sexta-feira, 15 de maio de 2015

Conferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SP

Radômica Conferência
Conferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SP
 Partido Comunista do Brasil (PCdoB) está vivenciando um momento de rico debate em torno da situação política nacional com o coletivo partidário em todo o país. Este processo culminará na 10ª Conferência, que será realizada entre os dias 29 a 31 de maio, no auditório da Unip, na capital paulista.

Examinando a crise política nacional em curso, os comunistas estão propondo no Projeto de Resolução, a construção de uma “frente ampla em defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia” e ainda o rechaçamento do golpismo da direita, “desmascarando a pregação de um impeachment” contra a presidenta da República, reeleita democraticamente nas eleições de 2014.

Para impulsionar essa contraofensiva, o documento em debate propõe ainda “a retomada da iniciativa política a ser empreendida pelas forças democráticas e progressistas em torno de bandeiras unificadoras”, com a tarefa central de “rechaçar o golpismo, de defender o mandato da presidenta e de conquistar a estabilidade do governo”.

Com este intuito, as principais bandeiras defendidas pelos comunistas são: a defesa da Petrobras e da engenharia nacional, a retomada do crescimento da economia, a garantia dos direitos trabalhistas e sociais; o combate à corrupção com o fim do financiamento empresarial das campanhas, entre outras.

No debate orgânico do partido, a resolução política trata da efetivação das linhas de construção partidária e da sucessão da presidência nacional do partido, abalizada no 13º Congresso Nacional do PCdoB, realizado no fim de 2013.

Detalhamento
A secretaria nacional de Organização do PCdoB divulgou nesta segunda-feira (27) informações para os comitês estaduais agilizarem a eleição dos delegados que irão participar da conferência e ressaltou que as emendas e os nomes dos participantes deverão ser enviados até dia 20 de maio para o endereço eletrônico comitecentral@pcdob.org.br.

A conferência terá inicio às 15 horas da sexta-feira (29), no auditório da Unip - Campus Bacelar - , localizada à Rua Doutor Bacelar, 1212, Vila Clementino, São Paulo-SP. O credenciamento será realizado a partir das 13 horas do dia 29, na Unip.

Do Portal Vermelho

A terceirização, a idade média e o lucro da burguesia

A aprovação do PL 4330 aumentará o índice de desemprego, pois os terceirizados terão de aumentar sua carga de trabalho para receber um salário significativo, o que reduzirá o número de vagas no mercado.



Senado reúne críticas em debate sobre projeto da terceirização

O presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS), em sua fala de abertura lamentou o apoio de alguns sindicalistas ao projeto aprovado pela Câmara.  

Agência Senado

O presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS), em sua fala de abertura
lamentou o apoio de alguns sindicalistas ao projeto aprovado pela Câmara.

"A Lei Áurea, a terceirização e o combate ao trabalho escravo" foi tema de audiência pública na quinta-feira (14) na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, reunindo parlamentares e sindicalistas em torno da discussão do projeto de lei que regulamenta a terceirização. O presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS), na fala de abertura, lamentou que alguns setores ligados ao sindicalismo apoiem o projeto aprovado pela Câmara, que libera a terceirização para as atividades-fim das empresas.

  

“Estamos esperando que vocês reflitam melhor sobre a posição que tomaram, estamos aguardando por vocês. Quem tem compromisso com a classe trabalhadora não apoia esse projeto”, disse o senador em referência velada a posição da Força Sindical.

Durante o evento, ele recebeu da representante do Fórum Nacional em Defesa dos Trabalhadores, Magda Biavaschi, uma proposta de substitutivo para o projeto de lei. A proposta do Fórum, segundo relatou Magda, proíbe a locação da mão de obra e veda a adoção da prática nas atividades-fim.

O texto também determina a igualdade de direitos entre trabalhadores formais e terceirizados dentro de uma empresa; estabelece que a representação sindical dos terceirizados se dará pelo sindicato preponderante; e determina a responsabilidade solidária entre empresas contratantes e contratadas.

Críticas

O presidente do Senado, senador Renan Calheiros, ao participar de audiência pública, disse que a regulamentação da terceirização deve alcançar apenas os trabalhadores que já são terceirizados.

“Nosso papel aqui será regulamentar a terceirização pra quem já é terceirizado. Não vamos transformar os outros 40 milhões de trabalhadores em terceirizados também, não podemos praticar o "liberou-geral" para as atividades-fim”, defendeu o senador.

Renan lembrou que a Casa realizará na próxima terça-feira (19) uma sessão temática sobre a proposta em Plenário, aberta para a participação da sociedade civil. E anunciou que esta será a postura do Senado durante toda a tramitação da matéria. “Precisamos tirar a terceirização da zona cinzenta em que se encontra, mas sem revogar direitos”, afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) propôs que o Senado se torne "uma trincheira" contra a proposta. E chamou de "pelegas" as centrais sindicais que apoiam o projeto como ele veio da Câmara. “Não passarão. É uma mentira, uma falácia dizer que o texto atual cria direitos”, criticou.

Outra participante da audiência, Maria Rosa Campos, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, lembrou que mais de 185.000 trabalhadores terceirizados já tem processos na Justiça por terem sofrido calotes de empresas contratantes.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, engrossou o coro das críticas contra o projeto. “O texto inteiro é uma catástrofe para a classe trabalhadora. Nem o regime militar tentou revogar a CLT, que é o que este projeto faz na prática.”

Do Portal Vermelho - De Brasília, com Agência Senado

Daniel Almeida destaca retomada da pauta do fator previdenciário

Daniel Almeida lembrou que o PCdoB tem uma posição histórica contrária a medida adotada pelo governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Daniel Almeida lembrou que o PCdoB tem uma posição histórica contrária
 a medida adotada pelo governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (13), por 232 votos a favor, 210 contra e duas abstenções, a proposta do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) que cria uma alternativa ao fator previdenciário, sistema que reduz o valor da aposentadoria. Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que votou a favor da proposta, “a votação de ontem , colocou o assunto como prioridade na ordem do dia.” 


Ele lembrou que o PCdoB tem uma posição histórica contrária a medida adotada pelo governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apesar da votação de ontem não representar o final da “novela” que se arrasta desde em 1999, o deputado afirma que foi dado “um passo importante para a regulamentação do fator previdenciária. Se não for nesse caminho, no conteúdo que foi aprovado ontem, colocou o assunto como prioridade na ordem do dia.”


Daniel Almeida lembrou que o projeto ainda será votado no Senado e submetido à sanção presidencial, mas destacou que o tema estará em debate, o que representa “um avanço dos direitos dos trabalhadores e não afeta o ajuste fiscal que o governo está buscando porque os resultados são de médio e longo prazo.”

Ele afirmou ainda que a proposta foi uma iniciativa de um membro do partido da base e o projeto, que sempre suscita polêmica, recebeu voto favorável da bancada do PCdoB assim como de outros partidos da base e até do relator da MP 664, onde foi incluída a emenda, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

A proposta aprovada é que o trabalhador ganhe, como aposentaria, o equivalente ao salário integral que recebia na ativa quando a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 (mulheres) ou 95 (homens). Para professoras, de acordo com a emenda, a soma deve ser 80 e para professores, 90. 


Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier 

Conteúdo nacional e modelo de partilha vieram para ficar, avisa Dilma

“Chegamos aqui hoje porque rompemos uma realidade de estagnação da indústria naval brasileira", afirmou a presidenta Dilma referindo-se à politica de sucateamento do governo FHC
“Chegamos aqui hoje porque rompemos uma realidade de estagnação
da indústria naval brasileira", afirmou a presidenta Dilma referindo-se à politica
de sucateamento do governo FHC

A presidenta Dilma Rousseff reafirmou a defesa do modelo de partilha adotado para a extração e produção de petróleo e gás na área do pré-sal. Em uma clara resposta aos entreguistas tucanos, Dilma afirmou que o modelo é adequado para uma área que produz abundância de petróleo de alta qualidade. “A sociedade brasileira, o povo brasileiro tem direito a ter uma parte relativa à distribuição do petróleo, a parte do leão [a maior e melhor parte] fica com o povo e a sociedade brasileira”, destacou.


A declaração da presidenta foi durante discurso na cerimônia de viagem inaugural do petroleiro André Rebouças, da Transpetro, nesta quinta-feira (14), no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco. O petroleiro tem capacidade de transportar 1 milhão de barris, o equivalente a 50% da produção de petroléo do país. Na mesma cerimônia, realizada no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca, também foi batizado o petroleiro Marcílio Dias. 


Durante o discurso, a presidenta fez questão de falar da diferença entre os regimes de partilha e de concessão, vigentes no Brasil para a exploração do petróleo na região do pré-sal. Ela salientou a importância de cada um desses sistemas quando se sabe a quantidade de petróleo em um determinado poço e quando não. “Ninguém pode achar, em sã consciência, que é um grande peso para uma empresa ter acesso privilegiado aonde tem muito petróleo e de boa qualidade. Isso acontece com a Petrobras no caso do modelo de partilha que, do ponto de vista desse governo, será mantido... No meu governo, conteúdo local e modelo de partilha estão mantidos", afirmou.

Tucanos como José Serra (PSDB-SP) e Aloysio Nunes têm defendido a mudança do modelo de partilha na exploração de petróleo da região do pré-sal para entregar ao capital estrangeiro. “Podem ter certeza, a política de conteúdo local veio para ficar”, avisou Dilma.

A presidenta também falou sobre o atual momento da Petrobras que enfrenta a crise gerada por conta de um esquema de corrupção envolvendo ex-diretores da estatal. “A Petrobras merece e a sociedade exige o fim de casos de corrupção na estatal”, afirmou Dilma.

“Vocês vejam o momento que a gente enfrenta, e temos de enfrentá-lo porque a Petrobras merece e a sociedade exige. Temos de enfrentar e acabar com todos os malfeitos, todas as atividades de uso indevido da empresa e todos os processos de corrupção, mas esta empresa é forte o suficiente, inclusive para ganhar o Oscar tecnológico, nos Estados Unidos”, disse a presidenta.

Dilma destacou também que o petroleiro inaugurado é resultado de uma política de reconstrução da indústria naval que começou durante o governo Lula e que, ao longo dos últimos anos, o Brasil “superou obstáculos” para conseguir construir os dois navios inaugurados nesta quinta em Pernambuco.

“Chegamos aqui hoje porque rompemos uma realidade de estagnação da indústria naval brasileira. A reimplantação da indústria naval no Brasil fez com que incorporássemos tecnologia, melhorássemos a formação dos nossos trabalhadores e gerássemos emprego e renda. O que nós queremos é produzir no Brasil o que pode ser produzido no Brasil”, resgatou.

E completou: “E nós começamos a construir a indústria naval do nada, porque tinham sucateado o parque que havia. E isso permitiu uma coisa importante, permitiu que uma decisão estratégica fosse tomada: a indústria naval não ia ser concentrada em um só lugar, beneficiando não só uma região do país", disse.

A presidenta afirmou que agora o Brasil produz navios com alto valor agregado e destacou a capacidade de produção do povo brasileiro. “Esse estaleiro foi construído com a força dos trabalhadores pernambucanos”, pontuou.
 

Do Portal Vermelho, com informações de agências

O Globo: as manchetes que você não leu


  

A orientação que norteia a produção jornalística de O Globo tem em primeiro lugar a preocupação de fazer refletir, em suas manchetes, os interesses políticos da família Marinho. Sobra pouco espaço para notícias que tenham impacto real na vida das pessoas ou consistência política relevante. Em qualquer dia da semana esta é uma constatação fácil de fazer. 


Na terça-feira (12) não seria diferente. A edição do jornal traz 14 chamadas de capa. Como é de costume, nada menos do que sete com viés negativo para o governo federal. Vejamos apenas quatro chamadas que “faltaram” na capa da edição desta terça-feira. Julguem os leitores se seriam ou não assuntos relevantes.

A manchete que você não leu: EUA liberam Shell para fazer extração de petróleo no Ártico

O presidente estadunidense, Barack Obama, concedeu nesta segunda-feira (11), licença para que a Shell perfure poços de petróleo e gás natural no oceano Ártico a partir de julho. A polêmica decisão enfrenta a oposição de ambientalistas e cientistas. Os críticos alegam que o frágil ecossistema ártico não resistirá, além de apontar que a exploração vai acelerar o processo de derretimento do gelo que, segundo estudos, desaparecerá por completo naquela região em 2050, com consequências imprevisíveis. O jornal da família Marinho não deu destaque ao assunto, mas por outro lado trouxe na capa a chamada “Kim Kardashian, ‘meus selfies são pensados’”.

A manchete que você não leu: ONU se posiciona contra a redução da maioridade penal

A ONU Brasil divulgou uma nota nesta segunda-feira (11) onde expressa ser contra a redução da maioridade penal no Brasil. Segundo a nota “O Sistema ONU condena qualquer forma de violência, incluindo aquela praticada por adolescentes e jovens. No entanto, é com grande inquietação que se constata que os adolescentes vêm sendo publicamente apontados como responsáveis pelas alarmantes estatísticas de violência no País, em um ciclo de sucessivas violações de direitos. Dados oficiais mostram que, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. Os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de violência”. O jornal da família Marinho não deu destaque ao assunto, mas por outro lado trouxe na capa a chamada da coluna de Merval Pereira onde o colunista amestrado inova: ataca o Lula.

A manchete que você não leu: França pede fim de bloqueio a Cuba

Nesta segunda-feira (11), O presidente da Franca, François Hollande, em discurso na Universidade de Havana, pediu o fim do bloqueio comercial e econômico imposto pelos EUA desde 1962. Hollande, que é o primeiro chefe de estado francês a visitar Cuba, teve um encontro privado de 50 minutos com Fidel Castro e qualificou a reunião como “histórica”. O jornal da família Marinho não deu destaque ao assunto, mas por outro lado trouxe na capa a chamada da coluna de Míriam Leitão, onde a colunista amestrada inova: ataca a presidenta Dilma.

Colabore com o Notas Vermelhas: envie sua sugestão de nota ou tema para o email wevergton@vermelho.org.br 

Valor Econômico: Lições de como se tornar um carneiro

  



















O jornal Valor tem um consultório sentimental para executivos. É a sessão “Divã executivo”, onde consultores convidados respondem às cartas. Ao final é publicado um aviso garantindo que a coluna “reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico”, embora a escolha dos consultores obedeça a um padrão. Ainda vamos ler alguém lembrar aos executivos que olhem para os lados sempre que atravessarem a rua, rezem antes de dormir e não faltem ao respeito com a mamãe, a vovó e o CEO. 


O “Divã executivo” desta quarta-feira (13) não chega a recomendar isto. Mas passa perto. Um leitor com o pseudônimo “Gerente sênior”, escreve que tem dúvida em aderir ou não ao PDV. Com 55 anos de idade e 23 de companhia ele já ouviu insinuações de que deve aderir ao PDV que a empresa está promovendo. O leitor afirma que gosta do que faz mas desconfia que pode ser demitido e teme perder as benesses oferecidas pelo PDV. “O que devo fazer? ”, indaga. O consultor Marco Tulio Zanini responde. Começa com um texto que pode servir de introdução a qualquer livro de autoajuda: “Precisamos nos tornar mais sábios com a idade, pois a beleza da vida se transforma para cada um com o tempo. Os novos desafios que vêm ao nosso encontro têm um poder enorme de nos ensinar a renascer a cada dia”. Logo depois deste início poético, Marco aconselha: “A primeira grande lição que a experiência pode nos ensinar é aceitar os fatos e não brigar com eles”. É sem dúvida um grande conselho. O carneiro, que por sinal é um animal adorável, tem a mesma filosofia de vida. Um bom carneiro não chega nem a balir quando lhe passam a faca.

Valor Econômico: A culpa é do carneiro

O consultor aconselha ainda que o “Gerente sênior” reflita “sobre as suas escolhas ao longo dos anos, responsabilizar-se por elas (é a única forma de aprender com o sofrimento) e aproveitar a experiência para se reinventar. Você afirma que gosta do que faz. Talvez devesse estar fazendo outras coisas e, por hábito ou acomodação, deixou de revisitar as suas práticas e ver se estavam adequadas aos desafios do tempo”. O sujeito dedica boa parte de sua existência (23 de 55 anos, mais de 41% do seu tempo de vida) a uma empresa. Gerou muito lucro para seus patrões. Agora, que passou a melhor parte da juventude servindo a companhia, chega à meia-idade e os patrões querem se livrar dele, provavelmente para contratar alguém mais jovem ganhando bem menos. E tudo o que lhe dizem é que ele deve aceitar a situação pois, afinal, a culpa é dele mesmo que não se esforçou o suficiente. Para Marco Tulio, seu consulente deve entrar no PDV e se “reinventar”. Nos manuais esta fórmula tem um certo encanto, mas na vida real, para um trabalhador de 55 anos, por melhor que seja a sua qualificação, a história é bem diferente. Esperemos as próximas edições do Divã Executivo e suas várias dicas de como se dizer “sim senhor”, se ajoelhar da forma correta aos pés do deus capital para, no final, ganhar, como dizia Gonzaguinha, “um diploma de bem-comportado”.

Mídia hegemônica internacional ignora os 70 anos da vitória sobre o nazismo

Em excelente artigo reproduzido, tanto no Portal Vermelho, quanto no Blog Resistência, intitulado “O cancelamento da História”, o jornalista italiano Manlio Dinucci denuncia o servilismo da mídia ocidental que fez um pacto de silêncio em relação às comemorações na Rússia pela passagem dos 70 anos da derrota do eixo. “O 70° aniversário da vitória sobre o nazismo, em 9 maio em Moscou, foi boicotado sob pressão de Washington por todos os governantes da União Europeia (UE), exceto o da Grécia, e posto à sombra pela mídia ocidental, numa grotesca tentativa de cancelar a História. Não sem resultados: na Alemanha, França e Reino Unido, 87% dos jovens ignora o papel da União Soviética na libertação da Europa do nazismo, papel que foi determinante para a vitória da coalizão antinazista”. Por outro lado, afirma Manilo que “boicotando, a reboque dos Estados Unidos, o 70º aniversário da vitória sobre o nazismo, a Europa ocidental (os seus governos) cancela a história da sua própria Resistência, traindo-a ao apoiar os nazistas que foram ao governo de Kíev. Subestima a capacidade de reação da Rússia, quando é lançada ao canto do ringue. Ilude-se de poder continuar a ditar as leis, quando a presença em Moscou de alguns dos máximos representantes do Brics, a partir da China, e de tantos outros países, confirma que o domínio imperial do Ocidente está em declínio”.

O jornaleiro tem razão

Bruno Barbosa, estudante, morador de Florianópolis, faz um interessante relato. A parte sublinhada merece atenção.

“Fui comprar a Carta Capital com capa do Eduardo Cunha, daí espiei uma pilha grande da revista Veja, em plena quarta-feira. Pergunto ao jornaleiro: Puxa, cresceu a saída da Veja? Ele respondeu: Não, caiu bem, é quarta já, tá sobrando. Vendo mais agora a Carta, Le Monde e Piauí. Eu já ia saindo, e o jornaleiro completou: E quer saber mais? O distribuidor, por alguma razão incomum, entrega a Veja no dia certo e atrasa as outras... Mas mesmo assim a galera tá refutando”.

A nota abaixo confirma a informação do jornaleiro.

O monopólio da distribuição em bancas

Em 2007 a Dinap, empresa de distribuição em bancas da Editora Abril, comprou a Fernando Chinaglia, maior distribuidora do país. Na época, Renato Rovai alertou: “Classifico essa notícia como a pior para o mercado editorial nos últimos anos. É ruim para todos os outros editores que disputam as bancas com a empresa dos Civita e péssima para a liberdade de informação. Querem um exemplo? Fórum sempre criticou Veja. Vai continuar a fazê-lo, porque Veja não vai deixar de fazer o jornalismo golpista que a caracteriza. O que você acha que vai acontecer com a Fórum com a compra da Chinaglia pela Dinap? Fórum corre risco de não ser mais distribuída em bancas de todo o Brasil. Outras publicações passam pelo mesmo tipo de situação. Algo precisa ser feito urgentemente. As bancas de jornais não podem virar um monopólio de uma única editora (...) É preciso iniciar um movimento contra essa ameaça de monopólio já, antes que se torne um fato consumado”. O movimento foi feito, mas o fato foi consumado. O Cade, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, que teoricamente deveria evitar a formação de monopólios, aprovou a aquisição. A Dinap foi fundida com a Fernando Chinaglia dando origem à DGB Logística SA que passou a concentrar 100% da distribuição de produtos editoriais em bancas. Neste ano, a DGB comunicou às pequenas editoras que só vai fazer pagamentos quatro meses após as vendas, o que na prática representa o fechamento destas empresas impulsionando o monopólio. Para descontrair só mesmo a piada da última nota.

A piada do bêbado

“Um grupo de amigos está jogando xadrez e um bêbado fica ao lado da mesa só assistindo. As horas vão se passando. Uma, duas, três, ... durante todo este tempo, constantemente alguém passa e dá um forte tapa na cabeça do bêbado, mas ele continua lá, olhando o jogo. Até que um dos jogadores propõe:

– Ei, amigo! Você está aí olhando a gente jogar há horas. Vem jogar também!

– O quê? – Disse o bêbado, revoltado. – Xadrez? Eu não tenho paciência pra esse negócio não!”.


Na luta pela regulação da mídia o governo parece o bêbado desta piada. Só olha, apanha, diz que não, mas tem uma paciência que ninguém entende.


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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Vaticano reconhece Palestina e enfatiza defesa de dois Estados

 O Vaticano anunciou na quarta-feira (13) que vai reconhecer o Estado palestino e defender a solução de dois Estados para a resolução do conflito com Israel. O texto com a decisão, que ainda será assinado, pretende ajudar no reconhecimento de uma Palestina “independente”.


Israel, por sua vez, afirmou estar "desapontado" pela decisão do Vaticano, como afirmou o Ministério das Relações Exteriores. Para o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o acordo com os palestinos "não contribui para levar a Palestina para a mesa de negociações" pela paz.


No marco das relações entre Vaticano e Palestina, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, será recebido em audiência pelo papa Francisco no próximo sábado (16), na véspera da canonização de duas freiras nascidas em território palestino antes da criação do Estado de Israel.

Ainda não há prazo para que o texto – fruto de um acordo entre a Santa Sé e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina)  – seja firmado, mas o Vaticano fala que isso ocorrerá em um “futuro próximo”.

O subsecretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Antoine Camilleri, disse ao jornal L'Osservatore Romano que "seria positivo" que o acordo "pudesse ajudar" a "estabelecer e reconhecer um Estado Independente da Palestina, soberano e democrático".

"Esta seria uma bela contribuição para paz e estabilidade em uma região que há tanto tempo esteve assolada por conflitos, e por parte da Santa Sé e da Igreja local desejamos colaborar em um caminho de diálogo e de paz", acrescentou Camilleri.

O relacionamento oficial entre a Santa Sé e a OLP foi estabelecido em 26 de outubro de 1994 e, em seguida, foi constituída uma comissão bilateral permanente de trabalho que levou à aprovação do acordo", explicou Camilleri a L'Osservatore Romano.

Camilleri também se referiu à adoção, em 29 de novembro de 2012, da resolução das Nações Unidas que reconheceu a Palestina como Estado observador não-membro. "No mesmo dia a Santa Sé, que também tem o estatuto de observador na ONU, publicou uma declaração que fazia referência à solução dos 'dois Estados'", afirmou.


Fonte: Opera Mundi via Vermelho

Aluna do Ciência Sem Fronteiras critica matéria da Globo: Tudo mentira

Amanda desmente matéria da Globo em seu Facebook e afirma: "minha experiência não poderia ter sido melhor"

Reprodução

Amanda desmente matéria da Globo em seu Facebook e afirma:
minha experiência não poderia ter sido melhor"

A estudante de Medicina, Amanda Oliveira, foi entrevistada pela Rede Globo em reportagem sobre o programa Ciência Sem Fronteiras, mas alertou que as informações foram deturpadas: “A Globo, além de sensacionalista, ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar… A minha experiência com o ‘Ciência sem Fronteiras’ não poderia ter sido melhor”.


A estudante mostrou indignação ao ver a reportagem divulgada pela TV Globo, nesta semana, sobre o programa Ciência sem Fronteiras. Na matéria, ela foi apresentada como um dos alunos que decidiram voltar ao Brasil por problemas na liberação de verbas por parte do governo federal.

Em seu perfil no Facebook, a jovem – que passou nove meses nos Estados Unidos custeada pelo programa – fez questão de desmentir as informações, que julgou terem sido deturpadas pelo “sensacionalismo” da emissora.

“Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é MENTIRA! Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora”, explicou.

Leia o relato de Amanda Oliveira na íntegra:

Na manhã de ontem passou na globo uma reportagem sobre o Ciência sem Fronteiras onde eu apareço. Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é mentira!

Primeiramente, eu não voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a única parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora e eu julguei não valer a pena perder outro semestre (e isso foi dito inúmeras vezes na minha entrevista. Mas a Globo achou mais interessante omitir isso e inventar um motivo mais atraente).

Segundo, eu não abandonei o programa. A repórter da Globo fez o favor de enfatizar que voltar antes do prazo era quebra de contrato e que nesses casos todo o dinheiro deveria ser devolvido pela capes. Mas a Globo além de sensacionalista ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar. Eu não voltei antes do prazo. Eu tinha a opção de retornar em maio e a opção de retornar em agosto. Eu optei pela primeira.

Por favor, se você viu a reportagem ou tem algum parente que viu e comentou com você mostre esse post.

A minha experiência com o Ciência sem Fronteiras não poderia ter sido melhor. Teve esse pequeno problema no final, claro, mas nada que justifique o programa ser mal falado dessa maneira.
 
Fonte: Revista Fórum via Vermelho

Redução da maioridade amplia desigualdades sobre população negra

 Na data em que se celebra os 127 anos da abolição da escravatura no Brasil, dia 13 de maio, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino, disse que a redução da maioridade penal ampliaria a desigualdade enfrentada pelos jovens negros na sociedade brasileira.


A redução da maioridade penal iria se somar a uma situação de desigualdade que já incide sobre a população negra, principalmente sobre os jovens negros, e, com isso, ao invés de construir e propagar mais justiça, na realidade vamos cometer injustiças sérias e não cuidar dos nossos jovens”, disse nesta quarta-feira (13) ao participar do programa
 Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.


Em 2013, os jovens negros foram 18,4% mais encarcerados e 30,5% mais vítimas de homicídios dos que os jovens brancos, segundo dados da 8ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo a ministra, há uma representação negativa dos jovens negros na sociedade e eles enfrentam situações de desigualdade de acesso a cultura e ao lazer. “Temos uma representação negativa que recai sobre homens e mulheres negras e, principalmente, os jovens negros, que muitas vezes são considerados como sujeitos suspeitos até mesmo pela ação policial e isso é fruto do racismo que ainda temos na nossa sociedade. Superar isso é uma ação importante para que avancemos”, disse.

Nilma Lino defendeu que a discussão sobre a redução da maioridade penal não deve ser analisada levando em conta questões econômicas e sociais. “Essa não é uma questão exclusiva de segurança pública, mas temos que lidar com questões de ordem sócio-econômica, educacionais, sociais. Penso que não é boa a redução da maioridade penal e ela iria somar e acirrar ainda mais as desigualdades no nosso país”, avaliou.

Caravana Pátria Educadora pela Igualdade Racial e Superação do Racismotambém foi tema do Bom Dia, Ministro. A iniciativa prevê uma série de debates e encontros com autoridades estaduais, municipais e representantes da sociedade civil para estabelecer parcerias para a promoção da igualdade racial. A caravana já passou pelo Pará e Maranhão. “Converso com governadores, prefeitos, movimentos sociais, núcleos de estudos afro-brasileiros e temos alguns avanços. No início do programa, tivemos adesões no Maranhão e no Pará.

Fonte: Agência Brasil  via Vermelho

OCIDENTE SE POSICIONA PARA FUTURO MILAGRE CUBANO

Enquanto o 'vai pra Cuba' se transformou num mote pejorativo da direita brasileira, países ocidentais se aproximam da ilha para tentar estreitar laços econômicos com o governo de Raúl Castro; visita de François Hollande, a primeira em 55 anos de um chefe de estado francês, é considerada histórica pela imprensa francesa; ontem, Raúl Castro agradeceu ao papa Francisco seu apoio na reaproximação com os Estados Unidos, de Barack Obama; perspectiva de abertura econômica demonstra acerto da estratégia brasileira incentivada pelo ex-presidente Lula de fazer investimentos em Cuba, como no porto de Mariel

247 - O Ocidente redescobriu Cuba. A visita do presidente da França, François Hollande, que chegou nesse domingo, 10, a Havana para uma visita oficial à ilha está sendo comemorada pela imprensa francesa com um dia histórico. Há 55 anos um chefe de estado francês não aparecia por lá. 
Hollande se reúne nesta segunda-feira, 11, com o presidente Raúl Castro. A viagem também tem caráter econômico. A França quer fomentar o comércio com Cuba, com quem teve no ano passado negócios no valor de US$ 200 milhões, número inferior ao de 2013 e longe dos fluxos que Cuba mantém com outros parceiros europeus como Espanha, Holanda e Itália.
O presidente encerrará um fórum no qual participarão diretores da extensa delegação empresarial que o acompanha, integrada por companhias como a de bebidas Pernod Ricard, a hoteleira Accor, a companhia aérea Air France, o grupo de distribuição Carrefour, o de telecomunicações Orange, e vários bancos.
A visita de um líder de um país europeu a Cuba acontece cinco meses depois da investida do presidente Barack Obama contra o fim do isolamento da ilha, quando anunciou o restabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos. O país de Barack Obama também está de olho nas relações comerciais com o país.
O protagonista Francisco 
O Papa Francisco é um personagem importante nos avanços obtidos por Cuba com os Estados Unidos. A intervenção do Vaticano foi fundamental para a retomada histórica em dezembro das relações diplomáticas entre os ex-adversários depois de mais de meio século de antagonismo.
O presidente Raúl Castro esteve nesse domingo com Francisco e agradeceu ao papa pela sua atuação na reaproximação entre Havana e Washington. Ele disse ter ficado tão impressionado com o pontífice que poderia voltar à Igreja, apesar de ser comunista.
Francisco, que deve visitar Cuba e os Estados Unidos em setembro, é membro da ordem religiosa jesuíta. Castro brincou dizendo que "até mesmo eu sou um jesuíta, em certo sentido", já que ele foi educado por jesuítas antes da revolução. "Quando o papa for a Cuba em setembro, eu prometo ir a todas as suas missas e ficarei feliz em fazê-lo", disse.
Brasil apostou antes no fim do isolamento
A movimentação de potências econômicas do Ocidente em direção a Cuba, de olho no potencial comercial do país caribenho, demonstra a vanguarda do governo brasileiro em antever o fim do isolamento econômico. 
O exemplo mais sintomático é o Porto de Mariel, intensamente criticado pela direita brasileira. Inaugurado em 27 de janeiro de 2014 com participação da presidente Dilma Rousseff, o porto foi construído pela empreiteira Odebrecht, e recebeu financiamento de US$ 800 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além do Brasil, o empreendimento recebeu capital de chineses e outros países asiáticos. Situado a menos de 200 quilômetros da Flórida, Mariel é atualmente o porto mais próximo do território norte-americano. 
O empreendimento, alvo de mote pejorativo da direita brasileira, estimulou a ida de uma cadeia de indústrias brasileiras que devem aumentar as relações comerciais entre os dois países. Na última década, as exportações brasileiras para a ilha quadruplicaram a US$ 450 milhões, elevando o Brasil ao terceiro lugar na lista de parceiros da ilha, atrás apenas de Venezuela e China.
O Brasil também pretende aumentar as exportações de alimentos para Cuba, que importa mais de 80% dos alimentos que consome a um custo de de cerca de US$ 2 bilhões por ano.
O "milagre econômico de Cuba" já desperta claramente o interesse do mundo ocidental. Por ter visto e acreditado antes, o Brasil saiu na frente e deve colher seus frutos, apesar da torcida contrária da direita brasileira.
Fonte: Brasil 247

MATANDO DRAGÕES

Jandira  Feghali Por Jandira Feghali*  
A ofensa física que sofri se somou a verbal que, apesar de a mim dirigidas, se transformaram em agressão a todas as mulheres que, fora e dentro do Congresso, matam vários dragões por dia para mostrar seu valor e disputar seu merecido lugar   













Ao ritmo em que cresce a intolerância de todo tipo em nossa sociedade, em fato recente, na Câmara dos Deputados, constatamos que, apesar de ruidosa e ofensiva, ela não é maior que a solidariedade.
À ofensa física que sofri se somou a verbal, com palavras que, apesar de a mim dirigidas, se transformaram em agressão a todas as mulheres que, fora e dentro do Congresso Nacional, matam vários dragões por dia para mostrar seu valor e disputar seu merecido lugar em suas casas, no trabalho, nos espaços de poder.
Desde então, tenho recebido de todos os cantos manifestações de apoio, palavras de afeto e de reconhecimento da minha luta. Uma luta que não é individual, não tem dono, mas destinatários.
Uma avalanche de revolta e indignação me envolveu. Mensagens de apoio, moções de repúdio, comentários nas redes sociais não paravam de chegar. Segundos de um episódio lamentável se converteram numa teia interminável e resistente pela qual sou imensamente grata.
Saímos todos fortalecidos e dispostos a matar quantos mais dragões se puserem no caminho da luta democrática. Eles todos têm nomes: preconceito, intolerância, machismo e fascismo. Se alimentam do sentimento de que os homens podem tudo, enquanto as mulheres devem se contentar com a submissão.
Soltam fogo pelas ventas quando imaginam uma sociedade igualitária, com espaço e oportunidades para todos. Não se conformam com nossa ousadia, com nossa perseverança e obstinação. Pois são essas nossas armas. As características que nos forjaram e nos permitem concretizar nossos sonhos e, dia a dia, abrir caminhos para que, enfim, nos libertemos das amarras que ainda nos são impostas pelo simples fato de sermos mulheres.
Fonte: Brasil 247








JANDIRA FEGHALI

quarta-feira, 13 de maio de 2015

PCdoB cobra Prefeitura por tragédias em Salvador

PCdoB divulga nota em que cobra agilidade da Prefeitura de Salvador

No último domingo (9), deslizamentos de terra voltaram a ocorrer em Salvador, capital da Bahia, em consequências das chuvas verificadas na região. A ocorrência deixou um saldo de mais quatro pessoas mortas na cidade. Na primeira ocasião, no fim de abril, 14 pessoas perderam a vida.Salvador enfrenta deslizamentos de terras devido a fortes chuvas esperadas para o período e por não ter da Prefeitura um planejamento para conter possíveis agravamentos. 


A chuva também espalhou prejuízos por outras regiões da capital. Em 30 dias, entre 9 de abril e o último domingo (9), a Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou número recorde de ocorrências, foram 4.705 chamados.

Diante da paralisia do Prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a direção do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) da cidade divulgou nota de pesar às famílias das vítimas de “uma tragédia anunciada”, além de cobrar do poder municipal medidas urgentes para atender e proteger a população mais vulnerável.

Nota do PCdoB sobre as tragédias em Salvador 
Em reunião realizada na noite de segunda-feira (11), a Comissão Política Municipal analisou a grave situação que vive a cidade em decorrência das chuvas. Mais quatro moradores perderam as vidas, vítimas de deslizamentos de terra.

Os comunistas manifestam, novamente, sua solidariedade aos familiares dos soteropolitanos mortos em mais uma tragédia anunciada. O PCdoB entende que o atual prefeito tem uma visão elitista de administração, colocando em segundo plano a grande maioria dos habitantes, que mora nos bairros mais populares e pobres, e privilegiando os que menos necessitam. Em que pese as promessas na campanha eleitoral e nos discursos que se repetem em cada período de chuvas, a prefeitura não tomou as medidas necessárias para evitar as tragédias, exatamente por não ter compromissos reais com a população mais sofrida e desamparada.

Para a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), é hora de o prefeito apresentar um consistente planejamento de contenção e começar a liderar as ações de reparação imediatamente. “O período de chuvas recomeçou. O prefeito está no último ano de gestão, e nada foi feito. Esperamos que ele seja ágil. Não podemos ficar mais adiando essas soluções".De acordo com Everaldo Augusto, líder do PCdoB na Câmara, os vereadores já apresentaram inúmeras emendas ao orçamento municipal, sugerindo investimentos nas contenções de encostas, drenagem e macro drenagem. Mas, infelizmente, todas foram desconsideradas pelo Executivo. “As graves consequências da chuva são retrato do abandono. Até hoje a cidade sucumbe em meia hora de chuva forte, com danos irreparáveis que são perdas da vida humana”.

A direção municipal do PCdoB reitera a cobrança ao prefeito de um Plano Diretor de contenção de encostas, drenagem e macro-drenagem para a cidade, como forma de enfrentar o grave problema de maneira planejada e assim assegurar que os filhos da cidade não sejam vítimas de tragédias que poderiam ser evitadas.

Salvador, 11 de Maio de 2015.
 
Do Portal Vermelho

Voto distrital ameaça a democracia e consagra poder econômico

Proposta do senador José Serra (PSDB-SP), alegremente encampada pela mídia empresarial, o voto distrital foi aprovado no final de abril na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e está sendo anunciado que em breve o projeto será discutido na Câmara de Deputados. Pela proposta do senador tucano, o voto distrital seria implementado inicialmente nas eleições municipais em cidades com mais de 200 mil habitantes, como laboratório para a sua futura aplicação integral.

Entre o conservadorismo, o voto distrital é praticamente uma unanimidade e não são poucas as vozes que, aproveitando a discussão da reforma política, defendem a adoção imediata deste modelo.

Os defensores do voto distrital dizem que ele diminuirá os custos de campanha, ao mesmo tempo em que aproximará o candidato do eleitor. A realidade, no entanto, é bem diferente, assim como os objetivos ocultos que movem a proposta.

Caso o Brasil adotasse o voto distrital para a eleição de deputados federais, cálculos preliminares indicam que teríamos 265 mil eleitores em cada um dos 513 distritos em que o país seria dividido, com a eleição de apenas um candidato por distrito.

Áreas geográficas delimitadas e um “público alvo” concentrado é a receita perfeita para que, em cada distrito, o poder econômico (banqueiros e grandes empresários) concentre seus recursos em um único candidato, que contará com uma vantagem avassaladora sobre os demais. É a consagração e a consolidação do poder empresarial nas campanhas eleitorais.

Cada eleição de um deputado federal (ou estadual, ou vereador) seria, portanto, uma eleição majoritária, onde todos os votos dados a qualquer candidato que não o vencedor da eleição no distrito, seriam simplesmente jogados fora. 

Na prática, o voto distrital acaba com a representação das minorias. Digamos que em um distrito, em uma eleição polarizada (como é a tendência neste modelo), um candidato tenha 100 mil votos, outro 90 mil e um terceiro 75 mil. A maioria (165 mil) que não votou no candidato vencedor, teria os votos ignorados, enquanto que no sistema proporcional a minoria tem representação pela soma dos votos dos candidatos de uma legenda.

Com isso e com o consequente fortalecimento da influência do poder econômico, as distorções são gritantes.

Um exemplo concreto temos na recente eleição no Reino Unido, país que é um dos poucos a adotar o voto distrital. O Partido Conservador, que está no poder e continuou, conquistou apenas 36,9% dos votos, mas graças ao sistema distrital obteve 51% das cadeiras no parlamento. Já o Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip, na sigla em inglês), obteve 12,6% dos votos, mas teve direito a apenas 0,15% das cadeiras no parlamento (1 parlamentar).

O voto distrital enfraquece qualquer debate de ideias ou programas, pois a eleição assume um caráter totalmente personalista, colocando em um grau ainda mais elevado o caciquismo local, mal que contamina a política brasileira e que, com o voto distrital, encontrará o ambiente perfeito. Os partidos serão ainda mais debilitados e o cacique do distrito só deverá satisfação ao financiador de sua campanha pois os votos serão “seus”. Imaginar que, em um distrito de quase 300 mil eleitores, o candidato ficará mais próximo do eleitor, é uma grande ilusão, ficará mais próximo, isso sim, dos magnatas que financiarem sua campanha.

Além de sufocar as minorias, o voto distrital acaba também com o voto de opinião. Um professor que queira se candidatar para defender o aumento no investimento em educação será um candidato inviável, pois como o candidato concorre em uma área geográfica específica (distrito), seu discurso terá que ser, necessariamente, generalista, em torno dos temas daquela área, esteja ou não comprometido com eles. Assim, o papel dos chamados “marqueteiros” terá ainda maior influência.

Outro aspecto deletério é que o caráter de federação do Brasil sairá seriamente comprometido. Estados menores serão sub-representados, enquanto os maiores verão suas bancadas aumentarem. São Paulo, por exemplo, vai praticamente dobrar sua representação. Tal efeito significará um grave desequilíbrio em relação à defesa de interesses unitários entre os estados que compõem a República Federativa do Brasil.

A proposta é tão atrasada que tem provocado reações contrárias por todo o Brasil. Para contornar esta rejeição os defensores do voto distrital apresentam a fórmula do distrital misto. Por este modelo, metade das vagas seria preenchida por voto proporcional e a outra metade por voto distrital.

Além de confusa, tal alternativa não modifica o caráter antidemocrático da iniciativa, alterando-se apenas o percentual do prejuízo. Se o modelo distrital puro representa 100% de retrocesso, o modelo distrital misto representa 50%, e o que devemos exigir é 0% de retrocesso.

Resumindo, o voto distrital, seja puro ou misto, fortalece o papel do poder econômico e do caciquismo, enquanto enfraquece os partidos, o caráter federativo da nação e excluí as minorias. Portanto, só tem a ganhar com este sistema a direita, que desde sempre acha que aperfeiçoar a democracia é restringir a democracia. Os democratas devem se unir para barrar esta ameaça. 

Durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte (1987-88), pronunciando-se em nome do Partido Comunista do Brasil em audiência pública, o saudoso camarada João Amazonas dizia: “O voto distrital é uma limitação imensa aos aspectos democráticos da vida do povo, o voto distrital, em última instância, seria a institucionalização dos currais eleitorais. (...) O poder econômico pode atuar fortemente em cada distrito, já que ele não necessita enfrentar o todo e atuar em todas as áreas onde se realizam as eleições; ele particulariza a sua influência no único distrito. Na realidade, a representação expressiva da sociedade no Congresso não se deve fazer a partir de distritos eleitorais. Nós precisamos trabalhar com visão ampla de país, os problemas são nacionais, a visão de que se necessita deve ter essa dimensão”. 

Nada mais atual.


Fonte: Vermelho

Senado realiza audiência pública sobre terceirização

Debate será na quinta 14; por conta disso, presidente da Casa resolveu adiar sessão temática sobre o mesmo assunto para a terça 19

São Paulo – Logo após o PL 4330, da terceirização, ser aprovado às pressas pela Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu uma tramitação mais lenta naquela casa legislativa, com diversos debates sobre o tema. O primeiro será na quinta 14: uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), a partir das 9h, no auditório Petrônio Portella. Por conta dessa audiência, Calheiros resolveu adiar a sessão temática sobre o PLC 30/2015 (nome com que o PL 4330 tramita no Senado), que também seria no dia 14, para 19 de maio.

> Senado adia sessão sobre terceirização para dia 19
> Veja como PL da Terceirização prejudica os trabalhadores

Da audiência pública, cujo tema é Terceirização: A revogação da lei Áurea e trabalho escravo, foram convidados o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias; o procurador-geral do Trabalho, Luis Antonio Camargo de Melo; o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schmidt; o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), Nilton Paixão; e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes.

Também deverão participar representantes da Universidade de Brasília, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, do Fórum Sindical dos Trabalhadores e do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.

Acompanhe – A audiência poderá ser acompanhada pelo site do Senado (clique aqui), do Portal e-Cidadania (clique aqui).

Tramitação – No Senado, o projeto de lei que permite a terceirização em todos os setores de uma empresa, inclusive na sua atividade principal, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto também foi encaminhado para exame da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

> Comece já a pressionar os senadores sobre o tema

Dia de luta – O PL da terceirização é apontado por juízes, procuradores do Trabalho, acadêmicos e pelo movimento sindical como a maior ameaça dos últimos tempos à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “O projeto não vai beneficiar a vida dos hoje 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados no país, mas pretende ampliar a precarização para todo o mercado de trabalho”, critica o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

A CUT mantém intensa mobilização contra o projeto e realiza em 29 de junho Dia Nacional de Paralisação contra a terceirização e a retirada de direitos dos trabalhadores, prevista nas medidas provisórias 664 e 665.

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Redação, com informações da Agência Senado –

Fonte: Seeb-SP