sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Bancos fazem venda casada de seguro com empréstimo, constata Idec

Grandes bancos do país incluem seguros em contratos de empréstimo pessoal, sem autorização prévia do consumidor. A prática é conhecida como venda casada e é proibida por lei.

A constatação é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que fez um teste com seis instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú Unibanco e Santander.

Entre 27 de junho e 11 de julho, os pesquisadores do Idec pediram um empréstimo pessoal nesses seis bancos. Em todos os casos, o empréstimo foi de R$ 300, dividido em seis parcelas.

Segundo o instituto, Banco do Brasil, Itaú e Santander incluíram um seguro no empréstimo sem a autorização do consumidor, prática considerada venda casada, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Os bancos negam a prática.

O valor do seguro embutido nas operações foi baixo no caso do Banco do Brasil e do Itaú (R$ 2,19 e R$ 4,14, respectivamente); o cobrado pelo Santander foi mais salgado: R$ 27.

Seguro é bom para o banco, mas desnecessário para o cliente

Independentemente do valor do seguro, o Idec considera que se trata de um custo desnecessário.

"O seguro garante à instituição financeira receber o recurso caso o cliente não pague a dívida. Já o consumidor, além de pagar por essa garantia, tem de arcar com os juros e a multa pelo atraso quando fica inadimplente", diz Ione Amorim, economista do Idec e responsável pela pesquisa.

O resultado verificado agora é semelhante ao observado em outro teste feito pelo Idec, em 2012.

"Essa prática é tão consolidada dentro dos bancos que eles entendem que é correta. É preciso haver um movimento maior de fiscalização do setor para que isso seja evitado", diz Ione Amorim.

Maioria dos bancos não entregou contrato para o consumidor

A venda casada de seguro não foi o único problema identificado no levantamento. Dos seis bancos, apenas o Itaú entregou o contrato do empréstimo para o consumidor (mesmo assim, apenas dez dias depois da operação).

O Idec procurou os contratos dos outros cinco bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC e Santander) na internet, e considerou que eles são pouco claros.

Além disso, os contratos dos seis bancos contêm cláusulas abusivas, de acordo com a entidade. Em todos há, por exemplo, previsão de vencimento antecipado da dívida caso o consumidor fique inadimplente. Ou seja, se atrasar uma parcela, o cliente tem de pagar a dívida toda de uma vez.

Bancos negam prática de venda casada

Em nota, o Itaú nega a prática de venda casada e diz que "a contratação de seguro é uma opção do cliente e não uma condição para obtenção do crédito". Afirma, ainda, que fornece comprovantes das transações com as condições dos contratos.

"Esse contrato não contém cláusulas abusivas e respeita integralmente a legislação em vigor e os direitos dos consumidores", diz.

O Santander diz que "não condiciona a contratação de qualquer produto ou serviço à aquisição de outros produtos ou serviços". O banco informa, ainda, que está "avaliando os fatos apontados e fará os ajustes que forem necessários".

Em nota, o Bradesco diz que "uma via do contrato é sempre concedida" ao cliente na contratação do empréstimo pessoal. "As cláusulas do contrato são elaboradas respeitando as regras vigentes relacionadas à defesa do consumidor", afirma o banco.

Procurados pelo UOL, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e HSBC não comentaram os resultados do teste até a publicação desta reportagem.
Fonte: Aiana Freitas - UOL via Feeb-Ba-Se

População pobre fica 76% menor entre 2004 e 2012 no Brasil

A pobreza crônica no Brasil, quando consideradas várias dimensões de carências e privação, caiu de 6,7% para 1,6% da população no período de oito anos, entre 2004 e 2012, segundo estudo do Banco Mundial.
A queda de 76% foi apresentada por técnicos do Banco Mundial em encontro promovido no Rio de Janeiro pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo World Without Poverty (WWP), projeto conjunto do Banco Mundial, do MDS e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O estudo considerou pobres de renda aqueles que ganham até R$ 140 mensais por membro da família. O valor é maior do que a linha de extrema pobreza brasileira, de R$ 77 mensais (equivalente a US$1,25 diário), também por membro da família. Se a pobreza crônica considerasse apenas a população em situação de miséria, o percentual da redução seria ainda menor do que o 1,6% da população identificado pelos autores do estudo.
"Os resultados na redução da pobreza multidimensional refletem os efeitos de políticas como Luz para Todos e a melhoria no acesso à educação verificados no Brasil nos últimos anos", destacou a ministra o Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do evento. Ela lembrou que mais de 3,1 milhões de residências tiveram acesso à luz elétrica desde o início do programa Luz para Todos em 2004.
A pobreza de renda caiu muito, segundo a ministra, devido a uma série de fatores, como o Bolsa Família, o crescimento do salário mínimo e o aumento da formalização do emprego, mas a queda foi ainda maior se considerados fatores como acesso a bens e serviços públicos.
O trabalho feito pelo Bird, focado na pobreza multidimensional, considerou, além da renda, sete dimensões da pobreza: se as crianças e adolescentes até 17 anos estão na escola, os anos de escolaridade dos adultos, o acesso à água potável e saneamento, eletricidade, condições de moradia e, finalmente, a bens, como telefone, fogão e geladeira. O estudo trabalhou com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE).
A ministra destacou que o Plano Brasil Sem Miséria foi organizado de forma a enfrentar a pobreza em suas diferentes dimensões, garantindo renda, mas também cuidando de melhorar as oportunidades para inserção econômica dessas famílias, assim como o seu acesso a serviços. "Construímos o Plano Brasil Sem Miséria olhando o conjunto da população pobre e extremamente pobre", explicou ela. "Sempre agimos de maneira multidimensional e os dados do Banco Mundial comprovam isso".
Para a economista do grupo de Desenvolvimento Humano e Proteção Social do Banco Mundial, Anna Fruttero, coautora do estudo, o fato de um indivíduo ser pobre monetário e multidimensional aumenta a probabilidade de ele seguir na pobreza. "O objetivo tem que ser a erradicação da pobreza crônica", afirmou.
"O que nos estimula", disse a ministra Tereza Campello, "é que os dados do Banco Mundial mostram que nossa ação tem sido eficaz, pois conseguiu atingir a pobreza crônica". Ela salientou ainda que o trabalho apresentado pelo Banco Mundial considerou dados até 2012 e que os resultados seriam ainda mais surpreendentes se tivessem sido computados dados de 2013, que incluem parte dos efeitos de programas como Água para Todos, Minha Casa, Minha Vida, e Mais Médicos.
*Agência PT via Feeb-Ba-Se

Plebiscito popular por reforma política já tem mais de 30 mil urnas pelo país

O plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva e soberana do sistema político ganha cada vez mais as ruas e redes sociais do Brasil. Já são mais de 30 mil urnas distribuídas por todos os estados brasileiros, inclusive nas capitais.
A consulta por reforma política segue até domingo, dia 7 de setembro. O objetivo é criar uma força social capaz de pressionar o Congresso Nacional pela convocação de uma Constituinte exclusiva e soberana, para discutir questões como o financiamento privado de campanhas eleitorais, a representatividade no Parlamento e os mecanismos de democracia direta.
Nessa mobilização, mais de 100 mil pessoas trabalham voluntariamente pela coleta de votos, que acontece também pela internet. Desde o primeiro dia de votação, que se iniciou na última segunda-feira (1), o site do plebiscito já teve mais de três milhões de acessos.
A expectativa é que candidatos às eleições deste ano também aproveitem o período eleitoral para marcar posição a favor da mudança nas regras do sistema político. Nesta quarta-feira (3), o ex-presidente Lula votou pelo sim em campanha na Bahia. Nos próximos dias, a presidenta e candidata Dilma Rousseff (PT) e o candidato Eduardo Jorge (PV) devem registrar o "sim" a favor do plebiscito. A candidata Luciana Genro (PSOL) também já registrou sua manifestação favorável à consulta popular.
O voto pelo sim no plebiscito popular poderá ser dado em urnas instaladas em praças, parques, estações de metrôs e em outros lugares de aglomeração pública. A votação pela internet acontece no endereço www.plebiscitoconstituinte.org.br.
*Fenae  via Feeb-Ba-Se

Comunistas pedem concentração de forças e unidade para reeleger Dilma

Dilma na Convenção Nacional Eleitoral do PCdoB. 27 de junho de 2014.
Dilma na Convenção Nacional Eleitoral do PCdoB. 27 de junho de 2014.

O Secretariado Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) analisa o quadro político-eleitoral, em nota dirigida aos militantes, quadros, eleitores, aos partidos aliados e movimentos sociais. Atenta à nova polarização, entre a candidatura da presidenta Dilma à reeleição e de Marina Silva (PSB), apoiada pelo grande capital financeiro e forças conservadoras, a direção comunista faz um apelo à concentração total de forças para alcançar a quarta vitória do povo brasileiro.

Dentro de um mês, em 5 de outubro, os brasileiros irão às urnas decidir sobre o futuro do país, elegendo presidente da República, governadores das 27 unidades da Federação, senadores, deputados federais e estaduais. Até lá, o povo brasileiro estará imerso em intensa luta política, da qual poderão emergir uma consciência política elevada e a decisão de seguir em frente na construção de uma grande nação progressista, democrática e justa. 

Para as forças democráticas, populares e patrióticas, unidas em torno da candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, a batalha se afigura dura e renhida, o que não surpreende e não deve ser motivo de vacilação nem pessimismo. As vitórias eleitorais precedentes, em 2002, 2006 e 2010, também foram obtidas após intensas disputas, tendo as eleições presidenciais sido decididas no segundo turno.

Está em jogo o destino do país. Temos a convicção de que o eleitorado saberá distinguir sobre o caminho que a nação deve percorrer, se o das transformações políticas e sociais, sob a liderança da presidenta Dilma, ou do retrocesso, representado por uma das candidaturas oposicionistas.

O Brasil está diante do grande desafio de defender as imensas conquistas alcançadas durante os últimos 12 anos, sob os governos de Lula [2003-2010] e Dilma [2011-2014]. Gradual e consistentemente, o país vem percorrendo, desde a primeira vitória eleitoral de Lula, um caminho de mudanças, como jamais se vivenciou em sua história. É um novo ciclo político, durante o qual se ampliou e aprofundou a democracia, elevou-se a participação popular, implantaram-se políticas públicas que retiraram cerca de 40 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, reduziu-se a desigualdade social e progrediu-se em todas as áreas – na saúde, na educação, na moradia popular, na infraestrutura.

Igualmente, o Brasil consolidou sua soberania, inseriu-se no mundo com independência, praticou uma política externa de defesa da paz, da cooperação, do direito internacional. Assertivo e solidário, o novo Brasil governado por Lula e Dilma desempenhou papel ativo em prol da integração dos povos e nações latino-americanos e caribenhos. Ousado, abriu novos horizontes e contribuiu para a luta por uma nova ordem econômica e geopolítica mundial.

O Brasil reúne as condições propícias para avançar, durante o novo período que se abrirá a partir de 2015, na luta por grandes reformas e grandes mudanças, para dar novos passos históricos rumo a um salto civilizacional, em que se transforme no apanágio da justiça social para todos os seus filhos.

A presidenta Dilma Rousseff tem dado demonstrações de que é a liderança política capaz de enfrentar esses desafios. O seu governo fez face à crise internacional, mantendo as políticas sociais, o nível de emprego, defendendo e aprofundando as conquistas, preservando a democracia, mantendo-se firme diante das pressões externas.

Em sua campanha, na qual desponta como a candidata com maiores intenções de voto, segundo todas as sondagens, tem deixado claro que está consciente de que seu próximo governo não será apenas de continuidade. Está atenta às novas exigências da época, ao clamor do povo, principalmente da juventude, por mais mudanças e mais reformas. Por isso, proclamou sua disponibilidade para dirigir o esforço nacional pela abertura de um novo ciclo histórico, de consolidação, ampliação e aprofundamento das mudanças que o país vem realizando desde 2003. O anúncio que fez, no início da campanha, do Plano de Transformação Nacional, é o pacto que propôs ao povo brasileiro para seguir unido na nova etapa.

Sucessivamente derrotados nos grandes embates eleitorais, os representantes mais notórios das classes dominantes retrógradas, entrincheirados principalmente no PSDB, tornaram-se política e eleitoralmente superados. Depois de três mandatos presidenciais sob a liderança de Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2014), o povo brasileiro não quer a volta às políticas que degradaram as suas condições de vida, roubaram-lhe direitos e fragilizaram a nação.

Diante do fracasso do PSDB e da candidatura de Aécio Neves, os conservadores realinham suas forças. Nas novas circunstâncias, encontram em Marina Silva (PSB) a candidatura com a qual tudo farão para tentar interromper o ciclo progressista. Inflada pelo poderoso aparato midiático, a candidatura de Marina Silva conquistou adesões que a consolidam no segundo lugar e a credenciam a disputar o segundo turno contando com o apoio das forças conservadoras.

O Brasil vive um real perigo de retrocesso. Em poucos dias de campanha, vai ficando claro o caráter da candidatura de Marina Silva. Seus compromissos com o grande capital financeiro são explícitos, seus projetos contrastam flagrantemente com os interesses nacionais – do que é exemplo maior sua declaração de que a exploração do pré-sal é uma aposta errada. O seu programa é uma carta de rendição aos banqueiros, ao FMI e à intolerância. Politicamente, os conceitos ali emitidos e as medidas propostas constituem uma ameaça de retrocesso da vida democrática e à unidade das forças vivas e emergentes da nação. Em seus devaneios, Marina Silva supõe que pode governar o país com messianismo, incoerências, mentiras e ambiguidades, como agente das ONGs internacionais e dos banqueiros.

Ao proclamar que vai governar “com os melhores”, deixa à mostra o desdém pelas instituições democráticas e republicanas, seu elitismo e concepção aristocrática. Sua “nova política” é uma farsa, uma formulação demagógica para justificar os ataques à democracia e à soberania nacional. Marina Silva personifica a luta anti-Dilma, o combate à esquerda e aos laços de solidariedade do povo brasileiro com as forças transformadoras na América Latina. O que transparece de seu plano de governo e de suas declarações é a preparação do terreno para iniciar uma ofensiva contra as conquistas sociais alcançadas nos últimos 12 anos.

O momento exige a concentração de forças e a união do povo brasileiro, por meio dos partidos políticos progressistas e dos movimentos sociais democráticos e populares, para reeleger a presidenta Dilma Rousseff. Seu governo e sua candidatura representam imensa força política e social, correspondem aos anseios profundos do povo brasileiro. Conquistar a vitória nas urnas em 5 de outubro é o caminho para prosseguir a acumulação histórica de forças e manter o Brasil na senda da democracia, da soberania nacional, do progresso social, como ator de peso no empenho por um mundo de paz.

O Partido Comunista do Brasil, indispensável protagonista de todas as lutas e vitórias do povo brasileiro alcançadas desde a superação da ditadura, na Assembleia Nacional Constituinte, na luta contra o neoliberalismo, na contribuição que tem dado para o êxito dos governos de Lula e Dilma, está totalmente engajado na campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff, lado a lado com os partidos aliados.

Temos a convicção de que a mobilização dos milhões e milhões de militantes, ativistas, simpatizantes e eleitores desses partidos despertará as energias e a força do grande povo brasileiro para conquistar sua quarta vitória, com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, conquista à qual se somará a eleição de uma grande bancada das forças de esquerda e do Partido Comunista do Brasil nas casas legislativas, assim como de grande número de governadores comprometidos com as causas democráticas, populares e patrióticas.

São Paulo, 4 de setembro de 2014.

O Secretariado Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Fonte: Vermelho

Marina recua sobre revisão da Anistia e ganha apoio do Clube Militar

Reprodução do site do Clube Militar que divulgou editorial em apoio a MarinaA exemplo do que tem ocorrido nos últimos dias com o apoio de personalidades da estirpe de Silas Malafaia, Pastor Marcos Feliciano (PSC) e o coordenador de campanha de Aécio Neves, Agripino Maia (DEM), agora foi a vez do Clube Militar do Rio de Janeiro declarar adesão à candidata.


Em documento divulgado na última quarta-feira (3), o clube mais conservador do Exército diz que a candidata do PSB é “um fio de esperança” para derrotar a candidata do PT, Dilma Rousseff. “Esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos”, diz o texto.


Confirmando que muda de acordo com as circunstâncias, a adesão dos militares do clube veio junto com as declaração da candidata em sabatina do portal G1, da Globo, na quarta-feira(3), em que diz ser contra a revisão da Lei de Anistia. Marina dizia que a tortura era crime hediondo, inclusive em artigos publicados em jornais.

A Lei da Anistia foi editada em 1979 e permitiu que os exilados e presos políticos que resistiram ao regime militar retornassem ao País, mas também anistiou as violações de direitos humanos cometidas por torturadores.

Marina defendia, pelo menos em 2008, que a “tortura é crime hediondo, não é ato político nem contingência histórica. Não lhe cabe o manto da Lei da Anistia”. Além de divergir com o que defendia no passado, aposição atual de Marina diverge de diversas correntes políticas no Brasil defendem no Congresso Nacional uma revisão da Lei de Anistia.

A camaleônica é uma vantagem

O apoio do Clube Militar é assinado pelo general da reserva Clóvis Purper Bandeira que reivindica em documento a manutenção da Lei da Anistia. Segundo ele, os militares veem Marina como a grande aposta para tirar os petistas do poder. Ainda que digam que a candidata tem uma “nova política misteriosa” e que faz “declarações vagas” e “propostas esquerdistas e ambientalistas”, dizem que Marina “uma incógnita camaleônica é uma vantagem”.

O texto ainda chama o Bolsa Família, que beneficiou 50 milhões de brasileiros que viviam na miséria, de “bolsa esmola” e diz que apesar de ser “uma excelente candidata”, “não será, necessariamente, uma excelente Presidente”.

“É um fio de esperança, mas parece que as pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente”, finaliza o general.

Da Redação do Portal Vermelho
Com informações de agências

MANCHETÔMETRO DE CAPAS: 18 PRÓ-DILMA, 234 CONTRA

Medição é do Laboratório de Estudos de Mídia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Lemep/UERJ); entre 1º de janeiro e ontem, nos jornais O Globo, Folha e Estadão, presidente Dilma Rousseff foi personagem de 1ª página 252 vezes; destas, 18 notícias em destaque foram consideradas positivas para a imagem dela, mas em 234 oportunidades a chamada de capa foi negativa; presidenciáveis Marina Silva e Aécio Neves desfrutaram de equilíbrio; em matéria de notícias econômicas, quase 20 notícias publicadas nas capas dos três jornais foram favoráveis à política econômica oficial – e perto de 500, contrárias; pessimismo vendido em larga escala afeta expectativas da população e busca influir diretamente no resultado eleitoral; números derrubam definitivamente mito da imparcialidade da mídia tradicional


247 - A campanha eleitoral de 2014 está servindo para acabar com um mito: o da mídia tradicional imparcial e equilibrada. De acordo com medição do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, um forte desequilíbrio tem marcado a cobertura da movimentação dos presidenciáveis em campanha eleitoral e, também, antes dela.
Desde 1º de janeiro e até ontem, a quinta-feira 4, a presidente Dilma Rousseff foi personagem de 252 notícias veiculadas pelos jornais O Globo, da família Marinho, Folha de S. Paulo, do clã dos Frias, e O Estado de S. Paulo, dos Mesquita. Pelo critério de "valência", que aponta o efeito do modo de edição das informações sobre o prestígio do candidato, das 252 chamadas de capa – como também é chamada a primeira página de um jornal -, nada menos que 234 foram "negativas", enquanto apenas 18 se classificaram como "positivas".
Para Marina Silva, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB, o tratamento tem sido bem diferente. O tucano experimentou, no mesmo período, 22 notícias de 1ª página a seu favor, contra 25 que podem ser chamadas de negativas. Uma relação que foi um pouco pior para Marina (16 chamadas positivas, contra 35 negativas). Nada semelhante ao verdadeiro massacre midiático sofrido pela presidente, como atestam os números.
A situação de desequilíbrio prossegue na cobertura da economia. O mesmo manchetômetro do Lemep/UERJ apurou que, entre janeiro e agosto, os destaques dos três jornais apontaram problemas macroeconômicos em quase 500 retrancas – como são chamadas nas redações as notícias em fase de edição – contra menos de 20 apontadas como positivas.
Em seu endereço eletrônico www.manchetometro.com.br, os pesquisadores ensinam que os critérios de valência das notícias dizem respeito "a sua orientação em relação ao assunto noticiado. Como define Aldé (2003), nos estudos de valência procura-se avaliar "o efeito potencial para cada candidato, procurando esclarecer se (a notícia) beneficia ou prejudica a candidatura em questão".
Abaixo, artigo do colaborador de 247 Ernesto Pereira, com análise sobre os efeitos nocivos do noticiário desequilibrado nas expectativas sobre a economia brasileira:
Há um pessimismo exagerado na economia? 
por Ernesto Pereira
Os índices de confiança dos agentes na economia, que vinham se recuperando após desabar em meados de 2013 com a onda de manifestações que se espalhou pelo país, inverteram o movimento e passaram a cair fortemente desde o início do ano. Não é fácil, todavia, justificar essa queda com base apenas na situação. Isso porque, se nos últimos meses nenhuma das variáveis centrais que afetam a lucratividade das empresas e a renda das famílias melhorou de forma expressiva, a maioria tampouco se deteriorou significativamente.
De fato, embora a um ritmo inferior ao do passado recente, as vendas no comércio, o volume de crédito e os salários continuaram crescendo. As taxas de desemprego se mantêm em níveis historicamente baixos. Os custos tributários em vários setores caíram e as taxas de juro, mesmo aumentando no último ano, são baixas em relação ao histórico do país. A inflação, apesar de flutuar acima do centro da meta para ela fixada, se situa em níveis semelhantes aos que vigoraram nos últimos anos. A taxa de câmbio, mesmo em patamar sobrevalorizado para muitos setores, permanece estável. A economia internacional, não obstante persistam agudas incertezas e alguns segmentos tenham sido especialmente afetados pela desaceleração argentina, vem se recuperando lentamente. Uma deterioração moderada dos índices de confiança não seria, assim, surpreendente, mas seu desabamento chama a atenção. Estariam os agentes excessivamente pessimistas?
Para responder, devemos notar que a queda forte e abrupta dos índices gerais de confiança que caracteriza esse pessimismo não se verificou, na mesma magnitude, naqueles índices ligados à experiência particular e concreta de cada agente. Isso pode ser visto, por exemplo, ao comparar o Índice de confiança do empresário industrial – ICEI/CNI em relação a sua própria empresa com o índice que busca captar a confiança desse mesmo empresário sobre a economia brasileira.
Se até o início de 2013 ambos os índices pareciam relativamente estáveis e flutuavam, como esperado, próximos um do outro, passaram desde então, e mais ainda em 2014, a se afastar, com o índice geral recuando significativamente mais que aquele que reflete as perspectivas das empresas e melhor espelha.
A  mesma situação se verifica ao comparar a evolução do Índice nacional de expectativa do consumidor – INEC/CNI com a de um de seus componentes, o da expectativa de compras de bens de maior valor. Ambos evoluíam, também como previsto, de forma semelhante até meados de 2013. Desde então, contudo, enquanto o índice de expectativa de compras, que tende a melhor refletir a percepção do consumidor sobre sua condição objetiva, se manteve estável, o índice geral de confiança na economia, que traduz essa condição de forma muito mais imperfeita, caiu consideravelmente.
Estes exemplos revelam o afastamento entre, por um lado, os níveis de confiança captados pelos índices baseados em percepções e expectativas formadas com forte influência da experiência concreta dos próprios agentes e, pelo outro, a confiança capturada pelos índices agregados, que não possuem essa base e se apóiam em percepções e expectativas moldadas com a contribuição decisiva das análises e informações fornecidas pelos grandes meios de comunicação. Estes, especialmente nos últimos meses, têm projetado sobre o país um cenário de crise econômica aguda, como mostra o levantamento das manchetes sobre assuntos econômicos publicadas em 2014 até meados de agosto.
Tal cenário é amplamente difundido em um contexto que, se não é tão sombrio como o por ele projetado, tampouco é particularmente favorável, e, além disso, permanece carregado de incertezas, aguçadas ainda pela proximidade do processo eleitoral. Logo, não surpreende que mesmo com a maioria dos indicadores da situação econômica objetiva em níveis historicamente favoráveis, embora relativamente estagnados, os índices de confiança agregados desmoronem, traduzindo um pessimismo generalizado.
Em sua origem, tamanho pessimismo não possui bases reais sólidas e, por isso, é de fato exagerado. Todavia, sua permanência por um período prolongado é capaz, ao adiar as decisões de investimento e de consumo, de criar essas bases, justificando-o ex-post. O desafio da política, para evitar que isso ocorra, é o de apontar essa fragilidade, ao mesmo tempo em que busca solucionar os problemas reais que o alimentam.
Fonte: Brasil 247

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Lideranças evangélicas e católicas votam em Dilma

Bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus, e Leonardo Boff, teólogo e escritor

Bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus, e Leonardo Boff, teólogo e escritor

Diferente do que a grande mídia tenta dizer, lideranças religiosas não veem a candidata Marina Silva (PSB) com bons olhos. Com exceção do pastor Silas Malafaia, que atua declaradamente com as forças mais reacionárias, lideranças religiosas, sejam evangélicas ou católicas, temem o fundamentalismo da candidata.


O líder religioso, intelectual e militante de causas sociais, Leonardo Boff, por exemplo, acredita que a presidenta Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição “é a melhor opção para o povo brasileiro”.

A declaração foi dada em entrevista ao Brasil 247. Boff afirma que “os fatos falam por si" e justifica: “Até hoje nenhum governo fez políticas públicas cuja centralidade era o povo marginalizado, os invisíveis, considerados óleo gasto e zeros econômicos. Quem fez isso com sucesso deve poder continuar a fazê-lo e de forma mais profunda e abrangente”.

Mudanças que só as forças progressistas podem fazer
Sobre o sentimento de mudança latente na população, Boff destaca: “As políticas públicas do PT que tiraram 36 milhões da pobreza foram incorporadas como coisa natural, um direito do cidadão. Ora, o cidadão não tem apenas fome de pão, de casa, de luz elétrica. Tem outras fomes: de ensino, de cultura, de transporte minimamente digno, de saúde razoável e de lazer. A falta de tais coisas suscita uma insatisfação generalizada que faz com que esta eleição de 2014 seja diferente de todas as anteriores e a mais difícil para o PT”.

E completa: “Precisamos de mudança. Mas dentre os partidos que podem fazer mudanças na linha do povo, apenas vejo o PT, desde que consolide o que fez e avance e aprofunde as mudanças novas atendendo as demandas da rua. Dilma é ainda a melhor para o povo brasileiro".

Sobre a religiosidade da candidata Marina Silva, que conheceu desde que a conheceu no Acre, quando foi sua aluna, Boff observa: “De um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, passou para um cristianismo pietista e fundamentalista que tira o vigor do engajamento e se basta com orações e leituras literalistas da Bíblia”.

Para ele, a candidatura da ex-senadora “representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro”. “Seu discurso de sustentabilidade se tornou apenas retórico”, constata Boff.

Reduto de Malafaia

De acordo com nota publicada pelo colunista Bernardo Mello Franco, da Folha de S.Paulo, o bispo e outras lideranças do reduto de Silas Malafaia, agora pedem votos ao candidato Pastor Everaldo (PSC), mas votam na presidenta Dilma Rousseff, num eventual segundo turno.

“Tenho muita dificuldade de votar na Marina no segundo turno”, afirma o bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira, no Rio de Janeiro.

Já o bispo de Jales, interior de São Paulo, dom Demétrio Valentin não vê com bons olhos a eleição presidencial da ex-ministra Marina Silva (PSB). “A gente tem medo do fundamentalismo que ela pode proporcionar. Existe na Marina uma tendência ao radicalismo, pela convicção exagerada ao defender seus valores e suas motivações, que pode derivar para o fundamentalismo”, disse ele em entrevista ao Valor Econômico.

Fonte: Brasil 247 via Vermelho

Gabriel Nascimento: Nós, juventude de luta, estamos com Dilma

"A juventude que elegeu Lula e ajudou a construir as políticas públicas desses últimos 10 anos. Nós, juventude de luta, estamos com Dilma"
UJS
"A juventude que elegeu Lula e ajudou a construir as
 políticas públicas desses últimos 10 anos.
Nós, juventude de luta, estamos com Dilma"

Desde junho de 2013 a juventude brasileira clama por uma nova política. O clamor, longe de ser representado por Marina Silva e Aécio Neves, era por mais presença do Estado e não sua ausência. 

Por Gabriel Nascimento*, para o Vermelho


Calcada na ideia mirabolante de desregulamentação do Estado, Marina Silva surge na mesma lógica de Collor, prometendo nova política, e a juventude brasileira se lembra bem onde isso foi parar. 

Marina é a candidata dos bancos privados, esses que lucram aqui como em nenhum outro lugar, mas que sempre querem mais. Querem governar a economia de um país soberano. Marina é a candidata deles. Eles que querem Estado mínimo. Não a juventude de junho, ainda que não tivesse tal conceito definido, não queria Estado mínimo. Queria transporte de qualidade, saúde de qualidade e educação de qualidade.

As bandeiras neoliberais de desregulamentação do Estado e privatização já nos mostraram que a exemplo de outros lugares do mundo não é exatamente qualidade que o grande empresariado nacional quer nos propiciar. É especulação, precarização do trabalho e alienação do capital humano.

Os jovens que vão votar em Marina, como se ela fosse o Messias da “nova política”, estão equivocados, e precisamos dizer isso a eles. Nós, juventude de luta, estamos com Dilma. Estamos com os governos populares que mais se preocuparam com políticas para a juventude. E esses governos foram os de Lula e Dilma. Foram os governos que criaram uma secretaria nacional só para cuidar de nossa juventude, a Secretaria Nacional da Juventude.
Foram os governos que efetivaram o Conselho Nacional de Juventude. Esses instrumentos propiciaram políticas públicas sem precedentes na história do Brasil.

A Estação da juventude, projeto vinculado à Secretaria Nacional de Juventude, está inserida em diversos municípios brasileiros com projetos voltados aos jovens e à sua emancipação política e social, promovendo o lazer. O plano Juventude Viva é outro deles, que surgiu com o intuito de reduzir o genocídio da juventude negra em nossas periferias, através de uma plataforma nacional.

Os jovens de junho queriam mais espaço na política. A presidenta Dilma sancionou o Estatuto da Juventude, um marco para a juventude brasileira ter direitos garantidos, como o direito à participação social, ao lazer, à educação e à saúde. A candidata Marina Silva está longe de atender a esses anseios dos milhões de jovens brasileiros.

Muitos jovens, graças aos governos Lula e Dilma, estão nas universidades públicas criadas nos últimos dez anos, estudando, ganhando bolsas de produtividade, fazendo pós-graduação, como eu.

Marina não tem condições de atender porque promete enxugamento do Estado e não diz onde vai enxugar. Toda vez na história do mundo ocidental que ouvimos isso, os gastos com programas sociais, saúde e educação foram cortados. Essa é a pauta prioritária da candidata verde por fora e azul por dentro.

Aliada a banqueiros e empresários sonegadores, Marina tem em sua equipe defensores do Estado mínimo e da independência do Banco Central. Será que os jovens portadores do crédito FIES, que hoje cursam pela primeira vez uma faculdade, sabem que a taxa de juros que, com a independência do Banco Central pode vir a subir demasiadamente, pode encarecer muito mais seu futuro e comprometer seus pagamentos? Eu, francamente, acho que não.

É por isso que temos que debater com a juventude brasileira. A juventude que hoje tem direito de votar aso 16 porque a UJS travou essa luta e venceu. A juventude que derrubou Collor e não se curvou ao neoliberalismo. A juventude que elegeu Lula e ajudou a construir as políticas públicas desses últimos 10 anos. Nós, juventude de luta, estamos com Dilma.

*É mestrando em Linguística Aplicada e membro da União da Juventude Socialista


Fonte: Vermelho

Central de atendimento à mulher será de responsabilidade federal

Ligue 180 serve como canal de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o País
Ligue 180 serve como canal de orientação sobre direitos e serviços públicos
 para a população feminina em todo o País

A presidenta Dilma Rousseff sancionou, nesta quinta-feira (4), a operação do serviço de atendimento à mulher como responsabilidade do executivo federal. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), define que a iniciativa será feita por meio da Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180, operado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).


Na avaliação da SPM, a aprovação da lei trouxe um salto de qualidade com a institucionalização de mais um serviço de atendimento à mulher vítima de violência. Segundo o último balanço do Ligue 180, em 2013 subiu de 50% para 70% o percentual de municípios de origem das chamadas. Cresceu também – em 20% – a porcentagem de mulheres que denunciaram a violência logo no primeiro episódio.

Relatos de violência apontam que os autores das agressões são, em 81% dos casos, pessoas que têm ou tiveram vínculo afetivo com as vítimas. A Central de Atendimento à Mulher atingiu 532.711 registros no ano passado, totalizando quase 3,6 milhões de ligações desde que o serviço foi criado em 2005. A decisão pode ser acompanhada no DOU.

Legislação anterior 
Ainda na avaliação dos envolvidos com o processo, a mudança é necessária porque a Lei 10.174 é anterior à criação desse serviço em âmbito federal, em 2005, e à própria Lei Maria da Penha, de 2006, e à Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

O atendimento

O Ligue 180 foi criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em 2005, para servir de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o País (a ligação é gratuita).

Ele é a porta principal de acesso aos serviços que integram a rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área.

Em março de 2014, o Ligue 180 transformou-se em disque-denúncia, com capacidade de acionamento imediato da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para isso, conta com apoio financeiro do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, propiciando-lhe agilidade no atendimento, inovações tecnológicas, sistematização de dados e divulgação.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Imprensa Nacional via Vermelho

OMS informa que ebola causou mais de 1.900 mortes na África Ocidental

Até o momento foram confirmados 3.500 casos de infecção na Guiné-Conacri
Reprodução
Até o momento foram confirmados 3.500 casos de infecção na Guiné-Conacri

Mais de 1.900 pessoas morreram devido ao vírus ebola, segundo novo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a epidemia que atinge a África Ocidental. “De acordo com o último balanço desta semana, temos conhecimento de 3.500 casos [de infecção] confirmados na Guiné-Conacri, em Serra Leoa e na Libéria, com mais de 1.900 mortes”, disse nesta quarta-feira (3) a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.


Ela revelou, em Washington, que “a epidemia está crescendo”. Os números divulgados mostram forte aumento da mortalidade, depois de, na semana passada, a organização ter notificado 1.552 mortes em 3.069 infectados. O número de mortes provocadas pela epidemia - sem precedente, desde a aparição do vírus, em 1976, no antigo Zaire, hoje Congo - ultrapassou a totalidade de vítimas que morreram em todos os surtos anteriores.

Em coletiva de imprensa, Margaret Chan demonstrou otimismo quanto à possibilidade de a ciência neutralizar a transmissão do vírus ebola a médio prazo, graças à mobilização internacional. “Com uma resposta internacional coordenada, a mobilização de fundos e a vinda de especialistas técnicos, esperamos travar toda a transmissão entre seis a nove meses”, disse.

Ela explicou que nos países em que o surto é mais intenso – Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa –, a OMS “quer reverter a tendência de infecção em três meses”. Quanto ao Senegal e à República Democrática do Congo, onde já se registaram casos isolados de ebola, “pretendemos parar a transmissão localizada em oito semanas”, precisou Chan.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Derrotar a proposta antinacional de Marina sobre o pré-sal

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, emitiu claros sinais de que, se eleita, vai relegar a exploração do pré-sal a segundo plano. Além de ter declarado que se trata de uma “aposta errada” do governo da presidenta Dilma, o programa eleitoral apresentado, um eclético enunciado de pontos em que a legenda pela qual concorre se rende às formulações retrógradas da Rede, dedicou ao pré-sal apenas uma linha das suas 242 páginas. 

Diante da repercussão negativa e principalmente com as reações que despertou nas hostes do Partido Socialista, entre patriotas que se inquietam com a força das concepções e compromissos entreguistas da candidata, ela tentou, em entrevista ao Jornal da Globo na segunda-feira (1º) minimizar o impacto das suas formulações. Tem sido esta a postura da candidata. Diz e desdiz com ligeireza, em mais uma demonstração de despreparo para exercer a Presidência da República. Sem postura de estadista, atua ao sabor de pressões e conveniências. 

O abandono da prioridade à exploração do pré-sal é mais uma posição em que a candidata dos banqueiros defende interesses antinacionais e de que está disposta a levar adiante, se for eleita, um projeto político e econômico que contraria a estratégia de desenvolvimento nacional. 

Em flagrante contraste com essa posição, a presidenta Dilma tem afirmado que o pré-sal é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Rebatendo diretamente a desatinada proposta da candidata do PSB, Dilma foi taxativa: “Ser contra o pré-sal é ser contra o futuro do Brasil”.

Graças às iniciativas dos governos de Lula e Dilma, o petróleo existente sob a camada do pré-sal começou a ser explorado, em benefício do povo brasileiro. 

Em 2013, foi realizado o primeiro leilão do pré-sal, no campo de Libra, com volume de petróleo recuperável estimado entre 8 e 12 bilhões de barris. Em 2014, foi autorizada a contratação direta da Petrobras para a exploração dos campos de Búzios, entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, com volume de petróleo recuperável estimado entre 10 a 15 bilhões de barris. Somente nesses campos e em Libra estima-se haver um volume de petróleo equivalente a 1,5 vezes as reservas provadas no país até 2013. Este ano, com mais quatro campos do pré-sal explorados pela Petrobras, serão gerados pelo menos 26 bilhões de barris de petróleo, transformando o Brasil num dos maiores produtores do mundo.

A média de produção de petróleo cresceu 50% entre 2002 e 2013. Em 2014, a produção da Petrobras oriunda de petróleo do pré-sal chegou a mais de 500 mil barris/dia. O país levou 31 anos para produzir os primeiros 500 mil barris e agora, em apenas três anos, produziu 500 mil barris de petróleo oriundos do pré-sal.

O compromisso com o desenvolvimento nacional está patente não apenas com a exploração petrolífera em si mesma, mas também com a determinação de que 60% dos serviços e equipamentos usados na exploração do pré-sal sejam brasileiros, garantindo a geração de empregos e dinamizando o conjunto da economia. O número de plataformas de produção de petróleo em operação passou de 36 para 82 entre 2002 e 2014. Atualmente, 28 sondas para exploração do pré-sal estão contratadas para construção em estaleiros brasileiros. A infraestrutura de gasodutos cresceu de 5.417 km de extensão para 9.489 km, entre 2002 e 2014. Foram também retomados os investimentos em novas plantas de refino com a construção de importantes refinarias. 

Igualmente, a exploração do pré-sal tem extraordinário impacto social. Por meio de projeto de lei de iniciativa do governo, decidiu-se que a saúde e a educação serão diretamente beneficiadas com a exploração do pré-sal, recebendo investimentos da ordem de R$ 1,3 trilhão, provenientes dessa atividade econômica. 

A discussão que se estabeleceu na presente campanha eleitoral sobre a exploração do pré-sal, que opõe de um lado as concepções patrióticas da coalizão liderada pela presidenta Dilma e, de outro, o entreguismo das forças alinhadas com a candidatura de Marina Silva, reflete um debate antigo e de fundo no Brasil, sobre o desenvolvimento nacional – entrelaçado com a questão democrática e a questão social.

Nos documentos do seu 13º Congresso nacional, realizado em novembro do ano passado, o Partido Comunista do Brasil assinalou a importância da produção energética para o êxito de uma estratégia desenvolvimentista e saudou os avanços alcançados pela nação com a descoberta do pré-sal e o início da exploração de sua imensa riqueza. Os comunistas destacaram o papel do Estado em sua tríplice função de produtor de energia, indutor do crescimento energético e regulador. E assinalaram a importância de articular o uso de fontes diversificadas, com o emprego das fontes disponíveis e das chamadas fontes alternativas. 

Nesta questão nevrálgica para o desenvolvimento nacional, o Brasil já fez a sua escolha, a ser confirmada na eleição de 5 de outubro. As concepções retrógradas e antinacionais de Marina Silva serão rechaçadas.


Fonte: Vermelho

Programa de Marina é um mar de desemprego, mas agrada ao Citibank

Citibank e MarinaUma das maiores conquistas dos trabalhadores no governo Lula foi sem dúvida a recriação da indústria naval no País. Sua base de sustentação sempre esteve vinculada à política de 60% de conteúdo nacional para aquisição de plataformas petrolíferas pela Petrobras. 

Por Edmilson Valentim*


Hoje, o conjunto de estaleiros nacionais emprega mais de 80 mil brasileiros e se prepara, como disse a presidenta Dilma, para se tornar o maior produtor de plataforma continental do mundo. E o que ficamos sabendo agora? Depois de Marina dizer que a exploração do pré-sal não será prioridade, o seu programa de governo introduz justamente uma revisão das políticas de conteúdo local para as indústrias automotiva e de petróleo. E o que significa isto na prática? Que os estaleiros nacionais, que nós lutamos tanto para reerguer, não terão a menor chance de competir com os estrangeiros, caso se concretize tal proposta. Que as plataformas, sondas e outros equipamentos necessários à indústria do petróleo voltarão a ser comprados no exterior, como nos tempos do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.

Tempos em que até plataforma afundava. Como a P-36, construída na Itália e no Canadá, que custou ao Brasil quase 1 bilhão de reais e, muito pior, a vida de 11 companheiros trabalhadores.

Na prática, a proposta de governo de Marina nessa área é um mar de desemprego. Ou podemos chamar de crime lesa-pátria? E se alguém tem alguma dúvida sobre a procedência da informação, que fique claro que não se trata de uma informação vinda das esquerdas ou do governo. Trata-se, rigorosamente, de uma revelação feita a partir de um relatório do insuspeitíssimo Citibank, segundo maior banco dos Estados Unidos, publicado esta semana sobre o programa de Marina para o comércio exterior. Segundo o relatório, o programa de governo da candidata à Presidência da República pode trazer benefícios a bancos privados, mas pode ser negativo para algumas empresas do setor industrial. E o Citibank não é nada estranho à Marina.

Afinal, o seu homem de confiança nas finanças é o executivo Álvaro de Souza, ex-presidente do bancão norte-americano.

É de se perguntar: se os seus planos são bons para os bancos, onde entram os trabalhadores no seu governo, Marina?

*Edmilson Valentim, ex-deputado (PCdoB-RJ), foi presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Indústria Marítima.


Fonte: Vermelho

terça-feira, 2 de setembro de 2014

“Candidata da “Nova política” não tem compromisso com os trabalhadores” alerta assessor do DIAP

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) promoveu um debate com o tema "As eleições e os trabalhadores" na quinta-feira, 28. Como palestrante, o jornalista MarcosVerlaine, representante do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ele destacou que a candidata da "Nova Política" não tem nenhum compromisso com os direitos dos trabalhadores.
Esses debates estão ocorrendo em todas as entidades de classe. Para o presidente do SEEB/SE, José Souza, a omissão das lideranças sindicais neste processo eleitoral poderá acarretar em retrocessos e prejuízos aos interesses dos trabalhadores. "As entidades sindicais também devem participar do processo eleitoral, inclusive apoiando candidaturas que estejam ligadas aos interesses dos trabalhadores", defende Souza.
Em sua explanação, Marcos Verlaine analisou a política atual e destacou que, apesar dessa ascensão da candidata à Presidência, não existe nada de novidade. "Essa candidata da "Nova Política" não tem nem partido.O que é que ela traz de novo? Nada. Mas, esta disputa de 2014 tem esse componente novo que nós vamos ter que enfrentar. A eleição não está definida", disse.
Com a morte do candidato Eduardo Campos, em acidente de avião no mês passado, houve uma reviravolta nas pesquisas eleitorais. "Estamos há duas semanas tentando entender a morte de Eduardo e a ascensão da sua substituta ", destacou. E sabe quem coordena a campanha da candidata da rede? Maria Alice Setubal, a NecaSetubal, filha do banqueiro Olavo Setubal, fundador do Banco Itaú.
Verlaine lembrou que existe crise sim, tem inflação, tem baixo crescimento e os bancos continuam tendo lucros vultosos, mas não estão satisfeitos. Agora querem eleger uma candidata de sua total confiança.
Para o debatedor do DIAP, a governante atual aprovou mais leis em favor dos trabalhadores do que o próprio Lula (destacou o aviso prévio que saiu de 30 para 90 dias e recursos do pré-sal para a saúde e a educação). O Diap é um órgão ligado aos trabalhadores que acompanha o dia a dia da política e fala com conhecimento de causa.
E Verlaine concluiu o debate com este alerta: Não podemos nos enganar. Se uma candidata é boa para os bancos, não pode ser boa para os trabalhadores.
Edivânia Freire - SEEB/SE via Feeb-Ba-Se

Política de Dilma para cultura será elaborada com sociedade

Para o secretário Nacional de Cultura do PCdoB, Javier Alfaya, os movimentos artísticos e culturais passam a ser incorporados à coordenação (de campanha e de governo) da área da cultura.
Para o secretário Nacional de Cultura do PCdoB, Javier Alfaya, os movimentos artísticos
 e culturais passam a ser incorporados à coordenação (de campanha e de governo) da área da cultura.

Com o objetivo de ouvir os movimentos culturais do país e construir um ambiente colaborativo para a elaboração da proposta de cultura para seu plano de governo, a campanha de Dilma Rousseff realizou ampla reunião, semana passada, em Brasília, com representantes de mais de 40 entidades. Todos eles apresentaram propostas e reivindicações e assumiram o compromisso de participação na elaboração do documento final. 


O coordenador geral do programa de governo de Dilma, Alessandro Teixeira, reconheceu que a interlocução do governo com movimentos sociais foi fraco no último período. “Construir um plano de governo, especialmente na cultura, onde os movimentos sociais não participem é especialmente complicado, por isso eu vejo essa reunião de maneira muito positiva”, acrescentou Teixeira.

“Vocês não estão aqui porque estão a reboque. Nós precisamos da densidade dos programas de cada um. Vocês estão aqui para garantir que a política de cultura, que será construída em conjunto, seja cumprida”, assegurou Teixeira.

Alexandre Santini, da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, defendeu a importância da participação dos movimentos na construção das propostas. “Protagonismo da formulação do programa de governo tem de ser dado aos movimentos. Não pode ser apresentado a este segmento uma formulação já pronta.”

Reunião de virada

“É uma reunião de virada. Ela indica que os movimentos artísticos e culturais passam a ser incorporados à coordenação (de campanha e governo) da área da cultura”, disse o secretário Nacional de Cultura do PCdoB, Javier Alfaya, que, reafirmando as reivindicações que vem sendo feita na maioria das reuniões pelos movimentos culturais, defendeu que a cultura esteja no centro do projeto de desenvolvimento do país.

Santini saiu satisfeito com o resultado da reunião: “Em cultura o dissenso é regra. Nesse sentido, a polêmica e a discussão são saudáveis para o processo. Foram ouvidos segmentos que tinham muito a acrescentar ao programa de governo. E apesar do espaço curto em termos de campanha, o diálogo agora tem tudo para se estender num eventual governo.”

Edmilson Souza e Glauber Piva, coordenadores de todo o processo de escuta em torno das políticas públicas de cultura, ressaltaram a importância do cumprimento de mais essa etapa. Para Edmilson, “essa reunião em Brasília demonstrou a grande capacidade que a cultura tem de aglutinar energias da sociedade. O que vimos aqui foi gente do país inteiro cobrando orçamento para o Ministério da Cultura e exigindo que ele seja relevante no debate político nacional”.

Glauber , por sua vez, afirmou que “o que se percebe é que o movimento cultural brasileiro não quer mais disputar uma ou outra política específica, mas ampliar a noção de cidadania cultural e incidir de maneira determinante no desenvolvimento do país.”

Da Redação do Vermelho em Brasília
Colaborou Carla Santos

Entreguismo de Marina tem apoio de Agripino, Heráclito e Bornhausen

A "nova política" de Marina inclui pessoas da estirpe de Bornhausen e Heráclito
A "nova política" de Marina inclui pessoas da estirpe de Bornhausen e Heráclito

A proposta entreguista de Marina Silva (PSB) tem angariado o apoio dos setores mais reacionários da política brasileira. Um exemplo disso foi a declaração de um dos maiores aliados dos tucanos, o DEM, que manifestou apoio à candidata por meio do senador José Agripino Maia, presidente do partido e coordenador de campanha do candidato Aécio Neves (PSDB).


Agripino disse o objetivo maior da oposição é derrotar o PT, e que apoiaria Marina se ela for para o segundo turno. A declaração repercutiu mal entre os apoiadores de Aécio, e Agripino tratou logo de explicar, por meio de mensagem no Twitter, que estão fazendo um esforço para “levá-lo ao segundo turno” e que as “alianças para o 2º turno serão discutidas quando o 2º turno vier”.


Outras personalidades conhecidas por suas posições atrasadas também estão no palanque de Marina. Paulo Bornhausen, candidato ao Senado por Santa Catarina e filho de Jorge Bornhausen (um dos mais notórios conservadores brasileiros, que dizia querer “exterminar a raça” do PT) também apoia Marina. Ela, que antes dizia não suportar Paulo Bornhausen (hoje PSB, mas ex-DEM), já gravou material, que deve ser veiculado ainda esta semana, pedindo votos ao candidato.

O mesmo vale para Heráclito Fortes, no Piauí, também ex-DEM. Com uma trajetória política ligada ao ARENA, PFL e DEM, Heráclito tem completo apoio de Marina no estado e pede votos à candidata.

As alianças e apoios de Marina revelam que o seu discurso falso moralista de “nova política” não passam de palavras soltas ao vento, pois na prática, seu plano de governo representa o que há de mais atrasado que no passado impediram o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida da população.

Redação do Portal Vermelho
Com informações de agências

Combate à violência contra mulher mostra resultados

O primeiro estado a contar com o serviço foi o Rio Grande do Sul, a partir de 2012
Reprodução
O primeiro estado a contar com o serviço foi o Rio Grande do Sul, a partir de 2012

Para fazer cumprir as medidas protetivas solicitadas por vítimas de violência domésticas, começaram a ser implantadas as patrulhas Lei Maria da Penha em diversas cidades do País. O primeiro estado a contar com o serviço foi o Rio Grande do Sul, a partir de 2012. Em São Paulo e Paraná, o patrulhamento especializado começou em 2014.


Além de monitorar o cumprimento das normas penais, com um acolhimento humanizado, as patrulhas realizam um trabalho de prevenção e de combate a violências física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres.

Segundo a secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Aparecida Gonçalves, “as patrulhas Lei Maria da Penha têm provado que é possível agir e prevenir ao mesmo tempo garantindo segurança cidadã e atendimento humanizado”, destaca a secretária.

Rio Grande do Sul
A aplicação da Lei Maria da Penha no Rio Grande do Sul é feita por meio da Rede Lilás, que coordena ações com a participação de instituições de acesso à segurança, à saúde, à educação e à assistência social. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) para o primeiro semestre de 2014, os crimes de lesão corporal, agressão, estupro e femicídios (assassinatos de mulheres) tiveram redução média de 13% no Estado.

Esse índice reflete os resultados do trabalho da Rede Lilás da qual a Patrulha Maria da Penha faz parte, juntamente com as coordenadorias, centros de referência, casas-abrigo. O Estado já conta com 16 cidades cobertas pelo serviço, que busca identificar e atender mulheres vítimas de violência.

Contam com o serviço, além de Santana do Livramento, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Charqueadas, Cruz Alta, Esteio, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre (seis Patrulhas), Santa Cruz do Sul, Uruguaiana e Vacaria. Até o fim de 2014, serão implantadas em Bagé, Bento Gonçalves, Erechim, Gravataí, Ijuí, Lajeado, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, Sapucaia do Sul e Viamão.

Paraná


Em Curitiba, a patrulha, desde que foi criada em março de 2014 com o objetivo de oferecer acompanhamento preventivo, já realizou 1.109 atendimentos. O serviço resulta de uma ação integrada da Secretaria Municipal da Mulher e da Guarda Municipal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

A patrulha curitibana é composta por quatro viaturas e 15 guardas municipais que atendem especificamente as chamadas das mulheres vitimas de violência doméstica. A meta é de que, até 2016, pelo menos uma equipe com viatura própria circule em cada uma das regionais de Curitiba.

A patrulha de Curitiba atua a partir de uma escala de prioridade no roteiro de visitas às vítimas, conforme o grau de vulnerabilidade delas. Em duplas de agentes formadas por um homem e uma mulher, a Guarda Municipal realiza visitas periódicas para acompanhar de perto a situação das mulheres, verificar o cumprimento das medidas, orientar, fazer os encaminhamentos que forem necessários para a rede de atendimento e emitir relatórios sobre os casos.

São Paulo

A patrulha foi batizada de Guardiã Maria da Penha na cidade de São Paulo. O serviço funciona em uma parceria da Prefeitura Municipal, por meio das secretarias Municipais de Segurança Urbana e de Políticas para as Mulheres, com o Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público do Estado de São Paulo.

O projeto piloto foi desenvolvido no bairro do Bom Retiro, na região central da capital paulista e se expandiu para toda essa região da cidade. A patrulha paulistana é composta por 22 agentes que realizam visitas periódicas às residências das vítimas que estão sob medida protetiva da Justiça.

Desde que foi criada em junho deste ano, a patrulha de São Paulo recebeu 21 casos para acompanhamento na região central da cidade, sendo que três mulheres mudaram de endereço e outras duas foram encaminhadas para abrigos em locais sigilosos. Ou seja, dezesseis mulheres vítimas de violência doméstica recebem periodicamente visitas da Guarda Civil Metropolitana. Até o final de julho, foram realizadas 708 visitas.

Fonte:  Secretaria de Políticas para as Mulheres via Vermelho

Marina desdenha do pré-sal, mas tenta escamotear posição em entrevista

Candidata disse que o pré-sal é uma "prioridade" como tantas outras
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Candidata disse que o pré-sal é uma "prioridade" como tantas outras

A candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB), em entrevista ao Jornal da Globo nesta segunda-feira (1º), a reafirmou seu compromisso com os bancos quando disse que, se eleita presidente, vai recuperar o “tripé da política macroeconômica brasileira”, com independência do Banco Central e o câmbio flutuante.


Ela afirma que para haver mais recursos é necessário retomar a confiança dos “investidores”, combinando “os instrumentos de política macroeconômica com os instrumentos de política microeconômica”.

Entreguismo

Mas se por um lado, Marina baseia-se em “investimentos” da especulação financeira para sustentar a economia brasileira, do outro desdenha do pré-sal - uma das maiores reservas de petróleo do mundo – dizendo que é uma “prioridade como as outras” e que é preciso ter “alternativas”, como energia eólica, solar, etc.

Ela tentou esconder a sua posição - que foi sacramentada em seu plano de governo divulgado na semana passada - dizendo que o petróleo é uma necessidade para o Brasil e para o mundo já que “não se conseguiu a fonte de geração de energia que vai substituir esse combustível fóssil”.

Ao desconsiderar o pré-sal e ao mesmo tempo confessar que não tem uma opção que possa substituir o petróleo, Marina mostra seu entreguismo. A extração de petróleo a 7 mil metros de profundidade, a 300 km da costa fez com que o Brasil ultrapassasse a marca histórica de 500 mil barris diários, apenas oito anos após a descoberta de uma das maiores jazidas do planeta.

As reservas podem chegar a 35 bilhões de barris, levando o Brasil a dobrar a produção até 2020, chegando a 4,2 milhões de barris diários, tornando-se um dos maiores exportadores mundiais de petróleo. Mas além desses fatores econômicos, toda riqueza gerada pelo pré-sal será revertida em beneficio da população, já que a maior parte dos lucros, cerca de R$ 1,3 trilhão, será destinada à educação e à saúde.

Apesar disso, Marina não cansa de dizer que pretende fazer um governo baseando-se na política econômica de FHC e na política social de Lula, o que nunca foi compatível. Como no plano de Marina tudo é concentrado para assegurar a confiança dos especuladores, então, não é difícil imaginar o que ela pretende fazer com os recursos do pré-sal, já que no governo FHC a maior parte da riqueza do povo brasileiro era destinada às empresas estrangeiras.

Decisão com base na subjetividade

E, confirmando que não se atém à realidade ao pensar num projeto de Brasil, ela admite, quando questionada se era verdade que tomava decisões lendo aleatoriamente a Bíblia, que a subjetividade tem grande peso nas suas decisões. “Uma pessoa que crê obviamente que tem na Bíblia uma referência. Assim como tem na referência a arte, a literatura. Às vezes você pode ter um 'insight' assistindo um filme”, disse.

O apresentador insistiu no assunto: “Qual é o tamanho desse amparo que a senhora toma em preceitos religiosos, frente ao que a senhora pretende ser, que é governante de todos os brasileiros, tomando decisões nacionais?”. Marina disse que utiliza a Bíblia com o mesmo amparo“ que utiliza outros referenciais”.

Da redação do Portal Vermelho, Dayane Santos
Com informações de agências

Fidel Castro: As ideias justas triunfarão ou triunfará o desastre

Fidel Castro, líder histórico da Revolução Cubana
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Fidel Castro, líder histórico da Revolução Cubana

A sociedade mundial não conhece trégua nos últimos anos, particularmente desde que a Comunidade Econômica Europeia, sob a direção férrea e incondicional dos Estados Unidos, considerou que tinha chegado a hora de ajustar as contas com o que restava de duas grandes nações que, inspiradas nas ideias de Marx, tinham levado a cabo a proeza de pôr fim à ordem colonial e imperialista imposta ao mundo pela Europa e os Estados Unidos.

Por Fidel Castro


Na antiga Rússia eclodiu uma revolução que comoveu o mundo.


Esperava-se que a primeira grande revolução socialista teria lugar nos países mais industrializados da Europa, como Inglaterra, França, Alemanha e o Império Austro-Húngaro. Contudo, esta aconteceu na Rússia, cujo território se estendia pela Ásia, desde o norte da Europa até o sul do Alasca, que também tinha sido território czarista, vendido por uns dólares ao país que seria posteriormente o mais interessado em atacar e destruir a revolução e o país que a engendrou.

A maior proeza do novo Estado foi criar uma União capaz de agrupar seus recursos e compartilhar sua tecnologia com grande número de nações débeis e menos desenvolvidas, vítimas inevitáveis da exploração colonial. Seria ou não conveniente no mundo atual uma verdadeira sociedade de nações que respeitasse os direitos, crenças, cultura, tecnologias e recursos de lugares acessíveis do planeta que tantos seres humanos gostam de visitar e conhecer? E não seria muito mais justo que todas as pessoas que hoje, em frações de segundos se comunicam de um extremo a outro do planeta, vejam nos demais um amigo ou um irmão e não um inimigo disposto a exterminá-lo com os meios que o conhecimento humano foi capaz de criar?

Por crer que os seres humanos poderiam ser capazes de abrigar tais objetivos, penso que não há direito algum a destruir cidades, assassinar crianças, pulverizar casas, semear terror, fome e morte em todas as partes. Em que rincão do mundo tais fatos poderiam se justificar? Se se recorda que ao final do massacre da última contenda mundial o mundo se iludiu com a criação das Nações Unidas, é porque grande parte da humanidade a imaginou com tais perspectivas, embora não estivessem cabalmente definidos os seus objetivos. Um colossal engano é o que se percebe hoje quando surgem problemas que insinuam a possível eclosão de uma guerra com o emprego de armas que poderiam pôr fim à existência humana.


John McCain, aliado incondicional de Israel
 
Existem sujeitos inescrupulosos, ao que parece não poucos, que consideram um mérito sua disposição a morrer, mas sobretudo a matar para defender vergonhosos privilégios.

Muitas pessoas se assombram ao escutar as declarações de alguns porta-vozes europeus da Otan quando se expressam com o estilo e o rosto das SS nazistas. Em algumas ocasiões, até se vestem com trajes escuros em pleno verão.

Nós temos um adversário bastante poderoso como é o nosso vizinho mais próximo, os Estados Unidos. Advertimo-los de que resistiríamos ao bloqueio, ainda que isso pudesse implicar um custo muito elevado para nosso país. Não há pior preço do que capitular frente ao inimigo que sem razão nem direito te agride. Era o sentimento de um povo pequeno e isolado. O restante dos governos deste hemisfério, com raras exceções, tinham-se somado ao poderoso e influente império. Não se tratava, de nossa parte, de uma atitude pessoal, era o sentimento de uma pequena nação que desde o início do século era uma propriedade não só política, mas também econômica dos Estados Unidos. A Espanha nos cedeu a esse país depois de termos sofrido quase cinco séculos de colonialismo e de um incalculável número de mortos e perdas materiais em luta pela independência.

O império se reservou o direito de intervir militarmente em Cuba em virtude de uma pérfida emenda constitucional que impôs a um Congresso impotente e incapaz de resistir. Além se serem os donos de quase tudo em Cuba - abundantes terras, as maiores centrais açucareiras, as minas, os bancos e até a prerrogativa de imprimir nosso dinheiro -, proibia-nos de produzir grãos alimentícios suficientes para alimentar a população.

Quando a URSS se desintegrou e o Campo Socialista também desapareceu, continuamos resistindo, e juntos, o Estado e o povo revolucionários, prosseguimos nossa marcha independente.

Não desejo, contudo, dramatizar esta modesta história. Prefiro ressaltar que a política do império é tão dramaticamente ridícula que não tardará muito a passar à lixeira da história. O império de Adolf Hitler, inspirado na cobiça, passou para a história sem mais glória do que o alento que deu aos governos burgueses e agressivos da Otan, que os converte no palhaço da Europa e do mundo, com seu euro, que assim como o dólar, não tardará a transformar-se em papel imprestável, chamado a depender do yuan e também dos rublos, diante da pujante economia chinesa estreitamente unida ao enorme potencial econômico e técnico da Rússia.

Algo que se converteu em um símbolo da política imperial é o cinismo.

Como se sabe, John McCain foi o candidato republicano às eleições de 2008. O personagem saiu à luz pública quando em sua condição de piloto foi derrubado enquanto seu avião bombardeava a populosa cidade de Hanói. Um foguete vietnamita o alcançou em plena ação e a aeronave e o piloto caíram em um lago situado nas imediações da capital, fronteiriça com a cidade.

Um antigo soldado vietnamita já reformado, que ganhava a vida trabalhando nas proximidades, ao ver cair o avião e um piloto ferido que tratava de se salvar, movimentou-se para ajudá-lo; enquanto o velho soldado prestava essa ajuda, um grupo da população de Hanói, que sofria os ataques da aviação, corria para ajustar contas com aquele assassino. O mesmo soldado persuadiu os vizinhos de que não o fizessem, pois já era um prisioneiro e sua vida devia ser respeitada. As próprias autoridades ianques se comunicaram com o governo, rogando que não agissem contra esse piloto.

À parte as normas do governo vietnamita de respeito aos prisioneiros, o piloto era filho de um almirante da Armada dos Estados Unidos que tinha desempenhado um papel destacado na Segunda Guerra Mundial e ainda estava ocupando um importante cargo.

Os vietnamitas haviam capturado um peixe grande naquele bombardeio e como é lógico, pensando nas inevitáveis conversações de paz que deveriam pôr fim à guerra injusta que lhes haviam imposto, desenvolveram amizade com ele, que estava muito feliz de tirar todo o proveito possível daquela aventura. Devo dizer que não foi nenhum vietnamita que me contou isso, nem eu jamais teria perguntado. Eu li sobre isso, que se ajusta completamente a determinados detalhes que conheci mais tarde. Também li um dia que Mister McCain escreveu que, sendo prisioneiro no Vietnã, enquanto era torturado, escutou vozes em espanhol assessorando os torturadores sobre o que deviam fazer e como fazê-lo. Eram vozes de cubanos, segundo McCain. Cuba nunca teve assessores no Vietnã. Seus militares sabem de sobra como fazer sua guerra.

O general Giap foi um dos chefes mais brilhantes de nossa época, que em Dien Bien Phu foi capaz de situar os canhões por selvas intrincadas e abruptas, algo que os militares ianques e europeus consideravam impossível. Com esses canhões, disparavam desde um ponto tão próximo que era impossível neutralizá-los sem que as bombas nucleares afetassem também os invasores. Os demais passos pertinentes, todos difíceis e complexos, foram dados para impor às forças europeias cercadas uma vergonhosa rendição.

A raposa McCain tirou todo o proveito possível das derrotas militares dos invasores ianques e europeus. Nixon não pôde persuadir seu conselheiro de Segurança Nacional, Henry Kissinger, de que aceitasse a ideia sugerida pelo próprio presidente, quando em momentos de relaxamento lhe dizia: Por que não lançamos uma dessas bombinhas, Henry? A verdadeira bombinha chegou quando os homens do presidente trataram de espionar seus adversários do partido oposto. Isso, sim, não podia ser tolerado!

Apesar disso, o mais cínico no senhor McCain foi sua atuação no Oriente Médio. O senador McCain é o aliado mais incondicional de Israel nas teias do Mossad, algo que nem os piores adversários teriam sido capazes de imaginar. McCain participou junto a esse serviço na criação do Estado Islâmico que se apoderou de uma parte considerável e vital do Iraque, assim como segundo se afirma, de um terço do território da Síria. Tal Estado já conta com receitas milionárias, e ameaça a Arábia Saudita e outros Estados dessa complexa região que fornece a parte mais importante do combustível mundial.

Não seria preferível lutar por produzir mais alimentos e produtos industriais, construir hospitais e escolas para os bilhões de seres humanos que deles necessitam desesperadamente, promover a arte e a cultura, lutar contra enfermidades massivas que levam à morte mais da metade dos doentes, enviar trabalhadores da saúde ou tecnólogos que segundo se vislumbra, poderiam finalmente eliminar enfermidades como o câncer, o ebola, o paludismo, a dengue, a chikungunya, a diabetes e outras doenças que afetam as funções vitais dos seres humanos?

Se hoje é possível prolongar a vida, a saúde e o tempo útil das pessoas, se é perfeitamente possível planificar o desenvolvimento da população em virtude da produtividade crescente, a cultura e o desenvolvimento dos valores humanos, o que esperam para fazê-lo?

Triunfarão as ideias justas ou triunfará o desastre.

Fidel Castro Ruz
31 de agosto de 2014, às 22h25

Fonte: Cubadebate
Tradução de José Reinaldo Carvalho, Blog da Resistência via Vermelho