sábado, 19 de janeiro de 2013

O Som ao Redor e os grilhões que o mercado impõe ao cinema



Nos últimos dias, um fato vem chamando a atenção da cena cultural brasileira: o sucesso do filme pernambucano O Som ao Redor. Com orçamento de R$ 1,8 milhão, o primeiro longa-metragem do diretor Kleber Mendonça Filho foi gravado em 2010 e estreou recentemente em apenas 13 salas de cinema do país – em muitas delas, precisa dividir espaço com outras atrações. 

Por Samir Oliveira, em Sul21


No final de semana de estreia, já conquistou uma média de público superior a de muitas megaproduções nacionais e estrangeiras, atingindo a marca de 840 espectadores por sala. A cifra ultrapassa o mais recente blockbuster nacional, a comédia De Pernas para o Ar 2, que está presente em 718 salas e possui uma média de 718 espectadores por local.

A imensa repercussão do filme o tem feito galgar mais espaço, com novas salas recebendo a produção no país. Em Porto Alegre, estreou na sexta-feira (18), no Espaço Itaú, no shopping Bourbon Country, e na Sala Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana.

O Som ao Redor é o primeiro longa de Kleber Mendonça Filho. Mas foi um intenso caminho até se chegar a conquistar acesso junto ao grande público nacional – algo que ainda está sendo feito. De janeiro de 2012 a janeiro de 2013, O Som ao Redor passou por 40 festivais internacionais e sete nacionais. Logo no início, a primeira estreia em uma competição já se mostrou vitoriosa, com a conquista do prêmio de melhor filme pela Federação Internacional de Críticos, no Festival Internacional de Rotterdam, na Holanda, em janeiro de 2012. A partir daí, foram dezenas de prêmios, até que, no dia 14 de dezembro, o New York Times incluiu O Som ao Redor entre os dez melhores filmes do ano. Foi a única produção brasileira a figurar na lista do crítico de cinema A. O. Scott, que escreve para o jornal.

No mesmo dia em que saiu a lista do New York Times, o cineasta André Sturm publicou um artigo na Folha de São Paulo cobrando maior democratização das salas de cinema do Brasil. “No dia 15 de novembro, estreou a última parte da saga Crepúsculo no país. O filme entrou em 1.213 salas ao mesmo tempo. Afinal, tantas pessoas querem ver o filme? Essa quantidade de salas é algo realmente necessário? O Brasil tem cerca de 2.200 salas. Ou seja, um único filme ocupa cerca de 60% dos cinemas do país!”, criticou.

No texto, o ex-diretor do Cine Belas Artes defendeu mecanismos de regulação do Estado para que se desmantele o monopólio na exibição dos filmes. “Quem quer ir ao cinema é quase empurrado para ver um desses títulos. Não é o caso de pedir a ação dos órgãos que deveriam garantir a concorrência, que deveriam evitar o monopólio, a concentração?”, questionou.

“Mercado impõe papel aos filmes”, critica Kleber Mendonça
Para o diretor de O Som ao Redor, Kleber Mendonça Filho, o longa está conquistando espaços, mas ainda está dentro de um “cercadinho cultural limitado pelo mercado”. O cineasta entende que o mercado cinematográfico brasileiro impõe papéis às produções, escolhendo quais seriam adequadas ao grande público.

“Tem essa coisa do papel que é designado a um filme como O Som ao Redor, como se fosse somente um filme para ser exibido em festivais. O mercado estabelece que o gênero da comédia estúpida, que vem principalmente do Rio de Janeiro, será lançado com muito dinheiro, com o apoio da Globo Filmes e necessariamente irá bem. E um filme como O Som ao Redor não teria espaço, por ser autoral. Precisamos entender qual a régua que usamos para medir o sucesso de um filme no Brasil. Há uma discussão ainda muito subdesenvolvida em relação à forma como o mercado impõe papeis aos filmes”, provoca.

Feito inteiramente com verbas públicas, através de editais de incentivo à cultura federais e locais, O Som ao Redor contou com um investimento de apenas R$ 190 mil para seu lançamento – os gastos incluem cópias, distribuições e cartazes. Kleber Mendonça Filho diz que não acredita em “publicidade artificial” para os filmes. “Não acredito e não levo a sério a publicidade comprada a peso de ouro para gerar valor artificial em um filme. O Som ao Redor teve uma publicidade que o dinheiro não compra”, compara, referindo-se à divulgação boca a boca feita de forma espontânea pelo público e ao reconhecimento em festivais e na mídia estrangeira.

O diretor critica o modo como a Globo Filmes opera no Brasil. Braço das Organizações Globo voltado ao cinema, a empresa promove os filmes que apoia ou produz através do merchandising em programas de televisão da emissora, vetando a divulgação de títulos com os quais não possui parceria. “Isso é nefasto e injusto. O monopólio é muito claro e quem não faz parte dele não tem o mesmo tipo de exposição. Há inúmeros mecanismos de se promover um filme pela Globo Filmes. O principal deles é personagens de uma novela da emissora comentarem quão bom é o filme que acabaram de assistir, por exemplo”, explica.

Kleber Mendonça Filho conta que a assessoria de imprensa de O Som ao Redor chegou a propor à produção do Programa do Jô, da Rede Globo, uma entrevista sobre o longa. “Suspeito que (o filme) é algo que faz parte dos temas que ele aborda em seu programa. Mas a entrevista foi negada. Se fosse um filme da Globo Filmes, será que eu não estaria no Programa do Jô?”, questiona.

O diretor defende a adoção de políticas públicas que assegurem espaço e incentivo ao cinema nacional independente. “Existem várias experiências que vêm dando certo em outros países. Na Argentina, cópias de filmes estrangeiros são taxadas e o dinheiro arrecadado com esse imposto vai para a produção do cinema nacional. Na França, em 1998, o Titanic destinou mais de R$ 20 milhões à produção nacional do país. Isso é absolutamente correto e inteligente. Mas, para que isso ocorra no Brasil, é necessário vontade política para peitar um sistema baseado em milhões e milhões de dólares”, comenta.

O cineasta considera que deveria haver uma reação maior do público ao loteamento das grandes salas de cinema por mega produções estrangeiras e nacionais. “O público deveria reagir a isso, mas as pessoas estão cada vez mais adestradas pelo mercado, acabam assistindo determinados filmes sem nem saberem por quê”, lamenta.

Produção independente vem crescendo no Brasil, dizem especialistasPara a coordenadora do curso superior de Tecnologia em Produção Audiovisual da PUCRS, Aleteia Selonk, a produção de filmes independentes vem crescendo no Brasil. Ela acredita que o sucesso de O Som ao Redor serve como estímulo a outros realizadores.

“Nos últimos anos, temos visto um número muito maior de lançamentos de títulos nacionais independentes. Ainda que outros não tenham conseguido a projeção de O Som ao Redor, a quantidade de produções ajuda a firmar o potencial brasileiro nesta área, sensibilizando o público e formadores de opinião”, comenta.

Aleteia entende que o sucesso do longa de Kleber Mendonça Filho intensifica o debate em torno da democratização das salas de cinema. “O resultado de O Som ao Redor é uma comprovação de que quando esses títulos ficam mais disponíveis, com boas salas e bons horários, o público tem a chance de corresponder”, comemora.

Ranking dos longas nacionais com maior bilheteria entre 2000 e 2012, de acordo com o site especializado www.filmeb.com.br | Divulgação/FilmeB

A professora sustenta que há um hiato entre a crescente produção audiovisual independente no país e a disponibilidade do circuito exibidor. “O circuito exibidor no Brasil não conseguiu se integrar de maneira mais democrática ao movimento de fortalecimento da produção audiovisual nacional, que vem ocorrendo entre realizadores, poder público, patrocinadores e formadores de opinião. A exibição, que é o terceiro elo na cadeia, precisa se conectar mais profundamente com o momento promissor que vivemos”, defende.

A professora do curso de Realização Audiovisual da Unisinos, Flávia Seligman, também observa que a produção nacional independente está em ascensão. “Estão surgindo trabalhos de extrema qualidade, mais modestos em termos de verbas, mas muito bons. Não existe uma fórmula mágica (para o sucesso): ou se investe em uma baita divulgação na exibição de um filme como Crepúsculo, por exemplo, ou se faz um filme bom”, comenta.
Flávia Seligman diz que é preciso uma ação do Estado para garantir espaços de exibição ao cinema nacional. “Não temos um espaço decente para o filme nacional porque as grandes distribuidoras dominam o mercado de exibição. Por isso o GNC está fechado com a Warner, que manda passar os filmes”, critica.

Caio Blat criticou atuação da Globo Filmes no ano passado, mas depois pediu desculpas
No primeiro semestre de 2012, o ator global Caio Blat participou de um encontro com produtores culturais e artistas na cidade de Suzano, no interior de São Paulo. A atividade, que foi gravada e promovida pela Secretaria de Comunicação Social da prefeitura local, foi disponibilizada no YouTube no dia 17 de julho.

No vídeo, questionado pelo público presente, observou que a produção dos filmes se democratizou no país com a chegada das câmeras digitais. Mas ressaltou que a distribuição “ainda é absolutamente predatória”. “É um monopólio, são pouquíssimas empresas distribuidoras e o que elas fazem é absolutamente cruel. Elas não fazem os filmes crescerem, pelo contrário, sugam toda a energia do filme para elas. São grandes corporações”, qualificou.

O ator contou sua experiência como produtor nos últimos dois longas que havia feito. “Aí eu descobri como a coisa estava acontecendo na hora da distribuição. Era uma coisa que me deixou enojado mesmo, me deixou horrorizado”, disse.

Caio Blat se disse surpreso ao descobrir que as ações de divulgação do filme em programas da Rede Globo eram, na verdade, ações de merchandising pagas pela Globo Filmes. “Eu sempre ia para a Globo divulgar os filmes que fazia. Eu ia no Video Show, no programa do Serginho Groissman (Altas Horas) e achava que era um trabalho natural de divulgação. Aí eu descobri que essas coisas são pagas, que são consideradas uma ação de merchandising. A TV Globo faz uma ação de merchandising do filme e apresenta uma fatura para a Globo Filmes pagar. Ela cobra dela mesma”, declarou.

O ator comentou que, caso a obra não conte com o apoio da Globo Filmes, “nenhum programa (da Rede Globo) irá falar dele, nem programa jornalístico, nem de cultura”. “Se você não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu. Não vai aparecer na Rede Globo, nas revistas da Editora Globo, seu filme vai ficar alienado”, criticou.

Na conversa, Caio Blat explicou que, ao firmar uma parceria com a Globo Filmes, a equipe de um longa-metragem passa a se tornar credora da empresa. “Eles dizem: ‘vou fazer um investimento enorme em você, só que cada vez que um ator seu aparecer em um programa da casa, você me deve um milhão.’”

O ator detalhou como seriam feitos os contratos. De acordo com Caio Blat, a Globo Filmes demanda que o rendimento da obra na bilheteria seja repassado à empresa, como forma de pagar pela divulgação conquistada na emissora. “Quanto que a Globo gastou para fazer investimento no filme? Nada, porque os programas (de televisão) acontecem todos os dias, precisam de alguém para ser entrevistado. Então o seu filme faz R$ 1 milhão e você já está devendo R$ 4 milhões (para a Globo). É uma forma que eles fazem para que o dinheiro não saia dali, para que ninguém consiga ganhar nada”, denunciou.

Com a intensa repercussão do vídeo com essas declarações, o ator divulgou uma carta no dia 30 de julho, na qual pedia desculpas à Globo Filmes. “Falei sobre diversos assuntos, fiz uma retrospectiva da minha carreira e, em determinado momento, instigado pela audiência sobre o porquê de muitos filmes não chegarem até as salas de cinema das cidades pequenas, proferi uma crítica feroz ao sistema de distribuição das grandes distribuidoras de cinema. Nessa crítica, (…) de forma impulsiva, acabei avançando sobre temas dos quais não tinha conhecimento suficiente, misturei questões pertinentes e importantes com outras tantas generalizações, e acabei atingindo quem estava mais perto, ou seja, a Globo Filmes, parceira prioritária do cinema nacional, de forma injusta”, justificou.

Na época, Caio Blat disse que iria interpelar judicialmente a prefeitura de Suzano para que retirasse o vídeo do ar, mas o material ainda pode ser encontrado no YouTube. O ator alegou tomar a medida para preservar sua imagem e a imagem das empresas onde trabalha.

Na carta de desculpas à Globo Filmes, Caio Blat reiterou a parceria que mantém com a empresa. “Deixo aqui meu pedido pessoal de desculpas, e reafirmo meu compromisso com os projetos que temos em parceria para futuros lançamentos e meu reconhecimento pelo trabalho generoso da Globo Filmes na promoção do cinema brasileiro.”
:
Assista ao trailler do filme O Som ao Redor


Fonte: Vermelho

Morto há cem anos, autor de "O Cortiço" ainda instiga


Quando você leu Aluísio Azevedo pela última vez? Se já saiu da escola há alguns anos, é bem provável que nunca mais tenha passado os olhos por qualquer texto do autor de "O Cortiço" -ou mesmo que o confunda com outros Azevedos ilustres da literatura brasileira do século 19: Artur (de quem era irmão) e Álvares.

Por Marco Rodrigo Almeida, em Folha de S.Paulo


Não se trata de um azar específico de Aluísio (1857-1913), cuja morte completa cem anos nesta segunda, dia 21.

Quase todos os autores brasileiros do século 19 -Machado de Assis é a maior exceção- são mais próximos do universo escolar e acadêmico, lidos mais por pesquisadores e estudantes. São o que se costuma chamar de "autores de vestibular".

"Machado é o maior, mas um galo sozinho não tece uma manhã. Não há motivo para um brasileiro não ler Aluísio Azevedo", diz Luiz Dagobert de Aguirra Roncari, professor de literatura brasileira da USP.

Houve um tempo, contudo, em que Aluísio ofuscou até mesmo Machado (1839-1908). Em 1881, ambos publicaram obras fundamentais. Machado lançou "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e Azevedo, "O Mulato".

Enquanto as inovações do primeiro tiveram repercussão discreta na época, o segundo, de linguagem crua, mais explícito em seu retrato do preconceito, da corrupção do clero e do desejo sexual, gerou escândalo e sucesso.

Nos anos seguintes, produziu outros livros importantes, como "Casa de Pensão" (1884) e "O Cortiço" (1890), este último sua obra-prima, conhecido, mesmo que de orelhada, por quase todo mudo que já passou pela escola.

Com esses três livros, Aluísio firmou-se como o principal expoente nacional do naturalismo, escola literária fortemente influenciada por teorias científicas, como o evolucionismo, que procura retratar fielmente a realidade.

Por suas qualidades, e também pelas controvérsias que desperta, sua obra, longe de engessada, segue bastante viva.

"'O Cortiço' é excepcional. Tem grande consistência estética e inaugurou um novo tipo de romance urbano no Brasil", afirma Paulo Franchetti, professor da Unicamp.

Alegorias
O principal romance de Aluísio retrata a vida de trabalhadores miseráveis que coabitam um cortiço no Rio do fim do século 19. No centro da trama está o comerciante português João Romão, que não mede esforços para enriquecer.

Em "De Cortiço a Cortiço", famoso ensaio que dedicou ao livro, Antonio Candido argumenta que Aluísio, mesmo tendo se inspirado na obra do francês Émile Zola, deu cor local à trama, criando uma alegoria do Brasil, do conflito entre as classes e do nosso capitalismo primitivo do final do século 19.

O ensaio destaca o pioneirismo do romance ao retratar a menstruação e o lesbianismo.

Mas Candido também aponta alguns problemas e chavões, de certa forma característicos do naturalismo. O clima e a mestiçagem são encarados como causa da miséria e desgraça dos personagens.

"Aluísio teve o mérito de colocar a miséria em cena, mas alguns aspectos ficaram datados. Com essa visão sobre o clima e a raça, as contradições sociais ficaram diluídas", avalia Cilaine Alves Cunha, professora de literatura da USP.

"É um livro complexo. Tem aspectos conservadores, mas, por outro lado, tanta densidade", afirma Franchetti.

"A epígrafe, por exemplo, cita uma fábula sobre são Francisco. Mas como isso se articula ao resto do livro? Ainda hoje é difícil de entender."


Fonte: Vermelho

Não à intervenção neocolonial da França no Mali


O secretário de Relações Internacionais do Partido dos Comunistas Italianos (PdCI), Fausto Sorini, emitiu nesta sexta-feira (18) uma nota repudiando a intervenção colonial francesa no Mali e o envolvimento da Itália nessa ação de guerra. Veja abaixo.


"Somos totalmente contrários à intervenção militar francesa no Mali e à decisão do governo italiano de dar apoio “logístico” às operações bélicas e ao envio de militares ao terreno. 

A decisão assumida pelo presidente “socialista” Hollande (que tinha avalizado a decisão de Sarkozy de fazer a guera contra a Líbia) se alinha com as tradições de intervencionismo neoimperialista das classes dominantes francesas e desmente uma vocação progressista que de maneira muito apressada e incauta foi-lhe atribuída por amplos setores da esquerda italiana e europeia.

Associamo-nos à crítica clara feita ao presidente Hollande pelos comunistas franceses e pela Frente de Esquerda. A ntervenção militar francesa não corresponde de nenhum modo à orientação do Conselho de Segurança da ONU e se destina a estender, e não resolver, as agudas contradições e a conflitualidade política de que a região é um ponto culminante (como se vê pelos enfrentamentos militares que também estão ligados à captura de centenas de reféns e ao massacre que se seguiu: o episódio que já envolveu a Argélia, agora com o risco de estender-se a outros países circunvizinhos, como o Niger).

O Mali é objeto de uma guerra civil onde, ao Norte do país, atuam componentes islâmcos radicais, que são uma consequência da desestabilização regional provocada pela guera contra a Líbia de Kadaff, e que foram alimentados pelo recente golpe no Mali que dividiu o país e radicalizou as facções em luta.

Nesta situação, a ONU autorizou uma intervenção pacificadora de capacetes azuis copostos exclusivamente de contingentes interafricanos; ao contrário, a intervenção unilateral francesa – que já recebeu o apoio da Otan – se insere arbitrariamente em tal contexto com finalidades meramente neocolonais, a retomada do controle da região e das riquezas (ouro, pedras preciosas, petróleo, urânio) de que o Mali é ditado.

O ex-presidente francês gaulista Valéry Giscard d'Estaing, em uma entrevista concedida em 13 de janeiro ao Le Monde, denuncia os riscos da intervenção e afirma que quer “pôr-se em guarda contra uma evolução da ação francesa no Mali, que seria de tipo neocolonialista”. Também os principais jornais argelinos acusam Hollande de reacender antigas veleidades coloniais da França.

A decisão do governo italiano de dar apoio político e militar “logístico” à intervenção francesa – governo demissionário que deveria estar encarregado apenas da administração! - viola o artigo 11º da Constituição, que repudia a guerra como instrumento de solução das controvérsias internacionais. É grave que não só o Polo da Liberdade [direita] e o polo centrista, mas também a direção do Partido Democrático [centro-esquerda] – consultados por Monti [primeiro-ministro demissionário] – tenha avalizado a escolha do governo, enquanto não se vê até agora nenhuma dissociação clara em relação a Grillo [ministro das relações Exteriores].

Um motivo a mais para convencer a opinião pública que se inspira nos valores da paz da nosa Constituição de quanto é importante dar força política – e uma consistente presença no Parlamento – às forças comunistas, de esquerda e democráticas que hoje se agrupam na chapa de Ingroia. Esta lista eleitoral deverá, a partir deste acontecimento, dar impulso a uma consolidação política e programática à própria orientação contrária à guerra e por uma política externa de paz na Itália, no espírito e na lera da nossa Constituição."

Traduzido do italiano pela redação do Vermelho

Palestina anuncia acordo unificador entre ANP e Hamas


A Autoridade Nacional Palestina (ANP) e a organização Hamas implantarão, no final do mês, um cronograma para a reunificação, como anunciaram nesta sexta-feira (18) meios de comunicação locais.


Reuters
Hamas Fatah
ANP e Hamas deverão se reunificar
Na reunião, realizada no Cairo nesta quinta-feira (17), as delegações dos dois movimentos coordenaram os mecanismos e as datas para colocar em vigor a reconciliação palestina, declarou, por telefone, um porta-voz diretamente do Cairo.

A coordenação abarca “o reinício dos trabalhos da Comissão Central Eleitoral na Faixa de Gaza o mais tardar no próximo dia 30”, disse o informante, que acrescentou que, em paralelo, serão retomadas as conversas para a formação de um governo de transição não partidário antes das eleições para os Conselhos Municipais.

Outra iniciativa inclui uma reunião da direção provisória da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), para a reincorporação desta ao Hamas, a entidade islâmica que governa a faixa, e a Jihad Islâmica.

O novo impulso conciliatório palestino surgiu no final de novembro passado, durante as três semanas de ataques navais, aéreos e terrestres israelenses contra a Faixa de Gaza, que mataram mais de 180 civis, a metade deles mulheres e crianças e deixaram cerca de dois mil feridos, de acordo com dados confiáveis.

Também coincide com a autorização para construir, na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, mais de seis mil casas para judeus e o confisco das receitas fiscais da ANP pelo governo israelense, ações feitas em represália pela elevação do status da ONU à condição de Estado observador não membro.

Com Prensa Latina via Vermelho

“Quando os governos se vendiam ao Clarín, os argentinos iam mal”


O vice-presidente argentino, Amado Boudou, declarou que, “enquanto muitos falam ou projetam com velocidade suas competências políticas pessoais, este governo atende às necessidades dos 40 milhões de argentinos com políticas públicas”. As afirmações foram feitas durante sua visita ao Porto Guaçu, em Missione, onde inaugurou as instalações de emergência do hospital “Marta Schwarz".


Clarín
Governo trava uma disputa com o Grupo Clarín para a implantação da Ley de Medios que impede o monopólio da comunicação
Boudou, que exerce as funções de presidente já que a presidenta Cristina Kirchner realiza uma série de visitas à Ásia, afirmou que o Executivo nacional “trabalha todos os dias tanto na conjuntura como nas estratégias a curto e largo prazo, sem se guiar pelas capas dos jornais”.

Ele declarou ainda que serão criadas mais de 150 casas em Iguaçu pelo programa federal Procrear. E lembrou que o projeto que está sendo implantado no país começou com Néstor Kirchner e continua com a presidenta Cristina Fernández de Kirchner. 

Neste sentido, lembrou que “quando os governos se vendiam aos mandos do Grupo Clarín e suas capas, 40 milhões de argentinas e argentinos estavam mal, mas nunca os poderosos”. 

Com informações da Telám via Vermelho

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

DESCASO E DISCRIMINAÇÃO * QUEM SE IMPORTA?



Pela minha condição de portador de necessidades especiais, sobrevivendo dignamente e trabalhando limitado a uma cadeira de rodas, me sinto discriminado e excluído dos direitos a nós outorgado pela lei, mesmo sabendo que muitos deles são de conhecimento de todos, e o que é pior, nem pagando para obter o mais trivial atendimento, sou por várias vezes destituídas do atendimento da forma mais humilhante possível. Foi assim quando solicitei uma corrida no veículo-táxi placa OKI-2327, lotado na praça do Shopping Jequitibá, em Itabuna – Bahia. O motorista simplesmente disse que não podia me conduzir.
Questionei o taxista perguntando porque o veículo-táxi estava na fila a espera de um cliente. Ele me falou que não levava a minha cadeira e mim  ignorou completamente, dando-me ás costas. Minu tos depois deixou a praça conduzindo outra pessoa que se aproximou logo depois solicitando a corrida, e novamente fui recusado a ser transportado por outro taxi  da mesma praça. Nesta praça já e a terceira vez que isto acontece,    ficando mais do que evidente que minha condição de deficiente tinha sido um fator fundamental para ter sido recusado como cliente.
Aliás, não é a primeira vez que isso acontece e nem será a ultima! Já sofri o mesmo constrangimento em outras praças de Itabuna, na Praça 06 no Centro da Cidade mesmo depois de ter denunciado e solicitado a diretoria do Sindicato da classe providências no sentido de orientar os condutores de veículos de aluguel a se situarem no quesito respeito. Cortesia e responsabilidade social. Mas parece que nada… Absolutamente nada foi feito. Hoje percebo a mancada que dei; procurei os líderes da matilha para corrigir os lôbos! Até quando os Cadeirante itabunenses ficarão sujeitos a grosseria, ao descaso, a discriminação e a humilhação patrocinadas por uma fatia de motoristas de táxi em Itabuna? Porque não podemos ser transportados mesmo pagando a corrida, as vezes até sutil e criminosamente majoradas? Se alguém desejar somar à minha indignação e puder ajudar, agradeço antecipadamente, porque pior do que se lamentar, é não ter a quem reclamar.
Napoleão José de Santana Filho *(73)  8818-7641.

e Vou Denunciar a todos Órgãos de Imprensa do Pais. Aguardem...

Intervenção no Mali leva guerra e mortes à Argélia


A intervenção militar francesa no Mali decidida há uma semana pelo presidente socialista François Hollande com o pretexto de combater o terrorismo e impedir o avanço dos grupos islâmicos para as regiões do Sul tropeçou em um desenlace dramático: um grupo islâmico que se reivindica com um braço da Al Qaeda proveniente do norte do Mali atacou uma planta de gás situada na localidade argelina de Amenas, ao sudeste do país e perto da fronteira com a Líbia. 

Por Eduardo Febbro, em Carta Maior


O comando da Aqmi (Al Qaeda no Magreb islâmico) sequestrou 41 pessoas, em sua maioria estrangeiros – norteamericanos (71), franceses (2), noruegueses (13) e japoneses – e reteve dentro da planta mais de 600 empregados argelinos.

O assalto inicial à planta de gás explorada pela companhia nacional Sonatrach, juntamente com a britânica British Petroleum e a norueguesa Statoil deixou um saldo de mortos, um britânico e um argelino. Mas 24 horas depois da operação lançada pelos homens da Aqmi, o exército argelino agiu para libertar os reféns. As informações sobre o saldo de vítimas ainda são confusas: a imprensa argelina fala da morte de 14 ou 49 pessoas, entre reféns e sequestradores. As agências internacionais falam de seis reféns e oito jihadistas mortos, mas a agência árabe ANI e o canal Al Jazeera asseguram que há 34 reféns mortos e 15 sequestradores. Seja como for, o governo argelino reconheceu que havia vítimas entre os reféns.

A operação montada pelos integrantes da Al Qaeda no Magreb islâmico está ligada à intervenção militar francesa no Mali realizada a partir de uma leitura muito parcial da resolução 2085 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que no dia 21 de setembro de 2012 aprovou o deslocamento de uma força da União Africana (UA). Um dos homens que participou da operação afirmou que ela foi realizada em represália contra a intervenção francesa no Mali. Os membros do comando disseram que pertenciam à brigada “Jaled Aboul Abbas, Mokhtar Belmokhtar”. Apelidado de “o Caolho”, ele é um dos chefes históricos da Al Qaeda no Magreb islâmico e introdutor desta célula no norte do Mali. Um diário argelino, El Watan, revelou que os terroristas pertenciam ao grupo de Moulathamine, “os signatários com sangue”, em cuja liderança está Mokhtar Belmokhta. O comando islâmico exigiu em um comunicado o fim dos ataques franceses no norte do Mali.

Este episódio ocorre no momento em que a França mudou sua estratégia de intervenção no Mali. As tropas francesas, um total de 2.500 homens, ou seja, mais do que as que estavam mobilizadas no Afeganistão, começaram a combater corpo a corpo com os islâmicos que tentam dominar as cidades do sul de Mali. A configuração desta guerra decidida pelo presidente socialista François Hollande mudou imediatamente com a permeável leitura que Paris fez da resolução 2085 do Conselho de Segurança da ONU. O Conselho não autorizou de modo algum a intervenção direta de um país ocidental e, menos ainda, com tropas em terra. A resolução só fala de um apoio logístico da Europa, mas não a participação de tropas. 

Informações coincidentes dão conta da férrea resistência que os soldados franceses estão encontrando. Apesar dos bombardeios com aviões Mirage, as tropas da França e do Mali ainda não conseguiram retomar o controle da cidade de Koma, que estava em mãos da coalizão de três grupos islâmicos que se aliaram em seu avanço na direção do sul desde o golpe de Estado perpetrado em março. Estes grupos são o Movimento para unidade da jihad na África Ocidental (Mujao), Al Qaeda no Magreb islâmico (Aqmi) e Ansar Eddine.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, admitiu que a guerra será longa. Drian revelou que os grupos islâmicos contam com cerca de 1.200 homens no centro do país, A eles devem se somar os reforços provenientes das células islâmicas que são abundantes na vasta zona saariana onde a Aqmi tem um controle total. Trata-se de um território que vai desde a Mauritânia (oeste) até a Líbia (leste), e desde a Nigéria (sul) até Argélia e Tunísia. A França enfrenta um adversário complexo e muito bem armado. Os jihadistas contam com um poderoso arsenal proveniente da guerra ocidental que destronou o presidente líbio Muhamar Kadafi. 

Muitos dos combatentes que a França enfrenta hoje trabalharam como mercenários a serviço de Kadafi. O grupo que realizou o ataque na Argélia sequestrou em 2009 três catalães e um italiano.

A escolha da Argélia com alvo também se explica pela solidariedade que Argel manifestou com Paris a propósito da intervenção militar no Mali. Em sinal de apoio, a Argélia anunciou que fecharia sua fronteira com o Mali para impedir que os grupos islâmicos se refugiassem na Argélia. Tarde demais. A guerra parece encantar as opiniões públicas ocidentais, sobretudo quando o alvo são muçulmanos ou islâmicos. Cerca de 75% da opinião pública mundial respalda a decisão do presidente socialista de entrar no conflito de Mali. Agora, porém, com esse sequestro coletivo e a quantidade de mortos que deixou a operação para libertá-los o conflito adquire uma dimensão muito mais internacional e imprevisível. A mensagem já é conhecida: o Ocidente sempre repete a mesma coisa toda vez que suas tropas ocupam um território estrangeiro. O terrorismo é a panaceia de todas as aventuras militares das potências coloniais.

O governo socialista agiu do mesmo modo que o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy com a resolução 1373 que autorizou em 2011 o emprego da força na Líbia, ou seja, interpreta as resoluções como bem entende. São as tropas e os aviões franceses que lutam agora no terreno em apoio ao derrotado exército de Mali. Neste sentido, a França intervém fora do marco da resolução da ONU, mesmo que as autoridades aleguem que o governo interino do Mali pediu a intervenção expressa de Paris. 

Os paradoxos se somam em uma infinita rede de contradições. Fontes do ministério francês da Defesa citadas pelo semanário Le Nouvel Observateur admitiram sua surpresa com o poderoso arsenal em posse dos grupos islâmicos. As peças terminam por se juntar. Sarkozy utilizou a resolução das Nações Unidas para caçar Kadafi. O regime líbio caiu e é, grande parte, dessa derrubada que provem as armas que são utilizadas hoje pelos jihadistas do norte do Mali.


Fonte: Vermelho

ONU alerta para grave recessão no mundo que aumenta desemprego

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que há "grave risco de nova recessão" e que devem ser adotadas medidas de combate ao aumento do desemprego no mundo. No estudo denominado Situação e Perspectivas da Economia Mundial 2013, as Nações Unidas mantiveram a revisão em baixa para a previsão de crescimento econômico ao longo deste ano. As perspectivas são influenciadas pelos impactos da crise econômica internacional em vários países.

"O agravamento da crise na zona do euro [17 países que adotam a moeda única], o abismo do Orçamento nos Estados Unidos e um abrandamento brusco da economia chinesa poderão causar nova recessão global e cada um desses riscos poderá resultar em perdas produtivas globais entre 1% e 3 %", ressaltou o diretor do estudo, Rob Vos.

Para a ONU, as políticas econômicas baseadas em medidas de austeridade fiscal e nos cortes dos orçamentos não oferecem o necessário para recuperar a economia e conter a crise do emprego. "Apesar de os esforços terem sido significativos, especialmente na zona do euro, a combinação de austeridade no Orçamento e de políticas monetárias expansivas teve um êxito desigual", destacou Vos.

De acordo com o estudo, a estratégia deve ser alterada na tentativa de adotar ações coordenadas com políticas de criação de emprego e de crescimento sustentável. "A economia mundial enfraqueceu consideravelmente em 2012. [A perspectiva é que se mantenha] deprimida nos próximos dois anos", com a previsão de crescimento de 2,4 % para 2013 e de 3,2 % para 2014", diz o relatório.

No estudo, são apontados os efeitos da recessão nas economias dos países da zona do euro, o abrandamento econômico dos Estados Unidos e a deflação no Japão, que afetam as exportações e causam maior volatilidade nos fluxos de capital e nos preços das matérias-primas.

A ONU estima um crescimento na zona do euro de 0,3 % em 2013 e de 1,4 % em 2014; nos Estados Unidos, de 1,7 % em 2013 e de 2,7 % em 2014; no Japão, de 0,6 % este ano e de 0,8 % no próximo; e na China, de 7,9 % em 2013 e de 8 % em 2014.

Fonte: Agência Brasil via Contraf

Equador impulsiona debate sobre socialismo


A Secretaria Nacional dos Povos, Movimentos Sociais e Participação Cidadã impulsiona o debate sobre a construção de um novo socialismo, anunciou a manistra desta pasta, Rosa Mireya Cardenas.


Em declarações à Prensa Latina, Cárdenas disse que o Equador precisa resgatar o sujeito político, social e histórico para defender a Revolução Cidadã.

Ele acrescentou que pretende abrir uma discussão com grupos de jovens para pegar propostas com base nos conceitos de socialismo que são tratados no livro "Um salto à frente", o novo socialismo da Venezuela, Rafael Enrique Ramos.

O trabalho foi apresentado na véspera no Equador, a fim de ser transformado em uma ferramenta para a educação cívica.

"O Equador não teve hábitos de leitura, de discussão, mas neste momento temos que imprimi-lo nas novas gerações", disse Cárdenas.

Durante a apresentação, a ministra considerou esta obra como um instrumento de luta contra o imperialismo.

Ela acrescentou que desvela uma cortina de fumaça criada pelos poderes da mídia e demonstra o profundo processo de mudança na Venezuela.

"Atualmente, ocorre um despertar nesses países, que querem caminhar com seus próprios pés e buscandam a inclusão, a igualdade, a justiça e o desenvolvimento sem tutela", disse.

Sobre o livro, concluiu que é um apelo à esperança, para seguir sonhando com uma América Latina que não permita a interferência de multinacionais que prejudiquem a nossa dignidade.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

Combate ao trabalho escravo ganha comissões em mais 3 estados


A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e movimentos sociais preparam uma série de atividades para a Semana Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que se inicia no próximo sábado (19).


Entre as ações estão a criação de três novas Comissões Estaduais pela Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes) e manifestações exigindo o julgamento dos acusados na chamada chacina de Unaí, na qual quatro servidores do Ministério do Trabalho foram assassinados, em 28 de janeiro de 2004, na zona rural da cidade mineira.

As novas comissões serão instaladas no Ceará (dia 23), no Espirito Santo (25) e em Goiás, esta última sem data definida. As duas primeiras serão lançadas pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e a criação da comissão de Goiás terá a presença do coordenador da Comissão Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), José Guerra. Estas se juntam às comissões de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Piauí e Rio Grande do Sul, totalizando 12 das 27 unidades federativas.

As manifestações reivindicam o julgamento dos nove acusados pelo assassinato de três fiscais do trabalho e um motorista em Unaí. Elas estão sendo convocadas pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). De acordo com a assessoria da entidade, será realizado um ato em frente ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Belo Horizonte, no dia 28, às 14h. Além disso, deverão ser organizadas atividades nas Superintendências Regionais do Trabalho de Emprego (antigas DRTs) de diversos estados, mas ainda não há confirmação dos locais.

As ações da semana ocorrerão simultaneamente em 11 estados: Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Piaui, Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Rio Grande do Sul. Serão seminários, mostras de filmes, distribuição de cartilhas sobre trabalho escravo, fóruns e oficinas. Em Açailândia, no Maranhão, haverá uma audiência com os poderes Executivo e Legislativo municipal para entrega de uma proposta de Plano Municipal de Apoio às Vitimas do Trabalho Escravo. O cronograma de ações está no fim desta reportagem.

Uma ação que se destaca é um curso de extensão sobre direitos humanos do trabalhador, organizado pelo Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ainda há vagas disponíveis entre as 60 que foram abertas. A inscrição pode ser feita pelo e-mail gtjus.ufrj@gmail.com. O curso começa na próxima segunda-feira (21) e vai até 8 de março, com aulas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 14h às 16h.

No dia 31, ocorrerá um debate sobre a articulação de esforços entre os governos federal, estadual e municipal, em São Paulo. Participam da atividade a ministra Maria do Rosário, a secretária de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, e, possivelmente, o secretário de Direitos Humanos do município de São Paulo, Rogério Sottili, que ainda não confirmou presença.

Fonte: Rede Brasil Atual via Vermelho

A oposição e o terrorismo inflacionário


A oposição de direita no Brasil tem usado de todas as armas à sua disposição no sentido de demarcar fronteira e radicalizar contra o governo e suas ações. Para isto conta com amplos espaços na mídia.

Por Renato Rabelo*


Não era de se surpreender que a mesma oposição que governou o país e o levou ao FMI por três vezes hoje esteja na vanguarda de um movimento que acusa o governo de conivente com a escalada inflacionária. A inflação para o ano de 2012 ficou acima da meta de 4,5%, chegando a 5,8%. Ou seja, no teto da meta.

A questão é política e envolve uma tentativa de sabotagem ao projeto político da presidenta Dilma Rousseff. Do ponto de vista estratégico, é muito claro que o projeto dos governos Lula e Dilma não encontra sinal de igualdade com o projeto que elegeu FHC em 1994. Sempre bom lembrar que essa oposição toma para si o apanágio de ter acabado com a era da hiperinflação, porém esquece-se de dizer que o fim da hiperinflação deu-se da forma mais cruel e reacionária, pela via da elevação exorbitante dos juros básicos da economia, do arrocho salarial, do endividamento público e da abertura comercial indiscriminada.

Claro que a agenda atual é divergente da vitoriosa em 1994. Arrocho salarial foi substituído por ganhos salariais reais, endividamento público foi trocado por maior expansão do PIB, enquanto que a era da abertura comercial está sendo substituída por mais proteção à indústria e cobrança por mais conteúdo nacional nas obras em infraestrutura e nos investimentos de grandes empresas como a Petrobras. Trata-se de diferenças de fundo que estão sendo escancaradas na mesma proporção em que o rumo definido pelo governo obtém amplo respaldo popular diante de uma oposição sem voto, mas com grande força na mídia e nas altas instâncias do Poder Judiciário.

Mas o terrorismo inflacionário está aí posto. O próprio Copom, de forma unânime, decidiu pela manutenção das taxas de juros (Selic) na casa dos 7,25%. Para o PCdoB esta decisão já mostra uma atitude defensiva frente às violentas pressões dos monopólios financeiros diante das oportunidades que a crise internacional tem dado para o desenvolvimento nacional voltado ao mercado interno e na própria expectativa de investimentos futuros por parte dos empresários. Foi justa a reação imediata de trabalhadores e empresários contra esta política adotada pelo Copom numa hora em que os juros deveriam estar caindo mais ainda para estimular a retomada do desenvolvimento nacional.

O nível em que a batalha está chegando apenas demonstra o que para nós não é nada novo. A luta política está se acirrando, tornando-se renhida e em grande medida despolitizada. Na economia o desafio é o de manutenção dos avanços obtidos em 2012. Não será nada fácil, como o próprio Copom sinaliza.

*Renato Rabelo é presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Marta diz que trabalhador poderá utilizar vale cultura como preferir


O Ministério da Cultura (MinC) tem até o dia 26 de fevereiro para regulamentar o Vale-Cultura, sancionado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 27 de dezembro. Até lá, um grupo de trabalho do órgão está discutindo os detalhes do projeto. Em entrevista ao Portal EBC após participar do programa 'Bom Dia, Ministro' nesta quinta-feira (17), a ministra Marta Suplicy deu mais detalhes sobre como vai funcionar o benefício.


Alguns pontos do Vale-Cultura ainda precisam ser fechados. Nesta etapa de formatação da lei, ainda não há consenso sobre a possibilidade de utilização do vale por acompanhantes, por exemplo. Entre o que já está definido, de acordo com a ministra, não haverá nenhuma espécie de diretriz do Vale-Cultura sobre quais produtos o trabalhador poderá comprar. Por outro lado, os locais onde eles podem ser adquiridos deverão ser restritos. 

Ainda durante o Bom dia Ministro, Marta já tinha reafirmado que as pessoas terão liberdade para comprar “o que bem quiserem” com o vale. A declaração é de certa forma uma resposa à imprensa tradicional, que tem publicados críticas à respeito da capacidade do trabalhador brasileiro fazer “bom uso” do Vale Cultura. Na quarta, em artigo na Folha de S.Paulo, Marta já havia classificado a visão dos jornais de “elitista”. 

"Se ele quiser comprar revista de quinta categoria, assim ou assado, pode. Vai poder comprar o que quiser. O bom disso é a liberdade do trabalhador. Ele vai fazer o consumo como ele desejar. O trabalhador decide", disse Marta durante a entrevista, afirmando "que não vai haver censura" e que não cabe ao Ministério dizer onde o trabalhador vai gastar o seu benefício. Veja os vídeos abaixo. 



Questionada sobre a carência de opções para utilização do Vale-Cultura em diversos municípios brasileiros, Marta acredita que a injeção de mais dinheiro na economia cultural das cidades vai fazer aumentar a demanda por esses espaços. “Acredito que isso [carência de opções] vai ser uma verdade em algumas cidades. Mas a figura do produtor cultural vai aparecer”, ressaltou.


O Vale Cultura é um benefício de R$ 50 por mês a trabalhadores contratados em regime CLT que recebam até cinco salários mínimos (R$ 3,39 mil, considerando salário a partir de 2013) para gastar em eventos ou produtos culturais. O vale pode ser usado em ingressos para shows, cinema, teatro e compra de produtos como livros, DVDs e revistas.

Receberão o benefício os empregados das empresas que aderirem ao projeto, e o trabalhador terá um desconto de até 10% (R$ 5) do valor do vale. O funcionário pode optar por não receber o valor. Segundo a ministra, cerca de 17 milhões de pessoas estão aptas a receber o benefício.

A quantia passará a ser recebida a partir de julho. Até lá, disse a ministra, o governo negociará com empresas de maneira a garantir adesão ao projeto. O governo federal vai desembolsar cerca de R$ 500 milhões em 2013 em incentivos. Para a ministra, o principal benefício para as empresas é a satisfação dos seus funcionários

Se o beneficiário não gastar R$ 50 em um mês, ele pode acumular a quantia. "No final de dezembro, ele pode gastar com presentes de Natal", disse Marta.

Sistema Nacional de Cultura

Durante o programa, Marta também anunciou que o Distrito Federal vai integrar o Sistema Nacional de Cultura (SNC). O sistema permite que o governo envie dinheiro aos estados, municípios e o Distrito Federal para incentivar atividades culturais.

“Temos instituído uma organicidade na cultura como nós temos, por exemplo, no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje não temos como repassa [a verba]r”, disse a ministra. Para que o estado ou município consiga receber o dinheiro, é obrigado a aderir ao SNC e promover ações de cultura, como o Conselho de Cultura. “Precisamos saber onde está indo aquele recurso”, disse a ministra.

No final do mês, afirmou, o ministério vai receber grupos de prefeitos para explicar as condições para entrar no SNC.

Com agências via Vermelho

Rússia condena versão da CNN sobre massacre em faculdade síria


O chanceler russo, Serguei Lavrov, classificou, nesta quinta-feira (17), de blasfêmias os comentários do canal estadunidense CNN em referência a uma suposta responsabilidade das forças governamentais da Síria no atentado à universidade de Alepo, que deixou 82 mortos.


AFP
Atentado Alepo
Atentado contra universidade Síria deixa 80 mortos e mais de 160 feridos
Durante uma coletiva de imprensa em Dushambe, onde chegou em visita oficial, Lavrov comentou que não podia imaginar maiores blasfêmias do que as que ele viu na CNN, dizendo que o ataque foi organizado pelas próprias forças armadas sírias.

Leia também:
Estudantes reabilitam universidade síria vítima de atentado
“Existe uma guerra mundial contra a Síria”, denuncia embaixador

Explicou que de nenhum modo pode existir diferença de interpretação sobre o que aconteceu em Alepo, em menção à posição da Rússia e dos Estados Unidos.

“Não entendo como o atentado terrorista possa ser motivo para discrepâncias”, sublinhou o chanceler russo.

Recordou que os fatos ocorridos na terça-feira (15) em Alepo foram caracterizados como atentado por chefes de governos de numerosos países e pela ONU. 

A Chancelaria russa condenou o ato e a morte de pessoas inocentes. Considerou que o ocorrido requer uma posição implacável de condenação da comunidade internacional em relação ao terrorismo. Uma ação desse tipo não pode ser justificada, sentenciou em comunicado o Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia.

Por outro lado, Lavrov qualificou de “apressada a intenção de enviar à Corte Penal Internacional o chamado dossiê sírio, pois o mais importante para nós [em referência a Moscou] é o fim da violência”, afirmou.

Quando lhe perguntaram sobre a iniciativa anunciada pela Suíça, enfatizou que deveriam se concentrar nos esforços, especificamente para conseguir um cassar fogo e o fim da violência.

“A justiça deve prevalecer em relação a todos os que violem no mundo o direito internacional e o direito humanitário”, afirmou o chefe da diplomacia russa à emissora de rádio A Voz da Rússia.

Desde março de 2011, a Síria vive um violento conflito armado que já causou, segundo dados da ONU, pelo menos 60 mil mortos e mais de 600 mil refugiados.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

EMASA FOI ENCONTRADA EM ESTADO DE DECADÊNCIA



Direto do Blog do Ricky
O prefeito de Itabuna, Claudevane Moreira Leite concedeu, na manhã desta quarta-feira (16), uma entrevista coletiva à imprensa. O objetivo da entrevista era a de expor as circunstâncias sob as quais a EMASA – Empresa Municipal de Águas e Saneamento foi encontrada. O atual presidente da empresa, Ricardo Campos Pereira, também participou do evento. Veja, abaixo, os principais pontos da entrevista.
ABANDONO TOTAL E ESTADO DE PRÉ-FALÊNCIA
O presidente da EMASA disse que encontrou a empresa num completo estado de abandono. Os antigos diretores não foram encontrados e sequer tinha material para fazer o tratamento da água. A análise preliminar das contas indicaram que a empresa estava em estado de pré-falência. Vane disse que a EMASA é a maior empresa, em nível municipal, de saneamento no Sul e Extremo Sul da Bahia. Assim sendo, seria inadmissível aceitar que ela continuasse com contas tão extrapoladas. “Em pouco tempo, demos demonstração de que a Emasa é viável. Estamos há apenas 15 dias de gestão e muito do que foi feito pela diretoria da empresa nos dá certeza de nossa decisão”, disse o prefeito.
INVESTIMENTOS
Claudevane Leite fez uma exposição dos investimentos que pretende realizar em relação à EMASA. Vane disse que, para uma cidade com o porte populacional de Itabuna, é necessário que haja um abastecimento de água de 33.252 m³ por dia. A EMASA produz 59.280 m³, só que 50% da água distribuída se perde na rede. Segundo o prefeito, residências sem hidrômetros, vazamentos, desperdício e ligações indevidas são os principais motivos da perda.
Para assegurar que haja economia e preservação da água, a EMASA já reativou o telefone da Central de Atendimento ao Cliente. O telefone da EMASA é o 0800 073 1195. Além disso, a EMASA deverá colocar o seu site no ar nos próximos dias.
A reativação dos canais de comunicação, aliado com o fim do ‘turnão’, permitirá que os usuários possam comunicar vazamentos e desperdícios, além de provocar maior eficiência no atendimento.
O corte de gastos beneficiará a reestruturação da rede. A redução do quadro de pessoal de 462 para 317 representará uma economia de 50% na folha de pagamento. Além disso, a frota de veículos também foi reduzida.
SALÁRIOS ATRASADOS
Durante a entrevista, tanto o presidente da EMASA quanto o prefeito Vane anunciaram que, aos poucos, estão conseguindo regularizar o pagamento dos salários dos servidores. Os salários atrasados de novembro e dezembro já foram pagos. Nos próximos dias, a prefeitura deve regularizar o pagamento do décimo terceiro salário. Questões como a regularização de repasses do INSS e FGTS também já estão sendo providenciadas.
APRESENTAÇÃO DOS NOVOS DIRETORES
O presidente da EMASA, Ricardo Campos Pereira, e o prefeito Claudevane Leite aproveitaram a coletiva de imprensa para apresentar os nomes da nova equipe gestora da empresa. O engenheiro agrônomo Geraldo Porto Dantas assume a diretoria administrativa; a engenheira civil Elzita Vidal, a diretoria técnica e sargento PM David Pires, a diretoria financeira.
Fonte: Blog do Ricky - http://www.blogdoricky.com.br/

PEDÁGIO NA BR 101: lute agora ou pague para sempre!


Por Jorge Barbosa*

O trecho baiano da rodovia BR 101 entre feira de Santana e Mucuri, que o governo Dilma com o apoio do governo Wagner pretendem conceder a iniciativa privada ainda este ano, terá nove praças de pedágio ao longo dos seus 772,3 km, uma a cada oitenta e cinco quilômetros que devem ser implantadas nas cidades de São Gonçalo dos Campos, Conceição do Almeida, Wenceslau Guimarães, Ubaitaba, Buerarema, Mascote, Itabela, Itamarajú e Caravelas. O custo estimado de ponta a ponta e de R$57,50 a preço de hoje. Valor que será repassado ao preço dos fretes e das passagens. Em outras palavras, o estado arrecadará com a concessão deixará de investir na manutenção da rodovia e o cidadão mais uma vez pagará a conta, uma verdadeira bitributação, uma vez que já é pago o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e a CIDE (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico).

A concessão terá o prazo de 25 anos e prevê a recuperação e duplicação da rodovia capitaneada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), fazendo parte da terceira etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais e terá o acompanhamento do governo do estado. A primeira etapa será iniciada “com muito tempo de antecedência” para suscitar o debate com a sociedade, ou seja, hoje, quando acontece a primeira audiência pública para discutir o assunto. A assinatura do contrato que dá inicio ao período de concessão deve acontecer em setembro. A concessionária terá o prazo de cinco anos para duplicar a rodovia.

Lembramos que o projeto do governo é privatizar todas as rodovias rentáveis.

Cabe aos cidadãos e os segmentos políticos organizados das cidades que sofrerão o impacto dos malditos pedágios a reorganização do movimento contra as privatizações de rodovias. Com a realização de manifestações e protestos contra mais uma pilantragem ao bolso do contribuinte baiano e brasileiro. Temos direito a rodovias conservadas, abaixo ao pedágio, já pagamos impostos demais!

*Jorge Barbosa - Presidente do Sindicato dos bancários de Itabuna e Região

Cinema nacional teve mais de 15 milhões de espectadores em 2012


O cinema brasileiro em 2012 teve um desempenho positivo, segundo dados do Informe Anual sobre Filmes e Bilheterias, divulgado nesta quinta-feira (17) pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Ao todo, 15,6 milhões de espectadores foram aos cinemas para assistir filmes brasileiros em 2012. Dos 83 lançamentos nacionais do ano, cinco superaram a marca de um milhão de espectadores. O recordista foi Até Que a Sorte nos Separe, com 3,3 milhões de ingressos vendidos.


A participação de público dos filmes nacionais foi maior no segundo semestre, quando saltou da média de 5,12%, registrados nos primeiros seis meses, para 15,29%, fechando o ano com uma média de 10,62%. No último trimestre de 2012, os títulos brasileiros chegaram a alcançar 22,17% de participação média.

A expansão do parque exibidor e o aumento do número de salas ocupadas por lançamentos de filmes nacionais são dados que merecem destaque, segundo o presidente da Ancine, Manoel Rangel. “Os filmes brasileiros foram lançados em 63 salas, em média. Em 2011, essa média foi 48 salas. Isso indica uma aposta maior das distribuidoras no cinema nacional”, disse.

O ano de 2012 também registrou números recordes de arrecadação e público para o mercado de cinema em geral no Brasil. A arrecadação das salas de exibição do país cresceu 12,13%, em relação a 2011, atingindo R$ 1,6 bilhão. O público foi 146,4 milhões de espectadores.

Quanto ao crescimento do mercado exibidor, da ordem de 6,93%, Rangel disse que a expansão se deu em áreas com menor número de cinemas em relação ao Sudeste. “O ritmo desse crescimento foi mais acelerado nas regiões Norte, Nordeste e Sul, chegando a um total de 2.515 salas”, disse.

O informe anual foi elaborado pela Superintendência de Acompanhamento de Mercado da Ancine, com base em dados fornecidos pelas empresas distribuidoras registradas na agência. O relatório completo está disponível no site www.ancine.gov.br.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mutirões de limpeza começam esta semana por dois bairros em Itabuna


 A Prefeitura de Itabuna, através das secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Saúde, Transportes e Trânsito, Agricultura e Meio Ambiente e Emasa, está preparando a realização de dois mutirões nos bairros Fonseca e Nova Califórnia no final de semana. O serviço geral de limpeza, com a mobilização de moradores, igrejas e associações de moradores é a continuação das ações preliminares de combate à dengue iniciadas há pouco menos de duas semanas por determinação do prefeito Claudevane Leite.

Nesta semana estão sendo realizadas reuniões de sensibilização de dirigentes de associações e representantes de igrejas de acordo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcos Monteiro. Ele disse que os mutirões contarão com o apoio de um grupo de atiradores do Tiro de Guerra 06/007, cuja participação é considerada essencial, além da mobilização das pessoas nos serviços de varrição, capina e recolhimento de lixo e entulhos.

O secretário lembra que a prefeitura está fazendo a parte dela, mas que cabe à população cooperar com ações que eliminem os focos do mosquito e mantenham a cidade limpa. Moradores dos bairros Fonseca e Nova Califórnia e de outras áreas da cidade podem continuar contribuindo com o esforço da atual administração, denunciando focos de lixo e entulho e, principalmente, na prevenção e combate ao Aedis aegypti.

A Secretaria de Saúde vai disponibilizar equipes de técnicos e agentes de endemias para visitar as casas, verificar focos de larvas do mosquito e conscientizar os moradores sobre a importância da prevenção, inclusive com a utilização de equipamentos para borrifar larvicida. Os agentes também vão orientar as pessoas a cobrir tanques e manter bem fechados reservatórios de água para inibir a proliferação do Aedis aegypti

Uruguai: Após lei de despenalização, número de abortos cai


Uruguai registra 200 abortos em 40 dias após lei de despenalização. De acordo com estimativas de organizações sociais, como o coletivo Mujeres y Salud en Uruguay, ocorriam no país cerca de 30 mil abortos ilegais por ano.


A Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez no Uruguai, que entrou em vigor no dia 3 de dezembro de 2012 e descriminaliza a prática do aborto sob uma série de condições, contabilizou 200 operações após 40 dias de efetividade.

Segundo o vice-ministro de Saúde, as precauções do governo na lei fizeram a prática diminuir, além de garantir o direito à saúde das mães. 

O texto determina que todas as instituições de saúde públicas e privadas façam o aborto em mulheres que solicitem o procedimento nas primeiras 12 semanas de gestação.

Antes de serem submetidas ao aborto, as mulheres são aconselhadas por uma equipe multidisciplinar, que pode avaliar de forma “consciente, responsável e livre” sobre a interrupção da gravidez.

De acordo com informações do site do Ministério de Saúde Pública do Uruguai, o vice-ministro de Saúde Pública Leonel Briozzo, avaliou os dados como positivos e destacou que eles confirmam que a lei é "pró-direitos humanos e não pró-aborto".

De acordo com estimativas de organizações sociais, como o coletivo Mujeres y Salud en Uruguay, ocorrem no país cerca de 30 mil abortos ilegais por ano. A maioria dos procedimentos é feita em condições de risco, especialmente para mulheres de baixa renda.

"Os dados internacionais demonstram que, se combinarmos [as políticas públicas de] contracepção e planejamento familiar, além de educação sexual e reprodutiva, vamos diminuir a mortalidade materna e o número de abortos, e é isso que queremos", disse ele à agência de notícias DPA. Briozzo lembrou que, há alguns anos, o aborto provocado era a principal causa de mortes maternas no Uruguai.

Fonte: Opera Mundi via Vermelho