sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sintratec comemora 13 anos de fundação com festa


O Sintratec  (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Têxteis e Calçadistas do Sul e Extremo Sul da Bahia) está completando 13 anos de fundação e realizará uma grande festa no dia 9/12 (domingo), a partir das 9 horas, no Itabuna Esporte Clube, pra comemorar a data com toda a categoria.
Na programação consta a realização de um torneio de futebol, música ao vivo à beira da piscina e sorteio de prêmios para os associados.

Vane se reúne com Ministério Público e reafirma austeridade


No período de transição na gestão pública de Itabuna, os secretários e dirigentes de órgãos municipais indicados pelo prefeito eleito Claudevane Moreira Leite, Vane do Renascer, vão se reunir sistematicamente com os promotores Clodoaldo Silva da Anunciação, Inocêncio de Carvalho Santana e Yuri Lopes de Melo. Esta foi uma das deliberações de um encontro realizado na manhã desta quinta-feira, 29, na sede regional do Ministério Público do Estado da Bahia no município.
            O prefeito Vane do Renascer disse que o diálogo com o Ministério Público reafirma a disposição de austeridade e transparência dos gestores que serão empossados no dia 1º de janeiro. “Há entendimento entre o futuro governo e o Ministério Público quanto à gestão pública. O diagnóstico feito pelos promotores em relação à Emasa, lixo, saúde e os problemas de Itabuna é o que a gente entende, para responder os anseios da comunidade e para que serviços públicos tenham melhor qualidade”, declarou.
            O vice-prefeito eleito e secretário indicado de Planejamento e Tecnologia, Wenceslau Augusto Junior, disse que a reunião foi produtiva, um reconhecimento do papel do Ministério Público perante a sociedade na função de fiscal da lei e com obrigação de acompanhar a gestão pública. “O encontro terá desdobramentos setoriais com os secretários, culminando com um seminário interno com o primeiro escalão no dia 10 de dezembro, seguido de seminário aberto com as instituições da sociedade civil  para o planejamento da cidade”, afirmou.
            O promotor Inocêncio Carvalho de Santana disse que no encontro se falou da ação investigativa do Ministério Público no município de Itabuna, através de diversos promotores de Justiça. “Conhecemos um pouco das dificuldades que a população enfrenta e dos problemas que uma gestão deixa à outra, como uma herança mesmo. Portanto, é necessário que o Ministério Público participe da transição não fazendo ingerências, mas dialogando com os segmentos políticos para que haja regime democrático de direito”, assinalou.
            O promotor Clodoaldo Silva da Anunciação considerou o encontro republicano e de alto nível, quando a nova gestão municipal demonstrou sua postura de diálogo com a sociedade, tendo ficado satisfeito. Na oportunidade, falou de medidas emergências contra a epidemia de dengue diante do fracasso da prevenção da atual gestão. “O que se deseja é soro, maca, hospital, médico, etc. Então é necessário um planejamento, ações práticas e um plano de contingência contra a dengue”, concluiu.
            No esforço contra a dengue se falou da necessidade de articulação com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e Ministério da Saúde.  Participaram do encontro, o promotor de Justiça Yuri Lopes de Mello e os secretários indicados Cleide Sousa de Oliveira, Assuntos Governamentais e Comunicação; Marcos Antonio Nascimento de Cerqueira, Fazenda; Oton Souza de Matos, Controladoria Geral do Município; e Mariana Duarte Alcântara, Administração.

Assessoria de Comunicação - Gabinete do Prefeito Eleit

ALTA TAXA DE ASSASSINATOS DE NEGROS EM ITABUNA


O Jornal A Região teve acesso em primeira mão, ao Mapa da violência , a “Cor dos Homicídios no Brasil”, onde Itabuna é apontada como um dos dez municípios no País com maior taxa de assassinatos de negros. A taxa é de 127,8 homicídios para cada 100 mil habitantes.
De acordo com os dados, Itabuna ocupa a 10ª colocação em número de homicídios. O número de negros mortos é quase 10 vezes maior que de brancos.
O município mais violento para os negros no Brasil é Ananindeua, no Pará, com 198,8 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. O segundo é Simões Filho, com 177,8 assassinatos.
Na Bahia, além de Itabuna e Simões Filhos, estão na lista dos municípios mais violentos Porto Seguro, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Valença, Paulo Afonso, Feira de Santana e Ilhéus.
Os dados detalhados sobre os assassinatos de brancos e negros nos municípios baianos estão na edição de sábado do jornal A Região.
Fonte:Blog do Ricky http://www.blogdoricky.com.br

Mais respeito com os bancários, Felipão


Causou grande constrangimento e revolta entre toda a categoria bancária, em particular os funcionários do BB, a infeliz e inconsequente declaração do novo técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, “Felipão”. Ao anunciar o ritmo de trabalho a adotar no time, afirmou, em uma espécie de alerta para os jogadores a serem convocados, que “quem não quiser pressão vá trabalhar no Banco do Brasil, onde a pessoa se senta e não precisa fazer nada”.
O fato gerou protestos e revolta em todo o país, não apenas dos bancários e do BB, mas de outras categorias trabalhadoras, que manifestaram solidariedade. Notas públicas de repúdio foram divulgadas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e Banco do Brasil.
Nos textos de todas as notas públicas, argumentos em comum. A cobrança de respeito aos funcionários e ao BB, a denúncia do desconhecimento por Felipão da realidade vivida pelos trabalhadores do sistema financeiro e os votos de que o novo treinador seja bem mais feliz no comando da Seleção Brasileira do que na avaliação do desempenho profissional dos funcionários do BB.
O mais grave é que a declaração de Luiz Felipe Scolari acontece justamente em um momento quando os funcionários do BB enfrentam uma dura disputa com a direção do banco, que ameaça suspender férias, folgas e abonos para forçá-los a compensar os dias parados na greve da campanha salarial deste ano.


Nota de repúdio

O Sindicato dos Bancários repudia o lamentável comentário do técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Luiz Felipe Scolari, que em sua primeira entrevista coletiva, no dia 29 de novembro, disse que “se o jogador não quiser pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil”. Além de desrespeitosa, a declaração revela um despreparo inaceitável para alguém que volta a ocupar um dos cargos em que o povo brasileiro deposita grande confiança.
Scolari revela ainda ignorância no que se refere à realidade vivida pelos bancários, que enfrentam assédio moral e retaliações por conta da recente campanha salarial. Além disso desprestigia uma das maiores instituições nacionais – o Banco do Brasil -, que é talvez o maior patrocinador do esporte no País. Nos últimos anos, o vôlei do Brasil, patrocinado pelo banco, acumula nada menos que quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas (duas no masculino e duas no feminino).

Euclides Fagundes Neves
Presidente

Fonte: O Bancário

CTB Bahia realiza Seminário Política e Atualidade

O jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, é um dos palestrantes do Seminário Política e Atualidade, que a CTB Bahia promove entre os dias 05 e 07 de dezembro. Participe! As inscrições podem ser feitas pelo endereço eletrônico: ctb_bahia@yahoo.com.br ou pelos telefones: (71) 3012-5390 e (71) 3012-5380.

Assassinato de negros aumenta 5,6%


No Brasil, a taxa de homicídios de pessoas negras é mais do que o dobro da de pessoas brancas. Outro dado preocupante, segundo o Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil, é que, entre 2002 e 2010, enquanto os assassinatos entre brancos diminuíram, entre negros o quadro foi de elevação.

Em 2002, eram assassinados 65% mais negros do que brancos enquanto, em 2010, a diferença chegou a 132,3%. No mesmo período, os homicídos entre brancos caíram de 20,6 para 15,5 a cada 100 mil habitantes, o que representa queda de 24,8%. Entre os negros, os índices subiram de 34,1 para 36, aumento de 5,6%.

Tal realidade é fruto de uma história de desigualdade e exploração que só começou a mudar com a chegada dos trabalhadores ao governo federal, em 2003. Mas, apesar de todo o esforço, a tarefa é difícil e encontra muitos empecilhos, principalmente, daqueles que não estão comprometidos com o bem estar social.

Fonte: o Bancário

CTB realiza Seminário Política e Atualidade

O Sindicalismo e suas adversidades diante da atual crise econômica mundial será o tema abordado pelo consultor sindical, João Guilherme Vargas Netto, no Seminário Política e Atualidade, que a CTB Bahia promove entre os dias 05 e 07 de dezembro. Participe! As inscrições podem ser feitas pelo endereço eletrônico: ctb_bahia@yahoo.com.br ou pelos telefones: (71) 3012-5390 e (71) 3012-5380.

Professores da Bahia entram na justiça para estender projeto a aposentados


Em assembleia realizada na manhã de terça-feira (27), em Salvador, os professores da rede estadual de ensino discutiram a aprovação, na noite de segunda-feira (26), do projeto de lei enviado pelo governo à Assembleia Legislativa da Bahia.
Assembleia-Estadual-APLB
O texto prevê a progressão de carreira do magistério e reajuste de 14% para a categoria. São 7% em novembro de 2012 e 7% em março de 2013. A matéria aprovada também prevê a revogação da lei sancionada em novembro de 2011 que dava ganho real de 3% em 2013 e 4% em 2014.
De acordo com a coordenadora da APLB Sindicato e dirigente da CTB Nacional, Marilene Betros, o projeto não contempla aposentados e pensionistas, motivo pelo qual a categoria decidiu entrar com ação na justiça para garantir a inclusão desses. “Hoje reafirmamos nossa posição de rejeição ao projeto. A mobilização continua e une a categoria neste sentimento”, afirmou a dirigente.
Insatisfeitos, os professores decidiram por uma nova paralisação, com assembleia, manifestação e passeata no próximo dia 13 de dezembro. A assembleia será às 9 horas, na quadra de esportes do Sindicato dos Bancários.
Após a greve de 115 dias, a proposta da APLB-Sindicato de calendário letivo único para 2013 prevaleceu. Assim a matrícula será em fevereiro. Férias de 1° a 31 de março. Início das aulas em 1° de abril. “Nossa preocupação é que os alunos não tenham nenhum prejuízo. Essa é nossa meta principal”, explicou Marilene Betros.
Por Wilde Barreto (CTB-BA)

CTB Bahia promove Seminário Política e Atualidade

Margarida Barreto é uma das palestrantes do Seminário Política e Atualidade, que a CTB Bahia promove entre os dias 05 e 07 de dezembro. Entre os temas abordados estão a nova ordem econômica, as relações de trabalho e segurança, desenvolvimento nacional e política industrial, entre outros pontos. As inscrições podem ser feitas pelo endereço eletrônico: ctb_bahia@yahoo.com.br ou pelos telefones: (71) 3012-5390 e (71) 3012-5380

Jorge participa do Seminário Regional da API/APLB em Itabuna debate o Ensino Médio e as mudanças no currículo.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Palestina tenta reconhecimento histórico da ONU nesta quinta


O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, apresentará na noite desta quinta (29) o pedido de reconhecimento da Palestina como Estado observador das Nações Unidas, em sessão da Assembleia Geral da entidade. A data coincide com os 65 anos da primeira resolução da ONU sobre a partilha da região em dois Estados. Uma vitória diplomática das ANP teria um simbolismo importante para a luta dos palestinos.


abbas e ban
O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, nesta quarta (28), com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon / Foto: Efe
A resolução proposta pelas autoridades reafirma o direito de autodeterminação e independência do Estado da Palestina baseada nas fronteiras de 1967 e tem como objetivo elevar o status palestino na ONU para “observador não membro”, classificação na qual também se encontra atualmente o Vaticano. O título daria aos palestinos acesso a outras organizações internacionais, mas não direito a voto na Assembleia ou de propor resoluções nem postular-se a cargos na ONU. 

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Apesar disso, o governo palestino não deixou de expressar “a esperança” de que o Conselho de Segurança aprove sua admissão como membro pleno da entidade nacional. O texto, que ainda pode sofrer modificações, reitera também a necessidade de acelerar o processo de paz e defende a solução de dois Estados para o conflito.

De acordo com a BBC, a iniciativa da ANP deve ser aprovada, já que necessita apenas da maioria simples dos votos entre os 193 Estados-membros. Se isso de fato acontecer, as autoridades palestinas terão o direito de pedir ao Tribunal Penal Internacional para investigar acusações de crimes de guerra contra Israel durante as últimas décadas, além de também integrar pactos e organismos internacionais.

Na quarta-feira, Hanan Ashrawi, uma das porta-vozes da Autoridade Palestina, disse que a tentativa de conseguir o reconhecimento da ONU para um Estado palestino é o último esforço para resgatar o problemático processo de paz do Oriente Médio, rejeitando as acusações de Israel de que a medida representa uma forma de passar por cima das negociações.

Ela também pediu que os EUA retirem sua objeção à iniciativa, caracterizando a posição de Washington como "patética" e prejudicial aos interesses norte-americanos na região. Abbas afirmou que o reconhecimento da ONU não tem o objetivo de substituir o diálogo com Israel, mas de aprimorar a posição palestina e assegurar que as fronteiras anteriores ao conflito de 1967 sejam a base para as negociações para a formação de um futuro Estado palestino – ideia que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita.

Abbas disse que não voltará à mesa de negociações enquanto Israel continuar expandindo assentamentos na terra conquistada durante o conflito. Atualmente, 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, borrando as divisas de 67. Além de uma suspensão parcial de dez meses que terminou em setembro de 2010 e fracassou em possibilitar negociações de paz sustentáveis, Netanyahu recusou-se a congelar a construção dos assentamentos.

Nesta manhã, manifestações ao redor do mundo apoiando o pedido palestino anteciparam a reunião. Na Cidade de Gaza, manifestantes foram às ruas com cartazes de Abbas. Refugiados no Líbano fizeram um ato em frente à sede da ONU em Beirute.

Palestinos saem às ruas da cidade de Nablus com cartazes em apoio a Abbas e apoiando iniciativa na ONU / Foto: Efe

Apoio 

Muitos governos já declararam o seu apoio à proposta de Abbas, que foi fortalecida com a operação militar israelense na Faixa de Gaza. Vários países europeus (entre eles França, Espanha, Suíça, Irlanda, Dinamarca, Áustria e Noruega) devem votar a favor da resolução, em parte, por conta da preocupação de que se a iniciativa fracassar, Abbas e seu grupo político, o Fatah, sairão enfraquecidos em relação ao grupo islâmico Hamas, que não conta com a simpatia de parte da comunidade internacional por não reconhecer o Estado de Israel.

Potências regionais, como Brasil, Egito, China, África do Sul, Índia e Arábia Saudita, também anunciaram posição favorável ao pedido palestino. A proposta também deverá contar com apoio da totalidade de países árabes e islâmicos, além da Rússia e de maioria significativa na África e América Latina.

“Estamos encantados de ver uma clara maioria que presta apoio ao caminho da justiça”, indicou em comunicado o dirigente palestino, Mohammed Shtayyeh. De acordo com as estimativas, o texto conta com o apoio de 140 dos 193 países-membros da Assembleia Geral.

Garantias
O Reino Unido, que havia indicado que se absteria da votação, sugeriu nesta quarta-feira (28) que poderia mudar o seu posicionamento desde que a ANP realizasse modificações no texto proposto. A Alemanha manterá sua posição de abstenção.

Londres quer garantias de que Abbas não vai entrar com pedidos no Tribunal Penal Internacional de Haia e outras instituições contra Israel e pediu o compromisso das autoridades palestinas de negociarem com Israel sem condições prévias. Para voltar aos diálogos, os palestinos exigem o fim da expansão de assentamentos israelenses no território que deveria formar seu futuro Estado.

A iniciativa encontra forte oposição dos Estados Unidos e de Israel, apesar de ambos reconhecerem que um eventual fracasso da ANP pode deixar o caminho livre para o Hamas. Os EUA, aliados históricos dos israelenses, afirmaram que o pedido significará um "passo atrás" para os palestinos. "Creio que é um erro, essa votação não aproximará os palestinos de um Estado próprio", afirma Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. O Congresso dos EUA poderá votar sanções econômicas e políticas contra as entidades palestinas.

O premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou nesta quinta (29) que não haverá um Estado palestino "sem o reconhecimento de Israel como um Estado judeu". "A votação na ONU não mudará nada. Ela não vai antecipar a criação de um Estado palestino, pelo contrário, ela anfraquecerá [essa demanda]", afirmou.

Dos 193 membros da entidade, 132 reconhecem o Estado palestino, e os dois países já indicaram estar resignados com a derrota. O Canadá e alguns países insulares aliados dos Estados Unidos, como Ilhas Marshall, Nauru e Micronésia, também deverão votar contra a oposição.

O que pensam os palestinos
Pesquisas indicam que os palestinos estão desiludidos com as perspectivas de conseguir um Estado por meio de negociações. Duas décadas de diálogo fracassaram em produzir resultados, manchadas por intransigência e repetidas crises de violência.

Entre as organizações palestinas, existem muitas divergências quanto à votação que será apresentada nesta quinta (29). Enquanto todos apontam a importância de uma vitória simbólica da luta palestina, muitos apresentam críticas à estratégia da ANP e dizem que nada vai mudar com a possível modificação do status.

O Opera Mundi, que participa da cobertura do FSMPL (Fórum Social Mundial Palestina Livre), em Porto Alegre, conversou com representantes de diferentes delegações palestinas e encontrou um amplo espectro de opiniões e análises.

Fatah, Hamas e as ponderações

Demonstrando muito otimismo, Arafat Khalaf, prefeito de Betunia (município próximo a Ramallah), elogiou a iniciativa de Abbas e explicou que este é o primeiro passo da luta palestina por sua libertação. O político, que possui filiação ao Fatah, discordou das críticas que sugerem “que os palestinos deveriam tomar outras ações antes dessa” (como a retomada das negociações) e reiterou seu apoio ao presidente da ANP. “Abbas tem o poder para nos representar”, afirmou.

Já Yasser Amouri, professor de direito internacional na Universidade de Birzeit, em Jerusalém, explica que é favorável à proposta “porque nos dá a possibilidade de assinar e participar de pactos, tratados e organizações internacionais”.

Amouri também lembrou que, “com esse novo status, a Palestina poderá processar Israel por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional”. Porém, ressalta que as autoridades palestinas já podem se utilizar de mecanismos jurídicos do sistema internacional para combater as violações de direitos humanos creditadas ao vizinho. Amouri se refere à possibilidade de governos amigos, que integram a ONU e outros organismos internacionais, processarem autoridades israelenses em seu próprio território.

Outros ativistas foram pessimistas em relação ao pedido da ANP na ONU, por considerarem que não resolverá os problemas do povo palestino. “A Palestina como Estado não membro da ONU vai excluir, em suas negociações, os refugiados de 1948 e vai transformar em problema de fronteiras uma questão cujo tema central é a colonização por parte de Israel”, afirmou Wassim Ghantous, ativista palestino que integra delegação da juventude no FSMPL. “É preciso reconhecer isso: estamos presenciando um Estado com políticas segregacionistas”.

Na segunda-feira, o Hamas disse que apoiava a tentativa de Abbas de ganhar mais poder para os palestinos na ONU, no mais recente sinal de uma reaproximação entre os rivais políticos. O anúncio do Hamas foi inesperado. O grupo não reconhece o direito de existência de Israel e rejeitou as tentativas anteriores de Abbas de promover a causa palestina no palco diplomático.

Com agências via Vermelho

Fórum Social Mundial conclama movimentos pelo Estado da Palestina


Fórum Social Mundial conclama movimentos pelo Estado da Palestina


“A nossa luta somente terminará quando o Estado da Palestina se tornar uma realidade.” Com essa frase o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, sintetizou a realização do Fórum Social Mundial Palestina Livre, que se iniciou nesta quarta-feira (28), em Porto Alegre.

Por Emanuel Mattos, jornalista da CTB/RS. 


Socorro Gomes - Palestina 
Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz
Cerca de 160 atividades promovidas por movimentos sociais, organizações não governamentais e comitês de solidariedade de mais de 30 países compõem a programação que terá como ato final no sábado (1º) a Assembleia dos Movimentos Sociais.

O ato de maior destaque ocorrerá nesta quinta-feira (29) com a marcha que percorrerá as principais ruas do centro da capital gaúcha, a partir das 17h, na qual são esperadas dez mil pessoas. Exatamente no dia em que a Palestina deverá ser aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Estado-observador (como é o caso do Vaticano). O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, está em Nova York, onde acompanhará essa votação histórica, fato esse que o impediu de comparecer ao FSMPL.

“Vamos seguir trabalhando para que a Palestina seja um Estado, para que Israel também seja um Estado, ambos respeitando o direito internacional. Hoje, o Estado de Israel não reconhece o Estado da Palestina e é por isso que nós estamos aqui. Esse Fórum, que se realiza em Porto Alegre, capital da convivência com a diversidade, está sendo realizado contra qualquer discriminação”, disse o embaixador palestino durante concorrida entrevista coletiva, realizada na Usina do Gasômetro, local cedido pela Prefeitura.

“Queremos discutir de forma civilizada a situação do povo palestino, de maneira solidária, para não dar nenhum pretexto para aqueles que não querem uma Palestina livre. Pedimos à comunidade israelense de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do Brasil que nos apoiem para que juntos tenhamos uma Palestina livre. Um país livre não pode ser ocupado, não pode sofrer repressões. Queremos uma Palestina com todos vivendo em paz, harmonia e tendo em vista um futuro digno para todos. A última agressão à Gaza não é uma forma civilizada de convivência entre países vizinhos. Não queremos ser bombardeados”, afirmou Ibrahim Al Zeben.

Ao conclamar todos os participantes para que contribuam com criatividade, pensamento e ação pelo sucesso do Fórum, o embaixador da Palestina finalizou: “Esperamos não ter que realizar outros Fóruns, pois queremos um Estado da Palestina livre muito em breve. Esperamos que Israel admita que nós tenhamos direito de existir e que essa agressividade chegue ao fim para que os dois Estados possam viver em paz e harmonia. A todos, a nossa gratidão e reconhecimento pela solidariedade do povo brasileiro, ao governo do estado, às centrais sindicais, partidos políticos e a todas as entidades participantes do Comitê que representam segmentos da sociedade civil brasileira. Quem sabe surja nesse Fórum realizado no Brasil, a solução definitiva para que Palestina e Israel possam finalmente conviver de maneira pacífica”.

Prestigiaram a coletiva do Comitê pelo Estado da Palestina, além do embaixador Ibrahim Al Zeben, em um ato coletivo de solidariedade à causa palestina, o presidente da Federação Palestina do Brasil, Elayyan Aladdin; o vice-presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Marcelo Sallum; a presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes; a dirigente da Federação Democrática Internacional de Mulheres e também no evento representando a UBM, Liège Rocha; o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício; o presidente nacional da Unegro, Edson França; o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo; o presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor; o presidente da UGT/RS, Paulo Barck; o dirigente nacional da Força Sindical, Antonio Marcicano; o dirigente do Partido Pátria Livre, Nataniel Bahia; e a diretora da Federação Nacional dos Médicos, Maria Rita, entre outras.


Fonte: Vermelho

IBGE: Expectativa de vida do brasileiro chega a 74 anos e 29 dias


Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29) mostram que, em 2011, a esperança de vida ao nascer no Brasil era de 74 anos e 29 dias - um aumento de 3 meses e 22 dias em relação a 2010, quando a expectativa de vida do brasileiro era de 73 anos e 277 dias.


Em relação a 2000, o indicador fechou 2011 com um aumento de cerca de 3,65 anos – são 3 anos, 7 meses e 24 dias a mais do que a expectativa naquele ano (70 anos e 182 dias).

Ao longo dos últimos 11 anos, houve um crescimento anual médio de 3 meses e 29 dias.

Conforme os dados do IBGE, divulgados na Tábua de Mortalidade da população do Brasil para 2011, o aumento, na última década, foi maior para os homens do que para as mulheres. Enquanto os homens tiveram aumento na esperança de vida de 3,8 anos, a das mulheres ficou em 3,4 anos no período.

Conforme a tábua, o acréscimo na esperança da vida dos homens é de 5 meses e 23 dias a mais do que para a população feminina.

Mesmo assim a expectativa de vida das mulheres é superior a dos homens. Em 2011, um recém-nascido homem tinha como expectativa de vida 70,6 anos. A esperança de vida de uma mulher, naquele ano, era de 77,7 anos, diz o IBGE.

A Tábua da Mortalidade incorpora os dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. A partir das informações do Censo, foram feitas também revisões na série histórica.

Taxa de mortalidade infantil

Em 2011, a taxa de mortalidade infantil (de crianças com até um ano) ficou em 16,1 mortes para cada mil nascidos vivos - queda de 76,7% desde 1980. Já a taxa de mortalidade na infância (até 5 anos), foi de 18,7 por mil nascimentos - redução de 49% em relação a 2000, cujo valor foi de 36,6 por mil.

Desta vez, o Censo de 2010 conseguiu cruzar informações sobre a ocorrência de óbitos com variáveis associadas às características dos domicílios. Uma das análises possíveis foi sobre esgotamento sanitário.

Nos domicílios com rede geral de esgoto, a taxa de mortalidade infantil foi de 14,6 óbitos para cada mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade na infância, de 16,8 óbitos para cada mil nascidos vivos - ambas abaixo das médias nacionais, diz o IBGE.

Já nos domicílios com esgotamento por vala, essas taxas subiram para 21 por mil nascimentos (mortalidade infantil) e 24,8 por mil nascimentos (mortalidade na infância).

A taxa de mortalidade na infância para o Brasil em 2010, revisada com dados do Censo, foi estimada em 19,4, alcançando, conforme o IBGE, a meta estipulada para o quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da ONU, para 2015 (19,9 por mil).

Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 

As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil são divulgadas todo o ano pelo IBGE até 1º de dezembro e são usadas pelo Ministério da Previdência para calcular aposentadorias.
Os dados também permitem calcular a vida média para cada idade.

Em 2010, diz o IBGE, um homem de 40 anos teria, em média, mais 35,1 anos de vida, e uma mulher da mesma idade, mais 40,1 anos.

Já em 2011, um homem de 40 anos teria mais 35,3 anos, enquanto a mulher da mesma idade teria mais 40,2 anos. Aos 60 anos, um homem teria, em 2010, mais 19,3 anos, e a mulher, mais 22,6 anos; em 2011, a esperança média de vida do homem de 60 anos seria de mais 19,5 anos e a da mulher, mais 22,8 anos.


Fonte: G1 via Vermelho


Banco do Brasil de Ibirapitanga é assaltado


Direto do Bahia Notícias: www.bahianoticias.com.br
Banco do Brasil de Ibirapitanga é assaltado
Bandidos incendeiam veículo na fuga |Foto: Ubaitaba Urgente
Doze homens fortemente armados assaltaram na manhã desta quinta-feira (29) a agência do Banco do Brasil de Ibirapitanga, no sul baiano. De acordo com testemunhas, os bandidos eram violentos e já entraram no banco atirando. Na fuga, um veiculo Ford Ranger chegou a ser incendiado. Segundo informações do site Ubaitaba Urgente, os criminosos levaram o gerente, dois seguranças e um cliente da agência como reféns. Dois já foram libertados pelo bando. O gerente e um vigilante ainda não foran encontrados. A agência do banco público já havia sido assaltada em junho do ano passado. Não há informações se a quadrilha conseguiu roubar dinheiro. Até o momento não há registro de feridos ou vítimas.

Um dos vigilantes da agência já foi libertado pelo bando

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Saiu no Pimenta: caçadores de tatu são presos

A polícia de Ilhéus prendeu nesta terça-feira, 27, dois homens que caçavam na zona rural do município. Eles estavam com dois tatus mortos, além de quatro espingardas, que foram apreendidos. Os caçadores disseram que os animais não eram para comércio, mas sim para alimentar suas próprias famílias.
Segundo o site Radar, os suspeitos foram levados para o Complexo Policial, para onde também seguiram os tatus abatidos. Como são a prova do crime, os animais ficaram em uma geladeira da delegacia.
A caça de animais silvestres implica em pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. A punição é mais severa se o crime é cometido contra espécie ameaçada de extinção ou se a caça é considerada profissional.

Fonte: Pimenta - http://www.pimenta.blog.br/

ONU aprova resolução que condena mutilação feminina


A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (26) sua primeira resolução que condena a mutilação genital feminina - chamada de circuncisão feminina - e pede aos países que passem a orientar de forma educativa sobre a necessidade de acabar com a prática. A circuncisão feminina ainda ocorre em regiões tribais da África que seguem o islamismo, mas adotam tradições próprias.


Mutilação
Prática afeta mais de 100 milhões mulheres no mundo. Em geral, as meninas são submetidas à mutilação ainda na infância, antes da adolescência
Segundo a Organização Internacional das Mmigrações(OIM), as mutilações afetam entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres no mundo e esta prática se estendeu nos últimos anos aos países ocidentais, por causa do aumento dos fluxos migratórios.

Estas práticas, entre elas a excisão, são ilegais em cerca de 20 países africanos e na Europa, assim como nos Estados Unidos e no Canadá, mas ainda não tinham sido objeto de condenação nesse nível das Nações Unidas. Mais de 110 países, incluindo meia centena dos Estados africanos, apoiaram o projeto de resolução, que solicita aos países membros que "completem as medidas punitivas com atividades de educação e informação".

Em geral, as meninas são submetidas à mutilação ainda na infância, antes da adolescência. A prática consiste na retirada do clitóris e, em alguns casos, também dos grandes lábios. No texto, a ONU apela para que os países adotem medidas como a proibição da prática, com o objetivo de proteger mulheres e crianças de “qualquer forma de violência”, e encerrem a impunidade.

No texto, as Nações Unidas pedem que as autoridades se esforcem para orientar sobre o atendimento médico às meninas e mulheres, e que os líderes religiosos e comunitários contribuam com as ações.

A resolução criou a data de 6 de fevereiro como o Dia Internacional da Tolerância Zero contra a Mutilação Genital Feminina. Durante a discussão na Assembleia Geral da ONU, vários líderes de países africanos destacaram a importância do texto para intensificar a luta internacional contra a prática.

"Não pouparemos esforços para alcançar nosso objetivo: pôr fim às mutilações genitais femininas ao longo de uma geração. Hoje este objetivo está mais próximo que nunca", declarou o embaixador italiano na ONU, Cesare Ragaglini, um dos principais defensores da iniciativa. Ragaglini qualificou a resolução de "uma ferramenta muito poderosa" para vencer a hesitação dos países de proibir esta prática.

Fonte: Estado de Minas via Vermelho

Cepal: América Latina tem menor índice de pobreza em 30 anos


O número de pessoas pobres na América Latina diminuiu de 176 milhões, em 2010, para 168 milhões em 2011, o equivalente a 29,4% do total de sua população, informou nesta terça-feira (27) a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). 


Para este ano, a  expectativa é que o índice diminua mais e chegue a 167 milhões de pessoas, o que representaria 28,8% da população

A concentração da riqueza continua a ser a principal característica da América Latina, a região mais desigual do mundo. Os 10% dos latino-americanos mais ricos concentram 32% da renda, enquanto os 40% dos mais pobres recebem apenas 15% da riqueza.

Em 2002, a América Latina tinha 43,9% da sua população formada por pobres (225 milhões de latino-americanos) e outros 19,3% de indigentes (99 milhões de pessoas). Na década de 1990, as cifras eram ainda mais altas: 48,4% de pobres (204 milhões) e 22,6% de indigentes (95 milhões).

“Na história da pobreza na região, vemos que alcançamos os níveis mais baixos das últimas três décadas. Dos 12 países analisados que tinham informações disponíveis de 2011, há nove com queda na pobreza e indigência: Paraguai, Equador, Peru, Colômbia, Brasil, Uruguai, Panamá e Chile."

Infantilização da pobreza

Segundo a Cepal, a pobreza afeta de maneira diferenciada as mulheres e os jovens da região. O número de lares pobres chefiados por mulheres aumentou de 19%, em 2009, para 28% em 2011.

“Há um incremento de mulheres que hoje lideram os lares e há, ao mesmo tempo, a discriminação por sexo e os salários ainda são menores no mercado de trabalho para o sexo feminino”, destacou a secretária-executiva da Cepal em Santiago, Alicia Bárcena.

A taxa de indigentes com menos de 18 anos soma 51%, já crianças e adolescentes pobres são 45%. Os índices acompanham os baixos de níveis de educação, de acordo com Bárcena.

A metade dos adultos em situação de indigência não chegou a completar o ensino fundamental. Outros 45% das pessoas de 25 a 65 anos e que são pobres ou estão em situação de vulnerabilidade não completaram o ensino médio. Apenas 3% dos pobres e vulneráveis completaram a educação superior.

“A pobreza tem um rosto infantil na América Latina. Este é o tema mais delicado. A maior concentração de pobres está entre os que têm até 17 anos. Um dos grandes alertas é a gravidez que ocorre na adolescência e nas camadas mais pobres”, discutiu a secretária-executiva da Cepal ao defender a ênfase na formulação de políticas públicas voltadas para erradicar a pobreza infantil, como a universalização da educação e o acesso à saúde.

Segundo Bárcena, o desafio é sustentar a tendência de queda da pobreza na América Latina e combinar as taxas elevadas de crescimento econômico da região a longo prazo com “sistemas de garantias sociais mais robustos”.

Fonte: Opera Mundi via Vermelho

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MINERADORA É ACUSADA DE CONTAMINAR COM CHUMBO ÁGUA QUE ABASTECE CAMAMU


Antiga sede da Baroid Pigmina em Ilha Grande. Empresa deixou localidade há três anos.
Moradores de Ilha Grande, em Camamu, estão acionando a mineradora Baroid-Pigmina por causa da suspeita de contaminação da água consumida pelos moradores do município do baixo-sul do Estado.
Testes laboratoriais encomendados à Ibra Ambiental revelaram que a água que abastece Ilha Grande tem teor de chumbo sete vezes maior que o admitido pela Organização Mundial de Saúde (clique para ler resultado).
A Baroid-Pigmina encerrou as operações no município há três anos, mas, segundo os moradores, não houve compensação pelos estragos ambientais causados pela extração de barita.
Em ofício endereçado ao Ministério Público estadual, o presidente da Associação de Moradores de Ilha Grande, Marilton Souza Santos, diz que a empresa não passava por “fiscalização ou controle dos órgãos ambientais”.
Marilton ainda relata o descarte de rejeitos químicos enterrados na localidade e suscita a possibilidade de metais pesados terem contaminado o lençol freático da ilha.
O líder comunitário pede ao MP a abertura de investigação para averiguar a qualidade da água que abastece a comunidade de aproximadamente 2 mil pessoas, além do possível indiciamento da mineradora e exigir a recuperação ambiental dos impactos provocados pela exploração de barita.

Fonte: Pimenta

Pelo FIM da Violência contra a MULHER


Saúde é o que interessa!


Seminário discute educação em Itabuna


Resíduos sólidos, desafio dos prefeitos eleitos


Um dos maiores desafios dos prefeitos recém-eleitos será implantar a política de resíduos sólidos, prevista na Lei nº 12.305/2010. Muitos deles sofrerão pressão sobre esse tema logo na posse, porque os prazos previstos pela legislação estão correndo e precisam de muitos preparativos para ser atendidos, sob pena de responsabilização pessoal dos prefeitos. 

Por Wladimir Antonio Ribeiro




As cidades tinham até 2 de agosto para elaborar os planos municipais de resíduos sólidos, sendo que a lei prevê a possibilidade de o município trabalhar em conjunto com vizinhos limítrofes; ou seja, que o plano seja intermunicipal.

Porém, o prazo que mais chama a atenção é o de 2 de agosto de 2014. Nesse dia, não será mais admitido que os resíduos sólidos urbanos sejam dispostos em lixões. Passará a ser obrigatória a implantação de aterros sanitários. Mas apenas isso não basta, porque devem ir para o aterro, a partir da mesma data, apenas os rejeitos, não todos os resíduos sólidos urbanos. Importante esclarecer que estão nessa categoria todos os resíduos coletados pelo município e rejeito é a parcela que não pôde ser reaproveitada mediante reutilização, reciclagem ou outras formas de tratamento.

Isso significa que, a partir de 2 de agosto de 2014, as cidades terão de, em cumprimento à Lei nº 12.305/2010, destinar seus rejeitos a um aterro sanitário regularmente licenciado. E ainda será obrigatório o atendimento de metas de reciclagem, no sentido de evitar que todos os resíduos sejam encaminhados ao aterro, prática que de forma desnecessária diminui a vida útil desses equipamentos.

A preocupação atual é que, premidas pela nova lei, as municipalidades passem a implantar seus respectivos aterros sanitários sem qualquer critério. Um aterro é muito caro para se implantar e manter, sem uma escala mínima de resíduos. Inclusive, recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que aterros sanitários que não atendam a pelo menos 150 mil habitantes são caros e, portanto, candidatos a se tornarem lixões. O TCU também recomenda ao governo federal não apoiar esses empreendimentos.

Mas a questão é mais grave. Os estudos técnicos são unânimes em afirmar que um aterro sanitário, no mínimo, pode atender aos rejeitos produzidos em até 40km de distância, limite em que um caminhão de coleta pode transportar resíduos de forma econômica e ambientalmente adequada. Logo, a cada aterro implantado, cabe responder a duas perguntas. O aterro atende os rejeitos produzidos no interior desse perímetro? Caso não, por quê?

Tais perguntas devem ser respondidas inclusive nos estudos que orientam o licenciamento ambiental do aterro. É necessário que fique claro que ele não está subdimensionado, deixando de atender o total de sua potencial demanda. Do contrário, pode ter operação de custo muito elevado, como apontou o TCU, ou, ainda, deixará de fora rejeitos que poderia atender.

A segunda série de perguntas é: o aterro está a menos de 80km de equipamento já existente? Caso esteja, parte dos resíduos que pretende tratar poderia ser atendida pelo outro de forma mais econômica? Não é melhor ampliar um já existente do que criar outro, porque dois aterros têm impacto ambiental muito mais negativo do que um?

Com a pressão da lei, do Ministério Público e de outros órgãos de controle, corre-se o risco de se ver a implantação desenfreada de aterros sanitários, sem se perguntar se todos eles são mesmo necessários ou viáveis, ou se é possível a racionalização dos já em operação ou a implantação de aterros maiores, compartilhados por várias cidades. 

Isso tudo leva a uma óbvia necessidade: planejamento. Por isso, o melhor é que a Lei de Resíduos seja respeitada, não em uma parte, mas em seu conjunto, que exige planejamento primeiro, e implantação das soluções depois. O meio ambiente não pode ser tratado no improviso, com o objetivo de apenas cumprir uma formalidade legal. A elaboração dos planos de resíduos sólidos, de preferência de forma intermunicipal, é que vai fornecer as diretrizes para a real solução. Do contrário, o aterro pode se tornar mais um problema do que uma solução.

*Wladimir Antonio Ribeiro é graduado em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito constitucional pela Universidade de Coimbra, foi consultor do governo federal para a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos

Fonte: Correio Braziliense via Vermelho