sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Festa em comemoração aos resultados da greve animou bancários

A alegria e a descontração tomou conta do espaço Maison Marie na noite de ontem. Isso porque toda a comunidade bancária estava reunida para celebrar as conquistas da Campanha Salarial 2014.

 Após breves palavras do presidente do Sindicato, Jorge Barbosa, um documentário foi exibido mostrando como foi a luta bancária este ano e fazendo uma homenagem a João Lisboa, amigo, militante e ex-presidente do Sindicato dos Bancários.

Após o vídeo, a banda Pastilhas Coloridas comandou a festa com o melhor do MPB. Em seguida, o Dj Nadinho animou a pista de dança fazendo uma viagem no tempo e espaço da música nacional e Internacional.


Fonte: Seeb-Itabuna



Projeto de Integração do Rio São Francisco atinge 66,1% de execução

 Os testes de bombeamento no eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco começaram na  última segunda-feira (13), cumprindo o cronograma oficial de andamento das obras. O empreendimento apresenta 66,1% de execução física.


 
Ao todo, o Projeto conta com seis estações de bombeamento no eixo Leste e três estações no eixo Norte, que são responsáveis por elevar a água do rio para os canais posicionados em terrenos mais altos. Até o final deste ano, a Meta 1 Leste estará em pré-operação.

Na quarta-feira (22), os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e da Integração, Francisco Teixeira, vistoriaram as obras no trecho localizado no município de Floresta (PE). Eles acompanharam os testes de bombeamento de água.

“O primeiro reservatório de Areais já vai estar cheio na próxima semana”, afirmou a ministra Miriam Belchior. A estação bombeia a água do Lago de Itaparica até o reservatório Areias, que fica em Floresta. Ao todo, as estruturas do eixo Leste irão elevar a água em 300 metros acima do nível médio do lago até o ponto mais alto do canal – altura que pode ser comparada a um edifício de 100 andares.

Os testes ocorrem após a abertura das ensecadeiras (barramento), fase que permitiu a entrada da água do São Francisco em cada um dos canais de aproximação dos eixos Leste e Norte. O processo, iniciado em agosto, representa a primeira etapa de pré-operação do PISF.

“É um prazer ver esses primeiros 15 quilômetros com água, é muito importante. Você vê o contraste da caatinga seca e a água passando aqui nos canais”, afirmou o ministro Francisco Teixeira.

As obras do Projeto deverão ser concluídas, em sua totalidade, até dezembro de 2015. Mais de 11.493 trabalhadores atuam em sua construção. São 4.101 máquinas em operação ao longo dos 477 km de extensão das obras. Até junho de 2015 deverão estar concluídas, as obras até o reservatório Jati (CE) no Eixo Norte, e até o reservatório Moxotó (PE) no Eixo Leste, que totalizam quase 300
km.


Confira abaixo o vídeo: 

Fonte: Blog do Planalto via Vermelho

Caminhadas “Brasil Coração Valente” mobilizam o país nesta sexta

Os organizadores querem juntar toda nossa militância em atos pró-Dilma em todos os estados do país. 

 Na reta final da campanha, os militantes e apoiadores de reeleição da presidenta Dilma Rousseff realizam, nesta sexta-feira (24), várias caminhadas denominadas “Brasil Coração Valente”. A onda vermelha vai tomar as ruas do País, de norte a sul, para dizer pacificamente que Dilma tem as melhores propostas para o Brasil seguir mudando para melhor.


Os organizadores querem juntar toda nossa militância em atos pró-Dilma em todos os estados do país. E conclama o povo a “fazer bonito, carregar bandeira, adesivos e nossa alegria e tomar as ruas. Mostrar para todos que somos fortes e, juntos, lutamos por um Brasil de mais mudanças e mais futuro!”


Confira a programação do seu estado:

Região Norte
Acre
Rio Branco
Às 14:30h Carreata Brasil Coração Valente com concentração e saída do Ceasa

Amapá
Macapá
Às 17h Ponto de concentração na Rampa do Açai na Orla do Santa Inês para início da caminhada Brasil Coração Valente

Amazonas
Manaus
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente, na Vila Prata, zona oeste

Pará
Belém
Às 16h no CAN em direção a São Brás haverá a caminhada Brasil Coração Valente

Região Nordeste
Alagoas
Maceió
Às 18h Caminhada Brasil Coração Valente na Praça dos Martírios no centro de Maceió

Bahia
Salvador
Às 15h Concentração Adesivaço/Bandeiraço e Caminhada Brasil Coração Valente , de Campo Grande até Praça Castro Alves

Ceará
Fortaleza
Às 18:30h na Praça Santa Maria começa a caminhada Brasil Coração Valente

Maranhão
São Luis
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente na Cidade Olímpica

Imperatriz
Às 16h Carreata na cidade, com as presenças dos governadores eleitos Wellington Dias, do Piauí e Marcelo Miranda, do Tocantins

Paraíba
Areia
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente com concentração na Igreja do Rosário

Barra de Santa Rosa
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente com concentração na Praça Frei Martinho

Pernambuco
Recife
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente na Praça dos Milagres em Ponte dos Carvalho, Cabo de Santo Agostinho

Piauí
Teresina
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente com concentração na Escola Municipal Antonio Gaioso, na Av. Rui Barbosa, no bairro São Joaquim

Rio Grande do Norte
Natal
Às 15h concentração na praça Gentil Ferreira, de onde sairá a caminhada Brasil Coração Valente

Centro-Oeste
Distrito Federal
Brasília
Às 17h concentração na Torre de TV e às 18h início da caminhada Brasil Coração Valente até a Rodoviária do Plano Piloto

Mato Grosso
Cuiabá
Às 16h Caminhada Brasil Coração Valente saindo da Igreja São Benedito no Centro

Sudeste
Minas Gerais
Belo Horizonte
Às 17h30, concentração na Praça da Liberdade para início da Caminhada Brasil Coração Valente

São Paulo
São Paulo
Às 11h Caminhada Brasil Coração Valente no Centro com ex-presidente Lula e o prefeito Fernando Haddad

Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Às 13h Carreata Brasil Coração Valente em São João de Mereti, Belford Roxo e Nova Iguaçu e, às 18h Bandeiraço e Vôo Noturno LGBT da Cinelândia, no Centro, até os Arcos da Lapa

Região Sul
Paraná
Curitiba
Às 17h concentração na praça Santos Andrade; em seguida caminhada pelo calçadão da Rua XV de Novembro e, às 18:30h o Bloco Multicolor e Virada contra o Conservadorismo se apresenta na Boca Maldita

Santa Catarina
Maravilha
Às 17h Bandeiraço e caminhada Brasil Coração Valente na praça central

Brusque
Às 18h Bandeiraço e caminhada Brasil Coração Valente na Praça Central

Rio Grande do Sul
Porto Alegre
Às 18h concentração no Largo Glênio Peres para início da Caminhada Brasil Coração valente.

Da Redação do Vermelho em Brasília

Programa de TV de Dilma resgata o sentimento de esperança do povo

“Um Brasil que sabe que antes podia batalhar o que quisesse, que não conquistava uma vida melhor. E agora nós temos as condições de ter uma vida melhor, cada vez melhor”, disse Dilma.
“Um Brasil que sabe que antes podia batalhar o que quisesse, que não conquistava
 uma vida melhor. E agora nós temos as condições de ter uma vida melhor, cada vez melhor”, disse Dilma.

O último programa de televisão da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, que foi veiculado na quinta-feira (23), mostrou uma verdadeira onda de força, de amor e de coragem que tomou conta de todo o Brasil nessas eleições. Há muito uma campanha não mobilizava tantas pessoas e resgatava o sentimento de esperança em torno da manutenção e continuidade das mudanças que o país conquistou nos últimos anos e por novos avanços.

Em apenas três dias, os brasileiros poderão escolher, nas urnas, o projeto de futuro que querem para o Brasil. “Todo mundo sabe que nenhum governante consegue fazer tudo em apenas quatro anos. Na vida, tudo precisa ter continuidade, pois é a forma mais segura de avançar, melhorar e inovar. Não parar tudo, não jogar esforço fora, não começar tudo de novo com atraso e prejuízo. Meu compromisso é aperfeiçoar o que está funcionando bem, corrigir o que não está bom e fazer o que ainda precisa ser feito”, afirmou Dilma.
 
Resgata o sentimento de esperança


Segundo a presidenta, a população deve comparar os dois projetos que estão em jogo nessas eleições. “Um Brasil que sabe que antes podia batalhar o que quisesse, que não conquistava uma vida melhor. E agora nós temos as condições de ter uma vida melhor, cada vez melhor”, disse Dilma.

A campanha foi embalada por uma canção de apoio realizada por artistas brasileiros, como Fred Zero Quatro, Serjão Loroza, Teresa Cristina, Otto, Gog, Beth Carvalho, Zeca Baleiro, Renegado e Rafael Mike. A versão completa da música está disponível para download na página oficial de Dilma na Internet. Elza Soares, Marina Lima e Chico Buarque também manifestaram seu apoio à reeleição de Dilma.

A cantora Negra Li disse que os brasileiros reconhecem as diferenças dos projetos que estão concorrendo nessas eleições. “Porque o PT é pela periferia, pelos mais humildes”, disse. O raper Emecida disse que lembra que na década 90 quando o jovem negro de periferia não podia nem sonhar com a faculdade. “Agora eu vejo vários irmãos cursando uma faculdade, construindo uma casinha. Mudança é isso aqui. É o Brasil falando por ele”, exaltou Emicida.



Governo Novo, Ideias Novas
No programa de TV foram citados alguns dos principais projetos concretos que a presidenta vai implementar no próximo governo, caso seja reeleita. O Pronatec Jovem Aprendiz, por exemplo, vai incentivar a contratação de jovens pelas micro e pequenas empresas.

Para dar continuidade às conquistas do Programa Mais Médicos, Dilma vai criar o Mais Especialidades, que vai reduzir a espera por consultas, exames e tratamentos com médicos especialistas. Com o programa de segurança integrada, Dilma vai reunir as polícias federais e estaduais, com o apoio das Forças Armadas para combater o crime.

Entre as ideias novas, está a criação da Casa da Mulher Brasileira, que será construída em todas as capitais do País para apoiar a mulher vítima de violência doméstica. A faixa de financiamento do Programa Minha Casa Minha Vida também será ampliada para que mais famílias realizem o sonho da casa própria.

Fonte: Portal Dilma via Vermelho

Dilma abre vantagem de seis pontos no Datafolha e oito no Ibope

 Os institutos Datafolha e Ibope divulgaram na quinta-feira (23) pesquisas que mostram que a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, aumentou a vantagem sobre o adversário tucano Aécio Neves, ficando isoladamente na frente em ambos os levantamentos.


 
Na pesquisa Datafolha, Dilma tem 53% das intenções de votos válidos, enquanto Aécio Neves ficou com 47%. Com a margem de erro dois pontos percentuais para mais ou para menos, Dilma está na dianteira fora do empate técnico, com seis pontos de vantagem.

Nas quatro pesquisas anteriores do Datafolha, a situação sempre foi de empate técnico, sendo nas duas primeiras, com o tucano numericamente à frente (ambas por 51% a 49%). Nas duas últimas, a candidata reverteu o quadro e passou a ficar numericamente à frente, com 52% contra 48%.

Em votos totais, Dilma alcança 48%, Aécio atinge 42%. Brancos e nulos somam 5%. Outros 5% dizem não saber em quem votar.

Também subiu a avaliação do governo Dilma no Datafolha, passando de 42% para 44%, sendo o melhor patamar desde junho de 2013.

Votar em Aécio: “de jeito nenhum”

Por outro lado, aumentou a rejeição ao candidato tucano. A pesquisa mostra que 41% dos eleitores afirmam que não votam em Aécio “de jeito nenhum”. Em duas semanas, a rejeição dele, que era de 34%, subiu sete pontos. A taxa de rejeição de Dilma, por sua vez, caiu seis pontos e agora é de 37%.

O Datafolha ouviu 9.910 pessoas na quarta (22) e nesta quinta (23), por encomenda da Rede Globo.

Na pesquisa Ibope, Dilma também está na frente isoladamente, enquanto o tucano perde cinco pontos em uma semana. A candidata à reeleição tem 54% dos votos válidos contra 46% do candidato tucano, abrindo uma diferença de oito pontos de vantagem.

Nos votos totais, Dilma tem 49% contra 41% do tucano. Há 3% de indecisos e 7% de eleitores que pretendem anular ou votar em branco.

Em comparação à pesquisa anterior do Ibope, Dilma cresceu seis pontos nos votos totais (43% para 49%), enquanto Aécio perdeu quatro pontos (45% para 41%). A diferença de dois pontos veio dos indecisos, que eram 5% e agora são 3%. Não mudou a taxa de brancos e nulos.

Entre os votos válidos, Dilma cresceu de 49% para 54%, enquanto Aécio caiu de 51% para 46%.

A pesquisa mostra também o aumento da rejeição ao tucano, que passou de 35% para 42% do eleitorado. Já Dilma manteve 36%.

Também dá Dilma na resposta espontânea

Na resposta espontânea de intenção de voto, na qual o eleitor diz em quem vai votar sem ver a cartela circular com os nomes dos candidatos, Dilma tem 47% e Aécio, 39%. Brancos e nulos somam 7% e 6% de indecisos.

A pesquisa foi feita entre segunda (20) e quarta-feira (22) com 3.010 eleitores em 203 municípios de todas as regiões do país.

Vermelho - Com informações de agências

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A força simbólica no ato com Dilma e Lula na PUC de São Paulo

A presidenta Dilma na janela do Tuca, sendo saudada pela multidão.

A presidenta Dilma na janela do Tuca,
sendo saudada pela multidão.

Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem tanto do PT, resolveram reagir à onda de ódio e conservadorismo que tomou conta das ruas) foram na segunda-feira (20) para o Tuca – histórico teatro da PUC-SP, no bairro de Perdizes. 

Por Rodrigo Vianna, em seu blog*

O Tuca tem um caráter simbólico. E o PT, há tempos, se descuidara das batalhas simbólicas. O Tuca foi palco de manifestações contra a ditadura, foi palco de atos em defesa dos Direitos Humanos. Portanto, se há um lugar onde os paulistas podem se reunir pra dizer “Basta” à onda conservadora, este lugar é o teatro da PUC.

O PT previa um ato pra 500 ou 800 pessoas, em que Dilma receberia apoio de intelectuais e artistas. Aconteceu algo incrível: apareceu tanta gente, que o auditório ficou lotado e se improvisou um comício do lado de fora – que fechou a rua Monte Alegre.

Em frente ao belo prédio, com suas arcadas históricas, misturavam-se duas ou três gerações: antigos militantes com bandeiras vermelhas, jovens indignados com o tom autoritário e cheio de ódio da campanha tucana, e também o pessoal de 40 ou 50 anos – que lembra bem o que foi a campanha de 89.

No telão, a turma que estava do lado de fora conseguiu acompanhar o ato que rolava lá dentro. Um ato amplo, com gente do PT, do Psol, PCdoB, PSB, além de intelectuais e artistas que estão acima de filiações partidárias (como o escritor Raduan Nassar), e até ex-tucanos (Bresser Pereira).

Bresser, aliás, fez um discurso firme, deixando claro que o centro da disputa não é (nunca foi!) corrupção, mas o embate entre ricos e pobres. “Precisou do Bresser, um ex-tucano, pra trazer a luta de classes de volta à campanha petista” – brincou um amigo jornalista.

Gilberto Maringoni, que foi candidato a governador pelo Psol em São Paulo, mostrou que o partido amadurece e tende a ganhar cada vez mais espaço com uma postura crítica – mas não suicida. Maringoni ironizou o discurso da “alternância de poder” feito pelo PSDB e pela elite conservadora: “Somos favoráveis à alternância de poder. Eles governaram quinhentos anos. Nos próximos quinhentos, portanto, governaremos nós.”

O “nós” a que se refere Maringoni não é o Psol, nem o PT. Mas o povo – organizado em partidos de esquerda, em sindicatos, e também em novos coletivos que trazem a juventude da periferia para a disputa.

Logo, chegaram Dilma e Lula (que vinham de outro ato emocionante e carregado de apelo simbólico – na periferia da zona leste paulistana). Brinquei com um amigo: “bem que a Dilma agora podia aparecer nesse balcão do Tuca, virado pro lado de fora onde está o povo…”. O amigo respondeu: “Seria bonito, ia parecer Dom Pedro no dia do Fico”. Muita gente pensou a mesma coisa, e começaram os gritos: “Dilma na janela!”

Mas a essa altura, 10 horas da noite, só havia o telão. As falas lá dentro, no palco do teatro, foram incendiando a militância que seguia firme do lado de fora – apesar da chuva fina que (finalmente!) caía sobre São Paulo. Vieram os discursos do prefeito Fernando Haddad, de Roberto Amaral (o presidente do PSB que foi alijado da direção partidária porque se negou a alugar, para o tucanato, a histórica legenda socialista), e Marta Suplicy…

Vieram os manifestos de artistas e professores – lidos por Sérgio Mamberti. E surgiram também depoimentos gravados em vídeo: Dalmo Dallari (o antigo jurista que defende os Direitos Humanos) e Chico Buarque.

Quando este último falou, a multidão veio abaixo. A entrada de Chico na campanha teve um papel que talvez nem ele compreenda. Uma sensação de que – apesar dos erros e concessões em 12 anos de poder – algo se mantem vivo no fio da história que liga esse PT da Dilma às velhas lutas em defesa da Democracia nos anos 60 e 70.

Nesse sentido, Chico Buarque é um símbolo só comparável a Lula na esquerda brasileira.

Aí chegou a hora das últimas falas. Lula pediu que se enfrente o preconceito. Incendiou a militância. E Dilma fez um de seus melhores discursos nessa campanha. Firme, feliz.

O interessante é que os dois parecem se completar. Se Lula simboliza que os pobres e deserdados podem governar (e que o Estado brasileiro não deve ser um clube de defesa dos interesses da velha elite), Dilma coloca em pauta um tema que o PT jamais tratou com a devida importância: a defesa do interesse nacional.

Dilma mostrou – de forma tranquila, sem ódio – que o PSDB tem um projeto de apequenar o Brasil. Lembrou os ataques ao Brasil nas manifestações contra a Copa (sim, ali o que se pretendia era rebaixar a autoestima do povo brasileiro, procurando convencê-lo de que seríamos um povo incapaz de receber evento tão grandioso), lembrou a incapacidade dos adversários de pensarem no Brasil como uma potência autônoma.

Dilma mostrou clareza, grandeza e calma. Muita calma.

Quando o ato terminou, já passava de 11 da noite. E aí veio a surpresa: Dilma foi – sim – pra janela, para o balcão do Teatro voltado pra rua.

No improviso, sem microfone, travou um diálogo com a multidão, usando gestos e sorrisos. Parecia sentir a energia que vinha da rua. Dilma, uma senhora já perto dos 70 anos (xingada na abertura da Copa, atacada de forma arrogante nos debates e na imprensa), exibiu alegria e altivez.

Foram dez minutos, sem microfone, sem marqueteiro. O povo cantava, e Dilma respondia – sem palavras. Agarrada às grades do pequeno balcão, pulava e erguia o punho cerrado para o alto. Não era o punho do ódio. Mas o punho de quem sabe bem o lado que representa.

Dilma não é uma oradora nata, não tem o apelo popular de um Lula. Mas nessa campanha ela virou líder. O ato no Tuca pode ter sido o momento a marcar essa passagem. Dilma passa a ser menos a “gerente” e muito mais a “liderança política” que comanda um projeto de mudança iniciado há 12 anos.

Dilma traz ao PT uma pitada de Vargas e Brizola, de trabalhismo e de defesa do interesse nacional. E o PT (com apoio da militância popular, não necessariamente petista) finalmente parece ter incorporado Dilma não como a “continuadora da obra de Lula”, mas como uma liderança que se afirma por si. Na luta concreta.

Uma liderança que – na reta final, nessa segunda-feira de garoa fina em São Paulo – pulava feito menina no ritmo da rua, pendurada no histórico balcão da PUC de São Paulo. Dilma ficou maior.




*O Escrevinhador

“Se eu fosse brasileiro, votava em Dilma Rousseff”, dizem apoiadores

Ignácio Ramonet, Eduardo Galeano, Sílvio Rodriguez e Tom Morello declaram apoio a Dilma
Vermelho
Ignácio Ramonet, Eduardo Galeano, Sílvio Rodriguez e Tom Morello declaram apoio a Dilma

Não só artistas e intelectuais brasileiros declaram apoio à reeleição de Dilma, diversas personalidades internacionais também reconhecem o novo Brasil, pautado no progresso social que iniciou com o presidente Lula e teve continuidade com Dilma.

Por Mariana Serafini, do Vemelho

Entre os apoiadores internacionais de Dilma está o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. Reconhecido mundialmente por suas obras que unem jornalismo, ficção, literatura, análise política e história, o escritor declarou seu apoio à reeleição de Dilma Rousseff. 

O jornalista francês Ignácio Ramonet, criador do jornal Le Monde Diplomatique e editor do periódico por muitos anos, também não titubeou em afirmar que se votasse no Brasil seu voto seria em Dilma. Ramonet é reconhecido por seus diversos livros sobre geopolítica e comunicação social.Ex-aluno de Roland Bartes, é doutor em Semiologia, professor de Teoria da Comunicação da Universidade Denis Dederot em Paris e professor associado das universidades de São Petersburgo e Carlos III em Madrid.

O reconhecido escritor argentino Mempo Giardinelli também fez questão de apoiar a reeleição de Dilma. Traduzido em mais de 20 idiomas e premiado em diversos países do mundo, Giardinelli é um dos mais respeitados escritores da América Latina, já lecionou em universidades importantes como a Universidade Iberoamericana no México e a Universidade de Virgínia nos Estados Unidos.

O músico que cantou a Revolução Cubana Silvio Rodriguez é outro apoiador do projeto de governo representado por Dilma. É um dos cantores cubanos contemporâneos mais reconhecidos internacionalmente, considerado um poeta lúcido e inteligente, destaca-se pela capacidade de sintetizar o intimismo e temas universais com consciência social.

O guitarrista da icônica banda Rage Against the Machine, Tom Morello, publicou em sua conta pessoal no Twitter uma mensagem em apoio a Dilma na noite desta quarta-feira (23). O músico disse o seguinte: “Após fazer uma boa pesquisa, eu estou com os camaradas do MST no apoio a Dilma na eleição brasileira para parar a ofensiva da direita”.


Fonte: Vermelho

Economia brasileira cresce e perde apenas para Índia e China

 

Enquanto opiniões de analistas afirmando que o Brasil é um dos países que menos crescem no mundo são divulgadas continuamente, se oculta que, das 10 maiores economias do mundo, entre as quais a brasileira, apenas Índia e China têm crescido mais.

Por Emilio Chernavsky*, publicado no Brasil Debate


Nos últimos meses, têm sido continuamente veiculadas opiniões de analistas afirmando que o País seria um dos que menos crescem no mundo.

Certamente, em meio à maior crise internacional desde os anos 1930 e ao aumento da incerteza gerado pelo processo eleitoral e pela forma com que ele é noticiado, existem problemas reais e a situação econômica em 2014 não é mesmo das melhores. Mas, seria isso suficiente para justificar aquelas afirmações?

Defende-se aqui que não. Isto porque, se nos últimos anos o Brasil tem de fato crescido abaixo da média dos emergentes, progrediu em ritmo similar ao da média global e acima da média dos países desenvolvidos.

Sugere-se também que a comparação do crescimento brasileiro com o de outras economias sul-americanas, muito menores e menos diversificadas, é totalmente inadequada, o que não impede que ela venha sendo amplamente propalada.

Enquanto isso, se oculta que, das 10 maiores economias do mundo, entre as quais a brasileira, apenas a Índia e a China têm crescido significativamente mais que ela.

Mas não somente o Brasil cresce em linha com a média global e acima da média dos países desenvolvidos.

Como mostram os gráficos a seguir, elaborados a partir dos dados do World Economic Outlook do FMI de outubro/2014, ele também tem crescido de forma muito similar à média dos emergentes quando dela retiramos um único país, a China, situação que se manteve, inclusive, após a eclosão da crise global.



Ou seja, longe do que se poderia pensar a partir da cobertura da imprensa, o desempenho da economia do País, de fato muito modesto, não está em absoluto descolado da economia global. Isso contrasta fortemente com os anos 1990, quando o Brasil crescia não somente menos que as economias emergentes, mas até mesmo menos que as desenvolvidas, o que apenas começou a mudar em meados dos 2000.


A superação dos problemas e a retomada do crescimento requerem o conhecimento da situação real do País. Não ajuda, nesse sentido, a difusão da imagem de uma economia paralisada em um mundo em clara recuperação, que de forma alguma corresponde à realidade.

*Emilio Chernavsky é doutor em economia pela USP

Fonte: Vermelho

A vitória virá do confronto entre projetos e com o povo nas ruas

A última semana da campanha eleitoral é marcada por intenso debate de ideias e mobilização popular. A presidenta Dilma, candidata à reeleição pela coligação Com a Força do Povo, demarcou nitidamente os campos, mostrou o que está em jogo, reforçou sua identidade democrática, patriótica e popular e deixou à mostra, com denúncias consistentes e bem feitas, o caráter antipopular, neoliberal e reacionário do candidato tucano Aécio Neves.

Desde a redemocratização do país e a realização das primeiras eleições presidenciais, em 1989, a campanha que ora se encerra foi a mais acirrada e aquela em que ficou mais marcado o embate político e ideológico entre dois projetos antípodas, o que inevitavelmente marcará o desenvolvimento da luta política desde o primeiro momento pós-eleitoral e terá inevitáveis implicações no realinhamento de forças partidárias. 

O confronto entre a candidata das forças progressistas, Dilma Rousseff, e o representante do que há de mais reacionário na sociedade brasileira é a expressão da luta entre duas grandes correntes políticas, que por sua vez correspondem a forças sociais antagônicas. 

É o Brasil democrático e popular, patriótico e anti-imperialista em confronto contra o Brasil autoritário, antissocial e antinacional. O Brasil dos trabalhadores das cidades e do campo, das camadas intermediárias, do empresariado produtivo e vinculado ao desenvolvimento nacional, contra o Brasil da grande burguesia monopolista-financeira, da sujeição ao imperialismo. O Brasil da luta pelo desenvolvimento nacional soberano, pelo progresso social, por mais mudanças, pelas reformas estruturais democráticas, contra o retrocesso da era FHC.

Aécio Neves foge sorrateiramente desse embate. Tendo optado pela desqualificação do governo e da mandatária, é incapaz de apresentar uma só proposta que indique um rumo de renovação do que quer que seja na vida política e social do país, ignora sistematicamente as realizações que mudaram a feição e a natureza da sociedade brasileira nos últimos 12 anos. Acovardado perante a evidência dos fatos, não vai além dos questionamentos vazios sobre por que o governo não promoveu antes as reformas propostas durante a campanha e, dando a prova provada de que não tem nada a oferecer, afirma que vai dar continuidade às vitoriosas políticas sociais do governo da presidenta Dilma. 

Aécio deseduca, desinforma, tergiversa e mente. Mas o povo vai aprendendo com a própria experiência que as mudanças que a nação reclama – massacrada por séculos de opressão das classes dominantes e o imperialismo – dependem de tempo, persistência, continuidade e, sobretudo, horizonte histórico.

A demonstração cabal do fracasso da estratégia política e eleitoral de Aécio Neves foram as pífias manifestações que o PSDB e seus aliados organizaram em algumas cidades na última quarta-feira (22). Ele próprio, FHC et caterva, artistas decadentes e ex-futebolistas que se transformaram em fenômeno de estultice, não tendo o que dizer, perderam-se em insultos e na mesmice de palavras de ordem que não pegam, tipo “Fora Dilma” e “Adeus PT”. 

A última semana da campanha mobilizou intensamente o povo brasileiro. Neste aspecto ficou também demonstrada a divisão entre o Brasil democrático, patriótico e popular, por um lado, e o Brasil da reação, do autoritarismo e do entreguismo, no lado oposto. 

Um mar vermelho inundou as ruas e praças do país. De norte a sul pulsou o coração valente, demonstrando que ninguém segura o povo quando este abraça uma causa justa. No domingo, 26, este irreprimível entusiasmo popular, esta incontível força transformadora se pronunciarão nas urnas, consagrando a reeleição de Dilma Rousseff e a quarta vitória eleitoral consecutiva do povo brasileiro.


Fonte: Vermelho

Desemprego em setembro ficou em 4,9%, o menor desde 2002

 A taxa de desemprego no Brasil em setembro ficou em 4,9% e foi a menor para o mês desde 2002, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a coletar os dados pela metodologia atual.


Em agosto, o índice foi de 5%, também o menor para o mês desde 2002. A variação entre os dois meses não é considerada estatisticamente relevante pelo IBGE. Em relação a setembro do ano passado, o desemprego caiu 0,5 ponto percentual (de 5,4% para os atuais 4,9%).

As informações estão na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (23). Elas se referem às regiões metropolitanas de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).

A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) ficou estável em relação a agosto e caiu 10,9% frente a setembro de 2013. Já o número de pessoas ocupadas (23,1 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações.

Em setembro, foram registradas 11,7 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado, o que também representa estabilidade na comparação com agosto e com setembro do ano passado.

Na comparação por regiões, São Paulo teve queda de 5,1% em agosto para 4,5% em setembro. No Rio de Janeiro a taxa de desemprego subiu 0,4 ponto percentual, indo de 3% em agosto para 3,4% em setembro. Nas demais regiões, não houve variação.

Vermelho - Com informações de agências

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Nota de falecimento: José Souza

souza-jose
É com pesar que a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe comunica o falecimento do presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), José Souza de Jesus. Souza foi encontrado desacordado ontem, terça-feira (21) em um apartamento do Hotel Ministral em Fortaleza, Ceará. Ele foi participar da assinatura do aditivo do acordo coletivo do Banco do Nordeste (BNB).
Souza fez filosofia na Universidade Federal de Sergipe (UFS), era dirigente da CTB/SE, da Federação dos Bancários da Bahia /Sergipe e membro do Conselho Deliberativo da Previ. Atuava no movimento sindical desde a década de 80. Filho de Laudelina de Jesus, nasceu na cidade de Carira, em 31 de março de 1958. Era casado com a jornalista Niúra Belfort e pai de Wladimir Belfort Souza e Letícia Belfort Souza.
O sepultamento de José Souza acontecerá nesta quinta-feira, dia 23, às 16h, em Aracaju, na Colina da Saudade. A Federação dos Bancários se solidariza com seus parentes e amigos neste momento de extrema dor.

Sindicalistas socialistas declaram apoio à reeleição de Dilma

Joilson Cardoso destaca as vitórias conquistadas pelos trabalhadores durante os governos de Lula e Dilma
CTB
Joilson Cardoso destaca as vitórias conquistadas
 pelos trabalhadores durante os governos de Lula e Dilma

Sindicalistas da corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), braço sindical do PSB (Partido Socialista Brasileiro), declararam majoritariamente, apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff com a divulgação do manifesto intitulado “Conclamação aos Socialistas”.


Os sindicalistas seguiram o posicionamento do ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, que declarou seu apoio a Dilma, e afirmou que seu partido ignorou lições de seus fundadores ao apoiar formalmente a candidatura de Aécio Neves, do PSDB. "O apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática", afirmou em nota Roberto Amaral.


Assinam o manifesto os sindicalistas Joílson Cardoso, a senadora Lídice da Mata, Roberto Amaral, Luiza Erundina, Glauber Braga, Edwilson Lino, Vivaldo Barbosa, Domingos Leonelli, James Lewis, Sandra Marrocos, Júlio Cesar Oliveira, Fabio Maia e Antônio Marlos.

“Estamos assistindo a disputa de dois projetos distintos. O projeto do PSDB, que nós já conhecemos, inclui o arrocho salarial, a precarização das condições de trabalho e a reforma trabalhista que o Fernando Henrique tentou implantar com o fator previdenciário e uma politica econômica nacional de joelhos para o capital estrangeiro. São medidas que irão tirar o país do protagonismo em que ele se encontra que, inclusive, contribuiu para vitórias importantes na América Latina. Tirar o Brasil da posição que ele se encontro seria um retrocesso político imensurável”, destaca Joílson Cardoso, que também é vice-presidente da CTB.

Para Joílson Cardoso, apoiar um projeto neoliberal seria colocar em risco avanços obtidos pela classe trabalhadora. “Esse projeto coloca em jogo questões estruturais do mundo do trabalho, a exemplo da política nacional de salário mínimo. O economista Armínio Fraga, que está cotado para ser ministro da Fazenda de Aécio Neves, já afirmou que o salário mínimo cresceu demais nos últimos anos. Ou seja, seria a volta do arrocho salarial, do Estado Mínimo e o retrocesso das politicas sociais. Tudo isso faz com que a SSB seja contra essa proposta. Nós lamentamos a posição do PSB”, defendeu o socialista.

 
Confira o manifesto assinado pelos sindicalistas:

MANIFESTO DA SSB AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL
A SSB (Sindicalismo Socialista Brasileiro) decide, por maioria absoluta de suas lideranças, apoiar e recomendar o voto de seus militantes na reeleição da presidente Dilma Rousseff. Essa decisão expressa nossa coerência com o programa socialista. Os socialistas têm e sempre tiveram lado – o da esquerda progressista. Somos uma corrente do movimento sindical nascida há 20 anos atrás na base do movimento sindical brasileiro, liderada pelos sindicalistas socialistas do PSB e ligada à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que ajudamos a fundar com outras forças políticas. Neste segundo turno da eleição presidencial não podemos contribuir para o atraso que seria o retorno do neoliberalismo, inimigo ideológica dos interesses dos assalariados. Nosso compromisso, ao contrário, é o de ajudar a constituição de um governo democrático-popular, com efetiva participação dos trabalhadores e da sociedade civil.

Estivemos com a candidatura de Eduardo Campos, um projeto que procurava se sustentar no campo da esquerda. Nós, líderes sindicais dos trabalhadores e trabalhadoras da SSB nos comprometemos, depois de sua morte, com a candidatura de Marina Silva à Presidência da República, por entendermos que a 'Coligação Unidos pelo Braslil’, apesar das contradições, podia representar a preservação de nossas conquistas. Identificamos nessa candidatura a possibilidade de fazer o País trilhar o desenvolvimento sustentável, a garantia de mais e melhores empregos e a continuidade da distribuição de renda iniciada pelo governo do Presidente Lula, buscando eliminar as iniquidades sociais. Essa não é a visão de Aécio.

Com esse manifesto, dizemos “não” ao atraso representado pela candidatura da direita. O roteiro do ajuste fiscal que resulta em arrocho salarial contra os trabalhadores é nosso velho conhecido. Vem junto com a quebra dos direitos trabalhistas, o fim da política de valorização do salário mínimo e o aumento da concentração de renda. Denunciamos, principalmente, a entrega dos serviços públicos e setores estratégicos à sanha do capital e a quebra da soberania nacional como ocorreu nos anos de governo tucano. Conhecemos esse receituário, pois fomos oposição ferrenha aos governos neoliberais do PSDB.

O País avançou nos dois governos Lula e deve agora, com Dilma no comando, fazer as correções que precisa para voltar a crescer. A classe trabalhadora vai continuar a lutar pelo crescimento com justiça social. Essa é a nossa razão de ser. Sermos dignos ao nosso Programa, no PSB honrarmos nossa história e a história de nossos fundadores, João Mangabeira, Antônio Hoauiss e Jamil Haddad, no movimento sindical sermos fieis aos interesse dos trabalhadores e coerentes ao campo político de esquerda que compomos. A Nação trabalhadora nos cobra compromisso e não vamos virar as costas aos que clamam por desenvolvimento com justiça social. O Brasil é viável e voltará a crescer. Chega de desesperança! Vamos votar em Dilma no dia 26!
Viva o Brasil. Viva a Classe Trabalhadora.

Fonte: CTB  via Vermelho

Na reta final, movimento de mulheres reforça apoio a Dilma

Em carta de apoio, as mulheres se afirmam como sujeitos políticos detentores de direitos, de autonomia e de liberdade para decidir sobre seus corpos e seus projetos de vida. 
Em carta de apoio, as mulheres se afirmam como sujeitos
 políticos detentores de direitos, de autonomia e de
liberdade para decidir sobre seus corpos e seus projetos de vida. 

O reconhecimento que o governo da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, recebe do movimento de mulheres às vésperas da votação do segundo turno, no dia 26, comprova o amplo retrospecto sobre a elaboração de políticas públicas e ações pela garantia de direitos e igualdade de gênero em continuidade ao governo Lula.
 

“Há 12 anos vimos uma mudança começar no país, com a maior garantia de direitos e o combate à desigualdade como prioridade. Foram muitas as mudanças na política econômica e nas políticas sociais do governo que trouxeram para o debate político a urgência em acabar com as injustiças históricas do Brasil”, inicia a carta aberta chamada "Porque Nós Mulheres Estamos com Dilma."

Até o momento, mais de 1,7 mil mulheres representantes de todos os segmentos da sociedade assinam o manifesto que define a candidatura como a única que apresenta disposição política para promover mudanças, e a erradicação de qualquer tipo de discriminação, seja de gênero, seja racial, seja de classe ou de orientação sexual. Entre as signatárias estão as ministras Eleonora Menicucci, Miriam Belchior, Tereza Campello e Izabella Teixeira.

A carta chama à responsabilidade do voto, em nome da luta de mulheres e homens que no passado tombaram pela democracia, a afirmação das mulheres como sujeitos políticos detentores de direitos, de autonomia e de liberdade para decidir sobre seus corpos e seus projetos de vida.

Avanços e mais avanços

De 2003 a 2013, inúmeras campanhas universalizaram a legislação brasileira de proteção e combate à violência contra a mulher. Os serviços especializados no atendimento à mulher aumentaram de 332 para 1.027. E, desde a sansão da Lei Maria da Penha, há oito anos, foram emitidas 370 mil medidas protetivas, segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

Atualmente, o País conta com 231 Centros Especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams), 78 Casa Abrigo, 45 unidades do Núcleo de Atendimento Especializado da Defensoria Pública, 500 Delegacias de Atendimento à Mulher, 100 Juizados e 46 unidades do Núcleo de Ministérios Públicos Estaduais Especializados em Violência/Promotorias Especializadas, além de Varas Especializadas e Varas Adaptadas.

A SPM também mantém a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, para o recebimento de denúncias e informações sobre procedimentos em caso de violação de direitos relacionados à violência doméstica e familiar.

Para o segundo mandato, além da continuidade das ações atuais e da manutenção da SPM, Dilma vai ampliar a criação da Casa da Mulher Brasileira, uma política iniciada em março de 2013, que cria unidades que reúnem todos os órgãos de proteção como Ministério Público e defensorias.

Para evitar situações de humilhação no momento em que pedem ajuda, a ação cria espaços com atendimento especializado no acolhimento da mulher vítima de violência, com amparo psicossocial e orientação ao emprego e renda.

Da Redação do Vermelho em Brasília
Com Imprensa PT

Programa de TV de Dilma rebate Armínio Fraga e defende bancos públicos

Direto do Vermelho

A propaganda eleitoral da candidata à reeleição Dilma Rousseff de terça-feira (21) reafirmou o desafio que o povo brasileiro terá neste segundo turno e destacou que há dois projetos distintos em disputa: um de avanço e inclusão e outro de retrocesso.


Reprodução
  
Para demonstrar como são profundas as diferenças, o programa mostrou uma entrevista com guru econômico dos tucanos escolhido por Aécio Neves como seu futuro ministro da Fazenda, Armínio Fraga, na qual ele defende a redução dos bancos públicos. “O Brasil têm três bancos públicos gigantes em atuação, a Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Penso que os bancos públicos precisam ser administrados com padrões muito mais rígidos. Provavelmente vai chegar um ponto em que vai ficar claro que eles não tenham assim tantas funções. Não sei o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito”, disse Fraga.
 
Dilma explicou, que ao contrário do que afirmam os tucanos, os bancos públicos são de suma importância para o desenvolvimento e a redução das desigualdades. “Os bancos públicos subsidiam várias ações e programas, como o Minha Casa, Minha Vida, o Fies e o transporte público. Sem esse apoio tudo ficaria muito mais caro para a população”, argumentou a presidenta, citando como exemplo a prestação de uma casa, que, subsidiada pela Caixa, sai com prestação de R$ 80,00 por mês, enquanto que pelas regras do mercado financeiro essa mesma casa custaria nada menos que R$ 940,00 por mês para o trabalhador.

“É muito difícil não se indignar quando o meu adversário fala em ‘medidas impopulares’. Ora, se são impopulares é porque são contra o povo. E eu tenho um lado muito claro: o lado do povo”, frisou a candidata durante o programa. Ela ressalta: “Não podemos voltar ao passado em que o país era governado por uma elite e para uma elite”.

Confira a íntegra do programa:

 


Gil e Caetano declaram voto em Dilma no segundo turno

Ambos apoiaram Marina Silva (PSB) no primeiro turnoDepois de marinar no primeiro turno das eleições, o cantor e compositor Caetano Veloso declarou que agora vai votar pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff. A informação foi publicada na coluna do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.


Ambos apoiaram Marina Silva (PSB) no primeiro turno
“Voto em Dilma”, disse Caetano revelando que não acompanha a sua candidata, Marina Silva que declarou apoio a Aécio no segundo turno. “Não faço campanha porque odiei o que o PT fez com Marina. Acho Aécio bom candidato e gosto dele. Mas prefiro Dilma agora”, completou.

Além de Caetano, outro amigo que também apoiou Marina no primeiro turno declarou voto a Dilma: Gilberto Gil, que irá gravar depoimento para o programa.

“Eu votei em Marina. Vou votar em Dilma no segundo turno. Convivi com ela em ambiente de governo, em situação, enfim, de ministério, que decisões precisavam ser tomadas, que a disputa pelo orçamento se dava, e ela sempre tratou o Ministério da Cultura com muito respeito, muito apreço, dando a ele muita importância”, argumentou Gilberto Gil.

Vermelho - Com informações de agências

Dilma: Meu projeto garante empregos, salários e qualidade de vida

A candidata Dilma Rousseff em Recife. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto LulaA cinco dias do momento decisivo das eleições, a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, reuniu uma multidão de mais de 50 mil pessoas em Goiana (PE) na terça-feira (21), num ato de apoio da região à sua campanha. 


A candidata Dilma Rousseff em Recife. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
“Daqui a uns dias, nós vamos votar e algumas coisas têm de ficar claras para nós. São dois projetos, um que não olhava para o povo deste país, que governava para os mais ricos, e o outro que foi feito para todos os brasileiros, que foi o meu e do presidente Lula”, afirmou Dilma.

 
 
A presidenta destacou a dificuldade do projeto de oposição, do candidato Aécio Neves (PSDB), em enxergar um Brasil mais justo. “Hoje vestem uma pele de cordeiro que esconde todas as suas intenções. Eles têm um olhar preconceituoso para todo o Brasil, olham para os mais pobres e não veem um cidadão brasileiro. Nós não reconhecemos nos tucanos alguém que fez uma política a favor (…) do Estado brasileiro e muito menos do Nordeste”, afirmou.

Dilma aproveitou para desmentir boatos espalhados na região de um suposto revanchismo, na eventual continuidade do seu governo, sobre governadores eleitos de partidos que não pertencem à sua coligação. “Tem gente dizendo que nós não iremos fazer parceria com governadores eleitos, quero dizer que respeitamos governadores eleitos porque respeitamos o povo que os elegeu. Aqui em Pernambuco vamos manter nossa parceria, porque quem elegeu foi o povo sofrido de todo o estado”, disse.

Além de lembrar as conquistas de Pernambuco com o ex-presidente Lula, em parceria com Eduardo Campos, do Polo Naval, da instalação da fábrica da Fiat em Goiana, Dilma assumiu o compromisso por mais obras para desenvolver o estado. “Assumo o compromisso de fazer o Arco Rodoviário custe o que custar e queria dizer que não somos a favor de pedágio em regiões metropolitanas, porque é lá que as pessoas moram”, disse a presidenta, em referência aos pedágios cobrados nos estados em que os tucanos governam.

Quem fez é quem pode continuar


Dilma mostrou orgulho e sinalizou pela continuidade dos programas como Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Fies e Prouni. “Hoje encontrei uma trabalhadora que disse pra mim que estava feliz porque a filha iria virar cientista. Ela está na Alemanha cursando o Ciência Sem Fronteiras. É esse o país que queremos criar: que o filho do trabalhador vire cientista, que estude na Alemanha, que vire doutor. É esse o país que queremos para o nossos filhos e netos”, pontuou.

Dilma encerrou seu discurso defendendo o desenvolvimento pleno do país, sem privilégio, e a manutenção de sua posição acima das demais. “Foi preciso que um nordestino assumisse a Presidência da República para que os nordestinos voltassem para o Nordeste (…) vocês conquistaram com muita garra e espírito de luta porque o governo criou oportunidades que não tinha no tempo dos tucanos, eles não gostam de oportunidades que não seja para eles”, destacou.

Lula pede respeito com o Nordeste
 

O ex-presidente Lula participou do comício em seu estado natal e ilustrou como algumas declarações dos políticos do PSDB – em referência à declaração pública de FHC sobre o primeiro lugar de Dilma no primeiro turno – revelam preconceitos regionais e de classe. “Como alguém que já foi presidente do Brasil, que tem formação, pode dizer que a presidenta Dilma só foi votada no Nordeste porque não tem informação? Tanto o nordestino tem informação, que resolveu nunca mais votar em tucano”, explicou.
 
Sobre os investimentos que o Nordeste recebeu após a chegada do Partido dos Trabalhadores à Presidência, Lula disse que só o governo de Dilma fez em quatro anos o que os tucanos não fizeram a vida inteira, como a integração do São Francisco, da Transnordestina e a chegada crescente de investimentos. “Quem imaginou que aqui em Goiana ia ter uma indústria automobilística? Nós não apenas começamos um processo de transformação desse país, como o nordestino conquistou o direito de andar de cabeça erguida. Enquanto Dilma traz água pro Nordeste, o governador de São Paulo, que é tucano, deixa faltar água no estado todo.” 




Com informações do Portal Dilma e Muda Mais - via Vermelho

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Segundo turno das eleições: Quem você é? De que lado você está?

Aproxima-se o dia das eleições e vai tomando forma na sociedade brasileira dois blocos completamente antagônicos esboçados em duas candidaturas: Dilma Roussef e Aécio Neves.

De início fica claro pelo perfil dos candidatos as posições diametralmente opostas. Dilma, militante estudantil desde a juventude, lutou contra a ditadura, pela redemocratização do país e ocupou cargos públicos por indicação de partidos progressistas como o PDT e o PT. Aécio, herdeiro político do clã Neves de Minas Gerais, desde jovem vem ocupando cargos públicos por indicação de parentes influentes e dos esquemas políticos eleitorais conservadores e neoliberais.

Do ponto de vista político, o lado de Dilma representa a solidariedade aos trabalhadores pobres e excluídos através da valorização dos salários, do combate ao desemprego, do respeito aos direitos sociais, dos programas de inclusão social. Além do macro projeto de desenvolvimento nacional soberano materializado na postura independente na política internacional e de iniciativas como o PAC - Plano de Aceleração do Crescimento, de fortalecimento das empresas estatais, da recuperação da indústria naval, dentre outras, que como resultado elevaram o Brasil a 7ª economia do mundo. Potência emergente, protagonista do Mercosul e dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Ideologicamente, Aécio simboliza o individualismo, a supremacia do capital, do lucro do mercado sobre o social.

Convivemos nas últimas décadas com dois governos de inspiração neoliberal: Color e FHC. A história está a nos dizer acerca das suas realizações.

Os planos de Aécio, apesar de toda em toda a sua retórica enfatizar o futuro, está ancorado no passado, inclusive de forma cabal ao apresentar como futuro ministro da fazenda Armínio Fraga, ex diretor do megaespeculador George Soros e sócio do banco norte-americano JP Morgan, que muito lucrou com a nossa desgraça, não faz muito tempo.

O receituário neoliberal é claro: arrocho salarial, desemprego, ataque aos direitos dos trabalhadores, precarização das condições de trabalho, combate aos programas sociais, privatizações, política econômica e diplomática subalterno aos interesses dos Estados Unidos e da União Européia.

Se você vive de vender a sua força de trabalho, saiba o que está por vir com a possível eleição de Aécio. A consciência de classe não acontece espontaneamente, por isso o nosso papel é suscitar o debate e incitar a consciência.

Tem muito trabalhador que apesar de duramente explorado pelo capital financeiro, como o bancário, comporta-se como burguês, diz-se classe média e pretende votar no candidato dos banqueiros. Lembro-lhes que, se és classe média (termo incorreto do ponto de vista científico), tua classe média está atrelada a um contrato de trabalho, uma vez desempregado, tu és apenas classe nada.

Portanto, lembro-lhes, em 1989, 1994 e 1998, os trabalhadores e diversos segmentos populares apostaram nas candidaturas neoliberais e tiveram como resultado o desemprego, o empobrecimento e o abandono social.

Alerto-lhes, que o voto no candidato das elites conservadoras e preconceituosas é uma decisão, acima de tudo, contrária aos interesses da classe trabalhadora desse país!

Está na cara
Você não vê” – Gilberto Gil

Por Jorge Barbosa de Jesus – Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e região

Festa em comemoração ao resultado da greve dos bancários 2014


Lula: Quando os tucanos governaram o Nordeste era tratado a pão e água

"Queremos apenas que o Nordeste recupere tudo que perdeu no século XX”, enfatizou LulaEm entrevista a Rádio Jornal, no programa de Geraldo Freire, de Recife (Pernambuco), na segunda-feira (20), o ex-presidente Lula enfatizou que os tucanos nunca olharam para o Norte e Nordeste do Brasil.


Ricardo Stuckert/Instituto Lula
"Queremos apenas que o Nordeste recupere tudo que perdeu no século XX”, enfatizou Lula
“Houve um tempo em que essa gente governou o Brasil e o Nordeste era tratado a pão e água. Tudo era pensado para a região mais desenvolvida do país e pouquíssimo para as regiões menos desenvolvidas”, pontuou Lula.

O ex-presidente lembrou que durante seu governo, quando reunia esforços para levar a Fiat e outras empresas para a região, “Aécio chegou a propor medida provisória” no Congresso para impedir a ida da empresa. “Esse tipo de gente que nunca contribuiu para o desenvolvimento do Norte e Nordeste sempre achou que essas regiões deveriam aparecer na imprensa como campeãs da seca, campeãs do analfabetismo, do desemprego. Nós resolvemos mudar isso”, afirmou.

Lula destacou que, assim como ele, a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, tem compromisso com o desenvolvimento regional. “Não queremos tirar nada de nenhum estado brasileiro, mas queremos apenas que o Nordeste recupere tudo que perdeu no século XX”, ressaltou. E completa: “É por isso que eu tenho a certeza que a companheira Dilma jamais vai negar algum recurso para as regiões Nordeste e Norte desse País”.

O ex-presidente frisou que a importância das conquistas dos últimos 12 anos e como tem mudado a vida do povo nordestino. “A coisa que mais me dá orgulho é levar universidades no Nordeste. Pra gente colocar os nordestinos nas páginas dos jornais como sinônimo de desenvolvimento. O povo nordestino não deve nada para mim, nem para a Dilma. Nós é que devemos a eles”.

Governamos para o povo

Na entrevista, Lula foi questionado sobre como ficará a relação com governador eleito Paulo Câmara (PSB), caso a presidenta vença o segundo turno. Isso por conta do apoio de Câmara ao Aécio neste segundo turno. “Nós demos uma demonstração de uma forma republicana de governar. Se o governador tem uma boa relação, melhor, mas se não tem a gente não rejeita. A gente governa é para o povo não para os governos”, disse ele resgatando como Miguel Arraes era tratado por Fernando Henrique no governo federal e como foi o governo da Jarbas Vasconcelos durante o seu governo.

Dilma faz aeroporto para o povo. Aécio para o tio

Sobre as promessas do candidato tucano Aécio Neves (PSDB), Lula destacou: “Acabei de ouvir falar de uma tal de ‘farmácia do trabalhador’. É engraçado que depois de 12 anos governando Minas não exista nenhuma lá. Nem a Farmácia Popular ou o Aqui Tem Farmácia, programas do governo federal, não foram estimuladas por ele”.

Lula argumentou que enquanto Aécio promete o que ele não fez em Minas Gerais, quando governou, Dilma mostra o que já fez e propõe avançar. “Dilma tem que propor coisas para o futuro a partir do que ela fez hoje, ontem, antes de ontem. E o Nordeste é testemunha”, enfatizou Lula, citando as reformas nos aeroportos de todo o Brasil. “O aeroporto de Recife foi remodelado para o povo. O aeroporto de Brasília foi mudado para o povo. O de São Paulo para readequando para o povo. Do Rio de Janeiro a mesma coisa. O único que Aécio fez foi para o tio”.

A reeleição também foi abordada na entrevista. “Eu era contra, mas descobri que um mandato de quatro anos não permite que o presidente faça nenhuma obra reestruturante. E uma reeleição permite que comece uma obra e termine... Tenho consciência de que meu segundo mandato foi muito melhor do que o primeiro”, destacou ele, lembrando que foram os tucanos que aprovaram a reeleição.

Lula finalizou a entrevista dizendo: “O problema dos tucanos é que eles têm voo curto e não conseguem sair do Centro-Sul e Sudeste. Não sabem governar para o Nordeste. Não tem voo. Só tem pico. São predadores”.

Fonte: Rádio Jornal de Pernambuco via Vermelho

O que será feito do ódio e de sua linguagem?

Venicio A. de Lima *

Ao fazer um balanço crítico do ano que chegava ao fim, na perspectiva da atuação da mídia brasileira, escrevi neste Observatório, em dezembro de 2013:

“O que de mais importante aconteceu no nosso país de 2005 para cá – vale dizer, ao longo dos últimos oito anos – e se consolidou em 2013 com as várias semanas de julgamento televisionado, ao vivo, no Supremo Tribunal Federal – foi a formação de uma linguagem nova, seletiva e específica, com a participação determinante da grande mídia, dentro da qual parcela dos brasileiros passou a ‘ver’ os réus da Ação Penal nº 470, em particular aqueles ligados ao Partido dos Trabalhadores. (...) Nos últimos anos ‘mensalão’ passou a ser ‘um esquema de corrupção’ e tornou-se ‘mensalão do PT’, enquanto situações idênticas e anteriores, raramente mencionadas, foram identificadas pela geografia e não pelo partido político (‘mensalão mineiro’). Como resultado foi se construindo sistematicamente uma associação generalizada, seletiva e deliberada entre corrupção e os governos Lula e o PT, ou melhor, seus filiados e/ou simpatizantes. (...) A generalização seletiva tornou-se a prática deliberada e rotineira da grande mídia e, aos poucos, as palavras ‘petista’ – designação de filiado ao Partido dos Trabalhadores – e ‘mensaleiro’ se transformaram em palavrões equivalentes a ‘comunista’, ‘subversivo’ ou ‘terrorista’ na época da ditadura militar (1964-1985). ‘Petista’ e ‘mensaleiro’ tornaram-se, implicitamente, inimigos públicos e sinônimos de corruptos e desonestos” (ver “A linguagem seletiva do ‘mensalão’“).

Em abril de 2014, depois de visitar várias regiões do país lançando seu premiado romance K, o escritor e jornalista Bernardo Kucinski recuperou a palavra “politicídio” para descrever o que antecipou como “uma mobilização em marcha para exterminar o PT da sociedade brasileira, a começar pela sua presença no imaginário da população”.

Saul Leblon comentou na Carta Maior:


“A aspiração não é nova nas fileiras conservadoras. Em 2005, já se preconizava livrar o país ‘dessa raça pelos próximos trinta anos’. Jorge Bornhausen, autor da frase, reúne credenciais e determinação para levar adiante seu intento. (...) A verdadeira novidade é a forma passiva como um pedaço da própria intelectualidade progressista passou a reagir diante dessa renovada determinação de exterminar o PT da vida política nacional” (íntegra aqui).

Nos meses que antecederam à realização da Copa do Mundo de Futebol presenciamos a uma intensa e uniforme campanha de descrédito que celebrava o fracasso antecipado em expressões do tipo “Não vai ter Copa”. Fracasso antecipado pela incapacidade brasileira – mas, sobretudo, do governo brasileiro – de realizar um evento dessa magnitude.

Superada a Copa do Mundo, iniciou-se o ciclo eleitoral propriamente dito e recrudesceu a indisfarçável partidarização da grande mídia em níveis desconhecidos até aqui. Hegemoniza-se rapidamente, não só na grande mídia, mas também nas redes sociais, uma assustadora “linguagem do ódio” – incluindo a edição deliberada de imagens – contra os governos liderados pelo PT nos diferentes níveis da administração pública e contra petistas que os apoiam.

Talvez a característica mais forte dessa “linguagem do ódio” seja a utilização dos verbos “acabar”, “varrer”, “eliminar”, “exterminar”, “expulsar”, “aniquilar” que contamina e, em muitos, casos transita de um para outro lado da disputa, como se estivéssemos numa guerra civil em que o lado derrotado devesse ser “banido” da face da terra.

E o pós-eleições?
Há alguns anos tenho escrito sobre processos de intolerância que vêm sendo construídos e estimulados por uma grande mídia cada vez mais partidarizada e, de fato, sem compromisso verdadeiro com o processo democrático. A menos de uma semana do segundo turno da eleição para Presidência da República e para governadores de 14 estados da Federação, não é possível ignorar o nível de irracionalidade e polarização a que se chegou à disputa eleitoral.

A questão incontornável é o que será feito do ódio e de sua linguagem que vêm sendo construídos e estimulados com a participação ativa da grande mídia ao longo dos últimos muitos meses, independentemente dos resultados das urnas. Como se comportarão os oligopólios da mídia partidarizada, derrotados ou vitoriosos, depois das omissões e distorções evidentes em favor de uma das posições políticas em disputa?

Infelizmente – inclusive, levando-se em conta o comportamento da grande mídia nos estados onde haverá segundo turno também para governador – não há indícios de que a linguagem do ódio desaparecerá com a realização do segundo turno. Ao contrário.

O que é possível fazer para que se restabeleçam as condições mínimas de tolerância necessárias à convivência democrática?

A ver.


* é professor de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010
* Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.