A menos que o governo de Juan Manuel Santos também decida baixar as armas, disseram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia; presidente decidiu manter a pressão militar sobre os guerrilheiros para forçar as Farc a aceitarem o acordo de paz
Reuters e Agência Brasil - O cessar-fogo unilateral declarado pelos guerrilheiros das Farc no início das negociações de paz com o governo colombiano em novembro vai acabar em 20 de janeiro, a menos que o governo também decida baixar as armas, disseram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na quarta-feira.
Os rebeldes anunciaram o cessar-fogo em 19 de novembro, no primeiro dia das negociações de paz em Havana que buscam encerrar décadas de conflito na Colômbia, mas disseram que seria pelo prazo de apenas dois meses se o governo não implementasse uma trégua.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recusou-se a aceitar o cessar-fogo e decidiu manter a pressão militar sobre os guerrilheiros para forçar as Farc a aceitarem o acordo de paz.
"Não haverá extensão do cessar-fogo unilateral", disse o negociador-chefe das Farc, Ivan Márquez, em entrevista coletiva na capital cubana. "Apenas a assinatura de um cessar-fogo bilateral seria possível, se o governo considerar viável tal medida", acrescentou.
As Farc e o governo colombiano estão nos estágios iniciais da mais recente tentativa de acabar com o conflito de guerrilha que começou com a formação de um movimento agrário comunista em 1964.
Milhares de pessoas morreram e milhões foram forçadas a deixar suas casas, no que se tornou o mais longo conflito insurgente da América Latina.
Durante o cessar-fogo, ataques do governo mataram ao menos 34 rebeldes. Ao mesmo tempo, as forças militares e policiais da Colômbia acusaram as Farc de atacarem tropas e alvos de infraestrutura.
Militares matam um dos líderes da guerrilha
Em meio às negociações, militares da Colômbia informaram ter capturado e matado um dos líderes do movimento denominado Exército de Libertação Nacional (ELN). Conhecido como Victor, o líder é acusado de ter assassinado sete soldados e quatro policiais na região de Antioquia, no Noroeste do país, no período de 2007 a 2012.
Em comunicado, o Exército colombiano diz que o líder guerrilheiro morreu no município de Amalfi. Victor era o chefe da frente denominada Capitão Maurício. Segundo investigações, ele era especialista em explosivos. Victor é acusado ainda de ter liderado uma emboscada a uma patrulha em que morreram quatro policiais em Segovia, em julho de 2012.
Pelas investigações do Exército, Victor também é responsável por sequestros, entre os quais o de um engenheiro fiscal. O Exército informou que as operações para combater os grupos armados ilegais seguem as ordens do presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
Fonte: Brasil 247 - http://www.brasil247.com
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