sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Em defesa da democracia, movimentos convocam todos às ruas dia 20!

“Em defesa da democracia e por mais conquistas sociais”. Essa é a pauta que está mobilizando os movimentos sociais, sindicais e juvenis para o próximo dia 20 de agosto. Neste contexto, a TV Vermelho entra na mobilização em um vídeo exclusivo com representantes de várias entidades nacionais e convoca à população para se unir e ocupar às ruas na luta por mais direitos e pela manutenção da democracia em nosso país. 


 Assista abaixo: 

Da TV Vermelho,Laís Gouveia, Toni c. e Clécio Almeida. 

Manifestações não podem ser criminalizadas pela lei antiterror

O deputado federal, Wadson Ribeiro (PCdoB-MG), encaminhou ontem, quinta-feira (13), voto contrário ao destaque que pretendia incluir no projeto da lei antiterrorismo (PL 2016/15) o crime de associação para o terrorismo, nos moldes da formação de quadrilha. Seguindo a posição do parlamentar comunista o destaque foi rejeitado pelo Plenário da Câmara.



"Manifestações não podem ser criminalizadas pela lei antiterror""Manifestações não podem ser criminalizadas pela lei antiterror"
Segundo Wadson, este tipo de crime já está previsto na Constituição Federal. Para ele, a aprovação do destaque poderia abrir margem para a criminalização de movimentos políticos. Ao defender o encaminhamento contrário, o deputado mineiro citou a prisão de cerca de 60 manifestantes em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (12). Entre os detidos estava o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Francisco Faria.

Centenas de pessoas, entre elas representantes dos movimentos estudantis da capital mineira, protestavam contra o reajuste da tarifa de ônibus quando começou um conflito com a Polícia Militar. Segundo os manifestantes, os militares fizeram o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha que feriram várias pessoas, entre elas o repórter fotográfico do jornal O TEMPO Denilton Dias, que foi atingido na perna.

Os jornais de grande circulação da capital, afirmam que testemunhas que assistiam ao protesto relataram que a manifestação era pacífica. “Um fato como este poderia ensejar, caso a matéria fosse aprovada o enquadramento dos manifestantes em crime de terrorismo. Considero perigosa uma lei que taxe manifestações legítimas de terrorista.”, afirmou Wadson.

Em nota, o governo de Minas Gerais lamentou o fato e reafirmou sua “posição de garantir o direito democrático de livre manifestação, assim como o de ir e vir de todos cidadãos, e a não tolerância com agressão a agentes públicos no exercício de sua função”.

Assista o vídeo do pronunciamento do deputado:

 

Fonte: Assessoria do deputado Wadson Ribeiro (PCdoB-MG) via Vermelho

Fidel Castro – 89 anos do homem que antecipou o futuro

“Uma revolução não é um mar de rosas. É uma luta de morte entre o futuro e o passado.” Esta frase foi dita por Fidel em 1961, quando a revolução cubana completava apenas dois anos e ele 34. 


Reprodução
  
Ontem, quinta-feira (13), o ex-presidente comemora 89 anos de vida e a revolução do qual ele foi o principal líder já tem mais de cinco décadas. Mais precisamente, 56 anos, cercada e atacada ininterruptamente, mas invicta. Fidel já escreveu seu nome como um dos grandes da história, principalmente como o defensor dos explorados e dos que sofrem com a opressão e a injustiça. Por isso mesmo é odiado pela burguesia e seus fantoches, que contra ele assacam toda sorte de calúnias. No entanto, nada abala o amor que o povo cubano e a humanidade progressista devotam a este exemplo do “homem novo”, solidário, ético, audaz, e que jamais desistiu de lutar para antecipar para todos os povos um futuro de paz e justiça social.



Em 1979, o discurso de Fidel na ONU é um exemplo da paixão que sempre moveu o comandante. Na ocasião, ele falava como representante dos países não alinhados e fez uma denúncia veemente da desigualdade e da injustiça no mundo. Foi um discurso de quem enxerga adiante, de quem mira o horizonte com o olhar mais avançado. Diante dos dirigentes mundiais, Fidel denuncia o racismo, o colonialismo, defende os palestinos e propõe que o gasto com armamentos seja abandonado e transformado em investimento contra a fome mundial. Ao final, o auditório da ONU levanta-se em peso e aplaude de pé o revolucionário comunista, então com 53 anos incompletos. Quem não tiver tempo de assistir a esta histórica prédica, vá direto ao minuto 14 onde se inicia a parte mais contundente e emocionante do pronunciamento (vídeo abaixo).





América Latina rende homenagens ao comandante

Fidel chega aos 89 anos cercado de homenagens e celebrações. Evo Morales, presidente da Bolívia, viajou para Cuba e está na ilha no dia do aniversário do veterano revolucionário, para lhe render as homenagens em nome do povo do seu país. Já o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou a Fidel o “abraço e o aplauso do povo venezuelano” e enalteceu o trabalho do líder histórico da revolução cubana em defesa das causas justas da humanidade. Para Maduro, Fidel é o “comandante revolucionário da América Latina e Caribe (…) Fidel escreveu e continua a escrever uma história que será grande pelos séculos”.

Ao enviar suas congratulações, Maduro compartilhou com a audiência da TV Telesur, onde fez estas declarações, imagens do líder cubano junto ao falecido presidente Hugo Chávez, e os qualificou como gigantes e construtores de uma realidade latino-americana que hoje é necessário defender.

O “jovem” Rebelde 

Em Cuba, as celebrações em torno de Fidel coincidem com o Dia Internacional da Juventude, data que será celebrada na cidade natal do comandante, Birán. Ali, uma representação de 400 jovens comemorará o aniversário 89 de Fidel.

Momento especial será a exposição “Um Rebelde em Rebelde” que reúne 89 fotos publicadas ao longo dos 50 anos do jornal Juventude Rebelde, cuja fundação coincide com o natalício de Fidel Castro.

O dirigente cubano completa 89 anos em um momento em que Cuba socialista conquista vitórias no campo político e diplomático, como a libertação dos Cinco Heróis e o reconhecimento tácito do imperialismo de que o poderoso bloqueio não foi capaz de quebrantar o espírito revolucionário da heroica ilha. Escreveu Fidel: “Nunca deixaremos de lutar pela paz e o bem-estar de todos os seres humanos, independentemente da cor da pele e do país de origem de cada habitante do planeta, bem como pelo direito pleno de todos a possuir ou não um credo religioso”. Isso foi escrito na madrugada desta quinta-feira (13), e faz parte do artigo de Fidel  “A realidade e os sonhos”, publicado no mesmo dia no Granma e já republicado há pouco no Portal Vermelho. Como acontece há dezenas de anos, a aurora encontra o combatente revolucionário ativo em seu posto de luta.


 
 

Wevergton Brito Lima, com informações de Ivette Martinez, do Consulado de Cuba em São Paulo, CubaDebate e Prensa Latina. 
Fonte: Vermelho

A covardia da mídia hegemônica contra as Margaridas

  

A Marcha das Margaridas é uma das evocações mais bonitas e simbólicas do movimento popular brasileiro. Construída por mulheres trabalhadoras, especialmente as mulheres do campo, a marcha evoca a memória da paraibana Margarida Maria Alves, sindicalista, assassinada a mando dos patrões com um tiro no rosto em 1983, em um dia 12 de agosto. 


Neste 12 de agosto de 2015, cerca de 70 mil pessoas de todo o Brasil participaram da marcha em Brasília. A Globo News não mandou repórteres desde cedo informar, empolgados, que a “manifestação é pacífica”. Ou que “as pessoas estão cantando o hino nacional”. A abordagem foi o tempo todo para desqualificar ou diminuir o evento. Falou-se no estádio “cedido gratuitamente”, no trânsito parado nas vias próximas e a cobertura fotográfica foi canalha. Vejam, por exemplo, algumas fotos que o Grupo Folha publicou em seu site. As fotos daFolha estão à esquerda e à direita fotos do grupo Mídia Ninja. Parecem eventos diferentes. As da esquerda são fotos de uma manifestação esvaziada, claramente feitas nos horários de chegada ou de saída dos participantes. A ideia é passar uma imagem de um ato de poucos, mesmo que o texto registre milhares, pois a mídia hegemônica aposta justamente no poder da imagem para transmitir a mensagem principal (veja ao final mais belas fotos da marcha).

A vitória da primavera

Isso não é à toa. Esta é uma marcha de mulheres de luta, que em plena tempestade conservadora têm a coragem de levantar, bem alto, bandeiras em defesa dos direitos sociais e da democracia. Nossa apodrecida mídia hegemônica não poderia realmente dar a este digno ato a repercussão que seria merecida em uma comunicação livre das nuvens carregadas pela direita e pelo neofascismo. Diante disso, pode parecer que a luta das margaridas é vã. Porém, tempos ruins causam estragos, podem até fazer com que se perca uma lavoura, mas as margaridas continuam sempre florescendo, até que um dia a primavera termina inevitavelmente por vencer o céu nublado.





 















 





Bancada do PCdoB avalia aprovação de doação de empresas para campanhas

 

Sob protestos dos comunistas, o Plenário da Câmara aprovou a constitucionalização da doação de empresas para partidos políticos. Com esta deliberação, os parlamentares concluíram o segundo turno de votações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/07, que trata da reforma política. A Bancada do PCdoB é contra a proposta e considera um erro histórico a sua aprovação pela Câmara. O texto segue agora para o Senado.


Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), o resultado da votação foi mais um momento de “esquartejamento” da Constituição Federal. “Na Assembleia Constituinte as demandas de democratização construíram a nossa Constituição Cidadã. Mas de 1988 para cá, temos vivido momentos de destruição daqueles mandamentos. Colocar na Carta Magna o financiamento de empresas é um crime contra a nossa história democrática. Todo mundo está vendo o poder dos lobistas e a relação das empresas com o dinheiro público. Empresa não vota e não pode estar na Constituição como financiadora de partidos ou de campanhas eleitorais”, critica a parlamentar.

Durante todo o processo de discussão e votação da reforma política, o PCdoB sustentou seu posicionamento contrário ao financiamento empresarial. Para a legenda, esta é uma das principais portas da corrupção no país e não deveria fazer parte do texto constitucional.

“Foi muito grave a votação final da Câmara sobre a reforma política, que consolidou na Carta Magna um dos principais fatores de distorção da representação política no Brasil. Espero que o Senado impeça que o Brasil continue sustentando um mecanismo tão injusto para o nosso sistema político e eleitoral”, afirma o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), vice-líder do governo na Câmara.

O tema foi o mais polêmico de toda a reforma política e sua aprovação, ainda em primeiro turno após manobra de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gerou contestação no Supremo Tribunal Federal (STF). Mais de 60 deputados questionaram a decisão do presidente da Câmara de colocar em votação nova emenda sobre financiamento empresarial depois que texto já havia sido rejeitado. A ministra Rosa Weber negou o pedido de liminar que questiona a votação, mas o Pleno do STF poderá julgar novamente o caso.

Ao incluir o financiamento de empresas na Constituição, parte dos deputados espera acabar com a ação de inconstitucionalidade que questiona a doação de empresas a campanhas eleitorais e que já teve votação da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF). No início do ano, declarações do ministro Gilmar Mendes – responsável pelo pedido de vistas deste processo – indicavam que sua demora em devolver a análise ao Pleno do Supremo estava vinculada à aceleração da tramitação do tema na Câmara.

Agora, a expectativa é que o Senado altere o texto e não ratifique a reforma aprovada na Câmara. “Esperamos que no Senado isso não vá adiante. Acho que hoje está explícita uma diferenciação entre Senado e Câmara nas deliberações e no compromisso com o Brasil. Penso que esse conflito nos ajude, pois pode impedir que matérias que não interessam a sociedade avancem. A cada votação nós estamos ganhando adesões. Então, numa segunda rodada, acredito que tenhamos êxito, mas as organizações sociais precisam se fazer presente”, afirma o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Assista abaixo, o vídeo com as declarações dos parlamentares do PCdoB que são contra o financiamento empresarial das campanhas eleitorais:
 

Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara via Vermelho

Dilma aos golpistas: Respeitem o resultado e honrem seu adversário

 

Em uma demonstração de unidade em defesa da democracia e das conquistas garantidas pelo governo progressista dos últimos anos, centenas de lideranças sindicais e dos movimentos sociais se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff ontem, quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, para reafirmar o apoio ao mandato legítimo e repelir os intentos golpistas da oposição.


Após ouvir as intervenções das lideranças, que manifestaram apoio ao seu governo, mas também apontaram as reivindicações, Dilma reafirmou seu compromisso com as bandeiras que a reelegeu. “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, disse.

E acrescentou: “Nós vamos tomar todas as medidas para que este país volte a crescer o mais rápido possível. Vamos fazer todo o possível e investir, não só para não haver retrocesso, mas para avançar”.

Sob o coro de “não vai ter golpe!” e em um claro recado aos inconformados com os resultados das urnas, Dilma afirmou: "Respeite o resultado. E respeite o adversário. Respeite e honre seu adversário. Se você não respeitar o resultado do jogo, você não pode entrar no jogo”.

Dilma disse que o melhor jeito de honrar a democracia é entender essa conquista imensa que tivemos na nossa sociedade. “É entender que a democracia é algo que temos de preservar custe o que custar. A tolerância, o respeito e outra coisa que a gente tem de ter. Temos que respeitar o adversário. Eu brigo até a hora da eleição; depois eu respeito o resultado da eleição", afirmou a presidenta.

Onda conservadora

A presidente criticou as pautas conservadoras que, segundo ele, podem "fazer mal ao país", citando como exemplo a redução da maioridade penal. Ela afirmou que foi esse motivo que saiu em público contra a proposta.

Dilma enfatizou que o Brasil não tem de ser a "sétima economia do mundo, mas a "a sétima nação". "E eu não estou aqui para resolver todos os problemas este ano. Estou aqui para resolver todos os problemas e entregar este país muito melhor no dia 31 de dezembro de 2018", declarou.

E completa: "O governo tem de fazer economia, sim. Tem que fazer. Não tem essa conversa de que o governo vai sair gastando como nós gastamos em momento que tínhamos mais dinheiro. É igual família: o dinheiro vai para aquilo que é mais importante para não ter retrocessos, para que a população que mais sofre nesse país tenha as melhores condições de vida ".

Dilma concluiu o seu discurso com as mesmas palavras ditas ontem durante o encerramento da Marcha das Margaridas, nesta quarta (12), quando citou uma música do Lenine. "Eu disse que nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro".

Lideranças

Antes do discurso da presidenta, lideranças de diversos movimentos reafirmaram o apoio ao governo e enfatizaram a disposição de luta contra qualquer tentativa de manobra golpista. A primeira a falar foi Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ela destacou que a entidade completou 78 anos de história que foram marcadas “por lutas, sobretudo, uma luta em defesa do Brasil e dos estudantes”.

“Por toda essa história, nós sabemos dar valor a democracia porque pagamos com as nossas vidas, com os nossos líderes. Sabemos dar valor a nossa recente e valiosa democracia... Nós, dos movimentos sociais e estudantes, apoiamos a continuidade do seu mandato porque damos valor a democracia e a legalidade”, declarou Carina, ressaltando que os estudantes querem discutir uma agenda positiva que garanta a ”implantação do Plano Nacional de Educação, de um plano nacional de alfabetização, por mais universidades e pela democratização dos meios de comunicação”.

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), afirmou que há “onda extremamente conservadora” que “põe em xeque” programas. “O Brasil está sob a ameaça daqueles que foram derrotados e que estão olhando para a nossa cara e dizendo que temos que ir para Cuba. Nós vamos para Cuba sim, mas quando estiver pronto o Porto de Mariel”, ironizou o sindicalista, se referindo ao financiamento feito pelo governo brasileiro para as obras de modernização do Porto de Mariel.

Adílson salientou que o país vive um momento novo. “Queremos discutir daqui para frente, pois houve um tempo que discutir o Brasil era discutir uma política de privatização, uma política de subserviência ao FMI. Uma política que para entrar nos Estados Unidos tinha que tirar o sapato. Uma política de congelamento salarial, desemprego e inflação”, resgatou.

Alexandre Conceição, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), criticou os partidos de oposição e afirmou que eles não aceitam a derrota nas urnas porque “nasceram no berço da casa grande”. “Essa oposição nos chicoteou na senzala. Essa oposição comete atos de corrupção todos os dias. E por isso não tem moral para nos apontar e dizer qual pauta devemos seguir”, enfatizou.

Já para o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que os que hoje são contra o governo têm pais que apoiaram o regime militar e filhos que são contra as cotas sociais. E mandou um recado aos golpistas: “Aqueles que utilizam a insatisfação social para atacar a democracia. Esses que estão por aí semeando a intolerância, o ódio e o preconceito. Essa turma dos Jardins, Leblon não representa o povo brasileiro. Não aceitamos e não aceitaremos a sua política de retrocesso”.

Ele reafirmou que é precisa garantir que o povo não pague a conta pela crise. “Não aceitaremos que ajuste que tire direitos trabalhistas, que corte direitos e programas sociais”, enfatizou.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, concluiu a participação dos movimentos, ressaltando que os trabalhadores serão a trincheira de defesa do mandato da presidenta Dilma. "Nós seremos o exército que vai enfrentar a burguesia nas ruas e não vai ter golpe. Esse povo que está aqui tem condição de enfrentar os coxinhas nas ruas”, afirmou.
 

Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações da NBR

Dia 20 de Agosto - Dia Nacional de Luta pela Democracia: Nota do Fórum dos Movimentos Sociais

20 de agosto: tomar as ruas por Direitos, Liberdade e Democracia! Contra a direita e o ajuste fiscal
 
O Fórum Baiano de Movimentos Sociais convoca a população para tomar as ruas no dia 20 de Agosto, dia nacional de luta em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia. Está em curso no país uma trama golpista que tem como objetivo romper com a legalidade democrática e impor um perigoso retrocesso político que colocaria em risco a democracia,  os direitos dos trabalhadores e a soberania da nação. Em Salvador, a data terá mobilizações o dia inteiro, com destaque para a passeata dos movimentos de moradia e sem-teto, às 13h, saindo do Campo Grande. Nesta jornada, levantaremos  as bandeiras que consideramos as mais adequadas para enfrentar a crise política e econômica em curso no país:
 
– Contra o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!
 
A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública.
 
– Fora Cunha: Não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!
 
Eduardo Cunha representa o atraso. Transformou a Câmara dos deputados em uma Casa da Intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora  imposta pelo Congresso: terceirização, redução da maioridade penal, reforma política antidemocrática, defendemos uma Petrobrás 100% estatal. Estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.
 
– A Petrobrás é nossa!
 
A maior empresa do país, com papel estratégico para o nosso desenvolvimento, está sob mira dos que querem privatizá-la. Não aceitamos a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras e defendemos uma Petrobrás 100% estatal.
 
– A saída é pela Esquerda, com o povo na rua, por Reformas Populares!
 
É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Para aprofundar a democracia, defendemos reformas estruturais para o Brasil: reformas tributária, urbana, agrária e educacional, democratização das comunicações e reforma democrática do sistema político, para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
 
Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia
Fonte: Seeb BA

Dilma em Diálogo com trabalhadores

Trabalhadores de todo o país se unem contra as tentativas de golpe capitaneadas pela elite conservadora que não aceita a derrota nas últimas eleições, muito menos os avanços obtidos nos últimos anos. As ações já estão acontecendo. 
 
Mais de 1,5 mil lideranças, entre estudantes, mulheres, negros, trabalhadores sem terra e bancários participaram ontem, quinta-feira (14/08), de encontro com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília.
 
O momento é de reafirmação da democracia, portanto contra qualquer tentativa de golpe no Brasil. A agenda dos trabalhadores, definida na Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) também foi destaque, a exemplo da valorização do trabalho e do desenvolvimento com soberania.
 
Presente no debate, o presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, destacou, durante intervenção, que o enfrentamento da crise passa necessariamente pela construção de uma ampla frente popular, que coloque na ordem do dia a agenda do desenvolvimento.
 
O momento exige a união de todas as categorias e a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe estava lá. Na avaliação do presidente da entidade, Emanoel Souza, o posicionamento adotado pelo presidenta ao reafirmar compromisso com bandeiras históricas do povo e da manutenção dos programas sociais foi positivo. "Cabe agora aos movimentos sociais ao tempo que se contrapõe às tentativas golpistas cobrar com rigor a agenda dos trabalhadores".
 
Além da CTB e da Feeb, participaram CUT, MST, UNE, MTST, Contag, CMT, Associação Nacional das Mulheres Pescadoras, entre outros.   

Fonte: O Bancário

Bancários lançam Campanha Salarial em Itabuna e pedem fim da terceirização

Crédito: Seeb Itabuna
Seeb ItabunaMobilização apontou os problemas enfrentados nos bancos públicos e privados

Com o tema "Exploração não tem perdão. Mobilizar é a solução", o Sindicato dos Bancários de Itabuna, a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e a CTB Sul da Bahia lançaram a Campanha Salarial Nacional 2015 em frente à agência do Bradesco, na avenida do Cinquentenário, em Itabuna, nesta quarta-feira(12).

"Iremos até as últimas rodadas de negociações reivindicando não só aumento salarial. Queremos mais segurança, mais contratações de funcionários para um melhor atendimento aos clientes", pontuou Valter Moares, diretor regional da Federação.

Os bancários sabem que não há crise no setor financeiro. Três bancos (Bradesco, Itaú e Santander) lucraram R$ 24 bilhões no primeiro semestre. Portanto, podem acabar com as demissões e garantir os postos de trabalho.

"Iremos cobrar dos banqueiros que essa exorbitante lucratividade se reverta em melhores salários para os bancários, mais contratações e um atendimento de qualidade para os clientes e usuários dos serviços", denunciou Luis Sena, diretor do Sindicato.

Na Caixa e no Banco do Brasil, os empregados vão tratar sobre a necessidade urgente de retomar as convocações dos concursados e pela isonomia salarial. No BNB, a revisão do PCR (Plano de Cargos e Remuneração) e a PLR Social serão colocados na mesa.

O diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil Paulinho Silva avalia que nos bancos públicos é urgente a melhoria nas condições de trabalho, fim do assédio moral e convocações dos aprovados em concurso para melhorar o atendimento e livrar os colegas da sobrecarga de trabalho.

"A pressão por metas abusivas, aliada ao assédio moral na cobrança dessas metas e a falta de funcionários vem adoecendo milhares de bancários em todo o País. É preciso acabar com esse meio ambiente de trabalho hostil dentro dos bancos públicos", lamentou.

Outro ponto denunciado na manifestação foi o PLC 30/15 que amplia a terceirização sem limites para todas as empresas. O movimento sindical bancário vem lutando há vários anos pela regulamentação da terceirização nas atividades meios, modelo que já existe no Brasil, porém não aceitará a liberação para todas as funções. 

"Para se ter uma ideia, se o projeto de terceirização passar no Senado, teremos uma realidade onde os bancos funcionarão sem bancários, só com terceirizados, o que seria uma tragédia para a economia e para a população em geral", denunciou Ricardo Carvalho, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe durante a manifestação. 

Fonte: Seeb Itabuna via Contraf

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Movimentos sociais se unem contra o avanço do fascismo no Brasil

Reprodução
  

O coordenador da Central dos Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, fala sobre a frente Todos Pela Democracia e a união dos movimentos sociais contra o avanço do fascismo e a tentativa de golpe da direita no país. “Muitas reuniões estão ocorrendo em todo o Brasil com a presença da maioria dos movimentos sociais para que dia 20 de agosto possamos ir às ruas bem articulados para marcharmos pela democracia e pelo avanço das conquistas sociais”, falou Raimundo à Rádio Brasil Atual.


Ouça a reportagem na Rádio Vermelho:


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Da Rádio Vermelho

Dilma reage e Aécio não sabe se vai a ato golpista que convocou

 A contraofensiva da presidenta Dilma Rousseff surtiu efeito, pois parafraseando o velho ditado: Aécio surta, mas não rasga dinheiro. O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), candidato derrotado nas urnas, disse nesta terça-feira que está “amadurecendo”, ainda, a ideia de ir aos atos convocados pelos grupos golpistas para este domingo (16).


A afirmação não é nenhuma novidade já que desde a derrota nas urnas após o fim do segundo turno em 2014, Aécio convoca os atos golpistas, mas não comparece. “É uma decisão que estou amadurecendo. Tenho, já disse, vontade pessoal de participar como cidadão, mas carrego comigo uma institucionalidade”, disse ele, admitindo o caráter golpista do ato.

O fato novo dessa história é que os tucanos decidiram assumir oficialmente a campanha golpista e estão convocando para o ato de domingo. Desta vez, parecia que Aécio estava decidido a comparecer e, empolgado, chegou a mandar recado por meio do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), anunciando o lançamento de sua candidatura para as "eleições de 2015", conforme reportagem publicada no Portal Vermelho desta terça (11).

Mas o bravateiro não contava com a reação da presidenta Dilma, que rebateu a política tucana do “quanto pior, melhor”, afirmando que quem aposta nesse caminho está contra o Brasil. A demonstração disso está na declaração de Aécio quando questionado sobre a divisão interna dos caciques tucanos sobre a governabilidade e o impeachment. “Essas divergências em relação ao que pensa o Alckmin, até Serra [senador José Serra] e Aécio, vejo na imprensa, não nas nossas conversas. Não cabe ao PSDB se essa ou aquela é a melhor saída. Cabe ao PSDB dizer quais são as alternativas possíveis, inclusive a da própria permanência da presidente”.

Mas acrescentou: “Se ela readquirir as condições de governabilidade – muitos dos seus aliados acham que isso não é mais possível – existem saídas via parlamento, a partir de decisão do TCU e via TSE. Todas elas dentro da ordem constitucional”.

Insuflando o golpismo

Sobre a adesão oficial do PSDB aos protestos, já que antes dizia que era uma posição individual dos tucanos e não da legenda, Aécio declarou que "a nossa manifestação é de solidariedade, é de apoio, como não podia deixar de ser".

Uma das formas de “apoio” está sob a fachada de “campanha de filiação ao partido”. Os tucanos vão colocar pessoas nas ruas nesta sexta (14) para divulgar o ato de domingo. A informação foi confirmada pelo próprio Aécio, que vai participar de “evento” de filiação em Maceió (AL), na sexta, com transmissão por teleconferência para os demais atos espalhados pelo país.
 

Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações de agências

Trabalhadores do campo foram vítimas de grilagem na ditadura

Trabalhadores rurais do interior do Rio de Janeiro foram vítimas de grilagem, especulação imobiliária e perseguição política

Reprodução
Trabalhadores rurais do interior do Rio de Janeiro foram vítimas de grilagem,
especulação imobiliária e perseguição política

Trabalhadores rurais do interior do Rio de Janeiro foram vítimas de grilagem, especulação imobiliária e perseguição política durante a ditadura militar e nos anos que a antecederam. Com o golpe de 1964, a organização das associações trabalhistas desmoronou, dando origem a movimentos locais e sem articulação.


É o que revela estudo apresentado na terça-feira (11) pela pesquisadora Leonilde Medeiros, durante o seminário Construindo a Verdade: Pesquisas sobre a a Ditadura de 1964 no Brasil, organizado pela Comissão da Verdade do Rio de Janeiro. Com o título Conflitos de terra e repressão no campo no Estado do Rio de Janeiro (1946-1988), o trabalho ainda está em andamento e deve ser concluído no ano que vem.
 


A pesquisa registrou 219 conflitos no campo – no período de 1964 até 1988 – sendo a maior parte (94) na região metropolitana do Rio. Os conflitos resultaram em 54 assassinatos, 38 deles no entorno da capital, principalmente em municípios como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Cachoeira de Macacu. Houve também o registro de seis desaparecimentos, 18 episódios de tortura e 184 prisões.

"Havia a ideia de que estava sendo montado um foco de guerrilha rural no cinturão do Rio de Janeiro. A repressão sobre as pessoas comuns foi muito pesada", disse Leonilde, que é professora do curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CDPA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

A pesquisadora chama a atenção para o caráter militar e privado da repressão, feita tanto por agentes oficiais como pelo poder privado. "Eram jagunços e pistoleiros que agiam com absoluta omissão do poder estatal, a mando de grileiros que usavam táticas como a falsificação de documentos de posse e a assinatura forçada de papéis em branco". Segundo Leonilde, os jagunços expulsavam as famílias de suas terras. "As coisas se resolviam nas relações de força, e não legalmente", afirmou.

No período anterior ao golpe de 1964, havia uma articulação de associações trabalhistas no campo com sindicatos da cidade, que foram intensamente reprimidas com a chegada dos militares ao poder. "Em 1º de abril, começam as invasões às casas de camponeses e prisões", disse, revelando que militares arrombavam casas e reviravam cômodos, em busca de armas.

Para fazer o trabalho, Leonilde se baseou em documentos oficiais de órgãos públicos e sindicatos, e 72 entrevistas feitas desde a década de 80, que revelaram que trabalhadores do campo enfrentaram a repressão de forças privadas na região metropolitana do Rio, frequentemente associadas à especulação imobiliária nos municípios. "Um traço característico é que os camponeses não se enfrentavam com grandes fazendeiros, mas com a especulação imobiliária, cujo objetivo era a transformação de terras agrícolas em loteamentos urbanos".

De acordo com a pesquisadora, a construção da rodovia Rio-Santos desencadeou conflitos em Paraty e Angra dos Reis, levando à favelização nesses municípios. O investimento turístico no litoral do estado fez com que empreendedores privados e camponeses entrassem em conflito. "A omissão do Estado faz parte do processo de repressão e, em alguns casos, foi mais que omissão, foi colaboração".

O trabalho deverá servir de subsídio para o relatório final da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, que será entregue em dezembro. O mandato da comissão termina em 13 de novembro deste ano.
 

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Emir Sader: Por que os tucanos se tornaram golpistas

Por que os tucanos se tornaram golpistas

Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo
Por que os tucanos se tornaram golpistas

Dividem-se entre os que concentram o fogo na Dilma – liderados por Aécio – e os que apostam nas tentativas de tirar Lula da jogada via tapetão, para não ter que enfrentar nova derrota diante dele em 2018. Depois de defender plataformas neoliberais e até possibilidade de ser melhor continuação de Lula, tucanos ja não têm nada a propor.

Por Emir Sader


FHC sempre se sentiu filiado à social-democracia europeia, antes de tudo à francesa, de Mitterrand, depois à espanhola, de Felipe González. Os tucanos estavam dentro do PMDB, disputando espaço em São Paulo com o Quércia. Tentaram lançar a candidatura do Antonio Ermírio ao governo do Estado. Perderam, se deram conta que não tinham condições de disputar o partido com Quércia e saíram.


O grupo, basicamente paulista, tinha Montoro, Covas, FHC, Serjão, Serra, além do Tasso Jereissati e um que outro perdido pelo Brasil. O Montoro se sentia democrata-cristão, mas não se opôs a assumir a social-democracia como nome. Era um vinculo ideológico, sem nenhuma outra característica dos partidos social-democratas, com significativa presença no movimento sindical. Era um grupo de políticos à busca de uma reinserção melhor no sistema politico. Seu cacife era a imagem de alguns desses políticos.

A candidatura de Mario Covas à presidência, em 1989, foi um fracasso, chegou em quarto. Mas revelava uma tendência que iria se consolidar depois, no seu lema central da campanha: “Um choque de capitalismo”.

O governo Collor foi um rito de passagem pros tucanos na direção do neoliberalismo. Um grupo de avançada entrou diretamente ao governo, entre eles Celso Lafer e Sérgio Rouanet. Era a preparação do terreno para que todos ingressassem, caminho em que estava comprometido FHC, mas que foi brecado por Mario Covas.

O governo Itamar finalmente foi a grande chance de abertura do caminho dos tucanos. Itamar não tinha equipe própria, tinha saído do PMDB e assumido como candidato a vice do Collor. Quando a presidência caiu no seu colo, chamou FHC primeiro pro Itamaraty e, logo, para o Ministério da Economia. Collor já havia conseguido mudar a agenda nacional, centrando-a nos temas preferidos do neoliberalismo: desqualificação do Estado, abertura do mercado interno, privatizações.

Os tucanos se espelharam na virada de Mitterrand para o neoliberalismo e, particularmente, no governo de Felipe González, para assumir esse novo modelo. FHC assumiu a virada definitiva para a cara atual do PSDB, ao retomar o projeto neoliberal interrompido do Collor e montar as alianças correspondentes. Chamou o então PFL de ACM para constituir um novo bloco de forças no governo e colocou em prática um projeto globalmente neoliberal, com todos os seus ingredientes: privatizações, Estado mínimo, abertura do mercado, precarização das relações de trabalho, associado a um discurso de desmoralização da empregados públicos, dos professores, da esquerda e dos movimentos sociais. Montoro e Covas ficaram marginalizados ate sua morte em 2001, com FHC dando a cara nova do partido.

O sonho de FHC era que Collor tivesse feito o trabalho sujo do neoliberalismo, para que ele aparecesse como a versão da terceira via – de Bill Clinton e de Tony Blair, que sucederam a Ronald Reagan e a Margaret Thatcher. Mas como Collor fracassou, ele teve que assumir a agenda suja, pesada, do neoliberalismo, a começar pelas privatizações. Teve o sucesso imediato que tiveram todos os governos neoliberais, conforme controlaram a inflação ou a camuflaram – no caso do FHC, multiplicando por dez a dívida publica, no caso do Menem, fazendo a mágica da paridade com o dólar, que explodiu depois espetacularmente –, conseguiu se reeleger com isso e depois se esgotou. Não houve nem retomada do desenvolvimento, aumentou e não diminui a concentração de renda e a própria inflação retornou.

Os tucanos não conseguiram eleger o sucessor de FHC e nunca mais triunfaram, perdendo sucessivamente diante do sucesso incomparavelmente maior do Lula, na política interna e internacional. No começo, os tucanos apontavam no fracasso imediato do Lula, por sua suposta “incompetência”, “populismo”, “estatismo”. Depois, apostaram que o “mensalão” o derrubaria, não se atreveram a apelar para o impeachment, com medo da reação popular, preferiram sangrá-lo até as eleições de 2006. Mas as políticas sociais estenderem o apoio do Lula, que derrotou o candidato tucano e se reelegeu.

Em 2010, o candidato tucano saiu amplamente na frente nas pesquisas, davam como seguro que o Lula não elegeria “um poste”, mas perderam de novo. Em 2014, já foram para sua última parada. Tentaram com Aécio e com Marina e perderam. A partir daí se deram conta que, mesmo contando com a ativa participação política do monopólio privado da mídia, não ganhariam no voto.

A partir desse momento, restou-lhes – de forma muito similar à UDN diante do Getúlio – apelar para soluções golpistas. Se dividem entre os que concentram o fogo na Dilma – liderados pelo Aécio –, com a ilusão de nova eleição, e os que se concentram nas tentativas de tirar o Lula da jogada via tapetão, para não terem que enfrentar nova derrota diante dele em 2018.

Depois de defender plataformas neoliberais e até mesmo uma inviabilizada possibilidade de ser a melhor continuação do Lula – com o Serra na primeira parte da campanha em 2010 –, os tucanos já não têm nada a propor. Seu golpismo se reflete também em que só se interessam por tirar o PT do governo e da disputa eleitoral de 2018, sem o que não têm nenhuma possibilidade de voltar ao governo. Se tornaram um partido velho, superado pela própria realidade concreta, com os mesmos candidatos e as mesmas direções. Viraram uma UDN do século 21.
 

Fonte: Rede Brasil Atual via Vermelho

Fidel completa 89 e cidades brasileiras preparam homenagens

 O líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, comemora, nesta quinta-feira (12), 89 anos de idade. Para homenagear sua trajetória de lutas, diversas atividades serão realizadas em São Paulo.


Reprodução
 
Às 18 horas, na Câmara do Vereadores da capital paulista, haverá um evento comemorativo. Também na cidade de São Paulo, o Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba promoverá a exibição do filme “Looking For Fidel”, do diretor estadunidense Oliver Stone. A Atividade ocorrerá no Memorial da América Latina.

No Rio de Janeiro, na Cinelândia, as comemorações também começarm no mesmo horário. Na cidade de Santos, no litoral paulista, a Associação Cultural José Martí organizará uma festa, no dia 15 de agosto, com comidas, bebidas e músicas típicas cubanas.

Fidel Castro foi o líder do movimento que deu um caráter socialista a Cuba, derrubando em 1959 a ditadura de Fulgêncio Batista. Após comandar a maior das Antilhas por vários anos, seu legado pode ser observado nas estruturas presentes no país, mas também na influência que possibilitou o surgimento de diversos movimentos progressistas na América Latina.

Mesmo sob o bloqueio econômico imposto pelos estadunidenses, ele conseguiu garantir saúde e educação universais aos cubanos e exportou o conceito para outros países, permitindo que profissionais médicos, altamente qualificados, ajudassem também outras nações, como no caso da Operação Milagre.


Do Portal Vermelho

Dilma na Marcha das Margaridas: Não permitirei retrocessos

 O encerramento da 5ª Marcha das Margaridas, realizada ontem, quarta-feira (12), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, se transformou num grande ato em defesa da democracia e em apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff, presente no evento.


 
“Não vai ter golpe”, foi o coro entoado pelas mais de 70 mil mulheres trabalhadoras do campo. “A Marcha das Margaridas se soma aos vários movimentos de diversas categorias para dizer não ao retrocesso e garantir a democracia em nosso pais. Nós estamos nas ruas para garantir que não vai haver retrocesso a direitos da classe trabalhadora. Estamos nas ruas defendendo a democracia de nosso pais”, afirmou a secretária de mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e coordenadora da marcha, Alessandra Lunas.

E acrescentou: “Estamos juntas, sim, com a presidente Dilma porque este governo nos representa. A ameaça que nós vemos está no Congresso Nacional, que não ouve as vozes do povo desse pais”.

A afirmação de Alessandra foi acompanhada por diversos coros entoados pela multidão que lotou o estádio, como “Fora Cunha!” e “Teve Copa, e teve tudo, só não vai ter terceiro turno”.

O presidente da Contag, Alberto Broch, foi o primeiro a discursar. Ele destacou a importância de se aceitar a decisão das urnas e respeitar a democracia. “Nós somos contra aqueles que querem o regresso desse país. Reafirmamos a democracia para que nosso país seja cada vez mais justo. Que o campo seja cada mais justo, mais igualitário, para que possamos produzir alimento, produzir cultura e produzir a vida”, defendeu.

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, qualificou Dilma como uma mulher valente que “soube enfrentar o regime de repressão”.

“Esta é uma marcha de mulheres resistentes. A mulher que está no palco enfrenta resistências e soube enfrentar regime de repressão. A resistência de quem não se dobra a vozes autoritárias que visam ao enfraquecimento da democracia e não respeita a vontade soberana do povo. Esta mulher, forte e resistente de coração valente, recebe aqui milhares de mulheres igualmente resistentes”, afirmou.

Margarida coração valente

Acompanhada por vários ministros, como Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Renato Janine (Educação), Carlos Gabas (Previdência), e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Dilma foi aplaudida de pé pelo estádio ao ser anunciada como "Margarida de coração valente".

Em seu discurso, Dilma reafirmou seu compromisso em garantir os avanços das conquistas sociais. “Tenham certeza absoluta, que eu, sua presidenta, continuarei trabalhando incansavelmente para honrar e realizar os sonhos que vocês depositaram em mim e em meu governo. Esta é uma garantia que faz parte da razão do meu governo. Nós não permitiremos que haja retrocessos... Não permitirei que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais, nas conquistas democráticas de nosso pais. Juntas continuaremos honrando a memória de Margarida Alves e de todas as margaridas deste país”, garantiu a presidenta sob os aplausos do estádio.

"Quero mais uma vez reafirmar a nossa parceria e me somar a vocês nessa mobilização por justiça, por autonomia, por igualdade, liberdade, democracia e não ao retrocesso", enfatizou Dilma.

A presidenta destacou os avanços conquistado nos últimos anos, como a política agroecológica que, segundo ela, foi implantada graças a demanda apresentada pelas trabalhadoras. Ela se comprometeu também em atender demandas atuais como medidas de combate à violência e atendimento a grávidas. “Em parceria com vocês, mulheres de todo o Brasil, o governo federal irá implementar as patrulhas rurais Maria da Penha. Faremos parcerias com as forças policiais que atuam em nível local pra que a mulher vítima de violência seja assistida de maneira correta e haja de fato prevenção da violência”, garantiu.

Ao encerrar, Dilma citou trecho da música de Lenine, "Envergo mas não quebro". "Em noite, eu vou traduzir 'em tarde', assim como esta: ‘Eu cantando numa festa, ergo o meu copo e celebro os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro’. Nós podemos envergar, Margaridas, mas nós não quebramos. Nós seguimos em frente".
 

Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações da NBR

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Governo federal fortalece autonomia das mulheres no campo e na cidade

Agricultora beneficiada pelo programa de implantação de cisternas no Semiárido
Sergio Amaral/MDS
Agricultora beneficiada pelo programa de implantação de cisternas no Semiárido

Nos últimos 12 anos, o governo federal investiu em políticas públicas para garantir o protagonismo das mulheres no campo e na cidade. Programas como o Bolsa Família, Cisternas, de Aquisição de Alimentos (PAA) e Fomento às Atividades Produtivas Rurais transformaram a realidade das famílias chefiadas por mulheres.


No campo, uma das maiores transformações ocorreu no Semiárido. Antes, as mulheres sertanejas tinham que percorrer, diariamente, quilômetros em busca de água de má qualidade, carregando uma lata na cabeça. A alimentação da família ficava comprometida e a desnutrição de crianças e adultos era dada como certa.

Desde 2003, o governo federal ampliou o acesso à água de qualidade para beber, cozinhar, para a produção de alimentos e a criação de animais. Foram entregues 1,2 milhão de cisternas no Semiárido. Deste total, 73% foram para famílias chefiadas por mulheres. A cisterna é uma tecnologia social de baixo custo que armazena água da chuva e garante a convivência com a seca. Com isso, é possível que uma família de até cinco pessoas possa ter água para beber e cozinhar por oito meses.

Além das cisternas, foram entregues cerca de 125 mil tecnologias sociais que garantem água para produção de alimentos e na criação de animais. Destas, 93% foram para famílias chefiadas por mulheres. Com água de qualidade, elas começaram a produzir mesmo durante a estiagem.

Outra estratégia que as mulheres do campo tiveram acesso foi a assistência técnica, para apoiar que as agricultoras pudessem planejar sua produção e aumentar a renda. Das 358 mil famílias que receberam assistência, 88% são chefiadas por mulheres. Além disso, 137,8 mil das famílias lideradas por mulheres com projetos produtivos apoiados com assistência técnica já estão recebendo recursos de fomento para implantá-los.

O fortalecimento e a ampliação da produção de alimentos é um dos temas da 5ª Marcha das Margaridas, que começa nesta quarta-feira (12), em Brasília. As margaridas são mulheres do campo, da floresta e das águas que lutam pelo avanço no combate à pobreza e pelo desenvolvimento sustentável com o fortalecimento da agricultura familiar e soberania alimentar e nutricional.

Segurança alimentar 
Além de promover o acesso à água e fomento, o governo federal ampliou os canais de comercialização por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). As mulheres representam a metade dos agricultores que vendem para o programa. A estratégia integra as ações para o fortalecimento da agricultura familiar, reconhecendo seu importante papel na oferta de alimentos frescos e saudáveis para a população e na promoção da segurança alimentar e nutricional.

“Além da pauta da alimentação saudável, outra questão importante é a redução das desigualdades e da superação da pobreza, que atinge principalmente mulheres e crianças. São prioridades que estão no centro da nossa agenda”, destaca a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Mais conquistas
Não foi só no campo que as políticas públicas transformaram a realidade de milhões de mulheres. Na cidade, o governo federal também investiu em programas e ações para garantir o protagonismo feminino. Das 22 milhões de pessoas que superaram a pobreza extrema nos últimos quatro anos, 12 milhões são do sexo feminino.

Mães com crianças pequenas representavam a face mais dramática da pobreza no país. As mulheres puderam contar com a complementação de renda do Bolsa Família e, sobretudo, com melhores condições de saúde e educação para seus filhos, além de oportunidades de inclusão produtiva. Em 93% das 14 milhões de famílias que recebem a transferência de renda, as mulheres são as responsáveis pela retirada do dinheiro. Dessas, 68% são mulheres negras.

O governo federal também reforçou políticas públicas para que as mulheres conquistassem mais qualificação profissional e espaço no mundo do trabalho, seja por meio do trabalho assalariado, autônomo ou associado. Hoje, elas representam 67% das mais de 1,7 milhão de vagas do Pronatec, na modalidade voltada à população mais pobre. Com a qualificação, as mulheres ocupam postos que, anteriormente, eram exclusivamente masculinos, como a construção civil.

Além do Pronatec, as mulheres também tiveram a oportunidade de se formalizar como Microempreendedores Individuais (MEI). Dos 525,4 mil Meis beneficiários do Bolsa Família, 55% são do sexo feminino.
 
Fonte: MDS via Vermelho

Estudante é atacada após discurso em cerimônia do Mais Médicos

Depois de ser ofendida por médicos e colegas, Ana Luiza recebe apoio de médicos populares
Reprodução/NBR
Depois de ser ofendida por médicos e colegas, Ana Luiza recebe apoio de médicos populares

A estudante de medicina Ana Luiza Lima, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), denunciou, em seu perfil no Facebook, as ofensas sofridas após discurso realizado durante a cerimônia de dois anos do Programa Mais Médicos, em Brasília. Luiza falou sobre as transformações que a educação provocou na sua vida, a partir da oportunidade de estudar medicina por políticas públicas do governo Dilma Rousseff.


“Vadia”, “ignorante” e “médica vagabunda pobre” foram alguns dos adjetivos usados por médicos e estudantes para ofendê-la. “Fui atacada em minha página pessoal brutalmente por médicos e futuros médicos, além de outras pessoas. O machismo e a elite mostraram sua cara”, escreveu Luiza. A Rede Nacional de Médicas e Médicas Populares divulgou nota nesta terça-feira (11) em solidariedade à jovem.


Confira a nota da Rede na íntegra:

Nota de Desagravo da Rede de Médicas e Médicos Populares à Ana Luiza Lima

A onda de ódio não passará!

A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares vem, através desta nota, prestar solidariedade à estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ana Luiza Lima, que recentemente comoveu todo o país com seu discurso na comemoração dos dois anos do Programa Mais Médicos. Seu discurso emocionado, por meio do qual agradece as recentes políticas educacionais que permitiram “a neta de um agricultor sonhar em ser doutora” (nas próprias palavras dela) inspirou milhões, mas provocou a ira de um setor reacionário e conservador, que encontra em parte da nossa categoria uma das suas mais perversas formas de expressão.

A onda conservadora dentro da categoria mostrou sua face logo após o anúncio da vinda de médicas e médicos cubanos para atender áreas de difícil provimento destes profissionais por parte do governo federal. Erigiu funerais da Presidenta Dilma e do Ministro Alexandre Padilha e perpassou por cenas nefastas como o “corredor polonês” contra os médicos cubanos no Ceará, com direito a ovos arremessados e xingamentos que não merecem mais ser repetidos. Vários colegas foram perseguidos pelos conselhos regionais de Medicina (CRMs) Brasil afora por se posicionarem favoráveis ao Programa Mais Médicos e não se alinharem com o discurso corporativista, permanecendo as ameaças dos CRMs sobre os médicos que contribuem com o programa (supervisores e tutores) até hoje.

Agora a vítima é uma estudante de Medicina que cometeu o pecado de falar a verdade. Uma estudante oriunda de família humilde que ousou entender que seu sucesso hoje foi fruto de uma política pública e ousou agradecer à presidenta Dilma pelo esforço de manter políticas voltadas aos mais pobres deste país. O ódio contra Ana Luiza manifestou-se não apenas sob a forma de machismo – numa das regiões do país onde as mulheres mais sofrem com violência e onde o patriarcado se mantém firme e forte – mas, fundamentalmente, como ódio de classe, ódio ao que representou o seu discurso, ódio ao agradecimento à Presidenta, ódio de quem não suporta ver seus privilégios ameaçados.

Por tudo isto e muito mais, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares denuncia a ofensiva conservadora que se materializa no ódio à Ana Luiza e presta irrestrita solidariedade à nossa futura colega. Saiba, Ana Luiza, que assim como você, existem médicas e médicos que se preocupam com o povo brasileiro, que respeitam sua diversidade étnica, sexual, religiosa e ideológica, que se preocupam com a conformação do SUS como sistema de direitos sociais, público, gratuito, integral e de qualidade. Assim como você, existem médicas e médicos que sonham e que fundamentalmente lutam por um futuro onde este tipo de agressão a você fique num passado distante.

Todo apoio à Ana Luiza Lima

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares


Fonte: Pragmatismo Político via Vermelho

Lula na Marcha das Margaridas: "Ninguém ameaçará a democracia"

Lula: "Ninguém ameaçará a democracia".
Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Lula: "Ninguém ameaçará a democracia".

O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da 5ª Marcha das Margaridas, na noite desta terça-feira (11), foi muito aclamado pelas milhares de trabalhadoras do campo e das cidades que lotaram o Estádio Mané Garrincha, em Brasília-DF. Organizado pela Contag, o ato contou com a presença de lideranças sociais e autoridades políticas. "Foi a dignidade de vocês que construiu esse país", elogiou Lula, no início de sua fala.


Lula exaltou a eleição da presidenta e elogiou a firmeza feminina: "ousamos eleger uma mulher que aos 20 anos foi presa e torturada. E hoje, com a coragem das mulheres, ninguém ameaçará a democracia", e completou: "se tem uma coisa que o povo brasileiro aprendeu nos últimos anos, foi fazer a sua própria história".

"A presidenta Dilma deve estar agora orgulhosa de presidir um país que tem um povo da qualidade das margaridas que estão aqui hoje", disse o ex-presidente. "Hoje é um dia para celebrar a força das mulheres e do povo brasileiro", continuou.

O ex-presidente criticou à oposição ainda inconformada com a derrota nas urnas. "Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou dia 26 de outubro e que a Dilma é presidenta deste país", questionou Lula. Ele relembrou que, diante das dificuldades atuais, "algumas pessoas querem jogar a responsabilidade na presidenta Dilma", e lembrou que "esses que agora se apresentam como solução, entregaram o país quebrado e devendo dinheiro para o FMI".

Lula atribuiu à crise internacional a responsabilidade pela atual dificuldade econômica enfrentada pelo Brasil e pediu tempo para que a presidenta Dilma Rousseff possa superar os problemas: “Não julguem o governo por seis meses de mandato”; “A crise não começou no Brasil. Ela começou nos Estados Unidos e na Europa.

Reconhecendo que o país atravessa um momento difícil, Lula lembrou que, os que hoje pedem o impeachment da presidenta Dilma, são os mesmos que, em 2005, falavam em retirá-lo do poder. Porém, tinham consciência de que, para isto, teriam de enfrentar o povo. “Com Dilma não será diferente. Tenho certeza que cada mulher que está aqui, que cada brasileiro, com sua coragem, vai defender esse governo. Ninguém vai barrar o processo democrático”, disse.

Comparações
Lula fez um comparativo econômico e social do Brasil nas últimas décadas. “Vocês se lembram que este país já foi muito dividido. Entre os que comiam e os que tinham fome. Os analfabetos e os que frequentavam as escolas e universidades. Sem terra e com terra. Os iam pra o Shopping e outros que ficavam só a olhar”, ressaltou Lula apontando as desigualdades sociais sustentada pelos tucanos.

Ainda chamou a atenção para o processo democrático de reivindicação feito pelas margaridas, citando como um exemplo de persistência a ser seguido. “Vocês aprenderam depois de muitas Marchas que é possível mudar a história desse país. Quanto mais a gente quer, a gente conquista. Democracia não é um ato de silêncio, mas é o povo da rua reivindicando direitos”.

Lula foi exaltado ao afirmar que está organizando sua agenda para "voltar a viajar este país". "Eu quero ver se nossos adversários estão dispostos a andar por este país e discutir este país como ele precisa ser discutido", desafiou.

O ex-presidente criticou os setores que tentam impor retrocessos sociais, como a tentativa de redução da maioridade penal. “Como o Estado pode cobrar de uma pessoa para a qual esse mesmo Estado não deu a formação necessária”, questionou.

Compromissos

Representando o governo federal, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, aproveitou para reafirmar dois compromissos com as margaridas. “O primeiro é a luta pela Reforma Agrária, onde temos como meta assentar até o final do governo Dilma todas as trabalhadoras e trabalhadores rurais que vivem debaixo da lona. O segundo é trabalhar por políticas que garantam vida digna e descente para as mulheres”, ressaltou.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, aproveitou para enaltecer duas mulheres que não se envergaram diante da luta, Margarida Alves e Dilma Rousseff. “São Mulheres que não se calaram mesmo diante das pressões e desafios enfrentados por serem mulheres”, destacou.

Ela reforçou ainda que "mulher nenhuma pode aceitar o ódio de gênero, o ódio de quem não suporta uma mulher governando este país".

A secretária nacional da mulher trabalhadora da CTB, Ivana Pereira, chamou atenção para os direitos da mulher e para tentativas de golpe que se acentuam no atual cenário político partidário no Brasil e o "machismo que lamentavelmente ainda existe no Congresso Nacional". “Não permitiremos que o machista reacionário do Cunha na Câmara dos Deputados continue ditando as regras do país. Por isso, escuta Cunha: Seguiremos em Marcha até que nós margaridas de todos os cantos sejamos livres". 

Presença de Dilma 
A programação conta com concentração e Marcha pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta manhã de quarta-feira (12). Às 15h, a presidenta Dilma Rousseff vai até o Estádio Nacional de Brasília, Mané Garrincha para acompanhar o ato de encerramento e receberá a pauta de reivindicação da 5ª edição da Marcha das Margaridas.

Do Portal Vermelho, com informações de agências, Contag e Instituto Lula