sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dilma: Manifestações em todo o país têm que ser respeitadas

Crédito: Blog do Planalto

Ao desembarcar em Montevidéu (Uruguai) na noite de ontem, quinta-feira (11), para a reunião de cúpula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço dos protestos promovidos em todo o país. Segundo ela, “as manifestações têm que ser respeitadas” porque reivindicar direitos sociais “e querer mais é algo muito positivo para a democracia”. 


A presidenta criticou, no entanto, os atos violentos que, em sua opinião, precisam ser condenados e coibidos pelo governo.

“Nós contamos também com o Judiciário, para multar aquelas organizações e aquelas entidades que paralisam estradas porque o direito de ir e vir é fundamental. É um direito democrático”, disse Dilma, em entrevista na porta do hotel em que está hospedada. Para ela, o governo deveria acelerar as reformas para atender às demandas da população. “Precisamos de melhor serviço no Brasil”. A presidenta lembrou que, nos últimos dez anos, o país “avançou de forma expressiva”. Essas conquistas, disse, “vieram para ficar e não serão de nenhuma forma abaladas”. Cabe agora “aumentar os direitos sociais”.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante – que acompanha a presidenta na viagem a Montevidéu – disse que as manifestações precisam ser respeitadas, mas que os manifestantes também precisam respeitar os direitos dos outros. “Isso faz parte do amadurecimento e acho que está cada vez mais sólido”. Mercadante considera que os protestos estão “mais moderados”. Segundo ele, o Brasil está encerrando um ciclo.

Para o ministro, a inflação vai cair. Ele voltou a defender destinação de 75% dos recursos dos royalties do petróleo e dos rendimentos do Fundo Social à educação e de 25% à saúde. Mercadante lembrou a licitação para o campo de Libra, na Bacia de Santos, em outubro. “É a maior licitação da história da economia internacional do petróleo. São entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. A estimativa é que Libras produza, em 35 anos, US$ 1 trilhão aproximadamente. Usar essa riqueza para a educação é um grande avanço”, completou.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Senado aprova CPI para investigar espionagem dos EUA

Waldemir Barreto/Agência Senado
Vanessa Grazziotin (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Senado aprovou ontem, quinta (11) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de espionagem dos Estados Unidos para monitorar e-mails e ligações telefônicas no Brasil. O requerimento de criação da CPI - de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) - foi lido na madrugada desta quinta-feira (11) no plenário da Casa.


A proposta recebeu 41 assinaturas - 14 a mais que o mínimo necessário. A CPI terá 11 membros titulares e sete suplentes que terão 180 dias para investigar a denúncia, com o limite de despesa de R$ 280 mil.

“[A senadora Vanessa] Grazziotin conseguiu as assinaturas, que foram conferidas, e já há recursos previsto para as despesas da CPI. Isso é bom porque poderemos ter a investigação e as respostas que todos cobram”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Para que a comissão seja instalada, o próximo passo é a indicação, pelos líderes dos partidos, dos nomes que vão compor a CPI. Segundo Vanessa Grazziotin, o processo deve ser rápido, mas com o início do recesso parlamentar na semana que vem, a instalação da comissão só será feita na volta dos trabalhos, no dia 1º de agosto.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Trabalhadores de Itabuna e Região foram às ruas no Dia Nacional de Luta, Greves, Manifestações e Paralisações

Bancários de Itabuna e Ilhéus participaram ativamente do Dia Nacional de Luta, Paralisações, Greves e Manifestações organizado pelas centrais sindicais neste dia 11 de julho. Durante todo o dia as agências bancárias não funcionaram. Os rodoviários das duas cidades também realizaram paralisações parcial das atividades.

Na parte da tarde as centrais realizaram uma grande caminhada no centro de Itabuna com a participação de professores, estudantes, bancários, operários têxteis, calçadistas, da construção civil, aposentados, estudantes, comerciários e população em geral. O comércio cerrou as portas durante a passagem dos manifestantes pela principal artéria comercial, a Avenida do Cinquentenário.


Em Brasília, manifestantes protestam em frente ao Congresso

Com bandeiras, faixas e muitos cartazes pedindo, principalmente, a derrubada do projeto que trata da terceirização, o fim do fator previdenciário, a aceleração da reforma agrária e o fim dos leilões do petróleo – itens constantes da pauta de reivindicações –, trabalhadores de diversos setores ocuparam a Esplanada dos Ministérios desde o início da tarde.

 
Marcha do Dia Nacional de Lutas em Brasília (DF) chega em frente ao Congresso e os diversos movimentos presentes clamam a favor da Reforma Política. Foto: Midia Ninja
 A manifestação organizada pelas centrais sindicais foi tranquila e sem violência, a partir da concentração dos participantes feita em três pontos distintos. Os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios durante a tarde e fizeram atos nos ministérios da Agricultura e das Comunicações.

Em frente ao Congresso, parte dos manifestantes ouviram discursos dos representantes dos trabalhadores sentados no gramado ou em frente ao espelho d'água. Policiais fazeram um cordão de isolamento em frente ao Parlamento.

Movimentos estudantis e LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) também participam do protesto. Os estudantes pedem a valorização do professor e mais recursos para a educação. Os grupos LBGT pedem a saída do deputado Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e a criminalização da homofobia.

Desde o início da tarde, manifestantes se concentraram na frente do Museu Nacional da República. Já na frente da Catedral Metropolitana, ficaram aguardando o início do ato estudantes e representantes das caravanas dos outros estados. No trecho próximo ao Ministério da Educação, reuniram-se professores e filiados a sindicatos de servidores públicos do Distrito Federal. Os grupos começaram a sair em passeata por volta das 16h rumo ao Congresso Nacional.

Ao longo do dia, os serviços de transporte público funcionaram normalmente, mediante acordo feito dias antes. Servidores distritais e de vários ministérios também foram liberados do trabalho, para ter a opção de se juntar à passeata.

Apesar da preocupação dos organizadores de evitar palavras de efeito com críticas à presidenta Dilma Rousseff, de forma a fazer com que a pauta representasse a reivindicação de direitos solicitados pelos trabalhadores, o tema não deixou de fazer parte da manifestação. Durante a manhã, representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Movimento Brasileiro dos Trabalhadores Sem Terra (MBTST) saíram em carros de som pedindo maior atenção por parte do governo e ressaltando que a pauta das ruas observadas nas últimas semanas também está incluída nas reivindicações do movimento.

“Os organizadores pedem para separar as duas coisas, mas não tem como isso acontecer, é o momento do país que nos diz isso”, destacou Ricardo Soares, da UGT.

Invasão do Incra

No Setor Comercial Norte, aproximadamente 500 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e das Mulheres Camponesas invadiram o prédio do Incra e impediram a entrada dos servidores. Apesar disso, não houve cenas de violência ou confronto. O grupo se afastou da mobilização na Esplanada e permaneceu no local, sendo observado de perto por policiais militares. “Vamos apenas ficar aqui. Não pretendemos fazer bagunça”, frisou o agricultor João Santos.

“Queremos acesso a terras produtivas, comida, assistência à saúde e à educação e assistência à terra. O prédio hoje vai funcionar da forma como está caminhado a reforma agrária no país”, disse a agricultora Lucimar Nascimento. Os integrantes do MST pretendem fazer um pronunciamento pedindo ao governo por reforma agrária até o fim do dia, em frente ao Ministério da Agricultura.

Também é grande o número de barracas instaladas em frente ao Congresso Nacional. Desde o final de semana já estavam montadas várias delas, em sua maior parte, por agentes penitenciários que reivindicam a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 87, de 2011. O texto dá direito de uso de arma de fogo pela categoria fora do horário de serviço. Outras barracas foram montadas por manifestantes de vários estados que vieram a Brasília por meio de caravanas montadas pelas entidades.

Na concentração dos professores, o alerta foi para com o Plano Nacional de Educação (PNE), a jornada do piso nacional dos professores e os royalties do petróleo para a educação. “O Sinpro defende o projeto da divisão dos royalties aprovado pela Câmara dos Deputados, que foi prejudicado pelo substitutivo aprovado posteriormente no Senado. O Sinpro também apoia a Pauta Unitária das centrais sindicais”, afirmou folheto distribuído pelos organizadores. “Nossa luta é por salários melhores e educação de qualidade”, acentuou Fábio Albuquerque, docente da rede pública do Distrito Federal.

Pauta unificada

Desde a quarta-feira (10), representantes das centrais tomaram cuidados para que a concentração não envolvesse questões que ficassem de fora da pauta de reivindicações. “Nossa intenção é trabalhar por uma manifestação pacífica, até porque estamos esperando caravanas com pessoas de fora que vêm reforçar a pauta unificada de lutas dos trabalhadores junto ao Congresso”, acentuou o secretário da Administração e Finanças da CUT-Brasília, Julimar Nonato.

A pauta unitária das centrais nas manifestações inclui nove itens, entre redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, 10% do PIB para a Educação, 10% do orçamento da União para a Saúde, transporte público e de qualidade, valorização das aposentadorias, reforma agrária, suspensão dos leilões de petróleo e a rejeição ao Projeto de Lei 4.330 (que trata da terceirização), em tramitação na Câmara.

Os organizadores estimam a participação de cinco mil pessoas.

Fonte: Rede Brasil Atual e Agência Brasil

Trabalhadores baianos aderem ao Dia Nacional de Lutas

Sete centrais sindicais unificadas organizaram, na Bahia, o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, que movimentou a capital e as cidades mais importantes do estado, nessa quinta-feira (11). Em Salvador, as categorias trabalhadoras atenderam ao chamado das centrais e foram às ruas apresentar as reivindicações gerais e específicas.



 

As manifestações começaram logo no início da manhã. Os rodoviários interromperam a circulação de ônibus até às 9h; lojas, principalmente do Centro da cidade, foram fechadas no início do expediente; atividades nos bancos foram suspensas; e aulas foram canceladas pelos professores das redes municipal e estadual.

Às 12h, as categorias se concentraram na Praça do Campo Grande, no Centro, e promoveram uma passeata por toda a Avenida Sete de Setembro. O percurso, que possui 1,5km de extensão, aproximadamente, se transformou em um grande tapete humano que só se desfez na Praça Municipal.

A adesão dos trabalhadores baianos ao movimento foi comemorada pelo secretário Nacional Geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, que esteve na Bahia acompanhando a manifestação. Segundo ele, a mobilização unificada no país pressiona o Congresso a atender demandas históricas dos trabalhadores.

“O Dia de Lutas é pela melhoria das condições de trabalho e de vida do povo trabalhador e já está surtindo efeito. Conseguimos tirar o PL 4330 [conhecido como projeto de terceirização] da pauta e o projeto do fator previdenciário vai voltar. As negociações já estão tendo efeito positivo por conta dessa manifestação de hoje”, destacou Carneiro.

Pauta Trabalhista

Além de reformulação no fator previdenciário e no PL 433º, fazem parte da Pauta Trabalhista, também, a redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução salarial, reforma agrária, entre outras. A pauta foi elaborada em 2010, durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. 

Foram incorporadas ao documento as demandas apresentadas nas manifestações que tomaram as ruas do país, no mês passado, como mais investimentos em saúde, educação e segurança, transporte público de qualidade, democratização da mídia, principalmente.

Unificação


Junto com a CTB, principal articuladora do movimento na Bahia, estão a Nova Central, a Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), a União Geral de Trabalhadores (UGT), a Intersindical e a Conlutas. O dia 11 de julho de 2013 já está na história pela unificação das entidades - o último movimento unificado aconteceu em 1991.

Durante a passeata no Centro da cidade, o movimento social também se incorporou à passeata e reforçou a luta dos trabalhadores. Estiveram presentes representantes das associações de bairros, União da Juventude Socialista (UJS), da União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), da Federação das Associações de Aposentados, Pensionistas e Idosos (FEASAPEB), entre outros.

“É importante a unificação dos trabalhadores com a juventude para pautar a reivindicações unificadas, principalmente sobre mais investimentos em educação. São discussões que também travam o desenvolvimento do país e entendemos que, com a união com os trabalhadores, ganhamos mais força para reivindicar”, explicou Alan Valadares, presidente municipal da UJS.

O PCdoB, que tem a história marcada pela luta nos movimentos sociais, também esteve presente no ato. A deputada federal Alice Portugal e a vereadora de Salvador Aladilce Souza acompanharam a passeata e reafirmaram o trabalho em defesa dos trabalhadores.

A bancada do PCdoB é oriunda desse movimento. Ainda sou diretora de um sindicato (SINDSAÙDE), portanto, essa é uma luta nossa, que eu levo para a Câmara. A pauta dos trabalhadores é fundamental para que o País avance em qualificação das políticas públicas”, defendeu Aladilce, durante a concentração na Praça do Campo Grande.

Adesão


No interior do estado, as mobilizações também aconteceram nos principais municípios, como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Ilhéus, Itabuna, Camaçari, Alagoinhas, Eunápolis, Barreiras e em algumas outras cidades das regiões Sul e Sudeste.

“Houve uma adesão maciça. Os trabalhadores responderam positivamente ao chamamento e esperamos que os nossos governantes se sensibilizem para, de fato, pautarem esse debate”, afirmou o presidente estadual da CTB, Aurino Pedreira.



Avaliação

As sete centrais sindicais organizadora do ato voltam a se reunir na próxima segunda-feira (15/7), às 19h, no Sindicato dos Comerciários, em Salvador, para uma avaliação do movimento. O encontro vai servir, também, para uma definição dos novos rumos.

De Salvador, Erikson Walla - Vermelho

Manifestação no Rio começa pacífica, mas termina em confronto

No Rio de Janeiro, o Dia Nacional de Lutas começou nas primeiras horas desta quinta- feira (11). Após diversos atos descentralizados, os trabalhadores e trabalhadoras dirigiram-se para o centro do Rio. 




Foto: Jornal do Brasil.

Segundo informações da imprensa, as marchas de luta tomaram a Avenida Rio Branco e a Avenida Presidente Vargas. Os trabalhadores reivindicam reformas estruturais para o país e mais direitos para os trabalhadores. No final da tarde desta quinta-feira, milhares de manifestantes tomaram a Candelária, no Centro do Rio de Janeiro. 


De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, estima-se que mais de 10 mil trabalhadores estão marchando pelas ruas do centro da cidade neste fim de tarde.



“Essa é uma unidade histórica e nacional que está se refletindo em todos os estados do Brasil, defendendo pela primeira vez uma pauta única dos trabalhadores. Não é só uma passeata, mas um conjunto de paralisações para reivindicar nossos direitos”, disse Ronaldo Leite, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio de Janeiro (CTB-RJ), em entrevista à imprensa.

De acordo com informações publicadas na rede social Facebook pelos presentes, estão sendo lançadas bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. “O protesto segue firme na Candelária. A Rede Globo tá na mira!”, disse a ex-presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Carla Santos.


Integrantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) pedem a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais. Foto: G1/RJ

Em entrevista à imprensa, Jesus Cardoso, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e integrante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou a ampla adesão dos movimentos sociais e informou que os manifestantes com máscaras não compõem a frente pacífica de luta.

“Essas pessoas não fazem parte de nenhum movimento social no Brasil, eles são contra tudo e nós estamos em um país democrático. Eles querem suplantar os partidos, querem dividir o país e não melhorar, querem radicalizar uma coisa que é para se resolvida com o voto”, disse Jesus Cardoso.


Manifestação na parte da manhã, Raimunda Leoni e João Batista Lemos na porta da NUCLEP no Rio de Janeiro.

Os bancários também se somaram às manifestações. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, mas de 1,5 mil bancários não trabalharam nesta quinta-feira. A maioria das agências fechadas está na área das Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no Centro do Rio.

Entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), representantes de médicos, enfermeiros e policiais civis, também marcam presença e reivindicam melhorias nas condições de trabalho e nos salários.


Vários movimentos sociais e sindicatos já estão na concentração na Rio Branco. Foto: NPC

De noite
Pelo menos um policial ficou ferido na cabeça depois que cerca de 300 pessoas voltaram a entrar em confronto com a Polícia Militar durante um protesto no Centro do Rio, no início da noite.

Ao todo dez pessoas foram presas e dois menores detidos e levados para a 5ª DP (Mem de Sá) depois que um grupo conhecido como Black Bloc provocou os PMs que acompanhavam a passeata organizada pelas centrais sindicais na Avenida Rio Branco, na altura do Teatro Municipal. (Policiais militares entram em confronto com grupo de manifestante no Centro do Rio Domingos Peixoto / Agência O Globo)

A polícia jogou bombas de efeito moral no grupo, que revidou com morteiros, fogos de artifício e coquetéis molotov. Uma agência bancária teve sua fachada de vidro destruída pelos manifestantes. Houve muita correria e os organizadores encerraram o ato, que seguiu da Candelária à Cinelândia.

Da Redação do Vermelho - com agências

Com unidade, centrais sindicais levam milhares às ruas

O Dia Nacional de Lutas mobilizou milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país com atos descentralizados em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. 

Deborah Moreira, do Portal Vermelho*, em São Paulo



Foto: CTB

Nesta quinta-feira (11), na capital paulista, as centrais reunidas mobilizaram diversas categorias que se unificaram em um grande ato na Avenida Paulista.

Dentre as reivindicações das centrais estão: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do Fator Previdenciário; a valorização dos servidores públicos; a reforma agrária e apoio ao pequeno agricultor; a saúde; a educação; o transporte público de qualidade; a liberdade de manifestação e expressão; moradia digna para todos.

Em São Paulo, o Dia começou já de madrugada com mobilizações nas portas das fábricas. Trabalhadores metalúrgicos, da construção civil, comerciários, dos Correios, motoboys, professores e servidores públicos realizaram atos em diversos pontos do estado. Segundo informações do Sid Metalúrgicos de São Paulo, pelo menos 100 mil trabalhadores da categoria realizaram atos em 37 pontos diferentes.

A partir do meio dia, os trabalhadores se reuniram na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – Masp, onde os dirigentes sindicais se revezaram nos discursos em uma grande carro de som.


Trabalhadores tomam a Avenida Paulista pelas reformas estruturais. Foto: CTB

Para Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esse é um momento histórico na luta dos trabalhadores. “O mais simbólico é a união das centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento Sem Terra (MST), e outras entidades em defesa da democracia e dos diretos dos trabalhadores. É uma vitória do movimento social organizado consciente, com pautas definidas e luta reconhecida”, declarou Nivaldo, lembrando que o ato ocorreu dentro da expectativa dos organizadores.

Além das mudanças políticas necessárias, o dirigente ressaltou a importância de fazer pressão sobre o governo para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas, incorporando também as demandas que vem das ruas. 


Dia Nacional de Lutas na Avenida Paulista em São Paulo.

As centrais e movimentos sociais unificados prometem realizar novas manifestações, inclusive uma greve geral, caso o governo não atenda efetivamente as reivindicações. 

“Se fizermos um ato agora e voltarmos para casa achando que o governo vai atender, não vai adiantar. Nós não devemos sair das ruas, não somente os trabalhadores organizados, mas também toda a sociedade brasileira”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que mobilizou 18 regiões em todo o estado, como Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e as cidades do ABC Paulista.

Representantes de diversos partidos políticos participaram da manifestação com suas bandeiras. “Essa é a hora de colocar o Brasil para frente nas questões estruturais, como a reforma política democrática e o melhor atendimento da população nas redes de saúde, educação e transporte público. Essas bandeiras fazem parte da luta dos trabalhadores, por isso, permanece sendo uma pauta muito atual”, frisou Jamil Murad, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-SP).


Dia Nacional de Lutas na Avenida Paulista, em São Paulo.

Também marcaram presença no ato, a Marcha Mundial das Mulheres, a União Brasileira de Mulheres (UBM),a  Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o Movimento Pelo Direito à Moradia (MDM), a Unegro, entre outras entidades do movimento social.

Gênero

O Movimento de mulheres também esteve presente no ato, lembrando que os pontos de reivindicação definidos pelas centrais devem ser transversais à questão de gênero. “As mulheres trabalhadoras sempre defenderam que a agenda dos movimentos sindical deve ser transversalizada para questão de gênero. Como a redução da jornada, que influi diretamente na redução da dupla jornada que a mulher enfrenta, como também o fim do fator previdenciário, que prejudica mais a trabalhadora que ganha menos”, explicou Raimunda Gomes, Doquinha, secretária Nacional da mulher da CTB.

Ela também lembrou que a defesa dos 10 % do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação e a Saúde impactam diretamente na vida da mulher. “Com mais recursos para a saúde há mais chances de ampliar os programas específicos de saúde para a mulher. Já em relação a educação, mais verba significará um número maior de vagas em creches e escolas”.

Juventude nas ruas

A juventude também marcou presença, representada por movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), a Juventude do PT, o Levante popular da Juventude, a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). “A UEE-SP vai estar nas ruas juntos com a juventude para impulsionar as mudanças que a gente precisa”, declarou Carina Vitral, presidenta da UEE-SP.


Vic Barros, presidenta da UNE, ao seu lado o presidente da CTB Wagner Gomes. Foto: UNE

Virginia Barros, presidenta da UNE, falou da importância da integração da pauta dos trabalhadores com a pauta da juventude. “É um dia histórico, por que juntos, trabalhadores e estudantes, estão nas ruas para reivindicar mudanças progressistas para o Brasil. Entre as diversas pautas que nos unifica, cito como centrais a defesa do trabalho descente, a defesa da reforma política, que acabe com o financiamento privado de campanha, e a defesa dos 10 % do PIB para a Educação”, destacou Vic, como é conhecida.

Para ela, a mobilização desta quinta-feira demonstra que a juventude e o povo brasileiro estão nas ruas por que querem mudanças. “Nunca saímos das ruas. E vamos seguir neles. É na sala de aula que aprendemos e é nas ruas que os estudantes ensinam”, finalizou a dirigente estudantil. 

*Colaborou Joanne Mota - do Vermelho

CCJ aprova proposta que facilita projetos de iniciativa popular

A Proposta de Emenda à Constituição que facilita a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular, foi aprovada na quarta-feira (10) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto segue agora para análise do Plenário.


A proposição diminui o número de assinaturas necessárias para a apresentação de projetos de lei e estabelece que propostas de Emenda à Constituição (PECs) também possam ser apresentadas por cidadãos - hipótese que não é contemplada atualmente pela Constituição.

Hoje é necessário que um projeto de iniciativa popular tenha assinaturas de pelo menos 1% do eleitorado nacional, o que significa algo em torno de 1,3 milhão de eleitores. Com a PECserá preciso apenas 0,5% dos votos válidos na última eleição para deputado federal, ou seja, cerca de 500 mil assinaturas.

Ao debater o assunto, o relator das propostas, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse tratar-se do fortalecimento da democracia representativa, visto que a Constituição prevê que todo poder emana do povo.

Uma das emendas apresentadas pelo relator autoriza que as assinaturas sejam colhidas pela internet, contemplando o conceito de “cidadania eletrônica”, com certificação digital para garantir a segurança e confiabilidade dos documentos.

Ainda conforme o texto aprovado na CCJ, os projetos de lei de iniciativa popular já iniciarão suas tramitações em regime de urgência constitucional, salvo decisão contrária do plenário da Casa Legislativa em que a matéria estiver tramitando.

Vermelho com informações da Agência Senado

Juros aumentam de novo; “não é remédio, é veneno”, diz CTB

Pela terceira vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. "O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", justificou o Copom em comunicado.


Em abril, o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos, depois de quase dois anos sem aumento, e elevou a Selic para 7,5% ao ano. Desde agosto de 2011, a taxa vinha sendo reduzida sucessivamente até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor nível da história. A Selic foi mantida nesse nível até março deste ano.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, criticou a decisão do Banco Central em termos veementes. “O anúncio do aumento da taxa básica de juros ocorre num momento em que a economia brasileira passa por enormes dificuldades, com queda da produção e do emprego na indústria. É ilusão pensar que aumentar os juros resolve algo. O Banco Central não prescreveu remédio, mas veneno e em dose cavalar. Este veneno vai agravar a situação econômica, principalmente do ponto de vista dos trabalhadores, agrava os problemas sociais do país. A medida do Banco Central passa longe, muito longe dos interesses do povo e nacionais. É uma rendição à oligarquia financeira, que ainda dá as cartas na política macroeconômica do país”, disse o sindicalista que renovou o apelo para os trabalhadores lutarem contra essa orientação nefasta ao desenvolvimento nacional.

A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da meta estabelecida pela equipe econômica, segundo parâmetros irreais e que estão mais de acordo com o receituário conservador e neoliberal do que com os interesses da nação que quer desenvolvimento econômico e distribuição de renda. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de dois pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da meta).

O aumento da taxa Selic prejudica o crescimento da economia, que cresceu apenas 0,9% no ano passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo, como desonerações e crédito barato. De acordo com o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 2,34% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. A estimativa foi reduzida pela oitava semana seguida.

Usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a taxa Selic serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Redação do Vermelho, com Agência Brasil

Convocados pelas centrais, trabalhadores promovem atos por todo o país nesta quinta

centrais-sindicaisConvocados pelas centrais sindicais (CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS) , trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias de todos os estados brasileiros estão mobilizados para participar nesta quinta-feira (11) do Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações.
O movimento inclui uma série de paralisações e manifestações por todo o Brasil, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar apauta de reivindicações da classe trabalhadora.
Em São Paulo a mobilização central acontece na Avenida Paulista, a partir das 12h, no Vão Livre do Masp e de lá os trabalhadores e trabalhadoras decidem se saem em passeata pelas ruas da cidade.

No Rio de Janeiro as centrais sindicais e o Movimento dos Sem Terra (MST) convocam para um ato unificado na Candelária, centro do Rio, a partir das 15 horas. Estudantes do Fórum de Lutas contra o Aumento da Passagem também aprovaram a adesão ao movimento. Eles deverão seguir até a Cinelândia pela Avenida Rio Branco. Também está programado para o fim da tarde um protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, com concentração marcada para as 17h no Largo do Machado, na zona sul do Rio.

Na Paraíba as centrais sindicais, movimento estudantil e popular, definiram um calendário de atividades que inclui uma grande mobilização em João Pessoa, Campina Grande e Patos. Em João Pessoa, serão realizadas atividades na Universidade Federal da Paraíba, com palestra sobre o reflexo das mobilizações na conjuntura política, econômica e educacional do Brasil, precisamente no dia 10, às 10h, no Auditório da Reitoria e no dia 11 pela manhã será realizado um ato em frente ao Hospital Universitário.  Os trabalhadores da Cagepa, que estão em greve, engrossarão as manifestações em todo o Estado, e sairão em caminhada até a Integração, onde o governador pretende privatizar e terminará com um ato público na Praça João Pessoa.

Em Campina Grande (PB) foi realizada uma plenária na última segunda-feira (08) com os movimentos sociais no Auditório do Sindicato dos Bancários e foi dado prosseguimento a panfletagem e no dia 11 pela manhã haverá concentração na Maciel Pinheiro saindo em caminhada até a Praça da Bandeira onde será realizado um ato público. Em Patos, sertão do Estado, às 15h, será realizada uma assembleia com os servidores públicos municipais e em seguida uma caminhada com realização de ato público em frente à Prefeitura.

No Piauí a atividade acontece a partir das 14h, na Praça da Liberdade, com a promoção de uma oficina de cartazes e ponto de apoio na barraca da CTB. 

No Paraná as mobilizações começam desde a madrugada em uma série de localidades de Curitiba, Região Metropolitana e interior do estado. Na capital, haverá ainda ato público na Praça Rui Barbosa a partir das 16h00, reunindo populares, trabalhadores e militantes de todas as centrais sindicais. Manifestações também estão programadas para as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa, Francisco Beltrão e Paranaguá.
No Maranhão, a concentração será na Praça Deodoro, Centro de São Luís, a partir das 15h, com caminhada pelas ruas centrais da cidade. Além da pauta nacional, os manifestantes irão cobrar pautas locais como abastecimento de água e saneamento ambiental para toda população maranhense, concurso público em todas as esferas, combate à corrupção e à impunidade no Maranhão, reforma urbana já, pelo cumprimento da Lei do Piso nas redes municipais e estadual de educação, pela auditoria da dívida pública, fim do foro privilegiado, por 10% do PIB para a educação e  saúde, pela mudança da política econômica do governo para favorecer os trabalhadores e a juventude, contra os despejos forçados de moradores sem teto no Maranhão e contra os conflitos de terra patrocinados pelo latifúndio e o agronegócio.
marcha2 peqNo Mato Grosso do Sul, a mobilização acontece em Campo Grande. A concentração, de mais de 15 mil trabalhadores, será na Praça do Rádio às 9 horas. Com carros de som, bandeiras, faixas e cartazes, eles descem pela Avenida Afonso Pena em direção ao centro da cidade, com o propósito de somar forças com os demais movimentos, em todos os Estados. A passeata descerá pela Avenida Afonso Pena, em direção à Rua 14 de Julho e seguem por essa via até a Rua Barão do Rio Branco, retornando à Praça do Rádio onde continuam as manifestações com carro de som e palavras de ordem. Ricardo Martinez Froes, presidente da CTB-MS, reforçou a importância do movimento sindical e social nessa demonstração de força da classe trabalhadora sul-mato-grossense. “Exigimos mudanças urgentes e imediatas, que possam atender aos anseios de uma Nação cansada de corrupção e impunidade”, afirmou.
Em Mato Grosso, em Cuiabá, os manifestantes se concentram a partir das 16h, na Praça 08 de Abril (Praça do Chopão) seguindo em caminhada a Praça Alencastro, onde será realizado um ato politico ecultural.
No Amazonas, serão realizados diversos atos na cidade, como na Bola da Suframa no Distrito Industrial, em frente a Assembleia Legislativa do Amazonas na parte da manhã. E no período da tarde mobilização no cruzamento Sete de Setembro com a Eduardo Ribeiro, no Centro, onde serão esperados mais de 10 mil trabalhadores de diversas categorias.

Na mobilização no Rio Grande do Sul já está confirmada a participação dos rodoviários, metroviários, comerciários, metalúrgicos, professores, bancários, funcionários públicos, vigilantes, zeladores, trabalhadores da construção civil, aposentados e estudantes. As atividades se iniciarão na madrugada do dia 11. Haverá concentração em três principais pontos de Porto Alegre: Rótula do Papa, Rótula Postão IAPI e Estátua do Laçador, que seguirão em caminhada, se encontrando no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, onde está previsto um grande ato por volta das 16h.

Em Caxias do Sul as atividades iniciam na madrugada, com concentração posterior às 8h30min na Praça Dante Alighieri. A partir disso, os organizadores irão definir as atividades para o restante do dia. A estimativa é de reunir pelo menos 5 mil pessoas. Haverá bloqueio de vias e atividades em frente a fábricas. O comando da mobilização não informa o local das atividades.

Em Santa Catarina ficou definido que haverá mobilizações em cinco regiões do Estado de Santa Catarina (Florianópolis, Chapecó, Criciúma, Itajaí e Lages). Em Florianópolis, o ato deve acontecer em frente ao TRT e de lá a mobilização segue para o maior terminal da capital, o Ticem, no Centro da cidade. Mobilizando mais de 20 mil pessoas.  Em Chapecó a atividade começa nas cidades da região, posteriormente cada cidade fará a concentração nos trevos de acesso a cidade. Às 16h os manifestantes irão para o “símbolo econômico” da cidade, a empresa BRF e irão em caminhada até a praça Coronel Bertazzo no centro. Estimativa de público de 10 mil pessoas. Em  Criciúma o movimento deve começar no trevo de acesso a Criciúma e em carreata os manifestantes seguem até Laguna, na BR 101, onde devem fechar a cabeceira da ponte. Já em  Itajaí terá início com a concentração às 13h, na BR 101, km 116. Posteriormente segue em caminhada pela SC 470 até a BR 101, no viaduto que liga a cidade de Itajaí a Blumenau. A previsão de particpação é de 10 mil pessoas.

Em Pernambuco mais de 60 mil pessoas são esperadas pelas centrais sindicais nos dois atos programados no Estado. O primeiro será pela manhã, no Complexo Portuário de Suape. À tarde, a partir das 14h, os trabalhadores se reúnem na Praça do Derby, área Central do Recife, de onde saem em caminhada até a Assembleia Legislativa (Alepe), na Boa Vista, para entregar uma pauta com reivindicações nacionais e locais.
Em Natal, o Dia Nacional de Lutas vai se unificar as centrais, movimentos sociais e estudantis para promover ato público pelas ruas da cidade. A concentração está marcada para às 9h, no cruzamento das Avenidas Salgado filho com Bernardo Viera, na Zona Leste, nas proximidades do shopping Midway Mall. Servidores municipais, bancários, petroleiros e rodoviários são algumas das categorias que deverão cruzar os braços para participar do ato nas ruas. Dois outros atos estão na agenda do dia antes da passeata pelas ruas. O primeiro deles às 7h em frente a sede da Petrobras no Estado, para protestar contar o leilão do petróleo e às 9h em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, o maior do RN, pela valorização da saúde pública.

Na Bahia a manifestação sairá do Campo Grande, às 11h, rumo à Praça Municipal. O diretor executivo da CTB, Adilson Araújo, lembra que o movimento do dia 11 foi decidido há tempos. "Embora possamos estar em sintonia com as mobilizações de rua, vamos mostrar que nós temos bandeiras e não nos envergonhamos de levá-las para as ruas", declarou. Ele esclareceu que há anos estão engavetados no governo federal os pleitos que as centrais levarão para as ruas como reforma agrária, a redução da jornada de trabalho e destinação de 10% do PIB para a saúde e educação.

Em Salvador estão confirmadas as manifestações e paralisações no centro da cidade e nos grandes shoppings a partir das 8hs.

Em Fortaleza a manifestação acontece a partir das 9h, com concentração na Praça do Ferreira. Os manifestantes sairão em caminhada até a sede do Banco Central. São esperadas cinco mil pessoas no ato político.      

No Distrito Federal, a CTB participa em parceria com o Sindvacs (Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde ) e as demais centrais de uma caminhada que sairá da Biblioteca Nacional, a partir das 15h, em direção ao Congresso Nacional.      

Em Minas Gerais as manifestações estão mobilizando os sindicatos filiados às centrais de todas as categorias, nas principais cidades-pólo do Estado. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a grande manifestação será na Praça Sete, na Capital, a partir das 8h. “É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras participem em massa dos atos públicos. Nosso objetivo é levantar as bandeiras de lutas da classe trabalhadora e incorporar as reivindicações que vêm das ruas”, disse Marcelino Rocha, presidente da CTB-MG.
Fonte: Portal CTB

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Participe da luta contra a cobrança de pedágios na BR 101


Pegue seu adesivo no Sindicato dos Bancários – rua Duque de Caxias, 111 – Centro ou no Sindicato dos Comerciários situado na Avenida Cinquentenário, 685 – 2º andar.

Participe também das manifestações toda quinta-feira, a partir das 9 horas, na rodovia promovidas pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/Regional Sul da Bahia

Faça valer esta luta.

Pedágios: lute agora ou pague para sempre!

11 de Julho: Dia Nacional de Luta, Greves e Mobilizações



Dia 11 de julho: Dia da Pauta dos Trabalhadores nas ruas do Brasil.

Todos unidos por:

- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Valorização das Aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- Reforma Agrária
- Mudanças nos Leilões de Petróleo
- Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.

Propostas incluídas pelos movimentos sociais:

- Reforma política e realização de plebiscito popular
- Reforma urbana 
- Democratização dos meios de comunicação.  

Denúncias

- O genocídio da juventude negra e dos povos indígenas. 
- A repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais. 
- A impunidade dos torturadores da ditadura. 
- Somos contra aprovação do estatuto do nascituro 
- Somos contra a redução da maioridade penal.  


Fonte: Portal CTB

Hora de reagir aos neonazistas

Em sua cruzada contra o totalitarismo, Arthur Koestler disse que é possível explicar o racismo e identificar a origem da brutalidade dos torturadores e dos genocidas. Mas é necessário combatê-los, isolá-los, impedir que nos agridam e matem. Em alguns casos, podemos até mesmo curá-los. Mas isso não significa que devamos perdoá-los. 
Por Mauro Santayana*, para o Jornal do Brasil


A aceitação das ideias alheias, que é o sumo das sociedades democráticas, tem limites e eles se encontram na intolerância dos fanáticos e extremistas.

Na verdade, dois são os vetores da brutalidade: o medo e a loucura. Os grandes assassinos são movidos pela paranoia, e a paranoia oscila entre o ilusório sentimento de absoluta potência e a frustração da impotência. É dessa forma que Adorno, em Mínima moralia, diz que o fascista é um masoquista, que só a mentira transforma em sádico, em agente da repressão.

Quem são esses jovens embrutecidos que agrediram um nordestino junto à Estação das Barcas, em Niterói — e foram contidos pelas pessoas que ali se encontravam? São trastes humanos, ainda que sejam trabalhadores e estudantes, tenham família e amigos. O que os faz reunir-se, armar-se, sair às ruas, a fim de agredir e — quando podem — matar outras pessoas?

Individualmente, apesar de suas artes marciais, seus socos ingleses, seus punhais e correntes de aço, são apenas seres acoelhados, agachados atrás de si mesmos, que só crescem quando se agrupam e se multiplicam, em suas patas, seus punhos, suas armas.

Eles não nasceram com garras, nem tendo a cruz suástica e outros símbolos riscados na pele. Foram crianças iguais às outras, que encontraram pela frente uma sociedade brutalizada pelo egoísmo.

Não é difícil que tenham sentido no lar o eco de uma civilização corrompida pela competição e destruída, em sua alma, sob o capitalismo sem freios. Às vezes nos esquecemos que só um por cento dos homens controla toda a riqueza do mundo.

Tampouco nasceram assim os que matam os moradores de rua, movidos pelo mesmo medo e pela mesma ideia de que é preciso manter as cidades “limpas”. Nestes últimos meses, tem aumentado o número de moradores de rua assassinados em todo o país — mas mais intensamente em São Paulo, no Rio, em Belo Horizonte, em Goiânia.

De acordo com as estatísticas, 195 deles foram mortos em 2012 e nos primeiros meses deste ano. A imprensa internacional está debitando o massacre à conveniência de “sanear” as maiores cidades, antes do afluxo de visitantes que se esperam para a Jornada Mundial da Juventude, neste ano, e para a Copa do Mundo, no ano que vem.

É bom lembrar que a matança de crianças na Candelária foi atribuída a uma “caixinha” de comerciantes da região, interessados em varrer as ruas desses bichos “incômodos e sujos”, que são os meninos pobres. 

Há historiadores e antropólogos que amenizam o mal-estar contemporâneo diante dessa realidade, com a afirmação de que, desde as cavernas, o homem é naturalmente predador. Ocorre que, contra essa perturbadora condição de bichos que somos, prevaleceu o sentimento de solidariedade que nos tornou humanos, e foi possível sobreviver às catástrofes naturais, como os terremotos e as pestes, e às guerras continuadas. Mas, dentro da ideia dialética de que a quantidade altera a qualidade, chegamos a um ponto insuportável. 

Há dois caminhos na luta contra essa nova barbárie. Um é o da fé religiosa, outro o da razão materialista. A fé — um acordo entre o homem primitivo e o mistério da vida, a que ele deu o nome de Deus — tem sido o principal suporte da espécie, sempre e quando ela não se perde no fanatismo.

A razão se encontra com a fé no exercício do humanismo. Mas há sempre razão na fé, como há fé na lógica do ateu. As duas posturas são de autodefesa da sociedade humana e se realizam na coerente ação política. Como disse Tomás de Aquino, a filosofia das coisas humanas só se concretiza com a prática da política.

Há novos pensadores, sobretudo na velha França, que buscam recuperar o humanismo de Marx, o do jovem filósofo dos Manuscritos econômicos e filosóficos, de 1844, e as suas reflexões sobre a alienação. O trabalho de Marx correspondeu à necessidade de defesa dos trabalhadores contra o liberalismo do século 19, e a desapiedada exploração dos pobres pelas oligarquias burguesas, substitutas do velho feudalismo.

Retornar a Marx é buscar novas e mais eficazes respostas contra o neoliberalismo de nossos dias. É ainda possível a aliança entre o humanismo cristão e os pensadores agnósticos, fundada em uma constatação fácil, a de que é preciso salvar o homem de si mesmo. É urgente salvá-lo do barbarismo reencontrado na estupidez do egoísmo neoliberal. Isso faria do planeta o seguro espaço da vida. O retorno esperado à Teologia da Libertação é uma das vias de acesso à Terra Prometida.

O filósofo francês Dany-Robert Dufour, em um de seus ensaios, pergunta que homem emergirá do ultraliberalismo de hoje. Não é necessária a pergunta: ele já está aí, no corpo volumoso adquirido nas academias e nutrido de anabolizantes; na cabeça reduzida pelas mensagens de uma cultura castradora, fundada no efêmero e no inútil; na pele usada como o anúncio de cada um, mediante as tatuagens; na ilusão da fama e da eternidade, nas postagens arrogantes no Facebook; no ódio ao outro, celebrado no culto à morte.

Essa visão nublada do mundo está contaminando grande parte de nossa juventude, nas escolas e universidades. É preciso que as escolas deixem o tecnicismo que as reduz, e voltem ao módulo ético, para fazer dos homens, homens, e deles afastar os instintos dos predadores.

É preciso reagir. Os alemães dos anos 1920 e 1930 não reagiram, quando grupos de nazistas atacavam os judeus e os comunistas. Os democratas europeus não reagiram contra as chantagens de Hitler no caso do Sarre, da anexação da Áustria, do ultimato de Munique. Dezenas de milhões pagaram, com o sofrimento e a vida, essa acovardada tolerância. 


*Mauro Santayana é jornalista autodidata e colunista político.


Fonte: Vermelho

Quase 80% dos brasileiros querem mais mulheres no poder, diz pesquisa

Crédito: Agência Brasil
Oito em cada dez brasileiros ouvidos pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão (78% dos entrevistados) para uma pesquisa sobre a presença de mulheres na política defenderam a obrigatoriedade de uma divisão com o mesmo número de candidatos e candidatas nas listas partidárias para eleições. 

Para 1,6 mil entrevistados, essa composição meio a meio da lista de candidatos deveria ser obrigatória nas eleições para o Legislativo municipal, estadual e federal. Os dados fazem parte do estudo Mais Mulheres na Política, divulgado ontem, terça-feira (9) em Brasília.

"O Brasil ocupa o 121º lugar com relação à participação das mulheres na política em um ranking de 189 países", destacou a socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora do Instituto Patrícia Galvão e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras. A lista revela que países como o Iraque e o Afeganistão têm mais mulheres no poder do que no Brasil.

"Não estamos acostumados, nem no futebol, nem na economia, a ter uma posição tão vergonhosa quanto esta. Se continuar neste ritmo, levaremos 150 anos para atingir a paridade [entre homens e mulheres em cargos políticos]. São 15 gerações", alertou a socióloga.

O levantamento foi feito com base na resposta de mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos, entrevistados entre 11 e 15 de abril deste ano, em todas as regiões do país. Deste total, a maioria (mais de 1,4 mil) considerou fundamental a alteração nas leis eleitorais para garantir que as mulheres representem a metade dos candidatos a cargos eleitivos. Atualmente, a legislação eleitoral brasileira reserva 30% das candidaturas para as mulheres e apenas 10% do tempo de propaganda eleitoral para cotas de sexo.

No Senado Federal, entre 81 vagas, apenas 13 são ocupados por mulheres, sendo que, atualmente, oito senadoras exercem ativamente a atividade. Apenas uma das 11 comissões da Casa é presidida por uma senadora. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, 44 são ocupadas por mulheres e apenas uma das 21 comissões permanentes é liderada por uma deputada. As mulheres ocupam apenas 10% das prefeituras e representam 12% dos membros das câmaras municipais.

A ministra Helena Chagas, que chefia a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, destacou que a pesquisa foi feita meses antes das manifestações que tomaram, recentemente, as ruas do país. "É espantoso o quanto as mulheres têm baixa representação nas instituições polícas do país. O resultado da pesquisa mostra que todos reconhecem isso e que a representação política do país não reflete a sociedade", afirmou a ministra.

Helena Chagas lembrou que a população brasileira é formada por mais de 52% de mulheres. "Se a mulher, hoje, tem participação expressiva no mercado de trabalho, na política não institucional [em movimentos sociais e empresas, por exemplo], essa presença não se reflete, ao menos numericamente, no Parlamento", completou.

A ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ressaltou o fato de a maioria dos entrevistados associar a democracia a uma divisão mais equilibrada entre a participação de homens e mulheres nas listas partidárias. "A pesquisa evidencia que não existe processo democrático sem democracia de gênero e sem participação das mulheres."

Os números divulgados hoje mostraram que, para 74% dos entrevistados, a garantia da democracia depende da presença de mais mulheres nos espaços de poder e tomada de decisões e que quase 1,5 mil entrevistados defendem punição aos partidos que não apresentarem uma lista com 50% de candidatos e 50% de candidatas.

Para Eleonora Minecucci, o estudo mostra que a proposta do Executivo de um plebiscito sobre a reforma política pode alterar a atual situação. "Pretendemos que a sociedade brasileira dê o salto qualitativo da democracia representativa para a democracia participativa."

A maior parte das pessoas entrevistadas informou ter renda familiar entre um e cinco salários mínimos, sendo que 55% declararam condições equivalentes.


Fonte: Agência Brasil via Contraf

Vitória da mobilização. CCJ retira da pauta votação da PL da terceirização

Com o auditório tomado pelos trabalhadores, e presença maciça dos bancários, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados retirou de pauta na manhã desta quarta-feira 10 o substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA) ao projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que, se aprovado, libera por completo a terceirização e precariza o emprego e os direitos dos trabalhadores no Brasil. 

"Foi uma importante vitória dos trabalhadores, graças à mobilização. Quero agradecer especialmente aos bancários, às federações e sindicatos, que souberam dar mais uma grande demonstração de unidade e de mobilização na defesa dos interesses da classe trabalhadora", comemora Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - Contraf.


Fonte: Contraf