sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Aldo Rebelo: Copa dá lucro e gera riquezas

Seguramente existem pessoas de boa-fé que por convicções particulares ou motivações ideológicas são contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Com lisura intelectual, há quem ache que os investimentos feitos pelo governo federal seriam mais bem aplicados em saúde e educação. Eis um bom debate acerca do que é urgente e adiável ou entre o essencial e o supérfluo.

Por Aldo Rebelo*, no Diário de S. Paulo


No polo radical da austeridade e até do ascetismo, se pode argumentar que são supérfluos e adiáveis a arte, os museus, os cursos de filosofia, a moda, o lazer. Alimentos do espírito, poderiam ser desdenhados em favor da melhoria da reprodução e da qualidade da vida material.

Para os devotos, é uma opção. Para os demais, um falso dilema. O processo civilizatório não antagoniza um museu a um hospital, um estádio a uma escola, um romance a um quilo de feijão. Daí que a estridência e a violência levadas às ruas contra a Copa distorcem o debate. Não há boa-fé nem lisura intelectual nos grupos político-partidários que boicotam o torneio da Fifa vociferando que ele desvia para o supérfluo e o adiável verbas que deveriam ser carreadas para o imediatismo da saúde e educação.

Primeiro, porque a Copa não é gasto a fundo perdido. É investimento e patrimônio social incomparável ao aplicado no torneio. A Copa tem um orçamento-teto de R$ 33 bilhões, a contar da escolha do Brasil em 2007. Consultorias independentes estimam que R$ 112 bilhões adicionais circularão na economia brasileira no período de 2010 a 2014. Serão criados 3,6 milhões de empregos e a população vai auferir renda extra de R$ 63,48 bilhões.

Os investimentos feitos pelo governo federal servem ao povo brasileiro. A Copa dura um mês, mas ficam como utilidade pública aeroportos, portos, viadutos, vias de trânsito rápido, melhoria da segurança e telecomunicações. O dinheiro repassado pelo BNDES para reforma ou construção de estádios modernos e confortáveis será devolvido como em qualquer empréstimo.

Segundo, os recursos para os setores sociais “urgentes” e “inadiáveis” não param de crescer. De 2007 a 2013 a educação recebeu R$ 311,6 bilhões e a saúde, R$ 447 bilhões.

A Copa se paga, dá lucro e gera riquezas que ajudarão a resolver problemas seculares e estruturais da sociedade brasileira.

*Aldo Rebelo é ministro do Esporte e deputado federal licenciado pelo PCdoB-SP
"Não procure o ser ou seres humanos perfeitos, 

ao invés, busque o que há de melhor em cada um de 

nós. 


Nesse caminho estarás mais próximo da paz."

Famosos apoiam jornada pela liberdade de cubanos presos nos EUA


O ator Danny Glover, que também coordena a campanha,
 faz discurso a favor da libertação dos cubanos presos nos EUA.

Nesta sexta-feira (7), foi divulgada a campanha da 3ª Jornada "5 dias pelos Cinco", que acontecerá em Washington, a favor da liberdade dos antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos desde 12 de setembro de 1998. Um grupo de personalidades de várias partes do mundo expressou seu apoio ao grupo de agentes da Rede Vespa. Dentre eles, Danny Glover, Noam Chomsky, Ignacio Ramonet e Fernando Morais somaram suas vozes para pedir a correção da injustiça cometida contra os Heróis de Cuba.


"Os Cinco" eram agentes de inteligência cubanos, que foram condenados em Miami por conspiração para espionar e assassinar, entre outras acusações. Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando e René González, estavam nos Estados Unidos para observar grupos de oposição ao governo de Fidel Castro que, dentre outras ações violentas, tinham como prática invadir o espaço áereo e sobrevoar plantações para espalhar pragas nas lavouras da ilha. 

O ator Danny Glover, que também coordena a campanha, afirma em um vídeo que "o presidente Obama deveria perdoar os membros do grupo dos Cinco, porque eles eram soldados de primeira linha contra o terrorismo. Mas ao invés de utilizar as informações que eles compilaram para prender as pessoas que estavam praticando atentados contra civis cubanos, o FBI prendeu estes cinco homens".

Segundo o filósofo Noam Chomsky, “a situação dos Cinco é um escândalo tal, que é difícil falar sobre ela".

Dentre as personalidades que apoiam a libertação dos cubanos, estão ainda Angela Davis, Ignacio Ramonet, Alice Walker, Gilbert Brownstone, Tom Hayden, Dores Huerta, Ramsey Clark, Miguel D'Escoto, John Cavanagh, Jane Franklin, Piero Gleijeses, Stephen Kimber e Fernando Morais.

Confira aqui todas as notícias sobre os antiterroristas cubanos publicadas no Vermelho

A prefeita da cidade californiana de Richmond, Gayle McLaughlin, divulgou um vídeo pedindo que mais pessoas adiram à jornada que acontecerá entre os dias 4 e 11 de junho. Trata-se de uma das principais ações do movimento de solidariedade neste ano.

O encontro reiterará o reclame mundial para que Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerreiro e Fernando González (que cumpre integralmente sua condenação no final deste mês) sejam devolvidos a sua pátria.

O antiterrorista cubano Fernando González, de 50 anos, deve ser libertado até o próximo dia 27 de fevereiro, depois de passar 15 anos preso nos EUA. Com a saída de Gonzáles da prisão, são dois dos cinco do grupo que estão em liberdade. Em 2011, René González saiu do cárcere e hoje reside em Havana. Os outros três agentes, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, seguem cumprindo pena em Miami.

Théa Rodrigues, da redação do Vermelho - com informações da Prensa Latina

Bancários pedem audiência com governador por mais segurança nos bancos

Preocupado com o aumento dos ataques às agências bancárias da Bahia, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, aproveitou a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, na segunda-feira (3) e solicitou ao governador Jaques Wagner uma nova audiência sobre segurança bancária.Os números comprovam que as agências estão longe de atender as normas exigidas por lei. As falhas no sistema são evidentes e colocam em risco não só a vida dos bancários, mas de toda a população. O problema é que os bancos não assumem a responsabilidade e tentam jogar para o setor público a falta de segurança e pela ineficiência na vigilância nas agências.
Enquanto isso, as estatísticas crescem. Até esta terça-feira (4), foram 24 ocorrências contra as unidades em todo estado, 10 a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. O número de vítimas fatais também assusta. Em 2013, a Bahia registrou sete mortes decorrentes de assaltos a bancos.
A audiência, que deve ser marcada o mais breve possível, vai contar com a participação dos presidentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Carlos Cordeiro, da Confederação Nacional dos Vigilantes, Osvaldo Boaventura, e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.
Fonte: SEEB-BA

Ataques a bancos neste ano na Bahia superam os de 2013

A triste estatística de ataques a bancos indica que as ocorrências em 2014 devem superar as de 2013. Em apenas cinco dias de fevereiro foram registrados sete ataques. Mais de um por dia. Desde o início do ano são 26 casos, 23 no interior e três em Salvador. No mesmo período de 2013 foram 14 ocorrências.
As ações acontecem a qualquer hora e dia, fato que comprova a ousadia das quadrilhas. As últimas, inclusive, foram registradas na madrugada desta quarta-feira (05/02) em municípios bem distantes.
Em Bom Jesus da Serra, no Centro-Sul da Bahia, um grupo tentou arrombar um terminal eletrônico do Bradesco, localizado na principal praça da cidade. A ação, no entanto, não foi bem sucedida e nenhum dinheiro levado. Em julho do ano passado, o mesmo caixa foi arrombado.
Já em Anguera, no Centro-Norte, uma quadrilha explodiu o terminal eletrônico da Caixa e levou todo o dinheiro. O banco, que fica a 70 metros da delegacia, foi totalmente destruído.
Seqüestro
Em Valente, no Nordeste do Estado, um gerente do Bradesco e a esposa foram seqüestrados nesta terça-feira (04/02) e libertados por volta das 13h desta quarta-feira (05/02). Ainda não há informações se a quadrilha obrigou o funcionário a retirar algum dinheiro da agência.
Fonte: SEEB-BA via Feeb-Ba-Se

Brasil concorre ao prêmio "Estádio do Ano" em site europeu

A Arena do Grêmio foi a vencedora do prêmio em 2012

O site polonês StadiumDB.com abriu a votação pública para o prêmio “Estádio do ano 2013”. Entre os 16 concorrentes, estão os seis palcos da Copa das Confederações realizada no Brasil em 2013: Castelão (Fortaleza), Mineirão (Belo Horizonte), Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Pernambuco (Recife), Arena Fonte Nova (Salvador) e , Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília).


De acordo com o site, 18 estádios com capacidade para mais de 10 mil pessoas foram inaugurados em 2013 e seis deles são brasileiros. A lista inclui estádios novos e reformados. O vencedor do ano de 2012 foi a Arena Grêmio, em Porto Alegre, que recebeu mais de 14 mil votos de mais de 60 países. Esta é a quarta edição do prêmio.

A votação
Está aberta até o dia 22 de fevereiro neste, neste site. O StadiumDB.com, baseado no portal Stadiony.net, é um site polonês que apresenta vários aspectos sobre os estádios de futebol no mundo, como os valores investidos, detalhes da operação e a história de cada um deles.

Fonte: Ministério do Esporte

Troféu da Copa do Mundo chega ao Brasil em abril

O troféu já percorreu 89 países e em abril chegará no Brasil.

Depois de percorrer 89 países, mais de 150 mil quilômetros, o maior símbolo da Copa do Mundo chega ao Brasil em abril. O troféu vai desembarcar no Rio de Janeiro dia 22 e passará pelas 27 capitais brasileiras. 

Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho

O Tour da Taça faz parte de uma campanha da Coca-Cola para a Copa do Mundo, já são 225 dias da ação, 18 pessoas acompanham o troféu. No Brasil, em todas as capitais haverá eventos gratuitos para a população poder ver o maior desejo dos jogadores de todos os times de pertinho. Antes de chegar ao Brasil, o Troféu ainda vai passear pelo México, Canadá, Espanha, Itália, Croácia, Turquia e Suécia. 

Confira o calendário do Troféu no Brasil: 
Rio de Janeiro (22 a 25/04), Porto Alegre (26 e 27/04), Belo Horizonte (28 e 29/04), Salvador (30/04 e 01/05), Cuiabá (02/05), Curitiba (03/05), Florianópolis (04/05), Campo Grande (06/05), Goiânia (07/05), Vitória (08/05), Aracaju (09/05), Maceió (10/05), João Pessoa (11/05), São Luís (13/05), Palmas (14/05), Macapá (15/05), Boa Vista (16/05), Rio Branco (17/05), Porto Velho (18/05), Manaus (19/05), Belém (20/05), Teresina (21/05), Natal (22/05), Recife (23 e 24/05), Fortaleza (25 e 26/05), Brasília (27 e 28/05), São Paulo (29/05 a 01/06). 


Fonte: Vermelho

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Alice Portugal declara apoio a candidatura do PT na Bahia

Conhecida pela fidelidade ao projeto encabeçado pelo PT no Estado, desistindo, inclusive, de disputar a prefeitura de Salvador em 2012 para ceder à aliança partidária com Nelson Pelegrino (PT), a deputada federal Alice Portugal, uma das grandes lideranças do PCdoB no Estado, destaca o apoio à candidatura de Rui Costa (PT) ao governo baiano.


Segundo a comunista (foto), Rui está preparado para o enfrentamento. “É um candidato bom, um jovem político já testado nas urnas, que tem uma facilidade enorme para a ação administrativa”. Ela também faz elogios à gestão Wagner ao dizer que “foi o melhor governo da história da Bahia” e destaca, com naturalidade, a possibilidade de seu nome surgir para o posto de vice. “O meu nome acaba surgindo como um elo de ligação com as mulheres...”

Tribuna da Bahia: A polêmica em torno da escolha do vice na chapa encabeçada pelo petista Rui Costa continua. Nos bastidores fala-se que o impasse maior agora é o desejo de que a escolhida seja uma mulher. Como a senhora vê esse movimento da política?
Alice Portugal: De fato, é um momento decisivo para a afirmação do projeto que trouxe Jaques Wagner a ocupar duas vezes a cadeira de governador do Estado. Esse projeto, que em minha opinião vem mudando a Bahia, é um projeto conectado com a presidente Dilma Rousseff e que nós do PCdoB vamos continuar participando porque o que nos guia é essa política nacional. Essa discussão do vice apareceu na cena política, inicialmente, com os partidos em ordem cronológica da sua força, quantidade de prefeitos, de deputados. Matemática essa, da política, que é superlegítima. E o meu nome acaba surgindo como um elo de ligação com o seguimento da sociedade que, de certa maneira, precisa que esse segmento político dialogue com o movimento social, com as mulheres, que precisam ser conectados com uma chapa que tenha, sem dúvida, uma expectativa de vitória muito grande na eleição vindoura.

A senhora está no páreo, o PCdoB já demonstrou interesse em brigar pela vice, até na tentativa de pacificar o PP e o PDT? O nome da senhora agrega nessa chapa, já que o candidato Rui Costa não é tão conhecido da população?
Primeiro quero dizer que o nome surgiu espontaneamente na imprensa. O presidente do meu partido tomou, diante da circunstância, uma posição de colocar o nome à disposição, evidentemente, com meu aval. Isso não significou um convite. Colocamos à disposição, compreendemos a necessidade de uma chapa que dialogue com esses segmentos, mas não houve convite. Portanto, até o momento eu sou pré-candidata a deputada federal, função que exerço com muito orgulho, com muita vontade de acertar a cada momento. Evidentemente, é necessário, a partir daí, analisar a natureza da chapa. Se você me perguntar eu vou dizer que estamos em uma quadra da política, especialmente quando as ruas vão com as cartolinas nas mãos dizer que querem mais avanços. É fundamental que a classe média, que os setores da luta social sejam ouvidos e tenham um elo de ligação com essa chapa.

A senhora acredita que a antecipação do processo pelo PT e até essa disputa é prejudicial, já que deveriam estar sendo discutidas, justamente, as políticas públicas que devem ser feitas para que o Estado possa avançar?
Finalmente, essa semana foi realizada uma discussão sobre o programa. Não pude estar presente, mas estou conectada com a discussão de um programa de governo para o candidato Rui Costa, que é um candidato bom, um jovem político já testado nas urnas, que tem uma facilidade enorme para a ação administrativa. Então, Rui está preparado para o enfrentamento. É claro que ele terá que ser visto pela grande massa baiana, mas a chapa não pode ser apenas pragmática. O pragmatismo, em excesso, pode ser o causador de um dano em relação à fisionomia, a identidade desse projeto que trouxe o governador Jaques Wagner. O governador Jaques Wagner, quando foi eleito pela primeira vez, não tinha um prefeito, não tinha nenhum secretário de estado apoiando, não tinha uma quantidade expressiva de deputados. Portanto, não é apenas essa a matemática que faz a vitória. É necessário que não de perca a identidade, que se corrijam eventuais equívocos na relação com os movimentos sociais, especialmente sobre os professores que não estavam armados. E eu tive uma ação de quase súplica pela negociação preliminar, mas, infelizmente, os danos ocorreram e, para que não ocorra novamente o que ocorreu em Salvador, eu espero que tomemos as vacinas necessárias. Essas vacinas passam por um diálogo com os movimentos sociais.

O que a senhora acredita que deve ser feito para viabilizar a candidatura de Rui Costa, já que ele não é um nome conhecido e vai ter que fazer um esforço muito grande pelo tempo ser curto?
Garantidamente, o êxito virá com a conexão da força política, que é o somatório desses partidos que montam a base de apoio ao governador Jaques Wagner com a representatividade e a pluralidade. E o diálogo, que é fundamental que se realize antes de colocar o bloco na rua.

A senadora Lídice da Mata, que era aliada até muito pouco tempo, é candidata ao governo. A senhora acredita que ela vai tirar votos do PT?
Primeiro eu quero dizer que a senadora Lídice da Mata é aliada. Ela, nesse momento, está no palanque do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mas nós, possivelmente, teremos segundo turno como tem acontecido nas últimas eleições. Obviamente, tenho certeza que estaremos no mesmo campo e a senadora tem legitimidade para se colocar diante desse momento eleitoral. É claro que, para mim, deveríamos sair juntos desde o primeiro turno, até porque o governador Eduardo Campos poderia ter garantida uma candidatura para presidente da República daqui a quatro anos. A presidente Dilma precisa terminar as suas obras, precisa terminar o pique de governo. Eu tenho muita segurança em falar da presidente Dilma. Tenho o exercício da liderança do PCdoB, sou vice-líder, mas tenho exercitado a liderança diversas vezes, tenho tido contato permanente. Ela é uma mulher que trabalha muito, sabe o que diz e, sem dúvida, representa o país de maneira absolutamente altiva, como no caso da espionagem americana contra o Brasil e contra ela própria. Então, o palanque de Dilma sofre um abalo, sim, com a candidatura de Eduardo Campos e, na Bahia, com a ida de Lídice no primeiro turno para fora do palanque dela. Isso é um risco e eu gostaria que todos estivéssemos unidos desde a primeira hora.

Algumas pessoas argumentam que há fadiga do PT no poder e a forma do PT governar começa a ser questionada. A senhora acredita que essa vai ser uma discussão importante, que vai ser colocada no processo eleitoral?
A fadiga é um diagnóstico da oposição. O “carlismo” ficou 40 anos e eles não se julgavam fadigados, que já era uma fadiga crônica dos direitos do povo. Nesses últimos 10 anos nós tivemos avanços enormes. Acabamos de ter a maior seca da história da Bahia, dos últimos 60 anos, seguramente. Você não viu uma criança morrer de gastroenterite. Nós tivemos danos animais, danos patrimoniais, na lavoura, mas não tivemos danos humanos. O governador Jaques Wagner reformou e construiu estradas, avançou nos hospitais e tem problemas também. Problemas, especialmente, no setor público, que é o setor que eu represento e acho que são necessários novos avanços e passos em direção a uma ação mais harmônica. Mas foi o melhor governo da história da Bahia, portanto eu acredito que essa coalizão é importante para manter as políticas da presidente Dilma. E aqui na Bahia, as políticas públicas que ela tem feito levaram o Estado a mudar de figura nesses últimos anos.

Como a senhora avalia o cenário da oposição? Geddel ou Paulo Souto?
É uma escolha dura, hein! Eu espero que a Bahia possa manter essa coalizão, que tem mudado, inclusive, a forma de fazer política. Talvez, até, essa mudança de forma seja responsável por algumas dificuldades da própria chapa. Inclusive, o governador tem dado a mão para o prefeito de Salvador. Deu a mão com a via expressa, está dando a mão com o metrô, que os governos de Paulo Souto, de Imbassahy, os governos “carlistas” deixaram essa circunstância crônica e essa chacota nacional que Salvador sofre em função do metrô calça curta. Então, o governador Jaques Wagner está dando a mão em duplicação de vias, criação de novas vias para desafogar o trânsito em Salvador. Ele tem sido bastante republicano, inclusive com o prefeito, que está levando a fama sozinho. Sozinho, ele não faria, e então, para nós está muito claro que temos que continuar sendo republicanos, mas não ter retrocessos.

Paulo Souto ou Geddel, qual dos dois candidatos a senhora acha que vai dar mais trabalho à chapa do PT?
Sem dúvida Paulo Souto, que já foi governador do Estado e é uma pessoa austera. Possivelmente é o candidato mais duro, mais conhecido e que, também, tem o temperamento diferenciado na forma de fazer política, mas isso é papel da oposição. Em minha opinião, qualquer um dos dois será derrotado por nossa coalizão.

Qual vai ser a principal discussão no período eleitoral? Qual será o tema mais importante do processo?

Para mim vai ser o processo de avanço social. Essa juventude que foi à rua em junho de 2013 e quando Lula foi eleito presidente da República pela primeira vez, quem tem 16 anos, hoje, tinha seis anos. Então não viram máquinas remarcadoras da inflação, não viram overnight, não viram a Bahia com crianças subnutridas e hidrocefálicas em Monte Santo, não viram a Bahia com o pior índice social do Brasil. Nós éramos pole positions das piores condições sociais do país. Obviamente, hoje, querem mais e não têm paradigma. É necessário fazer a comparação, como disse a presidente Dilma em seu pronunciamento recente: “dar as fotografias”. Isso, para mim é fundamental e definir, a partir de agora, quais avanços? Depois que saímos de uma Universidade Federal para seis, o que vamos fazer? Aprimorar o trabalho nessas Universidades. O que fazer com as Universidades Estaduais? Dar-lhes autonomia completa e, efetivamente, ampliar o orçamento do Estado. São propostas concretas de mais avanços, de mais direitos e de mais conquistas. Esse é o núcleo da pauta que nós vamos ter que trabalhar nesse processo eleitoral.

A gestão do prefeito ACM Neto está sendo colocada como das melhores avaliadas do País e a senhora colocou que esse resultado é muito em questão de ele estar também capitalizando pelas obras que o governo começa a fazer pela cidade. Como a senhora avalia esse momento da política municipal?
Primeiro é dizer que o ex-prefeito, lamentavelmente, deixou Salvador como se tivesse sido vítima de um bombardeio. Salvador foi desconstruída nesses últimos oito anos e isso gerou uma circunstância de desestímulo e vergonha da população pela nossa cidade, um vazio político. Eu gostaria muito de ter ido a esse debate sobre a sucessão municipal. Qualquer meio-fio que ACM Neto pinte é um advento e, evidentemente, não será uma situação política simples, até porque ele tem uma carga genética na política. Ele traz um grupo organizado nacionalmente para que a sua presença possa ser transformada em uma construção política nacional. Isso é óbvio, está aí posto, mas nós vamos ter que diferenciar o que é ação da prefeitura e o que é apoio do governo do Estado para que a população saiba que o governo do Estado tem apoiado muito. Eu, particularmente, tenho clareza. A forma de governar está no DNA da política, não é para todos. Quando ele teve que recuar no corte de linhas de ônibus de Cajazeiras para a Barra, de São Caetano/Liberdade para a Barra em uma visão higienista para tirar os pobres e os negros da área nobre da cidade, isso mostra a digital das elites. Eu não tenho dúvida disso, o conheço politicamente. O enfrentei ideologicamente em conceitos na Câmara dos Deputados quando ele foi contra as cotas sociais. Ou seja, não podia ter no curso de medicina “dos Santos”, “Anunciação” e “da Silva”. Por que teria que continuar sendo os sobrenomes importantes? Apenas os que tinham recursos para pagar os melhores colégios de segundo grau no Brasil e na Bahia? Então, o DNA da política está posto na forma de administrar. Poderá até fazer uma boa gerência na cidade, mas governará para qual segmento? Isso, para mim, é um divisor de águas que não me coloca no palanque do atual prefeito e em qualquer momento. Dizem que “desta água não beberei”, mas, efetivamente, o que eu tenho a dizer é que essa água tira a visão da perspectiva...

A senhora falou sobre a questão da forma do prefeito ACM Neto gerir a mobilidade. Não acredita que tem que ser feito, realmente, um movimento grande para reestruturar as linhas de ônibus para dar mais possibilidade para as pessoas da cidade irem e virem?
Mas é claro! E temos que apoiar isso, mas não com medidas de segregação. Nós temos que fazer novas vias. O governo do Estado está apoiando a prefeitura municipal de Salvador de maneira intensa para que isso aconteça e a Via Expressa, por exemplo, tem desafogado e a população precisa saber usar aquela área.
Tem que resolver esse problema de sinalização para que a população possa sair do Comércio e ir direto para a BR-324. É, de fato, algo muito interessante sair do Barbalho direto para a BR. Não precisa voltar para a Bonocô. Acredito que essas outras vias que estão sendo planejadas sem pedágio urbano, a duplicação de outras vias, também, vão colaborar. O prefeito contará com o nosso apoio, inclusive com o meu apoio para esses projetos. Mas, projetos que não passem por segregar o direito de ir e vir da população que vive nos bairros periféricos da cidade.

Voltando novamente ao tema eleição, a disputa pelo Senado, este ano promete ser muito grande. Como a senhora avalia Eliana Calmon, a possibilidade de Otto Alencar, Geddel, Paulo Souto? Vai ser realmente, uma disputa dura?
Eu espero que cada vez mais as disputas políticas se deem em torno de conceitos, de propostas, de opiniões, de história. Todos eles são legítimos e eu espero que tenhamos um debate de alto nível a cerca de propostas para a Bahia. O Senado representa os estados, a Câmara dos Deputados representa o povo, organizada em partes através dos seus partidos. Essa diferenciação de natureza é muito importante para que a população, no amadurecimento democrático, saiba por que vota, em quem vota e para que. O senador tem a obrigatoriedade de cuidar do estado de maneira permanente. Tem que conhecer o estado, conhecer os projetos estruturantes. Isso é fundamental. Um deputado é o apelo social das comunidades, dos municípios, do cotidiano, das regras de vivência que são as leis desse grande condomínio chamado Brasil, onde você não pode levantar ou abaixar a mão para perguntar se é possível fazer propaganda de remédio ou de bebida, que eu acho que não deveria ter. No entanto, é necessário você eleger pessoas para que levantem a mão para você e por isso as eleições são muito importantes. A reforma política traria um incremento importante a esse debate conceitual das ideias do Brasil porque, hoje, as representações são muito em cima do que o prefeito pensa, da proximidade do candidato. São necessários programas para que a gente possa qualificar e reconstruir a política como ferramenta de mudanças, como arte de convencer para transformar porque, hoje, as primeiras páginas não falam da vitória do aumento das verbas para a educação, não falam da vitória de você ter creche como obrigação, do avanço da educação integral no Brasil, do espalhamento das universidades.

Fonte: Tribuna da Bahia via Vermelho

Ação legislativa, luta popular e eleição presidencial

Editorial do Vermelho

O Congresso Nacional retoma nesta segunda-feira (3) os trabalhos legislativos, fortemente condicionados pela disputa eleitoral, conflitos internos próprios do parlamento e a herança de problemas – uns não resolvidos, outros mal resolvidos em 2013 –, pendências que trancam a pauta de deliberações. 

Apesar de alguns impasses no ano passado, o governo conquistou importantes vitórias por meio da ação de sua base parlamentar – da qual os comunistas fazem parte –, destacadamente com a aprovação da Medida Provisória dos Portos, do Mais Médicos, a destinação dos royalties da exploração do pré-sal para a educação e de mais recursos para a saúde. 

O governo da presidenta Dilma tem demonstrado interesse em que os trabalhos legislativos deslanchem desde o início do ano, pois há projetos que considera prioritários, como a votação das emendas ao novo Código de Processo Civil (CPC), aprovado no final de novembro de 2013, e a do Marco Civil da Internet, tema que hoje adquire relevo e importante impacto político e social. 

Outros projetos de lei de interesse do Executivo dizem respeito ao que reserva cotas para negros no funcionalismo público federal e o que direciona os recursos da contribuição social de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa para o Programa Minha Casa, Minha Vida, também de alcance social. 

De imediato, o governo precisa concentrar suas atenções para a aprovação de medidas provisórias (MPs) editadas recentemente, entre elas a que se refere à concessão de crédito extraordinário para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no valor de R$ 2,5 bilhões, que pode beneficiar milhares de estudantes. 

As forças políticas que constituem a base de sustentação do governo nas duas casas legislativas iniciam sua atividade em 2014 sabendo que é imperioso construir a unidade programática e de ação para enfrentar os problemas estruturais do país, ficar em sintonia com as aspirações e lutas do povo brasileiro e fazer o debate eleitoral, que tudo indica será intenso. 

Para as forças progressistas, a ação legislativa não está desvinculada do debate das grandes questões estruturantes do país, nomeadamente as reformas democráticas, tão necessárias para o Brasil avançar no rumo da consolidação da democracia, na defesa de sua soberania, do desenvolvimento nacional e do progresso social. Entre elas avulta a reforma política, sem o que a democracia não avança. Ganha relevo a luta pelo financiamento público das campanhas eleitorais e pelo plebiscito por uma Constituinte Exclusiva para a reforma política. 

As bancadas progressistas que apoiam o governo da presidenta Dilma constituem uma trincheira de resistência para evitar as pautas regressivas que propõem a retirada de direitos dos trabalhadores. Empenham-se, ao contrário, pela ampliação desses direitos. Na ordem do dia estão as lutas pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário e contra as terceirizações. 

De sentido estratégico são também as lutas pela democratização dos meios de comunicação, as reformas urbana e agrária e a reforma tributária. 

Inspirados nas resoluções do seu 13º Congresso, realizado em novembro do ano passado, os comunistas comparecem ao debate e entram em ação nas casas legislativas dispostos a lutar por essa plataforma de mudanças, defendendo politicamente o importante legado de 11 anos de governos progressistas no País, o novo ciclo político inaugurado com a posse de Lula em 2003 e ratificado com o governo da presidenta Dilma.

A disputa eleitoral vai impregnar os debates e ações no Legislativo. As forças que se alinham às candidaturas oposicionistas vão politizar cada questão e reverberar no parlamento as pressões em torno dos rumos da economia, defendendo a contenção do gasto público, medidas monetaristas de interesse do capital financeiro e sabotando os esforços do governo para valorizar o poder aquisitivo dos trabalhadores, aumentar ainda mais o emprego e distribuir a renda. 

Talvez como não ocorre há tempos, em 2014 as batalhas no parlamento estarão em sintonia com a batalha das ideias – relacionadas com o debate programático e os rumos do país –, com as lutas das massas populares e com a batalha eleitoral. A obtenção da quarta vitória consecutiva do povo – a reeleição da presidenta Dilma Rousseff – inscreve-se nesse contexto como algo fundamental para consolidar as conquistas alcançadas e avançar na realização de mudanças estruturais. 


Fonte: Vermelho

UJS convoca jovens do Brasil para seu 17º congresso

Entre os dias 25 e 31 de janeiro, a União da Juventude Socialista realizou um seminário preparatório ao seu 17º Congresso que será realizado no final do mês de maio deste ano. Além dos debates temáticos como a questão da mulher, das drogas e da desmilitarização da polícia, a UJS lançou o desafio de filiar meio milhão de jovens à entidade.


Confira na íntegra a carta de convocação ao congresso: 

“Meio milhão de jovens socialistas: Avançar nas mudanças rumo ao Brasil dos nossos sonhos
Para os milhares de jovens socialistas Brasil a fora, o ano de 2014 se inicia cheio de lutas e comemorações, pois a UJS caminha para seus 30 anos de existência e para a construção do congresso que tem o desafio de filiar meio milhão de jovens. Nesta caminhada reafirmamos a necessidade de um mundo diferente e de um Brasil socialista. 

Sabemos que os desafios continuam grandes, do tamanho do compromisso de quem muito lutou para as conquistas que a juventude brasileira obteve nas últimas três décadas, de quem contribuiu para conquistar o período de mudanças que vivemos atualmente e para, além disso, o compromisso de quem sabe que ainda tem muitas batalhas pela frente, para conduzir junto com a juventude brasileira as mudanças que queremos ver na vida do nosso povo.

Ao caminhar para os 30 anos temos claro que muitos aprendizados e lutas se somam na pavimentação do Brasil dos nossos sonhos. Nossa gloriosa organização herdou a tradição de luta dos jovens abolicionistas, herdou a ousadia e a persistência dos jovens tenentes da Coluna Prestes. Nós encampamos importantes lutas e conquistamos vitorias importantes para povo brasileiro: das batalhas pela redemocratização à juventude cara pintada, da resistência à implementação do neoliberalismo até as recentes conquistas dos royalties do petróleo e de 10% do PIB para a educação, a aprovação do estatuto da juventude.

O que nos orienta para o futuro é a ousadia e a vontade de mudança, trazemos no peito o estigma da aguerrida juventude do Araguaia, que bravamente lutou pela liberdade e democracia em nosso país. Temos em perspectiva a atualidade do nosso manifesto que traz a compreensão de que ‘somos socialistas porque, somos jovens e andamos abraçados com o futuro e a busca da felicidade’. Negamos os valores degradantes que o, já caquético, sistema capitalista insiste em nos oferecer, pois queremos mais direitos, mais oportunidades, mais solidariedade, mais liberdade de ser quem nós queremos ser, de nos desenvolver plenamente. 

Temos no horizonte o sonho e a luta por um Brasil mais feliz e não descansaremos, não ainda, marcharemos firmemente avançando rumo à construção do socialismo com a nossa cara.
Nós, que queremos mais para o Brasil e para juventude, sabemos que o 17º Congresso Nacional da UJS acontece em um momento muito importante, ano em que se definirá os rumos do país pela via eleitoral. Também em um momento que provoca a reflexão e a necessidade do Brasil se reencontrar com a sua história, em 2014 faz 50 anos da tragédia do Golpe Militar no Brasil, mas completa-se também 30 anos da luta em pelas eleições diretas em nosso país. Foi no curso das lutas pelas ‘Diretas Já’, momento que ostentou a maior mobilização de juventude da nossa história, que nasce a UJS. E é neste clima que, ao completar 30 anos, a UJS reafirma a atualidade de seu compromisso de nascimento: a defesa da juventude, do Brasil e da luta pelo socialismo!

É com o compromisso histórico de quem já esta há três décadas na defesa de um país mais justo que a UJS se propõe ao papel de levar aos jovens brasileiros o debate sobre o futuro da nação. Reconhecemos todos os avanços sociais que ocorreram na última década, esse foi um projeto que ajudamos a construir e que melhorou a vida de milhões de brasileiros, nós demos assim, importantes passos para a pavimentação de uma nova sociedade. Mas, para, além disso, sabemos que o projeto de nação que está em curso precisa seguir em frente e precisa ser cada vez mais avançado e orientado para a conquista de mais dignidade e felicidade humana, para tanto devemos também combater o pessimismo e o cinismo das elites que almejam o retrocesso, e que lucram com a desesperança do povo.

No próximo período o Brasil terá as atenções do mundo voltadas para si, a UJS defende o direito e a capacidade do Brasil de sediar a Copa do Mundo! A Copa é uma expressão da alegria da cultura brasileira, mas também queremos debater a necessidade da não elitização do futebol em nosso país. Além disso, essa oportunidade de mostrar para o mundo um novo Brasil, que pretende se desenvolver de forma sustentável e soberana. Um país que tirou na ultima década milhões de brasileiros da pobreza extrema, que inseriu uma parcela significativa de sua juventude nas universidades, que resgata a autoestima e expectativas da população.
Consideramos que temos muito a nosso favor, de um lado uma amplitude de recursos naturais à nossa disposição, de outro, somos uma população jovem, inventiva, expressiva, otimista e com tantas potencialidades. Todavia, sabemos que para nosso país se desenvolver em novos patamares é necessário que coloquemos no centro do projeto uma serie de reformas estruturantes e urgentes, como a política, tributária, dos meios de comunicação, agrária, educacional e urbana, essas reformas impulsionarão avanços sociais importantes, dando mais democracia, voz e dignidade para a população brasileira.

Acreditamos sim que é possível construir um Brasil diferente, com mais igualdade, paz, justiça e desenvolvimento, um Brasil socialista. Mas para isso vai ser preciso muita luta. E a nossa luta tem várias faces, ela é de ideias, mas também é feita nas ruas, nas escolas, nas quadras esportivas, nos campos de futebol, nos shows, nos “rolezinhos”, na defesa do meio ambiente, na luta das jovens mulheres, na luta contra o racismo e a homofobia. Enfim, onde tiver juventude, lá está a nossa luta. E é com este otimismo, com o espirito de quem se propõe a filiar meio milhão de jovens, que se traduzirão em mudanças, com o espirito de quem quer ser hexa que convocamos o 17° Congresso Nacional da União da Juventude Socialista!

Para seguir amando e mudando as coisas, devemos nos preparar recarregando nossas pilhas revolucionarias e encampando as importantes batalhas do próximo período: O lançamento do 17° Congresso da UJS nas comemorações do 08 de março. A ampla mobilização da Jornada de lutas em março, a campanha do Se Liga 16, e a realização do congresso da ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos) e o 17° Congresso da UJS, de 22 a 25 de maio em Brasília!

Estamos construindo o Brasil dos nossos sonhos! Se você pensa como nós, vem ajudar a construir o 17º Congresso da UJS. Vem pra luta também!

São Paulo, 30 de janeiro de 2014”.

Fonte: Vermelho

Centrais sindicais convocam grande mobilização de trabalhadores

Seis centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (4), na sede da Força Sindical, para debater questões trabalhistas e convocar uma grande mobilização de trabalhadores e trabalhadoras para o dia 9 de abril. Participaram da reunião, além da responsável pelo espaço, as centrais CTB, CUT, CGTB, UGT e Nova Central. A expectativa é que o ato reúna cerca de 50 mil operários na praça da Sé, onde terá início uma caminhada até o Masp, na capital paulista. 

Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho


Segundo o membro da presidência da CTB, Carlos Umberto Martins, a ideia é que as seções estaduais das centrais sindicais realizem atos locais durante a semana que antecede a grande mobilização de 9 de abril, para dessa forma, aumentar a mobilização dos trabalhadores. Uma próxima reunião já está marcada para o dia 17 de fevereiro para acertar detalhes da manifestação. “O objetivo é, além de valorizar a classe trabalhadora, garantir e ampliar nossos direitos”, explica.
Já o secretário geral da CTB, Wagner Gomes, que representou a entidade na reunião dos sindicalistas, explica quais serão as pautas defendidas pelos trabalhadores. “Há muitas reivindicações nossas que o Governo está analisando há muito tempo, como o fim do fator previdenciário e o aumento da aposentadoria, por exemplo. Nós acreditamos que é necessário fazer pressão para que esses direitos sejam garantidos ao trabalhador”, diz. 
  
Além destas duas pautas, os sindicalistas também defendem a redução da jornada de trabalho, educação, saúde e transporte públicos e de qualidade. “Nós temos nossas pautas específicas da categoria, mas também vamos lutar pelos direitos de toda a população”, defende. 

Wagner também explica que apesar do posicionamento progressista do Governo Federal, é importante manter a luta dos trabalhadores para garantir e ampliar esses direitos. “Mesmo na situação atual do governo, que nós defendemos e ajudamos a eleger, sem pressão não somos atendidos”. 

Fonte: Vermelho

Cidades argentinas farão julgamentos por crimes contra humanidade

Dois ex-juízes e mais de cinquenta repressores, entre eles Luciano Benjamín Menéndez, que já possui várias condenações, começarão a ser julgados este mês na Capital Federal (Buenos Aires), Rosario, Mendoza e Tucumán.


Serão julgadas as torturas cometidas no centro clandestino de detenção e torturas “El Vesubio”| Foto: Julio Pantoja/ Telám

No dia 13 de fevereiro está previsto que o 4º Tribunal Oral Criminal Federal da capital, conformado pelos juízes Néstor Costabel, Horacio Barberis e Eduardo Carlos Fernández, comece o debate por gravíssimas violações aos direitos humanos cometidas no centro clandestino de detenção e torturas “El Vesubio”.

Neste processo, os repressores Gustavo Adolfo Cacivio, Néstor Norberto Cendón, Jorge Raúl Crespi, Federico Antonio Minicucci e Faustino José Svencionis vão enfrentar as acusações de privação ilegítima da liberdade, tormentos e homicídio, contra 204 vítimas.

Um dia depois, os juízes Noemí Marta Berros, María Ivón Vella e Roberto Manuel López Arango do 2º Tribunal Oral Criminal Federal da cidade de Rosario vão começar a ouvir mais de 150 testemunhas de crimes contra a humanidade cometidos na província de Santa Fé.

Em Mendoza, no dia 17 de fevereiro, o Tribunal Oral Criminal Federal da cidade capital, prevê começar um processo contra os ex-juízes federais Otilio Romano e Luis Miret junto com os co-réus Guillermo Max Petra Recabarren, Rolando Evaristo Carrizo e Gabriel Guzzo.

O cronograma de julgamentos que começam neste mês inclui também o processo a ser realizado na cidade de Tucumán, a partir do dia 17 de fevereiro, com o Tribunal Oral Federal - integrado pelos juízes Gabriel Eduardo Casas, Carlos Enrique Ignacio Jiménez Montilla e Juan Carlos Reynaga-.

Fonte: Telám via Vermelho

Ato em SP inaugura campanha "Por aqui passou Hugo Chávez"

Na noite desta terça-feira (4), foi lançada oficialmente a jornada mundial “Por aqui passou Chávez”, que ressalta o legado do ex-presidente da Venezuela. O Memorial da América Latina, em São Paulo, foi palco das homenagens ao líder da Revolução Bolivariana, que há 22 anos comandou a rebelião que deu o poder ao povo. O evento contou com a presença de representantes de entidades, partidos políticos e militantes, que relembraram os feitos de Hugo Chávez.

Por Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho


Douglas Mansur
 Ato em SP inaugura campanha que lembra "Por aqui passou Chávez"
Em pé, Carlos Ron, conselheiro da Embaixada da Venezuela, apresenta a campanha "Por aqui passou Chávez". no Memorial da América Latina.
Em 4 de fevereiro de 1992, o ex-presidente Hugo Chávez – na época tenente-coronel – comandou uma insurreição popular com o objetivo de direcionar a substituição do governo neoliberal de Carlos Andrés Pérez e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para que o povo, por meio de ampla participação, determinasse novos rumos do país. Portanto, a data escolhida pela Embaixada da República Bolivariana da Venezuela para o lançamento da campanha marca o aniversário deste movimento que alavancou as ideias de Chávez.

Segundo explicou Carlos Ron, conselheiro da Embaixada, a ideia do nome da campanha vem de um poema de Alberto Arvelo Torrealba ao libertador Simon Bolívar, que se chama Por Aqui Passou. O herói da independência latino-americana foi inspiração para o líder da Revolução Bolivariana.

 
Momentos antes do início da cerimônia, Ron disse ao Vermelho que “é muito importante para a Venezuela contar com o apoio de tantos movimentos sociais, partidos e sindicatos brasileiros, que estão acompanhando a jornada porque entendem o que é o legado do presidente Chávez e querem difundir esta história”.

Robert Torrealba, cônsul geral da Venezuela em São Paulo, afirmou também que “a receptividade dos amigos brasileiros é maravilhosa, porque todos nós compartilhamos desse exemplo de superação de luta por um mundo melhor, por uma América Latina mais unida, integrada e mais justa”. Ele disse ainda que espera que a data sirva para continuar reafirmando os laços de amizade entre os países.

No Salão de Atos, entre os murais de Carybé e logo à frente do painel de Candido Portinari foi montada uma exposição de fotografias que retratam as passagens de Chávez por diferentes lugares. O evento iniciou-se com apresentações artísticas e, logo em seguida, foram exibidos trechos de falas emblemáticas do ex-presidente venezuelano, como seu discurso na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009 (Cop15) e sua participação no programa “Roda Viva” da TV Cultura.

Assista abaixo:

 

Segundo Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, que compôs a mesa da solenidade, “assim como Simon Bolívar e José Martí, Chávez defendia o pan-americanismo, mas desde que este fosse soberano, independente, diferente do que era imposto pela Doutrina Monroe. Portanto, o ex-presidente venezuelano tem um papel importante não só na integração, mas também na soberania e autodeterminação dos povos”.
Socorro Gomes, à dir., fala sobre o legado de  Hugo Chávez. Sentados, João Pedro Stedile 
e deputado Adriano Diogo. Foto: Théa Rodrigue/Portal Vermelho.

Socorro lembrou que esteve com Hugo Chávez “em dezembro de 2004, em Maracaibo, quando o comandante bolivariano levantava a bandeira da integração latino-americana, bem como ressaltava a necessidade de denunciar o imperialismo como o maior obstáculo ao desenvolvimento do país”. 

Ela também falou ao Vermelho sobre um segundo encontro, durante um tribunal anti-imperialista em Caracas, no qual ambos foram testemunhas: “Ele fez uma denúncia veemente, corajosa e sincera, chamando o povo para a construção da paz por meio da união e integração dos povos”. Para a presidenta do CMP e do Cebrapaz, “Chávez tem um papel fundamental na integração da região, que era um sonho que estava sendo postergado e violado o tempo todo pelo imperialismo estadunidense”.

João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também foi convidado para dar seu testemunho para celebrar o legado de Chávez, disse que as pessoas de sua geração tiveram o privilégio de serem contemporâneas do líder bolivariano, “que está no mesmo patamar dos grandes lutadores e pensadores da América”.

Ele recordou de Chávez como um “cidadão latino-americano” e como um lutador “anti-imperialista”. “Das vezes que estive pessoalmente com ele, guardo as melhores lembranças”, disse Stedile, que afirmou que Chávez era “um homem simples que não usava o cargo para se engrandecer”. 

Stedile falou sobre a visita que o ex-presidente venezuelano fez ao assentamento do MST em Tapes, a 100 km de Porto Alegre, durante o período do Fórum Social Mundial de 2003. Como parte das homenagens e do período de jornada mundial, Stedile anunciou que a partir do dia 4 de março esse assentamento passará a se chamar “Hugo Chávez”. “É a nossa forma de dizer e lembrar que ‘Chávez passou por aqui’”, completou.

Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), disse que desde a morte de Chávez, em 5 março do ano passado, “muita coisa aconteceu” e dentre as principais destacou “o avanço na integração regional e as vitórias de Nicolás Maduro tanto nas eleições presidenciais, quanto nas municipais”, o que, segundo ele, “ajudou a dar continuidade à Revolução Bolivariana”.

Alemão presenciou o lançamento da campanha no Memorial da América Latina e comentou que jornada valoriza o dia 4 de fevereiro e a importância desta data para a Revolução Bolivariana. “A data rememora a insurreição militar, mas também popular na Venezuela, que foi o embrião do movimento que, apesar de ter sido derrotado na ocasião, saiu vitorioso nas eleições de 1998”, disse.

Convidado para compor a mesa, o deputado estadual Adriano Diogo, do Partido dos Trabalhadores (PT), exaltou o legado do líder venezuelano com o grito de “viva Chávez”, pouco antes de o escritor Fernando Morais fazer sua exposição sobre o comandante.

Fernando Morais, entre o emabaixador Carlos Ron e João Pedro Stedile. 
Foto: Théa Rodrigues/ Portal Vermelho

Morais falou sobre a construção do Memorial e das críticas recebidas na época do projeto. Segundo ele, “estar aqui prestando essa homenagem à Hugo Chávez já valeu a construção deste espaço”. Ele disse que esta nova campanha lembra a ele a época em que participou da organização de um manifesto intitulado “Se eu fosse venezuelano, votaria em Chávez”, em favor da reeleição do então presidente e que contou com o apoio de diversos intelectuais, inclusive do historiador britânico Eric Hobsbawm e do prefeito de Londres na época.

Depois de contar sobre uma conspiração (que não obteve sucesso) da qual participou ao lado do líder bolivariano para evitar a eleição de Luis Alberto Moreno para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ele ressaltou que a perda de Chávez não foi sentida apenas pelos venezuelanos, mas por todos. Para Morais, “Chávez é eterno” por conta de suas ideias em defesa do povo e, por isso, “não será esquecido jamais”.

Liége Rocha, secretária nacional do PCdoB das Questões da Mulher, disse ao Vermelho logo após o término do ato que, “para os brasileiros, especialmente para aqueles que lutam pelo socialismo e que consideram a integração regional como um dos aspectos importantes para se chegar a isso, Chávez teve um papel importante neste processo”. Ela também recordou sua passagem por Caracas, em um Congresso da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), e disse que Chávez recebeu muito bem o evento e inclusive apresentou um de seus programas na televisão estatal direto de uma plenária do congresso.

Também estiveram presentes no ato desta terça-feira (4) representantes da Associação de Venezuelanos Residentes no Brasil; da Alba Movimientos; da FDIM; do Comitê Brasil está com Chávez e da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), entre outros. A jornada mundial “Por aqui passou Chávez” continuará circulando o Brasil em diversos eventos até o dia 5 de março – data da morte do comandante bolivariano. Confira a programação abaixo:
- 07/02 - Ato cultural “El Cuatro Rebelde” (música venezuelana) às 20h, no Centro de Convenções de Recife
- 11/02 - Recebimento do Navio-Escola Simon Bolívar, no porto de Itajaí - Santa Catarina. O navio ficará aberto à visitação pública de 12 a 16 de fevereiro
- 17 a 19/02 - Agenda da campanha (a definir) no Rio de Janeiro
- 21/02- “Cine-Foro” com o filme Bolívar, o homem das dificuldades, no Museu Nacional de Brasília
- 23, 24 e 25/02 - atividades em Belém, Manaus e Boa Vista
- 03/03 - Durante o carnaval de Olinda, a Barraca do MST, com um gigantão do Comandante Chávez
- 04/03 - Durante o carnaval de Olinda, desfile do gigantão do Comandante Chávez
- 04/03 -Tapes (RS): Romaria Camponesa no assentamento visitado pelo Comandante Chávez. A partir dessa data o assentamento passará a se chamar “Hugo Chávez”.

Fonte: Vermelho