sábado, 12 de janeiro de 2013

Prefeitura faz limpeza do São Caetano


A Prefeitura de Itabuna iniciou nesta sexta-feira, 11, pelo trecho do bairro Pedro Jerônimo, os serviços de limpeza e dragagem mecânica do canal de macrodrenagem do São Caetano. Com extensão de cerca de dois quilômetros, o canal encontra-se assoreado, com grande quantidade de lixo e entulho no seu leito, poluindo a área do seu entorno, exalando mau cheiro, produzindo de nuvens de insetos e servindo de local para reprodução de animais peçonhentos, ratos e outros roedores.  
 
Havia muitas queixas de moradores e comerciantes de ruas adjacentes pela critica situação do canal que ficou sem limpeza regular e simplesmente acabou abandonado pela prefeitura. A Justiça chegou a condenar o município, depois de acionada pelo Ministério Público estadual, obrigando-o a executar serviços de limpeza não só do canal do São Caetano como de canais de macrodrenagem de outros logradores da cidade, sob pena de multa, o que jamais foi cumprido pela gestão anterior.

A feirante Maria Costa, 60 anos, recebeu com alegria a noticia de que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) daria início aos serviços de limpeza do canal do São Caetano. Segundo disse há dois anos que moradores, comerciantes e feirantes reclamam da degradação do canal de macrodrenagem. “Perdemos clientes, deixamos de vender mercadorias pelas péssimas condições das áreas da feira vizinhas do canal. Essa noticia chega em boa hora. A gente já não tinha a quem reclamar”, completou o comerciante José Teixeira, 59 anos, que trabalha na feira há 20 anos.

A Sedur informa que o trecho inicial entre o Pedro Jerônimo e a Avenida Princesa Isabel, no São Caetano, o canal tem revestimento de pedra e boca de dez metros de largura. No segundo trecho, entre a Princesa Isabel e o Gogó da Ema, também revestido, a largura é de oito metros até o desaguamento no Ribeirão Icó, nas proximidades da Vila Olímpica. Nos serviços de limpeza, que incluem a dragagem mecânica com escavadeira hidráulica nas laterais, todos os resíduos sólidos serão carregados em caçambas e descartados em uma área do lixão.

Fonte: ASCOM/Prefeitura

Haiti ainda possui 350 mil pessoas vivendo em acampamentos


Três anos após o terremoto que destruiu a capital do Haiti e matou 220 mil pessoas, um dos principais símbolos da tragédia começa a desaparecer da vista dos haitianos. Foram extintos recentemente grandes campos onde haitianos viviam em barracas, que tomavam praças e até o estádio de futebol.


O problema, no entanto, ainda não acabou, já que, "escondidos", ainda existem 357 mil nessas condições. E não há definição clara de quando isso vai ter fim. Logo após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, haitianos que perderam as suas casas foram destinados a "campos de deslocados", que se espalharam por diversas áreas de Porto Príncipe.

Estima-se que 1,5 milhão de pessoas tenham passado a viver dessa forma nos meses após a tragédia. No segundo semestre do ano passado, o governo do Haiti concluiu um programa-piloto para tentar acabar com os campos de deslocados.

Com um investimento total de US$ 49 milhões (R$ 98 milhões), seriam feitas melhorias em 16 bairros atingidos pelo terremoto para que os moradores pudessem retornar. Além disso, seriam fechados seis campos, meta que foi superada.

Entre os fechados estão o da praça Champs de Mars (ao lado do Palácio Nacional), dois na área nobre de Pétionville, um na antiga Primatura (gabinete do primeiro-ministro e outros ministérios, que ruiu com o terremoto) e o que ocupava os gramados do Estádio Nacional Sylvio Cator. Para deixar esses locais, as pessoas receberam por um ano auxílio-aluguel.

Denúncias

Entidades de direitos humanos afirmam que, para mostrar resultado à comunidade internacional, desapareceram as barracas perto de hotéis, do governo e do aeroporto. Por outro lado, a alguns metros da principal via de acesso ao aeroporto, continua existindo um com cerca de 50 mil pessoas.

"Os lugares foram escolhidos estrategicamente. Por isso os campos fechados ficam perto da sede do governo ou em Pétionville, onde se hospedam muitos jornalistas que vão ao Haiti", disse a americana Nicole Philips, do Instituto para a Justiça e Democracia no Haiti. Ela também destaca que houve poucas melhorias nos bairros.

A mesma visão têm muitos moradores dos campos de deslocados. "A preocupação do governo é só em deixar bonito do lado do palácio", disse Edouard Louis, que vive num dos campos.

Fonte: Jornal olha de S.Paulo via Vermelho

PIG: a semana dos grandes erros na grande mídia


Wishful thinking. A expressão inglesa é a melhor tradução para o comportamento dos grandes jornais brasileiros na semana que passou e expressa um dos principais erros do pensamento, que é o de transformar desejos em realidade. Em vez de narrar os fatos como eles são, a história é contada como gostaríamos (ou gostariam) que fosse.


Entre pessoas comuns, o erro é perdoado. Mas quando se trata de grandes jornais, que têm o dever da objetividade, a questão se complica. A semana que passou, para a grande imprensa, foi também a semana dos grandes erros. Não pequenos deslizes, mas erros colossais, que, em alguns casos, foram escritos em letras garrafais – fugindo até ao padrão gráfico das publicações.

O jogo dos erros começou com a Folha de S. Paulo, dos Frias, que, na segunda-feira, anunciou: "Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico". No subtítulo, a mensagem de que, na "reunião de emergência", seriam discutidas medidas contra o racionamento, sob a imagem de uma vela acesa na escuridão. Este era o desejo – o wishful thinking. A realidade, no entanto, é que a reunião não era emergencial nem haverá racionamento.

No dia seguinte, foi a vez do Estadão, principal concorrente da Folha, que não ficou atrás. O sonho da família Mesquita, que controla o jornal, talvez seja ver o ex-presidente Lula atrás das grades. E a manchete "MPF vai investigar Lula" veio em negrito e letras gigantes como se anunciasse que a Alemanha nazista foi derrotada pelos aliados. Mais um exemplo de wishful thinking. No mesmo dia, a "informação" foi negada pelo procurador-geral Roberto Gurgel.

O Globo, dos Marinho, naturalmente, não poderia ficar de fora da festa e anunciou que grandes grupos empresariais já planejam racionar energia. Outra demonstração de um desejo – na quinta-feira, após uma reunião com a presidente Dilma, os principais empresários do País deram demonstrações públicas de que não estão trabalhando com a hipótese de apagão.

Se tudo isso não bastasse, houve também a barriga de Veja Online, que, também nesta semana, anunciou a fusão entre Bradesco e Santander. Neste caso, não era wishful thinking. Apenas um erro de informação e os jornalistas responsáveis foram demitidos.

De todo modo, a semana foi exemplar ao escancarar os riscos que se corre quando a vontade política dos editores se sobrepõe à objetividade dos fatos.

Fonte:Portal Brasil247 via Vermelho

Assassinatos de homossexuais triplicaram em 5 anos no Brasil


O número de assassinatos de homossexuais quase que triplicou em cinco anos no Brasil e passou de 122 casos em 2007 para 336 em 2012, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira (11) pela associação Grupo Gay da Bahia (GGB). O relatório, que usa dados da Polícia, mostrou que os homicídios de homossexuais aumentaram paulatinamente e, no último ano, cresceram 26% no país.


São Paulo foi o estado onde mais assassinatos foram registrados, 45, enquanto a taxa de homicídios mais alta correspondeu a Alagoas, onde foram registradas 18 mortes, o que representa 5,6 mortos por cada milhão de habitantes.

Além das 336 mortes no Brasil, o relatório acrescenta o assassinato de duas brasileiras na Itália que, previamente, "tinham sido expulsas" de seu país por homofobia, segundo disse à Agência Efe o responsável do relatório, o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, a maior e mais antiga associação deste grupo no Brasil.

Entre todos esses homicídios, 188 eram homens homossexuais, dois bissexuais, 19 lésbicas, 128 travestis e também se incluiu o caso de um jovem heterossexual que foi assassinado por um grupo de radicais que o confundiu com um gay.

Segundo o antropólogo, em 70% dos casos publicados no relatório, a Polícia não identificou os assassinos, que ficaram impunes.

Vários motivos
Mott atribuiu o aumento de assassinatos ao aumento generalizado da violência no país, à impunidade dos crimes, à falta de políticas públicas para proteger os grupos mais vulneráveis e à "maior visibilidade" dos homossexuais, que a cada ano organizam mais desfiles e "saem mais do armário".

"O Brasil é um país extremamente contraditório no tratamento aos gays. Tem um lado rosa, com a maior parada gay do mundo, com três milhões de pessoas em São Paulo, a maior associação LGBT ibero-americana e muita visibilidade em ruas, mas tem um lado vermelho sangue. É o campeão mundial de assassinatos", afirmou.

Os gays brasileiros também enfrentam o problema da "homofobia governamental", segundo Mott, que se manifesta na maneira como a Polícia e a Justiça tratam o assunto. Segundo ele, os policiais e os juízes "veem os gays como réus, não como vítimas".

Mott criticou ainda o fato do governo federal ter impedido, em maio do ano passado, a distribuição nas escolas de material que trata sobre a homossexualidade e o combate à homofobia, a partir de protestos de grupos religiosos.

O antropólogo também reclama da demora do Congresso em aprovar o projeto de lei que equipara a homofobia ao delito de racismo, que está parado há anos pela pressão da bancada evangélica.

Da Redação do Vermelho em Brasília  - Com Agência Terra

Tourinho diz que não há risco de racionamento


O Ministro de Minas e Energia entre 1999 e 2001, ano em que houve racionamento de energia no país, Rodolpho Tourinho disse nesta sexta-feira (11) que não é possível comparar a situação atual do sistema elétrico brasileiro com o de 12 anos atrás. 


Segundo ele, a capacidade de geração de energia termelétrica hoje é muito maior, em torno de 14 mil megawatts.

Ele não acredita em risco de racionamento. “O que está se olhando é nível de reservatório, quando o que tem que se olhar é nível de reservatório e a capacidade de geração térmica”, disse Tourinho. 

Ele é presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada e falou após se reunir por cerca de duas horas com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
“O que ocorreu em 2001 é que não tinha geração térmica e nem se conseguiu fazer um programa emergencial, que aliás deveria ter sido feito anos antes de 2001. São aquelas térmicas que foram programadas (no governo FHC) e outras, no governo Lula, que hoje levam a essa posição de se ter 14 mil megawatts de geração térmica”, disse Tourinho.

Segundo o ex-ministro, os assuntos tratados hoje com a presidenta foram a necessidade de ampliação do financiamento privado e a qualificação de pessoal. Ele disse que o país nunca houve volume tão grande de obras em andamento e programadas. Daí a participação do financiamento privado em infraestrutura ser importante para complementar a atuação do BNDES.

Sobre a qualificação de pessoal, ele disse que é compromisso assumido pela indústria da construção com o governo, e será ampliado este ano. “O setor da construção pesada tem número muito grande de obras, vive quase no pleno emprego e nessas condições a gente precisa qualificar essas pessoas”.

Rodolpho Tourinho disse que confia no caminho que o país está seguindo e que o setor privado tem papel crucial nos programas de melhoria da infraestrutura do país. “O papel da iniciativa privada, hoje, talvez seja mais importante do que foi até aqui". Segundo ele, os programas são de governo, mas a responsabilidade maior é da iniciativa privada. "Por isso ela deve estar afinada com todo esse grande programa de investimento em infraestrutura que está sendo feito', disse o ex-ministro.


Fonte: Vermelho

PCdoB se solidariza com venezuelanos e denuncia plano da direita


Nesta quinta-feira (10), quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tomaria posse de seu terceiro mandato, uma multidão de pessoas foi às ruas de Caracas para fazer o juramento pelo mandatário — que se recupera de uma cirurgia para retirada de um câncer na região pélvica. Em comunicado emitido nesta sexta-feira (11), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se solidariza com o povo venezuelano e denuncia a posição da direita que tenta “frear a marcha vitoriosa da Revolução Bolivariana”.


Veja a íntegra da nota:

Estimados camaradas, 

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se solidariza novamente com a Revolução Bolivariana, com o Grande Polo Patriótico, com vosso Partido e, em especial, com o presidente Hugo Chávez Frias, em função de seu delicado estado de saúde e derivado disto, com sua impossibilidade de estar presente em Caracas em 10 de janeiro para as formalidades previstas para continuar seu renovado mandato como presidente da República Bolivariana de Venezuela. 

Ao mesmo tempo, denunciamos as posições reiteradamente golpistas da direita venezuelana, que desconhecendo a avalanche de votos populares que reelegeram o presidente Chávez, no ultimo 7 de outubro, segue tentando frear a marcha vitoriosa da Revolução Bolivariana.

Defendemos o respeito à soberania popular e as instituições políticas da Venezuela e saudamos a posição da Assembleia Nacional e a justa interpretação da Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça, que chamada a interpretar a Constituição, determinou a continuidade administrativa, uma vez que o Poder Executivo segue legitimamente constituído e exercendo em plenitude suas funções. 

Saudações revolucionárias,

Renato Rabelo – Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Ricardo Alemão Abreu – Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Da Redação do Vermelho

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Conflito ameaça tesouros arqueológicos na Faixa de Gaza


Numa região sob bloqueio, assolada por altos índices de desemprego, sem infraestrutura, com más condições de moradia e restrições à agricultura e à pesca, além de palco de constantes bombardeios, poucos em Gaza dão atenção às relíquias do passado. Apesar disso, a história está por todos os lados.


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 Peças de antiguidade desaparecem do conhecimento humano durante os bombardeios à Faixa de Gaza.



















Os anos de conflito na Faixa de Gaza têm ameaçado os esforços de preservação da rica história local, que remonta à Idade do Bronze. Gaza foi colonizada ao longo de cinco milênios por diferentes civilizações, que deixaram rastros como igrejas, monastérios, palácios e mesquitas, além de milhares de artefatos preciosos.
"No subsolo de Gaza há uma outra Gaza, mas todos os sítios arqueológicos daqui são descobertos por acaso", diz Hayam Albetar, arqueóloga do Ministério de Turismo e Antiguidades.

O ministério, comandado pelo grupo Hamas, é o órgão oficial encarregado de escavações e da preservação, mas seu trabalho vem enfrentando uma série de obstáculos. Sua sede foi danificada durante os bombardeios de novembro em Gaza. Alguns sítios históricos também foram afetados, dizem autoridades.

"Uma bomba atingiu diretamente uma igreja bizantina nos últimos conflitos, danificando os mosaicos de seu piso", afirma Ahmed al-Bursh, vice-ministro de Turismo. Segundo ele, o palácio histórico de Al-Basha e antigas muralhas do centro antigo de Gaza também sofreram rachaduras causadas por bombardeios indiretos.

Reparação
Ruínas do monastério de S. Hilário, um dos locais que estão sendo escavados na região. Com poucos recursos, muitos dizem que será difícil consertar os danos causados à igreja bizantina. Além disso, como a maior parte do trabalho de restauração e preservação é feito pelo ministério, outros grupos e países raramente oferecem apoio aos esforços, já que fazê-lo significaria associar-se ao Hamas – grupo que é tachado como terrorista por Israel, EUA e União Europeia.

E o controle israelense das fronteiras de Gaza impede a entrada de equipamentos, sob a suspeita de que estes poderiam ser usados pelos militantes. "As pessoas daqui não podem viajar para treinamentos externos e só podemos usar ferramentas locais, que não nos permitem escavar de maneira precisa", relata Hayam Albetar.

Atualmente, a maioria dos antigos mosaicos está coberta por camadas de areia, o que, segundo Albetar, seria a melhor forma de preservá-los. As ferramentas arqueológicas de Gaza são rudimentares, pouco adequadas à tarefa delicada de escavar relíquias frágeis.

"Há dois meses, um homem encontrou um lindo mosaico ao escavar perto de sua casa, em Beit Lahiya, no norte de Gaza. Ele nos notificou, mas ainda não sabemos se descobrimos uma igreja ou um monastério, já que escavamos apenas uma pequena parte. Só sabemos que é algo grande", relata Albetar.

Ruínas submersas

Por centenas de anos, o porto de Gaza foi a porta de entrada ao Oriente, exportando perfumes, grãos, têxteis e especiarias. A costa prosperou, mas em seguida entrou em declínio, deixando submerso um tesouro arqueológico costeiro.
 
"Num dia calmo, dá para ver as fundações do porto de Mayumas sob as águas. Descobrimos moedas, vidro e cerâmicas nessas costas", conta Salim, historiador local. Mayumas, um porto comercial romano tão grande a ponto de abrigar dez igrejas, há muitos anos desapareceu sob as areias e o mar.

"Muito pouco foi descoberto (a respeito do local), em comparação com o que deve estar escondido embaixo de nossos pés. Não temos a oportunidade de sair e procurar ruínas históricas escondidas", prossegue Salim.

Essas ruínas muitas vezes se revelaram por conta própria. Dois anos atrás, durante um forte vendaval, oito colunas romanas foram levadas à costa e posteriormente identificadas como partes de uma antiga igreja.

História negligenciada

Numa região assolada por altos índices de desemprego, más condições de moradia e restrições à agricultura e à pesca, poucos em Gaza dão atenção às relíquias do passado. Apesar disso, a história está por todos os lados. O centro antigo de Gaza concentra diversos prédios antigos, e passeios por ruas paralelas levam a estruturas de pedra de épocas passadas.

Alguns foram restaurados, como os banhos de Al-Samra e a mesquita de Al-Omari, que acredita-se ser o local do antigo templo de Dagon, destruído pela figura bíblica de Sansão. Mas muitas estruturas antigas na velha Cidade de Gaza estão dilapidados ou repletos de lixo. E, à medida que a população de Gaza cresce, muitos constroem “puxadinhos” de concreto sobre prédios históricos.

Com isso, bem como com os conflitos e as limitações à preservação, a rica história local corre o risco de ficar perdida para sempre.

Fonte: BBC via Vermelho

Emasa prepara a ampliação da rede de água


Com o anúncio do início das obras de construção da Barragem do Rio Colônia, feito pelo governador Jaques Wagner na terça-feira, 8, em Itabuna, a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) já está realizando estudos visando ampliar e modernizar a rede de abastecimento de água para a população itabunense.

Para que as famílias de Itabuna sejam atendidas, o presidente da empresa, Ricardo Campos (foto) ressalta ser imprescindível e urgente que a Emasa se prepare para este novo tempo, com investimentos que possam assegurar não só a captação, mas principalmente a distribuição de água tratada.
“Neste sentido, o prefeito Vane já determinou que a Emasa desenvolva estudos para que, além de ampliar a oferta, possa modernizar  a rede de abastecimento com investimentos em tecnologia, que resultarão numa economia significativa em custos com energia”. Ricardo Campos explica que com estes investimentos as manobras no sistema de distribuição serão automatizadas, contribuindo economicamente para que a Emasa seja auto-sustentável.

“Além de melhorar muito a questão da oferta d’água para a população, a obra certamente vai reduzir os custos da empresa, já que vamos captar água dentro do município de Itabuna, no bairro de Ferradas, com a perenização Rio do Cachoeira. Hoje captamos água no Rio Almada, no Distrito de Rio do Braço e  em Castelo Novo, no município de Ilhéus, a um custo elevadíssimo de bombeamento”, informou.

De acordo com o presidente, o custo de energia elétrica está na ordem de R$ 500 mil mensais. “Com a barragem isso vai mudar, pois a obra irá perenizar o rio, permitindo assim a captação de água dentro de Itabuna com a redução do custo de energia elétrica, e aumentando a oferta de água de 900 litros por segundo para 1.400 litros/segundo”, esclarece. Campos acrescenta que com a construção da barragem o governo municipal terá capacidade de atrair novos investimentos na área industrial, ampliando a geração de emprego e renda para o município e a região.

Fonte: ASCOM/Prefeitura

Telebras oferta serviço de internet em 20 estados e no DF


A Telebras divulgou nesta quinta-feira (10) que o seu serviço de internet está disponível em 300 municípios de 20 estados e do Distrito Federal. Não cobre, ainda, os estados da Região Norte. A rede de 12 mil quilômetros de fibras óticas da empresa cobre 900 municípios, mas o serviço está disponível, por enquanto, em 300, como mostra a relação publicada no endereço www.telebras.com.br.


Os provedores de internet alugam a rede oferecida pela Telebras e seguem o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) do governo federal, que viabiliza acesso ao serviço de banda larga a baixo custo. O usuário final paga R$ 35 por mês nos estados que cobram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e nas unidades da Federação que não cobram o imposto, a mensalidade cai para R$ 29,90.

A capacidade atual da unidade de transmissão de dados do PNBL é 1 megabit por segundo (Mbps). De acordo com o presidente da Telebras, Caio Bonilha, a rede de telecomunicações da empresa está preparada para dobrar a velocidade para 2 Mbps no decorrer deste ano, sem custo adicional para o usuário, e sinaliza a possibilidade de elevar o PNBL para 4 Mbps em 2014.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Milhares de pessoas nas ruas: povo toma posse por Chávez


Desde o início da manhã milhares de venezuelanos se concentram nas ruas em torno do Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, em apoio ao presidente Hugo Chávez e em defesa da Revolução Bolivariana. Também estão presentes presidentes e chanceleres de diversos países latino-americanos.



Ato chávez
Povo se mobiliza em Miraflores em apoio a Chávez e à Revolução Bolivariana
Vindos de todos os pontos do país, os chavistas se concentram em pelo menos cinco pontos: a Praça Venezuela, a Avenida Libertador, o Bulevar Panteón e a Avenida Baralt, além do próprio Palácio e ruas próximas a ele. 


“Eu estou com meu presidente nas horas boas e más. Hoje ele precisa do apoio de todos nós e aqui estamos, na rua, para respaldar sua gestão. Peço a Deus que lhe dê força e que regresse com todo ferro para lutar por nossa pátria”, disse um manifestante à agência estatal venezuelana, AVN.

Por sua vez, uma porta-voz do Conselho Comunal Sul La Paz, do estado Falcón, assegurou que viajou até Caracas para respaldar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que determinou que Chávez tomará posse quando concluir seu tratamento médico: “vim de Falcón para empossar Chávez. Aqui o juramento e bendigo, porque nós decidimos em 7 de outubro, votamos para que Chávez fosse nosso presidente. E à oposição digo que se acalmem e que não tentem, porque o povo está na rua respaldando o STJ, a Revolução e Chávez”, disse à agência.

Chávez está internado em Havana após ser operado em 11 de dezembro de um câncer na região pélvica, e nesta quarta-feira (9) o Supremo Tribunal de Justiça permitiu o adiamento da formalização da posse e considerou que existe “continuidade de administração” entre ambos períodos.

Os presidentes do Uruguay, José Mujica; Bolivia, Evo Morales; Nicarágua, Daniel Ortega; e Haití, Michel Martelly; o vice do Conselho de Ministros de Cuba, Miguel Díaz Canel; os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman, e do Equador, Ricardo Patiño, e o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, estão em Caracas para participar do ato e apoiar o processo venezuelano.

Da Redação do Vermelho - com agências

Clientes continuam sendo as principais vítimas de mortes nos bancos


Flávia Albuquerque - Repórter da Agencia Brasil
São Paulo – Os clientes continuam sendo as principais vítimas em assaltos envolvendo bancos. Em 2012 foram 33 pessoas mortas, enquanto em 2011 foram 30. Os vigilantes vêm em segundo lugar, ao passar de oito em 2011 para nove em 2012, enquanto o número de policiais mortos passou de quatro para seis e o de transeuntes que acabaram atingidos durante assaltos bancários foi quatro em 2012 e seis em 2011.
Os dados são de levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgado hoje (10) em São Paulo. O levantamento foi feito com base em publicações da imprensa.
Entre os mortos, os homens são maioria, com 93% dos casos.  Por faixa etária, o maior número de mortos tem entre 41 e 50 anos, com 11 ocorrências. Em seguida vem a faixa de 31 a 40 anos, com nove casos, e de até 30 anos, também com nove mortes. A faixa dos idosos com mais de 60 anos registra seis vítimas.
Segundo os dados, o tipo de crime mais comum continua sendo a chamada saidinha de banco, que passou de 32 em 2011 para 30 em 2012. Em seguida vêm os assaltos a correspondentes bancários, com nove em 2012 e cinco em 2011. Mortes em assaltos nas agências foram cinco em 2011 e oito no ano passado. As mortes de responsáveis pelo transporte de valores passaram de dois em 2011 para cinco em 2012.
Durante o abastecimento de caixas eletrônicos, foram mortas três pessoas em 2012 e duas em 2011. Durante assaltos a caixas eletrônicos morreram duas pessoas em cada ano. Em postos de atendimento bancário, uma pessoa morreu em 2011, mas no ano passado não houve registros.
Segundo o presidente da Contraf-Cut, Carlos Cordeiro, os dados são preocupantes e indicam que os bancos ainda não estão investindo o suficiente em segurança, comprando equipamentos adequados, treinando pessoal e conscientizando os clientes. “E os bancos, forçando o cliente a se  autoatender, empurram a porta giratória mais para dentro do banco e o cliente fica em uma área completamente desprotegida, muitas vezes com o vigilante ou bancário, que também ficam expostos”.
Cordeiro enfatizou que as mortes decorrentes das saidinhas de banco poderiam ser evitadas caso os bancos atendessem às reivindicações dos sindicatos. "Estamos exigindo dos bancos há dois anos a colocação de biombos e divisórias nos caixas eletrônicos e caixas [de atendimento presencial] dentro das unidades, para que um cliente não veja o que o outro está fazendo".
Segundo ele, as divisórias entre as filas nos caixas de atendimento evitariam que outras pessoas observassem a conversa com o atendente. Além disso, nos terminais de autoatendimento a visão de terceiros também seria prejudicada. Cordeiro ressaltou ainda que as filas demoradas também contribuem para a ação dos bandidos, que têm tempo para observar as ações dos clientes. "Na maioria das vezes, nem é essa pessoa que faz o assalto, mas é ela quem avisa a outra, que fica preparada para o assalto".
São Paulo registrou o maior número de mortes em assaltos ocorridos no sistema bancário. Em 2012 foram 15 e, em 2011, 16. Depois vem a Bahia com oito este ano contra uma em 2011; Rio de Janeiro com sete contra nove; Ceará com cinco ante uma em 2011; e Paraná com quatro, tanto em 2011 quanto em 2012.

Fonte: Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br

Anistia Internacional recomenda fechamento de Guantânamo


A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional recomendou à União Europeia pressionar o governo dos Estados Unidos para encerrar o funcionamento da prisão de Guantânamo, em Cuba. A ONG lembra que Barack Obama, presidente dos EUA, havia prometido fechar a prisão, mas ainda não cumpriu a promessa.


A Anistia Internacional diz que há 166 detidos em Guantánamo, quase metade dos quais oriundos Iêmen. Pela prisão passaram 779 detentos, dos quais 600 deles, extraditados para outros países. Houve nove mortes, das quais sete são identificadas como suicídio. A prisão foi construída em 2002 e reúne três bases.

De acordo com a Anistia Internacional, o caso que chama a atenção é o do libanês Khaled El Masri, que é cidadão alemão detido pela CIA, serviço secreto de informações norte-americano, e suspeito de ter sido torturado. Inicialmente, ele desapareceu e depois vieram à tona as informações sobre torturas.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Mais de 15 mil toneladas de lixo já foram recolhidas em Itabuna


Mais de 15 mil toneladas de lixo e entulho, já foram recolhidas pela Prefeitura de Itabuna em ruas, praças, avenidas e outros logradouros nos primeios oito dias da administração. A Diretoria de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Sedur), não tem poupado tempo nem esforço para manter a cidade limpa, diante da situação caótica em que se encontrava pelo abandono da gestão passada.

O serviço foi iniciado pelo o bairro São Pedro, já tendo sido concluído no Pedro Jerônimo, Banco Raso, Nova Califórnia, Novo São Caetano, Sarinha, Novo Jaçanã e avenida Manoel Chaves, no São Caetano. De acordo com o diretor do departamento, Vicente José Silva Santos, o serviço está sendo executado por uma equipe de 20 homens e máquinas pesadas nos bairros da Califórnia, Monte Cristo, Santo Antônio, São Lourenço e Mangabinha e será estendido a outras áreas da cidade.

Paralelo a este trabalho, também está sendo realizado serviço de varrição em várias áreas, assim como a normalização da coleta de lixo domiciliar.  “Esse é um ‘trabalho de choque’ que está sendo feito, mesmo com os poucos funcionários disponíveis. Esperamos devolver à cidade um aspecto melhor e mais bonito, diferente do grande lixão em que se transformou Itabuna”, disse o diretor.

Segundo ele, ainda existem bairros na cidade que nunca contaram com serviços de limpeza urbana ou coleta de lixo, a exemplo de Ferradas, Novas Ferradas e Urbis IV. Essas áreas já estão incluídas no cronograma elaborado pela Sedur.  

Vicente disse que a comunidade pode e deve participar das ações, colaborando com a manutenção da limpeza pública ou denunciando focos de lixo ou entulho que venham a surgir nos bairros da cidade. A ligação pode ser feita pelo telefone 3214-6132, em horário comercial. 

Fonte: ASCOM/Prefeitura

Global Food: 50% da comida produzida no mundo vai para o lixo


Divulgado nesta quinta-feira (10), o relatório Global Food; Waste not, Want not (algo como Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Sinta Falta) aponta que de 30 a 50% de todos os alimentos produzidos no mundo acabam sendo desperdiçados. O estudo foi feito pelo Institution of Mechanical Engineers, órgão formado por engenheiros mecânicos britânicos.


De acordo com a pesquisa, a quantidade de alimentos desperdiçados varia de 1,2 a 2 bilhões de toneladas ao ano. Os motivos para tanta perda de comida são os mais variados: vão desde métodos errados de armazenagem de produtos até prazos de validade considerados extremamente rigorosos pelos pesquisadores.

Além disso, o senso comum de que apenas alimentos com “boa aparência” são bons para consumo fazem com que muitas pessoas deixem de comprar frutas, legumes e verduras por acreditarem que estas já estão estragadas.

“A quantidade de comida desperdiçada e perdida no mundo é assombrosa. Isto é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome”, relata Tim Fox, diretor do IME.

O estudo também apontou possíveis soluções para o problema do desperdício de alimentos. Entre as possbilidades estão a modernização de técnicas de cultivo e trabalhos de conscientização dos hábitos de consumo por parte dos governos. 

Fonte: EBC via Vermelho

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estupro, uma epidemia contemporânea


Protesto contra a violência contra a mulher na Índia
Na Índia, os protestos contra a violência machista indicam um caminho civilizatório


A barbárie que vitimou a jovem indiana de 23 anos de idade em dezembro, em Nova Delhi, é uma realidade cruel que ronda as mulheres em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde os dados são alarmantes.

Por José Carlos Ruy


Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres poderão sofrer algum tipo de violência no decorrer de sua vidaç Para aquelas que têm entre 15 a 44 anos o risco de sofrer estupro e violência doméstica é maior do que o de adquirir câncer ou malária, ou sofrer acidentes de carro, diz o Banco Mundial. 

Em geral, são vítimas de seus companheiros, que batem nelas ou forçam-nas a manter relações sexuais indesejadas. Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) feita em 11 países revela que a porcentagem de mulheres vítimas de violência sexual por parte de seus companheiros varia entre 6% no Japão a 59% na Etiópia. Outras pesquisas mostram que metade de todas as mulheres assassinadas são vítimas de seus maridos ou parceiros, ou ex-maridos ou ex-parceiros. Na Austrália, Canadá, Israel, África do Sul e Estados Unidos, entre 40% a 70% das mulheres assassinadas foram vítimas de parceiros, diz a OMS.

No capítulo violência sexual, posto em evidência pelo martírio da jovem em Nova Delhi, em dezembro, os números são estarrecedores. A ONU calcula que, no mundo, uma em cada cinco mulheres será vítima de estupro ou tentativa de estupro ao longo de sua vida, um mal que atinge indiscriminadamente bebês ou avós. Na República Democrática do Congo é uma verdadeira epidemia, com o registro de cerca de 1.100 estupros por mês - uma média diária de 36 mulheres e meninas estupradas. 

No Brasil
Esta epidemia perversa faz parte da realidade das mulheres brasileiras. O Mapa da Violência 2012 - homicídio de mulheres no Brasil, coordenado por Julio Jacobo Waiselfisz e publicado em agosto de 2012 pelo Cebela - Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, da Flacso Brasil mostra que em 2011 foram atendidas mais de 13 mil mulheres vítimas de violências sexuais. (aqui)

Há um tabu, semelhante ao que acoberta a violência doméstica, que impede o acesso ao conhecimento do tamanho do problema; na Índia, como aqui, as mulheres vítimas de violência (sobretudo de estupros) evitam denunciar as agressões e seus agressores, temendo constrangimentos e novas violências.

Mapa da Violência 2012 descreve um quadro dantesco. Dos 13.096 casos de violência sexual registrados no Brasil em 2011, 7.626 (58% do total) ocorreram naquele local onde se supõe que a mulher teria mais segurança: nas próprias residências; 2.117 ocorreram em vias públicas e os demais em lugares como habitações coletivas, escolas, locais de esportes, bares ou similares, comércio, indústria, construção, outros, ou lugares ignorados.

A crueldade dessa situação fica mais nítida na descrição da relação do agressor com suas vítimas (para esta análise os autores do Mapa só levaram em conta os dados onde a identificação foi possível, somando 10.939 do total de 13.096 casos registrados).

A imensa maioria dos agressores são pessoas da convivência cotidiana das mulheres agredidas: amigo ou conhecido, 2.951 (27%); padrasto, 1.146 (10.5%); pais, 1.070 (9,8% do total); namorado, 761 (7%); cônjuge, 566 (5,2%); irmão, 251 (2,3%); ex-namorado, 148 (1,4%). Eles formam 63% dos casos onde foi possível a identificação do agressor, quase o dobro dos casos onde os violadores foram dados como desconhecidos (3.588 casos, ou 33% do total).

Mapa da Violência mostra dados que relacionam a faixa etária das mulheres agredidas, com os locais onde ocorreram as agressões e o tipo de relação dos agressores com suas vítimas. Eles mostram um quadro de horror. Há agressões relatadas que incluem desde bebês, com menos de um ano de idade, até mulheres com mais de 60 anos de idade. 

Nas violações ocorridas dentro das residências, a faixa de idade até quatro anos registra 1.048 violações (99 eram bebês com menos de um ano de idade!); entre cinco a nove anos de idade, 1.545 casos; entre 10 a 14 anos de idade, foram 2.723; de 15 a 19 anos, 691; de 20 a 29 anos, 581; acima de 30 anos, 1.038 casos. 

Isto é, dentro de casa as vítimas foram sobretudo crianças e adolescentes com menor capacidade de defender-se dos agressores: são 5.316 (70%) entre os 7.626 agressões ocorridas nas residências, revelando a extensão da covardia dos agressores. 

Nas ruas, onde foram relatadas 2.117 agressões, 41 vitimaram crianças com menos de quatro anos de idade (16 bebês com menos de um ano!); 78 vitimaram crianças entre cinco e nove anos; 388 atingiram meninas entre 10 e 14 anos; na faixa entre 15 e 19 anos foram 573 vítimas; entre 20 a 29 anos, foram 598; acima de 30 anos foram 439 casos. Isto é, nas ruas as vítimas menores de 14 anos somaram 507 casos; aquelas com idades entre 15 e 30 anos somaram 1.171, e aquelas com mais de 30 anos somaram 439 casos.

Pais, padrastos e “amigos”
Quando se leva em conta o tipo de relacionamento dos agressores com suas vítimas, sobressai o número dos “amigos ou conhecidos”, e dos pais e padrastos. 

Na faixa etária com menos de quatro anos, ocorreram 780 violações (75 de bebês com menos de um ano); os violadores foram pais (298, ou 38%), padrastos (135, ou 17%) e “amigos” (300, ou 38,5%). 

Na faixa seguinte, de cinco a nove anos, foram 1.210 casos; os responsáveis foram pais (276, ou 23% do total), padrastos (321, ou 26,5%), “amigos” (542, ou 45%). Entre 10 e 14 anos foram 2.171 casos: pais, 344 (15,8%): padrastos, 509 (23,4%); “amigos”, 1.233 (56,7%). Entre 15 e 19 anos, foram 725 casos: pais, 120 (16,6%); padrastos, 148 (20,4%); “amigos”, 433 (59,7%). Entre 20 e 29 anos, foram 287 casos: pais, 23 (8%); padrastos, 26 (9%); “amigos”, 226 (79%).

Urgência
Estes dados são um alerta vigoroso sobre a urgência que envolve o combate à violência contra a mulher. A luz vermelha fica ainda mais intensa ao se constatar que o ambiente da violência é principalmente a residência, e não a rua, e que os violadores são sobretudo pais, padrastos e “amigos”, e não desconhecidos. 

A violência criminosa esconde a renitente convicção, ainda muito arraigada, de que as mulheres devem ser submissas às vontades e desejos dos homens com os quais convivem. É o retrato iniquo da exploração e da opressão da mulher num mundo em que, seja no Brasil, na Índia ou em nações que se supõem de civilização mais adiantada, a desigualdade entre os direitos de homens e mulheres viceja como uma epidemia.

O estupro e assassinato da estudante indiana, em dezembro, foi o estopim para um levante nacional contra a violência e pelo respeito às mulheres que tem paralelo à luta dos negros contra o racismo e pelos direitos civis nos EUA, há mais de meio século.

Os dados do Mapa da Violência tem a virtude de demonstrar, com números, aquilo que as mulheres brasileiras conhecem em seu cotidiano: a mesma realidade cruel e degradante gerada pela desigualdade e pelo machismo. Na Índia (que tem uma população de 1,2 bilhões de pessoas) foram registrados 24 mil casos de estupro em 2011 (em 2010 foram 22 mil). Em 94% dos casos os agressores eram pessoas conhecidas (vizinhos ou parentes), diz a BBC.

No Brasil, com uma população seis vezes menor (194 milhões), os registros indicam 13.096 crimes dessa natureza em 2011. Isto é, lá a relação é de um caso para 50 mil habitantes; no Brasil, a relação é ainda pior: um caso para cada 15 mil habitantes. Ou seja, mais de três vezes mais, relativamente! Uma calamidade acobertada pelo silêncio!


Fonte: Vermelho

França recebe relatório preliminar sobre morte de Arafat


Após a exumação do corpo de Yasser Arafat, líder da Organização pela Libertação da Palestina (OLP) morto em 2004, as autoridades palestinas entregaram nesta quarta (9) às francesas um relatório preliminar sobre as investigações. 


Por sete semanas, especialistas investigaram os restos mortais do líder. Há suspeitas de que Arafat foi morto por envenenamento.

O ministro da Justiça da Palestina, Ali Muhana, e o chefe da Comissão de Inquérito, Tawfik Tirawi, informaram que pretendem analisar o conteúdo do relatório para depois divulgá-lo. Para os palestinos, Arafat foi vítima de envenenamento. Especialistas suíços descobriram material radioativo em objetos pessoais do líder.

Os restos mortais de Arafat foram analisados por especialistas da Suécia, França e Rússia. A previsão é que um relatório completo e final das investigações seja apresentado em dois meses.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Brasil possui 7,2 mi de domésticas na ilegalidade, aponta OIT


Segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a partir de estudo envolvendo 117 países,, o Brasil tem o maior contingente do mundo de profissionais no setor em números absolutos - 7,2 milhões. Destes, 69,3% estão na informalidade, o que restringe o acesso a direitos como FGTS e limite de jornada.


Um em cada três trabalhadores domésticos no mundo está excluído do alcance das leis trabalhistas do país em que moram. Eles somam 15,7 milhões de pessoas — entre as 52,6 milhões que exercem serviços de limpeza e cuidado para terceiros. O Brasil é a nação com o maior contingente de profissionais da área em números absolutos. São 7,2 milhões, de acordo com dados de 2010; seguido da Índia, com 4,2 milhões; e Indonésia (2,4 milhões). 

No Brasil, 17% das mulheres que trabalham estão no serviço doméstico. O índice está próximo ao de vizinhos, como Argentina, com 18,3% e Uruguai, 18,5%. Em países desenvolvidos, essa taxa é menor. No Reino Unido, 0,6% da população feminina empregada faz trabalhos na casa dos outros, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a 0,9%. França (4%), Portugal (7%) e Espanha (8%) têm índices próximos. Os maiores percentuais do mundo estão no Oriente Médio. Em Omã, 59,3% delas atuam como domésticas, no Kuwait são 53,3% e na Arábia Saudita, 47,1%.

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O retrato global de desigualdade para o qual a OIT chama atenção repete-se no Brasil. Embora a legislação brasileira estenda aos domésticos direitos garantidos aos demais trabalhadores, eles não são contemplados com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), adicional noturno e limite de jornada, entre outros. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), atualmente no Senado, busca essa equiparação.

Para Creuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), um dos maiores problemas enfrentados pela categoria é a informalidade, que chega a 69,3%. 

"Nem os direitos previstos em lei, como a assinatura da carteira, são respeitados. Claro que há avanços, comparando o Brasil a outros países, mas também estamos longe de ser exemplo", afirma Creuza. Licença-maternidade e salário mínimo regulamentados são alguns dos benefícios previstos para trabalhadores domésticos brasileiros nem sempre garantidos em outros países.

Qestão cultural

Para a advogada e assessora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Luana Natielle Basílio destaca que a desigualdade em relação ao trabalho doméstico tem fundo cultural no Brasil, mas também foi referendado pela própria legislação.

Segundo ela, "a Constituição Federal garante 36 direitos aos trabalhadores em geral e apenas nove para as domésticas, que chamo no feminino devido à profissão ser exercida majoritariamente por mulheres. Quer dizer, a própria lei criou uma espécie de categoria de segunda classe", afirma Luana. "Isso é fruto de um passado escravocrata e da subvalorização do saber tradicional, que elas têm, em contraposição ao saber formal, acadêmico."

Menores
O levantamento da OIT não levou em consideração menores de 15 anos que trabalham em serviços domésticos. Esse contingente foi estimado pela OIT, em 2008, em 4,7 milhões. Dados do IBGE de 2011 mostram que 257 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos atuam no setor. Amapá e Rio Grande do Norte aparecem com os índices mais preocupantes. 

Nessas localidades, mais de 20% das crianças de 10 a 14 anos, idade a partir da qual é permitido trabalhar no Brasil e sob determinadas condições, labutam na casa de terceiros — muitas vezes vizinhos, amigos ou desconhecidos. 

Com informações do Correio Braziliense via Vermelho

Centrais prometem retomar em março pressão pelo fim do fator


Centrais Sindicais (CTB, CUT, Força Sindical e UGT) sinalizaram que em 2013 reforçarão as reivindicações contidas na Agenda da Classe Trabalhadora, aclamadas na 2ª Conclat. Dentre os pontos a serem defendidos está a discussão pelo fim do fator previdenciário. De acordo com as entidades o objetivo é construir espaços de debate e realizar diversas manifestações pelo Brasil para pressionar o governo a votar o fim do fator previdenciário.

Joanne Mota, do Vermelho com agências


O anúncio foi feito nesta quarta-feira (9), depois de o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, dizer que a reforma previdenciária não deve ser prioridade do governo em 2013.


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) já sinalizou ser contra a postura do ministro e destacou que não há sentido em o fim do fator previdenciário não ser prioridade.

Reedição do Fator 

Em entrevista à Rádio Vermelho, Joilson Cardoso, secretário nacional de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, reafirmou frisou que ja é consenso, até mesmo no governo, de que o Fator Previdenciário prejudica os trabalhadores, inibindo a aposentadorias, tendo lógica de que quanto menor a idade, menor será o valor da aposentadoria".

Ele lembra que mesmo a propista apresentada pelo deputado Pepe Vargas (atualmente ministro) chamada de Cálculo 85/95 trata-se de uma reedição do Fator Previdenciário.

“O governo insiste em reeditar um novo Fator Previdenciário. Essa proposta continua prejudicando a classe trabalhadora, principalmente as categorias mais baixas, que têm grande rotatividade, como na construção civil. Há muito desemprego e precisam trabalhar mais tempo para conseguir a soma dos 85/95, que acaba impondo uma idade mínima para alcançar a soma”, declarou Joilson Cardoso, 

O dirigente lebra que a posição da CTB é firme em relação ao fator previdenciário. Nossa central acredita que o fator é um dos maiores crimes cometidos contra os trabalhadores. "O fator previdenciário é inconstitucional e tornar o fator pauta no Congresso é urgente. A CTB entende que o veto ao fator previdenciário deve ser derrubado”.

Segundo ele, “extinguir o fator significa garantir direitos, valorizar o trabalhador e preservar a economia nacional”.


Fonte: Vermelho

FARC DIZ QUE CESSAR-FOGO TERMINA EM 20 DE JANEIRO


Cuba: Fórum sobre 'equilíbrio do mundo' terá participação de 43 países


Cerca de 600 delegados de 43 países confirmaram a participação na 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que ocorrerá de 28 a 30 de janeiro em Cuba, dedicada ao 160º aniversário do nascimento do Herói Nacional cubano, José Martí.


José Martí
José Martí,  herói Nacional cubano 
Em coletiva de imprensa, o vice-presidente do Comitê Organizador, Héctor Hernández Pardo, considerou que a ampla participação é uma maneira de reivindicar o valor das ideias e o pensamento no mundo marcado pela crise econômica. 

A respeito, explicou que o fórum, se encaminha a reunir pessoas de diversas correntes do pensamento para intercambiar critérios sobre numerosas problemáticas e preocupações do mundo contemporâneo, da ótica do legado de Martí. 

O também subdiretor geral do Escritório do Programa Martiano manifestou que o pensamento do Professor, assim o chamam em Cuba, tem cada vez maior ressonância em todo o mundo. 

O exemplo disso são as 54 cátedras José Martí nas universidades de outros países, os 92 clubes martianos no mundo e a existência do Projeto José Martí de Solidariedade Mundial, patrocinado pela Unesco, com personalidades em seu conselho de direção como Ignacio Ramonet, Adolfo Pérez Esquivel e Frei Betto. 

“Os três reconhecidos intelectuais são alguns dos participantes no encontro, ocasião na qual Betto receberá o Prêmio Internacional José Martí da Unesco em reconhecimento pela sua obra como escritor e seu ativismo social comprometido com a justiça”, disse Hernández Pardo.

Por sua vez, a diretora do Centro de Estudos Martianos, Ana Sánchez, se referiu ao programa acadêmico do fórum, que inclue oito conferencias, seis intervenções, duas mesas redondas e seis painéis, entre outras atividades. 

Nas conferências, Sánchez mencionou algumas como a do Frei Betto: José Martí e o equilíbrio do mundo; a do francês Ignacio Ramonet: "De José Martí ao Facebook. A presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, fará uma intervenção sobre os esforços da humanidade pela paz mundial. 

O editor do Portal Vermelho, José Reinaldo Carvalho, também confirmou presença no evento, ele irá expor sobre os problemas atuais da humanidade. Entre outros assuntos também será abordado o caso dos cinco antiterroristas cubanos, presos injustamente nos Estados Unidos, por seguir grupos terroristas que preparam ações violentas contra Cuba. 

Entre as atividades também estão programados espaços culturais com a participação da população, declarou o vice-presidente da Sociedade Cultural José Martí, Erasmo Lazcano.

Com Prensa Latina via Vermelho

Governo afasta risco de racionamento e mantém redução de tarifa


O Ministério de Minas e Energia afastou a possibilidade de racionamento de energia elétrica e anunciou que o desconto de 20% na conta de luz começará a ser aplicado em fevereiro. O comunicado foi feito após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta quarta-feira (9), em Brasília. Em entrevista coletiva à imprensa, o ministro Edison Lobão lembrou que o período de chuvas começa agora e que a expectativa é de que as chuvas reponham o nível dos reservatórios.


Ele enfatizou que o Brasil tem energia suficiente para cobrir as necessidades do país. “Não há, não houve, e espero que não haja, no futuro, o desabastecimento”, disse. 

Edison Lobão espera que os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas voltem ao normal até o final de abril para que possam ser desligadas as termelétricas que estão sendo usadas atualmente para cobrir a produção menor das hidrelétricas, em função da falta de chuva.

E disse ainda que, embora a produção de energia térmica seja mais cara do que a hidrelétrica, não haverá redução do percentual de desconto anunciado pelo governo federal para a tarifa de energia elétrica. 

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste operam hoje com 28,32% da capacidade; os do Nordeste, com 30,2%; os do Norte, com 39,88%; e os do Sul, com 43,4%.

O diretor geral do órgão, Hermes Chipp, que também participou da coletiva, diz que “o período mais intenso de chuvas é de janeiro a abril e se houver a concretização dos que está prevendo em termos de clima, vamos suspender o funcionamento das térmicas até o final do período úmido, final de abril”, acrescentando que é uma avaliação “conservadora”.

Sem desabastecimento

O ministro de Minas e Energia também negou o risco de desabastecimento de gás para a indústria, por causa da decisão de manter as usinas térmicas em funcionamento em 2013. Segundo o ministro, o Brasil conta com 90 milhões de metros cúbicos de gás, dos quais 45 milhões são produzidos internamente, 30 milhões vêm da Bolívia e 15 milhões são gás natural liquefeito. “Não haverá desabastecimento para a indústria por causa das térmicas a gás", garantiu Lobão.

De acordo com o ministro, na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, prevista no Calendário Anual do Comitê, aprovado na reunião de dezembro de 2012, os participantes fizeram avaliação de rotina da capacidade do sistema elétrico. E negou que o objetivo do encontro tenha sido a discussão de uma possível crise no abastecimento de energia. 

A reunião contou com a presença de dirigentes do Ministério, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL). Além desses membros, são convidados-participantes dirigentes da Eletrobras, de agentes e das Associações do Setor Elétrico.

Fonte: Vermelho