sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Bahia é o quarto em ataques a bancos

As ocorrências contra as agências bancárias têm assustado cada vez mais a população. No primeiro semestre deste ano, foram, em média, 8,24 ataques por dia no país, o equivalente a 1.484 casos entre janeiro e junho. Crescimento de 17,7% ante o mesmo período de 2012, quando foram registrados 1.261 ataques. 
 
Do total deste ano, 431 foram assaltos, consumados ou não, e 1.053 arrombamentos e explosões em unidades bancárias, postos de atendimento e caixas eletrônicos.

A Bahia está entre os estados com maior número de ocorrências, 100 no total, dado que deixa em quarto lugar da lista. A liderança é de São Paulo, com 334 ataques, seguido de Minas Gerais (170) e Paraná (118).

 
O número de assaltos da pesquisa divulgada é 2,6 vezes maior do que a estatística da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que apurou apenas 163 assaltos entre janeiro e junho, 268 a menos do que o levantamento feito pelos trabalhadores. 
 
Falta investimento
Além da contagem equivocada da Federação, estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-econômicos) comprovam que os bancos não investem em segurança. Mesmo com lucro de mais de R$ 30 bilhões no primeiro semestre, os seis maiores bancos do país investiram apenas R$ 1,6 bilhão em segurança. 

Fonte: O Bancário

China está determinada a erradicar rumores na internet

A polícia de Beijing deteve dois acusados de criar rumores na internet, outra medida de tolência zero da China contra aqueles que plantam e espalham boatos. Yang Xiuyu e Qin Zhihui confessaram os crimes de criar e espalhar rumores na internet e ter ganhos sobre atos ilegais. Quatro outras pessoas suspeitas de conspiração também foram interrogadas.


A internet se tornou muito influente para a sociedade, e é essencial que os internautas sigam um código de conduta online para criar uma área virtual saudável. As informações enganosas são feitas e propagadas por algumas pessoas com a finalidade de atrair atenção pública, obter benefícios ilegais e maliciosamente provocar agitação social.

Algumas pessoas que criam boatos pensam que não terão punição, e alguns internautas inocentes reproduzem os rumores sem distinguir se as informações são verdadeiras ou não.

Como os casos prévios ensinaram, a criação e a propagação de informações falsas não apenas prejudicam os interesses da população, mas também provocam pânico e até perturbam a ordem social normal. Além disso, qualquer pessoa pode se tornar uma vítima.

Com uma maior determinação de erradicar os rumores na internet, mais medidas são necessitadas para conduzir essa campanha.

As leis relevantes e os sistemas de monitoramento devem se aprimorar e, por exemplo, impor punições mais severas às pessoas que criam rumores, para que sejam cientes do alto preço de cometer crimes na internet.

Além disso, as pessoas que são afetadas por abusos na internet devem tomar a lei como arma para defender seus próprios interesses e direitos e lutar contra as ações ilegais.

A China é um país que respeita e protege a liberdade de expressão, mas os cidadãos também devem ter em mente que uma maior liberdade na internet exige maiores responsabilidades.

As pessoas devem seguir os princípios morais e denunciar quaisquer atividades que prejudiquem a reputação e interesses de outros, para evitar que a internet se torne uma terra de palavras abusivas e rumores.

Fonte: Voz da China via Vermelho

Crise econômica leva 40 mil bolivianos a deixarem a Espanha

BBC
Número de residentes bolivianos no país 
europeu caiu de 240 mil em 2007, 
para 175 mil no último ano.

“Cerca de 40 mil bolivianos deixaram a Espanha nos últimos cinco anos por conta da crise econômica”, anunciou a embaixadora boliviana Carmen Almendras, ontem, quinta-feira (22). De acordo com os dados da Embaixada da Bolívia na Espanha, o número de residentes bolivianos no país europeu caiu de 240 mil em 2007, para 175 mil no último ano.


Almendras assinalou que a crise afetou fortemente os imigrantes latino-americanos, que segundo ela, são os “mais vulneráveis” aos efeitos negativos da recessão. Ela explicou ainda que a maioria do cidadão que retornaram à Bolívia são homens que trabalham principalmente no setor da construção. Por outro lado, a embaixadora disse que as mulheres mantiveram seus empregos domésticos e no setor de serviços.

A embaixada calcula ainda que 95% dos bolivianos estão em situação regular de moradia. Isso pode ser consequência dos esforços feitos pelo governo em dar maior atenção consular aos cidadãos. Em 2006 havia apenas um consulado na Espanha e, hoje, o país conta com sete oficinas consulares, com capacidade para expedir 350 passaportes por dia.

Ajuda do governo

Ainda que o governo de Evo Morales não tenha um plano de retorno definido para os seus nacionais, estão sendo desenvolvidos projetos em decorrência desse processo. Um exemplo é a adesão ao Convênio Ibero-americano de Seguridade Social, através do qual os cidadão da Bolívia que contribuíram na Espanha, poderão receber a pensão correspondente em seu país, caso retornem.

Atualmente, existem 15 mil bolivianos com dupla nacionalidade e as deportações de imigrantes ilegais caíram de 1400 (2008) para 265 (2013).

Da redação do Vermelho - com informações do jornal boliviano La Razón

Programa Mais Médicos oferece vaga e infraestrutura, diz Padilha

MS
O ministro se inspirou na sua experiência de atuar, 
durante muitos anos, junto à população mais carente do País. 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é médico infectologista formado pela Universidade de Campinas (Unicamp), com pós-graduação pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como coordenador do Núcleo de Extensão em Medicina Tropical da USP em Santarém, no Pará. Carrega na bagagem a experiência de atuar, durante muitos anos, junto à população mais carente do País. Essa vivência motivou o ministro a implantar o Programa Mais Médicos, lançado no mês passado pela presidenta Dilma Rousseff.  


Nesta entrevista exclusiva ao PT na Câmara, Padilha pontua o alcance e a importância das medidas estruturantes que serão implementadas a partir da instituição do programa.


PT na Câmara: O programa tem como objetivo equacionar um dos gargalos da saúde pública do País que é a presença do médico em todos os municípios do Brasil. O senhor acredita que o programa vai alcançar esse objetivo?
Alexandre Padilha: O esforço do Programa Mais Médicos é estimular médicos brasileiros que queiram ir para a periferia das grandes cidades e municípios do interior. Eles vão receber R$10 mil líquidos mensais do Ministério da Saúde. Além disso, terão apoio para deslocamento e acompanhamento pela universidade. Nos primeiros 15 dias de inscrições, tivemos mais de 1600 médicos que aceitaram esse desafio. Em setembro, os novos contratados devem atender mais de seis milhões de brasileiros que não tinham médicos perto da sua casa.

PT na Câmara: O programa, além de suprir a deficiência de médico, pretende dar mais qualidade ao Sistema Único de Saúde?
AP: Juntamente com os médicos, está indo recurso que amplia custeio para manutenção das unidades de saúde. Cem por cento dos municípios que recebem os médicos nessa primeira etapa também já estão no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que tem monitoramento do atendimento pelas universidades; e 100% dos municípios também já executam obras para melhorar a infraestrutura. Ou seja, as medidas em relação à infraestrutura e aumento do custeio já estão indo com os médicos.

PT na Câmara: A deficiência no número de médicos em relação ao número de habitantes não tem a ver com o currículo dos cursos de medicina?
AP: Além da urgência de termos mais médicos no Brasil, é muito importante uma mudança na formação do profissional médico hoje. Esse profissional, atualmente, passa por uma especialização precoce e, muitas vezes, passa o curso inteiro sem um contato mais permanente com a realidade do povo brasileiro.

PT na Câmara: O senhor pode detalhar melhor essa questão?
AP: Vou citar um exemplo concreto: um estudante de medicina, hoje, durante os seis anos, não tem a oportunidade de acompanhar a mesma gestante do pré-natal aos nove meses de gravidez; não acompanha o parto dessa gestante e nem faz o acompanhamento da criança dessa gestante nos primeiros seis meses de vida. Isso demonstra que precisamos fazer uma mudança na formação do profissional médico. O Programa Mais Médicos também prevê o aumento desse contato, e, com isso, formaremos médicos cada vez mais qualificado, conhecendo mais a realidade do nosso povo.

PT na Câmara: Houve por parte de algumas entidades médicas a tentativa de boicotar o programa. Porque aquele que jurou salvar vidas se recusa a participar ou defender um programa que tem esse objetivo?
AP: Eu respeito qualquer tipo de crítica ou manifestação que vise ao aprimoramento. O Congresso Nacional vai aprimorar a proposta. Estamos debatendo, acompanhando, e todas as sugestões são bem-vindas. O que lamento são as atitudes que tentam prejudicar a população. Lamento, por exemplo, que se cancele cirurgias ou exames, prejudicando, exatamente, a população que usa os serviços do SUS e que necessita desse atendimento. Como também lamento qualquer postura que tenha servido para postergar a chegada dos médicos à população.

PT na Câmara: Pesquisa recente aponta que a população começou a perceber a importância do programa. E, que, a maioria aprova a criação do Mais Médicos. Qual a avaliação o senhor faz dessa pesquisa?
AP: A população começa a perceber que o governo federal está usando todas as estratégias possíveis para atacar um problema emergencial. Temos municípios e unidades de saúde que não têm médico na atenção básica que atue nos primeiros cuidados e que resolveria 80% dos problemas de saúde. Através do Programa Mais Médicos estamos oferecendo infraestrutura, ampliando vagas, dando oportunidade para jovens que querem fazer medicina. Além disso, estamos dando oportunidade aos médicos que se formam de poderem fazer especialização através da residência médica. Acredito que, aos poucos, estamos mostrando à população que esse programa não tira emprego de nenhum médico brasileiro e, sim, dá mais oportunidade a esses profissionais de poderem trabalhar. São 35 mil postos de trabalho criados com os investimentos de infraestrutura. Todas essas ações estão sendo avaliadas positivamente pela maioria da população.

PT na Câmara: E sobre a polêmica em torno da vinda dos médicos estrangeiros?
AP: Os médicos formados em outros países só virão trabalhar nas vagas não ocupadas por médicos brasileiros. É um programa que vai fazer uma avaliação da qualidade dos médicos que venham a trabalhar no Brasil. A população está entendendo isso e certamente vai entender ainda mais quando esses médicos chegarem para trabalhar a partir de setembro.

PT na Câmara: Ministro, as manifestações contrárias levaram o senhor a pensar, em algum momento, em desistir do programa? 
AP: Pelo contrário. Sou um ministro que não fica parado em gabinete. Vou às unidades de saúde, aos hospitais. A realidade de saúde do nosso povo só reforça a importância desse programa. Iremos até o fim com ele. O que nos move é levar médicos para a população que hoje não tem médico perto. Usaremos todas as estratégias possíveis para levar profissionais médico.


Fonte: Vermelho

Debate sobre a luta pelo socialismo encerra Seminário Internacional do CES

A quarta e última mesa de debates do Seminário “Panorama da Conjuntura Internacional”, organizado pelo Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES), teve como tema, na tarde de ontem, quinta-feira (21), a luta pelo socialismo neste início de século.
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Coube a Joílson Cardoso, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, o papel de mediador da mesa. Em sua introdução, o dirigente destacou que o socialismo é um sonho possível e uma proposta das mais generosas para os povos de todo o mundo. Em contraposição, disse que o capitalismo é fadado à falência, um sistema sem solução para os problemas da humanidade. “Temos que destacar a atualidade das propostas socialistas. Pior do que não combater a atual crise capitalista é não defender as propostas socialistas”, afirmou.
O primeiro dos palestrantes foi o companheiro Katu Arkonada, representante da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade, convidado a expor de que maneira a Bolívia tem lutado para colocar em prática algo que ele chamou de “socialismo comunitário”. Arkonada lembrou que a nacionalização dos recursos naturais do país foi fundamental para dar início a esse processo transformador, resultando em uma drástica redução da miséria e na triplicação dos recursos investidos pelo governo de Evo Morales. “Temos que ter consciência de que o atual processo na Bolívia depende de diferentes forças políticas. E, nesse sentido, é fundamental a articulação com o movimento sindical”, sustentou.
Decadência do capitalismo
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, afirmou durante sua palestra que a atual crise do capitalismo acelera o processo de transição rumo a um cenário geopolítico multipolarizado, em contraponto à hegemonia exercida pelos Estados Unidos nas últimas décadas. Diante desse cenário, o dirigente disse que existem necessidades políticas, teóricas e ideológicas para aqueles que lutam pelo socialismo, no sentido de valorizar os modelos existentes na atualidade, em nações como Cuba, China, Coreia Popular, Vietnã e Laos. “Cada um desses países tem suas particularidades. Temos que respeitá-las e tentar compreendê-las”, afirmou.

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Por fim, Ernesto Freire, dirigente da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), e Fred Franco, dirigente da Frente Nacional dos Trabalhadores da Nicarágua, expuseram de que maneira suas respectivas nações seguem construindo seu modelo de socialismo. Freire destacou que “não há socialismo sem ampla participação das massas” e que sem a solidariedade internacional “Cuba não conseguiria apresentar ao mundo tantos   resultados positivos”. Franco optou por defender a ideia de que o socialismo exige a construção de “uma nova política, uma nova economia e uma nova cultura”, para em seguida complementar: “Não há um modelo único de socialismo. O que há são experiências históricas desde 1917”, completou, referindo-se à Revolução Russa.
Fernando Damasceno – Portal CTB

3º Congresso da CTB: Ato reúne líderes políticos e dos movimentos sociais

Cerca de 1,5 mil delegados e delegadas prestigiaram a abertura oficial do 3º Congresso Nacional da CTB, na noite de ontem, quinta-feira (22). Líderes sindicais do campo, do serviço público, educação, saúde, transporte, saneamento, energia, marceneiros,  cetistas, entre outros, lotaram o plenário do Palácio de Convenções do Anhembi , em São Paulo para o Ato Político que abriu o evento.
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Representantes dos momentos sociais e parlamentares também estiveram presentes, no palco e na plateia, para levar seu apoio e reforçar a parceria criada desde a fundação da Central, em dezembro de 2007.

Parceria de sucesso
Parceria ressaltada pelo Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Antônio Medeiros. “A CTB é uma central que sabe que precisa fortalecer o Ministério do Trabalho, que é um aliado de primeira hora do trabalhador e do movimento sindical. A CTB é nossa parceira”, afirmou Medeiros.
Lembrada também pelo presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald dos Santos. “Foi fundamental a participação da CTB, que colocou para o conjunto das centrais a proposição do movimento nacional da saúde pública”.
Para Delaíde Arantes, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Congresso acontece num momento ímpar. “É muito importante esse momento em que se realiza o Congresso da CTB e principalmente neste ano, que a CLT completa 70 anos e, principalmente, o ano que foi promulgada a Emenda Constitucional (PEC) em benefício dos trabalhadores domésticos. Nós temos muito que comemorar neste ano e eu tinha especial interesse em participar desse momento da CTB”, disse a ministra, uma árdua defensora dos direitos dos trabalhadores domésticos. 
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Unidade e avanço
A unidade, uma marca que acompanha a CTB desde sua fundação, foi destacada pelo deputado federal José Stédile (PSB/RS). “A unidade da classe trabalhadora é fundamental e tem sido uma ferramenta importante das transformações que o Brasil precisa. Apesar de não termos avanços em questões prioritárias como o fim do fator previdenciário, redução da jornada, regulamentação dos professores, entre outras, temos muitas lutas que só serão vencidas, não só com a participação da CTB, mas com o conjunto da classe trabalhadora como um todo", avaliou.
Na opinião de Madalena Guasco, coordenadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a CTB se consolida como uma central de crescimento e representativa. “Com  1,5 mil delegados e a participação de forças politicas e sindicais do Brasil, é um Congresso coroado que só pode ser coroado com êxito”, afirmou.
“É um momento de fazer uma reflexão dos desafios que estão postos. Uma central como a CTB, diante da importância que conquistou, tem que apontar rumo do ponto de vista geral dos trabalhadores, como de questões específicas. Esperamos que nesse congresso a CTB tenha a condição de apontar esse novo rumo”, destacou o deputado federal Assis Melo.
Eleições
Já o secretário de Igualdade Racial de SP, Netinho de Paula, fez questão de participar do evento, pois para ele “é muito enriquecedor entender a visão do trabalhador com relação à situação socioeconômica do país”. No que diz respeito às próximas eleições no Brasil em 2014, o vereador acredita que o encontro também servirá para aportar com o debate, já que a Central cumpre um papel fundamental na luta de classes no país.
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Neste sentido, o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, destacou que o país vive um momento ímpar onde as pessoas saíram às ruas para pedir mudanças e neste contexto em que ocorre o Congresso é muito representativo. "A crise capitalista pressiona fortemente a economia nacional e os direitos dos trabalhadores este evento contribui para unificar a classe trabalhadora em torno de bandeiras essenciais”.
O presidente do PCdoB de São Paulo, Jamil Murad, concorda que uma reforma política é necessária e a interação de forças são indispensáveis para vencer as dificuldades e fazer deslanchar o projeto de desenvolvimento nacional construindo a transição para o socialismo. “O Congresso representa essa união e luta por um país mais justo democrático e soberano”.
Mulheres e soberania dos povos
Sobre o protagonismo das mulheres na CTB, Liège Rocha, da executiva nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fdim), disse que “esse 3º Congresso, com o lema que traz de avançar nas mudanças com valorização do trabalho com certeza dará uma virada na mobilização de homens de mulheres, trabalhadores e trabalhadoras e que levará adiante as mudanças e transformações que queremos e com certeza as mulheres da CTB jogarão um papel fundamental neste processo.”

Na opinião da presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, a Central faz um papel essencial na pauta dos trabalhadores “A CTB está em todos os momentos importantes e defendendo as conquistas dos trabalhadores e estando nas ruas, nas manifestações buscando o avanço do Brasil o avanço do ponto de vista do desenvolvimento com justiça e valorização do trabalho e soberania”, afirmou.

Para Francisca Pereira, vice-presidenta da Apeosesp (Sindicato dos Professores de SP), esse é o momento de apontar a direção para que as lideranças levem para a pauta dos trabalhadores como a defesa por saúde, educação de qualidade, combate ao racismo, à desigualdade, entre outras”, afirmou a sindicalista.

Combate à discriminação

Combate ao racismo defendido também pelos representantes da Unegro, Edson França e Julião Vieira, presidentes nacional e estadual, respectivamente.

“Na relação capital x trabalho o racismo contribui para a retirada de direito e enfraquece a luta dos trabalhadores. Portanto, é prioritário combater essa situação. E a CTB, parceria de luta, sempre esteve presente nesta discussão. Dessa forma, esperamos que saia daqui a orientação que se coloque em todos os acordos coletivos a questão do combate ao racismo e à desigualdade”, salientou Edson França, que compartilha da mesma opinião de Julião. “Avançamos em algumas políticas públicas, mas no campo do mercado de trabalho, o racismo é muito presente. Por isso, participar de um congresso como esse é importante. Porque alerta as lideranças sindicais para as centrais intensificarem a luta de combate ao racismo, em particular, no mercado de trabalho”, declarou o presidente estadual da Unegro.

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Emprego no campo

“Nesse Congresso a esperança, mais uma vez, se renova no coração e na mente de cada trabalhador rural brasileiro”, declarou o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetag) do Paraná, Ademir Muller.

O presidente da Fetag espera que a CTB aponte os rumos para serem defendidos junto ao governo e sociedade brasileira por um reforma ampla e massiva e que leve em conta a geração de renda e emprego do campo. O líder rural defendeu a unicidade e respeito com entidades tradicionais e lembrou que a Central tem uma faixa verde para representar os trabalhadores rurais.
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Cinthia Ribas e Érika Ceconi - Portal CTB

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sindicalistas europeus denunciam atuação de governos neoliberais contra trabalhadores

Na tarde de ontem, quarta-feira (21), sob o tema “Análise da crise e seus impactos diferenciados, a situação política e econômica da União Europeia”, sindicalistas de várias partes do mundo debateram sobre a situação daquele continente.
A mesa, que foi moderada pela coordenadora do CES, Gilda Almeida, contou com a presença do coordenador da  Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) , João Torres; do grego Zarianopoulos Sotiris que falou pela Frente de Todos os Trabalhadores Militantes (Pame) e pelo País Basco, Igor Urrutikotxea, representando a central sindical LAB. 
As contradições do sistema capitalista, o poder das multinacionais, a desvalorização do trabalho e do trabalhador foram  as experiências compartilhadas pelos palestrantes com os cerca de 300 participantes no encontro, que ocorre até a próxima quinta (22), no Anhembi. 
Crise na Europa 
João Torres afirmou que os países europeus se consideravam mais desenvolvidos, mas com os governos neoliberais de direita a situação tornou-se insustentável, para ele um dos princiais motivos que levaram à crise foi a subordinação da política deixando de lado os interesses nacionais ele citou como exemplo a criação do Banco Central Europeu (BCE) , da Troika que, em sua avaliação, tornou os países dependentes. “Isso vai contra os interesses da população”, exclamou.
O português informou sobre os índices de históricos de desemprego, o país registra a 3ª maior taxa da União Europeia, a diminuição dos salários e pensões e também o Tratado de Lisboa, documento assinado em 2007 com o objetivo de unificar a legislação europeia. “Foi um ofensiva feita nas costas dos trabalhadores, para reforçar o poder das grandes potências no continente, este tratado ataca os direitos trabalhistas”.
Neste sentido o grego, Zarianopoulos Sotiris,  acrescentou a Grécia sofreu sérias consequências. “Mais de 60% dos jovens estão desempregados, a maioria dos trabalhadores não recebem salários há meses”, disse.  
Frente a todos essas ofensivas Torres afirmou que é preciso ampliar a solidariedade entre os trabalhadores e no movimento sindical e informou que desde 2010 foram feitas cinco greves gerais convocadas pela CGTP-IN, que levaram cerca de 3 milhões de portugueses às ruas. “O povo vai decidir seu destino”, declarou.
Por sua vez, o representante do País Basco, Igor Urrutikotxea, afirmou que para que haja uma mudança social é preciso aperfeiçoar o sindicalismo ele também denunciou a privatização do setor público. 
O sindicalista também denunciou mudanças nas leis trabalhistas que fazem com que mesmo doentes tenham que ir trabalhar, prejudicando assim sua saúde. “Na Europa a expectativa de vida está diminuindo”, alertou. 
Igor acredita que é preciso refundar o modelo sindical na Europa, ele informou que desde 2009 houve seis greves gerais no país e que estão trabalhando na elaboração de uma Carta de Direitos Sociais, em defesa dos trabalhadores. 
Para ele experiências como o Encontro Sindical Nossa América (ESNA), que reúne organizações de diversos continentes, são fundamentais para a acumulação de forças e a defesa das bandeiras da população.
Já , Zarianopoulos Sotiris, disse que nos últimos anos o país teve 32 greves gerais apoiadas pela frente sindical para ele é fundamental a organização dos trabalhadores, pois as potências continuarão suas guerras para garantir seus mercados. 
O seminário internacional termina nesta quinta (22), e abordará temas sobre integração na América Latina e Caribe, após o encerramento do evento os participantes poderão assistir o show da sambista Leci Brandão que marcará a abertura do 3º Congresso Nacional da CTB. 
Érika Ceconi - Portal CTB - Foto: Maurício Moraes 

No Peru, 97% das vítimas de violência sexual não denunciam abuso

Peru.com
Investigação mostra que as agressões
 ocorrem,  principalmente, quando
 as vítimas são ainda menores de 18 anos

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (Promsex) do Peru, revelou que 79% das mulheres entre 18 e 29 anos residentes no distrito de Mazán, região de Loreto, no Peru, afirmaram que foram vítimas de algum tipo de violência ou abuso sexual durante sua vida.


A investigação mostrou que as agressões ocorrem, principalmente, quando as vítimas são ainda menores de 18 anos. Os dados também revelaram que na maioria das vezes, a primeira relação sexual das adolescentes foi fruto de alguma forma de violência. Em virtude disso, 56% das meninas entre 14 e 17 anos ficaram grávidas em consequência das violações sexuais. De acordo com o estudo, quase 85% das entrevistas já têm pelo menos um filho.

Assim como na maioria dos casos de violência sexual no mundo, a pesquisa do Promsex também apontou que os agressores, geralmente, são pessoas próximas à vítima como pai, padrasto, companheiro ou outros familiares (72%). Em seguida, apareceram amigos, vizinhos ou professores (21%) e, em menor escala (7%) os agressores foram pessoas desconhecidas.

Apesar da alta incidência destes abusos no distrito de Mazán, localizado no noroeste da Amazônia peruana e que tem apenas 13 mil habitantes, 97% das mulheres afirmaram que permanecem em silêncio e não denunciam, pois não encontram ajuda nem amparo legal. Para o pesquisador responsável pelo estudo, Jaris Mujica, a violência sexual na região é recorrente e de alto impacto, e "aparece em uma cadeia, uma linha histórica”.

De acordo com a pesquisa, a região da Amazônia peruana, onde a presença do Estado é quase nula, é o local onde mais ocorrem estes abusos e apresenta alto índice de gravidez na adolescência.

Situação semelhante acontece na Cidade Juárez, no México, onde a violência sexual aumentou 80% nos últimos dez anos, assim como a violência praticada por pessoas da mesma família contra mulheres de 15 a 24 anos de idade. Para a dirigente da organização Casa Amiga no México, Esther Chávez Cano, "a violação é um ato de poder, não é uma resposta hormonal instintiva".

Para José Rouillon Delgado, coordenador do Foro-Rede Paulo Freire Latino-americano no Peru, a situação de pobreza e o baixo nível de educação são fatores que contribuem para os altos índices de violações e abusos sexuais. Para ele, a incidência deste crime também está ligada à educação religiosa conservadora, mas em seu entender, a repressão e o aumento de penas ou castigos não são as formas corretas para solucionar o problema. "A educação de qualidade sim é o caminho! Todos somos chamados para uma educação popular libertadora, pública, de qualidade, gratuita, científica, laica”, ressalta.

No início deste mês, o Observatório de Criminalidade do Ministério Público do Peru revelou que 95% das vítimas de violências sexuais são mulheres, sendo que deste total, 76% são meninas menores de idade. Devido a esta realidade alarmante no Peru é que está sendo realizada a campanha nacional "Mulher que se escute tua voz: Um homem não viola", que incentiva as autoridades a debater a aplicação de medidas para prevenir a violação sexual e para que as vítimas usufruam de processos adequados, justos e oportunos, com reparação dos danos sofridos.

Fonte: Adital via Vermelho

MEC quer levar professores a escolas onde faltam docentes

O Ministério da Educação (MEC) quer levar professores a escolas onde faltam docentes em ação semelhante ao Mais Médicos. O Mais Professores faz parte do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, apresentado ontem, quarta-feira (21) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na Câmara dos Deputados. A criação do programa já havia sido comentada antes pelo ministro, mas é a primeira vez que é apresentado em detalhes.


Segundo Mercadante, o compromisso ainda está em fase de desenvolvimento e depende do Orçamento disponível. Entre as ações do programa, está a proposta de levar professores a escolas de municípios com índices de desenvolvimento humano baixos ou muito baixos e que tenham um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - índice calculado a partir do fluxo escolar e o desempenhos dos estudantes em avaliações nacionais.

A intenção é que, mediante o pagamento de uma bolsa, professores se disponham a reforçar o quadro dessas escolas. Para as escolas com baixo rendimento, a pasta quer atrair bons professores para melhorar o ambiente acadêmico. Caso não haja professores disponíveis na rede, o MEC cogita a participação de professores aposentados que queiram voltar às salas de aula.

Segundo Mercadante, as áreas com as maiores carências de professores são matemática, física, química e inglês. O ministro diz que as disciplinas representam cerca de 3% das matrículas de ensino superior, índice que tem se mantido constante. O Mais Professores, esclarece o ministro, ainda é uma proposta em aberto.

Além de atrair professores para áreas carentes, o compromisso propõe o aperfeiçoamento da formação continuada dos docentes, com o desenvolvimento de material didático específico e a criação da Universidade do Professor, uma rede que vai concentrar todas as iniciativas voltadas para a formação docente. Pretende-se que em um mesmo portal o professor possa acessar todos os cursos e programas disponíveis.

O compromisso prevê também um redesenho curricular do ensino médio, para que as disciplinas ensinadas tenham uma maior integração entre si. Para que o ensino seja melhorado, a pasta aposta na educação integral. Para 2013, segundo o ministro, está prevista a adesão de 5 mil escolas no ensino de dois turnos. No ano que vem, serão 10 mil centros de ensino.

Faz parte do compromisso a ação Quero ser Professor, Quero ser Cientista, com a oferta de 100 mil bolsas de estudo para jovens que queiram ingressar na área de exatas. Além disso, o ministério desenvolveu, em conjunto com pesquisadores, um kit para estimular o interesse pelas ciências. "Vamos distribuir os kits de ciências para alunos de toda a rede. Ele vai poder manipular, usar. É inspirado em alguns brinquedos, mas mais sofisticado e barato", explicou Mercadante.

Mercadante diz que o ensino médio é uma fase que precisa de atenção. "Andamos muito nos anos iniciais [do ensino fundamental], melhoramos nos anos finais e simplesmente atingimos a meta [do Ideb] no ensino médio. O que é pouco. Ainda precisamos de um salto de qualidade", disse.

Em 2012, 8.376.852 alunos estavam matriculados regularmente e 1.345.864 cursavam o ensino médio pelo Educação de Jovens e Adultos (EJA), de acordo com o Censo Escolar. A maioria das matrículas do ensino médio está na rede estadual de ensino (84,9%). As escolas privadas ficam com 12,7% das matrículas, as escolas federais com 1,5% e as municipais com 0,9%.

A defasagem idade-série ainda é alta, segundo o MEC, em 2012, dos estudantes matriculados no período, 31,1% têm idade acima do esperado para a série que cursam.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Brasil vai receber 4 mil médicos cubanos para atender 700 cidades

O Brasil vai receber 4.000 médicos cubanos nos próximos meses, 400 deles imediatamente, dentro do programa federal Mais Médicos. Segundo informou o Ministério da Saúde ontem, quarta-feira (21), eles serão direcionados para 701 cidades que não foram escolhidas por nenhum profissional na primeira etapa do programa, 84% delas no Norte e no Nordeste do país.


O programa Mais Médicos foi lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff. Um de seus focos é ampliar a presença de médicos, brasileiros ou estrangeiros, no interior do país e nas periferias das grandes cidades.

Este mês, após a constatação de que o primeiro mês de seleção do programa supriu menos de 15% da demanda por médicos, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou que o país faria acordos internacionais para alavancar as inscrições no programa.

Ele citou um potencial acordo com Cuba. No início do ano, o governo cubano ofereceu 6.000 profissionais ao Brasil, oferta que gerou polêmica e foi suspensa pelo governo brasileiro.

O acordo com Cuba é o primeiro a ser fechado pelo ministério. Será intermediado pela OPAS (braço da Organização Mundial da Saúde para as Américas), modalidade de acordo nova para os cubanos, que têm parcerias para o envio de médicos com outros países.

A entrada massiva de médicos estrangeiros é rejeitada pelas entidades médicas, que criticam o fato de o governo brasileiro dispensar os médicos formados no exterior da revalidação de seus diplomas.

Mais médicos

Na primeira rodada de inscrições, o Mais Médicos teve inscrições de 18.450 profissionais, sendo que 1.920 deles atuam no exterior (sejam brasileiros ou estrangeiros).

Desses somente 1.816 finalizaram o processo de seleção, sendo designados para 579 cidades --isso cobre somente 11,8% da demanda por 15.460 médicos feita pelos prefeitos e 16,5% das cidades inscritas no programa.

O número, porém, ainda é preliminar. Dos 522 médicos selecionados com atuação no exterior, pelo menos 63 já foram desclassificados por problemas com a documentação.

Os médicos formados no exterior selecionados na primeira etapa começam a chegar ao Brasil nesta sexta-feira (23). Uma segunda rodada de inscrições já teve início. A proposta é que as seleções sejam mensais.

Fonte: Folha de S.Paulo via Vermelho

PL 4330 ataca direitos dos trabalhadores

Por José Antonio dos Santos*
A ideia da terceirização surgiu na Segunda Guerra Mundial, quando as empresas produtoras de armas estavam sobrecarregadas com a demanda, verificaram que poderiam delegar serviços a terceiros que seriam contratados para dar suporte ao aumento da produção.

No Brasil, a terceirização foi introduzida por empresas multinacionais aproximadamente na década de 1950.  As empresas de limpeza também são consideradas pioneiras, pois atuam no mercado brasileiro desde 1967. Com o advento dos Decretos Leis nº 1.212 e 1216 de 1966, os bancos passaram a utilizar os serviços de segurança bancária prestados por empresas particulares.

Com a predominação da globalização e do capitalismo avançado, têm surgido novas formas de relacionamento entre o capital e o trabalho. Nesse sentido, apresenta-se a terceirização como um fenômeno de influências negativas diretas e indiretas para os trabalhadores, sobretudo nas formas de contratação, salários, benefícios, saúde e segurança no trabalho, além das dificuldades de se organizarem.

A terceirização impede a geração de mais vagas de trabalho; impõe salários mais baixos (em média 27% menor); aumenta o número de acidentes e mortes; jornada maior de trabalho; aumenta a rotatividade; impede a criação de empregos, além da falta de representação sindical.

Para completar o cenário ruim para os trabalhadores a Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara Federal aprovou no dia 09 de junho de 2011, Projeto de Lei 4330/04, de autoria do deputado/empresário Sandro Mabel (PR-GO), que regulamenta a terceirização no Brasil, representando um ataque direto à legislação trabalhista e aos trabalhadores. Na prática, este projeto nefasto propõe a desregulamentação das relações formais de trabalho, negando a CLT e toda a legislação trabalhista.

Ele representa praticamente o fim das categorias formais reguladas por acordos e convenções coletivas negociadas pelos sindicatos, jogando por terra toda a história de luta dos trabalhadores. É um ataque à própria Constituição Federal, que assegura o valor social do trabalho como base estruturante da sociedade brasileira.

O projeto prevê a autorização da terceirização em empresas privadas e públicas, estabelece responsabilidade subsidiária, permite trabalhador contratado como PJ, diferencia trabalhadores, autoriza subcontratação em vários níveis além de desconsiderar CLT.

Esse projeto, que tem como relator o deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), está pautada para votação no dia 14 de agosto de 2013 e já recebeu parecer favorável para aprovação, o que se aprovado trará prejuízos imensuráveis para todos trabalhadores.

O movimento sindical através das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, UGT e a Nova Central, divulgaram carta aberta à sociedade contra o substitutivo ao PL 4330/04, denunciando os malefícios que o projeto representa para os trabalhadores, envidando esforços no sentido de barrar a sua aprovação.

A Conferencia Nacional dos Bancários deliberou por uma campanha intensa nas ruas e atuação no Congresso Nacional para derrotar o projeto nefasto que visa subtrair direitos conquistados através de muitas lutas e embates travados ao longo dos anos em busca de uma sociedade mais justa e igualitária, reafirmando um dos princípios básicos da Constituição que é a dignidade da pessoa humana.

oc Jose Antonio feeb
*José Antonio dos Santos é diretor da Federação dos Bancarios da BA/SE e funcionário do Santander.

Itabuna terá melhoria da iluminação na saída para Ilhéus e na Avenida Itajuípe

Em atendimento de uma reivindicação feita pelo prefeito Claudevane Leite, com a intermediação da deputada Ângela Souza, o secretário de Infraestrutura e vice-governador do estado, Otto Alencar, autorizou a liberação de recursos para a execução do projeto de melhoria da iluminação urbana de Itabuna, orçado em R$ 603.774,34, sendo que desse total, o Governo do Estado da Bahia investirá R$ R$ 557.742,74 e a Coelba entrará com R$ 43.031,60.

De acordo com a Carta de Autorização de Obra nº 170/2013, os serviços contemplarão a iluminação de toda a Avenida Itajuípe e também a entrada da cidade na BR-415, no sentido Ilhéus. Somente na Avenida Itajuípe serão colocados 17 novos postes e 84 luminárias. Já na entrada da cidade, na BR-415, serão implantados 49 postes e 170 luminárias. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, o próximo passo será a assinatura do contrato com a Coelba e o agendamento imediato do início dos serviços, tendo em vista a necessidade da nova iluminação nesses pontos estratégicos de Itabuna.


O prefeito Claudevane Leite reafirmou a importância das parcerias e destacou que os novos serviços de iluminação vão garantir não somente mais segurança para os itabunenses, mas também darão um novo visual, principalmente nesses pontos da entrada e saída da cidade. A iluminação, segundo o prefeito, faz parte de solicitações feita em audiências com o governador Jaques Wagner e com o secretário Otto Alencar, junto com a deputada Ângela Sousa, quando o prefeito tratou da necessidade desses serviços e da dificuldade financeiras do Município para viabilizar essa obra. A carta de autorização dos serviços e a confirmação do secretário Otto Alencar são, conforme o prefeito, a garantia de que a iluminação nesses pontos de Itabuna vão se tornar realidade.

Fonte e foto: ASCOM/Prefeitura

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Oposição: O desfile golpista

por André Barrocal - da Carta Capital 

Bolsonaro. O problema é que parte dos
 organizadores da manifestação anda
 com problemas na Justiça e no MP
Quem são os organizadores de um protesto contra Dilma Rousseff no Dia da Independência

Os manifestações de junho começaram com a defesa do transporte público gratuito e de qualidade por militantes do Movimento Passe Livre (MPL), mas depois tomaram rumos novos e uma proporção inesperada. Aglutinados pelas redes sociais da internet, milhares de jovens foram às ruas contra “tudo isso que está aí”, sobretudo os partidos políticos. Nas mesmas redes sociais há quem tente articular outra explosão de protestos, agora no Dia da Independência. Não se sabe se o plano vai funcionar, mas uma coisa é certa: ao contrário dos acontecimentos de junho, o movimento nada tem de apartidário.
O alvo da “Operação Sete de Setembro” é a presidenta Dilma Rousseff. O caráter político-ideológico da “operação” fica claro quando se identificam alguns de seus fomentadores pela internet. Entre os mais ativos consta uma ONG simpatizante de uma conhecida família de extrema-direita do Rio de Janeiro, os Bolsonaro. E um personagem ligado ao presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB paranaenses, Valdir Rossoni. É uma patota e tanto. Envolvidos em algumas denúncias de corrupção, não surpreenderia se eles mesmos virassem alvo de protestos.
A ONG em questão é a Brazil No Corrupt – Mãos Limpas, sediada no Rio. Seus principais integrantes são dois bacharéis em Direito, Ricardo Pinto da Fonseca e seu filho, Fábio Pinto da Fonseca. Há cinco anos eles brigam nos tribunais contra a Ordem dos Advogados do Brasil na tentativa de acabar com a exigência de uma prova para obter o registro de advogado. Os dois foram reprovados no exame da OAB. Em sua página na internet e no Twitter, a ONG promove a “Operação Sete de Setembro” e a campanha Eu não voto em Dilma: Eleição 2014, Brasil sem PT.
Um dos principais parceiros da entidade nas redes sociais é o deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro, do PP. Pelo Twitter, ele compartilha informações, opiniões e iniciativas da ONG. A dobradinha extrapola o mundo ­virtual. Bolsonaro comanda na Assembleia do Rio uma frente para acabar com a prova da OAB. Em Brasília, a ONG conseguiu um neoaliado, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que encampou a ideia de extinguir o exame.
Filho do deputado federal Jair Bolsonaro, Flávio tem as mesmas posições do pai, célebre representante da extrema-direita nacional. Os Bolsonaro são contra o casamento gay, as cotas raciais nas universidades e os índios. Defendem a pena de morte e a tortura. Chamam Dilma de “terrorista” por ter ela enfrentado a ditadura da qual eles sentem saudade. “Naquele tempo havia segurança, havia saúde, educação de qualidade, havia respeito. Hoje em dia, a pessoa só tem o direito de quê? De votar. E ainda vota mal”, declarou o Bolsonaro mais jovem não faz muito tempo.
A ONG adota posturas parecidas com aquela dos parlamentares. Em sua página na internet, um vídeo batiza de “comissão da veadagem” alguns dos críticos da indicação do pastor Marco Feliciano para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Divulga ainda um vídeo de ­teor racista contra nordestinos, no qual o potencial candidato do PT ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias, nascido na Paraíba, é chamado de... “paraibano”.
A agressividade no trato com os semelhantes custou aos Fonseca uma denúncia à Justiça elaborada pelo Ministério Público Federal no ano passado. Pai e filho foram acusados de caluniar o juiz federal Fabio Tenenblat. Em 2009 e 2010, ambos entraram na Justiça com ­duas ações populares contra o exame da OAB e o então presidente da entidade no Rio, Wadih Damous. A segunda ação parou nas mãos de Tenenblat, que a arquivou em julho de 2011. Na sentença, o juiz acusa os autores de “litigância de má-fé”, pelo fato de manterem outra ação semelhante. “O dolo, a deslealdade processual e a tentativa de ludibriar o Poder Judiciário são evidentes”, anotou.
Na apelação levada ao juiz para tentar reabrir o caso, os Fonseca e seu advogado, José Felicio Gonçalves e Souza, acusaram Tenenblat de favorecer a OAB “por tráfico de influência ou por desconhecimento”, o que “demonstra claramente sua parcialidade e má-fé como magistrado”. Em maio de 2012, os três foram denunciados pela procuradora Ana Paula Ribeiro Rodrigues por crime contra a honra. Em novembro, um acordo suspendeu o processo por dois anos. Os acusados foram obrigados a se retratar publicamente, a se apresentar à Justiça de tempos em tempos e a pedir autorização sempre que pretenderem deixar o Rio por mais de 30 dias. Também levaram uma multa. Se descumprirem o acordo, o processo será retomado.
Ari Cristiano Nogueira, outro ativo incentivador nas redes sociais da “Operação Sete de Setembro”, também está na mira do Ministério Público. Morador de Curitiba, é investigado por promotores estaduais por supostamente ser funcionário fantasma do gabinete do deputado Rossoni.
Nogueira é um ativo militante na internet sob o pseudônimo Ary Kara. Por meio do Twitter, foi o primeiro a circular, em meados de julho, a notícia de que Dilma teria recebido na eleição de 2010 uma doação de 510 reais de uma ex-beneficiária do Bolsa Família, chamado por ele de “bolsa preguiça”. Dias depois, a doação, registrada na prestação de contas de Dilma entregue à Justiça eleitoral, virou notícia nos meios de comunicação. O Ministério do Desenvolvimento Social acionou a doa­dora, Sebastiana da Mata, para saber se a contribuição era dela mesmo. Ela negou.
Por Twitter e Facebook Nogueira é um dos difusores da convocação para o “maior protesto da história do Brasil”, em 7 de setembro. Sua página no Twitter é ilustrada com o dizer “Partido Anti Petralha”, forma depreciativa de se referir aos militantes petistas bastante difundida na rede de computadores. No Orkut, define-se como “conservador de direita” e manifesta preferência pelo PSDB. Até junho de 2012, era assessor do presidente do partido no Paraná, como contratado na Assembleia. Deixou o gabinete para trabalhar na campanha à reeleição do então prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, que concluía o mandato herdado em 2010 do atual governador do Paraná, o tucano Beto Richa.
Em 2010, uma série de denúncias levou o MP estadual a abrir um inquérito para apurar uma lista com mais de mil supostos funcionários fantasmas na Assembleia. Nogueira a integrava. Desde então, alguns suspeitos foram denunciados e julgados. O caso de “Ary Kara” segue em aberto. O promotor Rodrigo Chemim aguarda uma autorização judicial para quebrar o sigilo bancário do investigado. Espera ainda por respostas de empresas de segurança onde Nogueira teria trabalhado, enquanto deveria dar expediente no Parlamento estadual.

Rossoni, antigo patrão de Nogueira, foi investigado pelo Ministério Público por uso de caixa 2 na eleição de 2010, pois parte dos gastos de sua campanha não estava comprovada. Ao julgar o caso em agosto do ano seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral reconheceu a existência de despesas de pagamento sem a devida comprovação, mas os valores foram considerados baixos e o deputado acabou absolvido por 4 votos a 2.
Reeleito à presidência da Assembleia, o tucano foi recentemente acusado de receber benefícios de empresas donas de contratos de rodovias privatizadas no Paraná. Durante mais de dois anos, o parlamentar conseguiu barrar a criação de uma CPI do Pedágio no estado. Perdeu, porém, a guerra. A comissão parlamentar de inquérito foi instalada no mês passado. 

Governo da Síria rechaça acusação da oposição de ataque químico

Um grupo de peritos enviado pela Organização das Nações Unidas está na Síria para investigar as denúncias feitas sobre o uso de armas químicas, e o Ministério da Informação do país reagiu às notícias classificando-as como “falsas”. Segundo fontes da oposição síria, há centenas de vítimas fatais de um ataque lançado com armas químicas na zona de Ghouta, nas imediações da capital, Damasco, nesta quarta-feira (21), mas as denúncias têm sido questionadas.


Al-Jazeera
Síria - al-Jazeera
Imagem da emissão de Al-Jazira. As vítimas do alegado ataque com armas químicas são atendidas por comitês locais, e o governo do presidente Bashar al-Assad, através do Ministério da Informação, já rechaçou as denúncias de uso de armas químicas.
Ainda não foram confirmadas as declarações da oposição síria, mas há suspeitas de que grupos com objetivos políticos tenham cometido alguns crimes nas proximidades de Damasco, de acordo com uma emissora britânica no idioma árabe, Sky News Arabia.

De acordo com a oposição, em várias regiões da capital síria, em especial na zona de Ghouta, foram realizados vários ataques aéreos com gases tóxicos, o que o governo sírio, através do Ministério de Informação, negou veementemente. 

De acordo com a iraniana HispanTV, a oposição já citou o número de 1.188 mortos, enquanto agências de notícias como a EFE e a emissora britânica BBC, assim como a árabe Al-Jazira, situam o número de vítimas fatais em cerca de 700 pessoas, e citam a própria “oposição” como fonte.

A fonte citada pela EFE, por exemplo, é a Coalizão Nacional das Forças da Revolução e da Oposição Síria (CNFROS), que é sediada no exterior e exige a demissão do governo do presidente Bashar al-Assad. A coalizão, apoiada pelo Ocidente, recusa-se a participar das conferências internacionais de diálogo político propostas pela Rússia e pela ONU enquanto não tiver a sua exigência atendida.

As vítimas apresentam hemorragia interna e insuficiência respiratória, ou problemas pulmonares, de acordo com a oposição citada pela HispanTV. 

Embora a oposição acuse o Exército pelos ataques, as forças oficiais do governo fazem a acusação contrária em outros incidentes registrados, e acusam grupos armados e financiados desde o exterior de lançar mísseis com produtos químicos em regiões como Jan Al-Asal, na cidade Alepo, no noroeste, onde morreram quase 30 pessoas em março.

Em maio, uma equipe de peritos enviada à Síria confirmou o uso de gás sarin pelos grupos armados que atuam no interior do país, e disse não ter evidências do mesmo uso por parte das forças oficiais, seja contra civis ou contra os rebeldes, muitos dos quais são mercenários ou combatentes islamitas de países vizinhos.

De acordo com a agência de notícias síria, Sana, as fontes e as emissoras que transmitiram as notícias “estão envolvidas no derramamento de sangue dos sírios e apoiam o terrorismo”, e as denúncias são “completamente infundadas”. Entretanto, as emissoras e agências citadas ainda não confirmaram o alegado uso de armas químicas.

“O objetivo por trás das emissões de tais reportagens e notícias é desviar a atenção da comissão da ONU de investigação sobre armas químicas da sua missão”, escreve a agência, citando uma “fonte da mídia”, em declarações nesta quarta.

O chefe da equipe de inspetores da ONU na Síria, o cientista sueco Ake Sellstrom. disse, nesta quarta, que tinha apenas visto gravações transmitidas pela televisão, mas que o alto número de vítimas “soa suspeito”. Ainda assim, afirmou ser necessária a investigação das denúncias sobre o uso de armas químicas.

O líder da Liga Árabe (da qual a Síria foi suspensa arbitrariamente em 2011), Nabil al-Arabi instou os investigadores, em declaração, a “irem imediatamente para o leste, a Ghouta, para ver a realidade da situação e investigar as circunstâncias deste crime”. A Liga cedeu o assento sírio à CNFROS em uma das suas últimas cúpulas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos havia afirmado que um ataque nas proximidades da capital síria matara ao menos 100 pessoas, mas não mencionou o uso de armas químicas. 

Com agências - Da Redação do Vermelho