sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Para tribunais, excesso de horas extras gera danos existenciais

Horas extras em excesso. Anos e anos sem férias. A falta de tempo para a família, lazer e estudo tem levado trabalhadores à Justiça para pedir indenização por um novo tipo de dano: o existencial. Normalmente negado em primeira instância, o pedido vem sendo aceito em tribunais regionais do trabalho (TRTs) e há pelo menos um precedente do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
No TRT do Rio Grande do Sul, duas turmas já reconheceram o direito a ex-empregados do Walmart, obrigados a cumprir longas jornadas de trabalho. Para o relator de um dos processos, o juiz convocado Raul Zoratto Sanvicente, da 2ª Turma, "há dano existencial quando a prática de jornada excessiva por longo período impõe ao empregado um novo e prejudicial estilo de vida, com privação de direitos de personalidade, como o direito ao lazer, à instrução, à convivência familiar".
No caso, um chefe de setor alegou que, durante pouco mais de cinco anos - entre junho de 2004 e outubro de 2009 -, realizou por todos os dias, à exceção de dois domingos por mês, jornada de 13 horas, chegando ao trabalho às sete horas da manhã e saindo somente por volta das oito horas da noite. Em primeira instância, o pedido foi indeferido. O juiz entendeu que o fato geraria direito apenas à reparação material, ou seja, o pagamento das horas trabalhadas.
No TRT, porém, o relator considerou que a prática reiterada da rede de supermercados deveria ser coibida por "lesão ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana". "Entender que a prática reiterada (como é público e notório no caso da reclamada) de obrigar aos empregados o cumprimento de jornadas diárias além do mínimo permitido em lei deve gerar apenas o pagamento de horas extras é atribuir um olhar monetarista, inadmissível em se tratando de direitos sociais", diz em seu voto.
Quanto ao valor da indenização, o relator considerou que deveria atender "também o caráter pedagógico e ter em conta o porte do agente". Assim, estabeleceu os danos existenciais em R$ 60 mil. "Sua vida no período no qual trabalhou para a reclamada resumia-se em alimentar-se, dormir e trabalhar", afirma Sanvicente.
Em outro caso envolvendo o Walmart, porém, o valor estipulado foi menor, de R$ 10 mil. No processo analisado pela 1ª Turma do TRT gaúcho, a trabalhadora alegou que a jornada de 12 horas em seis dias por semana, com intervalo de 30 minutos, deixou pouco tempo para os compromissos particulares, dentre eles o convívio familiar.
Por meio de nota, o Walmart Brasil informa "que cumpre integralmente a legislação trabalhista em todas as localidades onde atua e que preza pelo respeito a todos os seus funcionários". A companhia já recorreu das decisões.
No Paraná, a Spaipa S.A. Indústria Brasileira de Bebidas, fabricante e distribuidor Coca-Cola, foi condenada em segunda instância a pagar indenização de R$ 10 mil a um motorista, obrigado a fazer horas extras além do permitido por lei (duas horas). Ele argumentou que "a rotina diária, premida por uma longa e exaustiva jornada de trabalho, frustraram seu projeto de vida, que era voltar a estudar e montar seu próprio negócio".
A relatora do caso, desembargador Ana Carolina Zaina, da 2ª Turma do TRT do Paraná, acatou o argumento do autor. Para ela, a excessiva carga de trabalho foi um "empecilho ao livre desenvolvimento do projeto de vida do trabalhador e de suas relações sociais". Além dos danos existenciais, o trabalhador obteve danos morais de R$ 5 mil por ter sofrido dois assaltos. Por nota, a Spaipa informa que irá recorrer da decisão.
Em seu voto, a magistrada aproveitou ainda para explicar as diferença entre o dano moral e o existencial. "O dano moral se refere ao sentimento da vítima, de modo que sua dimensão é subjetiva e existe. Por outro lado, o dano existencial diz respeito 'in re ipsa' às alterações prejudiciais no cotidiano do trabalhador, quanto ao seu projeto de vida e suas relações sociais, de modo que sua constatação é objetiva."
"É um direito de difícil comprovação", diz o advogado Daniel Chiode, do escritório Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima, que acompanha mais de cem ações contra empresas com pedidos similares. "Não perdemos em nenhuma. Não é um direito fácil de emplacar."
Para a advogada Dânia Fiorin Longhi, do Fiorin Longhi Sociedade de Advogados, os danos existenciais também têm um fim pedagógico, para evitar que o empregador continue a agir dessa forma com seus empregados. "O homem é um ser social e tem o direito a manter relações amorosas, de amizade e familiares. Ter uma vida fora do trabalho", afirma.
A função "pedagógico-punitiva" foi levada em consideração pelo TST, que concedeu indenização de R$ 25 mil a uma economista de Campo Grande que ficou dez anos sem usufruir dos períodos de férias. Ela teve vínculo de emprego reconhecido com a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems). Para a 1ª Turma, "a lesão decorrente da conduta patronal ilícita que impede o empregado de usufruir das diversas formas de relações sociais fora do ambiente de trabalho (familiares, atividades recreativas e extralaborais) viola o direito da personalidade do trabalhador e constitui o chamado dano existencial". O caso já transitou em julgado.
Por nota, a Cassems informa que, com o reconhecimento do vínculo, "foram desconsideradas as peculiaridades da forma de contratação originária (autônoma), como a ausência de horário fixo para o trabalho". De acordo com a entidade, a economista "poderia se ausentar por períodos por si mesma estabelecidos, seja para descanso como para viagens e passeios".
Fonte:*Valor Econômico via Feeb-Ba-Se

Bancos e Idec divergem sobre estimativa de perdas com planos econômicos

Juliano Basile e Claudia Safatle - Valor Econômico | De Brasília

Estimativas atualizadas do Ministério da Fazenda indicam que os bancos públicos e privados podem perder R$ 149,914 bilhões caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela correção monetária das cadernetas de poupança nos planos econômicos editados das décadas de 1980 e 1990, no julgamento que terá início na próxima quarta-feira.

A Caixa Econômica Federal seria a instituição financeira mais prejudicada com uma eventual decisão desfavorável. Nessa hipótese, a Caixa teria que pagar R$ 49,832 bilhões, o equivalente a um terço do total do prejuízo de todas as instituições financeiras.

Segundo os cálculos da Fazenda que o Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor, teve acesso, os demais bancos arcariam com R$ 100,082 bilhões.

A conta leva em consideração todos os depósitos existentes nas instituições financeiras na época da edição de cada plano. Mesmo que muito poupadores não tenham entrado na Justiça para cobrar pelas diferenças nas cadernetas de poupança, há ações civis públicas em que esse direito à correção pode ser garantido para todos a partir de uma decisão favorável do STF.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez um cálculo bem menor para estimar as perdas dos bancos em caso de julgamento favorável pelo STF. A entidade reclama que o governo aumenta os cálculos para evitar eventual derrota no STF.

O Idec fez uma pesquisa nos balanços dos seis principais bancos do país para verificar o saldo de provisões para pagamentos à Justiça em ações envolvendo os planos e chegou a R$ 18,2 bilhões. A conta do Idec contemplou os balanços fechados no primeiro semestre deste ano pelo Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú- Unibanco e Santander.

O valor, no entanto, contabiliza apenas os casos de decisões judiciais que já transitaram em julgado - processos em que não cabe mais recurso e, portanto, resta aos bancos fazer o pagamento. Nesse cálculo, não estão as futuras decisões, como a que está para ser tomada pelo STF e que vai dar orientação para mais de um milhão de processos na Justiça.

"O que detalhamos é o que já está julgado, é o que tem depósito judicial previsto, o que já teve decisão", disse Ione Amorim, economista do Idec. "As provisões se referem a tudo o que os bancos devem pagar na Justiça", afirmou Mariana Alves Tornero, advogada do instituto. Segundo ela, apenas a Caixa e o BB fazem provisões específicas sobre valores a pagar referentes a decisões sobre planos econômicos. Os demais bancos fazem provisões de todas as questões, "incluindo não só planos, mas ações gerais, como pessoas que ficaram presas em portas giratórias e pediram indenização e outros casos".

Mariana disse que os correntistas sempre ganharam esses processos envolvendo planos econômicos na Justiça e que o auge das ações ocorreu em 2007, às vésperas de prescrever o direito de eles recorrerem para obter a correção dos valores na poupança referentes ao Plano Bresser. "Em 2007, tivemos que organizar filas de atendimento de tanta gente interessada em entrar com ação", lembrou a advogada. "Isso acendeu uma luz de alerta para os bancos que perceberam que iriam sofrer uma avalanche de novas ações e teriam que pagar."

Na avaliação de Mariana, as perdas dos bancos para pagar os correntistas não seriam tão grandes, pois "nem todos os poupadores vão à Justiça". "É uma minoria que recorre. Há muitos fatores que enxugam o número irreal apresentado pelos bancos e pelo Banco Central. Pessoas que já morreram, por exemplo, não vão mais para a Justiça", disse.

Antes de chegar aos R$ 149,9 bilhões, a Fazenda e o Banco Central trabalhavam com outro cálculo que foi realizado em 2008 e indicavam um possível prejuízo de R$ 105 bilhões.

Agora, de acordo com o levantamento feito pelo Ministério da Fazenda, o plano que mais causaria prejuízo aos bancos numa eventual decisão contrária do STF seria o Collor 1. Os expurgos que vêm sendo cobrados pelos poupadores em maio de 1990, pouco depois da edição do Collor 1, em março daquele ano, atingem R$ 70,741 bilhões. Eles querem obter uma diferença de 44,8% em suas contas apenas referentes a maio. Com relação ao mês seguinte - junho de 1990 -, a cobrança atingiria mais R$ 3,354 bilhões por conta de uma diferença de 2,49% nas cadernetas de poupança.

No Plano Verão, de 1989, os expurgos seriam de 20,37% e, por causa dessa diferença, os bancos podem ser condenados a pagar R$ 48 bilhões. Com relação ao Plano Bresser, de 1987, os bancos teriam que pagar R$ 20,494 bilhões caso sejam condenados a corrigir as cadernetas em 8,04%. Por fim, a cobrança do Plano Collor 2 levaria ao pagamento de R$ 7,27 bilhões. Os expurgos do Collor 2 foram estimados em 4,39%.

Esses valores foram contabilizados com base no índice de remuneração da caderneta com aniversário em 1º de novembro. São, portanto, os dados mais atuais do Ministério da Fazenda. Mas há notícias de que consultorias estimariam valores ainda maiores aos bancos e esses só não estariam sendo divulgados para não causar pânico no mercado financeiro.
Fonte: Valor Econômico via Feeb-Ba-Se

Brasil cria 94.893 empregos em outubro e acumula 1,46 milhão em 2013

Segundo os dados divulgados na quinta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em outubro houve uma abertura de 94.893 vagas, um crescimento de 0,23% em relação ao mês anterior e de 29,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ao todo foram 1,8 milhão admissões com Carteira de Trabalho assinada e 1,7 milhão de desligamentos no período.

De janeiro a outubro o saldo ficou em 1,46 milhão de vagas. Em todo o ano passado, pela série ajustada, foram criados 1,37 milhão de novos postos de trabalho. Com isso, no acumulado do ano o emprego cresceu 3,7%.

Os setores que mais colaboraram para esse resultado foram o comércio, com a abertura de 52.178 vagas (+0,58%); a indústria de transformação, com 33.474 novos postos (+0,4%), melhor resultado dos últimos três anos; e serviços, responsável pela contratação de 32.071 pessoas (+0,19%).

Por motivos sazonais, o setor agropecuário registrou uma redução de 22.734 postos (- 1,36%). Ainda assim, os empregos formais no setor tiveram um aumento de 2.512 postos no ramo de cultivo de soja. A Construção Civil também foi outro setor que apresentou uma redução nos empregos formais com o fechamento de 2.152 postos de trabalho (-0,07%).

O estado que relatou o maior saldo foi Alagoas, com 15.953 empregos , um aumento de 4,65%. Já Minas Gerais ficou em último no ranking, com o fechamento 6.296 (-0,15%) postos de trabalho, em relação ao mês anterior.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sessão do Congresso que cassou mandato de Jango é anulada

Deputados e senadores aprovaram na madrugada desta quinta-feira (21), em sessão do Congresso Nacional, projeto de resolução que anula a sessão do Congresso de abril de 1964 que declarou vaga a Presidência da República, no mandato de João Goulart. A medida permitiu o estabelecimento da ditadura militar naquele ano e suspendeu o estado democrático de direito no país por 21 anos (1964-1985).

A proposta sobre a restituição histórica do ex-presidente é de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que fez um discurso emocionado da tribuna da Câmara. “Foi uma das páginas mais tristes do Brasil. Aquela sessão foi ridícula, estúpida, imoral. Quereremos reconstruir a história verdadeira do país”, afirmou. A matéria segue para promulgação, que deve ocorrer em sessão especial.

Jango estava no Rio Grande do Sul quando os parlamentares o destituíram do cargo. João Vicente Goulart, filho do ex-presidente, acompanhou a sessão no Congresso. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos que apresentou a proposta junto com Simon, avalia que a medida foi um golpe civil, feito por congressistas, e que deu legalidade a um ato inconstitucional. “Hoje repararemos o gravíssimo pecado que esta Casa cometeu contra a democracia. Hoje votamos a favor da democracia e do Brasil”, declarou.

O período também é marcado por graves violações dos direitos humanos, torturas, desaparecimentos e assassinatos de militantes de partidos de esquerda e movimentos sociais contrários ao regime.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o Legislativo teve a oportunidade histórica de reparar o que chamou de “mancha da história do Brasil”. “Para apreciar a matéria hoje [quinta, 21], há acordo que contou com a participação de praticamente todos os partidos da Casa”, ressaltou.

Único a defender a rejeição da proposta no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) negou, da tribuna, que a sessão do Congresso Nacional daquela madrugada de 1º de abril para o dia 2 tenha sido ilegal.

Na última semana, os
restos mortais de João Goulart foram levados para Brasília de São Borja (RS), cidade natal de Jango, onde foi realizado o trabalho de exumação. O objetivo é verificar se Jango morreu em decorrência de um ataque cardíaco, como divulgado na época, ou se foi envenenado por ordem da repressão brasileira, conforme alega a família dele. A cerimônia fúnebre na base aérea de Brasília contou com a participação de familiares de João Goulart, da presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e de ministros e parlamentares.

Exilado no Uruguai e na Argentina, Jango morreu em 1976 na cidade argentina de Mercedes. No Brasil, nesse período, a ditadura não permitiu que ele recebesse as devidas honras fúnebres concedidas a um chefe de Estado.
Fonte: Agência Câmara via Vermelho

Estudo do Ipea revela as vidas perdidas por causa do racismo no Brasil

 
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea ) divulgou nesta terça-feira (19) a Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil mostra a perversidade do racismo brasileiro e analisa a atuação dos racistas. O documento conclui que “o negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros vis-à-vis o resto da população”.

Segundo os autores do estudo, o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, da Fundação Getulio Vargas “o componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”.

De acordo com eles, “o racismo é um caso particular de discriminação em que o indivíduo, por sua cor da pele (ou raça), pode sofrer tratamentos diferenciados, no sentido de ter bloqueadas oportunidades sociais e econômicas, ou simplesmente de ser alvo de segregação”.

E justificam essa afirmação com os índices de homicídios pelos quais para cada não negro, 2,4 negros são assassinados no Brasil. Segundo os autores, esses dados se explicam pela marginalização sofrida pelos negros brasileiros desde o processo de Abolição quando “foram largados à própria sorte”, dizem.

O levantamento mostra que entre os 10% mais pobres há 11,66% de negros e 5,41% de não negros. Já entre os 10% mais ricos os números se invertem. Os negros são 6,8% enquanto os não negros somam 17,82% nessa faixa econômica. Pelo estudo Alagoas tem a amior proporção de negros assassinados em compração com os não negros. Acompanhe abaixo o gráfico com todos os estados brasileiros.
grafico-violencia-contra-os-negros

A nota do Ipea se soma a diversos outros levantamentos para propiciar o entendimento do racismo praticado no Brasil, forjado cultural e ideologicamente para justificar a escravidão e posteriormente a exclusão desse contingente da população brasileira.

Leia a aqui íntegra da Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil.

Fonte: Portal CTB via Feeb/Ba-Se

Campanha pelo fim da violência contra as mulheres



Desde ontem, quarta-feira, dia 20 de novembro, começa a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Neste período, acontecem diversas atividades de prevenção e combate a todo o tipo de violência de gênero.

A campanha foi criada em 1991 por 23 feministas de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), localizado nos EUA. Trata-se de uma mobilização educativa e de massa, que luta pela erradicação desse tipo de violência e pela garantia dos direitos humanos das mulheres. Atualmente, ocorre em 159 países.

Internacionalmente, ela começa no dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres) e termina no dia 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a Campanha tem início no dia 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra), com o objetivo de destacar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras.

Fonte: Feeb/Ba-Se

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

As prisões de dirigentes do PT e a luta política atual

Há duas posturas possíveis ante a determinação, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, da prisão imediata (antes do término formal do julgamento) dos condenados na Ação Penal nº 470, o chamado “mensalão”, entre eles José Genoino e José Dirceu. 

Uma postura é a da direita conservadora e raivosa, que aplaude a atitude inédita e antidemocrática do presidente do STF de determinar urgência no cumprimento de penas num julgamento que ainda não terminou. 

A outra é a dos democratas que exigem o respeito à lei e não aceitam (como não aceitaram as condições em que o julgamento se deu) decisões judiciais de fundo político e eleitoreiro, tomadas para terem consequências na eleição de 2014. Não aceitam o julgamento político que marcou todo o processo da Ação Penal nº 470 e exigem o cumprimento da lei e da Constituição pela mais alta Corte de Justiça do país.

Estas posturas perante a decisão do ministro Joaquim Barbosa reproduzem os mesmos campos políticos que se confrontam no Brasil desde o final da ditadura militar, em 1985.

O campo conservador e neoliberal prevaleceu na década de 1990, com Fernando Collor de Mello e, depois, com Fernando Henrique Cardoso, cujos governos foram marcados por ataques à democracia, aos direitos sociais, à economia nacional (que naqueles anos andou para trás) e à soberania de nosso país, vilipendiada e subordinada pelos governos neoliberais às imposições dos Estados Unidos, das agências econômicas internacionais (como o FMI e o Banco Mundial) e do imperialismo.

O campo democrático, progressista e patriótico prevaleceu depois da experiência nefasta dos dois Fernandos. Coube aos governos Lula e Dilma, expressão do mesmo projeto de recuperação nacional, avanço democrático, retomada do desenvolvimento e recomposição da renda dos brasileiros, a tarefa difícil de resgatar o Brasil do atoleiro em que foi metido pela experiência neoliberal capitaneada pelo PSDB e seus aliados conservadores.

Estes dois campos se enfrentaram nas urnas, nos embates da mídia conservadora e, também, nos tribunais – enfrentamento do qual a Ação Penal nº 470 foi, até agora, a expressão mais alta e penosa.

São dois campos que resumem a contradição principal que o Brasil vive. O campo progressista, patriótico e democrata agrega as forças de defesa da nação, da democracia e do desenvolvimento, e reúne um amplo espectro de forças políticas. 

O PCdoB nunca vacilou em perfilar este campo, desde os momentos iniciais da Frente Brasil Popular que apresentou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989. 

Os comunistas se pronunciaram clara e abertamente, pela voz do presidente nacional Renato Rabelo, contra a insólita decisão do ministro Joaquim Barbosa na última sexta-feira (dia 15), durante o Ato Político do 13º Congresso do Partido. Naquele ato, o presidente nacional do PCdoB manifestou, perante a presidenta Dilma Rousseff, a forte condenação, pelos comunistas, da atitude antidemocrática do presidente do STF. 

No polo oposto estão a direita, a mídia conservadora e os políticos saudosos do neoliberalismo. O presidente do PSDB, Aécio Neves, deixou isso claro ao declarar nesta segunda-feira (18), num ato político de seu partido em Poços de Caldas (MG), que o julgamento da Ação nº 470 não foi político, e que a defesa dessa tese "não contribui para a democracia".

A opinião de Aécio Neves é insólita e interessada. Ela faz parte do mesmo movimento político que levou ao julgamento nas condições antidemocráticas em que ele se deu, do circo jurídico e midiático armado para tentar comover a população (sem êxito, aliás...) completado agora pela decisão de natureza política do presidente do STF. Afrontando a história jurídica do país e, inclusive, a opinião de juristas, alguns conservadores, ele decidiu pela prisão imediata dos condenados, antes da decisão final do processo.

Sua decisão ampara-se, tudo indica, na ideia de que aquela é a mais alta corte de justiça do país. Mas há uma corte ainda mais alta, e definitiva – o julgamento do povo brasileiro e o veredicto da história. 

O julgamento dos brasileiros poderá se traduzir na manifestação de repúdio à decisão do STF. E outro que virá no resultado das urnas em 2014, quando, tudo indica, políticos conservadores e neoliberais, com o PSDB à frente, poderão amargar uma contundente derrota. 

Já o julgamento da história será, com certeza, implacável e vai indicar para as gerações futuras quem, no Brasil de hoje, defendeu o progresso, a democracia e a soberania brasileiros. E vai relegar ao lixo da história o PSDB, os conservadores que giram a seu redor, todos aqueles que insistem na defesa de privilégios, do atraso e da subordinação do país aos interesses externos.


Fonte: Vermelho

PT, PCdoB e entidades assinam nota sobre Ação Penal

Uma nota assinada pelos presidentes do PT, Rui Falcão, e do PCdoB, Renato Rabelo, além de senadores, deputados, prefeitos, advogados, ativistas, personalidades, intelectuais e membros da sociedade civil, critica a forma de prisão dos réus do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470. A nota foi divulgada na noite de terça-feira (19).


A nota é assinada ainda por lideranças de movimentos sociais, como o membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile; Adílson Araújo, presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vagner Freitas; André Tokarski, presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS); Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé; escritor Fernando Morais; professora da Universidade de São Paulo (USP) Marilena Chauí. Assinam a nota também os filhos e a mulher do deputado federal licenciados, José Genoino.


Esse comunicado, escrito pelo filho do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o deputado federalZeca Dirceu (PT-PR), questiona a prisão de seu pai e mais 10 réus condenados no processo. De acordo com a nota, a execução das penas “lança dúvidas sobre o preparo ou a boa fé” do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa.

"O presidente do STF fez os pedidos de prisão, mas só expediu as cartas de sentença, que deveriam orientar o juiz responsável pelo cumprimento das penas, 48 horas depois que todos estavam presos. Um flagrante desrespeito à Lei de Execuções Penais que lança dúvidas sobre o preparo ou a boa fé de Joaquim Barbosa na condução do processo”, diz um trecho da nota. 

“Um erro inadmissível que compromete a imagem e reputação do Supremo Tribunal Federal e já provoca reações da sociedade e meio jurídico. O STF precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente.” 

A nota critica também a transferência dos presos de cidades como Belo Horizonte e São Paulo para Brasília, no sábado (16). “Sem qualquer razão meramente defensável, organizou-se um desfile aéreo, custeado com dinheiro público e com forte apelo midiático, para levar todos os réus a Brasília. Não faz sentido transferir para o regime fechado, no presídio da Papuda, réus que deveriam iniciar o cumprimento das penas já no semiaberto em seus Estados de origem. Só o desejo pelo espetáculo justifica”, critica o filho de Dirceu. 

O posicionamento divulgado pelo deputado destaca também a manutenção na prisão do deputado federal José Genoino (PT-SP). Segundo o filho de Dirceu, o caso do ex-presidente do PT é “dramático” e “mais que uma violação de garantia”. “[A situação de Genoino] Traduz quanto o apelo por uma solução midiática pode se sobrepor ao bom senso da Justiça e ao respeito à integridade humana.”

Veja abaixo quem assinou a nota de repúdio à prisão: 
Juristas e advogados
 
Celso Bandeira de Mello - jurista, professor emérito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Dalmo de Abreu Dallari - jurista, professor emérito da USP
Pedro Serrano - advogado, membro da comissão de estudos constitucionais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB)
Pierpaolo Bottini - advogado
Marco Aurélio de Carvalho – jurista, professor universitário e secretário do setorial jurídico do PT. 
Antonio Fabrício - presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas e Diretor Financeiro da OAB de Minas Gerais
Bruno Bugareli - advogado e presidente da comissão de estudos constitucionais da OAB mineira
Felipe Olegário - advogado e professor universitário
Gabriela Araújo – advogada
Gabriel Ciríaco Lira – advogado
Gabriel Ivo - advogado, professor universitário e procurador do Estado.
Jarbas Vasconcelos – presidente da OAB do Pará
Luiz Guilherme Conci - jurista, professor universitário e presidente coordenação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos do CFOAB
Marcos Meira - advogado
Rafael Valim - advogado e professor universitário
Weida Zancaner- jurista e advogada

Apoio dos partidos e entidades Rui Falcão - presidente nacional do PT
Renato Rabelo – presidente nacional do PCdoB
Vagner Freitas – presidente nacional da CUT
Adílson Araújo – presidente nacional da CTB
João Pedro Stédile – membro da direção nacional do MST
Ricardo Gebrim – membro da Consulta Popular
Wellington Dias - senador, líder do PT no Senado e membro do Diretório Nacional 
José Guimarães - deputado federal, líder do PT na Câmara e secretário nacional do PT
Alberto Cantalice - vice-presidente nacional do PT
Humberto Costa – senador e vice-presidente nacional do PT
Maria de Fátima Bezerra - vice-presidente nacional do PT, deputada federal 
Emídio de Souza - ex-prefeito de Osasco e presidente eleito do PT de São Paulo
Carlos Henrique Árabe - secretário nacional de formação do PT
Florisvaldo Raimundo de Souza - secretário nacional de organização do PT
Francisco Rocha – Rochinha - dirigente nacional do PT
Jefferson Lima - secretário nacional da juventude do PT
João Vaccari Neto - secretário nacional de finanças do PT
Laisy Moriére – secretária nacional de mulheres PT
Paulo Frateschi - secretário nacional de comunicação do PT
Renato Simões - secretário de movimentos populares do PT
Adriano Diogo – deputado estadual do PT em São Paulo e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)
Alfredo Alves Cavalcante – Alfredinho - vereador de São Paulo 
André Tokarski - presidente nacional da UJS
Arlete Sampaio - comissão executiva nacional do PT e deputada distrital do DF
Alexandre Luís César - deputado estadual no Mato Grosso e membro do diretório nacional do PT
Antonio Rangel dos Santos - membro do diretório nacional PT
Artur Henrique - ex-presidente da CUT e diretor da Fundação Perseu Abramo – PT
Benedita da Silva - comissão executiva nacional e deputada federal PT-RJ
Bruno Elias – PT-SP
Carlos Magno Ribeiro - membro do diretório nacional do PT
Carlos Veras –presidente da CUT em Pernambuco
Carmen da Silva Ferreira – liderança do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC)/FLM (Frente de Luta por Moradia)
Catia Cristina Silva – secretária municipal de Combate ao Racismo – PT-SP
Dirceu Dresch - deputado estadual em Santa Catarina
Doralice Nascimento de Souza - vice-governadora do Amapá
Edson Santos - deputado federal – PT-RJ
Elói Pietá - membro do diretório nacional 
Enildo Arantes – vice-prefeito de Olinda/PE
Erik Bouzan – presidente municipal de Juventude – PT
Estela Almagro - membro do diretório nacional PT e vice-prefeita de Bauru
Fátima Nunes - membro do diretório nacional - PT
Fernanda Carisio - executiva do PT-RJ
Frederico Haddad – estudante de Direito/USP e membro do Coletivo Graúna
Geraldo Magela - membro do diretório nacional - PT
Geraldo Vitor de Abreu - membro do diretório nacional – PT
Gleber Naime – membro do diretório nacional – PT
Gustavo Tatto – presidente eleito do Diretório Zonal do PT da Capela do Socorro
Humberto de Jesus – secretário de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda
Ilário Marques – PT-CE
Iole Ilíada - membro do diretório nacional – PT
Irene dos Santos – PT-SP
Joaquim Cartaxo - vice-presidente do PT no Ceará
João Batista - presidente do PT-PA
Joao Guilherme Vargas Netto - consultor sindical
João Paulo Lima – ex-prefeito de Recife e deputado federal PT-PE
Joel Banha Picanço - deputado estadual-AP
Jonas Paulo - presidente do PT-BA
José Reudson de Souza - membro do diretório nacional do PT-CE
Juçara Dutra Vieira - membro do diretório nacional - PT
Juliana Cardoso - presidente municipal do PT-SP
Juliana Borges da Silva – secretária municipal de Mulheres PT-SP e membro do Coletivo Graúna
Laio Correia Morais – estudante de Direito/PUC-SP e membro do Coletivo Graúna
Lenildo Morais - vice-prefeito de Patos
Luci Choinacki – deputada federal PT-SC
Luciana Mandelli - membro da Fundação Perseu Abramo – PT-BA
Luís César Bueno - deputado estadual-GO e presidente do PT de Goiânia
Marcelo Santa Cruz – vereador de Olinda
Luizianne Lins – ex-prefeita de Fortaleza e membro do diretório nacional do PT-CE
Márcio Jardim - membro da comissão executiva estadual do PT-MA
Márcio Pochmann – presidente da Fundação Perseu Abramo
Margarida Salomão - deputada federal – PT-MG
Maria Aparecida de Jesus - membro da comissão executiva nacional – PT
Maria do Carmo Lara Perpétuo - comissão executiva nacional do PT
Maria Rocha – vice-presidente do diretório municipal PT-SP
Marinete Merss - membro do diretório nacional - PT
Markus Sokol – membro do diretório nacional do PT
Marquinho Oliveira - membro do diretório nacional PT
Mirian Lúcia Hoffmann – PT-SC
Misa Boito - membro do diretório estadual – PT-SP
Nabil Bonduki – vereador de São Paulo
Neyde Aparecida da Silva - membro do diretório nacional do PT-GO
Oswaldo Dias - ex-prefeito de Mauá e membro do diretório nacional – PT
Pedro Eugenio – deputado federal PT-PE
Rachel Marques - deputada estadual-CE
Raimundo Luís de Sousa – PT-SP
Raul Pont - membro do diretório nacional PT e deputado estadual-RS
Rogério Cruz – secretário estadual de Juventude – PT-SP
Romênio Pereira - membro do diretório nacional – PT-MG
Rosana Ramos – PT-SP
Selma Rocha - diretora da Escola Nacional de Formação do PT
Silbene Santana de Oliveira – PT-MT
Sônia Braga - comissão executiva nacional do PT, ex-presidente do PT no Ceará
Tiago Soares – PT-SP
Valter Pomar – membro do diretório nacional do PT
Vilson Oliveira - membro do diretório nacional - PT
Virgílio Guimarães - membro do diretório nacional - PT
Vivian Farias – secretária de comunicação PT
Willian César Sampaio - presidente estadual do PT-MT
Zeca Dirceu – deputado federal PT-PR
Zezéu Ribeiro – deputado estadual do PT-BA

Apoios da sociedade civil Rioco Kayano
Miruna Genoino
Ronan Genoino
Mariana Genoino
Altamiro Borges – jornalista
Andrea do Rocio Caldas – diretora do setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Emir Sader – sociólogo e professor universitário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)
Eric Nepomuceno – escritor
Fernando Morais – escritor
Fernando Nogueira da Costa – economista e professor universitário
Galeno Amorim – escritor e gestor cultural
Glauber Piva – sociólogo e ex-diretor da Ancine
Gegê – vice-presidente nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)
Giuseppe Cocco – professor universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Henrique Cairus – professor universitário - UFRJ
Ivana Bentes – professora universitária - UFRJ
Izaías Almada – filósofo
João Sicsú – economista e professor universitário - UFRJ
José do Nascimento Júnior – antropólogo e gestor cultural
Laurindo Lalo Leal Filho – jornalista e professor universitário
Luiz Carlos Barreto – cineasta
Lucy Barreto – produtora cultural
Maria Victória de Mesquita Benevides – socióloga e professora universitária/USP
Marilena Chauí – filósofa e professora universitária - USP
Tatiana Ribeiro – professora universitária - UFRJ
Venício de Lima – jornalista e professor universitário - Universidade de Brasília (UnB)
Xico Chaves – artista plástico
Wanderley Guilherme dos Santos – professor titular de teoria política (aposentado da UFRJ)

Com informações do Portal Terra via Vermelho

População negra brasileira confia menos na polícia, diz estudo

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta dados sobre a violência contra negros na sociedade brasileira. Intitulado "Vidas Perdidas e Racismo no Brasil", o estudo traz a relação existente entre a população negra e as forças policiais.
De acordo com os indicadores, 61,8 % dos que se autodenominam negros ou pardos e que foram vítimas de agressão disseram que não procuram a polícia. Desse grupo, 60,3% dos entrevistados alegaram não acreditar nas forças policiais e 60,7% disseram ter medo de represálias.

Entre os "não negros", o número de pessoas que não procura a polícia é de 38,2%. Nesse universo, 39,7 disseram não acreditar nos policiais e 39,3 % relataram medo de represálias.

O estudo foi baseado no Censo Demográfico de 2010 e em informações do Ministério da Justiça, que traçou o número de detentos negros no sistema prisional brasileiro. Segundo o levantamento, as cadeias brasileiras abrigavam 252.796 negros e 169.975 não negros.



Homicídios
A Nota Técnica explica em quais Estados os homens e mulheres negros e não negros têm maior perda de expectativa de vida devido a violências letais: homicídios, suicídios e acidentes de transporte.

Segundo informações do Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e do Censo Demográfico do IBGE, de 2010, enquanto a taxa de homicídios de negros no Brasil é de 36 mortes por 100 mil negros, a mesma medida para os "não negros” é de 15,2. Essa razão de 2,4 negros para cada indivíduo de outra cor morto é muito mais ampla quando se analisa a vitimização por Unidades Federativas.

Em Alagoas, por exemplo, o número de morte de negros é 17,4 vezes maior do que a de não negros.



A conclusão do estudo, que analisou as condições socioeconômicas dos entrevistados, foi a de que o “negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros”.

Segundo a análise do Ipea, a condição socioeconômica dos afrodescendentes deriva não apenas de um processo de transmissão entre as gerações do baixo nível capital, como também pelos “efeitos culturais da ideologia do racismo no mercado de trabalho para negros”

“Parte da elite branca se esquiva em perceber o racismo ainda muito prevalente no país e, sobretudo, o racismo que mata. Confunde-se segregação racial com racismo – o primeiro é um caso particular do segundo. Mas os números são evidentes. Segundo nossos cálculos, mais de 39 mil pessoas negras são assassinadas todos os anos no Brasil, contra 16 mil indivíduos de todas as outras “raças”. Para além da extinção física, há milhares de mortes simbólicas por trás das perdas de oportunidades e de crescimento pessoal que muitos indivíduos sofrem, apenas pela sua cor de pele. São vidas perdidas em face do racismo no Brasil”, conclui o a pesquisa.

O estudo é de autoria do diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e Democracia (Ipea), Daniel Cerqueira, e de Rodrigo Leandro de Moura, da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).


Fonte: Portal Terra via Vermelho

Líder do PCdoB anuncia resultados do 13º Congresso do Partido

Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (19), a líder do PCdoB, deputada Manuela D´Ávila (RS), destacou os resultados do 13º Congresso do PCdoB, que se encerrou no último sábado (16) em São Paulo. “Uma das decisões mais significativas do Congresso foi a reeleição de Renato Rabelo e da deputada federal Luciana Santos (PE) para presidente e vice, respectivamente. Tenho muito orgulho em militar no PCdoB que, permanentemente, renova-se e inova na política”.

“Tivemos um grande índice de renovação do Comitê Central, que será composto por 125 membros, demonstrando um PCdoB vivo e sintonizado com a sociedade. Queremos que cada vez mais a juventude assuma compromissos e responsabilidades no PCdoB, não se omitindo diante de dificuldades cotidianas”, disse a parlamentar.

“Terminamos o 13º Congresso com um sentimento de que estamos cada vez mais fortes e comprometidos com as bandeiras do povo brasileiro”, avalia a deputada, contando que foram aprovadas resoluções atuais, justas e que orientam o partido para uma nova e desafiadora etapa do Brasil.

“A valorização do papel das mulheres na política é um exemplo disso. A partir do primeiro trimestre de 2015, a deputada Luciana Santos será a primeira mulher assumir a presidência do PCdoB em toda a sua história. Um ponto alto do congresso foi justamente a resolução que assegura um processo de transição do atual presidente reeleito para a vice-presidente reeleita”, explicou a líder comunista.

Manuela contou ainda que líderes políticos nacionais do partido e de outras legendas, como a presidenta Dilma Rousseff, prestigiaram o encontro, destacando a importância do PCdoB no cenário político nacional. Em seu discurso, Dilma considerou a participação no evento como uma oportunidade de reafirmar seu agradecimento pelo apoio que tem recebido do “combativo” PCdoB em três anos de governo. A presidenta destacou a longa, duradoura e histórica aliança que une o PCdoB e o PT desde as eleições presidenciais de 1989.

De Brasília -  Vermelho - Márcia Xavier

Ação Penal 470: Estamos diante de um tremendo erro, diz escritor

Em entrevista à imprensa, um dos maiores escritores do país Fernando Morais comentou o desfecho da Ação Penal 470, reafirma que o dinheiro "desviado" dos cofres públicos era da Visanet (atual Cielo) e foi usado em publicidade; ele diz ainda que os condenados foram submetidos a uma pena adicional por Joaquim Barbosa: a humilhação pública.



"Sempre fui muito pessimista em relação ao desfecho desse processo. De todas as pessoas que estavam próximas do Zé Dirceu, do Genoino, e de outros, eu sempre fui dos mais céticos, não acreditava que isso terminaria de outra maneira. O desenrolar do processo indicava isso. Agora, o que mais me surpreendeu nisso tudo é essa superexposição a que estão submetidos os presos. Da forma como conduzem as prisões, os deslocamentos, parece haver a nítida intenção de expô-los à execração pública. Da forma como conduzem essas ações nada mais é do impor-lhes uma pena adicional a que eles não estavam condenados", declarou o escritor.

Fernado Morais também comentou sobre o estado de saúde do José Genuíno e afirmou que "em qualquer parte do mundo um cardiopata como ele tem direito a tratamento, assistência médica completa, a uma internação hospitalar, a uma alimentação condizente com o seu estado. E eu li uma entrevista de uma das filhas dele dizendo que ele está comendo sanduíches, porque nem deixam a família levar-lhe comida".

Julgamento Medieval

O escritor falou sobre o documentário “AP 470 – o julgamento medieval” (Assista na TV Vermelho), feito em parceria com o jornalista Raimundo Pereira. Segundo ele, o filme deixa claro o erro judiciário fica absolutamente claro.

"Ele prova e comprova a exaustão que o dinheiro público dessa história, os R$ 74 milhões da Visanet, que constituem o maior montante que, dizem, foi usado no mensalão, na verdade foram empregados no pagamento de publicidade e patrocínios normais do cartão que se chamava Visa e hoje é Cielo". E afirmou: "Quando os ânimos serenarem, o Brasil descobrirá que nós estamos diante de um tremendo erro judiciário".

Da Redação do Vermelho em São Paulo - com informações do Brasil247

Chegou o vídeo da nossa greve de 2013. Assista aqui!


Viva Zumbi dos Palmares! - Dia da Consciência Negra

Liberdade... Liberdade.

 Mas que homem é este?

 Que diz que o negro é tão diferente.

 Que diz que este negro não pode ser gente.

 Por que minha cor te ofende assim?...

 Sou negro, sim!

 Tenho orgulho, sim!

 Sou o grito forte de liberdade,
sou Palmares.

 Sou Zumbi.
Ver mais
 
Fonte: UNE no Facebook

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Meio Ambiente e o 13º Congresso do PCdoB

Aldo Arantes e a turma do meio ambiente no 13º Congresso do PCdoB

No último sábado (16) ocorreu uma reunião da Comissão Nacional do Meio Ambiente do PCdoB com um conjunto de delegados ao 13º Congresso do partido com atuação e interesse nesta área. A reunião foi convocada pelo secretário nacional de Meio Ambiente do Partido, Aldo Arantes.

O 13º Congresso do PCdoB deu importante avanço em relação à questão ambiental ao definir, em sua Resolução Final, que a proteção do meio ambiente é “um dos elementos estruturantes do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”. E, em seu informe, o Presidente do Partido, Renato Rabelo, destacou o meio ambiente como “parte integrante do novo avanço civilizacional”.

Tais formulações estão fundamentadas na política de bases marxistas do Desenvolvimento Sustentável Soberano aprovado pela Conferência Nacional do Meio Ambiente do PCdoB.

Na oportunidade discutiu-se a importância que o tema ambiental terá nas próximas eleições presidenciais. Além da batalha estrutural em defesa do meio ambiente e do desenvolvimento, terá também uma dimensão conjuntural na medida em que Marina Silva tem atacado o governo Dilma acusando-o de ter sido o responsável pelo maior atraso nesta área. Daí a importância dupla que o tema assume, e que exige a atenção dos comunistas, de olho na defesa do meio ambiente e também da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.

Para armar o Partido para esta luta política e teórica definiu-se como importante tarefa o estudo e difusão da Política Ambiental do PCdoB.

Por outro lado foi discutida, também, a política organizativa da área ambiental onde se definiu a necessidade da criação de secretarias de meio ambiente ou, pelo menos, responsáveis pela área ambiental. Política que está registradfa no documento Desenvolvimento Sustentável Soberano - Política Ambiental do PCdoB (leia
aqui).


Fonte: Vermelho


Dilma mantém crescimento e derrotaria hoje Aécio, Campos e Marina


A presidenta Dilma Rousseff seria eleita em primeiro turno caso a disputa para o Planalto fosse hoje, segundo a mais recente pesquisa do Ibope, divulgada ontem, segunda-feira (18). A candidata das forças progressistas do país vem registrando, a cada pesquisa de intenção de votos, sucessivos crescimentos eleitorais e de avaliação de gestão.

Disputando com o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE), Dilma venceria com 43% dos votos — mais que o dobro dos votos somados de seus adversários. Aécio — representante do projeto neoliberal do ex-presidente FHC — teria 14%. Já o pernambucano somaria apenas 7% da preferência do eleitorado brasileiro.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada em outubro, Dilma cresceu 2 pontos. O tucano permanece estagnado com 14% e Campos registrou uma queda de 10%, para 7% das intenções de voto.

A presidenta Dilma também se reelegeria se a disputa fosse com a ex-senadora Marina Silva (PSB) no lugar de Campo. A atual mandatária brasileira receberia 42% dos votos ante 16% de Marina. Neste cenário, Aécio amarga a terceira colocação com 13% das intenções de voto.

A avaliação do governo Dilma permanece em ascensão a quantidade de eleitores que considera o governo ótimo ou bom passou de 38% para 39%. A taxa dos que acham que a gestão é regular oscilou de 35% para 36%. A quantidade de pessoas que julga o governo ruim ou péssimo permaneceu em 26%.

A taxa de aprovação pessoal da presidenta também aumentou passando de 53% para 55% entre outubro e novembro. E a taxa dos que confiam em Dilma foi de 49% para 51%.

A pesquisa aponta ainda que apesar do apoio ao atual governo federal, a maioria do eleitorado deseja mudanças. Para 38% dos brasileiros entrevistados, próximo presidente deveria "manter só alguns programas, mas mudar muita coisa". Outros 24% desejariam que o presidente "mudasse totalmente o governo do país". Outros 23% queriam que o novo presidente "fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa". E 12% prefeririam que ele "desse total continuidade ao governo atual".

A pesquisa Ibope foi feita em parceria com o jornal "O Estado de S. Paulo" e as Organizações Globo. Foram ouvidas pessoas em 142 municípios de todas as regiões do Brasil, entre os dias 7 e 11 de novembro. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, em intervalo de confiança de 95%.

Da redação do Vermelho - com informações da Folha de S.Paulo e do
Estadão

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cristina Kirchner retorna ao governo com popularidade em alta

Opiniões favoráveis à dirigente mantêm-se altas e estáveis há meses.
Crédito: Wikicommons
A presidenta argentina, Cristina Kirchner, retorna nesta segunda-feira (18) às funções executivas com o respaldo da alta em sua popularidade, de acordo com um questionário do Centro de Estudos de Opinião Pública (Ceop) divulgado no último domingo (17), no diário Página 12.

A mandatária, que regressa às atividades de governo depois de 40 dias de recesso pós-operatório, tem uma imagem positiva de uma maioria de 53% da população, segundo a Ceop.

Esse apoio maioritário dá-se em todos as faixas etárias e em ambos sexos. Entre os jovens, o respaldo é de 55%, de acordo com o Ceop que entrevistou a mais de mil pessoas durante os últimos dias.

Há meses as opiniões favoráveis à dirigente mantêm-se altas e estáveis, segundo coincidem todos os pesquisadores, incluindo os que trabalham para o oficialismo e os que o fazem para candidatos opositores, assinala Página 12.

Em um ano, a imagem positiva da presidenta, depois de cumprir um mandato e meio, e ante uma feroz campanha da oposição mediática, subiu oito pontos e essa melhora fez-se ainda mais notória após as eleições primárias e durante sua convalecencia depois da operação intracraneal do passado 8 de outubro, refere o diário. "A verdade é que a presidenta volta à cena com um respaldo que terá peso nas decisões que adote", nos dois anos que lhe resta de mandato, assinala a publicação.

"Conseguir quórum próprio, assegurar a governabilidade, possuir um nivel de votos de 33% e uma imagem positiva do 53% não são dados menores nos tempos que correm", sintetiza.

Também, segundo o questionário, os apoios à presidenta são maiores nos setores de menos poder econômico, em que a opinião positiva chega quase ao 60%, enquanto no nível socioeconômico alto o respaldo atinge 39%.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

Camila Vallejo é eleita e comunistas ganham espaço no Chile

Reuters
Camila Vallejo contabiliza 43% de aprovação popular,
percentual que nenhum dirigente comunista
 havia alcançado depois da ditadura.

Camila Vallejo, ex-presidente da Federação de Estudantes do Chile (Fech), ficou conhecida mundialmente ao liderar manifestações no país em defesa de educação gratuita e de qualidade. Nas eleições celebradas ontem, domingo (17), a candidata à deputada pelo Partido Comunista foi votada para compor o Parlamento chileno.


Aos 25 anos, Camila levou 43,7% dos votos no populoso distrito de La Florida. "Quero agradecer a todos por tornarem possível este triunfo, que não foi só resultado do esforço e da luta de uma mulher, foi resultado da luta e trabalho de muitos companheiros que acreditaram que podemos mudar o Chile", disse ela após a vitória.

Camila sintetiza o presente e o futuro do Partido Comunista chileno. A ex-dirigente do movimento estudantil é tratada com carinho especial pelas lideranças da legenda comunista. Em agosto, sua popularidade já contabilizava 44% (percentual que nenhum dirigente comunista havia alcançado depois da ditadura), segundo uma matéria publicada pelo Opera Mundi. O resultado das eleições confirmou Camila como uma das cinco personalidades políticas mais bem avaliadas pela população chilena (a única que nunca ocupou um cargo público).

Há pouco mais de um mês, Camila deu à luz uma menina, fruto do relacionamento com o estudante cubano Julio Sarmiento. Mesmo grávida, a nova deputada chilena não deixou de frequentar as manifestações e encontros de organizações comunitárias, visitou feiras e comunidades mais carentes, durante a campanha.

Também pelo Partido Comunista, Karol Cariola, ex-líder da Federação de Estudantes da Universidade de Concepción, conseguiu votos para integrar o Parlamento, com 38% no distrito de Recoleta, ao sul de Santiago.

No total, quatro emblemáticos ex-líderes estudantis foram eleitos para o Parlamento chileno no pleito de domingo. Gabriel Boric, ex-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (sucesso de Camila no cargo) e Giorgio Jackson, presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, figuram entre os votados.

O novo cenário político chileno é reflexo de uma população cansada dos desmandos da direita, representada atualmente pelo presidente Sebastian Piñera. Neste ano em que o Chile completou 40 anos do golpe que depôs o socialista Salvador Allende e instaurou a ditadura de Augusto Pinochet, a resposta e o reconhecimento da população não poderiam ser mais diretos.

Théa Rodrigues, da redação do Vermelho - com informações das agências de notícias

domingo, 17 de novembro de 2013

PCdoB elege novo Comitê Central e nova Comissão Política

Terminou de maneira ‘plenamente vitoriosa’, este sábado (16), em São Paulo, o 13º Congresso do PCdoB. O evento, que mobilizou mais de 800 delegados de todas as regiões do Brasil, elegeu o novo Comitê Central do Partido e a nova Comissão Política Nacional (CPN). Renato Rabelo e Luciana Santos foram reeleitos para presidente e vice, respectivamente. O Congresso também aprovou duas resoluções políticas.
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho no 13º Congresso do Partido


Emerson Pier
Novo Comitê Central 13º Congresso do PCdoB

Em discurso posterior à divulgação da nova Comissão Política Nacional, o presidente reeleito do PCdoB, Renato Rabelo, disse que o 13º Congresso “aprovou resoluções atuais, justas e que orientam o Partido para essa nova desafiadora etapa da vida do Brasil”. O Ato Político que aconteceu nesta sexta (15), e que contou com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, e de diversas lideranças políticas nacionais de outras legendas do país, demonstrou a importância do PCdoB no curso político nacional. 

Segundo Renato, o grande índice de renovação do Comitê Central, que passa a ser composto por 125 membros, é significativo e mostra um PCdoB vivo. Ele ressaltou como ponto alto do Congresso, a resolução para o processo transição do atual presidente reeleito, com a indicação de que a deputada Luciana Santos, reeleita vice-presidente, assuma a Presidência do Partido no primeiro trimestre de 2015. 

O dirigente nacional falou do orgulho e da confiança nos quadros veteranos e jovens do Partido. E conclamou a juventude comunista a assumir, cada vez mais, seu papel e responsabilidade no Partido. “Somos um partido que quer superar revolucionariamente o sistema capitalista no Brasil.”

Renato ressaltou que os comunistas brasileiros não se omitem diante de nenhuma situação política do país, mesmo as mais difíceis. Retomou o discurso desta sexta (15), quando o Partido se colocou publicamente contrário à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de emitir mandatos de prisão contra os julgados na Ação Penal 470, que ficou apelidada pela mídia monopolista e da direita reacionária de “mensalão”. 

Segundo ele, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, enviou-lhe pessoalmente uma mensagem de agradecimento, afirmando que havia ficado “comovido e orgulhoso” com o discurso de Renato. “Presidente muita gratidão a você e ao PCdoB. Você sabe que me considero um militante do PCdoB.” 

Ele encerrou oficialmente o 13º Congresso afirmando que o Partido entra na década que marca o seu centenário cada vez mais forte e vinculado às lutas do povo brasileiro e comprometido com a luta “pelo avanço civilizacional que é a transição para o socialismo”. 

Leia abaixo, em ordem alfabética, os 125 membros do Comitê Central eleitos no 13º Congresso:

Abgail Pereira, Adalberto Frasson, Adalberto Monteiro, Adilson Araújo, Alanir Cardoso, Alcides Amazonas, Aldemir Caetano, Aldo Rebelo, Aldo Silva Arantes, Alice Mazzuco Portugal, Altamiro Borges, Ana Maria Prestes Rabelo, Ana Rocha, André Bezerra, André Tokarski, Angela Albino,
Angela Guimarães, Antenor Medeiros, Antonieta Trindade, Antonio Levino, Assis Mello, Augusto Buonicore, Augusto César Madeira, Augusto Vasconcelos, Aurino Pedreira do N Filho, Bartiria L da Costa, Bernardo Joffily, Carina Vitral, Carlin Moura, Carlos Augusto (Patinhas), Cláudia Petuba,
Cláudio Bastos, Dalva Stella, Daniel Almeida, Daniel Iliescu, Daniele Costa Silva, Davi Gonçalves Ramos, Davidson de Magalhães, Dilermando Toni, Divanilton P. da Silva, Edilon Melo de Queirós,
Edmilson Valentim, Edson Luiz de França, Edvaldo Magalhães, Edvaldo Nogueira, Elias Jabbour,
Elisangela Lizardo, Elza Campos, Emília Fernandes, Eronildo Braga Bezerra, Evandro Milhomem,
Fábio Tokarski, Fabrício Falcão, Fernando Niedsberg, Flávia Calé, Flávio Dino, Francisco Lopes,
Gilvan Paiva, Gustavo Lemos Petta, Haroldo Lima, Inácio Arruda, Isaura Lemos, Jamil Murad, Jandira Feghali, Javier U. Alfaya Rodriguez, Jô Moraes, João Batista Lemos, João Quartim de Moraes, Jonas Marins, Jorge Panzera, José Carlos Ruy, Jose Reinaldo Carvalho, Julia Roland,
Julieta Palmeira, Julio Vellozo, Liége Rocha, Lourdes Carvalho Rufino, Luciana Santos, Luciano Siqueira, Luiz Carlos Paes de Castro, Luiz Fernandes, Madalena Guasco, Manoel Rangel Neto,
Manuela D’Avila, Marcelino Granja, Marcelino Rocha, Marcelo Cardia, Marcelo Ferraz Toledo, 
Márcio Jerry, Maria Olívia Santana, Marlene Alves, Nádia Campeão, Nágyla Drummond, Neide Freitas, Nereide Saviani, Nivaldo Santana Silva, Olgamir Amâncio, Olival Freire, Orlando Silva, 
Osmar Júnior, Pedro Bigardi, Péricles Sousa, Perpétua Almeida, Raimunda Gomes (Doquinha),
Raimunda Leone, Renan Thiago A Moreira, Renata Miele, Renato Rabelo, Renildo Calheiros,
Renildo Souza, Ricardo Abreu, Ricardo Gomyde, Ronald Freitas, Ronaldo Carmona, Ronaldo Leite,
Sérgio Barroso, Socorro Gomes, Vanessa Grazziotin, Virgínia Barros, Vital Nolasco, Wadson Ribeiro, Wagner Gomes, Waldemar de Souza, Walter Sorrentino, Wander Geraldo da Silva.

Comissão Política Nacional
 

Adalberto Monteiro, Adilson Araujo, Aldo Rebelo, Aldo Silva Arantes, Carlos Augusto (Patinhas),
Daniel Almeida, Flavio Dino, Haroldo Lima, Inácio Arruda, Jô Moraes, João Batista Lemos, José Reinaldo Carvalho, Luciana Santos, Manuela D’Avila, Nadia Campeão, Nivaldo Santana Silva,
Orlando Silva, Renato Rabelo, Renildo Calheiros, Ricardo Abreu (Alemão), Vanessa Grazziotin,
Wadson Ribeiro, Walter Sorrentino.

Fonte: Vermelho

PCdoB reafirma apoio ao governo Dilma em Ato Político

A jornada de debates desta sexta-feira (15) no 13º Congresso do PCdoB foi encerrada com o Ato Político, centralizado na presença e no discurso da presidenta Dilma Rousseff. Representantes de diversos movimentos sociais com forte presença no partido, ministros e quadros do PCdoB e de outros partidos compuseram uma mesa que refletiu o contexto político de 10 anos de governos progressistas e o importante papel dos comunistas.

Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho no 13º Congresso do PCdoB


Théa Rodrigues
13º Congresso do PCdoB
Ato Político do 13º Congresso do PCdoB, com o presidente do partido Renato Rabelo e a vice-presidenta Luciana Santos, a presidenta Dilma Rousseff e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, iniciou uma noite de discursos abrangentes sobre a construção dos governos progressistas e o avanço social que caracteriza a transformação estrutural do país. Além disso, fez uma análise conjuntural sobre os novos rumos e reafirmou o apoio dedicado do Partido à reeleição da presidenta Dilma. 

Em meio aos brados vigorosos dos militantes da União da Juventude Socialista (UJS), que levantaram os delegados com lembranças à juventude do Araguaia e clamores à luta comunista, a noite foi preenchida por reflexões sobre o contexto político brasileiro nesta década de avanços socioeconômicos estruturais, o papel do PCdoB nessas conquistas e os direcionamentos a serem traçados com a superação dos novos desafios, sobretudo às vésperas das eleições de 2014.

Além disso, estavam na plateia mais de 50 delegações de partidos de esquerda internacionais que acompanham as atividades do 13º Congresso do PCdoB – desde o seu encontro internacional, realizado entre os dias 13 e 14 de novembro –, evidenciando o grande prestígio do Partido no âmbito global.

Compuseram a mesa do ato os representantes da UJS, da União Brasileira de Mulheres (UBM), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), da União de Negros pela Igualdade (Unegro), da União Nacional de Estudantes (UNE) e da Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), entre os movimentos sociais.

Também foram convidados à mesa o presidente do PCdoB do estado de São Paulo, vereador Orlando Silva, a deputada federal Jandira Feghali, o candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, Flávio Dino, a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos, o senador Inácio Arruda, líder da bancada do PCdoB no Senado, a deputada federal e líder da bancada do PCdoB na Câmara, Manuela D’Ávila, os ministros do Esporte, Aldo Rebelo, da Educação, Aloísio Mercadante, da Saúde, Alexandre Padilha, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o presidente do PT, Rui Falcão, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a ex-vice-prefeita paulistana, Alda Marco Antônio, do Partido Social Democrático (PSD).

Reformas estruturais e democráticas

Renato Rabelo iniciou sua fala comentando a notícia sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de emitir mandatos de prisão contra os julgados na Ação Penal 470, que ficou apelidada pela mídia monopolista e da direita reacionária de “mensalão”. A decisão, tomada em detrimento dos recursos (embargos infringentes) aos quais os réus ainda têm direito, demonstrou a transformação da Justiça em instrumento político e representa um ataque ao Estado de Direito.

“A grande mídia busca criar um clima de regozijo que lembra a Idade Média, os condenados da Inquisição”, disse o presidente. O PCdoB, continuou, “não vê motivo para festa, nem julga que a justiça esteja sendo feita”.

Neste sentido, a defesa da reforma democrática, contra o financiamento privado de campanha e em prol do fortalecimento dos partidos apresenta-se novamente como uma necessidade estrutural, em um contexto de avanços e para o fortalecimento da democracia brasileira. 

Renato Rabelo afirmou que o respeito e a legitimidade dos partidos dependem da reforma política, e que “não há avanço democrático sem partidos políticos”. No mesmo plano, ressaltou a urgência da democratização dos meios de comunicação “pela diversidade e pluralidade informativa”, fazendo menção também ao Marco Civil da Internet neutra e livre.

Dedicação comunista aos governos progressistas

O PCdoB reafirmou o seu compromisso e atuação no avanço progressista do Brasil, com conquistas significativas, principalmente para a redução das profundas desigualdades e a superação das injustiças no país.

“Temos consciência da nossa responsabilidade diante da oportunidade histórica”, disse Renato Rabelo. “Não podemos nos dispersar, tudo faremos para dar a nossa contribuição”, continuou, com ênfase à mobilização necessária para que o governo aprofunde as mudanças que a nação pede, por meio das reformas estruturais democráticas.

Além disso, ressaltou que, ainda que a mídia se empenhe nas campanhas contrárias ao governo Dilma, a presidenta continua conquistando altos índices de aprovação e popularidade. 

As propostas falidas da direita sem alternativas e o alarmismo sobre a situação econômica mundial – com as supostas repercussões no Brasil – são instrumentos da mídia para desacreditar o grande avanço do país – ainda que imerso em um mundo em crise sistêmica do capitalismo –, deixando-o também vulnerável aos ataques especulativos do sistema financeiro mundial.

Por isso, o presidente do PCdoB dirigiu apelos diretamente à presidenta Dilma para a resistência contra as medidas neoliberais do passado, contra o retrocesso, ou ao retorno às políticas retrógradas de arrocho hoje impostas na Europa contra o povo cada vez mais empobrecido e explorado.

O respaldo à reeleição de Dilma e à continuidade e aprofundamento da transformação social no Brasil ficaram patentes no discurso de Renato Rabelo. “Camaradas e amigos, o PCdoB tem campo e rumo definidos: Apoiará a presidenta Dilma na sucessão presidencial de 2014, para que o povo obtenha a sua quarta vitória!”, afirmou.

Mobilizações sociais e parceria

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também manifestou grande admiração pelo PCdoB, saudou a realização do seu 13º Congresso e agradeceu o apoio ao seu governo. 
Haddad ressaltou contribuições significativas do Partido Comunista a campos cruciais, como a educação. “Nos últimos 10 anos, conseguimos dobrar o número de universitários no Brasil”, disse o prefeito. 

As mobilizações estudantis e a atuação da UJS e da UNE foi saudada pelo prefeito, que ressaltou avanços fundamentais dos quais o PCdoB tem feito parte. 

   Foto: Théa Rodrigues

   Militantes da UJS manifestam-se com clamores pelas lutas sociais durante o Ato Político.

Sobre a sua articulação, Haddad disse que “o PCdoB não é um partido aliado, coligado, da coalizão, ou um partido da base, mas um partido irmão do Partido dos Trabalhadores”. E continuou: “O PCdoB é um partido irmão, mais velho e mais sábio, que tem a clareza de que devemos manter viva a chama socialista no Brasil”.

Por isso, classificou a parceria entre “partidos que contestam a ordem, para superá-la ou aperfeiçoá-la, partidos que não aceitam o status quo e querem sempre perseverar na mudança”. 

No mesmo sentido, a presidenta Dilma também saudou o PCdoB pela trajetória de lutas sociais e em prol da classe trabalhadora, pelo papel direto nos 10 anos de governos progressistas e pelo apoio dedicado à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva desde a sua primeira candidatura, em 1989, com a construção de uma história de cooperação com o objetivo primordial de transformação social para um país mais digno e justo.

Veja aqui tudo o que foi publicado sobre o 13º Congresso do PCdoB.