
Uma caminhada organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, saiu do Jardim do Ó, percorrendo a Avenida Cinquentenário e se concentrou na praça Adami, centro da cidade.

Segundo a organização do evento, cerca de cinco mil pessoas participaram do ato.
“O povo de Itabuna está sintonizado com a ideia de estabelecer os direitos democráticos e disse ‘não ao golpe’ na tarde de ontem. Foi um evento extremamente positivo”, afirmou Luís Sena, diretor do Sindicato dos Bancários e um dos organizadores do evento.

Na Praça Adami os trabalhadores realizaram um ato cívico e cantaram o hino nacional. Dirigentes sindicais reforçaram o discurso de não ao golpismo para os trabalhadores.
Salvador
As ruas do centro de Salvador foram tomadas por faixas e bandeiras na tarde de ontem, quinta-feira (20/8). Mais de 15 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, atenderam à convocação dos movimentos sociais e participaram do ato cívico e cultural em defesa da democracia e por mais direitos. Incialmente marcado para a Piedade, o evento precisou ser realocado para a Praça Castro Alves devido ao grande número de participantes.

A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, o Sindicato da Bahia e de Feira de Santana também participaram do ato, levando a disposição da categoria de sair às ruas para defender a democracia.
“O movimento de hoje não é desta ou daquela entidade. É de todos aqueles que defendem a democracia, independentemente de qual setor da sociedade pertença. A manifestação de hoje mostrou isso. Mostrou também que o povo e os movimentos que organizam a luta do dia a dia da sociedade não vão aceitar qualquer tipo de golpe contra a presidenta Dilma”, avaliou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.

Haroldo e Waldir
A manifestação desta quinta-feira em Salvador contou com a participação de dezenas de lideranças sindicais, sociais e políticas, no entanto, as presenças mais festejadas foram as do ex-deputado comunista Haroldo Lima e do ex-governador da Bahia Waldir Pires, atualmente vereador de Salvador pelo PT, dois dos maiores expoentes da luta contra o regime militar no estado.

Do alto dos seus 82 anos, Waldir Pires ressaltou a importância da defesa da democracia, lembrando que a ela não existe se vale apenas para uma parcela da população. “a democracia tem que ser para todos ou é apenas uma democracia de merda. Eu dediquei minha vida à luta pela democracia de fato e vou morrer assim, lutando para que todos tenham direito à democracia e às riquezas do nosso país”.
Fonte: Seeb Itabuna e Feebbase