quinta-feira, 12 de março de 2015

Sem democracia na mídia, mulher continuará sendo tratada como objeto

A psicóloga e coordenadora do Observatório da Mulher, Rachel Moreno, afirma que para mudar a representação feminina na mídia, quebrando com estereótipos e pondo fim à exploração sexual da imagem da mulher, é preciso democratizar os meios de comunicação. Para ela, não basta escalar repórteres mulheres para apresentar os principais jornais da maior emissora do país, na véspera e no Dia Internacional da Mulher (8 de março).
Rachel, que também é autora dos livros A Beleza do Impossível e A Imagem da Mulher na Mídia, ressalta que a atual forma de representação da mulher, em um cenário de concentração da mídia, é "absolutamente estreita", e que falta "diversidade e pluralidade".
"A mulher é sempre representada como branca, jovem, magra, cabelos lisos etc quando, na verdade, a mulher brasileira é branca, negra, jovem, velha, magra, gorda, de uma diversidade que, simplesmente, não se veem representadas", salienta.
A psicóloga afirma que a perpetuação de tais estereótipos estabelecem padrões de beleza inatingíveis, que atende aos interesses da indústria, do comércio e das cirurgias plásticas, com irremediável prejuízo à autoestima da mulher.
Para Rachel, a mídia concentrada atende, basicamente, a dois interesses fundamentais: marcar posição, contra ou a favor, em relação ao governo vigente e produzir consumidores.
"No caso da sexualização das mulheres, inclusive da erotização precoce das crianças e do bombardeio a respeito de modelos de felicidade e valores, acaba justamente acontecendo para produzir consumidores para os anunciantes. Isso é muito pouco. Os nossos problemas do dia a dia não são discutidos, a realidade vivida pelas mulheres não é discutida, as novas questões e demandas também não são discutidas", diz, acrescentando que é muito pouco fazer uma vez por ano matérias especiais que homenageiam o Dia Internacional da Mulher.
Rachel ressalta que, mesmo veículos de imprensa "mais sérios", quando buscam fugir da objetivação e ultrasexualização da mulher, nunca as representam como especialistas, detentoras de opinião e conhecimentos relevantes, mas apenas como "vítimas ou testemunhas".
Para alterar tal panorama, Rachel Moreno cobra, primeiramente, compromisso, por parte da grande imprensa, que, segundo ela, é "educadora informal poderosíssima", mas que colabora na banalização e naturalização da violência contra a mulher.
A psicóloga diz não acreditar nos mecanismos de autorregulação defendidos pelas redes de comunicação e agências de publicidade e ressalta que o Conselho Nacional de Autorregulamentação (Conar) demora para agir, chega atrasado - quando anúncios denunciados por abuso já saíram do ar - e, na maioria das vezes, toma partido dos anunciantes. Ela defende a criação de normas e regras para o setor e um órgão independente que fiscalize implementação destas.
"A Constituição garante o direito de comunicação, e comunicação é uma via de duas mãos. Como é que estamos falando na existência de democracia na comunicação se nós temos seis famílias que detêm todos os meios, neste país. Eles definem o que nós vamos ver, e o que não vamos ver, e o que nós vamos pensar sobre o que eles decidem que vão nos mostrar. Isso não é democracia."
Rachel defende também a reforma política com participação da sociedade civil para aumentar a representação da mulher no parlamento, com o fim do financiamento privado de campanha, pois, segundo ela, "as mulheres acabam sendo mais pobres e resistem mais a recorrer aos recursos das empresas". Cobra também voto em lista alternada, que garanta a paridade entre homens e mulheres.
Para além das reformas, na mídia e na política, a coordenadora do Observatório da Mulher espera uma mudança de costumes: "As mulheres não participam da política porque são sobrecarregadas, têm dupla jornada de trabalho. Está na hora de dividir o trabalho doméstico entre homens e mulheres. Mostrar nas novelas o homem chegando em casa mais cedo e preparando o jantar e, quando a mulher chega, a mesa está posta para naturalizar uma nova divisão das tarefas domésticas, além disso, desnaturalizar a violência de gênero, discutir seriamente a sexualidade e cuidados necessários, enfim, exercer com responsabilidade social a sua função de educadora informal e de concessão. E repensar a distribuição do espectro eletromagnético, e dos recursos governamentais para a mídia".
*Rede Brasil Atual via Feeb-Ba-Se

Venezuela sob ameaça

A Unasul vai se reunir na próxima semana para discutir e responder as ameaças dos EUA.

Por Fania Rodrigues, Revista Caros Amigos 


Essa semana a comunidade internacional foi surpreendida com um decreto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama que declarou a Venezuela uma "ameaça extraordinária e inusual” à segurança nacional americana. Segundo o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro “essa é a maior agressão que os Estados Unidos já fez contra Venezuela, em toda sua história”.

O governo venezuelano repudiou esse decreto e o classificou a postura dos Estados Unidos de “grosseira” e “desproporcional”.

Nessa quarta-feira (11) o cônsul-geral da Venezuela, no Rio de Janeiro, Edgar González deu uma entrevista coletiva para esclarecer o que significa na prática esse decreto presidencial de Obama. González esclareceu que “juridicamente esse decreto não tem nenhum valor na Venezuela, pois em nosso país o que se decreta nos Estados Unidos não possui valor legal, somente aquilo que nós decidimos junto com o nosso povo”.

No entanto, ressaltou o perigo que pode representar essa reação dos EUA, frente aos problemas internos da Venezuela . “Não descartamos, e por isso denunciamos, que esse é o primeiro passo que os Estados Unidos utiliza para invadir outros países. Nós alertamos a comunidade internacional. A intervenção militar está caminhado para a Venezuela, esses são os passos prévios que os Estados Unidos costumam dar antes de uma invasão”, denunciou o cônsul-geral.

O diplomata venezuelano também chamou a atenção sobre o que isso significa para os países da América Latina e a segurança da região. “Essa ameaça dos Estados Unidos não afeta apenas a Venezuela. Uma intervenção militar, um golpe de Estado na Venezuela também afetaria os outros países da América Latina. Será o começo da derrubada dos países e dos povos que alcançaram sua soberania”, destacou, Edgar González.

Como medida cautelar, frente a ameaça de Obama, o parlamento venezuelano aprovou nessa quarta, com ampla maioria dos votos, a Lei Anti-imperialista, solicitada pelo presidente Nicolás Maduro com o propósito de facilitar a execução de medidas em defesa da soberania nacional.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema. Isso porque os países membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiram se posicionar em bloco.

Na próxima semana os representantes desse organismo vão se reunir, em Montevidéu, no Uruguai, para dar uma resposta conjunta à decisão do governo norte-americano de declarar a Venezuela como uma ameaça.

Fatos políticos que antecederam as sanções dos EUA

Segundo o cônsul, essa postura de Obama é o desdobramento de plano que teve início no ano passado. “Desde o dia 23 de janeiro de 2014, o plano da oposição é criar um ambiente de caos para provocar a renúncia e derrocamento do presidente Nicolas Maduro”.

Derrotada na eleição de 2013, a aposição, conforma em sua maioria por pessoas de classe média alta, ocupou as ruas de Caracas. Em um país dividido e polarizado, os conflitos ideológicos já faz parte do cotidiano do venezuelano.

A novidade dessa fez foram as mortes e feridos. “Durante a execução desse plano, as manifestação “pacíficas” da oposição, foram se tornando violentas, provocando dolorosos saldos de mortes e feridos, criando assim um clima de insegurança e tensão na população”, explicou o cônsul venezuelano.

Diante do impasse, o presidente Nicolas Maduro fez um chamado ao diálogo e à paz. Líderes chavistas e oposicionistas sentaram pela primeira vez em uma mesa de diálogo, que teve a participação e a mediação da Unasul.

A situação voltou a se agravar esse ano, quando o presidente Maduro, voltou de uma longa viagem ao Oriente Médio, e acusou a oposição de tentar tramar uma golpe de Estado, em janeiro, durante sua ausência no país. Foram presos cinco oficiais das Forças Armadas Nacional Bolivaria e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma. Um velho inimigo do chavismo, Ledezma participou do golpe de 2002, foi preso e condenado por conspiração. E em 2005 recebeu indulto do presidente Chávez.

Tanto em 2002, quando agora os Estados Unidos aparecem como o grande articulador do golpe. “Com a diferença que dessa vez temos um elemento novo, que é a guerra econômica. Empresários da indústria e do comercio estão privando o povo venezuelano dos principais produtos para a sua alimentação e higiene, com o objetivo afetar sua consciência e moral. Essas ações estão sendo freadas pelo governo bolivariano, que não tem medidos esforço, mas as ações de golpe ainda continuam”, ressalta o cônsul Edgar González.

Saiba mais sobre a realidade política da Venezuela

- Apesar de fazer barulho nas ruas, a oposição venezuelana teve poucos resultados nas urnas. Nas últimas eleições, em 2012, a governo de estado o chavismo saiu vencedor em 19 dos 23 estados.

- O Instituto Jimmy Carter, coordenado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, declarou que o processo eleitoral da Venezuela é o mais transparente do mundo.

- A oposição venezuelana participa de todas as eleições e reconhece a legitimidade do processo eleitoral. O líder da oposição, Henrique Capriles Radonski, admitiu publicamente sua derrota na eleição contra Chávez, em 2012, e Maduro, em 2013.


Fonte: Vermelho

A Petrobras e o 13 de março, há 51 anos e agora

Os mesmos argumentos usados pela elite reacionária de hoje, que irá às ruas no dia 15 de março, já ocuparam as ruas em 1964 em manifestações que apoiaram o golpe militar
Reprodução
Os mesmos argumentos usados pela elite reacionária de hoje,
que irá às ruas no dia 15 de março, já ocuparam as ruas em
1964 em manifestações que apoiaram o golpe militar

O “13 de março” que passou à história foi o do Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1964. Tínhamos um governo de centro-esquerda, a esquerda dispunha de certa força e achava que tinha mais. O movimento social crescia.

Por Haroldo Lima*, para o Vermelho


Comando Geral dos Trabalhadores, Ligas Camponesas, Sindicalismo Rural, União Nacional dos Estudantes, Frente de Mobilização Popular, tudo pleiteando as “reformas de base”. Havia exageros e ilusões, mas nada que ameaçasse as instituições democráticas da época. O que existia mesmo era a esperança de que aquelas “reformas” dariam novo impulso ao país.

Os que usufruíam de privilégios sentiram-se ameaçados. Com a grande mídia, começaram a pregar o golpe. “Marchas” foram feitas supostamente para “salvar a democracia”. Três governadores perfilaram-se nessa cantilena. O governo americano engajou-se para “restabelecer a ordem” no hemisfério.

Quem estava no Governo tinha a impressão de ter o poder. Mas não tinha. Havia um “Almirante do Povo”, Cândido Aragão, comandando os Fuzileiros Navais, um “Marechal do Povo”, Osvino Alves, presidindo a Petrobras, um “dispositivo militar”, mais ou menos desconhecido. E só. O golpismo cresceu, capitaneado pelas forças mais retrógradas do país e, dezoito dias depois, o governo foi derrubado.

Para “salvar a democracia”, destruíram-na. E destroçada ela ficou por 21 anos. Os três “chefes civis” do Golpe foram alijados. O que governava São Paulo, Ademar de Barros, foi cassado e morreu no exílio. O que governava Minas terminou isolado na Oposição. E o principal deles, Carlos Lacerda, que governava o Rio, e que denunciava o “mar de lama”, foi preso em 1968. Parte da mídia golpista passou a funcionar com censores na redação.

O cotidiano mudou. Ao invés de passeatas, discursos, reivindicações, greves, essas coisas naturais à democracia, vieram “atos institucionais”, cassação de parlamentares e juízes, perseguições, intervenção em sindicatos, fim de eleições diretas, arrocho salarial, constituição outorgada, prisões, torturas e assassinatos.

A sociedade conseguiu por fim à ditadura, duas décadas depois e a preço elevado. Discutiu e votou uma Constituição, talvez a que defina mais “direitos” no mundo. Passou às eleições diretas. Chegou a eleger um presidente operário e depois uma mulher, fatos raros no planeta. O Brasil chegou a ser a 7ª economia do mundo, com uma novidade: retiramos da faixa de pobreza algo como 44 milhões de pessoas. Multidões tiveram, pela primeira vez, acesso regular a comida, a salário razoável, a carro, a casa própria, a universidade, a viagem de avião, isto que levou a colunista Danuza Leão a escrever, irritada, que corria o risco de “encontrar em Paris o porteiro do seu prédio”.

Problemas subsistem, outros surgiram, fruto da nova conformação social e das novas exigências. A maré dos negócios internacionais passou a ser de vazante. E o velho problema da corrupção reapareceu, só que desta vez com investigações liberadas e prisões de gente que sempre fez falcatrua e nunca foi presa.

A Petrobras, a maior empresa de capital aberto do mundo em produção de petróleo, que tem uma das maiores reservas de óleo do planeta e que descobriu e desbaratou uma quadrilha de facínoras que a saqueava, de repente é apresentada como uma empresa-problema, de pequeno valor, despertando em grupos externos interesses em sua privatização.

Após o “13 de março” de 1964, onde a Petrobras foi defendida, o golpismo recrudesceu, houve até movimentação de tropa estrangeira, e o Brasil foi derrotado, em 31 de março de 1964.
O “13 de março” de 2015 defende com destaque a Petrobras, orgulho de todos os brasileiros, que querem rigor na apuração e punição do esquema corrupto ali desmascarado, e a querem ilesa.

Diferentemente de 51 anos atrás, depois desse “13 de março”, o golpismo deve ser repelido com energia. Não poderemos brincar com nosso futuro, com a quebra das instituições democráticas, com um impeachment descabido da presidenta recém-eleita, com a volta do militarismo e coisas semelhantes. Tudo isso é amálgama de discurso antibrasileiro.

*Haroldo Lima é consultor de petróleo, ex- diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ex-deputado federal e membro do Comitê Central do PCdoB


Fonte: Vermelho

O significado do 13 de março

O país vive uma acirrada guerra política. A direita usa todas as suas armas para contornar o resultado adverso das urnas e voltar ao poder através de uma articulação golpista, que envolve a mídia hegemônica, o capital financeiro, os partidos conservadores e seus representantes instalados inclusive em parte das estruturas do Estado, como o Judiciário e o aparelho policial. Como se vê, adversários poderosos.

Cresce cada vez mais a virulência e o incentivo ao ódio contra o governo e contra a esquerda. O dia 15 de março será o desaguadouro de toda esta campanha, e as forças da reação estarão juntas para conduzir uma marcha contra o governo. O verdadeiro objetivo é obrigar a saída da presidenta reeleita e consagrar a volta de uma agenda neoliberal, antipopular e contra a soberania nacional. Diante disso, cabe a velha frase: “Em uma guerra, a primeira construção que caí é o muro”.

Se o dia 15 é anti-Dilma e pró-golpe, a manifestação do dia 13 não pode ser dúbia a este respeito: o que necessariamente tem que predominar são as palavras de ordem pela democracia e contra o golpe. As justas críticas ao ajuste fiscal e aos eventuais erros do governo devem ser feitas na medida correta, para não desvirtuar o que precisa ser o sentido principal do ato das forças progressistas: a explícita defesa do mandato da presidenta Dilma.

Cinicamente o PSDB, porta-voz do ideário neoliberal em nosso país, diz em suas propagandas na TV que Dilma traiu seus compromissos de campanha. Perguntamos: que compromissos são estes? Resposta: aqueles que o PSDB sempre combateu. Fica claro, portanto, que fortalecer esta cantilena, mesmo que com palavras mais hábeis, é cair na armadilha do inimigo e mostrar pouca compreensão sobre o que hoje está em jogo.

Em face da gravidade da situação, é inadmissível deixar-se levar por pressões meramente corporativas. Quem ceder a este erro será cobrado pela história. O momento é de alerta máximo e prontidão absoluta em defesa da legalidade, da democracia e do mandato da presidenta Dilma Rousseff, o que necessariamente deve se expressar com vigor e nitidez no ato do dia 13 de março.


Fonte: Vermelho

Dia 15 - a passeata do ódio fascista manobrada espertamente

  

Passeatas contra ou a favor de qualquer governo são fatos que devem ser encarados com absoluta tranquilidade. São mesmo fundamentais para o aprofundamento da democracia. O que não deve ser encarado como fato normal é a pregação despolitizada, de um ódio cego, de uma histeria verdadeiramente fascista que o discurso anti-Dilma assumiu e que é a marca principal da passeata do dia 15 de março.


O “mar de lama” 

Muita gente deixou-se levar pelo discurso udenista que repete, contra Lula, Dilma, o PT e a esquerda, a velha tática do “mar de lama” já usada contra Getúlio e contra Jango para pavimentar o caminho da reação. A história repete-se com os mesmos ingredientes: velhos representantes do que há de mais atrasado na política, acusando setores progressistas de atos de corrupção que eles mesmos sempre praticaram impunemente. Pessoas de várias partes do país mandam notícias de que empresários e firmas especializadas estão alugando ônibus e recrutando pessoas pagas para os “protestos” do dia 15. Veja ao lado a imagem enviada por um leitor. A mídia hegemônica faz uma convocação geral. AVeja, por exemplo, publicou uma matéria especial indicando o local das manifestações.

Guerra midiática

Se fosse só até aí, já seria bastante grave, mas vai muito além. Coloca-se a convivência democrática em risco. Poucas vezes a manipulação midiática atingiu este ápice. As forças progressistas convocam um ato em defesa da Petrobrás, em local fechado no Rio de Janeiro, a ABI. Meia dúzia de provocadores, um deles um policial federal armado (como mostrou a reportagem do jornal O Dia), agride um militante do PT, e quando os petistas reagem o que se vê no dia seguinte na mídia foi apenas a reação do PT. As imagens ao lado, do militante do PT sendo agredido, muito pouca gente viu, pois só o que saiu foram fotos do revide e manchetes dizendo que Lula tinha convocado a guerra, quando a essência do que Lula disse é que ele queria a paz, mas que sabia lutar. Enquanto isso, a verdadeira guerra subterrânea contra a democracia avança. Todo dia uma indústria de boatos entra em ação. No dia 26 de outubro, 2º turno das eleições presidenciais, já havia circulado como verdade que o doleiro Youseff tinha sido “assassinado pelo PT”. Agora, Dilma vai acabar com o 13º. A poupança será confiscada no dia 18 março, bem como todos os recursos aplicados em investimentos. Fontes “inquestionáveis” alertam que devem ser estocados alimentos pois vem aí uma guerra civil. Um general de pijama escreve artigo no jornal O Estado de S. Paulodizendo que o exército está pronto para intervir.

Quem incentiva o ódio

Estas e outras mentiras alimentam um clima de ódio que assume contornos explosivos. Em Chapecó (SC) um homem invadiu um apartamento onde mãe e filha tinham na varanda bandeiras do MST e do PCdoB (painel acima). Agrediu as duas moradoras sobre os aplausos de uma pequena turba. Apesar da violência as duas mulheres resistiram e não deixaram as bandeiras serem levadas. Um guarda municipal publica a foto de uma reconhecida liderança do MST, João Pedro Stédile, oferecendo uma recompensa para que Stédile seja entregue “vivo ou morto” (painel acima). No dia 05 de março o menino Peterson Ricardo de Oliveira, de 14 anos, foi agredido na porta de uma escola em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, na última quinta-feira e faleceu. Tudo indica que o motivo do assassinato foi o fato de Peterson ser filho adotivo de um casal homossexual. O que isso tem a ver com o dia 15? Tudo. Ilude-se quem acha que este clima de ódio – divulgado por fãs de Bolsonaros e outros trogloditas - atinge só a esquerda e o PT.

De quem é a passeata do ódio fascista

Se alguém pensa que o dia 15 será a passeata anticorrupção, é melhor marcar outra e com alvos diferentes. O dia 15 será a passeata de Jair Bolsonaro e do apelo à volta da ditadura, de Rachel Sheherazade e da justiça pelas próprias mãos. Será a passeata do obscurantismo e pode entrar para a história como mais sombria do que a famigerada passeata da TFP com “Deus, pela família” realizada em 1964, que com a desculpa da “defesa da constituição”, clamou na verdade pela instalação de um regime militar. Na época, como hoje, a mídia hegemônica apoiou de forma unânime os golpistas.

Quem manipula a passeata do ódio fascista

Por trás de tudo, manobrando espertamente, os caciques do PSDB e de outras siglas se preparam para dois movimentos coordenados: insuflar as manifestações de ódio o mais que for possível para depois aparecerem com apaziguadores, buscando tirar todo o proveito político que puderem. Como diz o editorial de hoje do Portal Vermelho, “o momento é de alerta máximo e prontidão absoluta em defesa da legalidade, da democracia e do mandato da presidenta Dilma Rousseff”.

Noblat e o orgulho branco

Os nazistas e neonazistas fazem camisetas e fundam organizações com o nome de “orgulho branco”. O argumento deles é que se existe “orgulho negro”, por que não existir “orgulho branco”? Tal sofisma busca esconder o óbvio: todas as organizações que ostentam o orgulho branco são racistas fanáticas. O resgate do orgulho negro é fundamental para aqueles que tiveram os seus antepassados escravizados durante 388 dos 515 anos da nossa história e que até hoje sofrem com a discriminação e sustentam sobre seus ombros o peso maior da injustiça social. Os brancos no Brasil nunca sofreram discriminação racial e, portanto, o “orgulho branco” é uma forma, consciente ou inconsciente, de reforçar o estereótipo do dominador (branco) frente ao dominado. Mas no jornal O Globodesta quarta-feira (11), na página 8, um dos mais graduados colunistas amestrados do jornal golpista, Ricardo Noblat, publica um artigo onde, tentando usar de certa ironia reveladora, reclama que uma pessoa branca e rica não pode protestar que é logo tachada de golpista. E a “discriminação” fica pior, segundo Noblat, se o branco e rico em questão for paulista. Realmente, os brancos, ricos (principalmente se forem paulistas) sofrem muito preconceito e precisam do braço amigo do Noblat. O argumento é tão patético que a pretensa ironia não o redime. Registro apenas que em passado recente Noblat escreveu uma coluna onde, em nome da liberdade de expressão, defendia o deputado Jair Bolsonaro que havia naquela oportunidade ofendido negros e homossexuais. Os momentos de enfrentamento político mais agudo têm mesmo estas características. As coisas vão ficando mais nítidas e cada ator do confronto tem sua identidade relevada. Mas no caso do Noblat, nem precisava.

Colabore com o Notas Vermelhas: envie sua sugestão de nota ou tema para o email wevergton@vermelho.org.br 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Davidson Magalhães preside Frente Parlamentar em defesa da Petrobras

O deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-BA) foi eleito presidente da Frente Parlamentar Mista Em Defesa da Petrobras, depois de obter a assinatura de 210 deputados federais e 43 senadores para criar uma frente mista que vai promover debates, estudos e campanhas, visando o aprimoramento da legislação e o fortalecimento da empresa.
Para o deputado baiano a criação da frente mista “é a abertura de um espaço instrucional direto entre o Legislativo e a sociedade, com a tarefa de defender o patrimônio do povo brasileiro e a consolidação de uma Petrobras forte, próspera e com compromisso com um projeto nacional de desenvolvimento”.
Davidson considera que o momento é de união em defesa da companhia pois ao tempo em que se faz necessário a apuração dos fatos e punição dos culpados, por outro lado, “não é admissível que todo o capital institucional e o seu valor de mercado sejam dilapidados por setores sem compromisso com a soberania nacional e com o a própria empresa”.

Integram a Mesa da Frente Mista, além do presidente Davidson Magalhães, os senadores Roberto Requião(PMDB-PA), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra(PT-RN) e os deputados  Vicentinho  (PT-SP), Aliel Machado (PCdoB-PR), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e  Zeca do PT (Mato Grosso do Sul)

13 de Março – Dia Nacional de Luta Em Defesa da Petrobrás, dos direitos dos trabalhadores, da reforma política e da democracia

A Petrobrás é a nossa maior empresa e a que mais investe no Brasil - mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. Controla um setor que responde por um oitavo de tudo que se produz anualmente em nossa economia. Refina 98% da gasolina, movimenta vinte mil fornecedores. Emprega 86 mil funcionários.

Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.

Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de todos os envolvidos em atos de corrupção. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.

Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detém tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.

Direitos da classe trabalhadora
A agenda dos trabalhadores é a do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
Estamos nos mobilizando contra as medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.
As Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos, e que ratifique a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que proíbe a demissão imotivada. Se quer aumentar a arrecadação que combata a sonegação e taxe as grandes fortunas.
Lutaremos também contra o Projeto de Lei 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
Defender a reforma política
Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, precisamos realizar uma Reforma Política capaz de eliminar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais e fortalecer a representação e os partidos políticos. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e às corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades da população.
Fomos às ruas e praças em defesa da liberdade para por fim à ditadura militar. Participamos da memorável campanha das Diretas Já! Conquistamos a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, aos resultados eleitorais. Quem ganha governa, quem perde tem todo direito de fazer oposição. A Constituição deve ser respeitada.
Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e reduzindo a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.
Estamos atentos a qualquer tentativa de rompimento da ordem constitucional e de golpe civil ou militar. Tudo faremos contra os retrocessos que certamente nos levaria a perda de direitos, ao desemprego, a submissão política e econômica a outras nações e cerceamento da liberdade.
Defendemos um Brasil livre e soberano com crescimento econômico e valorização do trabalho.
Vida longa à Petrobrás, os direitos dos trabalhadores e a democracia!

CTB  - Sempre na luta com você!

Rede Globo, Igrejas e escritórios aparecem entre beneficiados pela Sabesp

El País divulgou nesta terça-feira (10) a lista com todos os grandes consumidores de água beneficiados por tarifas reduzidas no estado de São Paulo. Entre os 524 nomes figuram a Igreja Universal do Reino de Deus, a Globo, algumas escolas particulares e dezenas de prédios comerciais de escritórios.
Os registros revelam a lógica comercial pela qual a Sabesp vem distribuindo seus recursos hídricos desde sua abertura de capital: quanto mais água gasta um cliente, menos ele paga por metro cúbico. Recordista de gastos hídricos com consumo de 60 milhões de litros por ano, a indústria de celulosa Viscofan paga apenas R$ 3,41 por metro cúbico utilizado - já o Sebrae, ao consumir apenas 1% dessa quantidade, precisa pagar R$ 10,96 pelo mesmo metro cúbico.
“Quem acaba pagando por essa crise é o pequeno consumidor, que não pode se aproveitar desse sistema e precisa pagar pelo consumo excedente. Enquanto isso, os grandes consumidores, que são também culpados por essa crise, continuam sendo favorecidos”, denunciou o secretario adjunto de Defesa ao Meio Ambiente e Saneamento da CTB, Claudemir Santana.
Para reforçar seu argumento, ele cita as palavras do presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), Rene Vicente: "Como pode uma empresa cujo objetivo principal é vender um produto - a água - educar os consumidores para economizar? É uma contradição! Esse governo sabe dos problemas crônicos enfrentados pela Sabesp e precisa parar com as políticas de incentivo ao consumo”.
O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, trabalhou durante décadas neste setor e disse que a contradição evidenciada pela lista é alvo de críticas antigas: “Eu já havia alertado em 2003 que a venda das ações da Sabesp criaria um conflito entre os interesses dos acionistas e os do governo, porque nem todos iriam querer a mesma coisa. Sabe-se que a região metropolitana
sofre há décadas de um déficit hídrico, e isso implica uma necessidade redobrada de planejamento. Precisamos aumentar a reservação e o combate às perdas, com certeza, mas é preciso avançar no reuso de água não-potável para diversas atividades econômicas”. Para ele, o desconto tarifário no uso da água vai contra as campanhas de uso consciente do recurso. “Essa crise só se deu por conta de uma política de distanciamento dos interesses públicos”, observou.
Por Renato Bazan - Portal CTB
DIA 13 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA
Confira a agenda completa de mobilizações aqui.
EM DEFESA:
- Dos Direitos da Classe Trabalhadora
- Da Petrobrás
- Da Democracia
- Da Reforma Política
CONTRA O RETROCESSO!
TODOS NA PAULISTA
Avenida Paulista, 901
Horário: a partir das 16h* 
Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.
Defender os Direitos da Classe Trabalhadora
A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.
Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.
As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.
Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
Defender a Petrobrás
Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária. Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.
Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade. Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção.Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam presos. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.
Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detém tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.
Defender a Democracia – Defender Reforma Política
Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, aos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.
Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.
Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e às corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo.
No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.
Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.
Não aceitaremos retrocesso!
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FUP – Federação Única dos Petroleiros
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
UGT – União Geral dos Trabalhadores
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
UNE – União Nacional dos Estudantes
MST – Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra
CMP – Central dos Movimentos Populares
MAB – Movimento de Atingidos por Barragem
Fora do Eixo
Midia Ninja
Levante Popular da Juventude
FAF – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
MNPR – Movimento Nacional das Populações de Rua

*os demais locais nas outras cidades do Brasil serão informados à medida em que forem confirmados

Fonte: Portal CTB

Stédile em defesa da Petrobras: Estamos prontos para defender o Brasil

"Ganhamos as eleições nas urnas e vamos derrotá-los novamente nas ruas", disparou João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), ao falar sobre as investida da direita que destila sua sanha contra o Brasil e a Petrobras.

Veja mais na TV Vermelho:
Lula detona cobertura da mídia no caso Petrobras
FUP convoca sociedade: "Todos juntos nas ruas pela Petrobras"


Dilma: Diferente do passado, não temos crise que paralisa o país

Dilma participou da abertura 21ª Edição do Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat), no Parque do Anhembi, em São Paulo
gência Brasil
Dilma participou da abertura 21ª Edição do Salão Internacional da Construção
 (Feicon Batimat), no Parque do Anhembi, em São Paulo

Na cerimônia de abertura da 21ª Edição do Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat), no Parque do Anhembi, nesta terça-feira (10), em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff destacou aos empresários que o momento e de não deixar que "incertezas conjunturais" determinem suas perspectivas de futuro e reafirmou o compromisso do governo em garantir a retomada econômica.


"O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo", salientou a presidenta Dilma, pontuando que Brasil tem condições de avançar na economia e chegar a "novo patamar". “Não temos mais crise que paralisa e quebra o país. Temos condições de daqui avançar para um outro patamar.”

“Estamos fazendo ajustes, mas não abdicamos nem abdicaremos em estabelecer as condições para que, o mais rápido possível, tenhamos uma economia competitiva e mais dinâmica. Por isso, não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil", declarou a presidenta.

Base sólida

Dilma destacou que a economia brasileira tem fundamentos sólidos. “Temos todas as condições de passar a uma nova etapa. Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance até o final deste ano para que os sinais de recuperação comecem a aparecer”, disse.

A presidenta salientou a importâncias das medidas econômicas tomadas pelo governo, mas enfatizou que elas não vão comprometer as conquistas sociais, "tampouco vão fazer o Brasil parar".

"A conjuntura atual é muito mais difícil que nos últimos anos, mas ela não pode ofuscar os avanços nem tampouco obscurecer que hoje temos as bases, o aprendizado para ir muito mais além do que já fomos, para dar saltos de produção e de competitividade ainda maiores", disse Dilma, lembrando que, entre 2008 e 2014, o governo absorveu parte importante da crise para não afetar o mercado interno.

"Eu tenho trabalhado de forma sistemática para superar ainda este ano essa desaceleração. E devemos ter presente que o setor alcançou um patamar superior nesses últimos anos e hoje é parte do papel estratégico e importante de qualquer estratégia de desenvolvimento do Brasil", disse ela.

PAC e Minha Casa, Minha Vida

A presidenta declarou os programas no setor de construção, que dão base para o crescimento da economia, como o PAC e o Minha Casa Minha Vida, serão mantidos. E afirmou, ainda, que as ações tomadas pelo governo para ajustar as contas públicas e reduzir a inflação têm o propósito de reforçar "os fundamentos econômicos do país e construir novas condições para o crescimento do emprego".

"As obras do PAC já contratadas e em curso vão ser mantidas, vamos anunciar aproximadamente a terceira fase do PAC. vamos abrir também, o mais cedo possível, acreditamos ainda neste mês, uma nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) com novas parcerias fazendo concessão de aeroporto, porto, ferrovia e hidrovia e também ampliando a oferta de energia e água."

Ela reafirmou o compromisso com o lançamento da 3ª etapa do Minha Casa, Minha Vida que tem grande importância para o aquecimento do setor. “Nós vamos ser um pouco mais audazes, agora vamos para os 3 milhões de unidades habitacionais que nós queremos contratar até o final de 2018”, afirmou a presidenta.

Dilma citou também a importância da alteração do marco regulatório para concessões por meio de PPP (Parceria Público-Privado), que gerou mais demanda por produtos e serviços no setor de construção pesada.

Emprego

Segundo ele, esse crescimento do setor refletiu também na geração de emprego formal no setor. “Nos últimos 12 anos o emprego formal mais que dobrou passando de 1,10 milhão em 2002 para 2,78 milhões em dezembro deste ano. É importante sinalizar que uma parte das 544 milhões de pessoas que chegaram à classe média teve na construção civil uma alavanca, o primeiro degrau”, afirmou Dilma, lembrando que o setor atingiu um patamar superior nos últimos anos, resultado também da oferta de crédito que, a partir de 2003, passou de R$ 20,5 bilhões para quase R$ 500 bilhões, atingindo 9,7% do PIB.

Do Portal Vermelho, com informações de agências

Barusco se nega a responder perguntas sobre propinas da época FHC

  

O engenheiro Pedro Barusco, ex-gerente de Tecnologia da Petrobras, se recusou a responder a perguntas feitas pela CPI da Petrobras, principalmente por deputados do PT, a respeito de propina que ele admitiu ter recebido da empresa holandesa SBM entre 1997 e 2003. 


Ele explicou que não podia detalhar as operações com a SBM porque está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e pela Justiça da Holanda por conta desses pagamentos.

Barusco foi interrogado a respeito disso pelos deputados Valmir Prascidelli (PT-SP), Jorge Solla (PT-BA) e Maria do Rosário (PT-RS), que queriam saber como funcionava o esquema de pagamento de propina antes de 2004. “Não posso responder”, disse.

O depoimento de Barusco, apesar de não acrescentar novidades ao que já tinha declarado na delação premiada, deixou espaço para várias contradições. Ao mesmo tempo em que afirma que desde de 2005 os pagamentos de propinas “passam a ser institucionais”, pois a partir de então teriam contado com a participação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o mesmo Barusco diz nunca ter entregue dinheiro ao dirigente petista, e afirma: “Não sei se o Vaccari recebeu, se foi doação legal, se foi no exterior, se foi em dinheiro”. Além disso, Vacarri, como lembra o PT em nota oficial, só assumiu o cargo de tesoureiro em 2010.

À Justiça Federal, Barusco disse que recebeu propina sistematicamente da SBM a partir do ano de 2000, quando a empresa holandesa foi contratada pela Petrobras para o aluguel de navios-plataforma. Como os contratos eram de longa duração, disse que recebeu propina regularmente até 2003, período em que era gerente de Tecnologia de Instalações. Ele disse que, nesse período, recebia quantias que variavam entre US$ 25 mil a US$ 50 mil por mês.

Da redação do Vermelho com informações da Agência Brasil

terça-feira, 10 de março de 2015

Putin ratifica lei de criação do banco do Brics

 O presidente russo, Vladimir Putin, assinou a lei de ratificação do acordo sobre o novo Banco de Desenvolvimento do Brics. A Duma de Estado (câmara baixa do parlamento da Federação da Rússia) já havia aprovado o acordo da criação do Banco do Brics no dia 20 de fevereiro. 


 
O acordo sobre o banco, visto como uma alternativa ao Banco Mundial dominado pelos Estados Unidos e ao Fundo Monetário Internacional, foi assinado em meados de julho de 2014, na 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza.

A nova instituição terá um capital autorizado de US$100 bilhões e vai financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos países membros, bem como em outros países em desenvolvimento.

A próxima cúpula presidencial dos Brics terá lugar neste ano em Ufá, república do Bascortostão, na Rússia. Lá também acontecerá a primeira reunião do Conselho de Dirigentes dos Brics, que deverá apresentar candidaturas para a presidência e vice-presidência do banco.

Anteriormente, o Ministério das Finanças russo tinha informado sobre a sua expectativa de o banco começar a funcionar até finais de 2015. O banco dos Brics poderá atuar em pleno funcionamento daqui a quatro ou cinco anos.

Fonte: Agência Sputnik  via Vermelho

Ato dia 13: Centrais sindicais fazem coletiva com blogueiros no Barão

Adilson, da CTB, e demais lideranças das centrais confirmaram participação na coletivaO Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Agência Sindical promovem nesta terça-feira (10) coletiva de imprensa de representantes das centrais sindicais com blogueiros e a mídia sindical sobre a pauta e a agenda dos trabalhadores.


Adilson, da CTB, e demais lideranças das centrais confirmaram participação na coletiva
O principal tema da coletiva será o ato marcado pelas centrais e movimentos sociais nesta sexta-feira (13), em defesa da democracia, da Petrobras e dos direitos. Já confirmaram presença Vagner Freitas, presidente da CUT; Adílson Araújo, presidente da CTB; Juruna, secretário-geral da Força Sindical; Canindé Pegado, secretário-geral da UGT; Luiz Gonçalves, presidente estadual da Nova Central; Antonio Neto, presidente da CSB; e Edson Carneiro-Índio, secretário-geral da Intersindical.

Nesta segunda (9), representantes das centrais se reuniram, em São Paulo, para definir os preparativos finais do ato que será realizado em diversas capitais brasileiras. Em São Paulo, a concentração será às 16 horas, na avenida Paulista, 901, em frente ao prédio da Petrobras.

"Essa jornada requer uma ampla mobilização para derrotarmos o golpismo e retomarmos a contraofensiva política contra a direita. Dia 13, vamos ganhar ruas, praças e avenidas em defesa da Petrobras, da indústria nacional e de uma reforma política democrática", defendeu o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

A coletiva desta terça (10), que será transmitido ao vivo pela Mídia Ninja, é aberta ao público. A sede do Barão de Itararé fica à Rua Rego Freitas, 454, 8º andar, centro de São Paulo.

Fonte: Agência Sindical e Portal CTB

UNE convoca os estudantes para mobilização no dia 13 de março

Presidenta da UNE, Virgínia Barros, durante a Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, realizada no último sábado (7)
Mariana Serafini
Presidenta da UNE, Virgínia Barros, durante a Plenária Nacional dos
Movimentos Sociais, realizada no último sábado (7)

A UNE convoca os estudantes para se mobilizar nesta sexta-feira (13), em todo o Brasil, contra as investidas golpistas, em defesa da Petrobras, da reforma política e da conquista de mais direitos para o povo brasileiro. Na capital paulista a mobilização será em frente ao prédio da Petrobras, Avenida Paulista, 901. 


A presidenta da UNE, Virgínia Barros, alerta para o fato de que a movimentação golpista não acontece apenas no Brasil, mas também na Venezuela e na Argentina, e a situação nacional não pode ser vista de forma isolada. Ela ressalta ainda a crise do capitalismo que assola os países da Europa e, evidentemente, atinge também a economia brasileira.

Vic é incisiva ao afirmar que cabe aos estudantes e aos trabalhadores ocupar as ruas em defesa da democracia, dos direitos já conquistados e dos avanços no campo social. Quanto à Petrobras, a relação dos estudantes com a empresa já é antiga, desde a campanha “O petróleo é nosso!”, em 1953.

Os estudantes sempre estiveram em defesa da Petrobras e do Brasil. Em 2009 o petróleo voltou à agenda nacional e mais uma vez a classe estudantil entrou em defesa do investimento do fundo social do pré-sal para a educação. Esta campanha ganhou as ruas e mobilizou as universidades de todo o país para conquistar 10% do PIB para a educação, pauta que foi aprovada em 2014, após muita luta.

Agora os estudantes estão prontos para lutar contra os setores conservadores e neoliberais da sociedade que tentam enfraquecer a Petrobras, maior empresa de petróleo do mundo, para entrega-la ao imperialismo. A UNE convoca a população brasileira a sair às ruas e defender o que pertence ao povo. Ressalta ainda que os funcionários de alto escalão envolvidos em corrupção devem ser investigados e punidos, mas eles não representam os milhares de trabalhadores que movem a empresa.

A manifestação desta sexta-feira (13) conta com a unidade de diversos movimentos sociais, entidades e partidos políticos de esquerda, entre eles a UJS, a CTB, CUT, MST, MTST, Unegro, UBM e Levante Popular da Juventude.

Leia também: 
Plenária Nacional dos Movimentos Sociais aponta para a unidade
Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini, com UN
E

Chico Caruso: quando um artista vende sua alma à política do ódio

  

A trajetória de Chico Caruso tem passagens pelos jornais Opinião e Movimento, ambos com relevantes serviços prestados à luta contra a ditadura. Caruso era um jovem e talentoso cartunista. Passa o tempo e em 1984 é contratado pelo jornal O Globo. Pouco a pouco, em um lento processo de degenerescência, Caruso foi incorporando toda a carga de ódio que o sistema Globo alimenta contra a democracia e a esquerda. 


Durante o processo da Ação Penal 470, que a mídia hegemônica apelidou de mensalão, o cartunista já revelava a adesão total à linha editorial dos patrões, unilateral e injusta. A história está cheia de exemplos de talentosos artistas conservadores e até reacionários. Mas, em geral, são pessoas que formaram determinadas concepções e as mantiveram ou, em alguns casos, mudaram ao longo da vida, como Raquel de Queiroz, ex-militante comunista que tornou-se defensora do golpe militar. O problema não é que Caruso tenha mudado. O problema é que Caruso apodreceu. A impressão que dá é que ele não mudou ou foi ganho por uma “causa”, mas simplesmente deixou-se decompor, acostumado aos mimos e regalias de ser um festejado homem de confiança da Globo, e isso comprometeu sua “alma” de artista. Bertold Brecht dizia que “a verdade é guerreira, não combate só a mentira, mas certos homens bem determinados que a propagam”. Caruso passou a ser propagador das mentiras. Sua charge do dia 8 de março (acima) é inqualificável. Não importa aí (e Lênin já ensinava isso) qual a intenção do Chico Caruso e sim quais as consequências do seu ato.

Chico Caruso: quando um artista vende sua alma à política do ódio II

Alguém pode alegar que ele queria mostrar a Dilma em uma situação onde ela seria refém. Nada disso. O que o cartunista fez, intencionalmente ou não, foi jogar lenha na fogueira do ódio cego contra a presidenta recém reeleita. A charge deve estar enfeitando neste momento o quarto de muito neonazista seguidor de Bolsonaros e Olavos de Carvalho. As dondocas devem rir à larga exibindo a charge para as empregadas: “olha o que vai acontecer com a sua candidata”. Caruso com certeza ganha muito com isso. Nas festas em que atua como humorista da corte global, provavelmente vão até deixá-lo entrar pela porta da frente e não mais pela de serviço e quem sabe, será tratado com carinhosa intimidade pelos super-ricos patrões da famiglia Marinho. Como bem escreveu no próprio dia 8 o jornalista Paulo Nogueira, no DCM: “como chargista sua carreira como alguém digno de algum respeito terminou hoje”. É verdade, como é mesmo aquela frase de um escritor conservador irlandês, cujo nome no momento me escapa: “não se pode esperar de um animal castrado que ele seja fecundo”.

O panelaço do ódio

Manchetes de O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (09): “Na TV, Dilma defende ajuste; nas ruas, panelaço”, “Fala de Dilma na TV gera panelaço em 12 capitais”, “Dilma vai à TV defender ajuste e fala é recebida com panelaço”. Pelas manchetes parece que o Brasil inteiro fez um ensurdecedor panelaço durante a fala da presidenta. Experimente caro leitor, no entanto, fazer como fizemos na Redação do Portal Vermelho e saia perguntando para seus amigos se houve panelaço em sua rua. Será muito difícil encontrar alguém que diga que sim. O panelaço, amplamente convocado pelas redes e com pessoas estrategicamente espalhadas para propagá-lo, aconteceu de fato mas limitou-se a certos bairros burgueses e de classe média alta de algumas cidades. O fotógrafo Alexandre Freitas Simões, do Rio de Janeiro, pergunta em seu twiter: “PANELAÇO??? Onde aconteceu?? Em Maria da Graça, Méier, Tijuca, Maracanã não aconteceu nada, nadinha.....”.

O panelaço do ódio II

Segundo umas das “líderes” do panelaço, ouvida pela Folha de S. Paulo, “trabalhamos muito para viralizar a convocação para o protesto”. O jornalista Altamiro Borges relata em seu Blog: “A jornalista Barbara Gancia, que participa de um programa da GloboNews e não pode ser acusada de governista, ficou impressionada com a reação de alguns bairros ‘nobres’ de São Paulo. Na sua conta no Twitter, ela registrou: ‘Barulho de bate panela e vaia ensurdecedores no Itaim Bibi. Discurso de Dilma estará sendo recebido com o mesmo 'entusiasmo' no Itaim Paulista [periferia]?’. De imediato, vários de seus seguidores descreveram a situação dos seus locais de moradia, o que confirma que as vaias, panelaços e apitaços foram ‘classistas’, da elite alienada e hidrófoba da capital paulista: Marco Barretto postou: ‘Aqui nos Jardins foi o maior barulho!’. Mari Andrade relatou: ‘Morumbi fez barulho’. E Luciana Vozza acrescentou: ‘Acabei de ver um vídeo de Moema. Muitos gritos. Aqui em Pinheiros, divisa com Vila Madalena, começando barulhinhos’. Já Marcos Alves, da região operária do ABC paulista, brincou: ‘Em Santo André só barulho da chuva, que delícia’. Rovilson de Freitas também deu seu relato da periferia. ‘Pirituba, silêncio...’. Ju Oliveira completou: ‘O bom de morar na perifa é isso. Não ouço nada’. E outro internauta ainda deu uma alfinetada nos tucanos aloprados: ‘Aqui tá normal! Mas avisa o povo para não suar muito porque não tem água para tomar banho’.”

O Panelaço do ódio III

Este pacato redator estava em um bar da Vila Madalena, São Paulo, tomando um modesto chope em comemoração pela retumbante vitória do Vasco sobre a poderosa equipe do Bonsucesso, quando apareceu nas tvs do estabelecimento a imagem da presidenta em seu pronunciamento. Como tinha som ambiente alto, pouca gente de fato ouviu, só quem estava perto, mas em nenhum momento houve qualquer gesto de hostilidade. Se o panelaço não chama atenção pela extensão, é evidentemente preocupante o ódio cada vez mais virulento de uma elite totalmente despreparada para o debate. O publicitário e blogueiro Carlos Maia estava em sua residência, no bairro de classe média de Boa Vista, Curitiba e relata que começou a ouvir barulhos que a princípio, atribuiu a latidos de cães: “percebi que os uivos e grunhidos que vinham de fora eram do sobrado (de rico) de meu vizinho. Aos berros, e gritando coisas como; ‘vagabunda, puta, escrota, vai para Cuba’ (e demais palavras desconexas que não consegui decifrar)”. Carlos Maia, militante do PCdoB, resolveu também dirigir algumas palavrascarinhosas para o vizinho que, certamente sem esperar por esta reação, bateu em retirada. Este pequeno caso encerra valiosa lição: tudo que não se pode demonstrar diante do fascismo é medo. Como disse o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, “a tarefa é ocupar as ruas, pois a contraofensiva somente será vitoriosa se o campo democrático e popular for vitorioso também na batalha das ruas”.

Para descontrair
A jornalista Mariana Serafini enviou esta foto com uma pequena cédula de propaganda do jornalista Aparício Torelly, o Barão de Itararé, então candidato a vereador do Rio de Janeiro em 1947. Seu slogan de campanha era: "Mais leite! Mais água! Mas menos água no leite!". Foi eleito junto com outros 17 vereadores comunistas. Certa vez foi interpelado da tribuna pelo vereador Carlos Lacerda que acusava o Barão de Itararé de estar atacando a sua honra pessoal. O Barão respondeu: “fique tranquilo vereador, tenho certeza de que você faz na vida pública, a mesma coisa que faz na privada”.


Colabore com o Notas Vermelhas: envie sua sugestão de nota ou tema para o email wevergton@vermelho.org.br