra o bloqueio imposto há mais de meio século pelos Estados Unidos.


Na última terça-feira (28), 188 países manifestaram-se a favor da resolução contra o bloqueio, apresentada pela maior das Antilhas na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas os imperialistas estadunidenses e os sionistas israelenses votaram contra e três outros países - Ilhas Marshall, Micronesia e Palau - se abstiveram.

É a 23ª vez que a organização multilateral se pronuncia com clareza irrefutável pelo fim da odiosa medida que prejudica o desenvolvimento do país e afronta as normas de convivência democrática entre as nações.

De nada adiantaram as manobras e pressões sobre a comunidade internacional para impedir a derrota dos Estados Unidos. O resultado põe à mostra uma vez mais o isolamento da superpotência norte-americana nesta questão e o amplo apoio, praticamente unânime, obtido por Cuba.

A primeira vez que semelhante documento foi apresentado na Assembleia Geral da ONU foi em 1992, ocasião em que 59 países votaram a favor de Cuba. O apoio mais significativo à ilha circunscrevia-se à região latino-americana e caribenha e ao continente africano. Não representava ainda um respaldo universal, como ocorre atualmente.

A partir de 1994, com o voto em conjunto da União Europeia, o apoio a Cuba na luta contra o bloqueio se ampliou. De lá para cá, houve um salto no número de países que passaram a acompanhar a posição cubana na Assembleia Geral da ONU. Desde 2005, foi superada a marca dos 180 países e a partir de 2012, portanto há três anos consecutivos, são 188 os Estados nacionais representados na ONU que votam contra o bloqueio.

É importante salientar também que ultimamente o tema tem sido debatido nos grupos regionais da ONU, como o G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, o Caricom, que representa a comunidade caribenha, o Movimento dos Países não Alinhados , a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em todos esses, há amplo consenso contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba.

Em toda a história da votação da resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, os Estados Unidos nunca alcançaram mais de quatro votos, o que demonstra o isolamento político e diplomático da superpotência nesta matéria e que pode ser constatado nos debates e confrontos sobre outras questões cruciais no cenário internacional. Sinal dos tempos, em que emergem as forças da resistência e da luta contra o hegemonismo e por uma nova ordem mundial.

O bloqueio a Cuba é um anacronismo que precisa urgentemente acabar, sendo contestado crescentemente nos próprios Estados Unidos. É uma medida que afeta econômica e socialmente o país e contraria normas consagradas no direito internacional.

O resultado da votação contra o bloqueio na Assembleia Geral da ONU é uma vitória do povo cubano e de todos os povos do mundo.


Fonte: Portal Vermelho

Janio de Freitas: “pode-se ter certeza” de fraude no caso Youssef


É notório que a revista Veja pratica, no mínimo, o jornalismo tendencioso, usando um critério no mais inocente dos mundos. Mas agora, diante do claro golpe que tentou praticar às vésperas do segundo turno das eleições, o panfleto da oligarquia fica cada vez mais isolado.

Janio tenta aliviar, sem sucesso, a tentativa de golpe midiático da Veja dizendo que a Polícia Federal suspeita que Alberto Youssef tenha sido induzido a fazer as acusações a Dilma e Lula, entre o depoimento dado na terça (21) e a alegada “retificação” que teria sido feito pelo advogado. Essa ratificação, isto é, mudança no texto do depoimento, foi negada pelo advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, que afirma que “ou a fonte da matéria mentiu ou é má-fé mesmo”, pois o depoimento que a revista cita nunca aconteceu.

Segundo a Veja, um dos advogados de Youssef teria feito pedido de ratificação em depoimento prestado por seu cliente. A revista disse que no depoimento de Youssef, ao ser questionado sobre quem mais sabia dos desvios na Petrobras, ele teria dito: “Lula e Dilma”.

A manipulação da informação por parte da Veja e outros veículos, para tentar o golpe nas urnas, foi tão escancarado que Janio citou a notícia de queima de arquivo. “Youssef foi levado da cadeia para um hospital em Curitiba. O médico, que se restringiu a essa condição, não escondeu nem enfeitou que encontrara um paciente "consciente, lúcido e orientado", cujos exames laboratoriais "estão dentro da normalidade". Mas alguém "vazou" de imediato que Youssef, mesmo socorrido, morrera por assassinato”, pontuou ele.

Janio completa: “O boato da queima de arquivo pela campanha de Dilma ia muito bem, entrando pela noite, quando alguém teve a ideia de telefonar para a enlutada filha da vítima, que disse, no entanto, estar o papai muito bem. O jornalista Sandro Moreyra já tinha inventado, para o seu ficcionado Garrincha, a necessidade de combinação prévia com os russos”.

Outra demonstração de isolamento da Veja diante de sua farsa foi a carta enviada pelo diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, à Folha de S. Paulo. A emissora da família Marinho diz que não repercutiu a reportagem da Veja porque a revista “não provou a denúncia com suas fontes”. Como dizem: a casa está caindo, Veja.

Da redação do Portal Vermelho


Pesquisa que apontava liderança de Aécio admite números falsos


As práticas enganosas usadas pelo marketing da campanha do candidato Aécio Neves, que manipulou os resultados de uma das últimas pesquisas promovidas pelo Instituto Veritá para a preferência do eleitorado em Minas Gerais, foram denunciadas à imprensa quatro dias após as eleições do segundo turno, ocorrida no último domingo (26).

Os dados, coletados ainda no final do primeiro turno, que apontariam Aécio à frente de Dilma em Minas Gerais por 57% a 43%, mostram apenas a coleta de 561 questionários no estado mineiro, e portanto não são representativos. Tais questionários foram utilizados peo Instituto para compor a amostra total de eleitores do Brasil, e não apenas em Minas, como amplamente alardeado.

Mesmo alertados, os marketeiros seguiram em frente com a divulgação durante os programas do candidato de rádio, TV e conteúdo online, creditando a pesquisa ao jornal Hoje em Dia.

É de se pensar: por que estas informações estão sendo dadas apenas hoje? Quais seriam os interesses por trás de notícias como estas que não foram divulgadas pela grande mídia durante as eleições?

Aécio Neves não conseguiu superar Dilma Rousseff no próprio berço político. Em Minas, Dilma obteve 52,41% e Aécio ficou com 47,59%. A diferença entre eles foi de pouco mais de 500 mil votos.

Com informações do Muda Mais


Agricultores familiares recebem R$ 8,8 milhões por venda de produtos


Ao todo, 5.600 famílias de agricultores familiares venderam produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea, em outubro.

No total, mais de R$ 8,8 milhões foram investidos pelo governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), para compra dos itens. Os recursos são depositados diretamente na conta bancária dos agricultores familiares, que podem sacar o dinheiro com cartão bancário específico do PAA ou utilizá-lo em operações de débito.

Os pagamentos são feitos regularmente todo mês, o que permite que o agricultor receba o recurso, no máximo, 30 dias após cada entrega de produtos. A operação do programa também evita o desabastecimento das entidades que recebem os alimentos.

O PAA busca fortalecer as cadeias produtivas locais da agricultura familiar. Os produtos são destinados às pessoas em situação de insegurança alimentar, bem como àquelas atendidas pela rede socioassistencial, nos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional (restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos), e nas instituições públicas ou filantrópicas de ensino.

A diretora do Departamento de Apoio à Aquisição e à Comercialização da Produção Familiar do MDS, Denise Reif Kroeff, explica que a forma de operar o PAA garante mais segurança às transações comerciais das famílias.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

Irã refuta alegações falsas de relator da ONU sobre direitos humanos


"Apesar das interações positivas do Irã, ele (Shahid) nunca mencionou estes casos", disse o membro permanente do Irã nas Nações Unidas, Foruzande Vadiati.

Ao caracterizar como falsas e infundadas as acusações feitas pelo diplomata Shahid, a diplomacia persa ressaltou que o relatório foi produzido como parte das "políticas externas de países específicos", com a intenção de promover "Iranophobia e islamofobia”.

"Vamos continuar lutando para desenvolver os direitos humanos, não por conta de resoluções emitidas por razões políticas, mas pelas exigências da nação e do governo", disse ele.

Shahid Ahmad apresentou seu mais recente relatório sobre direitos humanos no Irã perante uma comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), nesta semana.

O funcionário da ONU afirmou ter detectado nos últimos dois anos uma "deterioração" da situação dos direitos humanos no território iraniano.

O secretário do Conselho de Direitos Humanos no Irã, Mohammad Javad Larijani, lamentou que Shahid tenha se tornado um ator para difundir propaganda contra o país persa.

Shahid Ahmad, nomeado em 2011 para o cargo para um período de três anos, tem apresentado inúmeros relatos unilaterais sobre a situação dos Direitos Humanos no Irã, que vem lançando acusações infundadas contra o país persa.

Por outro lado, Teerã se queixou repetidamente que ele não possui competência para ser relator para direitos humanos e que suas avaliações são falsas.

Da redação do Vermelho,
com informações da Hispan TV

Pedro Porfírio: A verdade sobre o Porto de Mariel em Cuba


Por Pedro Porfírio, em seu blog*


Os idiotas da fauna obscurantista podem até se compensarem psicologicamente quando repassam essa mentirada pela internet. Mas o tucano, que não é um idiota, mas pretende enganar os menos informados, exerce o mandato de senador e já foi até presidente da Câmara Federal.

"Ele sabe que o BNDES não pode repassar um centavo para governos estrangeiros: quem a ele recorre é a empresa nacional que vai ganhar em dólares em obras por dezenas de países.

Foi o que explicou didaticamente o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, em 27 de maio deste ano.
Segundo o presidente do BNDES, não houve empréstimo ao governo cubano e sim para uma empresa brasileira, no caso, o Grupo Odebrecht. Ele lembrou que o BNDES é impedido por lei de emprestar dinheiro para empresas ou governos estrangeiros. “O BNDES libera recursos apenas para empresas brasileiras que tenham sido encarregadas de realizar um serviço no exterior. Nossa relação é com a empresa nacional, para gerar empregos no Brasil.”

Luciano Coutinho lembrou que o investimento foi feito na exportação de serviços de engenharia e que esse tipo de mercado é muito disputado. Destacou que, na América Latina, o Brasil responde hoje por quase 18% da exportação de serviços de engenharia para a região, perdendo apenas para a Espanha, e à frente dos Estados Unidos e da China.“Prestamos serviços a países como Argentina, Venezuela, República Dominicana, Cuba, Peru e Equador”, informou o presidente do BNDES aos deputados.

Num mercado muito disputado, o Brasil é o oitavo maior exportador de serviços de engenharia do mundo. A China desembolsou entre 2008 e 2012 um total de US$ 45,2 bilhões; os Estados Unidos, 18,6 bilhões; a Alemanha, US$ 15,6; e a França, US$ 14,6 bilhões, enquanto o Brasil financiou US$ 2,24 bilhões, ficando atrás ainda da Índia, do Japão e da Inglaterra.

Cuba paga em dia, segundo construtora brasileira: "a exportação de serviços suporta hoje 1,7 milhão de postos de trabalho no Brasil".

O presidente da Odebrecht, Marcelo, foi mais além. Sua empresa, que tem serviços em 23 países e emprega 200 mil pessoas, está muito feliz com Cuba, onde o porto, com um custo enxuto inferior a US$ 1 bilhão (lá não rola propina: não faz muito, em 2011 o ministro Alejandro Roca pegou 15 anos de cadeia por ter recebido um jabá de uma empresa chilena de sucos).

Os pagamentos estão sendo feitos rigorosamente em dia, como escreveu no site 247: o risco de inadimplência apontado por alguns críticos não pode ser contaminado pelo viés ideológico; "para quem está questionando os riscos quanto ao pagamento, é importante saber que a ocorrência de calotes não está relacionada a alinhamentos ideológicos: os maiores "defaults" recentemente enfrentados pelo Brasil vieram dos Estados Unidos e do Chile".

Ao ponderar que em 2013, a Odebrecht Infraestrutura faturou US$ 8 bilhões no exterior, o presidente do grupo, que completou 60 anos de serviços de engenharia este ano escreveu:
"O BNDES não investiu em Mariel. O BNDES financiou as exportações de cerca de 400 empresas brasileiras, lideradas pela Odebrecht, no valor equivalente a 70% do projeto. Se o porto será de grande importância para o socialismo cubano, foi o capitalismo brasileiro que mais ganhou até agora.

País que não exporta não cresce, não adquire divisas e não se insere na economia internacional. A exportação de serviços suporta hoje 1,7 milhão de postos de trabalho no Brasil, na interação com vários setores produtivos. Promove a inovação e estimula a capacitação de mão de obra altamente especializada.

Entretanto, lemos e ouvimos que o financiamento brasileiro gera empregos no exterior; que os contratos são sigilosos, talvez para encobrir negócios escusos; que drena recursos da nossa infraestrutura; e que o TCU (Tribunal de Contas da União) não fiscaliza.

Nada disso é verdade.
 
Primeiro: o financiamento à exportação gera empregos no Brasil, porque não há remessa de dinheiro para o exterior. Os recursos são desembolsados aqui, em reais, para a aquisição de 85% dos bens e serviços produzidos e prestados por trabalhadores brasileiros (os demais 15% são pagos à vista pelo importador).

Segundo: informações como o valor, destino e objeto do financiamento sempre foram públicas, como pudemos ouvir e ler em todos os meios que trataram de Mariel. As únicas informações que não são públicas são as usuais das operações bancárias, como o valor do seguro, eventuais contragarantias e as taxas que compõem a operação.

Nos financiamentos feitos pelos chineses, alemães, americanos, enfim, por todos os países, essas informações também são confidenciais. Não foram o Brasil e Cuba que inventaram essa regra.

Terceiro: os recursos que financiam exportações não concorrem com os destinados a projetos no Brasil e são providos por fontes diferentes. Os números falam por si: em 2012, o BNDES destinou cerca de US$ 7 bilhões para apoiar o comércio exterior e US$ 173 bilhões para o mercado interno.

O porto de Cuba não impediu a construção de nenhum projeto no Brasil. Aliás, até ajudou.

Por meio da exportação de serviços, como a de Mariel, a Odebrecht se capacita e gera resultados que aplica aqui, como fez no terminal de contêineres da Embraport, em Santos. É o maior do Brasil e foi construído pela Odebrecht, simultaneamente a Mariel, com investimento próprio de R$ 1,8 bilhão".

Já Mauro Hueb, diretor-superintendente em Cuba da Odebrecht, destacou em outra entrevista: “É importante ressaltar que US$ 800 milhões foram gastos integralmente no Brasil para financiar exportação de bens e serviços brasileiros para construção do porto e, como consequência disso, gerando algo em torno de 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, quando se analisa que a partir de cada US$ 100 milhões de bens e serviços exportados do Brasil, por empresas brasileiras, geram-se algo em torno de 19,2 mil empregos diretos, indiretos e induzidos”.

Vendas a Cuba foram incrementadas a partir do governo FHC

A bem da verdade, os primeiros negócios dessa natureza com Cuba foram iniciados ainda no governo Fernando Henrique, como ressaltou o diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da Fiesp, Thomaz Zanotto, em entrevista a Record News em 31 de janeiro de 2014.

No caso do porto de Mariel, a principal garantia é a sua própria receita. Toda a operação lá é gerenciada por uma empresa de Cingapura, que faz o mesmo em outros países do mundo. Segundo o diretor da Fiesp, como você verá no vídeo daRecord, desde o tempo de FHC Cuba vem pagando os financiamentos brasileiros rigorosamente em dia. Nesses mais de 16 anos, o Brasil somou US$ 1,8 bilhão em investimentos em Cuba, sem nenhum problema registrado.

Ao inaugurar a obra da empresa brasileira, no início deste ano, a presidenta Dilma Rousseff observou: "É um processo ganha-ganha, Cuba ganha e o Brasil também ganha. É um bom negócio (…) Nós continuamos fazendo investimentos na área de portos no Brasil. O Brasil hoje é um país líder na América Latina e tem suas responsabilidades. Assim como a gente saúda países desenvolvidos que, ao fazer investimentos, financiam o fornecimento de suas empresas nacionais, por exemplo, o Brasil financiou o Porto de Mariel, agora, no acordo, quem forneceu os equipamentos, os bens e os serviços foram empresas brasileiras. Mais de 400 empresas brasileiras participaram desse esforço, gerando emprego e renda”.

Para entender melhor a importância das exportações de serviços na economia de qualquer país, vale dar uma lida no artigo da superintendente da Área de Comércio Exterior, Luciene Machado, e do chefe do Departamento de Comércio Exterior do BNDES, Luiz de Castro Neves, sobre o apoio do BNDES a projetos de infraestrutura no exterior, publicado no jornal Valor Econômico em 17 de abril de 2014. " Os principais benefícios da internacionalização são sentidos no Brasil. Para as empresas, a inserção internacional representa não só a oportunidade de ampliar sua produção e obter economias de escala, mas também de diversificar sua carteira de clientes e mitigar riscos. Obter sucesso no mercado externo, onde a competição é mais acirrada requer produtos de qualidade e preços competitivos e capacidade de absorver e desenvolver novas tecnologias. Já o mercado interno se beneficia não só dos impactos favoráveis sobre emprego e renda, mas também dos ganhos na qualidade dos bens e serviços disponíveis aos consumidores, usualmente a preços decrescentes. Basta lembrar dos automóveis comercializados pelo país na década de 80".

Como se vê, age de má fé quem critica uma política de exportação de serviços altamente benéfica para a economia brasileira, movido apenas pela mais obsoleta intolerância ideológica.

*Publicado também no site Pátria Latina

Montadoras querem redução do IPI, mas remetem R$ 36 bilhões em lucros


A pressão das montadoras é para que a alíquota baixa do IPI - que desde julho teve a sua elevação adiada pelo governo federal até 1º de janeiro -, continue baixa no próximo ano. Para Moan, a reeleição da presidenta Dilma facilita as negociações para renovar o benefício, pois foi no seu governo que as reduções do IPI foram mantidas para compensar a redução nas vendas de veículos e enfrentar a crise internacional.

Para o presidente da General Motors (GM) para a América Latina, Jaime Ardila, o IPI reduzido já “faz parte da indústria”. “O consumidor já se acostumou com ele e, se mudar, não pode aumentar”, pressionou Ardila dizendo ainda que o setor automotivo é um importante empregador e responde por cerca de 25% do PIB da indústria nacional, por isso deve ser compensado. 

Já o vice-presidente de assuntos institucionais da Ford, Rogelio Golfarb, disse que o fim das eleições ajuda o mercado a reduzir as incertezas entre os consumidores. “Voltamos à vida normal, e os consumidores deverão prestar mais atenção aos lançamentos que serão apresentados”, disse Golfarb durante o Salão do Automóvel de São Paulo.

Como medida de enfrentamento da crise internacional, o governo adotou a redução do imposto desde meados de 2012 como forma de manter o mercado interno aquecido. Em julho, o governo deu sinais de que retiraria o benefício, mas prorrogou após intensa pressão dos empresários.

As centrais sindicais repudiaram a medida porque a manutenção da redução do imposto não veio acompanhada de contrapartidas, principalmente no que se refere à garantia do emprego. De acordo com os sindicatos do setor, apesar da redução do IPI ter contribuído com as vendas, as montadoras e as empresas envolvidas em toda a sua cadeia produtiva não deixaram de colocar milhares de trabalhadores em férias coletivas em diversas regiões do país, aumentando a tensão da categoria com a incerteza do emprego ao fim das férias.

Com o benefício da redução do IPI, as empresas reduziram o impacto da crise. Segundo estimativa da GM, as vendas em 2014 devem ficar em 600 mil carros. Em 2013, foram vendidos 630 mil, o que representaria uma queda uma queda de 4,8%. A multinacional estima que em 2015 as vendas retornem ao patamar de 630 mil.

A preocupação dos sindicatos em garantir a contrapartida ganha força com o lobby dos empresários, que além da manutenção da redução do IPI, pressionam pela ampliação do lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Hoje, o lay-off pode ser de no máximo cinco meses, mas as empresas querem que o prazo seja ampliado para pelo menos um ano. Para justificar tal medida, os empresários dizem que poderão manter vagas até que o mercado brasileiro “apresentar melhora”, o que é esperado a partir do segundo semestre de 2015. 

O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adílson Araújo, “não é concebível nenhum tipo de condição que não tenha contrapartida, sobretudo que salvaguarde direitos e os empregos”.

Segundo Araújo, as empresas têm aumentado a sua lucratividade e a sociedade está pagando a conta. “Caso o governo assuma o compromisso de manter a redução da alíquota, que sejam garantidos os empregos e os direitos”, completou o sindicalista.

Para o presidente da central, seria uma grande contradição o governo federal manter a medida para aumentar o consumo e gerar desemprego na outra ponta. “O movimento sindical não deve compactuar com medidas que venham causar prejuízo aos trabalhadores e a sociedade. Precisamos de políticas que venham valorizar o trabalho. Foi com base nesses compromissos assumidos pela presidenta Dilma que ela foi reeleita”, recordou.

Desoneração custou R$ 12 bilhões ao Brasil

Marcelino Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), também ressalta a necessidade de contrapartida e rechaça a proposta do lay-off, que segundo ele, é uma herança da política de flexibilização do governo de Fernando Henrique que precariza o emprego e rebaixa a massa salarial.

“Entendemos que a instituição de lay-off é mais uma precarização, pois não preserva o emprego e coloca o trabalhador, cidadão que mais paga imposto nesse país, com a responsabilidade que deveria ser das empresas”, reforçou Rocha. Durante o período de suspensão do contrato de trabalho, parte do salário é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Ele lembra que as montadoras, todas multinacionais, têm aumentado a remessa de lucros, enquanto o beneficio da redução do IPI reduz a arrecadação do Brasil. De fato, a desoneração concedida às montadores custou R$ 12,3 bilhões para os cofres do governo federal, desde quando foi implantada.

Remessa de lucro foi de R$ 36 bilhões

Por outro lado, segundo dados do Banco Central, somente em 2013, as montadoras multinacionais enviaram para suas matrizes US$ 3,3 bilhões, valor 35% superior ao de 2012, sendo o setor campeão de remessas de lucros ao exterior. No período entre 2010 e 2013, o montante chegou a US$ 15,4 bilhões, o que equivale a mais de R$ 36 bilhões.

Esse lucro é pago pelo consumidor. No Brasil, a média da margem de lucro da venda de um automóvel é de cerca de 10% do valor pago pelo consumidor final, enquanto que nos Estados Unidos, por exemplo, esse índice é de cerca de 2%. A média mundial é de 5%.

“Não podemos conviver com essa política que só um lado é beneficiado. Os trabalhadores também querem participar efetivamente do desenvolvendo nacional. É hora de repartir de fato esse bolo”, asseverou Rocha.

Da redação do Portal Vermelho, Dayane Santos
Com informações de agências


"Israel está doente": Cerco a Al-Aqsa, racismo e crimes de guerra


Por Moara Crivelente*, para o Vermelho

Diversas análises sobre o posicionamento do chefe de Estado que critica uma “sociedade doente”, a israelense, têm sido apresentadas nas últimas semanas. Rivlin, que há poucos meses substituiu Shimon Peres, chegou a participar de um memorial na vila de Kfar Qassem, em homenagem aos 49 palestinos massacrados em 1956. 

No início do mês, ele gravou um vídeo com o pequeno palestino George Amireh, em que ambos pediam “coexistência”. Amireh, cidadão israelense, é acossado por seu comportamento e sua suposta opção sexual. Além disso, os judeus árabes (o que Yuval Ben-Ami, em artigo para a revista eletrônica +972, supõe ser a ascendência do menino, embora ele se identifique como cristão árabe-palestino), chamados de “mizrahim”, são mais uma parcela da população israelense que sofre expressivo preconceito. 

Rivlin, entretanto, defende um único Estado, “judeu”, a ser oficializado na Palestina. Um Estado onde os palestinos teriam os mesmos direitos que os judeus. Mas o que acontece com a Palestina? Rivlin terá esquecido da história e da resistência popular em defesa da sua terra e da sua liberdade, uma em que a rendição é inconcebível. Se a sociedade israelense está tão “doente”, corrompida pelo ódio forjado durante mais de um século contra os árabes que insistem em continuar apegados às suas terras, até mesmo o discurso “conciliador e pacificador” do novo presidente está infectado.

A exigência de reconhecimento do “Estado judeu” não é nova, mas só foi oficializada pelo governo rançoso e agressivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do mesmo partido de Rivlin, o Likud, de direita. Nem mesmo o líder que institucionalizou o sionismo no formato de um Estado, o primeiro premiê, David Ben-Gurion, exigia este reconhecimento. 

O sionismo, aliás, entende-se como a ideologia racista e colonialista gestada na Europa, com base na “reação ao antissemitismo” para a mobilização em prol da ocupação da Palestina – que não foi a primeira opção territorial para o Estado de Israel. O Judaísmo foi um instrumento mobilizador, uma ferramenta narrativa para “justificar” o massacre e a expulsão dos árabes da Palestina. Nada mais eficiente do que a religião, como demonstrou-se em todo o mundo, para agregar um “povo” inteiro – seja ele “construído” discursivamente ou forjado pela sucessão de eventos – em torno de uma causa. Ressalte-se aí, ainda, a manipulação de quem é “semita”: no caso de Israel, significa negar ao palestino a mesma designação, como apontado por diversos historiadores, inclusive israelenses. 

Trazendo esta sucessão de articulações políticas revestidas de uma “guerra religiosa” – conceito que os líderes extremistas insistem em taxar ao conflito Israel-Palestina – é que se entende a atual situação. Após um exasperante aumento da violência na Cisjordânia e de oito anos de bloqueio completo à Faixa de Gaza,50 dias de bombardeios israelenses ao território sitiado deixaram mais de 2.150 palestinos mortos e o enclave devastado, com prejuízos que ultrapassam os US$ 5 bilhões, que serão prontamente ressarcidos por países “doadores” que oferecem ajuda aos palestinos para reconstruir suas casas e sistemas de abastecimento de água e energia pela enésima vez, enquanto mantêm relações comerciais e militares com Israel, apesar de algumas ressalvas ou declarações de cautelosa reprimenda pelo massacre dos palestinos. 

É certo que o reconhecimento do Estado da Palestina pela Suécia nesta quinta-feira (30) tem grande significado: o país soma-se aos mais de 130 que já reconheceram a Palestina em 2012, na Assembleia Geral da ONU. O “reconhecimento” é uma instituição importante nas relações internacionais. O mesmo vale para a insistência israelense em negar sua posição em uma série de políticas que são evidências claras dos crimes de guerra que comete, ou que liguem Israel a essas responsabilidades. Exemplo é o rechaço quase cínico da designação “Potência Ocupante”, termo empregado pela própria ONU para descrever o regime israelense nos territórios palestinos – agora, conforme designado pela liderança palestina, o Estado ocupado da Palestina.

O premiê Netanyahu esforça-se por quebrar recordes na construção de casas nas colônias ilegais em território palestino – algumas tão grandes que têm estatuto de cidades. Nesta semana, o membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e representante palestino nas negociações Saeb Erekat pediu outra vez a resposta mundial contra o anúncio de mais colônias em Jerusalém Oriental e em seu entorno, uma estratégia para inviabilizar o Estado da Palestina com capital nesta porção da cidade. Netanyahu, que também ordenou maior presença e agressão militar contra os palestinos - detendo mais de mil pessoas entre junho e setembro deste ano e matando dezenas de resistentes à chamada “operação Guardião Fraterno” na Cisjordânia – voltou a afirmar sua posição: não pretende viabilizar a existência do Estado da Palestina. 

Em coletiva de imprensa em julho, durante a “operação Margem Protetora” contra Gaza, ele disse que nunca aceitaria a soberania palestina na Cisjordânia devido a “necessidades securitárias” de Israel, voltando a acusar os palestinos de ameaçarem-no com o “radicalismo islâmico”. Nenhuma palavra sobre o aparente “radicalismo judeu” dos colonos que ocupam as terras palestinas movidos por ideais religiosos e que agridem física e verbalmente os palestinos para expulsá-los ou para tornar suas vidas insuportáveis. 

A hipócrita alegação da “preocupação securitária” de Israel foi um pilar dos planos do secretário de Estado dos EUA John Kerry para as negociações mantidas entre julho de 2013 e abril de 2014, que só resultou no aumento das colônias na Cisjordânia e no maior cerco à Faixa de Gaza. “Não poderá haver qualquer acordo segundo o qual abrimos mão do controle securitário sobre o território a oeste do Rio Jordão”, disse Netanyahu, referindo-se à Cisjordânia. Israel já controla militarmente a maior parte do território segundo um acordo que deveria ser provisório, assinado no início dos anos 1990 no contexto do “processo de paz de Oslo”, mas que ainda vigora e se transforma – como é o caso da construção do “Muro de Segurança”, ou muro do apartheid, e a expropriação de terras palestinas para “fins securitários”, segundo a administração israelense.

Mobilização religiosa em prol da ocupação e da violência
Além da narrativa religiosa e obscurantista, a liderança extremista de Israel – e seus eleitores, num país em que a extrema-direita passou por um intenso processo de ascensão – também investe na apresentação dos palestinos como “terroristas” que querem a sua destruição. Na semana passada, um episódio em que um rapaz palestino atropelou civis parados em uma estação de trens – de acordo com a sua família, foi um acidente – serviu para novamente intensificar as manifestações violentas contra os palestinos por colonos e soldados e para que o governo israelense intensificasse a ocupação e a agressão contra os residentes de Jerusalém Oriental. Neste contexto, cresceram também as tensões em torno da Mesquita de Al-Aqsa, constantemente invadida por civis e pelos soldados israelenses em flagrante provocação contra os muçulmanos – o local é visado pela extrema-direita parademolição e a “reconstrução do Templo judeu”

Após proibir a entrada de palestinos menores de 50 anos de idade no local, o que já causou confrontos numerosos reprimidos com munições letais, mortes e mais cerco aos palestinos da região – a mesquita Al-Aqsa, terceiro local mais importante para o Islã, foi fechada pela primeira vez em décadas pelo governo israelense, nesta quinta. A justificativa dada foi o disparo contra um israelense de extrema-direita, Yehuda Glick, no auge da tensão em Jerusalém. Glick, um rabino extremista proveniente dos EUA, vinha exigindo o fechamento de Al-Aqsa, o que só havia ocorrido durante o conturbado ano de 1967, um marco para o avanço da ocupação sobre os territórios árabes, sobretudo os palestinos.

Por outro lado, o palestino que disparou contra Glick, Muataz Hijazi, foi morto por soldados no bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental (palestina), onde as forças de inteligência de Israel impediram a passagem de uma ambulância e tomaram o corpo, de acordo com fontes locais citadas pela agência palestina Maan. Mais confrontos foram relatados entre jovens palestinos e as forças israelenses, enquanto uma corte decidia que o corpo de Hijazi seria devolvido à família, mas negava a realização de uma autópsia e limitava em 45 o número de pessoas em seu funeral. De acordo com Issa Qaraqe, chefe do Departamento Palestino para Assuntos dos Prisioneiros, Hijazi passara quase 12 anos em cárceres israelenses, onde foi torturado.

Desde o desaparecimento de três colonos israelenses na Cisjordânia, no início de junho, a violência já rompante intensificou-se aceleradamente, enquanto as manifestações racistas e xenófobas aumentaram em Israel, com papel preponderante para a cobertura sensacionalista dos meios de comunicação locais. Para muitos palestinos, o episódio foi mais um pretexto para a tentativa de impedir a reconciliação nacional construída entre a OLP e o Hamas, partido à frente do governo em Gaza. Vários casos de violência direta foram relatados tanto dos soldados quanto dos colonos israelenses na Cisjordânia, também palco de uma ofensiva militar e mais anúncios de construção nas colônias ilegais. Além disso, famílias israelenses passaram a tomar casas nas porções palestinas de Jerusalém, como foi o caso do bairro de Silwan, quando nove famílias israelenses ocuparam vários apartamentos.

A terceira ofensiva contra a Faixa de Gaza em cinco anos foi condenada mundialmente, abrindo espaço para mais uma investigação sobre os variadoscrimes de guerra perpetrados pelo Exército israelense contra os palestinos, cujos resultados devem ser apresentados à ONU em 2015. Mais de 3.700 pessoas morreram nestes três episódios, além das vítimas de outros confrontos entre a resistência palestina e as forças israelenses que ocupam a Cisjordânia. Enquanto isso, a liderança israelense insiste em taxar este de um “conflito religioso”, apostando na mobilização das camadas mais extremistas de Israel e das colônias na Palestina, com um Parlamento recheado de representantes dos conceitos mais retrógrados e agressivos, que fazem oposição virulenta ao reconhecimento do Estado da Palestina. Cabe ao mundo tomar esta questão em maior atenção e pressionar finalmente pelo fim da ocupação e da impunidade israelense, enquanto os palestinos fortalecem sua unidade nacional e sua representação no cenário global.

*Moara Crivelente é cientista política, jornalista e membro do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), assessorando a presidência do Conselho Mundial da Paz.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Advogado de Youssef diz que Veja mentiu: nunca houve depoimento dia 22


Depois de lançar acusação contra a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas do segundo turno da eleição, afirmando em matéria de capa que os dois sabiam da corrupção na Petrobras e, subliminarmente, apontar que são cúmplices, o advogado Antônio Figueiredo Basto, que representa o doleiro réu Alberto Youssef, volta a público para dizer que “ou a fonte da matéria mentiu ou é má-fé mesmo”.

A declaração do advogado foi feita ao jornal Valor Econômico e publicada nesta quinta-feira (30) e revela que o verdadeiro escândalo, como também já havíamos apontando, foi praticado pela Veja. O “depoimento” que a revista disse ter ocorrido no dia 22 de outubro e que também disse ter tido acesso para justificar a manchete “Eles sabiam de tudo” nunca existiu.

“Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira”, declarou o advogado ao Valor. Segundo Basto, é falsa a informação de que o depoimento teria ocorrido no dia 22 para que fosse feito um “aditamento” ou retificação sobre o que o doleiro afirmara no dia anterior. “Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo”, reafirmou Basto.

Desde o primeiro dia da divulgação da capa da revista – que geralmente é no sábado, mas foi adiantada para quinta (24) por conta da eleição –, o advogado tem refutado as afirmações da revista. A declaração de Basto vai ao encontro do que a presidenta Dilma Rousseff disse em seu último programa da campanha eleitoral e durante o debate de TV na Rede Globo, na sexta-feira (25): a revistaVeja mentiu e cometeu crime eleitoral para mudar o resultado das urnas, que nas pesquisas davam vantagem a presidenta Dilma.

Vazamento?

Além de desmentir a Veja, o advogado Antonio Figueiredo Basto reafirmou que a sua equipe não teve nenhum envolvimento no suposto vazamento. “Asseguro que eu e minha equipe não tivemos nenhuma participação nessa divulgação distorcida”, afirmou Basto. O delegado Rosalvo Ferreira Franco, da superintendência da Polícia Federal no Paraná, determinou abertura de inquérito para apurar o caso.

“Acho mesmo que isso tem que ser investigado. Queremos uma apuração rigorosa”, garante Basto. Alguns veículos de comunicação lançaram suspeitas sobre Basto por ter integrado o conselho da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O estado é governado por Beto Richa, do PSDB, que foi reeleito este ano. “Eu não tenho nenhuma relação com o PSDB. Me desliguei em 2002 do conselho da Sanepar [controlada pelo governo do Estado]. Não tenho vínculo partidário e nem pretendo ter. Nem com PSDB, nem com PT, nem com partido algum”, disse.

Imprensa esconde

A capa da Veja foi destaque durante todos os dias que antecederam a eleição do segundo turno, principalmente nos veículos impressos, com manchete de capa inclusive. No entanto, as declarações do advogado de que a Veja mentiu sobre o depoimento ganhou matéria de duas colunas no jornal Valor Econômico, na página 8, com o seguinte título: “Advogado de Youssef nega participação em “divulgação distorcida’”. Pelo jeito, tucanaram o significado de mentira.

E como era de se esperar, nos demais veículos, pelo menos até o fechamento dessa matéria, nenhum palavra sobre o assunto, com exceção do Portal Brasil 247 e do Vermelho.

Derrotada nas urnas, agora só falta os tribunais

A revista já tinha sofrido um primeiro revés ao ser obrigada a publicar um direito de resposta de Dilma em seu site, em pleno dia de votação, o que também poderá ocorrer na publicação imprensa deste fim de semana. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki.

Da redação do Portal Vermelho, Dayane Santos
Com informações do Valor Ecônômico


Inácio denuncia papel antidemocrático da grande mídia na eleição


Segundo o parlamentar, as vitórias de Barack Obama nos Estados Unidos, e de François Holland, na França, resultaram de diferenças de votos em relação aos seus adversários menores do que a diferença entre Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB, no Brasil.

“No entanto, nesses países os resultados foram considerados normais, considerados vitória da maioria. Mas, aqui no Brasil, esses meios de comunicação dominantes apresentam a vitória da Dilma como um país dividido, que ficará ingovernável. Um desrespeito à vontade da maioria soberana do país”, criticou, destacando a ação desses órgãos de mídia que “continuam esticando a corda, transformando a vida política brasileira num terceiro turno permanente”.

Para Inácio, “o que esteve em disputa na eleição presidencial foram os caminhos do Brasil, de desenvolvimento com soberania, ou de subserviência às potências econômicas mundiais. E a grande mídia está do lado da subserviência”, defendendo que outros países ditem as regras do desenvolvimento do Brasil.

Inácio também classificou como crime eleitoral a edição da revista Veja, lançada às vésperas da eleição, com calúnias contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, “que foi distribuída como um panfleto, por todo o país”. E questionou: “Quem pagou essa distribuição?”

Mídia verdadeira

Em contraponto ao posicionamento da mídia oligopolista, o senador destacou a atuação de jornalistas como Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada; Luiz Carlos Azenha, do Viomundo; Rodrigo Viana, do Escrevinhador; Luiz Nassif, do GGN; Altamiro Borges, do Barão de Itararé; de Mino Carta, da CartaCapital, dentre outros.

“Estes jornalistas, honrados, tomaram partido em defesa da candidatura de Dilma Rousseff, mas o fizeram às claras, explicando e defendendo os rumos desenvolvimentistas e soberanos para o Brasil. Não se valeram de uma falsa neutralidade. Mostraram que existem jornalistas que, não deixando de dar as notícias favoráveis ou contrárias ao governo, as analisam criticamente e defendem, abertamente, as soluções que consideram mais corretas para o país”.

Inácio Arruda ainda cumprimentou Dilma Rousseff pela vitória nas eleições e elogiou a presidenta pelo seu atual mandato, que se encerra no final deste ano. Ele ressaltou ações do governo petista e seus aliados, como a ampliação das condições de desenvolvimento do Nordeste, a ampliação das universidades no Brasil, a melhoria da infraestrutura e a diminuição da taxa de desemprego, entre outros benefícios.

O senador disse ter expectativa que, nos próximos quatro anos, os projetos de mudanças sejam aprofundados permitindo um crescimento econômico mais eficaz para o país.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Inácio Arruda

    Suécia reconhece oficialmente o Estado da Palestina


    O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Loefven, anunciou, em sua primeira intervenção no Parlamento, no início de outubro, que o país seria o primeiro da União Europeia no lado ocidental a reconhecer o Estado palestino.

    Israel, por sua vez, condenou o reconhecimento e acrescentou que a medida fortalecerá os extremistas muçulmanos. “É uma decisão lamentável, que reforçará os elementos extremistas e a política de recusa dos palestinos”, disse, num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman. A iniciativa sueca provocou grandes danos e não tem utilidade, acrescentou.

    Enquanto os palestinos saudaram a iniciativa sueca, Israel convocou seu embaixador no país europeu para expressar sua desilusão e protestar. Israel insiste que os palestinos só podem ter status de Estado por meio de negociações diretas e não de outros canais diplomáticos.

    Sete países-membros da União Europeia no Leste da Europa e no Mediterrâneo já reconheceram o Estado palestino – Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polônia e Romênia. A Islândia, que não pertence à União Europeia, foi o único país da Europa Ocidental que fez o reconhecimento.

    Os palestinos, em especial os que vivem na Faixa de Gaza, ainda tentam reconstruir a região após os ataques engendrados por Israel nos meses de junho e julho deste ano. Na ocasião, mais de duas mil pessoas morreram, incluindo muitas mulheres e crianças. Escolas, hospitais e casas foram destruídos. Além disso, a região sofre também com o bloqueio israelense de vários anos, que impede o pleno desenvolvimento das atividades cotidianas dos palestinos.

    Da redação do Vermelho,
    com informações da Agência Brasil


    América Latina retomará crescimento em 2015, diz Cepal


    "Acredito que 2015 será um ano melhor do que 2014 para a região", disse a chefe da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, um organismo da ONU, ao final de sua visita a Cuba.

    "Creio que (o crescimento) será superior a 2,5%", expressou Bárcena, acrescentando que a América do Sul terá "um desempenho melhor".

    A funcionária prevê um "2015 mais auspicioso", embora tenha advertido que o contexto internacional continua complicado, pois "a Europa não conseguiu sair da crise". Segundo ela, a recuperação dos Estados Unidos, que este ano pode crescer 2%, terá um efeito positivo.

    A recuperação americana deve estimular as economias da América Central e do Caribe. Também pode resultar no aumento do envio de remessas para as famílias, que tem grande impacto em países centro-americanos e caribenhos, assim como no México.

    Bárcena disse que, em 2015, países como Brasil, Argentina e Chile, entre outros, terão resultados melhores do que em 2014.

    "O Brasil é, sem dúvida, um país que terá um melhor desempenho no ano que vem", disse.

    Segundo ela, a Argentina também deve ter um ano mais promissor. "Uma vez que termine este período de problemas com os 'fundos abutres', (a Argentina) volta a retomar um desempenho econômico positivo", indicou.

    O Chile terá um crescimento maior, graças ao aumento do investimento público, completou.

    Em 4 de agosto passado, a Cepal reduziu sua projeção de crescimento regional em 2014 - de 2,7% para 2,2% - "por causa da debilidade da demanda externa, do fraco dinamismo da demanda interna e de investimentos insuficientes", entre outras causas.

    Depois de se reunir com o número dois do governo cubano, Miguel Díaz-Canel, na segunda-feira, Alicia Bárcena elogiou as reformas econômicas adotadas pelo presidente Raúl Castro, que contemplam uma maior abertura aos investimentos estrangeiros.

    Os investidores internacionais buscam "mercado, recursos naturais e mão de obra qualificada, e isso existe em Cuba", disse.

    O processo de reformas "está muito bem encaminhado", insistiu Bárcena.

    Com informações da AFP


    Governo não desistirá de tornar constitucional a participação social


    “Na prática esse decreto mexia tão pouco com as estruturas. É uma vitória de Pirro, uma vitória que não significa nada a não ser a vontade conservadora de impor uma derrota política à presidenta. Mas é uma derrota que não nos abate”, disse se referindo à expressão vitória de Pirro usada para expressar uma vitória com ares de derrota.
    “Nunca falamos em inventar conselhos, falamos simplesmente em organizar e aprofundar a participação social. Eles não entenderam isso, mas não desistiremos dessa luta para tornar estável o processo de que a participação social seja um método de governo no nosso país”, acrescentou.

    Para Carvalho, ao não aceitar o decreto, os parlamentares agiram contra o desejo de participação do povo brasileiro. “A meu juízo, nada mais anacrônico, mais contra os ventos da história, nada mais do que uma tentativa triste de se colocar contra uma vontade irreversível do povo brasileiro que é a vontade da participação. O povo brasileiro não aceita mais uma postura de mero espectador”, acrescentou ao discursar na abertura da 42ª Reunião Nacional do Conselho das Cidades.

    Na avaliação do ministro, a derrota de terça-feira (28) mostra que a presidenta Dilma Rousseff tem razão ao considerar que a reforma política só ocorrerá com uma forte mobilização social e popular.

    Ao ser perguntado por jornalistas sobre o apoio de integrantes do PMDB, partido da base aliada, na derrubada do decreto, o ministro respondeu que havia setores do partido que tinham tomado a decisão de derrotar a proposta do governo e que não se deve confundir essa atitude com o conjunto do partido. “Prefiro considerar esse um episódio isolado que não afeta nossa aliança com o PMDB”.

    A rejeição do decreto pelos deputados se deu com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.491/14, apresentado pela oposição, anulando o decreto presidencial. O PDC tem agora que ser apreciado pelo Senado Federal. O decreto presidencial foi publicado em maio deste ano e, desde então, os partidos de oposição tentam anular o decreto com o argumento, entre outros, de que ele invade as prerrogativas do Legislativo.

    Com informações da Agência Brasil

      quarta-feira, 29 de outubro de 2014

      Derrotados, rentistas lançam plano B: ministro da Fazenda independente


      Da Redação do Portal Vermelho, Dayane Santos


      A economia foi um dos principais temas dessa campanha, tanto no primeiro como no segundo turno das eleições. Os adversários de Dilma disputaram quem apresentaria o plano de governo que mais atenderia aos desejos do mercado. Marina Silva (PSB) propôs a independência do Banco Central e o mercado aplaudiu. Aécio Neves (PSDB) não perdeu tempo e, além da garantia de “medidas impopulares”, tratou logo de dizer que o seu governo já tinha um ministro da Fazenda: Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e homem credenciado pelos especuladores como George Soros, de quem Fraga já foi funcionário.

      Na bolsa, a cada subida da candidata nas pesquisas, o índice Ibovespa despencava e o dólar subia. Na imprensa, uma enxurrada de estimativas pessimistas foi lançada para respaldar a ideia de que a inflação estava descontrolada e o desemprego estava batendo à porta dos brasileiros. Na campanha, a pressão contra Dilma foi para que ela dissesse quais seriam as mudanças na economia no segundo mandato. A única coisa que conseguiram arrancar foi que, por uma decisão pessoal do ministro, Guido Mantega não ficaria na Fazenda no segundo mandato.

      Dilma não cedeu à chantagem rentista e a realidade atropelou o terror inflacionário. A estratégia neoliberal foi recorrer ao caso Petrobras. Às vésperas do segundo turno, a revista Veja publicou matéria de capa em que afirmava que, de acordo com depoimento do doleiro preso Alberto Youssef, Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras.

      Golpe da Veja desmascarado

      A mentira de pernas curtas foi desmascarada. A intenção da Veja de interferir no resultado das eleições foi denunciada a tempo pela própria presidenta em seu último programa de TV da campanha.

      O golpismo midiático foi tão explícito que os demais veículos da grande imprensa não quiseram embarcar na onda da Veja. O diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, informou em carta enviada à Folha de S. Paulo que a emissora não repercutiu a reportagem porque a revista “não provou a denúncia com suas fontes”. Na carta, Kamel explica que noticiou os protestos em frente à sede da revista porque ”não poderia ser ignorado”.

      A repercussão veio em efeito bumerangue. Matéria publicada no Portal Brasil 247 desta segunda (27), afirma que a direção da Editora Abril estava irritada com os efeitos da matéria. Segundo a matéria, o diretor de redação Eurípedes Alcântara teria sido chamado a um jantar na casa do presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa, ao qual também compareceram os redatores-chefes Lauro Jardim, Fabio Altman, Policarpo Jr. e Thaís Oyama, para dar explicações.

      Nariz torcido

      Derrotada nas urnas, a oligarquia financeira torce o nariz, mas é obrigada a aceitar Dilma como presidenta. E como o plano de um Banco Central independente foi por água abaixo, agora joga todas as suas fichas num “ministro da Fazenda independente”. Um ministro que tenha mais poderes que a presidenta Dilma, cujo papel seria reduzido à mera formalidade protocolar, sem interferência nas decisões da economia brasileira.
      A Bolsa de Valores, que na segunda (27) caiu em 2,77%, nesta terça (28) opera em alta, sinalizando uma breve trégua, enquanto a presidenta não anuncia o nome que eles querem para o ministério. E como num cassino, as apostas e blefes crescem a cada instante, principalmente pela imprensa. 

      A manchete do jornal Valor Econômicodesta terça (28) chega a dizer que o ex-presidente Lula teria feito três indicações para a pasta da Fazenda: Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco; Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central; e Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda. Essa informação, que mais parece um boato, nada mais é que uma tentativa de emplacar um ministro ligado ao mercado. 

      O colunista político Kennedy Alencar, em seu comentário na rádio CBN, diz que dos 39 ministros, Dilma pretende manter apenas dez, sendo que “a principal peça é a equipe econômica”. Segundo ele, foi “infeliz” a declaração de Guido Mantega, de que com a reeleição o povo aprovou a política econômica do governo. “Ora, a presidente quase perdeu por causa da política econômica. O mercado financeiro e o empresariado torceram contra a petista”, disse ele.

      A coação do mercado financeiro é porque durante toda a campanha, a presidenta Dilma reafirmou que a sua preocupação é com o emprego, a melhoria da renda do trabalhador e da vida das pessoas. “Não somos aqueles que só pensam nos banqueiros e nos juros. Somos aqueles que querem melhorar a vida de cada família”, asseverou Dilma em campanha no Rio de Janeiro, dia 20 de outubro.

      Sem chance

      Para o mercado financeiro, como apontou a revista The Economist – panfleto dos rentistas – as conquistas sociais “não são palpáveis”. A medida concreta que eles querem é ajuste fiscal e juros na estratosfera para pagamento da dívida pública à custa da estagnação econômica, desemprego em massa.

      O presidente do PT, Rui Falcão, em coletiva de imprensa nesta segunda (27), afirma que o eventual indicado precisará apenas de uma coisa: “Comungar e manter a atual linha econômica do governo, mais voltada ao mercado consumidor e ao mercado de trabalho. Não podemos nos pautar pelo mercado financeiro”.

      Dilma, por sua vez, em entrevista também nesta segunda (27), um dia após a vitória nas urnas, manteve o tom da campanha e mostrou que não vai ceder a chantagem: “Não tenho o menor interesse em fazer essa discussão agora. No tempo exato, eu darei os nomes”.

      Campanha Salarial 2014 - Greve João Lisboa


      Renato Rabelo: Elogio à militância que não foge à luta


      A reeleição da presidenta Dilma Rousseff é fruto de um conjunto de fatores, entre os quais se ressalta o papel destacado da militância dos partidos e dos movimentos sociais. A direção nacional do PCdoB enaltece com estima e louvor esse coletivo de milhares e milhares que – com entusiasmo, dedicação e criatividade – ocuparam as ruas e as redes sociais para que o povo conquistasse esta histórica quarta vitória consecutiva.

      Em especial, nosso Partido aplaude sua militância, seus quadros e nossa rede de amigos e amigas que se empenharam de modo redobrado neste segundo turno, enfrentando o poderio do consórcio oposicionista, dando, assim, sua efetiva contribuição ao triunfo alcançado.
      Para conter e vencer a investida reacionária, o povo se levantou e junto com ele a militância de esquerda, popular e patriótica. Os trabalhadores, através da maioria das centrais sindicais que os representam – entre elas, a CTB, a CUT – apoiaram Dilma com suas bandeiras e mobilizações. Do mesmo modo, as mulheres tendo por canal um elenco de entidades nas quais se destaca a União Brasileira de Mulheres (UBM); assim como os ativistas do movimento comunitário entre os quais os que atuam na Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM); também os que batalham por uma sociedade sem racismo e preconceitos como os companheiros da União de Negros pela Igualdade (Unegro) e os ativistas dos movimentos LGBT.



      Merece especial destaque pela garra e a criatividade, por sua atuação intrépida em todo o país, a atuação valiosa da União da Juventude Socialista (UJS). O trabalho da UJS contribuiu para que a mensagem da campanha da presidenta Dilma Rousseff chegasse a amplas camadas da juventude, principalmente nas universidades e escolas nas quais a UNE e a Ubes tiveram papel muito significativo. A campanha também se estendeu aos jovens da periferia, com o movimento Hip Hop. “Renovar a esperança” foi a bandeira de campanha da UJS, e além disso a entidade criou slogans, imagens, mensagens, que se disseminaram nas ruas e nas redes sociais, tais como: “no meu país, eu boto fé, porque ele é governado por uma mulher”; “Para o Brasil seguir em frente, eu vou com Dilma, coração valente”.
      No final deste segundo turno, a direita e a grande mídia sentiram o cheiro da derrota e radicalizaram suas ações golpistas. No âmbito desse desespero tentaram, via distorção e manipulação de fatos, criminalizar a UJS; atitude, aliás, corriqueira deles contra os movimentos sociais. Tentativa que será inócua pela seriedade, pelo valor da UJS, amplamente reconhecido, enquanto entidade que mobiliza os jovens pelos seus direitos e que os forma para a luta política e social transformadora.
      Uma vez mais nosso aplauso, nosso elogio à militância comunista que suou a camisa, que, armada de argumentos e entusiasmo, se irmanou com o povo e, efetivamente, deu importante contribuição para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Para realizar as mudanças e as reformas estruturais com as quais está compromissada nesse novo mandato, a presidenta precisará do apoio impulsionador dessa militância “que não foge à luta”.