sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Marina recua sobre revisão da Anistia e ganha apoio do Clube Militar

Reprodução do site do Clube Militar que divulgou editorial em apoio a MarinaA exemplo do que tem ocorrido nos últimos dias com o apoio de personalidades da estirpe de Silas Malafaia, Pastor Marcos Feliciano (PSC) e o coordenador de campanha de Aécio Neves, Agripino Maia (DEM), agora foi a vez do Clube Militar do Rio de Janeiro declarar adesão à candidata.


Em documento divulgado na última quarta-feira (3), o clube mais conservador do Exército diz que a candidata do PSB é “um fio de esperança” para derrotar a candidata do PT, Dilma Rousseff. “Esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos”, diz o texto.


Confirmando que muda de acordo com as circunstâncias, a adesão dos militares do clube veio junto com as declaração da candidata em sabatina do portal G1, da Globo, na quarta-feira(3), em que diz ser contra a revisão da Lei de Anistia. Marina dizia que a tortura era crime hediondo, inclusive em artigos publicados em jornais.

A Lei da Anistia foi editada em 1979 e permitiu que os exilados e presos políticos que resistiram ao regime militar retornassem ao País, mas também anistiou as violações de direitos humanos cometidas por torturadores.

Marina defendia, pelo menos em 2008, que a “tortura é crime hediondo, não é ato político nem contingência histórica. Não lhe cabe o manto da Lei da Anistia”. Além de divergir com o que defendia no passado, aposição atual de Marina diverge de diversas correntes políticas no Brasil defendem no Congresso Nacional uma revisão da Lei de Anistia.

A camaleônica é uma vantagem

O apoio do Clube Militar é assinado pelo general da reserva Clóvis Purper Bandeira que reivindica em documento a manutenção da Lei da Anistia. Segundo ele, os militares veem Marina como a grande aposta para tirar os petistas do poder. Ainda que digam que a candidata tem uma “nova política misteriosa” e que faz “declarações vagas” e “propostas esquerdistas e ambientalistas”, dizem que Marina “uma incógnita camaleônica é uma vantagem”.

O texto ainda chama o Bolsa Família, que beneficiou 50 milhões de brasileiros que viviam na miséria, de “bolsa esmola” e diz que apesar de ser “uma excelente candidata”, “não será, necessariamente, uma excelente Presidente”.

“É um fio de esperança, mas parece que as pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente”, finaliza o general.

Da Redação do Portal Vermelho
Com informações de agências

Nenhum comentário:

Postar um comentário