sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ato pela democracia reúne milhares de pessoas em Salvador e Itabuna

Os trabalhadores e trabalhadoras de Itabuna não se contiveram com as constantes ofensivas contra a democracia e foram as ruas clamar em favor da liberdade democrática do país na tarde de ontem.
Uma caminhada organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, saiu do Jardim do Ó, percorrendo a Avenida Cinquentenário e se concentrou na praça Adami, centro da cidade.
Camisetas, faixas e cartazes davam voz ao povo que não ficou passivo diante de tanta injúria. “Eu defendo a democracia e a legitimidade do voto”, dizia um cartaz levado por um estudante universitário. “A crise é dos ricos. Eles que paguem a conta”, dizia uma faixa levada por outros estudantes.

Segundo a organização do evento, cerca de cinco mil pessoas participaram do ato.
“O povo de Itabuna está sintonizado com a ideia de estabelecer os direitos democráticos e disse ‘não ao golpe’ na tarde de ontem. Foi um evento extremamente positivo”, afirmou Luís Sena, diretor do Sindicato dos Bancários e um dos organizadores do evento.
“Foi um ato importante ao demonstrar que a população de Itabuna se posiciona contra o retrocesso defendendo os direitos sociais e trabalhistas. Não existe defesa democrática com golpe. A crítica ao governo deve ser feita sim, mas de uma forma positiva para que todos devam ter seus direitos assegurados com legitimidade”, explicou Wilmaci Oliveira, coordenadora da CTB Regional Sul Bahia.
Na Praça Adami os trabalhadores realizaram um ato cívico e cantaram o hino nacional. Dirigentes sindicais reforçaram o discurso de não ao golpismo para os trabalhadores.
Salvador
As ruas do centro de Salvador foram tomadas por faixas e bandeiras na tarde de ontem, quinta-feira (20/8). Mais de 15 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, atenderam à convocação dos movimentos sociais e participaram do ato cívico e cultural em defesa da democracia e por mais direitos. Incialmente marcado para a Piedade, o evento precisou ser realocado para a Praça Castro Alves devido ao grande número de participantes.
Este foi um dos maiores eventos organizados pelo movimento social baiano nos últimos anos e contou com a representação de dezenas de segmentos da sociedade civil organizada. O movimento de mulheres, negro, LGBT, estudantil, da luta pela terra e por moradia, além de mais de 60 sindicatos de trabalhadores se fizeram presentes no ato.  As centrais sindicais CTB, CUT e Intersindical e os partidos políticos PT, PCdoB e PSB também se engajaram no movimento, que ganhou o apoio da Arquidiocese de Salvador, representada pelo Padre José Carlos, responsável pela organização do Grito dos Excluídos.
A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, o Sindicato da Bahia e de Feira de Santana também participaram do ato, levando a disposição da categoria de sair às ruas para defender a democracia.
“O movimento de hoje não é desta ou daquela entidade. É de todos aqueles que defendem a democracia, independentemente de qual setor da sociedade pertença. A manifestação de hoje mostrou isso. Mostrou também que o povo e os movimentos que organizam a luta do dia a dia da sociedade não vão aceitar qualquer tipo de golpe contra a presidenta Dilma”, avaliou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.
Para Aurino, os atos desta quinta-feira representam apenas um primeiro passo na luta para proteger o regime democrático no país. “Colocamos o povo na rua, mas queremos trazer também outros setores importantes para esta luta. Queremos também que a presidenta entenda a necessidade de se aproximar mais dos movimentos sociais para garantir que as conquistas dos últimos anos continuem avançando”.
Haroldo e Waldir
A manifestação desta quinta-feira em Salvador contou com a participação de dezenas de lideranças sindicais, sociais e políticas, no entanto, as presenças mais festejadas foram as do ex-deputado comunista Haroldo Lima e do ex-governador da Bahia Waldir Pires, atualmente vereador de Salvador pelo PT, dois dos maiores expoentes da luta contra o regime militar no estado.
Em uma fala bastante aplaudida, Haroldo Lima falou da tendência golpista da elite brasileira, que costuma se articular para derrubar qualquer governo que trabalhe para diminuir as desigualdades sociais, a exemplo do que aconteceu com Getúlio Vargas e João Goulart. “A diferença é que agora estamos atentos e o golpe não passará”, afirmou.
Do alto dos seus 82 anos, Waldir Pires ressaltou a importância da defesa da democracia, lembrando que a ela não existe se vale apenas para uma parcela da população. “a democracia tem que ser para todos ou é apenas uma democracia de merda. Eu dediquei minha vida à luta pela democracia de fato e vou morrer assim, lutando para que todos  tenham direito à democracia e às riquezas do nosso país”.

Fonte: Seeb Itabuna e Feebbase

Dilma entrega primeira Estação da Transposição do Rio São Francisco

 A presidenta Dilma Rousseff acionará, nesta sexta-feira (21), a primeira Estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobó, no Sertão de Pernambuco.


Ministério da Integração
 
Ontem, quinta (20), membros do Ministério da Integração Nacional realizaram uma visita técnica na estação. De acordo com o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração, Robson Botelho, nessa primeira etapa, a água seguirá em um canal por sete quilômetros até o reservatório de Tucutú e 45,9 quilômetros até o segundo reservatório Terra Nova.

Com a bomba operando 16 horas em cinco dias da semana, o reservatório de Tucutú estará cheio em 39 dias, dando condições para encher o reservatório Terra Nova em 18 dias.

“A partir desta sexta, a agua será liberada e assim que for chegando nos reservatórios, o que deve acontecer entre os meses de novembro e dezembro, as comunidades já podem ser abastecidas”, explicou Robson Botelho.

Este trecho que será posto em funcionamento possuir três estações distribuídas ao longo de 260 quilômetros de extensão, e até o final de 2015, todas estarão concluídas.

70 mil beneficiados

O funcionamento desta primeira estação vai beneficiar diretamente mais de 77.733 habitantes, em 12 comunidades quilombolas e 23 indígenas. Esse número deve aumentar com a assinatura de convênios com os governos da região.

“Será assinado um Termo de Compromisso com os governos dos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba para abastecer 325 comunidades”, disse Robson.

Transposição

O Projeto de Integração do Rio São Francisco deve garantir a segurança hídrica de R$ 12 milhões de pessoas, em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
 

Do Portal Vermelho, com informações de agências

As mentiras de Fernando Henrique Cardoso

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República e ex-“príncipe dos sociólogos”, tem uma qualidade rara: é uma espécie de rei Midas ao contrário.

Ele se esforça por polir sua biografia no esforço vaidoso de figurar bem na história. Mas, quanto mais se empenha, mais opaca sua imagem fica! Ele, que se tornou “príncipe da privataria” depois das privatizações promovidas por seu governo, figura entre os piores presidentes da República (talvez o pior) na avaliação popular e tenta, a todo custo, desqualificar a imagem de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva que, sem titulação acadêmica, ostenta a avaliação popular de melhor presidente da história do país.

Em seu mais recente rompante FHC teve a deselegância (cara-de-pau, melhor dito) de exigir a renúncia da presidenta Dilma Rousseff. Seria um gesto de “grandeza”, disse ele no início desta semana, pois seu governo seria, na opinião do expoente da direita neoliberal, “ilegítimo”. E pregou (claro!) a abreviação de seu mandato constitucional.

Neste ambiente em que a memória histórica tem sido abreviada (desde que a luta de classes voltou abertamente às ruas a partir de junho de 2013) muitas pessoas se esqueceram do que era a vida dos brasileiros há 13 anos, até o ano de 2002, e das mentiras, corrupção e fraudes que mantiveram os tucanos no poder entre 1995 e 2002.

Na eleição de 1998, FHC recebeu o que havia “comprado” antes, sua reeleição, mudança constitucional adotada depois de num dos piores casos de corrupção política envolvendo o presidente da República e parlamentares corruptos que receberam dinheiro para votar pela adoção da reeleição.

Mesmo assim a reeleição não foi fácil e FHC teve 53% dos votos. A campanha eleitoral assistiu a um dos maiores festivais de mentiras promovidos por um candidato à reeleição.

A maior delas foi a garantia dada aos eleitores por FHC (que dizia "ou eu ou o caos”!) de que o governo não mexeria no câmbio e manteria a taxa do dólar vigente durante praticamente todo seu primeiro mandato. Alcançado o objetivo da mentira, a reeleição de FHC, a máscara caiu rapidamente. O país soube, assombrado, que a manutenção da taxa do dólar (que foi de R$ 1,12 durante praticamente todo ano de 1998) havia custado quase todas as reservas externas que o Brasil acumulara, e o país estava agora de “pires na mão”.

Pior principalmente para empresas que, até então, confiaram no governo e contraíram dívidas em dólar.

A mentira de FHC revelou-se, afinal, e seu governo mexeu no câmbio. Abandonou o fixo e adotou o câmbio flutuante; o valor do dólar pulou, em poucas semanas, dos R$ 1,12 para R$ 2,11 em março de 1999, e chegou a R$ 3,82 em outubro de 2002.

De repente, cada US$ 1 mil de dívida das empresas passou para US$ 2.110,00, e para os insustentáveis US$ 3.820,00 no final do mandato do tucano que se pretende sabidão e campeão da ética e da moral.

E campeão da competência. E ninguém pode atribuir aquelas decisões econômicas de FHC à incompetência do presidente ou seus auxiliares.

É pior. Foram decisões que decorriam do programa neoliberal de FHC e das fidelidades de classe, nacionais e internacionais, que aquele programa pressupõe.

Os dois mandatos de FHC foram períodos nos quais a nata da especulação financeira controlou a presidência da República e impôs ao país o programa de privatizações, desmonte do Estado e ataques aos direitos sociais e políticos dos trabalhadores e do povo, e à soberania nacional.

Tudo isso precisa ser lembrado, entre os desmandos dos governos de FHC, para que se possa pôr em seu lugar as afirmações recentes do ex-presidente e atual líder golpista antidemocrático.

FHC tema cara-de-pau de propor que a sonhada (pela direita) renúncia da presidenta Dilma Rousseff seria um gesto de “grandeza”.

Este é outro aspecto da política da mentira, da qual ele já se demonstrou um verdadeiro campeão.


Fonte: Vermelho

DIA NACIONAL EM DEFESA DA DEMOCRACIA EM ITABUNA

Os trabalhadores e trabalhadoras de Itabuna não se contiveram com as constantes ofensivas contra a democracia e foram as ruas clamar em favor da liberdade democrática do país na tarde de ontem.
Uma caminhada organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, saiu do Jardim do Ó, percorrendo a Avenida Cinquentenário e se concentrou na praça Adami, centro da cidade.



SP dá recado aos golpistas: “que os ricos paguem pela crise”

Juventude defende saída à esquerda

Mariana Serafini
Juventude defende saída à esquerda

Mais de 75 mil pessoas lotaram a região central da capital paulista nesta quinta-feira (20). A manifestação convocada por movimentos sociais e entidades começou no Largo da Batata e seguiu em marcha até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Apesar do frio e da chuva, o povo não arredou o pé da caminhada de pouco mais de 5km. “Que os ricos paguem pela crise” e “não vai ter golpe” foram as palavras de ordem que deram o tom da manifestação.

Por Mariana Serafini


Contra o golpismo, em defesa da constitucionalidade do mandato da presidenta Dilma, da Petrobras, e do desenvolvimento nacional, marcharam as mais 50 organizações do movimento social. Eles também defenderam reformas estruturantes, como a urbana, agrária, tributária, política, da educação e da comunicação, além da taxação de grandes fortunas. 


Uma saída à esquerda, esta é a medida sugerida pelos movimentos sociais para o Brasil superar a crise econômica que já atingiu diversos outros países pelo mundo. O representante brasileiro da FSM (Federação Sindical Mundial), Divanilton Pereira, alertou sobre a estratégia imperialista de controle e dominação do continente Sul-Americano. “As ameaças contra o Brasil são as mesmas que rondam a Argentina, a Venezuela, o Peru, e outros governos progressistas da América Latina e do Caribe. São as mesmas estratégias imperialistas que já resultaram em golpes em Honduras e no Paraguai”, esclareceu.

Diante deste processo de destabilização política, a FSM declara solidariedade ao Brasil e se coloca ao lado do povo brasileiro para defender a democracia e a soberania do voto. “O povo sobe, através de sua própria experiência, para lutar por sua democracia, nós não admitiremos retrocessos em nossa região”. A entidade vai realizar um grande ato anti-imperialista no dia 3 de outubro na capital paulista porque o Brasil foi o país escolhido para comemorar os 70 anos da organização mundial.

Em defesa da juventude negra e periférica
A Unegro destacou que os golpistas não vão acabar com o sonho de mais de 54 milhões de brasileiros que escolheram continuar no caminho da inclusão e da justiça social. O dirigente nacional da entidade, Edson França, falou ainda sobre as manobras políticas do Congresso Nacional que tenta encarcerar a juventude negra e periférica ao aprovar, em segundo turno, a redução da maioridade penal. “Os jovens que não tinham esperança, hoje têm, hoje têm condições de ingressar na universidade e eles [Congresso] agora querem nos calar”.

O dirigente ressaltou também os interesses da direita em entregar a Petrobras ao capital estrangeiro. “Não vamos deixar que eles entreguem nossas riquezas para o imperialismo, nós defendemos o desenvolvimento, a engenharia e a indústria nacional”.

No começo na manifestação, coletivos fizeram uma homenagem às 18 pessoas assassinadas recentemente em Osasco e Barueri, na região metropolitana da capital paulista. Um a um os manifestantes caíram no chão, segurando placas com rostos, para pedir justiça e homenagear as vítimas da chacina.

“Não voltamos para a cozinha”
A presidenta nacional da ANPG destacou que esta é uma manifestação em defesa dos direitos já conquistados pelo povo brasileiro ao longo dos 12 anos de governo de Lula e Dilma e mais políticas públicas para o povo. Ressaltou a “afronta” que é para a elite nacional ter de conviver com negros e pobres nas universidades, em viagens aéreas internacionais, ou mesmo nos corredores dos shoppings. “Nós mulheres não vamos voltar para a cozinha, nem os negros para as senzalas, muito menos os pobres para as rodoviárias, nós vamos defender de forma radical este governo”.

Um novo ciclo político, com mais mudanças
A dirigente da UBM, Maria das Neves, disse que esta manifestação, que tomou as ruas de diversos estados brasileiros nas principais cidades, marca o início de um novo ciclo político, cujo objetivo é fortalecer o governo Dilma para exigir aprofundamento nas mudanças. Destacou as conquistas obtidas nos últimos 12 anos, como o Luz para todos, Minha casa, minha vida, Bolsa Família, ProUni e Fies, entre outros programas onde o maior número de beneficiadas são mulheres.

“Houve um período no Brasil em que não podíamos nos manifestar, mulheres foram torturadas e violentadas por defender a democracia e hoje nós estamos aqui para dizer não ao retrocesso, não ao golpe”, afirmou a dirigente feminista.

Maria das Neves ressaltou ainda o combate à corrupção, e fez questão de lembrar que esta é uma bandeira histórica da esquerda. “Todo o povo é contra a corrupção e temos a clareza de que uma reforma política democrática é o melhor caminho, por isso hoje vamos renovar nossas esperanças no governo Dilma e pedir por mais mudanças”.

A manifestação encerrou no Vão Livre do Masp, por volta das 22 horas. Os partidos políticos que apoiaram o ato foram o PCdoB, PT, PCO, Psol e PDT. Os movimentos sociais presentes eram UJS, UNE, UBES, ANPG, MTST, FLM, CTB, CUT, MST Intersindical, Unegro, entre outros.
 


Fonte: Vermelho

Manifestantes saíram às ruas de todo o país contra o golpe

Concentração no Rio de Janeiro.
Concentração no Rio de Janeiro.

Os movimentos sociais realizaram grandes atos nas principais cidades do país nesta quinta-feira (20). Milhares de pessoas ocuparam as ruas em defesa da democracia e do governo Dilma. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Não vai ter golpe!", "Nenhum direito a menos", "em defesa da Democracia", "Contra o golpismo da mídia", "Reforma política já". 


Nos atos, as lideranças também faziam críticas ao ajuste fiscal e exigiam "que os ricos paguem pela crise”, e propunham, a retomada do crescimento e mais avanço das conquistas sociais.

Pode-se resumir o saldo das manifestações da seguinte forma: a defesa da democracia ficou mais forte e os planos golpistas sofreram importante revés.

Acompanhe no Portal Vermelho como foram as manifestações em diversos estados brasileiros:

Bahia 

Em Salvador, a concentração começou por volta das 14 horas e reuniu mais de 20 mil manifestantes de organizações e movimentos sociais, entre eles CTB, CUT, UJS, Unegro, na Praça da Piedade. De lá, eles saíram em passeata via Forte de São Pedro. Cerca de 10 mil pessoas se mobilizaram nas cidades de Itabuna, Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro.



Salvador - Bahia

Itabuna - Bahia
 
São Paulo
Na capital paulista, a concentração do ato foi no Largo da Batata, onde mais de 60 mil pessoas, empunhando cartazes, faixas e bandeiras, saíram em passeata até a Avenida Paulista pela democracia, contra o golpismo e em defesa do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff. "Não vai ter golpe!", foi a principal palavra de ordem entoada pelo multidão (Confira matéria completa).

Rio de Janeiro 


Mais de 30 mil pessoas se concentraram na Cinelândia e marcharam via Avenida Rio Branco. Além de exigir o "Fica Dilma!", os manifestantes fizeram críticas ao ajuste fiscal, gritavam "Fora Cunha!" e condenavam a ofensiva conservadora da direita.


Ceará

Em Fortaleza, cerca de 10 mil pessoas protestaram em defesa da democracia e por mais direitos, liberdade, democracia. Movimentos sociais, militantes de partidos políticos e centrais sindicais lotaram uma das principais regiões populares da capital cearense.



Rio Grande do Sul 
Em Porto Alegre, mais de mil representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, procuradores, advogados, se reuniram na Paróquia Pompéia para o lançamento do Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais. O objetivo do movimento é buscar alternativas contra os ataques aos direitos sociais. Na ocasião, foi assinada a Carta de Porto Alegre.

Os movimentos marcharam até a Esquina Democrática, onde aconteceu um ato em defesa da democracia, participaram a CTB, CUT, MST, Nova Central, UNE, UGT, e outras organizações sociais.

Paraná
Mais de 5 mil pessoas se reuniram na região central de Curitiba, na Praça Santos Andrade. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Fora, Cunha” e “Não vai ter golpe”, em defesa do governo Dilma.


Minas Gerais
Em Belo Horizonte, o ato saiu da Praça Afonso Arinos, ocupou a Avenida Afonso Pena e Praça Sete, e encerrou com um culturato Pela Democracia na Praça da Estação. Um grupo de manifestantes criticaram o ajuste fiscal em frente a sede do Ministério da Fazenda, e outro protesto foi contra o aumento das passagens de ônibus, em frente a Prefeitura.

As lideranças fizeram falas contra a redução da maioridade penal, contra a terceirização, em defesa da Petrobras, por um Brasil soberano, pela taxação de fortunas e mais investimentos na saúde. Estima-se que mais de 7 mil pessoas participaram do ato.


Maranhão

A passeata em São Luís teve início na Praça João Lisboa e prosseguiu na principal rua de comércio popular da cidade. A manifestação foi conduzida principalmente por militantes da UJS e PCdoB, empunhadas com bandeiras de luta: #FicaDilma e "Contra o Golpe".


Brasília
A concentração se deu no fim da tarde desta quinta (20), na rodoviária central. Cerca de 8 mil pessoas estiveram presentes na manifestação.




Goiás
A Praça Bandeirantes, no centro de Goiânia, foi o palco da manifestação, que reuniu cerca de 3 mil pessoas. A presidenta da UBM, Lucia Rincon, esteve no ato e ressaltou a luta das mulheres pela permanência da presidenta Dilma no governo.


Pernambuco
Em Recife, cerca de 10 mil pessoas participaram do ato contra o golpe, em defesa da democracia e por mais direitos sociais. A concentração foi na Praça do Derby e seguiu até a Praça do Diário, cruzou a principal avenida do Centro do Recife, a Conde da Boa Vista.

A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), participou da manifestação ao lado do dirigente comunista e vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, além de Cida Pedrosa, secretária de Meio Ambiente do Recife e Marcelino Granja, secretário estadual de Cultura.

Movimentos sociais e sindicais, militantes do PCdoB, PT, entre outros levaram bandeiras em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem pedindo mais avanços e conquistas sociais e nos direitos dos trabalhadores. Animados, a manifestação se encerrou já no meio da noite.


Os atos também ocorreram em outros estados. Em mais de 30 municípios ocorreram as manifestações. Não há registro de incidentes. 
 

Do Portal VermelhoMatéria atualizada dia 21/8, às 10h10 para acréscimo de informações

POVO MOSTROU RESISTÊNCIA ÀS TENTATIVAS GOLPISTAS


A julgar pelos números das principais capitais do país, a mobilização de 20 de agosto trouxe uma informação essencial da conjuntura política: os brasileiros não pretendem assistir sem luta às tentativas de golpistas de derrubar o governo Dilma Rousseff. 

As mobilizações serviram, particularmente, para mostrar a importância crucial da participação popular na definição dos rumos da crise política. "Vai ter rua", afirma o deputado Leo de Brito (PT-AC), presente à concentração convocada pela CUT e pelo MST em Brasília.

Convocadas de forma relativamente improvisada, provocando inicialmente até o receio de um fiasco entre seus organizadores, as manifestações ocorreram depois que o receio de uma irresponsável aventura golpista levou setores importantes do empresariado a se mobilizar em defesa das instituições e do calendário eleitoral e podem ser consideradas como a mais importante demonstração de resistência popular às tentativas de afastar uma presidente eleita por 54 milhões de votos. Em Brasília, um cartaz festejava a apresentação da denúncia contra Eduardo Cunha.

Embora o número tenha sido inferior ao dos protestos contra o governo no domingo, as mobilizações ficaram longe de configurar um cansativo ritual burocrático, no qual militantes organizados e funcionários dispensados pela chefia no fim de expediente desfilam por espaços públicos com bandeiras e camisetas.

Os atos tiveram um caráter de massa em vários lugares, o que explica os cortejos imponentes de São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, por exemplo. Um levantamento do Data Folha, realizado entre os presentes na passeata da avenida Paulista, mostra também uma diferença de classe social entre a quinta feira e o domingo.

Revela o jornal, hoje: "Pessoas de famílias com renda mensal de até 2 salários mínimos eram 24% da manifestação desta quinta. No domingo, somavam 6%. No polo oposto, o grupo dos mais ricos (acima de 20 salários) representava 5% dos presentes nesta quinta ante 17% do ato anti-Dilma. No protesto desta quinta, pardos e pretos somavam 49%. No domingo, eram 20%."
Acompanhei a manifestação de Brasília, cidade que tem sido endereço de derrotas inesquecíveis do PT e do governo federal em eleições recentes. "Só aqui já tem mais povo do que todo o protesto da avenida Paulista no domingo passado", me dizia um diplomata aposentado, testemunha das lutas políticas do país desde a década de 1960. A manifestação de Brasília estava marcada para as cinco da tarde -- e começou na hora certa. Neste momento, um pequeno grupo começou a cantar o hino nacional em ritmo de samba nas proximidades de um edifício comercial, o CONIC, numa atividade de concentração, conversa, panfletagem e venda de jornais.

No início da noite, as pessoas (3000, segundo cálculo de um ex-deputado) começaram a se deslocar em direção a estação rodoviária, endereço tradicional dos protestos de Brasília. "Não vai ter golpe", gritavam, com melodia e ritmo. Essa foi a palavra de ordem que dominou a manifestação, do início ao fim.

Um panfleto dizia: "o povo do Distrito Federal quer direitos, liberdade e democracia."
Mas também era possível ouvir, numa frequência que me surpreendeu, um grito mais comum na campanha eleitoral de Dilma, vitoriosa, do que num momento de popularidade baixa: "Neste país, eu tenho fé, porque é governado por mulher."

Para além da manifestação política, havia um componente típico no comportamento das pessoas nessas horas -- a alegria. Elas confraternizavam entre uma palavra de ordem e outra, faziam piadas, planejavam novos eventos. Estavam felizes por estar ali e gostavam do que podiam ver. Quando apareceu um infiltrado, gravando seus próprios gritos e imagens pelo celular, quem estava próximo limitou-se a rir de um esforço patético para tentar atrapalhar a manifestação. Descendo a escada da rodoviária, uma dona de casa comunicava-se pelo whatsapp com uma prima, em Belo Horizonte. A de Brasília tinha resolvido ir à rua contra o impeachment. A de BH, votara em Aécio. Perguntada sobre o trânsito na capital mineira, a prima de lá respondeu: "congestionamento de 1h40 por causa de um protesto." E completou: "O pior é que é a favor da Dilma!"


O círculo em volta via a tela do celular – e ria sem parar.

Fonte: Brasil 247

quinta-feira, 20 de agosto de 2015


NÃO AO GOLPE! TODOS ÀS RUAS HOJE!

NÃO AO GOLPE! TODOS ÀS RUAS HOJE!
A defesa da democracia e a luta contra o retrocesso devem levar milhares de pessoas às ruas do Brasil nesta quinta-feira (20). Em Itabuna, os movimentos sociais se uniram para realizar uma grande caminhada que terá concentração a partir das 14h, no Jardim do Ó.
Confira a nota do Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia com as principais bandeiras da mobilização:
O FMSB convoca a população para tomar as ruas hoje, dia nacional de luta em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia.
- Contra o ajuste fiscal! Que os ricos
paguem pela crise!
Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública.
- Fora Cunha: Não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!
Eduardo Cunha representa o atraso. Transformou a Câmara dos Deputados em uma Casa da Intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora imposta pelo Congresso: terceirização, redução da maioridade penal, reforma política antidemocrática. Estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.
- A Petrobrás é nossa!
A maior empresa do país, com papel estratégico para o nosso desenvolvimento, está sob a mira dos que querem privatizá-la. Não aceitamos a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras e defendemos uma Petrobrás 100% estatal.
Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia via CTB Bahia

Manifestante da Paulista têm visão seletiva da corrupção, diz pesquisa

 

Foto: André Tambucci/ Fotos Públicas

Pesquisa realizada por professores da USP e da Unifesp com os manifestantes presentes no ato de domingo (16), confirmam o que muitos, inclusive o Portal Vermelho, vinham apontando: os manifestantes se dizem democráticos, mas defendem ideias antidemocráticas e têm pensamento seletivo quanto o assunto é corrupção.


Seguindo o viés dado pela grande mídia, os que foram à Avenida Paulista no domingo consideram o chamado "mensalão" e o caso envolvendo a Petrobras como os mais graves de corrupção, segundo 99% dos manifestantes.

Mas quando se trata do mensalão tucano a história é outra: 80% deles consideram grave. Quando se trata da Operação Zelotes o grau de gravidade cai para 58,8%. A Zelotes investiga sonegação de impostos de grandes empresas e milionários por meio de suborno a integrantes do Conselho Administrativo de Recurso Fiscal (Carf), estimada em R$ 19 bilhões.

Questionados sobre qual a saída para a crise, a maioria dos manifestantes, 87,7% dos entrevistados, aponta que a solução seria “entregar o poder para um político honesto”. Outros 63,7% consideram que o melhor seria um juiz honesto governar o país. E pasmem: 28,2% afirmam que é melhor os militares assumirem o poder.

Entre os considerados "honestos" por esse público estão o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), com 9,63%; juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, com 9,14%, e Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF com 8,64%.

O perfil conservador é ainda mais latente quando 86,4% dos entrevistados afirmam que a melhor maneira de conseguir a paz na sociedade é aumentando a punição aos criminosos. Ou quando 79,5% afirmam que as cotas raciais não deveriam existir, pois são um tipo de privilégio. Outros 74,8% são contra o programa Mais Médicos e 48,7% defendem que “estrangeiros que pedem asilo tiram trabalho dos brasileiros e não deveriam ser aceitos no país”.

A contradição aparece quando 50,3% afirmam que a maconha deve ser legalizada, ou 60,5% não discriminam relações homoafetivas e 78,8% discordam que a roupa de uma mulher seja justificativa para estupro.

Ao mesmo tempo, 76,8% concordam que seria bom para o país “tomar decisões políticas por consulta popular e plebiscitos”. Outros 59,3% defendem que é preciso fortalecer ONGs e movimentos sociais. E 73,3% disseram ser contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

“Está bem confuso. E esta é uma questão-chave quando se tem uma crise. Ao mesmo tempo que tem uma parte buscando soluções extrapolíticas, tem também tendências de aprofundamento democrático”, destaca o professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, Pablo Ortellado, um dos organizadores da pesquisa.

A posição dos manifestantes destoa das principais lideranças responsáveis pela convocação do ato, defensores de ideais radicalmente neoliberais, como privatizações e redução de impostos. Para 96% dos entrevistados, o Estado deve prover serviços públicos de saúde e de educação para todos. Mesmo a tarifa zero tem aceitação significativa dos manifestantes: 50,4% concordam. A concordância entre organizadores e manifestantes limita-se a considerar a carga de impostos no país "alta demais".

“Para nós, o principal achado é esse desacordo com as propostas liberais dos grupos, que pregam o Estado mínimo. Não devemos observar só o que dizem estas lideranças, mas o que pensam as pessoas que estão se mobilizando”, avalia Ortellado.
 

Fonte: Rede Brasil Atual

Lula entra com ação na Justiça contra mentiras do jornal O Globo

Ação de Lula na Justiça pede danos morais contra o jornal da família Marinho 

Ação de Lula na Justiça pede danos morais contra o jornal da família Marinho 

O ex-presidente Lula foi à Justiça contra o jornal O Globo para pedir reparação por danos morais em razão de reportagens publicadas pelo jornal, que alegam que ele seria dono de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e que o apartamento estaria ligado de alguma forma ao doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato.


Em nota, o Instituto Lula afirma que o jornal publicou graves mentiras, mesmo depois que a história havia sido esclarecida pela entidade. 


A nota ressalta a "gravidade das ilações e erros jornalísticos cometidos pelos jornalistas de O Globo" e afirma que o "mero registro burocrático" da publicação, justificando que a informação sobre o triplex teve como base declarações de vizinhos, "não compensa os danos morais causados pela veiculação de graves mentiras".

Confira a íntegra da nota:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta terça-feira (18) com uma ação pedindo reparação por danos morais contra matéria publicada pelo jornal O Globo, intitulada "Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula". O diário carioca publicou no dia 12 de agosto uma reportagem na qual afirma que o ex-presidente seria dono de um apartamento triplex no Edifício Solaris, no Guarujá (SP), e que o empreendimento estaria ligado de alguma forma ao doleiro Alberto Youssef.

Antes da publicação do artigo, o Instituto Lula esclareceu ao jornalista, que Marisa Letícia, esposa do ex-presidente, adquiriu a prestações, uma cota no empreendimento e que a família do ex-presidente não tem nenhum apartamento, quanto menos um tríplex. Não foi a primeira vez que isso foi esclarecido a este repórter e o jornal carioca optou por dar continuidade à mentira que vem repetindo desde dezembro do ano passado.

O autor da matéria insistiu na versão mentirosa, com amplo destaque tanto na versão impressa do jornal, quanto na internet. O Instituto Lula respondeu ao Globo em nota no dia 14 "Lula não tem apartamento no Guarujá. E se tivesse?".

Em sua edição de sábado (15 de agosto), o jornal tentou justificar a atribuição da propriedade do imóvel pelo ex-presidente por informações passadas pela "vizinhança", ou seja, fez um jornalismo baseado em fofocas de corredor de prédio.

A ação demonstra que a matéria teve claro caráter difamatório e o mero registro burocrático do outro lado não compensa os danos morais causados pela veiculação de graves mentiras. Que foram criadas relações que não existem entre uma cota de empreendimento adquirida a prestações pela família do ex-presidente e Alberto Youssef, criminoso reincidente.

Recomendamos a leitura para a compreensão do caso e a percepção da gravidade das ilações e erros jornalísticos cometidos pelos jornalistas de O Globo.


Fonte: Brasil 247

Em Cabrobó, Dilma inaugurará canal de transposição do São Francisco

Dilma Rousseff inaugurará na próxima sexta-feira (21), em Cabrobó, as obras do canal de transposição do Rio São Francisco

Dilma Rousseff inaugurará na próxima sexta-feira (21), em Cabrobó, as
obras do canal de transposição do Rio São Francisco

A presidenta Dilma Rousseff inaugurará na próxima sexta-feira (21), em Cabrobó, no sertão de Pernambuco, a 531 quilômetros de distância da capital pernambucana, as obras do canal de transposição do Rio São Francisco que atenderá cerca de 12 milhões de famílias do semiárido nordestino.


A inauguração desta obra será o ponto de partida do eixo norte da transposição do “velho Chico”. As bombas farão a captação da água do rio para o canal principal. Segundo a assessoria da Presidência, a presença de Dilma está prevista para as 11h30.


Em um ato simbólico, a presidenta deve ser a primeira pessoa que vai ligar os motores de captação de água. Quando estiverem em pleno funcionamento, as duas bombas levarão a água do rio São Francisco até a barragem de Terra Nova, passando em um percurso de 45 km de extensão por quatro aquedutos e o reservatório de Tucutú.

Em sua página no Facebook, o ex-presidente Lula comemorou o grande feito e ainda mandou um recado para os pessimistas: "Aquilo que muitos diziam ser impossível pode se tornar realidade". Ainda segundo postagem, "esse projeto aguardou séculos, desde o Brasil Império, para ser tratado como prioridade e sair do papel, o que começamos a fazer em 2007. Agora, colhemos os primeiros frutos", disse. 


Do Portal Vermelho, com blog Folha das Cidades

Câmara passa por cima de Estatuto e reduz maioridade penal

 Mesmo com uma lei federal própria para o caso e contra todos os prognósticos de consequências desastrosas, como o possível aumento da violência no país, a Proposta de Emenda à Constituição 171/93 (PEC), que diminui a maioridade penal de 18 para 16 anos, foi aprovada em segundo turno pelo Plenário da Câmara dos Deputados por 320 votos a favor e 152 contra. O texto segue agora para o Senado.


Em julho, após ser reprovado em Plenário, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), colocou o tema novamente em votação após uma manobra regimental e o texto acabou passando. A matéria aprovada teve o voto de 323 deputados na forma de uma emenda apresentada pelos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e André Moura (PSC-SE). Houve 155 votos contra.

Em mais de 50 países que reduziram a maioridade penal não foram registrados uma diminuição da violência e em alguns países como a Espanha e a Alemanha tiveram que voltar atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Hoje, 70% dos países estabelecem 18 anos como idade penal mínima.

O vice-líder do governo na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP), apontou a aprovação como “um erro histórico". "O Brasil está na contramão do mundo. Nossos jovens merecem escolas, não cadeias. Esperança, oportunidades, não violência. Tempos sombrios que estamos vivendo. Mais uma notícia triste para nossos meninos e meninas. O PCdoB votou não! Seguiremos na luta por mais direitos para a juventude”, disse.

Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB na Câmara, chamou a atenção de que não há nenhuma comprovação de que a redução da maioridade penal diminua a criminalidade. Ela esclareceu que existem medidas socioeducativas já estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que estas medidas já têm o efeito de punição. “Há uma divulgação de que quem é contra a maioridade penal é a favor da impunidade. No Brasil, crianças a partir de 12 anos já são punidas, inclusive com privação de liberdade em espaços próprios. Nós neste plenário estamos esquartejando a Constituição, que é clara quando aponta que é preciso haver diferença do tratamento dependendo da idade”, discursou a líder no Plenário.

Defensor da redução da maioridade penal, o presidente da Câmara Eduardo Cunha festejou a aprovação. “Eu disse que ninguém mudaria o voto. Eu achei que daria até um pouco menos, pelo tamanho do quórum que tinha. Acabou dando mais votos [que no primeiro turno]”, contou à imprensa.

Os movimentos de juventude que marcaram presença em todos as discussões sobre o tema na Câmara, contrários à PEC não puderam estar presentes no Plenário. A presidenta da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Bárbara Melo, denunciou mais uma vez o presidente da Câmara que vetou, segundo ela, a presença do público. “Não abriram as galerias. Normalmente, eles dão senhas aos partidos e distribuem. Ficamos na expectativa, mas não houve distribuição de senhas e não pudemos entrar”, disse.

O ECA

Promulgada em julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA é uma lei federal que trata dos direitos das crianças e adolescentes em todo o Brasil” e determina que os menores de 18 são penalmente inimputáveis. “A partir do Estatuto, crianças e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor ou classe social, passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos e deveres, considerados como pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade absoluta do Estado”, diz a lei.

O ECA é bastante abrangente e aplica as devidas sansões quando os crimes são praticados por adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos que “são denominados atos infracionais passíveis de aplicação de medidas socioeducativas. Os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente disciplinam situações nas quais tanto o responsável, quanto o menor deve ser instado a modificarem atitudes, definindo sanções para os casos mais graves”.

Agravamento da violência
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que não há relação direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência. Experiência em país como nos Estados Unidos apontam que os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

Segundo o manual 18 razões para não reduzir a maioridade penal aponta que o índice de reincidência nas prisões é de 70%. "O ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%".

ONU contra a redução
O Fundo para as Nações Unidas para a Infância (Unicef), que tem o mandato de acompanhar a implementação da Convenção sobre os Direitos da Criança, da ONU, é contra a redução da maioridade penal.

"No Brasil, os adolescentes são hoje mais vítimas do que autores de atos de violência. Dos 21 milhões de adolescentes brasileiros, apenas 0,01% cometeu atos contra a vida. Na verdade, são eles, os adolescentes, que estão sendo assassinados sistematicamente. Mais de 33 mil brasileiros entre 12 e 18 anos foram assassinados entre 2006 e 2012. Se as condições atuais prevaleceram, outros 42 mil adolescentes poderão ser vítimas de homicídio entre 2013 e 2019".

Jovens negros e pobres são vítimas

“As vítimas têm cor, classe social e endereço. Em sua grande maioria, são meninos negros, pobres, que vivem nas periferias das grandes cidades”, assinala o Unicef.

O advogado Ariel de Castro Alves, que também foi fundador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB, acredita que há muito interesse por trás da redução da maioridade penal. “Muitos dos parlamentes que estão na Bancada da Bala são ligadas a empresas de armamento e segurança privada”, afirma. “Empresas de segurança privada querem migrar para a privatização do sistema penitenciário e explorar esse novo filão. É um mercado bastante promissor", destacou.


Do Portal Vermelho, Eliz Brandão

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

PCdoB conclama militância a engrossar fileiras em defesa da democracia

Em nota divulgada ontem, terça-feira (18), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) convoca a sua militância a participar das mobilizações marcadas para o próximo dia 20 de agosto em todo o país em defesa da democracia, contra o golpe e por mais direitos.


Reprodução
  
De acordo com a nota, “a gravidade da crise política exige mobilização e iniciativa por parte das forças populares, progressistas e democráticas”, pois, acrescenta o documento, “o consórcio oposicionista segue tramando o golpe, que visa derrubar o governo Dilma e desmoralizar as forças políticas e sociais que a apoiam”.

“O povo brasileiro não pode assistir a isso calado. Nesse sentido, o PCdoB conclama toda a sua militância a participar de toda uma série de atos e mobilizações em curso em todo o Brasil”, enfatiza a nota assinada por Luciana Santos, presidenta nacional do partido e deputado federal; Ricardo Abreu Alemão, secretário de Organização do PCdoB; André Pereira Tokarski, secretário de Movimentos Sociais do PCdoB, Liége Rocha, secretária de Mulheres do PCdoB; e Nivaldo Santana, secretário Sindical do PCdoB.

Confira a íntegra da nota:

"Em defesa da democracia, contra o golpe e por mais direitos.

Conforme o nosso Partido vem denunciando em variados pronunciamentos e resoluções, a gravidade da crise política exige mobilização e iniciativa por parte das forças populares, progressistas e democráticas. O consórcio oposicionista segue tramando o golpe, que visa derrubar o governo Dilma e desmoralizar as forças políticas e sociais que a apoiam. Contam para isso com a anuência da maior parte da mídia e de alguns setores do judiciário brasileiro, descompromissados com o Estado Democrático de Direito.

O povo brasileiro não pode assistir a isso calado. Nesse sentido, o PCdoB conclama toda a sua militância a participar de toda uma série de atos e mobilizações em curso em todo o Brasil.

Dentre esses, tem grande importância a mobilização convocada pelos movimentos sociais para a próxima quinta-feira, 20 de agosto, em várias capitais e municípios do país. O lema é em defesa da democracia, contra o golpe e por mais direitos.

Devemos mobilizar para esses atos o máximo que pudermos, dando atenção tanto para a presença massiva de militantes e amigos do Partido, quanto ao visual que expresse a mobilização e os eixos de nossa política. Devemos levar faixas e material escrito que expressem nossas consignas, e ainda o verde e amarelo do verdadeiro patriotismo, da bandeira nacional, além da cor vermelha das bandeiras do PCdoB, e as bandeiras dos movimentos sociais nos quais participamos.

Nesses atos a nossa ênfase decidida será na luta em defesa do mandado constitucional da Presidenta Dilma.

Contamos com todos os (as) camaradas! Contra o golpe, resistiremos, com o povo nas ruas!

Luciana Santos
Presidenta Nacional, do PCdoB

Ricardo Abreu Alemão
Secretário de Organização do PCdoB

André Pereira R. Tokarski
Secretário de Movimentos Sociais do PCdoB

Liége Rocha
Secretária de Mulheres do PCdoB

Nivaldo Santana
Secretário Sindical do PCdoB."


Do Portal Vermelho