sexta-feira, 28 de novembro de 2014

OIT reprova propostas que reduzem idade mínima para o trabalho

As especialistas destacam que o Brasil, que é referência na área e tirou mais de cinco milhões de crianças do trabalho infantil nos últimos 20 anos, não pode sofrer esse retrocesso.
 
As especialistas destacam que o Brasil, que é referência na área e tirou mais de cinco milhões de crianças do trabalho infantil nos últimos 20 anos, não pode sofrer esse retrocesso.  

A diretora do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, e a secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Maria Oliveira, afirmaram ontem, quinta-feira (27) que será um retrocesso para o País se o Congresso aprovar as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que reduzem para 14 anos a idade mínima para o trabalho infantil.  


Hoje, a idade mínima é 16. Entre 14 e 16, os menores podem ser contratados como aprendizes.

Em audiência pública que comemorou os 20 anos do fórum, Isa Oliveira destacou que o Estado brasileiro tem que enfrentar o desafio de retirar 3,1 milhões de crianças que se encontram trabalhando em vários setores.

Segundo ela, o Brasil só vai conseguir alcançar a meta global de acabar com o trabalho infantil até 2020 se houver uma participação ativa da sociedade, governo, Judiciário e Parlamento.

As PECs já tiveram parecer pela admissibilidade e aguardam votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Eu acredito que nós temos a força de uma mobilização social muito grande para impedir esse retrocesso social de reduzir a idade mínima para o trabalho”, disse Isa Oliveira.

“Nós temos força e nós estamos dispostos a enfrentar esse desafio e a impedir esse retrocesso, porque isso é violar uma conquista de toda a sociedade brasileira e a dignidade das crianças e dos adolescentes”, acrescentou a secretária-executiva do fórum.

Retrocesso


Laís Abramo afirmou que, apesar de o Brasil ser referência na área e ter retirado mais decinco milhões de crianças em situação de trabalho infantil nos últimos 20 anos, a aprovação dessas PECs é uma ameaça às convenções internacionais.

“Isso seria um retrocesso e contrariaria a própria convenção da OIT que foi ratificada pelo Brasil”, disse Laís Abramo. “E o Brasil tem um papel central. Não apenas pelos números, que sempre influenciam a média da América Latina, mas porque as políticas e boas práticas que são desenvolvidas aqui são referências para outros países. Daqui que surgiu a ideia da América Latina e Caribe livres do trabalho infantil”, ressaltou a representante da OIT na comissão.

Constituição e tratados

Atualmente, a Constituição proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos e de qualquer trabalho a menor de 16 anos, exceto aprendiz, a partir de 14 anos. Já o decreto que regulamenta a Convenção 182 da OIT, lista 93 diferentes atividades que oferecem riscos para a saúde e desenvolvimento das crianças e adolescentes, como trabalhos domésticos e os que exigem esforços físicos intensos, isolamento, abuso físico, psicológico e sexual, longas jornadas de trabalho e sobrecarga muscular.

O Fórum foi criado em 1994, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Participam do FNPETI, 27 Fóruns Estaduais de Erradicação do Trabalho Infantil e do Distrito Federal, e membros do governo federal, de organizações da sociedade civil, dos empregadores, dos trabalhadores, do sistema de Justiça e de agências internacionais.

Da Redação do Vermelho em Brasília - Com Agência Câmara

"Estado falido": Declaração de Mujica exacerba crise no México

Durante protesto, mulher acusa Estado de assassinato, após o desaparecimento de 43 estudantes no México.
Revista Semana
Durante protesto, mulher acusa Estado de assassinato, após o desaparecimento
de 43 estudantes no México.

No domingo passado, autoridades mexicanas convocaram o embaixador uruguaio, Jorge Alberto Delgado, para uma conversa. A secretaria de Relações Exteriores do país emitiu um comunicado afirmando “surpresa” e “rejeitando categoricamente” as declarações do presidente do Uruguai, José Mujica, que chamou o México de “Estado falido” em uma entrevista à revista Foreign Affairs. Enrique Peña Nieto, mandatário do México, enfrenta críticas cada vez mais duras e não conseguirá “tapar o sol com a peneira”.

Mujica se referiu à crise vivenciada no México após o desaparecimento dos 43 estudantes da escola de Ayotzinapa, que ocorreu na cidade de Iguala, no final de setembro. Para o mandatário uruguaio, a situação do país “é pior do que a vivenciada em uma ditadura”.

Quase dois meses depois do incidente, nenhuma resposta considerada satisfatória foi dada, o que tem motivado uma série de protestos no México e em outros países da região.


De forma diplomática, Mujica até tentou retificar sua colocação, afirmando que “frente ao narcotráfico estamos falindo todos” e que “o que passa com ele, amanhã pode se passar comigo”. No entanto, a “franqueza” do presidente uruguaio atingiu uma ferida aberta no corpo político e social da América Latina.

O fato é que a indisposição entre os países latino-americanos, gerada por conta deste episódio, colocou o sumiço dos jovens ainda mais em evidência e o assunto não pode mais ser negligenciado pelas autoridades. A comunidade internacional tem sua atenção voltada para as ações do governo mexicano, que até o momento pouco fez para solucionar o caso. Inclusive a Organização das Nações Unidas (ONU) já emitiu uma nota considerando o caso dos 43 estudantes como “desaparecimento forçado”.

O presidente mexicano está cercado e vive uma avalanche crescente de críticas. Um movimento no Twitter pede #RenunciaEPN (renuncia, Enrique Peña Nieto). Algumas especulações midiáticas citam um possível impeachment no México. A renúncia do presidente antes do fim do mandato (2018) também é possível caso o Congresso aceite os motivos do mesmo.

Sob pressão

“Com a corda no pescoço”, o governo começa a reagir e, na terça-feira (25), Peña Nieto reuniu-se com o presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Luis Raúl González Pérez. O encontro terminou com a afirmação de que o país deve ter um defensor dos direitos humanos.

Na quarta-feira (26), o presidente mexicano conversou por telefone com o chefe de Estado norte-americano, Barack Obama, que “manifestou suas condolências profundas aos familiares e amigos das vítimas”. Para o governo estadunidense, esse “crime atroz e bárbaro” precisa ser investigado de forma “exaustiva e transparente”. Até o momento, a Casa Branca havia qualificado como “preocupante” as informações sobre o caso de Iguala, mas tinha evitado abordar o assunto diretamente.

O empresariado também expressou a sua preocupação com a insegurança no México. O presidente do Conselho Coordenador Empresarial (CCE) nacional, Gerardo Gutiérrez Candiani, disse em um vídeo publicado no site que os empresários manifestam “a sua solidariedade com todas as vítimas e as famílias afetadas pela insegurança pública”. O vídeo, chamado “Renovação sem violência”, é um “apelo” à sociedade e às autoridades mexicanas para contribuir para um país seguro.

Entenda o caso:


Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Voz da Rússia

Palestinos recebem a solidariedade dos povos do mundo

No Ano Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino e nas vésperas do 29 de novembro, Dia Internacional comemorado pelo mesmo motivo, a Organização das Nações Unidas (ONU) debateu a causa palestina e a ocupação em importante sessão na última segunda-feira (24) e na terça-feira (25). Os palestinos pretendem pedir ao Conselho de Segurança uma resolução estabelecendo um prazo para o fim da ocupação, mas preocupam-se com a oposição certeira e o veto dos EUA.

Ainda assim, uma série de posicionamentos têm acelerado o processo de afirmação da solidariedade internacional ao povo palestino. O regime israelense isola-se exponencialmente e cada vez mais líderes têm sido forçados a tomar posições contra os repetidos massacres perpetrados por Israel e contra a ocupação opressiva e despojadora, dos territórios e das vidas dos palestinos.

É possível traçar o histórico recente de medidas que reconhecem as violações dos direitos dos palestinos – desde os direitos humanos mais básicos até os direitos afirmados pela ONU sobre o estabelecimento do Estado da Palestina e do retorno dos refugiados. Desde 2012, com altos e baixos preocupantes, o mundo passou do reconhecimento do Estado palestino por mais de 130 países para a condenação das políticas de ocupação, tanto com o regime de segregação e opressão imposto aos palestinos em seu próprio território e em Israel quanto com a construção de colônias ilegais e a gradual expulsão dos palestinos de Jerusalém. 

Em 2013, a União Europeia, aliada do regime sionista e negligente frente aos seus crimes, passou a emitir “diretrizes” contra o comércio e as relações com as colônias ilegais. Já no mês passado, a Suécia votou pelo reconhecimento do Estado da Palestina, o primeiro passo do tipo tomado por um dos grandes países do bloco europeu. França, Espanha e Reino Unido, importantes aliados do regime israelense, também levaram a questão aos seus Parlamentos, um momento histórico, ainda que muito falte ser feito. As relações estreitas desses governos com a liderança sionista ainda são predominantes nos campos comercial, políticoe militar. 

Os recentes episódios do massacre dos palestinos foram os mais de 50 dias de bombardeios contra a Faixa de Gaza (em julho e agosto), a abrangente ofensiva militar contra a Cisjordânia e os confrontos em Jerusalém, que despertaram nos povos do mundo a revolta contra a ocupação e as agressões sionistas contra os palestinos, estratégica, cínica e deliberadamente fantasiadas de “conflito religioso”.

Milhões de pessoas saíram às ruas em todo o mundo, principalmente nos países vistos como aliados de Israel, como Reino Unido, França e EUA, para exigir o fim do massacre dos palestinos e da impunidade israelense. O Conselho de Direitos Humanos da ONU votou por uma comissão de inquérito sobre os crimes de guerra do sionismo – com um único voto negativo, o dos EUA – e a Suíça, depositária da 4ª Convenção de Genebra sobre a proteção de civis em tempos de guerra e de ocupação, deve organizar uma conferência sobre a questão palestina ainda em dezembro, proposta que desperta a oposição de Israel, EUA, Canadá e Austrália.

Enquanto isso, a comunidade internacional intensifica esforços há muito pendentes pelo fim de uma longa história de massacres, ocupação, despojo e expulsão, em cada vez crescente demonstração de solidariedade internacional com o povo palestino e repúdio veemente à política racista, genocida e fundamentalista da liderança sionista, reminiscente dos movimentos colonialistas e um instrumento do imperialismo que lhe sustenta na Palestina.


Fonte: Vermelho

Coletivo Internacional da CTB define atividades para 2015

Os participantes do encontro fizeram um balanço das ações e planejaram atividades para o próximo período
CTB
Os participantes do encontro fizeram um balanço das ações e planejaram atividades
para o próximo período

Na última terça-feira (25), o Coletivo Internacional da CTB se reuniu para fazer seu balanço anual e programar as próximas ações para fortalecer a integração regional e a solidariedade internacional da classe trabalhadora.



Para contextualizar a atual situação mundial, o 
secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Abreu (Alemão), abriu o encontro expondo como a crise do capitalismo e medidas neoliberais tomadas por países europeus prejudicam os trabalhadores. 


Alemão destacou a importância da continuidade dos governos progressistas na América Latina que avançaram nas áreas de saúde, educação e social. “A tendência da manutenção deste ciclo é a contraofensiva do imperialismo e da direita”, disse ao sinalizar o crescimento da direita nos últimos anos.

De acordo com o dirigente comunista, blocos de integração como Unasul, Celac, Alba, Brics, este último criou um banco próprio e um fundo de reserva, são “embriões de uma nova ordem mundial e isso incomoda os Estados Unidos”.

“Sem a luta de massas não há luta anti-imperialista”, enfatizou o secretário. Para ele o papel da CTB e das demais centrais sindicais na organização e mobilização dos trabalhadores é fundamental para manter este avanço.

O vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), João Batista Lemos, concorda com Alemão e acredita que é preciso ter ações políticas concretas em organizações como o Encontro Sindical Nossa América (Esna), que tem encontros anuais com sindicalistas de diversos países da América Latina e Caribe.

“Precisamos fazer chegar os debates e resoluções do ESNA para os presidentes, para garantir este espaço de solidariedade internacional”, frisou Batista. Para o sindicalista tanto o ESNA como as UIS (União Internacional dos Sindicatos) são ferramentas que ajudam fortalecer debates em prol dos trabalhadores.

Resistência 

Após a primeira parte do encontro, o secretário-geral UIS MM e secretário de Relações Internacional da Fitmetal, Francisco Sousa, apresentou seu trabalho na organização. Após compartilhar experiências internacionais da precarização dos direitos trabalhistas como no caso da Turquia, onde mais de 200 mineiros morreram após a explosão de uma mina de carvão. Para ele “a Europa olha a América Latina como um foco de resistência dos trabalhadores”.

Balanço 
Durante a reunião, o secretário de Relações Internacionais da CTB, Divanilton Pereira, apresentou o balanço deste ano de gestão. Destacando a construção de um banco de dados da secretaria, a criação de um boletim eletrônico e impresso, além de apresentar a agenda contendo os próximos eventos da pasta.

O presidente da central sindical, Adilson Araújo, participou do encerramento do encontro destacando o importante papel que a CTB está desempenhando no cenário internacional. Exemplo disso, segundo Adilson, foi a central ter assumido a vice-presidência da UIS Transporte, em congresso realizado em setembro no Chile, outra demonstração deste protagonismo cetebista é que em 2015 a celebração dos 70 anos da FSM será no Brasil. Esta foi a terceira vez que o Coletivo Internacional da CTB se reuniu.

Fonte: CTB via Vermelho

Dilma aos movimentos sociais: "Quero diálogo construtivo e continuado"

Dilma reafirmou que o seu compromisso é “continuar fazendo mudanças”
Agência Brasil
Dilma reafirmou que o seu compromisso é “continuar fazendo mudanças”

A presidenta Dilma Roussef participou da abertura da 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária, ontem, quinta-feira (27), e em seu discurso reafirmou o compromisso de amplo diálogo com os representantes da sociedade civil. 


Dirigindo-se aos participantes da conferência, mas num recado a todos os movimentos sociais, Dilma afirmou que recebeu novo mandato para “continuar fazendo mudanças” e priorizando a relação com o setor da economia solidária.

Dilma enumerou vários compromissos de seu segundo mandato como a inclusão social, emprego, acesso à educação, garantia de empregos, estabilidade política e econômica, investimento em infraestrutura e na modernização do país e elevação da renda do povo brasileiro.


“Nos próximos quatro anos, vou estabelecer, de forma sistemática, diálogo construtivo e continuado com vocês. Vamos fortalecer ainda mais empreendimentos solidários em todo o país. Vamos aprimorar mecanismos de oferta de crédito para sempre e vamos dar novos passos na regulação da economia solidária, garantindo a ela mais sustentabilidade e estabilidade”, prometeua presidenta declarando, ainda, que vai avançar na assistência técnica, já que a economia solidária é capaz de demonstrar a “melhor gestão compartilhada possível”.

A presidenta pediu empenho dos movimentos sociais para definir uma agenda propositiva para o novo governo. Dilma quer “construir junto” um caminho prioritário com foco na economia solidária, cidadania e processos democráticos de participação popular: “Eu quero que a voz de vocês apareçam nas contribuições que vocês vão me enviar”.

Capacidade de superação do povo

Citando ações promovidas pelo governo federal nos últimos anos, no sentido de institucionalizar a economia solidária como uma política de Estado, Dilma afirmou que o compromisso com a criação de oportunidades será mantido. “Sabemos que muitas pessoas no Brasil em algum momento do passado diziam que pobres eram pobres porque queriam ser pobres, porque tinham preguiça e não porque pobres eram pobres através de um processo de exclusão que começa com a escravidão. Eu acho que nós temos sempre de afirmar que o compromisso é criar oportunidades e de forma muito simples abrir portas, é esse o nosso compromisso e sabemos que o povo brasileiro tem uma imensa capacidade de agarrar com as duas mãos as oportunidades e por esforço próprio. Com apoio da família e com portas abertas nós teremos um Brasil muito melhor”, afirmou.

A regulação da economia solidária será uma prioridade da presidenta no seu segundo mandato. De acordo com Dilma, esses empreendimentos fazem parte da estratégia de inclusão social, um dos pilares de seu governo. “Nós vamos fortalecer ainda mais os empreendimentos solidários em todo o país. Vamos aprimorar os mecanismos de oferta de crédito para os empreendimentos solidários, e vamos dar novos passos na regulação da economia solidária garantindo a ela maior estabilidade e mais sustentabilidade”, garantiu a presidenta.

A 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária conta com 1.600 delegados e é resultado de debates realizados, ao longo deste ano, em várias conferências municipais e estaduais e encontros nacionais com mais de 20 mil participantes. Metade dos delegados é composta por trabalhadores e trabalhadoras de empreendimentos nascidos sob a lógica da economia solidária, associações e cooperativas. Neste ano, cerca de 65% dos participantes eram mulheres.

O evento também contou com a participação.  Na abertura, também estiveram presentes os ministros do Trabalho, Manoel Dias, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.

Fonte: Agência Brasil - via Vermelho - alterado às 11h10 para inclusão de informações

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

170 cidades nos EUA protestam contra morte em Ferguson

No segundo dia de manifestações nos Estados Unidos por causa da morte do jovem negro Michael Brown em Ferguson, os protestos se estenderam ontem, quarta-feira (26) para mais de 170 cidades de 37 estados do país.


Protesto nas ruas de Ferguson pede prisão de policial
Milhares de pessoas foram às ruas interditando estradas e pontes para pedir justiça, após o Judiciário norte-americano decidir não indiciar o policial Darren Wilson, responsável pelos seis disparos que mataram Michael Brown, desarmado, no mês de agosto.

Na cidade de Ferguson, no estado do Missouri, as forças de segurança locais usaram bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão que protestava.

Ao redor do país, Washington, Nova York, Los Angeles, Atlanta, Boston, Filadélfia, Oakland e Seattle foram as cidades onde aconteceram as maiores concentrações, que se desenvolveram de forma pacífica

O assassinato de Michael Brown em agosto reacendeu a discussão contra a violência policial nos Estados Unidos e provocou uma série de protestos em Ferguson.

A autópsia feita a pedido da família de Brown revelou que o jovem foi executado com pelo menos seis tiros, sendo dois na cabeça. O exame desmente a versão policial de que Brown teria resistido à prisão.

Do Portal Vermelho, com informações do Opera Mundi

FERGUSON SOB AS VISTAS DE UM PRESIDENTE NEGRO



Cartunista Carlos Latuff retrata o caso de racismo em Ferguson, nos EUA; milhares saíram às ruas após decisão que inocentou o policial branco responsável pela morte de um jovem negro no estado do Missouri

Maduro aprova lei que criminaliza feminicídio na Venezuela

Maduro debateu texto em Caracas: vitória para movimentos feministas no país.  O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, firmou na noite de terça-feira (25) uma reforma de lei sobre o “direito das mulheres a uma vida livre de violência”, consolidando o feminicídio como uma categoria penal em território nacional.


Reuters
Maduro debateu texto em Caracas: vitória para movimentos feministas no país. 
Segundo a Procuradora Geral da República, Luisa Ortega Díaz, trata-se de um importante passo para o país latino-americano. “Estamos avançando para consolidar o Estado social democrático e de justiça que é a Venezuela”, disse aoCorreio del Orinoco.
Leia também:
Venezuela: Entre revoluções e leis habilitantes
Venezuela: Maduro aprova conjunto de leis anticorrupção e de segurança

Com essa reforma na legislação, será preciso aprimorar a recepção das denúncias de modo que todas as instâncias governamentais devam investir em unidades de tratamento especial para mulheres que sofram com violência. “É necessário que todas as instituições públicas invistam em um escritório de cuidados imediatos para as vítimas”, enfatizou.

Fonte: Opera Mundi via Vermelho

Senado aprova projeto para equilibrar eleição de homens e mulheres

Para a Procuradora da Mulher no Senado,não se pode falar em representação política justa enquanto as brasileiras estiverem pouco representadas no Parlamento.  
Agência Senado
Para a Procuradora da Mulher no Senado,não se pode falar em representação política justa enquanto as brasileiras estiverem pouco representadas no Parlamento.  

Senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovaram ontem, quarta-feira (26) projeto de lei que pode equilibrar as representações de homens e mulheres no Legislativo. Diferente da atual legislação, que obriga os partidos a destinar 30% das candidaturas para o sexo feminino, o projeto reserva metade dos assentos na Câmara dos Deputados, nas assembleias estaduais, na Câmara Distrital do Distrito Federal e nas câmaras de vereadores para as mulheres. 


Para a Procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora de vários projetos para aumentar a representação feminina nos parlamentos, não se pode falar em representação política justa enquanto as brasileiras estiverem pouco representadas no Parlamento. Ela acredita que isso pode mudar com a aprovação de propostas que garantam a eleição da mulher para o legislativo.


Na proposta que apresentou para realização de um plebiscito sobre o assunto tema do proejto aprovado na CCJ, Vanessa destaca que “temos presenciado hoje as manifestações populares com um rol de reivindicações que convergem para a falência do sistema político atual.”

Em outro projeto de sua autoria, que estabelece que quando houver eleição para renovação de dois terços do Senado, um terço das vagas seja ocupado por mulheres, ela explica que “tem gente que ri, mas isso acontece em muitos países do mundo. Alguns adotam a lista fechada, com alternância de gênero, outros adotam a reserva de vagas no parlamento. Mas todos, muito mais do que o Brasil, se preocupam em inserir a mulher na política”, afirma a senadora.

Críticas à cota

A cota de 30% das candidaturas é alvo de críticas de movimentos sociais, como o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), que não considera a medida eficaz. O argumento é que, mesmo com a reserva, essas candidaturas não recebem apoio e atenção financeira em igualdade de condições com outros candidatos, e o resultado é que, nas urnas, essa porcentagem se dilui.

A relatora da proposta aprovada na CCJ, senadora Angela Portela (PT-RR) fez coro às críticas. Segundo ela, a medida não trouxe os resultados esperados e menos de 10% das cadeiras no Legislativo são ocupadas por mulheres.

“A participação feminina nos diferentes legislativos do Brasil é irrisória, e deixa o país, na comparação internacional, atrás de países que não dispõem de regras de estímulo à participação de mulheres. Essa situação demonstra, de maneira cabal, o fracasso da política de reserva de candidaturas”, afirmou.

Para ela, a solução para essa subrepresentação pode surgir com a política de reserva de cadeiras. “Afinal, as mulheres constituem já a maioria da população brasileira, e a tendência observável é de aumento dessa maioria, em vez da redução progressiva até uma situação de igualdade numérica entre homens e mulheres”, destacou.

Da Redação do Vermelho em Brasília
Com agências

Causa palestina recebe amplo apoio na ONU

Observador permanente da Palestina na ONU, Riyad MansurO fim da ocupação israelense, da construção de novos assentamentos judeus na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e o direito à autodeterminação da Palestina como Estado independente receberam amplo apoio nas Nações Unidas.


ONU
Observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansur
Na segunda-feira (24) e na terça-feira (25), a Assembleia Geral da ONU debateu a questão palestina, em razão do marco das atividades pelo Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, que desde 1977 se comemora todo dia 29 de novembro.

O Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal), a Liga Árabe, a União Europeia (UE) e nações dos cinco continentes exigem também o levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza e a recuperação desse território devastado por 50 dias de bombardeios israelenses, em julho e agosto deste ano.

Também pediram que se evite ações que aprofundem o conflito, principalmente na dimensão religiosa, a partir da escalada de violência das últimas semanas em Jerusalém (Al-Quds para os muçulmanos).

O ataque por colonos judeus a mesquita Al Aqsa, um dos três lugares mais sagrados do Islã, gerou confrontos em Jerusalém, com saldo de mortos e feridos para ambas as partes.

A plenária dos 193 membros da ONU ouviu também a suplica para que Tel Aviv respeite o princípio da proporcionalidade no exercício de seu legítimo direito à segurança.

As duas jornadas de debates reafirmaram o interesse da comunidade internacional em alcançar negociações que levem, de uma vez por todas, à tão desejada solução dos dois estados, um palestino e outro israelense, convivendo em paz com as fronteiras anteriores à ocupação de 1967.

O consenso predominante é que essa é uma saída digna à questão dos refugiados e um status mutuamente aceito para Jerusalém.

Em seu discurso perante a Assembleia Geral, o embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, agradeceu o apoio global às causas desse povo árabe.

Além disso, denunciou que a intransigência, a má fé e as ações destrutivas de Israel afastam de maneira significativa as possibilidades de chegar a paz e a solução dos dois estados.

De acordo com o diplomata, há muitos exemplos dessa postura, entre eles a recente agressão a Gaza, quando morreram quase 2.200 pessoas, a maioria civis, incluindo mais de 500 crianças, e ficou destruída a infraestrutura do território habitado por 1,8 milhões de pessoas.

“Teria que acrescentar o impulso à colonização, os persistentes castigos coletivos, a repressão, as provocações em lugares sagrados, os deslocamentos forçados pela demolição de moradias e o empenho para alterar a demografia, a identidade e o status de Jerusalém”, advertiu.

Mansour instou todos os países e o Conselho de Segurança da ONU a atuar para evitar consequências imprevisíveis. Nesse sentido, pediu ao Conselho que assuma sua responsabilidade e estabeleça uma data para o fim da ocupação e para a criação dos dois estados.

Por sua vez, o embaixador de Israel, Ron Prosor, qualificou a comunidade internacional como hipócrita e acusou-os de estarem contra Tel Aviv. Prosor falou especialmente em relação a União Europeia (UE), porque crescem os governos e parlamentos dispostos a reconhecer o Estado palestino, assim como já aconteceu com a Suécia.

Os Estados Unidos, também através de sua representante permanente, Samantha Power, acusou a Assembleia Geral de ser parcial em detrimento dos interesses israelenses.

No entanto, Power não teve como apoiar a política de expansão dos assentamentos ilegais na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, que qualificou como prejudicial para a paz.

Apesar destas críticas à colonização por Tel Aviv dos territórios ocupados, Washington, com seu poder de veto no Conselho de Segurança, continua sendo considerado o principal protetor de Israel e um obstáculo nas aspirações palestinas de participar da ONU como membro pleno.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Veja matéria da TV Cabrália/Rede Record sobre a I Corrida e Caminhada Salve o Rio Cachoeira

Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defende alteração do superavit fiscal no Orçamento


Caixa é condenada em R$ 1 mi por venda casada

Condicionar a contratação de um serviço à aquisição de outro é prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Decisão da Justiça Federal é válida em todo o país

São Paulo – A Justiça Federal condenou a Caixa ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos, devido à prática de venda casada. O montante será revertido em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. A decisão é válida em todo o país.

“Apesar de ser proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, a venda casada é prática comum nas instituições financeiras. O Sindicato luta para combatê-la, assim como combate a pressão que sofrem os bancários para que vendam o maior número possível de produtos, problema que está diretamente ligado à venda casada. Os bancos têm de acabar com isso, que prejudica tanto os trabalhadores, adoecidos por conta das metas, da pressão constante e do assédio moral, quanto os clientes, que acabam adquirindo produtos e serviços que não lhes interessam”, diz o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e empregado da Caixa, Dionísio Reis.

A venda casada ocorre quando a empresa vincula a oferta de um bem ou serviço à contratação de outros serviços ou aquisição de outros produtos. Na decisão, a Justiça também determina que o banco se abstenha de realizar a prática, sob pena de multa de R$ 10 mil por consumidor lesado.

A ação foi interposta pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo e apresentou depoimentos de diversos clientes que tiveram que abrir contas, adquirir planos de previdência, seguros e até cartão de crédito para obter o financiamento imobiliário.

“A Caixa tem de manter o foco em seu papel de banco público financiador do desenvolvimento do país. Captar poupança e outras aplicações, conceder crédito com mais facilidades à população é, por si só, altamente lucrativo. A instituição não deve focar em vendas paralelas que levam à venda casada”, critica Dionísio.

Publicidade – A sentença da Justiça também determina que a Caixa dê publicidade à decisão, publicando-a em jornais de grande circulação, no site do banco e também na página virtual em que se faz a simulação do financiamento habitacional. Até o início da tarde de terça 25, o Sindicato entrou no site da Caixa e testou a simulação do crédito imobiliário, mas ainda não havia nenhuma mensagem alertando sobre venda casada.

A Justiça Federal determinou, ainda, mudanças nas cláusulas dos contratos de financiamento imobiliário que devem conter informações como: o consumidor não está obrigado a contratar nenhum produto ou serviço que não seja do seu interesse; a venda casada é uma prática ilegal e constitui infração da ordem econômica; se for condicionado ou imposto, de qualquer modo, algum produto ou serviço pela CEF como condição para a assinatura do contrato de empréstimo/financiamento, o fato pode/deve ser noticiado aos órgãos de defesa do consumidor e/ou ao Ministério Público Federal.

Fonte: Seeb-SP

ONU Mulheres promove ações nos 16 Dias de Ativismo

Na escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ), haverá oficina de sensibilização do tema violência contra mulheres sobre a iniciativa O Valente Não é Violento.  
Na escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ), haverá oficina de
sensibilização do tema violência contra mulheres sobre a iniciativa O Valente Não é Violento.  

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, ontem, terça-feira – 25 de novembro, a ONU Mulheres Brasil programou atividades em Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e João Pessoa (PB), que vão desde oficinas com juízes e juízas sobre feminicídio, palestra para as tropas de paz das Américas, exposição em grafite, debate virtual com especialistas e blogueiras, iluminação de prédios até ações com a comunidade do samba.  


“Nosso esforço é para que mulheres e homens, meninas e meninos, façam parte da solução para erradicarmos a violência de gênero. Não podemos tolerar nem aceitar que uma a cada três mulheres e meninas vivenciem a violência. Nosso trabalho é alterar atitudes e comportamentos machistas. Uma de nossas ações centra energia em homens e meninos com a iniciativa O Valente não é Violento, para a qual levaremos materiais e práticas pedagógicas para as escolas”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Ela diz ainda que o Brasil está enfrentando a violência contra as mulheres com políticas públicas importantes. Entre elas, destaca os investimentos na rede de atendimento, na aplicação da Lei Maria da Penha e o combate à impunidade, no Ligue 180 e no programa Mulher, Viver sem Violência, que terá a Casa da Mulher Brasileira.

Mas, segundo ela, é preciso ir além. “Prevenir e desconstruir a violência é ação política e também individual. Ou seja, cidadãs e cidadãos, escolas, empresas e meios de comunicação, por exemplo, precisam compreender que devem centrar suas forças para a erradicação das desigualdades de gênero”, alerta Nadine Gasman.

No Brasil, entre 2001 a 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios: ou seja, em média, 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma morte a cada 1h30.

As mulheres jovens foram as principais vítimas: mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos. Do total de mortes, 61% foram de mulheres negras, as principais vítimas em quase todas as regiões do País. E outro alerta: 36% dos assassinatos ocorreram aos finais de semana.

De acordo com o 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2013, ocorreram 50.224 estupros em todo o país. E dados do Ministério da Saúde apontaram, em 2011, que a violência contra as mulheres no Brasil custou R$5,3 milhões com internações - 5.496 mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por algum tipo de agressão.

Programação

Terça-feira (25/11)
Dia Laranja: iluminação de prédios públicos
Em Brasília, o prédio da ONU será iluminado com a cor laranja. O mesmo acontecerá com o edifício sede das Nações Unidas, em Nova York, em solidariedade as vítimas da violência sexista e o compromisso com um futuro sem violações dos direitos. A Casa da ONU está localizada no Setor de Embaixadas Norte, em Brasília (DF);

Exposição sobre Pequim+20 em Grafitti
Com o lema “Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine! haverá oficina e roda de conversa sobre o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, às 14 horas, no Espaço Cultural do Cedim (Rua Camerino, 51), no Rio de Janeiro (RJ);

Palestra Perspectiva de Gênero nas Operações de Paz para as tropas militares de nove países: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, abordando os protocolos para o atendimento e a participação de mulheres nos processos de paz em países em situação de conflito com base em documentos da ONU referente ao tema e na Plataforma de Ação de Pequim, que completará 20 anos em 2015, a partir das 9h30, em Itaipava (RJ);

Quarta-feira (26/11) 
Hangouts Pequim+-20 sobre A Violência contra as Mulheres e os compromissos assumidos pelos países para enfrentar a violência e as políticas públicas para garantir os direitos das mulheres de ter uma vida sem violência, com a representantes da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Universidade de Brasília( UnB) e da organização não-governamental Promundo, voltada à discussão de masculinidades e as blogueiras Djamila Ribeiro (Blogueiras Negras) e Juliana Faria (Chega de Fiu-Fiu);

Quarta e quinta-feira (26 e 27/11)
Oficinas e debates, em Brasília (DF) e em João Pessoa (PB), com juízas e juízes e demais operadores de justiça e de direito para a adaptação do Protocolo Latinoamericano para Investigação das Mortes por Razões de Gênero à legislação brasileira. Importante ferramenta para enfrentar a impunidade dos quase cinco mil assassinatos de mulheres brasileiras por ano;

Quinta-feira (4/12)
Seminário “Violência contra as mulheres: Por quê?”, realizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres do Estado do Rio de Janeiro;

Sexta-feira (5/12)
Oficina de sensibilização do tema violência contra mulheres sobre a iniciativa O Valente Não é Violento, com os dirigentes e funcionários da escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ);

Cine Mulheres na Praça, às 20h, atividade para a apresentação e distribuição de materiais de O Valente não é Violento (folders e bottons), da escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ);

Sábado (6/12)
Trem do Samba, Campanha do Laço Branco, atividade com, distribuição de materiais da iniciativa O Valente Não é Violento (bottons e folders) e mobilização da comunidade do samba da escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ).

Da Redação do Vermelho em Brasília
Com informações da ONU Mulheres

Dilma tem a confiança do povo e dos partidos aliados

O triunfo eleitoral da presidenta Dilma Rousseff conquistando mais um mandato para dirigir os destinos da nação nos próximos quatro anos é um episódio elevado da vida política republicana brasileira, que há poucos dias completou 125 anos. Como temos assinalado, foi a quarta vitória eleitoral sucessiva do povo brasileiro, coroando uma fase de desenvolvimento democrático e social virtuoso inaugurada em 2002, com a primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A valoração deve-se ao nível da batalha vencida, em que a coligação Com a Força do Povo, liderada pelo Partido dos Trabalhadores com a participação protagonista dos comunistas, enfrentou candidaturas oposicionistas agressivas, representativas de um poderoso condomínio de forças conservadoras e neoliberais. A campanha de Dilma venceu porque expressou uma mensagem nítida, com ideias-força mobilizadoras, correspondentes aos profundos anseios do povo brasileiro. Uma mensagem democrática, patriótica, da mudança social e do posicionamento do Brasil no mundo em favor da paz e da democratização das relações internacionais.

Foi um embate duro, em que a candidata teve que desmascarar o discurso e as práticas dos adversários, quando defenderam o primado dos interesses da oligarquia financeira sobre os direitos do povo e a soberania da nação; em que se comprometeu com a salvaguarda das conquistas trabalhistas e sociais, propugnou o avanço civilizacional e acenou para a juventude com o programa de revolução educacional. Os campos ficaram bem demarcados. Na confusão política e ideológica fomentada por uma mídia que se converteu em usina de mentiras, Dilma deixou cristalino o caráter da sua candidatura, o lugar e o papel do seu governo como força propulsora de reformas e mudanças. 

O nível da batalha permanece elevado no momento pós-eleitoral, que se caracteriza por intensa luta política. O Brasil vive um momento crucial em seu desenvolvimento político, em que os inimigos do povo lançam mão de todas as armas para reverter a sua derrota eleitoral: intentos de deslegitimar o veredito das urnas, ameaças golpistas, pressões para que a mandatária adote o programa derrotado e faça um governo contraditório com a mensagem da campanha, em meio a intrigas, pressões, especulações, que incluem o vazamento e a exploração indevida do conteúdo de audiências e reuniões internas da Presidência da República, e a inescrupulosa tentativa de envolver a mandatária em escândalos de corrupção. 

No exercício da oposição sistemática à presidenta Dilma, a mídia saca apressadas conclusões das suas próprias fantasias. Assevera, com a certeza absoluta dos incautos, que Dilma já tomou a decisão de adotar a política econômica funcional aos interesses do capital financeiro – pelo que comemoram – ao mesmo tempo que entoam o cantochão do “estelionato eleitoral”, para desqualificar a estadista e semear a confusão nas fileiras da militância política e social dos movimentos e partidos de esquerda.

A recomposição ministerial, numa situação política e economicamente complexa como a que vive o Brasil, é tarefa aturada que demanda visão de conjunto, realismo, habilidade política, paciência e tempo. É fantasiosa a visão de que a nomeação do ministro da Fazenda e do conjunto da equipe econômica resolva todos os problemas nacionais e estabeleça a marca definitiva do segundo mandato da presidenta. Mais fantasiosa ainda é a versão de que, caso escolha para a Fazenda um quadro formado segundo os cânones da disciplina fiscal, a sorte esteja lançada e o “mercado” terá vencido. E não passa de delírio a visão de que Dilma nomearia para estar à frente da economia alguém que não se enquadrasse nos marcos gerais da sua orientação ou não obedecesse à autoridade presidencial.

Na nova situação política, conclusões precipitadas e atitudes imprudentes são tudo o que os inimigos do povo brasileiro querem. A melhor atitude para com o novo mandato da presidenta Dilma deve ser informada não pelo temor da defraudação, mas pela premissa de que as forças que foram decisivas para a conquista do triunfo eleitoral confiam em que a presidenta cumprirá seus compromissos. O coração valente indispensável para vencer a eleição é o mesmo que pulsará no compasso do povo, em suas legítimas exigências de mudanças e reformas estruturais democráticas.

Dilma merece a renovação integral da confiança depositada pelo povo brasileiro nas urnas a 26 de outubro. O seu crédito político é da mesma dimensão da batalha realizada, tem a mesma grandeza da vitória conquistada. 

O Brasil vive uma situação econômica difícil, cuja persistência pode implicar perda de conquistas. Ao vencer as eleições, Dilma recebeu também o mandato para tomar medidas emergenciais para evitar o pior na economia e realizar os pactos necessários com o setor produtivo, a fim de retomar o crescimento, defender o emprego, os salários, os programas sociais, a capacidade industrial e a performance comercial do país.

O mesmo apoio, o mesmo crédito e a mesma confiança a mandatária precisará para reorganizar a sua base de sustentação política nas duas casas legislativas. A eleição de presidentes da Câmara e do Senado comprometidos com a democracia, a justiça social, a soberania nacional e politicamente capazes de rechaçar o golpismo será indispensável para encaminhar por uma via segura as mudanças que a nação reclama.


Fonte: Vermelho

Valorizar a saúde da classe trabalhadora

"A CTB através da sua Secretaria Nacional de Saúde buscará potencializar o seu trabalho pelo fortalecimento e a defesa da saúde pública através do SUS"
Reprodução
"A CTB através da sua Secretaria Nacional de Saúde buscará potencializar
o seu trabalho pelo fortalecimento e a defesa da saúde pública através do SUS"

Realizado em São Paulo nos dias 21 e 22 de novembro de 2014 o 1º Encontro Nacional sobre Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da CTB, depois de um intenso debate com especialistas do ramo, extraiu algumas conclusões relevantes sobre o tema, que é negligenciado pelo empresariado brasileiro e ainda não recebeu do movimento sindical brasileiro a atenção prioritária que merece. 

Por Adilson Araújo*, no Portal CTB


O Brasil exibe índices vergonhosos e alarmantes de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Os números, mais de 700 mil acidentes de trabalho por ano, denunciam o descaso com a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. 

Mas os problemas não se restringem à saúde corporal, física. Com a crescente exigência de produtividade e o estabelecimento de metas pelas empresas crescem também os casos de doenças mentais, associadas ao estresse, ao Assédio Moral e sexual, bem como jornadas de trabalho excessivas em intensidade e extensão.

Além da dimensão humana, individual e familiar do drama, a saúde da classe trabalhadora, assim como sua educação e nível de escolaridade, tem um impacto imediato e direto na produção e na produtividade do país, sendo esta outra razão para que o problema seja tratado como prioridade pelo Estado, assim como pelo empresariado e os representantes da classe trabalhadora. Os custos dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais para a economia e o conjunto da sociedade não são desprezíveis.

Observando o conjunto de questões associados ao tema e tendo em conta que 70% da classe trabalhadora brasileira depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento em caso de doença, o fortalecimento do SUS é uma condição básica para bem cuidar da saúde do trabalhador e da trabalhadora. É preciso destinar pelo menos 10% do Orçamento Bruto da União para a saúde pública.

A nova organização do trabalho nessa quadra histórica do capitalismo tem levado trabalhadores e trabalhadoras ao adoecimento pelo tipo de trabalho que realizam em péssimas condições, ambientes cada vez mais insalubres e a prática constante do assédio moral que pressiona para o comprimento de metas absurdas na busca por mais lucro.

A valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo é outro passo fundamental e deve começar pela elaboração e execução de um Plano Nacional de Carreira de Estado para os Profissionais de Saúde. O combate à precarização e terceirização; o fim das metas de produção; redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários; fim do fator previdenciário e a defesa de reformas democráticas, são algumas bandeiras que estão associadas direta ou indiretamente à saúde de trabalhadores e trabalhadoras, levantadas por esse 1º Encontro da CTB, que ressaltou a importância da nossa participação na 4ª Conferência Nacional da Saúde que será realizada em Brasília de 15 a 18 de dezembro de 2014, que terá como meta principal implementar a Politica de Saúde do Trabalhador no âmbito do SUS.

A CTB através da sua Secretaria Nacional de Saúde buscará potencializar o seu trabalho pelo fortalecimento e a defesa da saúde pública através do SUS com a participação das secretarias estaduais da CTB, realizando encontros, seminários e cursos para a qualificação de nossos dirigentes para esse importante tema de toda classe trabalhadora.

Com este objetivo elegemos um Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador que conta com a participação de secretários e Secretárias estaduais, membros da CIST, CTTP e entidades sindicais nacionais para a elaboração e execução do planejamento de luta em defesa da Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

*É presidente nacional da CTB


Fonte: Vermelho

Publicada lei que garante detecção do câncer de próstata pelo SUS

Publicada lei que garante detecção do câncer de próstata pelo SUSFoi publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União a Lei 13.045, que garante a detecção precoce do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Com a publicação, as unidades de saúde da rede pública são obrigadas a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata sempre que, a critério médico, o procedimento for considerado necessário.


A lei prevê a sensibilização de profissionais de saúde por meio da capacitação e da reciclagem em relação aos novos avanços nos campos da prevenção e da detecção precoce da doença.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

Ainda segundo o Inca, a doença é considerada um câncer da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, a evolução é silenciosa. Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Já na fase avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada e insuficiência renal.

A estimativa é que, neste ano, 68.800 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

A relação entre violência contra mulher e saúde reprodutiva

Violência contra a mulher Em razão do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, lembrado ontem, terça-feira (25) um comunicado da Organização Panamericana de Saúde (OPS) aponta que gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, abortos espontâneos e até mesmo mortes maternas são mais frequentes em mulheres que relatam terem sido vítimas de violência em algum momento de suas vidas.


A diretora da OPS, Carissa Etienne, salientou que este é um grande problema, com muitas implicações para a saúde, de modo que o setor tem um papel a desempenhar tanto na prevenção quanto na resposta.

Segundo a organização, na América, uma em cada três mulheres experimenta durante sua vida violência física ou sexual por parte de seu parceiro, ou violência sexual por parte de alguém que não seja seu parceiro.

Em alguns países, os níveis de gravidez não desejada são de duas a três vezes maiores nas mulheres vítimas desta violência de seu parceiro e a perda da gravidez é duas vezes maior.

Um grande número de mulheres na América Latina e no Caribe informaram haver sofrido atos de violência por parte de seus parceiros durante a gravidez.

Da mesma forma, os estudos constatam que este abuso é uma causa importante de mortalidade materna e que a violência infringida pelo parceiro foi a causa principal de morte materna – responsável por 20% delas – em três cidades dos Estados Unidos entre 1993 e 1998.

Fonte: Jornal GGN
Com informações da ONU via Vermelho

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ricardo Kotscho: Cerco a Dilma lembra Getúlio

 "Dilma não é Getúlio, eu sei, o Brasil e o mundo não são os mesmos de 60 anos atrás, mas há muitas circunstâncias e personagens bem semelhantes nestes distintos períodos da vida nacional", escreve o jornalista Ricardo Kotscho, em seu blog. Confira íntegra do artigo intitulado "60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio".


Se a presidenta Dilma Rousseff já terminou de ler o último volume da trilogia de Lira Neto sobre Getúlio Vargas, editado pela Companhia das Letras, deve ter bons motivos para ficar preocupada nesta entressafra entre o seu primeiro e o segundo governo.

Talvez isso explique a indecisão dela para anunciar os integrantes da nova equipe econômica, como demonstrou a dança de nomes cogitados para o Ministério da Fazenda nesta semana que chega ao fim, mantendo o suspense no ar.

Era este o livro que a presidenta carregava na mão ao descer do helicóptero no Alvorada, quando retornou a Brasília, depois de alguns dias de folga numa praia da Bahia, logo após sua vitória apertada na eleição de 26 outubro.

É neste terceiro volume que o brilhante jornalista cearense Lira Neto mostra o cerco formado por forças civis, militares e midiáticas contra Getúlio Vargas, que começou antes da sua posse, e botou fogo no país, na segunda metade do seu governo constitucional (1951-1954), levando-o a se matar com um tiro no peito.

Dilma não é Getúlio, eu sei, o Brasil e o mundo não são os mesmos de 60 anos atrás, mas há muitas circunstâncias e personagens bem semelhantes nestes distintos períodos da vida nacional.

Não por acaso, o nome de Carlos Lacerda, o comandante em chefe da guerra contra Getúlio, nunca foi tão lembrado numa campanha eleitoral como nesta última.

Pintado pelos adversários como "O Corvo", com muita propriedade, Lacerda ressuscitou nos discursos e nas manifestações contra a reeleição de Dilma Rousseff, durante e após a campanha de 2014, que mobilizou os setores mais conservadores do empresariado e da imprensa, a serviço de múltiplos interesses estrangeiros, exatamente como aconteceu na tragédia de 1954.

Não por acaso, também, um dos principais focos da campanha contra o então presidente da República era a Petrobras, por ele criada sob controle estatal, após longa batalha no Congresso Nacional.

O papel que era da União Democrática Nacional (UDN) de Carlos Lacerda foi agora alegremente assumido pela aliança da oposição liderada por PSDB-DEM-PPS, que trouxe de volta, com Aécio Neves, até o mote do "mar de lama", para atacar a presidente, o PT e a Petrobras, a bordo do discurso sobre o "maior escândalo de corrupção da nossa história".

Extinta pela mesma ditadura militar-cívico-midiática de 1964, que ajudou a implantar, dez anos após a morte de Getúlio, a UDN voltou às ruas de São Paulo no último dia 15, pedindo o impeachment de Dilma e a volta dos mesmos golpistas ao poder, empunhando as mesmas bandeiras de sempre, contra a corrupção e a inflação.

Foi neste dia comemorativo da Proclamação da República que, em Roma, no café Ponte e Parione, ao lado da Piazza Navona, terminei de ler o livro de Lira Neto e, embora tendo diante de mim algumas das imagens mais bonitas do mundo, não conseguia deixar de pensar no que estava acontecendo no nosso Brasil naquele preciso momento. Passado e presente se confundiam na minha cabeça e confesso que fiquei deveras impressionado com tantas coincidências.

A grande diferença é que, agora, os militares estão recolhidos às suas tarefas constitucionais, e não dão o menor sinal de apoio aos Bolsonaros da vida, que reencarnaram Carlos Lacerda na avenida Paulista. Além disso, o país não está paralisado por greves orquestradas para encurralar Getúlio pela esquerda e pela direita. E, pelo menos até onde a minha vista alcança, não há tropas americanas se mobilizando para apoiar qualquer movimento contra a democracia que vigora forte em terras brasileiras.

A história costuma dar muitas voltas para voltar ao mesmo lugar, mas não precisa ter necessariamente os mesmos desfechos. Fiz algumas anotações sobre o que têm em comum estes momentos conturbados, separados por seis décadas:

- Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, então alguns dos protagonistas da ofensiva da mídia armada contra Getúlio, continuam os mesmos, nas mãos das mesmas famílias, a desafiar o resultado das urnas e a vontade da maioria – simplesmente, não aceitam mais um período do PT no Palácio do Planalto, completando, ao final do mandato de Dilma, 16 anos no poder.

- A TV Tupi, primeira e única emissora de televisão brasileira nos tempos de Getúlio, que abriu câmeras e microfones para Carlos Lacerda detonar o presidente e seu governo todas as noites, ao vivo, em horário nobre, teve o mesmo destino da UDN e fechou as portas faz tempo, mas os métodos dos Diários Associados de Assis Chateaubriand sobrevivem em outros veículos do grupo, como o jornal O Estado de Minas mostrou na campanha passada. Com maior ou menor sutileza, outras emissoras de TV, a começar pela toda poderosa Globo, que dominaram o mercado após o golpe de 1964, cumprem mais ou menos o mesmo papel nos governos petistas.

- A revista semanal Veja e seus escribas alucinados reproduzem os melhores momentos da Tribuna da Imprensa, criada e comandada por Lacerda, que foi o porta-voz oficial e amalgamou as forças reunidas para a derrubada de Vargas.

- A flácida base parlamentar montada por Getúlio em tudo lembra a de Dilma, embora ambos tivessem maioria no Congresso Nacional, balançando entre contemplar direita e esquerda em seus ministérios, para se equilibrar no centro, provocando assim sucessivas crises políticas e econômicas.

- O PT de Dilma e Lula, com todas as suas contradições e divisões internas, está cada vez mais parecido com o PTB de Getúlio, com o PMDB agora no lugar do velho PSD das oligarquias regionais.

A lista do que há em comum é grande, e eu poderia passar o resto do dia aqui escrevendo sobre isso. Antes de concluir este texto, porém, é necessário registrar outra grande diferença: ao contrário de Getúlio, que tinha a Última Hora, de Samuel Wainer, a seu lado, Dilma não conta com a boa vontade de nenhum veículo da grande imprensa para mostrar e defender as conquistas do seu governo, que também existem.

Dizem que a história só se repete como farsa, mas é bom Dilma tomar cuidado. Recomendo a leitura desta bela obra do Lira Neto, não para assustar ninguém, mas para vocês entenderem melhor o que está em jogo, agora como em 1954. Foi o que aconteceu comigo.

Que Dilma e nós tenhamos melhor sorte.


Fonte: Vermelho

Estudantes querem renúncia do presidente mexicano em seis dias

Cerca de uma centena de estudantes tomaram ontem o controle de duas emissoras de rádio em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero.Um grupo de estudantes da Escola de Magistério de Ayotzinapa, no estado mexicano de Guerrero, exigiu, nesse domingo (23), a renúncia do presidente Enrique Peña Nieto, dando-lhe seis dias de prazo, sob pena de intensificarem as ações de mobilização.


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Cerca de uma centena de estudantes tomaram ontem o controle de duas emissoras de rádio em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero.
“Restam ao presidente Peña Nieto seis dias para apresentar a renúncia ao cargo porque assim pede o povo mexicano”, disse um dos jovens, em mensagem de rádio, acrescentando que, caso contrário, “as mobilizações vão crescer em todo o país”.

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Cerca de uma centena de estudantes tomaram ontem o controle de duas emissoras de rádio em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero, para enviar mensagens exigindo que apareçam vivos os 43 colegas desaparecidos desde 26 de setembro, após violentos confrontos em Iguala.

Os jovens denunciaram que as autoridades federais não estão fazendo nada para encontrar com vida os jovens colegas que, segundo a procuradoria, foram capturados por policiais dos municípios de Iguala e Cocula e entregues a um grupo do crime organizado.

“Vemos que nem o Exército nem a polícia estão fazendo nada, por isso vamos adotas ações por iniciativa própria, acompanhados pela polícia comunitária e, se for necessário, iremos armados”, disseram em uma das transmissões de rádio.

Os estudantes permaneceram uma hora nas emissoras e depois retiraram-se para a sua escola.

Representantes de mais de uma centena de organizações sociais e sindicais concordaram em convocar uma manifestação nacional para 1º de dezembro, dia em que Peña Nieto cumpre dois anos na Presidência do México.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Mesmo com terrorismo econômico, emprego e renda continuam a subir

 O terrorismo econômico não para: desde antes do período eleitoral, os pessimistas só diziam que a renda iria cair e que o desemprego iria aumentar. Não é essa a realidade que os dados reiteradamente vêm mostrando.


 
Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a outubro mostram que não apenas o desemprego continua caindo (em um quadro de pleno emprego), como a renda real do trabalhador também cresce.

O desemprego caiu para 4,7% no mês de outubro de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, sendo o terceiro menor índice da história e o menor para o mês.

Ainda de acordo com o IBGE a população ocupada chegou a 23,3 milhões de pessoas, registrando uma alta de 0,8% em relação a setembro e ficou estável quando comparada a outubro de 2013.

A renda média dos brasileiros também cresceu, indo de R$2.075,39 em setembro para R$2.122,10 em outubro e atingido nível recorde para a série histórica, iniciada em 2012. Com relação a outubro do ano passado, o crescimento foi de 4%. O número de trabalhadores com carteira assinada dos setores privados ficou estavél tanto à setembro quanto à outubro de 2013.

Mesmo com todo o terrorismo econômico o emprego e renda sobem. Vale lembrar que o Brasil se mantém como a sétima maior economia do mundo optando por não arrochar, valorizando emprego e salário.

Fonte: Muda Mais via Vermelho

1ª Corrida e Caminhada Salve o Rio Cachoeira é um sucesso

Uma manhã de domingo diferente em Itabuna. Isso porque o Sindicato dos Bancários promoveu a 1ª Corrida e Caminhada Salve o Rio Cachoeira. Uma atividade esportiva prazerosa e que reuniu a família dos bancários e amantes do esporte. A ansiedade estava a mil e nem a chuva conseguiu diminuir os ânimos dos competidores. Participaram do evento atletas de toda a região e de cidades distantes. Atletas de Porto Seguro, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana e Vitória da Conquista, enfrentaram horas de viagem só para participar da competição.
A Corrida
Na praça Rio Cachoeira, na Beira Rio, o Presidente do Sindicato, Jorge Barbosa, proferiu breves palavras de incentivo e agradecimento a todos. Logo após, foi dada a largada para a corrida. Os competidores deveriam dar a volta nas quatro pontes da cidade e retornar ao local da largada em menos tempo. Foram 6,4km de percurso.
Superando as expectativas de todos, o atleta Luanderson Santos, de 25 anos, natural de Santo Antônio de Jesus, completou a prova com o tempo de 20m50s. “Foi uma prova muito disputada mas eu pude imprimir um ritmo de corrida forte e consegui chegar em primeiro”, explicou. Luanderson que fez a inscrição para a corrida de última hora, contou que soube do evento através da Internet. “Um amigo me marcou no evento nas redes sociais esta semana e eu resolvi me inscrever. Graças a Deus deu tudo certo”, exultou.
O segundo colocado da categoria geral foi Antônio Raimundo Neris de Oliveira, de 43 anos. Ele que mora na zona rural de São Gonçalo dos Campos, município que fica a 20km de Feira de Santana, sonha em deixar de ser trabalhador rural para se dedicar ao atletismo. “Eu amo o esporte, mas infelizmente ainda não consegui um patrocínio para me dedicar ao esporte”, contou. Atleta experiente, Antônio contou quais foram suas conquistas neste ano. “Eu corro há treze anos e este ano foi especial. Disputei cinco competições importantes e venci todas elas, duas, inclusive, aqui em Itabuna. Hoje não deu pra vencer, mas estou feliz com a segunda colocação”, contou.
A primeira colocada na categoria geral, Leidiana Prates Oliveira, de Vitória da Conquista, não conseguiu esconder a emoção ao chegar a linha de chegada. Muito emocionada, ela só conseguia dizer “eu venci, eu venci”.
A classificação geral de cada participante já se encontra no site do Sindicato. Confira!!!
Confira abaixo a relação dos premiados em cada categoria
CATEGORIA GERAL MASCULINO
LUANDERSON SANTOS – 20m50s
ANTONIO RAIMUNDO NERIS DE OLIVEIRA – 21m32s
HARRISSON RAMOS DAJUDA – 21m56s
JOSÉ MUNIZ RAMOS – 22m54s
ITAMAR DA CONCEIÇÃO DE LIRA – 23m10s.
CATEGORIA GERAL FEMININO
LEIDIANA PRATES OLIVEIRA – 27m50s
MARIA APARECIDA SANTOS – 27m55s
ELIENE SOUZA SOARES SANTOS – 28m21s
MARLY XAVIER SANTOS BRANDÃO – 28m41s
LUCIANA DA SILVA MAYNART – 29m23s
CATEGORIA BANCÁRIO MASCULINO
JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA – BB – 25m44s
ANTÔNIO RODRIGO DIAS DE CARVALHO – BRADESCO – 30m25s
JOÃO MONTEIRO DE SENA FILHO – BB – 31m44s
ROMEU FERREIRA DE SOUSA JÚNIOR – BNB – 31m44s
GEORGE DOS SANTOS – CEF – 32m19s
CATEGORIA BANCÁRIO FEMININO
SELENE SOLEDADE DE AGUIAR – CEF – 36m52s
POLYANA NUNES DA SILVA ALMEIDA – BB – 44m57s
KARINY MARTINS LEITE – BB – 1h02m52s.
Agradecimentos 
O Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região agradece aos apoiadores, parceiros e patrocinadores da I Corrida e Caminhada Salve o Rio Cachoeira. Foi de fundamental importância a união de todos para o êxito desta atividade.
Por Bruno Azevedo – Assessor de Imprensa – Seeb Itabuna