sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Debate sobre a luta pelo socialismo encerra Seminário Internacional do CES

A quarta e última mesa de debates do Seminário “Panorama da Conjuntura Internacional”, organizado pelo Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES), teve como tema, na tarde de ontem, quinta-feira (21), a luta pelo socialismo neste início de século.
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Coube a Joílson Cardoso, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, o papel de mediador da mesa. Em sua introdução, o dirigente destacou que o socialismo é um sonho possível e uma proposta das mais generosas para os povos de todo o mundo. Em contraposição, disse que o capitalismo é fadado à falência, um sistema sem solução para os problemas da humanidade. “Temos que destacar a atualidade das propostas socialistas. Pior do que não combater a atual crise capitalista é não defender as propostas socialistas”, afirmou.
O primeiro dos palestrantes foi o companheiro Katu Arkonada, representante da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade, convidado a expor de que maneira a Bolívia tem lutado para colocar em prática algo que ele chamou de “socialismo comunitário”. Arkonada lembrou que a nacionalização dos recursos naturais do país foi fundamental para dar início a esse processo transformador, resultando em uma drástica redução da miséria e na triplicação dos recursos investidos pelo governo de Evo Morales. “Temos que ter consciência de que o atual processo na Bolívia depende de diferentes forças políticas. E, nesse sentido, é fundamental a articulação com o movimento sindical”, sustentou.
Decadência do capitalismo
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, afirmou durante sua palestra que a atual crise do capitalismo acelera o processo de transição rumo a um cenário geopolítico multipolarizado, em contraponto à hegemonia exercida pelos Estados Unidos nas últimas décadas. Diante desse cenário, o dirigente disse que existem necessidades políticas, teóricas e ideológicas para aqueles que lutam pelo socialismo, no sentido de valorizar os modelos existentes na atualidade, em nações como Cuba, China, Coreia Popular, Vietnã e Laos. “Cada um desses países tem suas particularidades. Temos que respeitá-las e tentar compreendê-las”, afirmou.

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Por fim, Ernesto Freire, dirigente da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), e Fred Franco, dirigente da Frente Nacional dos Trabalhadores da Nicarágua, expuseram de que maneira suas respectivas nações seguem construindo seu modelo de socialismo. Freire destacou que “não há socialismo sem ampla participação das massas” e que sem a solidariedade internacional “Cuba não conseguiria apresentar ao mundo tantos   resultados positivos”. Franco optou por defender a ideia de que o socialismo exige a construção de “uma nova política, uma nova economia e uma nova cultura”, para em seguida complementar: “Não há um modelo único de socialismo. O que há são experiências históricas desde 1917”, completou, referindo-se à Revolução Russa.
Fernando Damasceno – Portal CTB

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