segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Ibope: Avaliação da gestão Temer é trágica nas cinco maiores capitais


  

A mágica começa com o privilégio dado ao Ótimo/bom e o esquecimento, muito sintomático, do outro lado da tabela, onde se lê as palavras “Ruim/Péssimo”. Por demais acrobática ou contorcionista, a leitura da Globo destaca, por exemplo, que 8% dos entrevistados em Salvador avaliam o governo Temer como Ótimo/Bom.

Ocorre que na outra extremidade do espectro, se localizam 53% da população de Salvador que entende que o governo Temer é Ruim/Péssimo. Com muita singeleza e neutralidade, o texto da Globo resume a situação:

“A avaliação do governo do presidente Michel Temer (PMDB) como ‘ótimo’ e ‘bom’ varia de 8% a 19% nas capitais, segundo pesquisas Ibope realizadas nesta semana e na semana passada. (...)
O maior índice de aprovação à administração de Temer é registrado em Manaus: 19% a classificam como ótima ou boa.

Já em Salvador e em Aracaju, 8% dos eleitores classificam sua gestão como ótima ou boa – o menor índice entre todas as cidades.”

A leitura correta dos dados, destacando o que neles é mais digno de nota, tem que se prender exatamente ao inverso do peixe vendido pela Globo. A interpretação dos dados com isso pintará um retrato totalmente diverso:

- Nas cinco capitais de maior população do país, a rejeição (Ruim/Péssimo) ou a indiferença (as avaliações que optaram pelo “Regular”) ao governo Temer, variam entre 77 e 82%.

- Nas três maiores capitais do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), os que avaliam o governo como Ótimo/Bom estão na média de 12.5%, que é baixíssima. Já os que avaliam como Ruim/Péssimo chegam a elevada média de 43.3%.

- Somadas, as três maiores capitais do país apresentam 79.6% de indiferença ou rejeição ao governo Temer.

- Nas duas maiores capitais do Nordeste, repete-se a mesma coisa: indiferença ou rejeição de 79.5%.

Tudo indica, pelo desmonte brutal das políticas sociais que estão sendo implementadas pelo governo, pela destruição que pretende operar sobre as leis e estruturas já históricas de direitos do trabalhador no país, e das mudanças na previdência e nas aposentadorias, que passam a estar desvinculadas do salário mínimo, que os números acima só podem continuar subindo, e vertiginosamente.

Não há no horizonte nada que indique uma inversão de sinais, que permita crer que os “indiferentes” tenderão a avaliar, num futuro próximo ou distante, o governo Temer como Ótimo/Bom. Ao contrário, esse número só terá estímulos para crescer. A mesma coisa para aqueles que ficam no “não sabe/não respondeu”, que na tabela acima não foram computados. Esses também tenderão a saber e a responder em breve, e negativamente.

Enfim, assim que o milagreiro Temer fizer os cegos enxergarem, a coisa vai ficar muito pior para seu governo.

A situação é mais trágica por não se tratar do enterro de um governo de oito anos, como no caso de FHC, que saiu com a taxa de aprovação (Ótimo/Bom) em 8%. O caso de Temer é de um governo que já inicia, que dá seus primeiros passos, como um governo ruim em final de dois mandatos. Enfim, Temer é o novo muito envelhecido e que, tudo indica, não terá tempo para tentar se repaginar.
Fonte: O Cafezinho via Vermelho

Papa diz que Brasil vive momento triste e não sabe se voltará em 2017


  
O papa esteve no país em 2013, presenciando a Jornada Mundial da Juventude, quando cogitou a possibilidade de retornar no ano que vem.

"Estou contente de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos jardins. Em 2013, havia prometido retornar ao Brasil. Não sei se será possível, mas, pelo menos, agora estou mais perto dela (da santa) aqui", afirmou.

Ainda pediu que as pessoas rezem "para que Nossa Senhora Aparecida continue protegendo todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste".

No mês passado o papa Francisco escreveu uma carta de apoio à ex-presidente Dilma Rousseff, ainda que não fosse divulgado o conteúdo da comunicação.
 

 Fonte: GGN via Vermelho

90% são favoráveis a proposta em consulta sobre novas eleições


Foto: Gustavo Henrique Munhoz
  
A emenda "Insere artigo no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para prever a realização de eleições presidenciais simultaneamente às eleições municipais de 2016."

Pela PEC, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será o responsável pela convocação e regulamentação do plebiscito, ao qual o eleitor deverá responder “sim” ou “não” para a seguinte pergunta: Devem ser realizadas, de imediato, novas eleições para os cargos de presidente e vice-presidente da República?

Até às 21 horas deste sábado, o portal registrava 99.643 a favor e 10.698 contra. Os cidadãos podem se manifestar, opinando no Link do e-Cidadania na página do Senado Federal


De acordo com a PEC, se o número de votos em favor da realização de novas eleições imediatas for igual ou superior à maioria dos votos válidos, o TSE convocará o novo sufrágio para 30 dias após a proclamação do resultado do plebiscito. Pelo texto, o mandato dos eleitos finaliza em 31 de dezembro de 2018.

A iniciativa do plebiscito segue a mesma linha de proposições elaboradas por um grupo de senadores que, recentemente, apresentou outra proposta, a PEC 20/2016, que prevê novas eleições presidenciais em outubro deste ano.

"A consulta no portal funciona como uma espécie de escuta. Pode servir para o Senado se sintonizar com a vontade da população de mudar os rumos da administração. A opinião dos cidadãos pode servir como uma pressão popular, já que muitos senadores disseram que iam esperar a opinião das pessoas para se posicionar", disse Walter Pinheiro, autor da PEC.
 

Com informações do Jornal do Brasil via Vermelho

A mídia golpista e a repressão às manifestações contra o golpe

A imagem da televisão era reveladora e constrangedora. Uma equipe de reportagem da Globo News acompanhava, ao vivo, em São Paulo a repressão à manifestação ocorrida, na noite do fatídico dia 31 de agosto, contra o golpe. Protegido pela tropa de choque da PM, o repórter narrava o empenho dos manifestantes em escapar da "caçada policial" pelas ruas do centro da capital paulista. E bradava: são “arruaceiros” e “baderneiros”.

A imagem dava o tom que define o lado ocupado pela mídia hegemônica golpista no cenário político – o de cão de guarda da elite, da oligarquia, da direita que investiram contra a democracia, conspiraram e depuseram a presidenta Dilma Rousseff, que não cometeu crime de responsabilidade.

Na sexta-feira (02) os jornalões que defendem os interesses da elite plutocrática confirmaram em editoriais aquela opção pela violência e foram além – querem mais repressão! Mais ação policial contra os democratas que não aceitam que a Constituição seja jogada na lata do lixo, em Brasília, com a consumação do golpe de Estado, ou nas ruas do Brasil, com a repressão aos protestos.

Milhares de pessoas saíram às ruas revelando a profunda rejeição ao presidente ilegítimo e golpista Michel Temer – 68% dos brasileiros não o querem à frente do governo e exigem eleições diretas já.

A Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo uniram-se ao abjeto coro antidemocrático que clama por mais repressão; querem mais sangue e violência para amedrontar os protestos que bradam Fora Temer!

A direita emprega a palavra “baderna” para tentar justificar a repressão violenta. Atribui sua direção a Dilma Rousseff e aos partidos de esquerda – e vociferam contra a presidenta eleita que não se curvou nem se abateu e, em seu último pronunciamento, deu o nome correto para a ilegalidade cometida contra ela: golpe de Estado. Encarou como uma declaração de guerra a grandeza, honradez e espírito de luta da presidenta que depuseram mas não se rendeu.

O clamor dos grandes jornalões da direita por mais repressão disfarça mal o temor conservador ante a resistência popular e democrática.

Temor confessado por O Estado de S. Paulo com palavras mistificadoras usadas naquele editorial que tem um título significativo: A baderna como legado. Escreveu: “O que está acontecendo nas ruas - mas também em repartições públicas e universidades - é extremamente preocupante (...) porque pode ser o prenúncio de uma grave disruptura política e social cuja simples possibilidade é preciso exorcizar”.

Esse temor tem razão de ser – a resistência e a luta popular e democrática contra o golpe crescerão e podem ganhar aspectos “disruptivos” (para usar linguagem semelhante à do editorial), ainda mais quando os democratas e a esquerda se unem pela democracia e avanços sociais e políticos.

Os jornalões só vêem uma maneira para “exorcizar” (para continuar falando como eles) a luta popular e democrática: a mesma tradicionalmente usada por ditaduras e regimes antidemocráticos: a repressão policial violenta e desmedida.

Repressão que foi vista em todas as capitais e grandes cidades onde o povo saiu às ruas contra o golpe e para proclamar “Fora Temer”, "não vai ter arrego!", e por novas eleições.

A repressão policial foi violenta. E o que a televisão mostrou em São Paulo foi somente um exemplo intolerante da ação dos governos estaduais controlados pela direita fiel ao ilegítimo presidente golpista.

Contra a repressão e a ilegalidade do golpe o recado dado pelos democratas foi direto – a luta não vai parar. O presidente ilegítimo tentou desqualificar a resistência como se fosse um “movimentozinho”. É a ilusão de quem deseja passar a impressão de força. Ao contrário, o movimento que ocupa as ruas e desafia a repressão violenta é grande. E é só o começo; seu potencial para crescer não é desprezível, como assinala a norte-americana Time Magazine! Crescerá movido pela palavra de ordem que está na boca e no coração do
s democratas: Fora Temer!


    Fonte: Vermelho

    "Fora, Temer": Mais de 100 mil nas ruas contra o golpe

      

    Convocados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, os atos repudiam o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff e exigem a realização de eleições gerais.

    Em São Paulo, o protesto reuniu cerca de 100 mil pessoas na Avenida Paulista, que foi tomada por manifestantes que empunhavam cartazes e faixas denunciando o golpe contra a democracia.

    Os manifestantes saíram em marcha da Paulista até o largo da Batata, na zona oeste. O protesto foi pacífico, até que, ao final, policiais militares soltaram bombas contra os manifestantes.

    A declaração de Temer, que, ao comentar os protestos, disse que se tratava de um movimentozinho, foi repelido pelos manifestantes. Tanto essa afirmação como a do seu ministro tucano José Serra, que chamou os atos de "mini mini mini", foram alvos de respostas em cartazes irreverentes.

    O evento contou ainda com a participação de diversas personalidades políticas e artísticas como o cartunista Laerte Coutinho, Eduardo Suplicy e a atriz Letícia Sabatella.

    Em entrevista ao Mídia Ninja, a cartunista Laerte afirmou: “Acho que muita gente ainda está na posição de retomar o curso do mandato da presidenta Dilma, que foi também uma das pessoas que propôs uma consulta popular na direção de uma eleição geral”.

    O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) participou do ato em São Paulo. “Estamos aqui porque São Paulo está virando o centro da resistência contra o governo Temer. A direita dizia que aqui era deles, e o que estamos vendo são passeatas quase que diárias. Agora, pela forma com que [tem agido] a Polícia Militar, do governo Alckmin, mas organizado com Temer, porque a gente sabe que o Alexandre Moraes, ministro da Justiça, era o secretário de Segurança de São Paulo então, todos eles querem na verdade assustar as pessoas”, disse Lindbergh.

    "Hoje é mais uma mobilização popular pelo Fora Temer exigindo Diretas Já, eleições para presidente do país, e defendendo nossos direitos", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, em entrevista à Agência Brasil. "Queremos reafirmar também nosso direito à manifestação. É escandaloso o que foi feito pela Polícia Militar e pela Secretaria de Segurança, não só aqui [em São Paulo], nas manifestações dessa última semana".

    O governador tucano ameaçou impedir o ato deste domingo, chegando até a, com autorização de Temer, usar as Forças Armadas para impedir o ato. Durante toda a semana, manifestantes foram violentamente agredidos pela ação da Polícia Militar, o que não intimidou os protestos.

    Na sexta-feira (2), a secretaria de Segurança do governador Geraldo Alckmin recuou e após reunião com organizadores e o prefeito Fernando Haddad, o protesto foi liberado.

    No Rio, a concentração do ato foi em Copacabana e terminou no Canecão, em Botafogo. O prédio abriga atualmente os ativistas do movimento #OcupaMinc, desde que o então governo interino de Temer decidiu extinguir o Ministério da Cultura e fundi-lo à pasta da Educação.

    Em Curitiba, o ato iniciou na Praça 19 de Dezembro. Em Salvador, os manifestantes fizeram ato na região do Farol.

    Confira as imagens do ato em São Paulo:



















    Abaixo, vídeos publicados pela Mídia Ninja, que mostram a repressão policial, já no final do ato. Durante a manifestação, um dos gritos de guerra era, justamente: "Que coincidência, não tem polícia, não teve violência". 






     


    Do Portal Vermelho