terça-feira, 28 de abril de 2015

Juliane Furno: O projeto da terceirização e o trabalho das mulheres

 O projeto da terceirização e o trabalho das mulheres

 O projeto da terceirização e o trabalho das mulheres

O dia 8 de abril deve entrar para a história brasileira como um marco na legislação sobre trabalho. Foi aprovado – no Congresso Nacional mais conservador do período democrático – o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a prática da terceirização do trabalho tanto para as atividades meio (como limpeza e segurança) como para as atividades fins (que compreendem a finalidade dos servidos prestados pelas empresas).

Por Juliane Furno*, na Carta Maior


Esse PL já tramita nas esferas federais há cerca de 11 anos, e sua aprovação vinha sendo postergada pela ação contínua de resistência por parte da classe trabalhadora, em especial pelas suas entidades de representação sindical.


Se a constituição cidadã de 1988 foi um “ponto fora da curva” em um momento histórico de recessão econômica e de aposta das promessas de “salvação” de corte liberal, o mesmo se pode dizer quanto à aprovação de um dos principais projetos de precarização e rebaixamento da força de trabalho, em um período histórico de avanços trabalhistas, representado pelo baixo índice de desemprego e pela constante valorização real do salário mínimo.

Esse parece ter sido mais um dos indícios de que o ano de 2015 pode marcar nova inflexão na correlação de forças no cenário nacional. Ajuste fiscal, aprovação do PL 4330 e as perspectivas de que avançará a proposta de redução da maioridade penal demonstram a ofensiva dos setores da direita e conservadores e a abertura para o seu florescimento em meio a um governo de coalização. Os setores mais à direita do governo têm se fortalecido em meio à falta de unidade e proposição da esquerda.

A regulamentação da terceirização, sob o argumento de maior produtividade do trabalho e competitividade da indústria nacional, esconde sua verdadeira face. O que está por trás desse projeto é a retomada das taxas de lucro dos grandes empreendimentos mediante o estrangulamento do fator trabalho.

Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese (2014), os trabalhadores que são terceirizados recebem uma média de 24,7% a menos que os funcionários contratados diretamente pela empresa fim.

Visto que as mulheres ganham em geral somente 80% do salário dos homens, isso significa que seus rendimentos seriam ainda menores! Além disso, as mulheres já são a maioria entre os trabalhadores terceirizados, por um agravante histórico da construção do patriarcado, o qual relega as mulheres – de forma naturalizada – uma posição subalterna no mercado e as reserva às posições com piores rendimentos e mais desvalorizadas socialmente.

Com a aprovação do PL 4330, a prática da terceirização passa a ser legitimada e incentivada, e as mulheres são a categoria mais atingida por essas formas de contratação, em especial as mulheres negras.

Além disso, há uma institucionalização no imaginário social coletivo de que as mulheres devem desempenhar os trabalhos domésticos e de cuidado, segundo uma lógica de divisão sexual do trabalho. Essa situação já cria uma dupla jornada de trabalho para as mulheres, que têm seus empregos no mercado e suas obrigações nas tarefas de reprodução.

Como, em geral, os trabalhadores terceirizados trabalham em média 4h diárias a mais que os contratados diretos, e pressupondo que as mulheres são a maioria das terceirizadas, isso representa mais uma adição na quantidade de horas de trabalho que as mulheres desempenham, contabilizando as remuneradas e as não remuneradas.

Outro aspecto importante é quanto à segurança do trabalho. No uso da terceirização, o trabalhador fica desprotegido do ponto de vista da responsabilização por acidente de trabalho, uma vez que a empresa não se responsabiliza pela sua contratação. Entre os estudos recentes, muitos apontam os trabalhadores terceirizados como as principais vítimas de acidentes de trabalho, vários deles fatais.

Para finalizar, a institucionalização da prática da terceirização fere as conquistas históricas da classe trabalhadora, uma vez que atingem seu principal legado que são os direitos adquiridos.

O trabalhador terceirizado não raras vezes é contratado de forma a burlar a legislação trabalhista, mediante contratos temporários e contratos de pessoa jurídica (PJ), que passam à margem do conjunto de direitos trabalhistas conquistados pelo movimento sindical organizado. Para as mulheres, isso representa mais precarização e maior flexibilização do trabalho. O que já é uma realidade para a maioria pode se tornar uma totalidade.

A prática da terceirização ainda contribuiu para romper os poucos laços de solidariedade que existem no interior da classe trabalhadora, na medida em que fragiliza e desunifica a representação sindical e cria uma lógica de acirramento da concorrência.

*Graduada em Ciências Sociais pela UFRGS, mestranda em Desenvolvimento Econômico na Unicamp e militante do Plebiscito Constituinte.


Fonte: Vermelho

Mais Médicos promove melhoria na assistência, aponta pesquisa

Este ano, programa chegará a um total de 18.247 médicos em mais de 4 mil municípios, 72% de todas as cidades do Brasil

GIOVANNI SÁ / FAROL DE NOTÍCIAS / PE
Este ano, programa chegará a um total de 18.247 médicos em mais de 4 mil municípios,
72% de todas as cidades do Brasil

Pesquisa do Ministério da Saúde realizada com 14 mil pessoas mostra que a qualidade da assistência à população melhorou com a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Para os entrevistados, aumentou o número de consultas, o acompanhamento e a resolução do seu problema de saúde após o atendimento do médico.


Os dados foram apresentados pela primeira vez na Convenção Internacional de Saúde Pública – Cuba Salud 2015, que reuniu nas duas últimas semanas deste mês, experiências de diferentes países para a promoção do acesso universal à saúde.


Este ano, o Programa Mais Médicos chegará a um total de 18.247 médicos em mais de 4 mil municípios, 72% de todas as cidades do País, ampliando a assistência em atenção básica para 63 milhões de brasileiros.

As entrevistas para o estudo foram realizadas entre novembro e dezembro de 2014 em 699 municípios atendidos pela iniciativa por meio de parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Ipespe.

“Antes, não tínhamos a possibilidade de garantir a cerca de 63 milhões de brasileiros o acesso à atenção primária na saúde. Por meio do Programa, conseguimos levar profissionais onde vivem as pessoas com maior vulnerabilidade, nas periferias das grandes cidades brasileiras, nos quilombolas, assentamentos rurais, aldeias indígenas, na floresta amazônica”, disse o ministro Arthur Chioro.

Levantamento

Do total de entrevistados, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Um índice alto de usuários (87%) apontou que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde.

Nas perguntas em que o entrevistado respondeu de forma espontânea sobre as melhorias que o Programa trouxe nos serviços de saúde, 41% dos entrevistados citaram o aumento do número de consultas, 35% disseram que os médicos estão mais atenciosos e 8% destacaram que o tempo das consultas é maior.

Já sobre os pontos positivos promovidos pelo Programa, 60% destacou a presença constante do médico e o cumprimento da carga horária e 46% disseram que o acesso às consultas melhorou. Entre os desafios do atendimento nos municípios, 63% destacaram a falta de especialistas e 45% falaram da demora para conseguir exames.

“A pesquisa demonstra que quanto mais tempo o médico permanece nos municípios, maior é o percentual de pessoas que estavam muito satisfeitos com o Programa. A tendência de avaliação do Mais Médicos é de melhoria”, destacou o o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Hêider Pinto, que é responsável pela iniciativa.

“A pesquisa reforça o sucesso do Programa para a população, os gestores e os próprios médicos que dele participam. Esses três grupos estabeleceram notas médicas de 9,0, 8,7 e 9,1, respectivamente. É uma avaliação muito positiva, que corresponde a alta adesão de municípios, mais de 70% das cidades de todo o País hoje participam da iniciativa, e o porquê de os médicos brasileiros agora ocuparem 90% das vagas”, completou.

Programa

O Mais Médicos conta com a atuação de médicos brasileiros e estrangeiros, que se inscreveram no edital da iniciativa, e de médicos cubanos, cuja participação foi viabilizada por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). São mais de 11 mil médicos que estão atuando por meio deste acordo.

Na expansão realizada este ano por meio de novo edital, em que foram disponibilizadas mais 4.146 vagas para médicos, 92% delas foram preenchidas por médicos brasileiros, a maior adesão desses profissionais desde o início do Programa.

Além do provimento emergencial de médicos, o Mais Médicos também prevê investimento na infraestrutura e formação profissional. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil UBS e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de 943 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Em relação à expansão e reestruturação da formação médica estão previstas a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS.

Cooperação internacional


Durante o Cuba Salud, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou outras cooperações realizadas pelo governo brasileiro na área da saúde.

Atualmente, o País já realizou 108 projetos de cooperação, sendo que 44 em execução e 10 em negociação. Do total de projetos, 42% estão localizados na América do Sul. Entre as ações, além do Mais Médicos, destacam-se projetos na área de saúde bucal, implantação de bancos de leite, além de pesquisa e desenvolvimento.

Fonte: Ministério da Saúde via Vermelho

Brasil criou trabalho decente para as mulheres, diz ONU

Brasil criou trabalho decente para as mulheres, diz ONUO Brasil é um dos países em destaque no relatório Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos, divulgado nesta segunda-feira (27) pela ONU Mulheres, pelo papel na geração de trabalho decente.


CUT
Brasil criou trabalho decente para as mulheres, diz ONU
O estudo mostra que de 2001 a 2009 a taxa de participação da mulher na população ativa subiu de 54% para 58% no país. Além disso foi ampliada a cobertura de proteção social com empregos com carteira de trabalho. A proporção das mulheres com carteira assinada aumentou de 30% para 35%.

“A duplicação do salário mínimo nos anos 2000 também teve importantes efeitos sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres. Entre 1995 e 2007, tal disparidade caiu de 38% para 29%”, diz o texto.

Segundo a pesquisa, entre 2001 e 2009, foram criados 17 milhões de novos postos de trabalho no país, dos quais mais de 10 milhões com carteira assinada. Para a ONU, o sucesso brasileiro na criação de empregos é resultado de um conjunto de políticas econômicas e sociais que geraram um crescimento inclusivo.

“O aumento real do salário mínimo tem ajudado a reduzir a pobreza e explica a queda de 66% na diminuição da desigualdade no período entre 2000 e 2008. As políticas de proteção social também tiveram importantes efeitos: outros 16% da queda da desigualdade se deveu ao aumento das pensões e 12% ao Programa Bolsa Família”, informa o relatório.


Fonte: Agência Brasil via Vermelho

OIT: 56% dos habitantes de zonas rurais não têm acesso à saúde básica

O estudo da OIT constata que sempre que o acesso à atenção médica está garantido pela lei, as pessoas nas zonas rurais são excluídas da atenção médica porque a legislação não se aplica onde eles vivem
Reprodução
O estudo da OIT constata que sempre que o acesso à atenção médica está garantido pela lei,
as pessoas nas zonas rurais são excluídas da atenção médica porque a legislação
não se aplica onde eles vivem

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que 56% das pessoas que vivem em zonas rurais em todo o mundo não têm acesso a serviços essenciais de saúde – mais que o dobro do registro nas zonas urbanas, onde 22% dos habitantes não têm cobertura. O relatório, que abrange 174 países, revela as grandes disparidades de acesso, sobretudo nos países em desenvolvimento.


Segundo a OIT, é na África que se encontra o número mais elevado: 83%. Os países mais afetados são também os que têm maior índice de pobreza. As maiores disparidades entre as áreas rurais e urbanas, contudo, são observadas na Ásia. Por exemplo, na Indonésia, a porcentagem de pessoas não cobertas é duas vezes mais elevada no campo do que nas cidades.

 
"Décadas de falta de investimento na área interromperam os esforços para desenvolver sistemas nacionais de saúde, o que resultou no abandono da saúde nas zonas rurais. Isso tem um custo humano enorme. A saúde é um direito humano e deveria ser garantida a todos os habitantes de um país", declarou a diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Isabel Ortiz.

O estudo da OIT constata que sempre que o acesso à atenção médica está garantido pela lei, as pessoas nas zonas rurais são excluídas da atenção médica porque a legislação não se aplica onde eles vivem.

Mostra ainda que a situação se agrava pela falta de profissionais de saúde nas zonas rurais em todo o mundo e que, ainda que metade da população mundial viva nestas zonas, somente 23% da força de trabalho sanitária do mundo se destina a elas. A OIT estima que dos 10,3 milhões de trabalhadores de saúde que faltam em todo o mundo, 7 milhões deveriam ser designados para as zonas rurais.

África e América Latina são as duas regiões onde o problema é mais grave. Na Nigéria, por exemplo, mais de 82% da população rural está excluída dos serviços sanitários por conta do número insuficiente de trabalhadores da saúde, frente a 37% nas zonas urbanas.

A insuficiência de recursos está extremamente vinculada à falta de acesso aos serviços. O estudo da OIT mostra que a falta de recursos econômicos é quase duas vezes mais alta nas zonas rurais do que nas urbanas. Os déficits maiores se encontram na África. No entanto, enormes desigualdades existem também na Ásia e na América Latina.

Fonte: RBA via Vermelho

Após balanço, deputados discutem futuro com presidente da Petrobras

 Davidson Magalhães (ao microfone) no lançamento da Frente Parlamentar: luta contra os projetos oportunistas da oposição.
Agência Câmara

 Davidson Magalhães (ao microfone) no lançamento da Frente Parlamentar:
 luta contra os projetos oportunistas da oposição.

A Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras se reúne nesta terça-feira (28), às 16h30, com o presidente da estatal, Aldemir Bendine, para tratar do balanço divulgado na semana passada e as estratégias de recuperação da empresa, além da definição de atividades da Frente em defesa da companhia, especialmente com relação aos projetos do PSDB de privatização, em trâmite no Congresso Nacional. O encontro ocorrerá na sede da Petrobras em Brasília. 


“Nós vamos parabenizar o presidente da Petrobras por ter virado essa página (de denúncias de corrupção na Petrobras) com a publicação do balanço auditado para dar legitimidade ao processo de captação de recursos”, adiantou o parlamentar.


O segundo assunto a ser abordado é sobre o futuro da Petrobras, “porque queremos garantir a continuação dos investimentos na área do refino no Brasil”, explica Davidson Magalhães, para quem o país precisa ser autossuficiente em produtos beneficiados.

“Pode dar prejuízo agora, mas é estratégico para a economia nacional a discussão sobre o conteúdo nacional dos nossos produtos. Um dos grandes avanços do pré-sal foi garantir o conteúdo nacional, porque força o desenvolvimento da indústria naval e produtos de fornecedores, para evitar a Doença Holandesa, que faz com que o dinheiro produzido pelo petróleo saia na forma de compra desses produtos”, afirma o deputado.

Segundo ele ainda, a conversa com Bendine é uma continuação da conversa que os membros da Frente Parlamentar tiveram com o vice-presidente Michel Temer. Naquela ocasião, os parlamentares defenderam a manutenção do projeto de partilha e a Petrobras como operadora única na exploração do pré-sal.

Esses projetos são estratégicos para o futuro do país, destaca Magalhães, afirmando que o vice-presidente se comprometeu com os projetos - que são projetos de governo - e a apoiar a articulação política para barrar os projetos da oposição em tramitação no Congresso.

Projetos oportunistas

“Projetos que são oportunistas e que visam os interesses das multinacionais no Brasil”, destaca o deputado, em referência às propostas do PSDB de acabar com o regime de partilha e voltar ao modelo de concessão, e tirar a Petrobras como única operadora do pré-sal.

“A oposição, além de falar da corrupção, que nós também somos contra, entrou com projeto de lei para acabar com o regime de partilha”, conta o deputado, acusando o PSDB e seus senadores - José Serra e Aloysio Nunes, ambos de São Paulo, de defenderem os interesses da petroleira Chevron.

A oposição também demonstra que defende os interesses das petroleiras estrangeiras quando apresentou outro projeto de lei que retira a Petrobras como única operadora do sistema do pré-sal. “Com a Petrobras executando a exploração e produção do petróleo, a gente afasta o risco de superfaturamento dos custos e garante a renda nas mãos do estado”, explica o deputado, destacando que “em 10 anos seremos exportadores de petróleo e o Estado deve ter a propriedade do óleo e os recursos devem servir ao país”, defende Magalhães.

A Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, presidida pelo deputado Davidson Magalhães, tem como demais componentes os senadores Roberto Requião (PMDB-PA), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Fátima Bezerra (PT-RN) e os deputados Vicentinho (PT-SP), Aliel Machado (PCdoB-PR), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Zeca do PT (Mato Grosso do Sul).

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Com menor audiência, Globo assiste manifestações de repúdio crescerem

protesto abaixo rede globo
Diversos movimentos sociais prometem "descomemorar" o aniversário de 50 anos da Rede Globo neste domingo (26). Os protestos ocorrerão em diversas capitais em frente às sedes da vênus platinada, acostumada a mandar e desmandar nos rumos da política do país. O poder da família Marinho foi forjado com serviços prestados à ditadura fascista de 1964, com sonegações e maracutaias diversas e investimentos não explicados em paraísos fiscais. Os atos questionam também o monopólio da comunicação no Brasil, sempre a serviço do capital contra o trabalho. Cada vez mais cresce o #ForaRedeGlobo entre os movimentos sociais.
Assista ao vídeo da UNE (União Nacional dos Estudantes) que convoca todas e todos para lutar pela democratização da mídia.

É bom lembrar a campanha “Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo”, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, que defende o projeto de lei de iniciativa popular por uma Lei da Mídia Democrática. Clique aqui para apoiar essa iniciativa popular.
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Todo mundo tem o que fazer neste domingo. Em São Paulo uma manifestação está programada para as 15h, com concentração na Praça General Gentil Falcão. Em Porto Alegre, a partir das 14h, nos Arcos da Redenção. Em Belo Horizonte, a partir das 15h, na Avenida Carlos Luz, 800 (próximo a Igreja Santa Clara), no Bairro Caiçaras. Em Brasília, às 13h, na sede da Rede Globo, na 70719. No Brasil inteiro ocorrerão atos contra a Rede Globo que criminaliza os movimentos sociais e dos trabalhadores. A Rede Globo anda mal das pernas, perdendo pontos no Ibope todos os anos, mas ganha muitos adeptos da proposta pelo fim da concessão pública à emissora da família Marinho.
Portal CTB com informações do portal da UNE

Terceirização pode trazer mais informalidade a trabalhadores rurais

Dos trabalhadores rurais sem carteira assinada, 31,9% estão em empregos temporários
Conab
Dos trabalhadores rurais sem carteira assinada, 31,9% estão em empregos temporários

O universo dos trabalhadores assalariados rurais é formado por quatro milhões de ocupados, um contingente em que a maior parte, 59,4% (2,4 milhões), não tem carteira assinada. A situação pode ficar ainda pior se o Projeto de Lei (PL) 4330, que permite a terceirização sem limites, for aprovado.


O secretário de Assalariados Rurais da Contag (Confederação dos Trabalhadores na Agricultura), Elias Borges, apontou que o PL pode agravar ainda mais a situação. “Dos trabalhadores sem carteira assinada, 31,9% estão em empregos temporários e tenho certeza que a precarização aumentará ainda mais se esse texto for aprovado. Juntamos isso somado às medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego e temos um cenário catastrófico para milhões de trabalhadores”, disse.


Reforma agrária
Professor da Ufabc (Universidade Federal do ABC) Arilson Favareto tratou da reforma agrária e apontou que o Brasil perdeu a oportunidade de fazê-la no ápice do governo Lula.
Nos anos 2000, ao mesmo tempo em que a agricultura familiar foi exitosa na consolidação de instrumentos de políticas para a agricultura familiar, como o Pronaf, Pnae e PAA, do ponto de vista do embate ideológico ele julga que a agricultura familiar foi derrotada.

“A questão fundiária (distribuição de terras) foi justamente o que bloqueou a reforma agrária e agora o ambiente é pouco favorável a uma retomada mais massiva da questão agrária. Também porque há dificuldade de recursos para desapropriação e a batalha ideológica da agricultura patronal foi perdida por nós, agricultura patronal conseguiu se apresentar como quem levou o Brasil nas década passada”, avaliou.

Aliado a isso, a demanda social também deixou de ser tema tão quente porque parte da população que faz a luta tem hoje emprego urbano e rede de proteção social que diminuem o ímpeto de mobilizações na luta pela terra.

Para Favareto, posta essa realidade, o desafio é justamente reunificar os movimentos sociais rurais e estabelecer uma aliança estratégica com os novos movimentos urbanos, especialmente de meio-ambiente e direitos.

Fonte: MST via Vermelho

Educação e a PL 4330: Escravidão já existe

O projeto da terceirização só vai regulamentar e consolidar precarização do trabalho nas escolas públicas e privadas do Estado do Rio. As humilhações, a insegurança e a falta de regularidade no trabalho vão se intensificar, prejudicando ainda mais o cambaleante Sistema Educacional.

Por Marcelo Gomes Soares*, especial para o Vermelho


Paulo Freire disse que “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão”, e também disse que “se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”, a educação é um processo que vai muito mais além dos livros didáticos, a educação se constrói no dia dia, no conjunto das relações, aceitar a terceirizações é dizer para a sociedade que a escravidão, a servidão e a exploração é algo correto, é dizer que é justo ter um cidadão de primeira e de segunda classe.


Já existe todo um desconforto nas escolas quando a gente vê um colega sendo discriminado pelo fato de não ser efetivo ou no caso do serviço público de não ser concursado, este clima, apesar de ser algo subjetivo, cria problemas no dia dia da escola, esta diferenciação, que infelizmente não é trabalhada junto aos alunos como forma de explicar a exploração do homem pelo homem, por falta de preparo ou mesmo por questão ideológica, vem aguçando os problemas sociais, num ambiente uniformizado para castrar o livre pensamento e de demonstração de uma falsa igualdade.

A terceirização, primeiro chegou nos corredores e nas cozinhas das escolas com auxiliares de serviços gerais, depois chegou nas secretarias e administração escolar e já, também chegou, nas salas de aula. O problema da PL4330, é que vai acontecer nas salas de aula o que já acontece nos corredores e no administrativo a exceção vai virar regra, ou seja, é o fim das efetivações e dos concursos públicos, isso vai acontecer em todos os setores da economia, mas no caso da educação fica as perguntas. Que tipo de educação vamos ter? Quais serão as referências sociais que nossos jovens terão?

Como podemos ver o problema é muito maior que uma jornada de trabalho mais justa, o benefício da estabilidade no emprego, a questão das demissões em massa que ocorrerão em todos os setores e que já serão grandes problemas. Mas o que estará em jogo é que tipo de futuro teremos? Como se dará a organização dos trabalhadores? E a resistência ao modo de vida capitalista? E a formação social e intelectual dos nossos jovens que rumo dará?

O ambiente escolar será marcado por acidentes de trabalho leves em relação a outras categorias, mas o mais prejudicial no processo educativo vai ser a intensificação do assédio moral que já é grande e certamente vai extrapolar, já é um instrumento de controle intensamente usado.

Mais do que nunca a luta contra a terceirização, por concursos públicos se faz, mais do que nunca necessário, não por uma questão ideológica, mas por uma questão de sobrevivência. Se faz necessário, unidade na luta, não há espaço para mesquinharias e questões menores no movimento sindical e social, mesmo nos partido de esquerda, considero que os educadores por sua formação e pela natureza do seu trabalho devem estar na vanguarda deste movimento.

*Marcelo Gomes Soares é licenciado em Pedagogia pela UNIRIO, diretor da CTB/RJ, Secretário de Organização e Formação Politica do PCdoB -DM Campos dos Goytacazes e professor da rede pública municipal de Campos dos Goytacazes/RJ.


Fonte: Vermelho

Primeiro de maio em Itabuna


Veja como cada deputado baiano votou no projeto da terceirização

Do blog AACES

As emendas ao projeto que regulamenta a terceirização no Brasil foram aprovadas na noite de quarta-feira (22), com 230 votos a favor e 203 contra. Quatro deputados se abstiveram . 
Dos deputados baianos, 13 votaram a favor e 16 contra. Segundo a assessoria da Câmara, os deputados que não aparecem na lista estavam ausentes na sessão. De acordo com o jornal Estadão, o governo conta com sindicatos para mudar o projeto no Senado. Veja como cada deputado baiano votou no projeto da terceirização:


Votaram contra os trabalhadores

Votaram a favor dos trabalhadores