sexta-feira, 19 de julho de 2013

Conferência Nacional dos Bancários define pauta de reivindicações neste fim de semana

A 15ª Conferência Nacional dos Bancários acontecerá neste final de semana, de 19 a 21 de julho, em São Paulo, no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi. As discussões na Conferência foram divididas em cinco grandes eixos: Eixo 1 – Emprego; Eixo 2 – Reestruturação produtiva no sistema financeiro; Eixo 3 – Remuneração; Eixo 4 – Condições de Trabalho; e Eixo 5 – Estratégia de campanha salarial (negociação – mobilização – contratação).
Participarão do encontro 696 delegados representantes das entidades sindicais dos bancários de todo o país. Da base da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb/Ba/Se), estarão presentes 28 delegados e 3 observadores, que defenderão as propostas de reivindicações aprovadas na Conferência Interestadual. Representando os bancários de Itabuna e Região estarão presentes os delegados Amélia Teixeira (Amelinha), funcionária do Bradesco e Ricardo Carvalho (Ricardinho), bancário do Itaú.
Os bancários da Bahia e Sergipe defendem: 
Estratégia de negociação
- Mesa de negociação única com a Fenaban, concomitante com as mesas específicas.
Objetivo principal
- Valorização dos bancários (valorização do piso, aumento real de 10% + inflação do período e plano de cargos e carreira para todos os bancários – PCCS).
Manutenção de reivindicações da minuta anterior: empregos, condições de trabalho, PLR, etc.
Bandeiras novas: Vale-cultura de R$ 100, abastecimento dos caixas eletrônicos com numerário suficiente e pagamento de salários sem prazo definido aos afastados por licença-médica.
Bandeiras políticas
- Regulação do Sistema Financeiro;
- Redução dos juros e do superávit primário;
- Democratização da mídia;
- Reforma política democrática.
Fonte: Feeb/Ba-Se

Centrais sindicais lembram 30 anos da greve geral contra a ditadura

Marcos Manocchi/CUT
Crédito: Marcos Manocchi/CUT
As centrais sindicais que integram o grupo de trabalho Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), farão um ato público na segunda-feira (22), no Sindicato Nacional dos Aposentados, no centro da capital paulista, para lembrar a greve geral de 1983, que levou 3 milhões de trabalhadores para as ruas. 

Segundo o coordenador da Comissão Nacional de Memória Verdade e Justiça, da CUT, Espedito Solaney, o ato busca incorporar os sindicatos na agenda da CNV e ajudar na luta por reparação para as vítimas da ditadura. "Sindicalistas de base tiveram seus mandatos cassados, vários desapareceram, vários foram exilados. Queremos a reparação moral, política e material para todos que foram vítimas e foram violados em seus direitos humanos fundamentais."

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Solaney diz que o grupo de trabalho destacou 11 temas a serem estudados referentes à ditadura, como repressão às greves, a legislação "antissindical e antissocial" e o levantamento de sindicatos que sofreram intervenção, durante e após o golpe. 

O coordenador diz que a política de arrocho salarial implementada ao longo da ditadura rebaixou o salário mínimo "em mais de 50%", o que significou uma perda "imensurável" para os trabalhadores: "Parte dos filhos deles ficou raquítica, não se desenvolveu física e intelectualmente. A lei de arrocho salarial veio de encontro à campanha de reposição salarial iniciada com o João Goulart".

O relatório final do grupo de trabalho deve ser concluído em novembro de 2014. As centrais incluirão no relatório o pedido de reparação aos trabalhadores, feita pelas empresas que colaboraram com a ditadura, inclusive em forma de indenização, a exemplo do que ocorreu na Argentina, onde houve reparação e condenação de generais. 

Para o secretário das Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Rogério Nunes, empresários que colaboraram com a perseguição de trabalhadores também devem pagar indenização. "Quem comete crime deve pagar pelos seus atos. Muitos empresários faziam listas exclusivas proibindo determinados trabalhadores de trabalhar, fazendo eles ficarem na extrema pobreza por perseguição. Os trabalhadores não tiveram condição de sobrevivência."

Fonte: Rede Brasil Atual via Contraf

Lula: "Introduzimos o combate à fome na política internacional"

Moara Crivelente
Lula fala do combate à fome e à miséria e da política 
externa soberana do Brasil na Conferência Nacional
 "2003-2013: Uma Nova Política Externa".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a sessão de encerramento da Conferência Nacional “2003-2013: Uma Nova Política Externa”, organizada pelo Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais e pela Universidade Federal do ABC, ontem, quinta-feira (18). A proposta da conferência foi o balanço dos 10 anos e os desafios da consolidação de uma política externa soberana mais voltada para a América Latina e a África, sem "complexo de vira-lata”.

De São Bernardo, Moara Crivelente para o Vermelho


O ex-presidente trouxe à sessão uma série de documentos que relatavam as suas promessas de campanha, iniciando com a declaração de que “uma das nossas propostas em 2002 era fazer com que a Alca [Área de Livre-Comércio das Américas] não acontecesse nesse continente”.

Lula falou de temas diversos, inclusive sobre o ex-agente da Agência Central de Inteligência dos EUA, Edward Snowden, classificando as suas denúncias sobre o programa de espionagem norte-americano como “um grande serviço à humanidade” e à autodeterminação.

Além disso, mencionou o maior empenho nas relações com o Oriente Médio e a atuação do país na mediação de situações de crise política, mas ressaltou o grande défice internacional em governança, representatividade e eficácia das organizações multilaterais, das quais a ONU, por excelência, “não cumpre o seu papel” de promover a paz.

Lula considerou ter tido “sorte” por ter como ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que caracterizou como uma pessoa “simples e humilde”, com quem encontrou afinidades rapidamente. 

Sobre os Estados Unidos e a União Europeia, Lula disse que um “se comporta como o xerife do mundo”, e o outro, “como delegado, e entramos como coadjuvantes". "A verdade é essa, nós não eramos levados a sério, porque não nos respeitávamos. Fomos governados por uma parte da elite do país que tinha complexo de vira-lata”.

Combate à fome

A política externa centrada na superação da fome e da miséria foi o ponto central da fala de Lula, que lembrou do discurso que fez na ONU, em setembro de 2003, ressaltando a questão em âmbito internacional.

Lula foi o primeiro presidente da República que pôde ir ao Fórum Social Mundial (FSM), mas depois, conta, “também fui para Davos falar exatamente o mesmo que disse no FSM, que era possível acabarmos com a miséria no mundo, no Brasil, e sobre tudo acabar com a fome”.

E voltando de Davos, conta: “eu disse, Celso, acho que temos que fazer um esforço importante para mudarmos a geografia política e econômica no mundo”.

“Na primeira reunião do G8 [países mais industrializados do mundo] em que eu participei, eu ficava falando da fome, perguntando quando é que vamos falar da fome? Eu enchi tanto o saco deles que eles até anteciparam o almoço,” disse, em tom descontraído.

E afirmou: “o problema não é a falta de alimento, e sim que as pessoas não têm renda para comprá-lo. Por isso eu disse, é preciso colocar o pobre no orçamento da União”, e não se trata de uma medida paliativa.

Políticas de diálogo

No encontro com o ex-presidente George W. Bush, logo após a sua própria eleição e nas preparações estadunidenses para a invasão do Iraque, Lula disse ter afirmado ao norte-americano que “o Brasil não tem nada contra o Iraque, não quero guerrear contra o Iraque, a minha guerra no Brasil é contra a fome e é essa a guerra que eu quero vencer no meu mandato. Portanto, o senhor faça a sua guerra que eu faço a minha”.

Por isso, Lula ressaltou a falácia sobre a existência de armas químicas no país, afirmando que “foi uma das grandes mentiras contadas no começo do século 21, espero que outra desse tamanho não se repita porque o mundo não pode continuar achando soluções sempre na base da guerra, e sempre a guerra contra os mais fracos”.

Lula também mencionou seu encontro com Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, quando lhe fez perguntas sobre as acusações de que o presidente persa era sujeito, como o desenvolvimento do seu programa nuclear. O ex-presidente conta que havia recebido uma carta do presidente estadunidense Barack Obama, por exemplo, em 2010, com os princípios aceitáveis pelos EUA para um acordo com o Irã. 

Depois dos diálogos e negociações mantidas com Ahmadinejad, o resultado foi um compromisso idêntico aos requisitos dos EUA, disse Lula, mas ainda assim, o acordo não foi aceito. “Eles não queriam um novo ator global, achavam que o Brasil tinha que continuar no mundinho dele”.

No âmbito regional, Lula também ressalta a sua atuação pela criação do grupo “Amigos da Venezuela”, ainda em 2003, para apoiar o então presidente Hugo Chávez contra a crise política e o golpe secundado pelos EUA, para a “consolidação do processo democrático”, ou seja, a manutenção de Chávez no governo.

Lula enfatizou a importância do respeito próprio e da soberania do país nas relações internacionais, e disse: “Ninguém respeita lambe-botas. Na reunião [do G8, países mais industrializados do mundo], quando o Bush chegou todo mundo levantou. Pensei: poxa, ninguém levantou para mim! Então falei: Celso, nós não vamos levantar. Parece bobagem, mas a política também é feita de gestos”.

“Foi esse o primeiro momento da nossa política externa, que definiu que fôssemos nos assenhorando de um espaço que não tínhamos”, completou.

Política regional

“A nossa decisão também foi olhar para a nossa querida América do Sul, e dela olhar para a América Latina”, afirmou. “Aquilo que as pessoas jamais imaginaram que podia acontecer nós fizemos, nesse período que foi mais progressista, socialista e de esquerda da nossa querida América Latina”, disse Lula, listando os sucessivos e atuais governos progressistas na região.

“Nunca tivemos tanto crescimento, tanta distribuição de renda e tanta inclusão social na América do Sul”, afirmou Lula, com a ressalva “temos alguns pequenos problemas entre os países e por isso temos dificuldades em criarmos instituições multilaterais para julgar nossos problemas, mas temos competência para isso”. 

“Quando fizemos a reunião América Latina e Caribe, foi a primeira vez que conseguimos, em 500 anos, reunir todos os países da região sem a presença dos EUA. E vocês sabem quanta crítica recebemos, ‘política terceiro-mundista’ e além, mas sabemos, se resolvermos os nossos problemas, o ator político extraordinário que seremos”, ressaltou Lula.

Depois de todo esse processo, diz Lula, “vocês percebem que os setores conservadores não se conformam, eles sentem saudade do tempo em que éramos subalternos, já tinham se conformado com a miséria ser um dado social”.

Relações com a África

O Brasil estava de costas para a América Latina, olhando para a Europa sem ver a África, disse Lula. “Por isso, abrimos 19 embaixadas na África, e o comércio aumentou bilhões de dólares. Em Angola, disse que os empresários brasileiros deveriam investir na África”.

Na África há uma expectativa muito grande com relação ao Brasil, afirmou o ex-presidente. O país pode dar mais cooperação, mas “o nosso dinheiro para esse setor é muito pequeno, quase nada”, de acordo com Lula, e a burocracia politizada é paralisante.

“Finalmente a nossa presidenta teve uma medida extraordinária de criar uma diretoria no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a África. A nossa deficiência foi de tamanha magnitude que só emprestávamos para quem não precisa”, afirmou.

Lula disse sentir-se preocupado com as expectativas e com a responsabilidade do Brasil com relação à África, e falou das atividades que ainda realiza no continente, através de uma parceria entre o Instituto Lula, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a União Africana (UA).


Presença internacional

Para o Brasil ter a representatividade que tem hoje, disse Lula, precisa agir diferentemente dos outros. “Agora que estamos na Organização Mundial do Comércio (OMC), precisamos fazer um esforço enorme para retomarmos a rodada de Doha, por um comércio mais livre para os mais pobres”.

O Lula também ressaltou o empenho pela mudança nas instituições multilaterais e pela governança global. “Sem instituições mais fortes, o mundo terá problemas para manter a paz, e um equilíbrio econômico social. Não é aceitável que os pobres se conformem que continuarão sendo pobres e os ricos, ricos”.

“Os países ricos já gastaram 9,5 trilhões de dólares para tentar resolver a crise, mas não conseguiu. Segundo o economista Joseph Stiglitz, os EUA já gastaram 3 trilhões na Guerra do Iraque, que ainda não acabou. Imaginem se esses recursos fossem aplicados pra acabar com a miséria”, disse Lula.

Além disso, o ex-presidente ressaltou que depois de oito anos de governo seu, e de dois anos com a presidenta Dilma Roussef, “continuamos brigando pela reforma da ONU e do Conselho de Segurança”, que há muito não representa a geopolítica mundial. 

Ainda assim, Lula disse que avançamos muito pouco na governança mundial. “Os cinco que mandavam continuam mandando, invadem quem querem invadir. Na Síria não invadiram porque a Rússia e a China não deixaram, mas olha o que aconteceu na Líbia”.

Sobre a crise europeia, Lula ressaltou os ditames da chanceler alemã Angela Merkel na União Europeia. “Essas pessoas não foram preparadas para enfrentar crises. São os filhos do Plano Marshal”, acostumados que estavam com o Estado de bem-estar social.

Lula concluiu a sua fala com informações sobre a sua saúde (garantindo não ter voltado a ter câncer, ao contrário do que alguns meios de comunicação afirmaram, mas continuar acompanhando a saúde), depois ouviu estudantes que reivindicavam o seu apoio para a construção de uma residência estudantil na UFABC, e deu declarações aos jornalistas sobre o Governo Dilma, externando a sua confiança na presidenta e na sua reeleição. 


Fonte: Vermelho

É importante qualificar o trabalho dos brasileiros, afirma Dilma

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff falou ontem, quinta-feira (18) sobre a importância da qualificação dos trabalhadores para o desenvolvimento do país. Em Fortaleza, ocorreu a cerimônia de formatura de cerca de 3 mil alunos matriculados em cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) voltados ao público do Plano Brasil Sem Miséria.


A presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia de formatura de cerca de 3 mil alunos matriculados em cursos do Pronatec juntamente com a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Dilma foi recebida pelo governador do Ceará, Cid Gomes e o vice-governador Domingos Filho, pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio e pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). 


"Os formandos de hoje fazem parte de um conjunto de 34 mil cearenses que vêm cursando o Pronatec em vários municípios", informou a presidenta.

Dilma falou ainda da importância da qualificação profissional para os brasileiros e para as brasileiras."Queremos, cada vez mais, qualificar o trabalho dos brasileiros e das brasileiras. Por quê? Porque o país só se desenvolve quando os seus trabalhadores são capazes de um trabalho qualificado". 

A presidenta elogiou ainda o interesse das mulheres na qualificação profissional. "Devemos celebrar o fato de muitas mulheres estarem se formando aqui hoje. Uma coisa que me emociona muito é saber que 71% das pessoas aqui presentes são mulheres", disse. A presidenta solicitou do público aplausos para o professores dos cursos que deram o melhor para a formação de seus alunos, disse ela.

Pronatec

Em pouco mais de um ano e meio, 527.352 pessoas em 1.531 municípios se matricularam nos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) voltados ao público do Plano Brasil Sem Miséria, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Quase 50% das matrículas – 263 mil – foram realizadas nos primeiros seis meses de 2013. Entre os alunos inscritos, 55% têm entre 15 e 29 anos e 66% são mulheres. Até 2014, a meta é alcançar 1 milhão de pessoas inscritas.

São beneficiários de programas como o Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pessoas como as auxiliares de cozinha Madalena da Silva, 42 anos, e Simony Paulina da Silva, 29 anos, que conseguiram emprego antes mesmo de concluir o curso de qualificação no SENAC.

“Minha vida mudou. Minha realidade agora é o meu emprego, mas agora eu também posso pensar no futuro, e quem sabe, sonhar até em fazer uma faculdade”, planeja Simony.

Para Madalena, o emprego significa poder oferecer uma vida melhor para a família. “Com meu primeiro salário, já consegui fazer uma pequena reforma na minha casa e é isso que quero continuar fazendo, oferecendo uma vida melhor para meus filhos”, afirma.

Da redação do Vermelho - com informações do Blog do Planalto
 

Deputada do PCdoB/BA é uma das mais frequentes da Câmara

Um levantamento divulgado na última quarta-feira (17), no início do recesso parlamentar, revelou a freqüência dos deputados na Câmara Federal no primeiro semestre do ano. Entre os mais assíduos, estão cinco parlamentares baianos.


Os deputados Antonio Brito (PTB), Amauri Jr. (PT) e Jutahy Magalhães Jr. (PSDB) não tiveram nenhuma falta, enquanto que Alice Portugal (PCdoB) e Félix Mendonça Jr. (PDT) só registraram uma ausência, apenas. 

Alice contestou o levantamento e justificou a única falta: “[no dia em que faltei] Estava em uma palestra e cheguei atrasada. Por isso apareci no 2º lugar”, explica, brincando. Para ela, a lista de freqüência não é o mais importante no trabalho de um deputado.

“Acho importante fazer o levantamento, mas ele é insuficiente. Melhor do que ser frequente é ser atuante. O deputado tem trabalho no plenário e fora dele. A junção do trabalho parlamentar com a ausculta das ruas é o que faz do deputado um bom parlamentar”, defende.

No primeiro semestre de 2013, foram realizadas 57 sessões deliberativas na Câmara Federal.

De Salvador -Erikson Walla - Vermelho

Estados Unidos constroem novo centro de espionagem na Alemanha

Apesar das fortes críticas internacionais contra a espionagem global praticada pela Agencia de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), foi revelado ontem, quinta-feira (18) que a organização planeja ampliar suas atividades na Alemanha.


De acordo com uma reportagem do jornal alemão Mitteldeutsche Zeitung, o presidente da agência de espionagem alemã (BND), Gerhard Schindler, confirmou os planos em uma reunião da Comissão de Governo do parlamento alemão. Dias antes, a revista semanal Der Spiegel revelou informações sobre os planos da NSA de construir uma sala de alta tecnologia no novo edifício do centro principal do exército americano na cidade alemã de Wiesbaden.

Segundo a revista, o imóvel deverá custar mais de US$ 124 milhões e terá salas a prova de escutas. A partir delas, a NSA planeja espionar e-mails e chamadas telefônicas na Europa.

Antes de 2015, a atual central da Agência na cidade de Heidelberg será mudada por completo para Wiesbaden.

A construção de tais salas surge em meio à explosão do caso do ex-terceirizado da NSA, Edward Snowden, acusado de espionagem por Washington depois de revelar dados sobre o sistema de vigilância eletrônica estadunidense no mundo.

Snowden permanece na zona de trânsito do aeroporto de Cheremetievo, em Moscou, depois de chegar ali oriundo de Hong Kong, em 23 de junho passado.

Há duas semanas, o também ex-agente da CIA fez um primeiro pedido de asilo à Rússia.

Segundo seu advogado Anatoli Kutcherena, o ex-terceirizado poderia solicitar a cidadania russa, já que não deseja sair do país até que lhe seja concedido um asilo temporário.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

Programa Segundo Tempo atendeu mais de 6 milhões em 10 anos

10 anos do Programa Segundo Tempo no Brasil. Foto: Ministério do Esporte

O Programa Segundo Tempo (PST) do Ministério do Esporte completa 10 anos. Para comemorar a data, a Secretaria Nacional de Esporte Educacional, Lazer e Inclusão Social (Snelis) oferece aos parceiros a oportunidade de realizar o Projeto Recreio nas Férias, intitulado “PST 10 anos - Celebrar com Sustentabilidade”.


A ação, realizada no período de férias escolares, começou segunda-feira (15) e alcançará 13.400 estudantes em 137 núcleos no País. O secretário da Snelis, Ricardo Cappelli, visita na próxima terça-feira (23) a cidade de Aquiraz, no estado do Ceará, para conferir de perto a execução do Recreio nas Férias.


A preocupação com a vida na terra é o tema da ação. “Afinal, de que adianta comemorarmos dez anos se não pudermos pensar de modo amplo, na continuidade da vida no planeta, e no quanto todos nós somos responsáveis por ela?”, questiona Cappelli, ao explicar que, por esse motivo, a capacitação profissional dos coordenadores e monitores foi direcionada pela Carta da Terra para Crianças, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A versão do documento da Unesco, reduzida e ilustrada foi adaptada pelo Núcleo de Amigos da Infância e da Adolescência (Naia), ONG com sede no Rio Grande do Sul.

Dinâmica do recreio

A proposta do Recreio nas Férias é disponibilizar as crianças e adolescentes do PST, opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre da garotada, de forma prazerosa e ao mesmo tempo construtiva. “Com o desenvolvimento de atividades lúdicas, esportivas, artísticas, culturais, sociais e turísticas, enfatizamos a valorização do respeito e do companheirismo. Fatores que estimulam participação das famílias e do voluntariado na comunidade”, disse.

O Recreio nas Férias prevê atividades para as férias de julho e janeiro. Para este mês, a ação desenvolvida em cada núcleo é semanal, com duração de cinco dias – segunda a sexta-feira, com cerca de 8 horas de duração/dia. Os profissionais foram capacitados e as unidades contempladas também receberam do Ministério do Esporte uniforme (camiseta e boné) e materiais didático, recreativo ou esportivo.

A ideia é que as férias da garotada sejam muito mais alegres e divertidas. Entre os equipamentos entregues estão bambolês, apitos, bolas, kit mirim de traves de futebol, cones sinalizadores, cordas de pular com manoplas, jogos de dominó, de tacos de madeira com bolinha de borracha e de frescobol.

Programação

O Recreio nas Férias de julho será dividido em dois períodos. Entre os dias 15 e 19, a iniciativa acontece nas cidades de Cafezal do Sul, Lapa e São Miguel do Iguaçu (Paraná), Campo Grande e Rondonópolis (Mato Grosso), Três Rios (Rio de Janeiro), Ubá (Minas Gerais) e Araras (São Paulo). De 22 a 25, será a vez de Lima Duarte (MG), Cachoeira do Sul (RS), Aquiraz (CE) e Pelotas (RS) desenvolverem o projeto.

Balanço do Programa Segundo Tempo

Desde o seu lançamento, em 2003 até o ano de 2012, o programa Segundo Tempo atendeu mais de 6 milhões de crianças e adolescentes expostos a riscos sociais que foram incentivados a praticar esportes em todo o Brasil. Hoje, estão vigentes 222 convênios do Ministério do Esporte com governos estaduais, municipais e federal, funcionando em 4.232 núcleos em todas as regiões brasileiras. Para este ano, a previsão é que cerca de 2 milhões de crianças e jovens sejam atendidos nos convênios e na ampliação da parceria com o Ministério da Educação junto ao Programa Mais Educação.

“A parceria Segundo Tempo/Mais Educação passou a se chamar Esporte na Escola e prevê para 2013 a adesão de mais de 30 mil unidades de ensino. Na lista preliminar das inscrições, apresentada pelo MEC, cerca de 25,5 mil escolas já aderiram ao PST . Nossa expectativa é que os planos de avaliação realizados pelo Ministério da Educação sejam concluídos em agosto”, prevê Ricardo Cappelli. 

Fonte: Ministério do Esporte via Vermelho

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Brasil atinge menor nível de desigualdade social desde 1960

Foto: Reprodução
País teve forte avanço durante 2011, mas ainda assim permanece entre as 12 nações mais desiguais do mundo

RIO - O Brasil atingiu em 2012 o menor nível de desigualdade desde 1960, apesar da crise na Europa, De acordo com a pesquisa "De volta ao País do Futuro" do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV), o índice de Gini - que varia de 0 a 1, sendo menos desigual mais próximo de zero -, caiu 2,1% de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, chegando a 0,5190.
A projeção da FGV é que a desigualdade continue se reduzindo ano País, levando o índice a 0,51407 em 2014. "A má notícia é que ainda somos muito desiguais e estamos entre os 12 países mais desiguais do mundo. Mas a queda de 2001 para cá é espetacular e deve continuar", afirmou Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.
A FGV mostra que a renda familiar per capita média do brasileiro cresceu 2,7% nos 12 meses encerrados em janeiro. É o mesmo crescimento registrado de 2002 a 2008, período considerado uma era de ouro mundial, e superior ao 0% de 2009, em função da crise financeira daquele ano.
A pobreza no País também caiu entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano: -7,9%, ritmo três vezes mais rápido do que da meta do milênio da ONU. Isso depois de uma redução de 11,7% na pobreza de maio de 2010 a maio de 2011, quando o Brasil crescia mais.
Segundo Neri, a redução da desigualdade foi fundamental para este resultado na pobreza. Ele cita que na última década a renda dos 50% mais pobres do Brasil cresceu 68%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu apenas 10%. 
Fonte: Estadão

O Jovem Mandela: Jardineiros e suas searas

No 95º aniversário de Nelson Mandela, um presente da editora Nova Alexandria ao leitor do Portal Vermelho: o 13º capítulo do romance-biografia O Jovem Mandela, lançado em maio deste ano. No livro, se contrói um enredo ficcional em que literatura e realidade se articulam para dar corpo às angúsitas e às ações de um dos mais importantes personagens da história contemporânea mundial: Nelson Mandela.


Comparações são sempre imprescindíveis na vida, caso contrário não saberíamos discernir entre o justo e o injusto, o correto e o incorreto, o bom e o ruim. Já analogias são perigosas, porém, guardando-se os devidos cuidados, podem ser úteis.

Quando entrei na universidade, em Fort Hare, parte de minhas atribuições era cuidar de jardim. Outros considerariam essa atividade um tanto sem graça, não eu, que vivi minha infância descalço, a observar a beleza de colinas, árvores, arbustos, gramíneas, e os insetos e animais que se beneficiavam da vegetação.

Naturalmente, quando menino, de pé no chão e pedra nas mãos para dar em passarinho, minha preocupação essencial era trepar nas árvores e sentir, lá do alto, a brisa fresca ou o mormaço quente a subir do chão empoeirado. E também observar o azulado das montanhas ou a linha perfeita do horizonte.

Na universidade, se tratava de aproveitar a quietude das plantas para pensar sobre o curso, sobre a vida e sobre o porquê de haver tantos pobres e tão poucos ricos sobre a face da terra. Uma ou outra vez levei uma ferroada de abelha enquanto pensava, mas, muitas vezes, meus pensamentos me ferroaram muito mais.

Era verdadeiramente interessante observar como algumas flores eram abundantes e exuberantes, mas de vida breve, enquanto outras eram modestas em número, tímidas na beleza, mas duradouras. No início tinha pena das duas: das primeiras, pela brevidade; e das segundas, pela falta de maiores atrativos.

Porém, observei que alguns passarinhos e insetos polinizadores frequentavam apenas um dos tipos de flores, enquanto outros, apenas o outro. Também observei que a simples mudança de lugar de um vaso pode injetar novas energias numa planta ou arruiná-la de uma vez.

E não apenas o grau de incidência de sol era determinante de sucessos ou insucessos, mas também a exposição ao vento. Algumas plantas suportavam excelentemente correntes contínuas de vento, outras, em pouco tempo murchavam e perdiam as folhas, se expostas a elas.

Confesso que estraguei algumas plantas ao realizar poda errada ou, simplesmente, por temor, não realizar poda nenhuma. Embora um jardim pareça uma realidade uniforme, não é. Cada planta tem sua própria forma de ser e de viver. Uma poda mais cuidadosa é exigida por uma, enquanto outra, de tempos em tempos, necessita de uma poda radical para que novos ramos verdes e sadios surjam.

As particularidades chegam mesmo a minúcias inimagináveis para um iniciante, como era o meu caso. Em algumas ocasiões, doido para terminar rápido o trabalho e ir me divertir com os amigos, me precipitava no trato de alguns exemplares. Uma vez me surpreendi com o desenvolvimento insatisfatório de um tipo de trepadeira, e passei a observá-la com maior atenção. Ela lançava ramos até vigorosos para todos os lados, mas estes não chegavam a lugar algum.

Intrigado, quando um desses ramos avançava sobre o caminho, procurei, com o máximo cuidado, enredá-lo em uma haste que fixei no chão. Tudo ia bem, até que toquei na ponta do ramo. Apesar de a parte de baixo ser flexível, mesmo elástica e firme, a ponta era extremamente frágil e quebradiça. Então, me dei conta de que, toda vez que procurava ajeitar aleatoriamente o emaranhado de ramos, eu mesmo partia suas pontas e condenava a planta ao nanismo. Depois disso, procurei orientar para a posição adequada cada ramo individualmente, tocando apenas em suas partes mais firmes, inferiores. Demorou um pouco, mas a planta vicejou. A verdade é que, até aquele momento, a praga daquela planta era o seu jardineiro afobado.

Tratar cada planta como um indivíduo do jardim foi uma descoberta muito significativa. Enquanto algumas exigem cuidados diários, para outras esses cuidados diários se tornam um estorvo. Algumas aceitam ser manipuladas, outras, principalmente nas regiões de brotos, o simples calor humano ou toque das pontas dos dedos as condena à morte. É mesmo curioso, mas essas mesmas plantas que rejeitam o contato humano, por mais afeto que se imprima nele, aceitam bem ser manipuladas com hastes de metal ou de bambu.

E há eventos com as quais temos simplesmente que nos conformar: algumas plantas crescem rapidamente, tornam-se altas e frondosas, enquanto outras crescem lentamente, nunca atingem grandes alturas e seus galhos são, embora elegantes, finos como taquaras.

Some-se a isso que é necessário sempre contar com as ervas daninhas, que devem ser eternamente removidas, pois sempre voltam, seja por um pedaço de raiz ter permanecido oculto na terra, seja pela ação do vento, que não cessa de semeá-las.

Porém, há ainda, é preciso reconhecer os limites de nossa condição, as perdas, algumas inevitáveis e extremamente dolorosas. 

Quando uma planta é acometida por uma doença de difícil detecção, e cujo tratamento é tardio ou ineficaz, ela fatalmente fenecerá. Se foi bonita e frondosa, se foi frágil e elegante, dela ficará apenas a lembrança e, eventualmente, as sementes ou mudas que gerou. Nesse caso, o carinho para com as sementes e as mudas deve ser redobrado, para que o patrimônio da espécie não sofra risco de extinção e, pelo contrário, resulte em novos frutos e sementes.

Nossa luta por um mundo mais justo se parece muito com um jardim, em que os jardineiros são aqueles que pugnam por transformações verdadeiras, aqueles que os republicanos espanhóis, em sua luta contra o fascismo, chamavam “juventude do mundo”.

Mas isso é uma analogia, uma licença poética, que requer o máximo de cuidado e atenção da parte de quem a recebe, pois o mundo dos dias atuais não é exatamente um jardim para todos e, embora revolucionários sejam uma espécie de jardineiros, sua seara é de esperanças e sonhos, que não são nada se não brotarem do povo, se não estiverem enraizados no povo, e se não florescerem e frutificarem para o povo.


NOTAS:

1) O jovem Mandela- Romance-biografia. Autor: Jeosafá. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2013.

2) Duas das atividades mais apreciadas por Nelson Mandela eram a jardinagem e a horticultura.
Quando estudante cuidou do jardim de um dos professores de Fort Hare, como uma de suas atribuições extraclasse. Tão logo lhe foi permitido, cultivou na ilha de Robben hortaliças e tomates, que inclusive chegaram a abastecer modestamente a cozinha da penitenciária. Sem nunca perder oportunidade para extrair lições de tudo na vida, Mandela aproveitou essa sua inclinação para refletir sobre o movimento de luta contra o apartheid. Em sua autobiografia ele observou: “De certa forma, eu via a horta como uma metáfora para certos aspectos de minha vida. Um líder também deve cuidar de sua horta; ele também planta sementes, e então observa, cultiva e colhe o resultado. A exemplo do jardineiro, um líder deve se responsabilizar pelo que cultiva; ele deve ocupar-se com seu trabalho, tentar repelir os inimigos, preservar o que pode ser preservado e eliminar o que não pode prosperar” (Mandela, 2012, p. 597-598)

3) Em março 1980 o jornal Johannesburg Sunday Post estampa em primeira página o slogan da campanha internacional LIBERTEM MANDELA! Idealizada por Oliver Tambo e pelo CNA, agora uma força poderosa e irresistível, a campanha personaliza no prisioneiro 466 da ilha de Robben todo o esforço pela libertação dos presos políticos da África do Sul e pelo fim do apartheid. A partir desse momento, a história se acelera também dentro da penitenciária: a estratégia de aniquilação dos líderes da luta pela liberdade fracassou. A semente da liberdade, plantada com cuidado por todo o país, inclusive dentro das prisões, e regada amorosamente pelo sacrifício de milhões de africanos ao longo dos anos, tornou-se uma árvore frondosa, que começa a dar uma exuberante florada, cujos frutos eclodirão em abundância a partir do final dessa década.


4) Visite texto suplementar “Amandla! Ngavethu! Nelson Mandela” no blog do autorJeosafá Fernandez Gonçalvez é Doutor em Letras pela USP, com especialização nas relações Brasil-África, autor do livro O Jovem Mandela, Editora Nova Alexandria.


Fonte: Vermelho

Plenária dos movimentos sociais nesta sexta e sábado

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) realizará sua 11ª Plenária Nacional na sexta-feira (19) e sábado (20), no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Estão confirmadas as participações de Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé; e Ademir Figueiredo, coordenador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 


O objetivo é preparar ações comuns com base nas experiências e acúmulos dos últimos 10 anos de existência da CMS e do intenso trabalho desenvolvido pelo movimento social. As recentes manifestações populares, com destaque para o 11 de julho, quando as centrais sindicais e os movimentos sociais realizaram manifestações e paralisações em torno de uma pauta unificada, criaram uma nova conjuntura política social de participação popular. Agora, todos os esforços devem ser feitos no sentido de ampliar as mobilizações para avançar por um projeto mais progressista para o país.


Fonte: Vermelho

Pelo Marco Civil da Internet Já!


Governo mantém aposta no plebiscito, diz Gilberto Carvalho

Governo mantém aposta no plebiscito, diz secretário-geral da Presidência.

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, reafirmou ontem (17) que o governo mantém a expectativa de que o Congresso Nacional convoque o plebiscito sobre a reforma política sugerido pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, para o governo, o plebiscito é uma forma muito importante de consulta. Segundo o ministro, para o governo, o plebiscito é uma forma muito importante de consulta.


"Continuamos apostando que o plebiscito ocorra e vai ser um momento importante de participação da sociedade e para ela manifestar concretamente a vontade que tem de mudar a forma de se fazer política no Brasil”, disse Gilberto Carvalho, após participar do lançamento do Observatório Participativo da Juventude, no Palácio do Planalto.

De acordo com o ministro, o plebiscito é o canal para atender o desejo de mudança expresso pela população nas manifestações que tomaram as ruas do país no mês passado. “Temos dito sempre que a proposta da presidenta de plebiscito como forma adequada de consulta e participação era a forma que melhor respondia ao desejo manifesto nas ruas de mudar a cultura política, de combater uma cultura de corrupção que, infelizmente, em parte tem estado presente na cultura política brasileira.”

Ontem (16), a Câmara dos Deputados instalou o grupo de trabalho que vai debater a reforma política. O grupo anunciou que fará audiências públicas e criará um portal na internet para receber sugestões da sociedade. O coordenador do colegiado, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), considera possível apresentar uma proposta antes mesmo dos 90 dias de trabalho estipulados para o grupo.

Questionado se a presidenta Dilma Rousseff irá vetar trechos do Estatuto da Juventude que tratam da gratuidade no transporte interestadual e da meia-entrada para estudantes, Gilberto Carvalho respondeu que o assunto ainda não foi discutido. No último dia 10, a Câmara dos Deputados aprovou o estatuto, que trata de direitos e políticas públicas voltadas para jovens de 15 a 29 anos. Em tramitação na Casa desde 2004, o texto agora aguarda sanção presidencial.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Lula debateu com juventude novo momento político do Brasil

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na terça-feira (16) jovens de movimentos sociais e de coletivos independentes. Em entrevista ao Portal Vermelho o presidente da UJS, André Tokarski explicou que esse foi um segundo encontro realizado entre Lula e jovens representantes de entidades e movimentos sociais nas últimas semanas. 

Por Mariana Viel, da redação do Vermelho


Ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner, do secretário de cultura da cidade de São Paulo, Juca Ferreira, e de diretores do Instituto Lula, o ex-presidente ouviu os jovens sobre os movimentos políticos dos últimos meses e também sobre temas como cultura, democracia, política e comunicação.

“Ele tem ouvido toda a sociedade civil e tem conversado muito com governadores, parlamentares e representantes dos movimentos sociais e sindicais. Ele mais ouviu do que falou, no sentido de compreender esse novo processo de luta política que o Brasil vive”, explicou o líder estudantil.

Tokarski reafirmou o papel político do ex-presidente no cenário nacional. Para ele, o diálogo busca novos caminhos para a construção de mais mudanças. “Ele [Lula] próprio falou que as mobilizações nos despertam para a necessidade dos avanços que o Brasil ainda precisa ter — em especial para a criação de mecanismos que aprofundem a democracia através da reforma política”.

“O ex-presidente considera que as reivindicações de hoje são fruto do aumento da exigência da juventude que teve sua consciência ampliada a partir das transformações que o Brasil viveu nos últimos 10 anos. Hoje temos reivindicações que ultrapassam as necessidades básicas. Conquistamos muitas mudanças na educação, mas queremos educação de qualidade. Todo mundo quer saúde e transporte de qualidades e isso já é fruto desse novo período que o Brasil vive ”.

Contrariando alguns boatos que circularam na mídia conservadora brasileira, nos últimos dias, Tokarski falou da disposição e da aparência saudável de Lula. “Estive com ele posso afirmar que Lula está em pleno estado de saúde. Muito bem, e disposto a exercer a atividade política”.


Fonte: Vermelho

Dilma convoca "ampla" reunião para discutir cálculo de transporte

Presidenta Dilma durante a 41ª Reunião Ordinária
do Pleno do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social (CDES), realizada no Itamaraty. Foto: Roberto Stuckert Filho

A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem, quarta-feira (17) que está convocando uma “ampla” reunião com gestores públicos de todo o país e profissionais da área de transportes para discutir a planilha de cálculo das tarifas de transporte público. Segundo Dilma, estão sendo chamados prefeitos, governadores, movimentos sociais, o Fórum Nacional de Secretários de Transporte, setores da academia, prestadores de serviço de transporte e trabalhadores do setor.


“A maioria dos municípios usa hoje, em 2013, a metodologia desenvolvida pelo Geipot [Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes, já extinta] em 1984 e atualizada em 1993. Portanto, 20 anos atrás”, disse a presidenta durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio Itamaraty.

Durante o evento, Dilma disse que o país é pobre em investimentos em mobilidade urbana, com um espaço “extremamente desigual” e o trânsito afetando toda a população. “Esse processo de alimentar a desigualdade e não dar soluções a ela acaba atingindo toda a população, mesmo aqueles que têm uma renda maior, porque são impactados por um trânsito absurdo e infernal”.

A presidenta lembrou que foi o “transporte de má qualidade, extremamente apertado, como sardinha, e com uma freqüência não tão adequada em várias partes do nosso país” que desencadeou as manifestações que tomaram as cidades de todo o país durante o mês de junho. Ela ressaltou que a questão é muito importante.

Entre as ações do governo para tentar melhorar a área depois da movimentação popular, Dilma citou o anúncio, feito em junho, de R$ 50 bilhões para obras de infraestrutura urbana e o início do diálogo com governadores, na semana passada, para selecionar novos projetos a serem implementados no setor de transportes.

Dilma também criticou a histórica falta de investimentos em metrô, nas grandes cidades, considerado muito caro no passado e desconsiderado por muitos gestores. “Agora, como ter uma cidade com 20 milhões de habitantes sem transporte subterrâneo? Como é possível sem que isso leve a uma desarticulação integral da cidade?”, indagou ao dar o exemplo de São Paulo.

Para evitar prejuízos maiores no futuro, a presidenta destacou a importância das cidades médias se planejarem para evitar os problemas das grandes metrópoles. “Em especial, temos condição de salvar as cidades médias, que crescem de forma celerada e que ainda podem ter um processo de planejamento anterior ao caos. Porque nas cidades grandes são necessários, agora, dois processos: um emergencial, para conter o caos, e outro de planejamento, para estruturar uma cidade de forma adequada”.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vídeo sobre protesto contra a Globo se espalha pela rede

Na noite de quinta-feira (11), o 1º Grande Ato Contra o Monopólio da Mídia mobilizou milhares em frente da sede da Rede Globo, em São Paulo (SP). Veja o vídeo sobre o protesto, produzido pelo coletivo Nossa Tribo, que tentou postar inúmeras vezes no YouTube e relata que teve dificuldades.


"Este vídeo, que é a cobertura de um protesto contra a Rede Globo de Televisão, foi originalmente postado no youtube. Infelizmente, "alguém" apagava-o antes de se tornar conhecido. Segundo fontes de dentro da emissora, a Globo estaria pressionando os servidores para a não publicação de vídeos que ameacem os interesses da TV", explica o coletivo no Facebook, onde postou as imagens "para alertar a população sobre as irregularidades".

Vermelho encontrou ele postado no YouTube por diversas pessoas. Pelo jeito será difícil evitar sua disseminação pela rede.



Da redação do Vermelho

Eleição para Conselho Municipal de Saúde será dia 20

A eleição dos 24 conselheiros da Saúde em Itabuna será realizada no dia 20 de julho na Escola Municipal Lucia Oliveira, das 9h às 17 horas. As inscrições para ter direito a voto começaram ontem e vão até as 17 horas de hoje, na sede do Conselho Municipal de Saúde, na Avenida Firmino Alves, 244.
A comissão eleitoral que coordena a eleição do Conselho foi escolhida na segunda-feira (15), em assembléia no Sest/Senat. Das 41 entidades participantes 27 votaram na Chapa I e elegeram como presidente da Comissão, o representante do Sindicato dos Comerciários, Gilson Costa. Os demais membros são: Renan Araújo, Secretaria de Saúde; Leonardo Freitas, Hospital de Base; Marcos Alves, Associação de Moradores do Parque Boa Vista; Naialêna Felisberto, Sintratec; Zilda Portela, Sindiacs; José Raimundo Santos, Sintesi e Carlos Leahy, CDL.
A Secretaria da Saúde e o presidente da Comissão convocam os representantes de entidades municipais e da sociedade civil para participarem do processo eleitoral. Todo cidadão pode comparecer e participar. “Esperamos a participação intensa de todos, será garantido o direito a voto e voz” afirmou Gilson Costa.
Fonte: ASCOM/Prefeitura

Bahia soma 105 ataques às agências bancárias

A Bahia é um dos estados com maior índice de ataques a bancos. Até hoje foram 105 ocorrências, sendo 50 explosões, 19 arrombamentos, 21 assaltos e 15 tentativas frustradas. A última ocorrência aconteceu nesta madrugada, no município de Elísio Medrado.
 
Uma quadrilha explodiu os terminais eletrônicos do Bradesco. É a segunda vez neste ano que a agência é alvo de ataques. Em fevereiro, um caixa foi arrombado e ficou dias sem funcionar, deixando a população sem alterna.

Fonte: O Bancário

Bahia prepara encontro internacional de Agenda doTrabalho Decente

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) defendem a valorização
 das mulheres para fortalecer economias agrícolas
 e, desta forma, combater a fome no planeta. Foto: Verena Glass, da Repórter Brasil.

Delegações do Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina estarão em Salvador nos próximos dias 5 e 6 de agosto para participar do “Encontro Internacional de Agendas Subnacionais de Trabalho Decente”, promovido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).


O evento internacional, que ocorrerá no Hotel Deville, em Itapuã, tem como objetivo promover uma troca de experiências sobre a construção de agendas subnacionais de Trabalho Decente no “cone sul”, bem como a formação de uma rede que permita avançar conjuntamente em alguns temas chave, tais como diálogo social e fortalecimento dos atores tripartites; empregos verdes e trabalho decente: desenvolvimento econômico local; e emprego de jovens.

Além das delegações internacionais, já confirmaram presença delegações nacionais dos estados de Mato Grosso, Paraná, Tocantins, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo Distrito Federal; de quatro prefeituras e representantes do Consórcio Intermunicipal da Grande ABC; além de integrantes dos Escritórios da OIT no Brasil, Chile e Argentina.

Fonte: Ascom/Setre via Vermelho

terça-feira, 16 de julho de 2013

Morte prematura de jovens custa R$ 79 bilhões por ano

Imagem: reprodução

Mais de 53 mil pessoas são assassinadas por ano e as vítimas tornaram-se cada vez mais jovens. O perfil desses jovens, vítimas dos vários tipos de mortes violentas, é em sua maioria homens, pardos, com 4 a 7 anos de estudo, mortos nas vias públicas, por armas de fogo.

Esse é um dos dados que consta no estudo Custo da Juventude Perdida no Brasil, de autoria de Daniel Cerqueira, diretor de Estado, Instituições e Democracia do Ipea.
O estudo indica que a morte prematura de jovens devido às violências custa ao país cerca de R$ 79 bilhões a cada ano, que correspondente a 1,5% do PIB Nacional. Cerqueira alerta que não só mortes com armas de fogo foram dignas de destaque, a taxa de óbitos em acidentes de trânsito envolvendo jovens aumentou em 44,6% na última década.
Os resultados indicaram que a violência letal na juventude pode responder por uma perda de expectativa de vida ao nascer dos homens de até dois anos e sete meses, como é o caso em Alagoas, mas de, no máximo, quatro meses para as mulheres, conforme observado em Roraima.
A mortalidade violenta de jovens (entre 15 e 29 anos) no Brasil é um problema que veio se agravando nas últimas décadas, sobretudo no que diz respeito à letalidade ocasionada por homicídios e por acidentes de transporte.
No que se refere aos homicídios, a piora se deu em dois planos. Não apenas a letalidade aumentou ano a ano, mas as vítimas tornaram se gradativamente mais jovens.



Este fenômeno pode ser observado no gráfico acima, em que as taxas de homicídio para cada idade aumentaram e as distribuições foram deslocadas para a esquerda.
Com efeito, enquanto o máximo da taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 154% entre 1980 e 2010, quando passou de 27,7 para 70,6, a idade em que se alcançou essa taxa máxima de homicídio variou de 25 para 21 anos.
Fonte: Adital, com informações do Ipea

A NOVA PLATAFORMA DA ESQUERDA

Por Emir Sader em Carta Maior

Crédito: http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br
Os governos Lula e Dilma se apoiam na prioridade do social. Apoiaram-se no diagnóstico correto de que a desigualdade social, a pobreza e a miséria são os problemas fundamentais que o Brasil arrasta ao longo dos séculos. E no fato de que os governos neoliberais – Collor, Itamar e FHC – exacerbaram esses problemas, revelando o ponto mais frágil desse tipo de governo.

Ao longo dos anos foi ficando claro que o imenso apoio popular dos governos, desde 2003, se deve, no essencial, às políticas sociais. O deslocamento das bases sociais fundamentais de apoio dos governos Lula e Dilma para os setores e as regiões mais pobres confirmava esse fenômeno.

Mesmo a oposição, depois de tentar negar que o país tinha mudado muito, e mudado para melhor, teve que reconhecer essas transformações sociais. Tentou dizer que provinham do governo FHC, mas implicitamente reconheciam as transformações.

Dilma se comprometeu, neste mandato, a terminar com a miséria no Brasil, projeto que segue adiante, apesar do baixo crescimento da economia. Mas Dilma já não pode se candidatar para um novo mandato com as mesmas propostas anteriores. Seja porque não se propõem plataforma apenas baseada na extensão do que já foi conquistado, seja porque os avanços inquestionáveis demonstram suas debilidades nas justas demandas de melhoria na qualidade dos serviços públicos. Seja também porque já se deu o processo de naturalização das conquistas obtidas nos mais de 10 anos dos governos do PT. Além de que, como as manifestações evidenciaram, os setores da juventude não foram contemplados em suas demandas específicas.

O equivocado diagnóstico de que o Brasil já teria se tornado um país de classe média ajudou a dificultar a percepção de acúmulo de problemas persistentes na sociedade brasileira, a começar pelos de transportes, mas cuja lista se estende aos problemas de moradia, de saúde, de educação, de segurança, entre tantos outros.

A nova plataforma, que deve orientar a campanha eleitoral e o segundo mandato da Dilma, deve se centrar numa revolução na educação e na saúde no Brasil, que, apesar de certas melhorias, continuam a ser setores muito deficitários. Além da melhoria nas prestações do serviço público, nas outras áreas mais sensíveis à vida da grande maioria da população, como o transporte, segurança, o saneamento básico.

Compreender o significado das mobilizações populares recentes significa também atuar em outras direções. A primeira delas: atuar em políticas para a juventude, setor em que o governo foi muito carente até aqui. Se houve avanços em áreas dirigidas para a formação e a profissionalização – como a grande ampliação de vagas nas universidades, na escola técnicas, a políticas de cotas etc. –, nos temas específicos da juventude não houve avanços importantes.

Temas como a descriminalização das drogas leves, da democratização da internet, da legalização do aborto e, especialmente, da priorização das políticas de cultura, para o conjunto da juventude – mas, em particular, para a juventude das periferias das grandes metrópoles – devem ser assumidos pelo governo.

Ao lado deles, a democratização dos meios de comunicação e das campanhas eleitorais – substituindo o financiamento privado pelo público – atendem às demandas de uma política realmente democrática, transparente.

Será com uma nova plataforma, que vá do aprofundamento da democratização social à democratização política e cultural, que se conseguirá consolidar os avanços da década e levar o Brasil a ser um país justo, soberano e solidário. 


Fonte: Conversa Afiada -http://www.conversaafiada.com.br