quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ministério do Trabalho atualiza “lista suja” do trabalho escravo

O estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista, totalizando cerca de 27%
O estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista, totalizando cerca de 27%

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou um novo cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava no país. No registro atualizado, foram incluídos 91 nomes de empregadores. Por outro lado, 48 empregadores foram excluídos do cadastro conhecido como “Lista Suja”, em cumprimento a requisitos administrativos.


Com atualização, documento passa a conter 609 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas com atuação no meio rural e urbano. Desse total, o estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista, totalizando cerca de 27%, seguido por Minas Gerais com 11%, Mato Grosso com 9% e Goiás com 8%. A pecuária constitui atividade econômica desenvolvida pela maioria dos empregadores (40%), seguida da produção florestal (25%), agricultura (16%) e indústria da construção(7%).

Os procedimentos de inclusão e exclusão são determinados pela Portaria Interministerial nº 2/2011, que estabelece inclusão do nome do infrator no Cadastro após decisão administrativa final relativa ao auto de infração, lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido identificação de trabalhadores submetidos a trabalho escravo.

As exclusões derivam do monitoramento, direto ou indireto, pelo período de dois anos da data da inclusão do nome do infrator no Cadastro, a fim de verificar a não reincidência na prática do “trabalho escravo”, bem como do pagamento das multas decorrentes dos autos de infração lavrados na ação fiscal. A lista passa por atualizações maiores a cada seis meses.

O MTE não emite qualquer tipo de certidão relativa ao Cadastro, a verificação do nome do empregador na lista se dá por intermédio da simples consulta à lista, que elenca nomes em ordem alfabética.


Fonte: Blog do Planalto via Vermelho

Cinema nigeriano lançará filme com Orixás como super heróis; veja trailer

Do Correio da Bahia
As produções de Nollywood (cinema nigeriano), terceiro maior pólo de produção do mundo, criou um filme que conta a história dos Orixás como super heróis. Oya: Rise of the Orisha (Oya: A Ascensão dos Orixás) já tem trailer e pode ser ao fim desta matéria.
O filme conta a história da deusa da mudança Oya, que deve salvar os outros deuses (Orixás) do esquecimento e destruição através da ligação com sua devota Adesuwa, enquanto um fanático pelos deuses quer acabar com a raça humana.

Foto: Divulgação
Produzido pelo diretor Nosa Igbinedion, o filme teve problemas, inicialmente, com os custos, mas conseguiu ser concluído em janeiro deste ano e pretende ser lançado 18 de julho, no Festival Matatu da Califórnia, Estados Unidos.

Foto: Divulgação



OS QUE TENTAM FATURAR COM A DERROTA

Nem o general Octávio Costa, que escreveu alguns discursos de Emílio Médici, titular do pior período da ditadura militar, seria capaz de produzir as linhas que seguem abaixo.
Por Paulo Moreira Leite*, em sua coluna na IstoÉ
Centro da agitação eleitoral do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela divulgou uma análise sobre a derrota de 7 a 1 com linhas inacreditáveis. Leia alguns trechos.
Num parágrafo, procura-se comparar traços culturais de alemães e brasileiros para dizer que... “A histórica derrota sofrida pela seleção pode servir como lição para que o Brasil se torne um país melhor. A vitória alemã representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode.”
Também se combate o otimismo de uma população, que jamais comungou do pessimismo de suas elites - o que era reconhecido por Tancredo Neves - para falar da “ maior goleada da história do futebol mundial. Um vexame de proporções homéricas. Será que isso não nos diz algo sobre o que acontece quando abdicamos de fazer o que é certo apostando que, ainda assim, no fim nada vai dar errado?”
Numa exibição de quem pretende usar desgraças do futebol para ganhar pontos na política, mas não conhece uma coisa nem outra, afirma-se:
“O pior que pode acontecer agora é ignorar que o fiasco da seleção deve muito à forma com que os problemas são enfrentados no país. (...) Sem sacrifícios. É o cúmulo da cultura da esperteza, que só nos afunda, mas não está presente apenas no esporte. Pelo contrário.”
É assim, sem sutileza, que se pretende transformar um jogo de futebol em metáfora da situação política. Tratando brasileiros como adeptos da " cultura da esperteza", que querem se dar bem "sem sacrifícios".
A ideia do brasileiro como formado na " cultura da esperteza" está no Zé Carioca, personagem colonial de Walt Disney, certo?
A ideia de que os brasileiros querem o sucesso "sem sacrifícios" é típica de quem acha que o salário mínimo está alto demais e precisamos de " medidas impopulares." É grotesco.
Cumpre lembrar que unir futebol e política é um exercício sempre perigoso. A gloriosa seleção do Tri de 1970, a melhor de todos os tempos, foi formada quando o país vivia sob o pior regime de todos os tempos. Era o auge da tortura, das execuções, da perseguição política. Era uma economia que crescia - mas concentrava renda e ampliava a desigualdade entre os brasileiros. O jogo de Pelé, Tostão, Gerson & os outros era um retrato do futebol Brasil da época. Sua melhor geração na historia.
Mas atuava em outra esfera, ou estratosfera.
Não serve como elogio a tortura - como tentava fazer a propaganda Ame-o ou Deixe-o.
A Seleção do Brasil de 2014 é um retrato de nosso futebol. Era um time que jogava aos trancos e barrancos, que contava com a sorte, caneladas e gols estranhos para avançar e chegar até onde fosse possível. Nunca prometeu mais do que isso - embora fosse possível, como já aconteceu em outras copas, imaginar um resultado melhor.
Comparar o 7 a 1 do Mineirão com o Brasil real é um exercício primário de marketing e ignorância política.
Até porque é preciso ter perdido todo contato com a realidade social e econômica do país para imaginar que a partir de 2003 o Brasil sofreu, como nação, qualquer coisa que possa ser comparada a uma goleada. A renda está melhor distribuída. O desemprego é um dos mais baixos do mundo. O ensino superior nunca cresceu tanto - nem de forma tão rápida. E as escolas técnicas? E a política de habitação popular?
Vamos olhar para o que é importante. Futebol é símbolo, ensina a metáfora Pátria de Chuteiras, de Nelson Rodrigues. Aumenta nossa alegria, o afeto, a vontade de rir. Mas não pode encobrir a realidade cotidiana, nem para o bem, nem para o mal.
Mas o esforço para transferir o 7 a 1 para o cotidiano dos brasileiros está em outros lugares.
Lendo apenas as manchetes dos jornais de hoje, você encontra palavras humilhantes: “Vergonha, vexame, humilhação.” Ou: “ Um vexame para a eternidade.” Ou: “a partir derrota da história.” Ou ainda: “Humilhação em casa.”
Vamos combinar. Há momentos em que é preciso separar a vida real da literatura - ou do futebol.
Foi Alberto O. Hirshman, intelectual social-democrata do pós-Guerra, muito citado nas obras da pré-história do PSDB, que criou o conceito de fracassomania.
Enfrentando a resistência a todos esforços políticos para criar leis e realizar reformas capazes de atender aos interesses da maioria, Hirshman explicava que o principal argumento conservador de nossa época não é discutir o que está certo, nem o que está errado – mas convencer a população de que as mudanças, mesmo bem intencionadas, estão pré-condenadas ao fracasso. Nunca darão certo, diz a teoria, porque cedo ou tarde os interesses maiores do sistema vigente serão capazes de retomar seus direitos e reverter aquilo que foi conseguido. O resultado, assim, é que toda tentativa de progresso está destinada a dar errado – e não passa de desperdício de tempo e energia. Pretende ajudar mas acaba atrapalhando quem pode resolver as coisas -- isto é, o mercado. O melhor fazer, conclui a fracassomania, é deixar tudo como sempre esteve ao longo dos anos e anos.
Essa é a ideia por trás das frases do dia. Querem nos convencer que o país estava ao passo da gloria – mas acabou derrotado porque ainda não se tornou suficientemente alemão, atitude que “representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode.”
Sabendo de nosso complexo de vira-lata, não surpreende que tenha uma gente que é louca para deixar de ser brasileiro. Traumatizados, querem virar alemães sem sequer pedir licença para a turma de Angela Merkel.
Não querem ganhar uma eleição mas pretendem mudar uma cultura. No fundo, não gostam de futebol. Seu desprezo é tamanho que num texto partidário, de quem está querendo votos, falam mal da entrada de Bernard em campo. Pode?
É uma gente que não entendeu nada, certo?
*Paulo Moreira Leite é membro do Conselho Consultivo do Barão de Itararé

Venício Lima: mídia alimenta “complexo de vira-lata” do brasileiro

Sem dúvida, a grande mídia tem perdido credibilidade. Uma das formas de sobrevivência dela é falar cada vez mais para menos gente, para seu público cativo”, disparou o jornalista e sociólogo Venício Lima ao participar do programa Espaço Público, da TV Brasil, ontem,  terça-feira (8).

Lima fez críticas aos grandes veículos de mídia brasileiros e a postura assumida pelo mesmos diante da Copa. Para ele, a chamada “grande mídia” tentou pautar a imprensa internacional, prevendo um fracasso da organização brasileira na Copa do Mundo, que não se confirmou.

E ponderou que “a chegada ao país de tantos jornalistas estrangeiros, em contatodireto com a realidade, fez com que houvesse uma mudança da cobertura sobre o que ocorria aqui. A mídia estrangeira teve que se curvar à realidade, onde tudo estava funcionando. A mídia brasileira se distanciou, como se não tivesse nada a ver com isso, mas influenciou a cobertura estrangeira [quando dizia que a Copa seria um fracasso]”.

Venício Lima ainda colocou que a “grande mídia” tentou pautar as manifestações de 2013, mas não obteve êxito, tendo sido, inclusive, hostilizada nos protestos. Isso seria uma mostra da perda de credibilidade da mídia brasileira.

“Complexo de vira-lata”

 Para o sociólogo o famoso “complexo de vira-lata” do brasileiro é alimentado pelos grandes grupos de mídia nacionais. Sobre o problema da autoestima brasileira, observou que "a grande mídia tem culpa no cartório, porque colabora com essa síndrome do fracasso. O futebol é bom exemplo disso. Na Copa, se você não é campeão, você é um desastre”.

Ele disse ainda que não acredita que o desempenho do time brasileiro na Copa do Mundo exercerá influência negativa para a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição. “O Brasil tem níveis de educação e renda que possibilitam uma percepção mais aguçada do que ocorre no cenário político. Acho improvável que a derrota no futebol tenha influência determinante no resultado eleitoral”.

Da Redação do Vermelho
Com informações do programa Espaço Público

Derrocada da Seleção exige autocrítica e mudanças profundas

A Seleção brasileira de futebol sofreu na última terça-feira (8) uma contundente derrota perante a Alemanha. Uma inédita goleada pelo incomum placar de sete a um traumatizou não somente os torcedores do esporte mais popular do País, mas também fez sofrer todo o povo brasileiro, que nutria a expectativa de conquistar o hexacampeonato e levantar a taça daquela que ficou conhecida e já entrou para a história como a Copa das copas, disputada nas canchas nacionais depois de 64 anos.
Por José Reinaldo Carvalho*
Por Copa das copas entenda-se um excelente nível técnico geral demonstrado nos gramados no conjunto da competição, as boas condições oferecidas pelo Brasil, a hospitalidade de nossa gente, o normal funcionamento dos serviços públicos, a adequada infraestrutura, a capacidade gerencial do governo, nomeadamente do Ministério do Esporte, destacando a sempre lúcida e eficiente figura do ministro Aldo Rebelo. Ressalte-se ainda o apoio político, administrativo e moral da presidenta Dilma à organização do certame, sem o que o evento não teria alcançado o êxito que alcançou.
A derrota da Seleção brasileira de futebol perante a Alemanha, com a consequente eliminação da final da Copa do Mundo, certamente não deve ser considerada uma tragédia nacional, nem ensejar ilações sobre a influênciadisto no desenvolvimento da vida política e social do País, especificamente sobre o desenrolar da disputa eleitoral. Igualmente, teria sido um exagero e uma falsa extrapolação considerar a eventual conquista do hexacampeonato como o maior exemplo de afirmação do País perante si mesmo e o mundo.
Mas, tomando em consideração a importância que tem o futebol para o povo brasileiro, a dimensão que o esporte adquiriu na vida nacional, o contexto sociopolítico e a atmosfera conflituosa em que o campeonato foi realizado no Brasil, a aniquilação da Seleção e sua desqualificação do maior torneio mundial de futebol é fato que requer reflexão, a necessária retirada de ensinamentos e – mais importante do que tudo – a tomada de medidas para empreender mudanças, uma reforma estrutural no Futebol brasileiro. Não pode ser encarada com platitudes do tipo “o futebol é uma caixa de surpresas”, na infeliz declaração de Pelé, que mais uma vez revela ser, para além de “rei do futebol”, o soberano do lugar comum.
O Brasil tem uma história de glórias no futebol – é o maior campeão, suas várzeas e rachões fizeram surgir os melhores craques de todos os tempos, seus times estão entre os mais populares. Glórias entremeadas também por fracassos. Já vivemos a tristeza imensa do Maracanazo, em 1950, a derrota de Sarriá, em 1982, e a de Saint Dennis, em 1998. Nunca imaginávamos, porém, assistir a uma derrocada tão acachapante e vergonhosa como aconteceu no Mineirão nesta terça-feira. A Seleção sofreu nesta Copa, que sediou com tanto brilhantismo, a pior derrota em sua história centenária. Foi a maior goleada sofrida pelo futebol brasileiro em 84 anos de participações em copas do mundo.
Malgrado ter chegado às semifinais e de estar entre os primeiros quatro postos do torneio que se encerra neste domingo (13), o conjunto do desempenho brasileiro no certame é também um dos mais sofríveis. A performance do time de Felipão, desde o primeiro jogo contra a Croácia até a derrota perante a Alemanha, foi abaixo do sofrível. Ressalvados alguns momentos da partida contra a Colômbia, nas quartas de final, a Seleção não apresentou, do ponto de vista técnico e tático, um futebol à altura das tradições nacionais. Mesmo a decantada “raça” e transbordamento de “patriotismo” – do que se tornaram símbolo o Hino cantado “à capela” e as lágrimas de alguns simpáticos e já endinheirados jovens – acabaram revelando-se mais como jogadas de marketing do que autêntica efusão de alma.
A derrocada perante a Alemanha foi o corolário do despreparo técnico-tático, da soberba e da imprevidência. Do começo ao fim. No começo, difundiu-se a ilusão de que o time campeão da Copa das Confederações estava “pronto” e “fechado” para conquistar o hexacampeonato. No meio do caminho, convocaram-se, em sua esmagadora maioria (19 de 23) jogadores que atuavam em clubes estrangeiros num reconhecimento explícito do esvaziamento das competições nacionais. A identidade do time com a torcida foi forjada em doses cavalares de publicidade. No fim, esses traços negativos se revelaram na postura adotada pelo treinador que, tendo feito o “mea culpa” na derradeira entrevista coletiva chamando para si a responsabilidade, refutou em seguida todas as justas críticas às opções táticas que fez e ao desempenho do time, revelando, mesmo que a contragosto, que não havia autocrítica de fato, que o bater no peito era um mais um gesto de acordo com o roteiro traçado pelos marqueteiros e anunciantes.
Orientada por interesses outros que não os ligados à excelência do jogo nos gramados, a Seleção servia para tudo – mimos a craques transformados em “heróis”, exibição de tatuagens, de cortes e pinturas de cabelo, de anúncios de bebidas alcoólicas, grifes de vestuário, marcas de carros e instituições financeiras. Para cúmulo, a Seleção se tornou refém de um canal de TV, à qual o treinador e os jogadores pagavam vassalagem sob a forma de entrevistas “exclusivas” a certo “jornal nacional” no “horário nobre da TV”.
O desastre do Mineirão é resultado também da gestão perigosa, aventureira, desidiosa e corrupta, do Futebol pela CBF, entidade carcomida, transformada em feudo de dirigentes autoritários, negocistas e oportunistas, que fazem do esporte meio de enriquecimento próprio e de determinado veículo de comunicação monopolista e partícipe do botim.
Uma visão crítica aguda sobre os descaminhos do futebol brasileiro evidenciados na derrocada do Mineirão não autoriza, contudo, análises estultas, baseadas numa mentalidade de neocolonizados e vira-latas. Pretende-se associar o fracasso da Seleção ao "jeitinho brasileiro" à "preguiça" de nossa gente e a outros estereótipos pejorativos, assim como à “excelência” da gestão, da técnica e da tática estrangeiras, o que evidencia a atávica sabujice das classes dominantes nativas e seus porta-vozes na mídia.
O Futebol, tal como outras instituições nacionais, precisa de uma reforma profunda, que deve resultar da adoção de múltiplas e variadas medidas organizativas, administrativas, políticas e educativas, no âmbito geral e, especialmente, na atividade esportiva.
*Jornalista, editor do Portal Vermelho

terça-feira, 8 de julho de 2014

Mesmo sem Neymar, Brasil está confiante para enfrentar Alemanha

O técnico Felipão ainda não anunciou a nova escalação do time, sem o craque Neymar
Reprodução
O técnico Felipão ainda não anunciou a nova escalação do time, sem o craque Neymar

Embora não possa mais jogar nesta Copa do Mundo, Neymar foi o assunto principal na véspera da partida entre Brasil e Alemanha, marcada para esta terça-feira (8), a partir das 17h, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Do lado brasileiro, o técnico Luiz Felipe Scolari negou que o grupo ainda esteja abalado com a lesão do camisa 10, mas garantiu que a Seleção Brasileira vai jogar também por ele quando entrar em campo. Já o treinador alemão Joachim Löw lamentou a ausência do craque. 

“A motivação adicional que temos para acrescentar é a passagem para cada etapa. O Neymar, ao nos deixar, deixou muito dele conosco e levou muito de nós com ele. Mas nós já terminamos essa fase de envolvimento nesse aspecto. Os jogadores entenderam que a parte dele já está feita e que agora é a nossa parte que temos que fazer. Esse jogo é importantíssimo, pode nos levar a uma final. É um jogo que vamos jogar não apenas por nós, mas por todo o país, por tudo aquilo que sonhamos e, também, um pouco de cada um de nós pelo Neymar, por tudo que ele fez pela gente”, disse Felipão.

Antes de responder as perguntas da imprensa, o técnico Joachim Löw fez questão de mandar uma mensagem para Neymar. “Antes de falarmos sobre nós mesmos, queria dizer algo sobre Neymar. Sentimos muito por nós e pela Seleção Brasileira que ele esteja lesionado e que seja algo muito sério para ele, para o time e para o país. É uma situação terrível. Teríamos gostado muito de vê-lo em campo e gostaria de desejar sua pronta recuperação e que ele volte a jogar em breve”, afirmou.

Com a ausência do camisa 10, Felipão terá de mudar a equipe, mas preferiu manter o mistério e não quis adiantar a escalação. “Se eu jogar com três volantes, uma das condições que posso jogar, vou dar mais liberdade aos laterais. E se jogar com dois homens, vou dar um pouco menos de liberdade, mas vou acrescentar uma situação diferente para causar algum prejuízo à Alemanha”, limitou-se a dizer o treinador.

Felipão terá a volta do volante Luiz Gustavo e pode manter Paulinho e Fernandinho no time. Assim, teria maior poder de marcação e poderia liberar mais os laterais. Com isso, Daniel Alves, que tem um perfil mais ofensivo, poderia voltar à lateral-direita, no lugar de Maicon, que jogou as quartas de final contra a Colômbia. Felipão também pode optar pelo meia Willian no lugar de Neymar ou até o atacante Bernard.

“Eu acredito”

A torcida da Seleção brasileira lotaram mais uma vez, nesta segunda-feira (7), a porta do hotel onde os jogadores se hospedam para as partidas realizadas no Mineirão, durante a Copa do Mundo. Desta vez, cerca de 400 torcedores se amontoaram na calçada, subiram em passarelas e em pilastras para ver os craques. Ao passar por uma varanda que dá vista para rua, todos os atletas acenaram para o público que gritava “eu acredito”, incentivando os jogadores.

Uma banda de pagode, de Belo Horizonte, Samba Divino, chegou cedo ao hotel. Com pandeiro, tamborim e cavaquinho nas mãos, eles divertiram a torcida tocando as músicas temas da seleção. Os integrantes do conjunto não se mostraram abalados com a ausência de Neymar e mostraram confiança no time.

Com Portal da Copa via Vermelho

Uma campanha politizada, por grandes reformas e grandes mudanças

A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo (6). Como se sabe, o primeiro turno das eleições será no dia 5 de outubro, quando 141,8 milhões de eleitores devem comparecer às urnas para eleger deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o presidente da República.

Os dois principais candidatos da oposição – Aécio Neves, da coligação PSDB-DEM, e Eduardo Campos, da aliança PSB-Rede – atuaram já no primeiro dia à maneira de Camilo Zuñiga, o jogador colombiano que agrediu Neymar, tirando o craque brasileiro dos jogos finais da Copa do Mundo de futebol. 

Nos eventos em que participaram, os dois representantes do consórcio oposicionista fizeram duros ataques ao governo e aos partidos da ampla coalizão eleitoral liderada pela presidenta Dilma.

O senador Aécio Neves, acompanhado do vice da chapa, Aloysio Nunes, do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e do candidato a senador por São Paulo, José Serra, todos do PSDB, mostrou o seu despreparo ao manifestar despeito pelo êxito que o país está colhendo com o certame futebolístico. Acusou o golpe ao constatar que o governo da presidenta Dilma está colhendo os bons frutos do êxito do evento, ao contrário do que pretendiam ele próprio, os partidos da sua aliança e a mídia golpista. Apostaram no fracasso da Copa e agora colhem os frutos da sua falsa escolha sob a forma de rejeição da opinião pública. 

Por seu turno, Eduardo Campos segue o caminho pelo qual optou de tentar o seu credenciamento junto ao eleitorado atacando o governo e o PT. Segundo o ex-governador pernambucano, que tanto fruiu da ajuda de Lula e Dilma, o governo “não deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que fracassou”. 

Aécio Neves, que desponta como a principal candidatura do consórcio oposicionista, foi “agraciado” por generosa cobertura da revista Veja que foi às bancas neste final de semana. A revista da família Civita caracterizou Dilma Rousseff como uma candidata em busca da hegemonia petista na máquina pública.Veja explicita sua preferência por Aécio Neves, e aponta Eduardo Campos como mero coadjuvante na disputa eleitoral.

Por outro lado, a campanha da presidenta pela reeleição começou em alto nível, sem aceitar provocações nem as agressões gratuitas dos adversários. Sem agenda de rua, Dilma lançou o site oficial de sua candidatura, com um vídeo em que destaca a importância da internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de participação popular. 

A campanha da presidenta é propositiva, voltada para o debate de ideias, “em favor do Brasil e da valorização da política”. Na sua mensagem inicial, Dilma reafirmou sua disponibilidade para discutir sobre as “grandes reformas e grandes mudanças”, com a convicção de que a campanha eleitoral será politizada e constituirá “uma etapa da luta para mudar o Brasil para melhor, por um país mais justo e de oportunidade para todos”.

Nas eleições deste ano está em jogo o destino do país. O eleitorado decidirá em outubro vindouro se quer continuar percorrendo o caminho das transformações políticas e sociais, sob a liderança da presidenta Dilma, candidata à reeleição, ou se aceitará o retrocesso representado por uma das candidaturas oposicionistas. O ponto de partida para conquistar o voto popular é o debate programático de grande envergadura, em que ganha importância a defesa do legado de conquistas dos governos liderados por Lula e Dilma nos últimos 11 anos.

Os comunistas brasileiros estão totalmente engajados na campanha pela reeleição da presidenta Dilma, em todos os estados. Participarão de todas as ações da campanha e levarão ao povo as diretrizes programáticas aprovadas na convenção nacional eleitoral realizada no final de junho.


Fonte: Vermelho

Está próxima a Conferência Nacional da Campanha Salarial dos Bancários 2014

Bancários de todo o país participam de mais uma Conferência Nacional para definir a estratégia e a pauta de reivindicações da Campanha de 2014, que será realizada entre os dias 25 e 27 de julho no hotel Bourdon Atibaia, interior de São Paulo. O encontro contará com 635 delegados eleitos em todo país, além de 61 observadores.  

A conferência terá participação de especialistas externos para discutir os grandes temas deste ano. Os temas serão aprofundados em reuniões de quatro grupos que discutirão estratégia da campanha. 

O grupo 1 vai debater sobre emprego (corte de postos de trabalho, rotatividade e terceirização); o grupo 2 discute sobre reestruturação produtiva no sistema financeiro (banco do futuro, correspondentes bancários e bancos pelo celular), o grupo 3 trata de remuneração (aumento real, plano de cargos e salários, piso salarial e Participação nos Lucros e Resultados) e o grupo 4, sobre saúde e condições de trabalho (metas, assédio moral e segurança bancária).

Conferência Interestadual da Bahia e Sergipe 

A 16ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Bahia e Sergipe acontecerá nos dias 19 e 20 de Julho (sábado e domingo), no Hotel Porto Bello (Ondina), em Salvador. No encontro, os bancários da base da Federação debaterão conjuntura, estratégias de luta e reivindicações para a Campanha Salarial 2014.

As propostas aprovadas serão levadas para a 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de julho, no Hotel Bourbon Atibaia, interior de São Paulo. Na Conferência Interestadual, serão eleitos os delegados da base da Bahia e Sergipe que participarão do evento nacional.

Justiça condena BB por expor gerentes à cobrança abusiva de metas no Piauí

A Justiça condenou o Banco do Brasil em R$ 5 milhões por expor gerentes à cobrança abusiva de metas, através de mensagens por celular e e-mail. O banco também está obrigado a contratar profissionais especializados em saúde mental no trabalho, para elaboração de diagnóstico sobre as condições organizacionais. 
A sentença foi dada pelo juiz Adriano Craveiro Neves, da 4ª Vara do Trabalho de Teresina. Cabe recurso da decisão ao Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI).
O BB foi processado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que iniciou as investigações em janeiro de 2013, após denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários do Piauí, que alegava que os funcionários adoeciam por causa de pressões sofridas no ambiente de trabalho.
Pelo menos quatro funcionários foram afastados das atividades com diagnóstico de síndrome de burnout, uma espécie de exaustão emocional ou estresse, que pode levar a incapacidade temporária ou até definitiva do trabalhador.
De acordo com a procuradora do Trabalho, Maria Elena Rego, que é autora da ação, os gerentes eram submetidos a pressões psicológicas muito além do limite do suportável. "O banco adotou um sistema baseado no medo e no terror. Por isso os empregados desenvolveram doenças físicas e psíquicas. Com essa sentença, o judiciário piauiense demonstra seu compromisso com os princípios trabalhistas e os direitos fundamentais do trabalhador".
Fonte: MPT via Feeb-Ba-Se

Atuação do Conselho de Comunicação da Bahia se torna referência

A experiência de criação e funcionamento do Conselho de Comunicação Social da Bahia foi apresentada durante audiência pública promovida pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação (Frentecom), com a participação de movimentos sociais e representações do Congresso Nacional, no dia 1/7, no Senado Federal, em Brasília.
A secretária de Comunicação Social em exercício, Marlupe Caldas, participou da audiência e destacou as características do Conselho de Comunicação Social da Bahia. Ela relatou que o Conselho regional equilibrou sua composição, conseguindo paridade entre representantes das empresas de comunicação e dos movimentos sociais.
Aprovada pela Assembleia Legislativa, o Conselho baiano contribui com sugestões para a construção da política de comunicação social do estado. O modelo foi elogiado pela presidente da Frentecom, deputada Luiza Erundina, pelo vice-presidente do Conselho de Comunicação Social, Fernando Cesar Mesquita, pelo professor da Unb, Venicio Lima, além da presidente do Conselho da Ebc, Ana Luiza Fleck Scribo.
As representações na audiência apontaram que a experiência baiana pode servir de modelo para o debate sobre a nova composição do Conselho Nacional de Comunicação Social, garantindo maior representatividade na escolha dos conselheiros.
Fonte: Secom-BA via Feeb-Ba-Se

Brics chegam a consenso para criação de um banco de desenvolvimento

Os cinco países que formam os Brics chegaram a um amplo consenso sobre a criação do banco de desenvolvimento de 100 bilhões de dólares, embora algumas diferenças permaneçam, afirmou um diplomata chinês na segunda-feira (7) antes da reunião de cúpula no Brasil na próxima semana.

O novo banco vai simbolizar a crescente influência das economias emergentes na arquitetura financeira global, há muito dominada pelos Estados Unidos e pela Europa através do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem assinar um tratado para lançar oficialmente o banco quando se reunirem em Fortaleza (CE), no dia 15 de julho.

As negociações para criar o banco se arrastam por dois anos, com alguns membros se opondo ao desejo da China de ter uma participação maior no banco, por meio de mais capital.

Um funcionário sênior do governo brasileiro havia dito em maio que as cinco nações do Brics estavam abertas a concordar em financiar o banco da mesma forma, dando-lhes os mesmos direitos.

Falando a repórteres antes da cúpula, o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Li Baodong, disse que estava otimista.

"No banco de desenvolvimento dos Brics, todas as partes têm amplo consenso sobre esta questão. Claro que existem algumas diferenças e diferentes pontos de vista sobre questões técnicas", disse Li.

"Estamos plenamente confiantes de que podemos chegar a um consenso e criar o banco de desenvolvimento dos Brics nesta reunião", acrescentou.

"Neste tipo de problema técnico, os membros devem estabelecer um consenso através de consultas amigáveis", disse Li, referindo-se à emissão de ações do banco.

O banco terá de ser ratificado pelos Parlamentos dos países e poderia começar a emprestar em dois anos, segundo informações dadas pelo funcionário brasileiro à Reuters.
Fonte: Brasil 247 com Reuters via Feeb-Ba-Se

Deputados vão discutir medidas para reduzir acidentes de trabalho

O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, Amauri Teixeira (PT-BA), informou na quinta-feira (3/7) que vai coletar assinaturas para discussão, no plenário da Casa, de medidas para redução do número de acidentes de trabalho no Brasil.
Números do Ministério da Previdência Social indicam que, a cada hora, ocorrem três acidentes de trabalho no país. Segundo Teixeira, levantamentos do governo mostram que, por ano, o número de acidentes de trabalho registrados chega a quase 700 mil.
Durante debate nesta quarta-feira na comissão, o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho na Bahia, Carlos Roberto Dias, alertou que, apesar da alta ocorrência de acidentes “existem pelo menos mil [auditores de trabalho] a menos do que o necessário no país”. Dias explicou que o Brasil é signatário de acordo firmado na Organização Internacional do Trabalho (OIT) que prioriza a fiscalização das condições de segurança dos trabalhadores.
De acordo com o coordenador-geral de Fiscalização do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Fernando Vasconcelos, atualmente, menos de 3 mil auditores atuam na área e que este ano, pouco mais de 100 empresas foram fiscalizadas, enquanto, entre 2010 e 2013, o número de empreendimentos auditados superou 40 mil empresas.
Pelos dados da OIT, a cada ano, 2 milhões de pessoas no mundo morrem em decorrência de doenças relacionadas ao trabalho e mais de 320 mil morrem em acidentes de trabalho. O governo brasileiro considera estatísticas segundo as quais cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) são gastos no atendimento a esses acidentados nos países em desenvolvimento.
No Brasil, considerado o quarto país em número de mortes por acidentes de trabalho, segundo o Ministério da Saúde, os gastos giram em torno de R$ 70 bilhões por ano.
Entre as ocorrências mais comuns citadas durante o debate de hoje, estão fraturas, luxações, amputações e mortes. No rol de doenças, foram destacadas as lesões por esforço repetitivo e transtornos mentais e comportamentais em função de situações de estresse e ansiedade.
Fonte: Agência Brasil via Feeb-Ba-Se