sábado, 1 de junho de 2013

Caxirolas são proibidas nos jogos da Copa das Confederações

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou na sexta (31) que a caxirola – instrumento musical lançado no âmbito dos grandes eventos esportivos no Brasil, está proibida nos estádios durante os jogos da Copa das Confederações, que começa no próximo dia 15 de junho, e também no amistoso deste domingo (2) entre Brasil e Inglaterra, no Maracanã.


Cardozo explicou que uma avaliação da Secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça afirma que "do ponto de vista técnico, de segurança pública, a caxirola não seria adequada". Segundo ele, o estudo foi encaminhado para a coordenação da Copa e deve ser mantido.

Na segunda-feira (27), o Comitê Organizador Local (COL), órgão da Federação Internacional de Futebol (Fifa), tinha anunciado a proibição do instrumento nos estádios, a pedido do próprio governo, depois de um incidente em Salvador. Em jogo-teste, vários instrumentos foram arremessados por torcedores ao campo.

O ministro esteve na inauguração do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Rio, que vai coordenar a segurança nacional durante a Copa das Confederações e entra em operação imediatamente. Os demais estados terão sedes regionais de controle. A previsão é que Brasília assuma a coordenação nacional, como um centro próprio, em 2014.


Fonte: Agência Brasil

Sacco e Vanzetti: Agonia e triunfo

Rodado na década de 1970, o filme Sacco e Vanzetti conta a história real do processo judicial que levou à morte dois anarquistas italianos que lutavam por melhores condições de trabalho nos EUA dos anos 1920

Por Marcello Scarrone


"Here's to you Nicola and Bart / Rest forever here in our hearts / The last and final moment is yours / That agony is your triumph!” (“A homenagem é para vocês, Nicola e Bart / repousem para sempre aqui em nossos corações / o momento extremo e final é seu / aquela agonia é o seu triunfo”).

A letra, escrita e cantada pela voz melodiosa de Joan Baez, com música composta por Ennio Morricone, virou, naquele início dos anos setenta, hino da juventude norte-americana e mundial, em seu protesto contra a guerra do Vietnã e a escalada militar no Sudeste asiático. Enquanto multidões enchiam praças e ruas pedindo o fim dos bombardeios de Washington, se colocando contra todo tipo de agressão e injustiça, de violência e opressão, a memória da condenação à morte de dois anarquistas italianos, na década de 1920, emigrados para os Estados Unidos voltava à tona como um símbolo e um exemplo.


 
 
Sacco e Vanzetti têm uma história bem conhecida, mas vale aqui uma referência. Nicola Sacco, oriundo da Itália do Sul, e Bartolomeo Vanzetti, da região de Turim, emigraram para os Estados Unidos quando jovens, no início do século XX, separadamente. Não se conheciam e faziam parte daquele grande contingente de italianos que abandonavam sua pátria em busca de trabalho e melhores condições de vida para si e a família, sonhando com a América. O sonho americano os acompanhava, como a possibilidade de encontrar no novo país a realização de uma promessa de felicidade e fortuna que aquela terra representava. 

Tendo Boston como nova morada, Sacco passou a trabalhar numa fábrica de calçados, enquanto Vanzetti desempenhou várias ocupações, como, por exemplo, a venda de peixe. Amiga de trabalhadores do setor industrial, a dupla se conheceu ao frequentar círculos anarquistas ítalo-americanos, participando de greves e se tornando presença constante em comícios e manifestações contra as injustiças no mundo do trabalho. Bartolomeu e Nicola passaram a ter seus nomes anotados nas fichas policiais. Assim, em maio de 1920, detidos pela força pública na iminência de um comício anarquista por estar de posse de panfletos e de algumas armas, foram acusados pelo assalto a uma firma na região suburbana de Boston e o anterior assassinato de dois homens que trabalhavam na própria empresa.

Não havia qualquer prova contra eles, mas a Justiça montou um processo que acabou se transformando num ato político: um gesto exemplar, uma lição de moralidade e de ordem para as “classes perigosas” e demais grupos da sociedade americana que as apoiavam em suas lutas. Há três anos o comunismo havia se implantado na Rússia, e ameaçava tomar o poder em países do ocidente europeu. Sacco e Vanzetti não eram comunistas, mas a esta altura sua militância anarquista não fazia diferença diante dos olhos do governo dos Estados Unidos. Além do mais, eram estrangeiros, sem muita familiaridade com o idioma da nação hospedeira, e participantes de protestos e manifestações. Nem mesmo a confissão de um detento que assumiu o crime serviu a impedir a condenação à morte dos anarquistas. A mobilização em favor da anulação da sentença, que registrou muitas passeatas e comícios, não só de anarquistas, nos EUA e em vários outros países, com a adesão de políticos e intelectuais, não impediu que a 23 de agosto de 1927 a cadeira elétrica pusesse fim à vida da dupla.

E assim a história daquele clamoroso erro judiciário, ou processo-farsa, chega aos anos Setenta, encontrando um diretor de cinema como o italiano Giuliano Montaldo, realizador de obras sempre politicamente empenhadas (anos antes participara como assistente na realização de outra obra-prima do cinema chamado de “político”, A batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo). Nasce Sacco e Vanzetti (1971), um filme que reconstrói a vida americana dos dois anarquistas, focando principalmente o processo judicial. Mesclando na abertura e na parte final cenas de documentos da época, em preto e branco, com cenas de ficção, o longa-metragem se apresenta como a tentativa de realizar uma reconstituição dos fatos, mostrando os bastidores do poder judicial e político.

Música, como a de Joan Baez e de Morricone, que cuidou da trilha sonora, e interpretações intensas como a de Gian Maria Volonté, no papel de Vanzetti – mais militante, mais voltado para a leitura de testos do anarquismo e mais falante- e a de Riccardo Cucciolla, na pele de Nicola Sacco – introvertido, contido, aparentemente mais frágil. O primeiro capaz de aprender o inglês para se defender publicamente, o segundo fechado em seu mundo provinciano (se expressa muitas vezes em seu dialeto do Sul), quase perdido diante da tempestade que se abateu sobre ele, mas na realidade digno e firme em sua luta contra a máquina da justiça.
 
Um exemplo de cinema empenhado. Militante, pode-se dizer. Na linha de outras produções do diretor, todas voltadas para a denúncia das violações dos direitos políticos ou humanos em geral. Mas aqui a militância não se sobrepõe, sufocando-o ou traindo-o, ao trabalho rigoroso de apresentação de um evento em suas características e circunstâncias reais. Assim, a parábola existencial e processual de “Nick and Bart” é restituída o espectador em sua intensa dramaticidade, quase como um documento histórico.
 
Ponto alto do filme é a declaração final de Vanzetti. Perguntado pelo presidente da corte se tivesse algo a dizer, antes que a condenação à morte fosse confirmada, o anarquista assim discursa na sala do tribunal: “Tenho pra dizer que sou inocente. Em toda a minha vida, nunca roubei, nunca matei, nunca derramei sangue humano. Lutei para eliminar o crime. Antes de todos, o da exploração do homem por parte do homem. Se há uma razão pela qual hoje estou aqui, é esta, e não outra. [...] Estou sofrendo e pagando porque sou anarquista...e eu sou anarquista. Porque sou italiano...e eu sou italiano. Mas estou tão convencido de que estou do lado da justiça que se vocês tivessem o poder de me matar duas vezes, e eu por duas vezes pudesse renascer, reviveria para fazer exatamente as mesmas coisas que fiz . Nicola Sacco...meu companheiro Nicola! Sim, pode ser que para falar eu seja melhor que ele. Mas quantas vezes, olhando-o, pensando nele, neste homem que vocês julgam ladrão e assassino, e que vão matar...quando os ossos dele já estiverem pó, e os nomes de vocês e de suas instituições não passarão de um passado maldito, o nome dele, o nome de Nicola Sacco, ainda estará vivo no coração das pessoas. [dirigindo-se a Sacco] Nós temos que agradecê-los. Sem eles teríamos morrido como dois pobres explorados. Um bom sapateiro, um bom vendedor de peixe, e nunca em toda nossa vida poderiam esperar de fazer tanto em favor da tolerância, da justiça, da compreensão entre os homens”.
 
Exatamente cinqüenta anos depois, a 23 de agosto de 1977, o governador de Massachusetts, Michael Dukakis, de forma pública e oficial, declarou Sacco e Vanzetti inocentes dos crimes pelos quais foram condenados.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

"Eles nos consideram animais, bichos, não têm respeito", diz cacique terena

Em depoimento concedido à jornalista Karina Villas Boas, o cacique terena Basílio Jorge, que vive na terra em litígio onde ocorreu a reintegração de posse em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. Basílio esclarece que já foi feito um estudo antropológico comprovando que a terra deve ser destinada aos indígenas e denuncia a maneira como o poder público os trata "eles nos consideram animais, bichos, não têm respeito". Osiel Gabriel (35) era sobrinho de Basílio.


"Eu cheguei na área da retomada. cheguei no momento da guerra, já estava pipocando a coisa. Nossos parentes disseram que o delegado desceu do carro e já foi metendo bala. Não teve diálogo, não teve conversa. Não procuraram saber se íamos sair ou não. Quando foi uam hora e pouco de tensão recebemos a notícia do outro grupo que [] tinha recebido um tiro no estômago e isso é muito triste", declarou. Confira a íntegra do depoimento:



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Da Redação do Vermelho - Vanessa Silva

Prefeito de Buenos Aires faz manobra e aprova Lei pró Clarín


Diversos protestos são realizados no país contra
 o conglomerado de comunicação que se
 nega a cumprir a Lei de Meios

Candidato declarado à Presidência da Argentina em 2015, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, fez, nesta quinta-feira (30), a mais forte ofensiva entre os oposicionistas do país para obter o apoio do conglomerado de mídia Clarín, que está em confronto com a presidenta Cristina Kirchner desde que a Lei de Meios foi aprovada no país e que o grupo se recusa a cumprir.


A Câmara dos Vereadores aprovou, por 35 a 15 votos e 7 abstenções, um projeto de iniciativa do prefeito que avoca para a jurisdição municipal todos os temas relacionados à liberdade de expressão no país. A proposta havia sido suspensa temporariamente pelo juiz Osvaldo Otheguy, aspecto que foi ignorado pelo prefeito. A proposta de Macri se choca com a Lei de Meios, ferindo uma lei nacional.


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O legislador Adrián Camps, justificou seu voto contra: “o partido Socialista Autêntico não está de acordo com este projeto, vota negativamente. (…) Há artigos que são impossíveis de votar a partir de uma concepção socialista”. Para o político, a lei avança sobre os direitos sindicais dos jornalistas. Outro vereador, Pablo Bergel, afirmou: “este projeto se chama Lei Clarín. (…) A liberdade de expressão está sendo atacada a bala por parte do governo de Mauricio Macri. Meu voto é não, mil vezes não!”, afirmou. 

Outos legisladores também acusaram a lei de ter sido escrita sob medida para os grandes meios de comunicação e de a população não ter sido chamada para debater, ao contrário do que ocorreu com a Lei de Meios, que foi amplamente debatida e referendada.

Polêmica

Pela lei aprovada, o Clarín poderá recorrer à justiça local para brecar as ações do governo federal. Os aliados de Cristina alegam que a lei de Macri é inconstitucional, mas enquanto a Suprema Corte não a barrar formalmente, estará em vigor. "Qualquer norma de um ente público parte do princípio da validade jurídica", comentou o advogado Rafael Gomez Diez.

O grupo Clarín, dono dos jornais de maior tiragem em Buenos Aires e nas grandes cidades do país, proprietário de emissoras de televisão, rádio e do principal sistema de TV a cabo, é o único conglomerado de mídia com presença nacional e o único que não se adequou à lei de meios.

Veja o que já foi publicado no Portal Vermelho sobre Lei de Meios

"Hoje, o Clarín é o eixo da oposição na Argentina. A dúvida em relação à eleição presidencial é se construiria um candidato ou apoiaria um dos já existentes. Com essa lei o Macri saiu na frente", opinou o cientista político Julio Burdman, da consultora Analytica. O prefeito de Buenos Aires não foi o único oposicionista a se movimentar em favor do Clarín. O governador de Córdoba, José Manuel De la Sota, que também tenta articular sua candidatura presidencial, apresentou proposta semelhante.

A gestão de Macri é marcada por um grande aumento da carga tributária. O prefeito não concede subsídios e triplicou o imposto sobre a propriedade, assim que se reelegeu, em 2011. Outro traço marcante foram os confrontos com movimentos sociais: a polícia metropolitana reprimiu com dureza vendedores ambulantes, moradores de rua e até mesmo funcionários e pacientes de um hospital psiquiátrico, em diversos incidentes. "São setores minoritários que sempre recorrem à violência", comentou o prefeito.



Da Redação do Vermelho, com informações do Valor Econômico e do Página/12

Mino Carta: Mídia brasileira é extensão da Casa-Grande e Senzala

Para jornalista, mídia brasileira é a extensão da
 Casa-Grande e Senzala, em alusão à obra de Gilberto Freire

“Nesse mar, não vai dar peixe, podem crer”. É usando um ditado popular que o jornalista Mino Carta descarta qualquer possibilidade do Congresso Nacional aprovar legislação que remeta à regulamentação da imprensa. 
Por Renata Cardarelli, do Comunique-se


Durante a palestra “A história do jornalismo brasileiro através da ficção”, realizada nesta semana, em São Paulo, o diretor da revista Carta Capitalse baseou em exemplos estrangeiros para defender a existência de um órgão regulador e criticou o fato da mídia brasileira ser “a extensão da casa grande”.

“Desse Parlamento que nós temos, jamais esperem essa lei. Eles não têm interesse de lançar ao mar essa lei”, ponderou. Mino ressaltou que a imprensa no Brasil está “alinhada de um lado só”. “A maior desgraça do país é representada por três séculos e meio de escravidão. A casa grande e a senzala continuam. É um pecado que indiretamente nós todos aceitamos, com a contribuição do jornalismo brasileiro, presente para nos confundir constantemente”, disse.

Italiano de Gênova, Mino afirmou não conhecer outro país que viva situação semelhante e avaliou que os veículos de comunicação nacionais representam os interesses da minoria dominante. “Não conheço um único país do mundo, dos desenvolvidos, dos democráticos, dos civilizados, não conheço um que tenha o mesmo tipo de mídia”, disse. “O que me leva a crer que a mídia [brasileira] é a extensão da Casa-Grande e Senzala”, complementou, ao se referir à obra do antropólogo Gilberto Freire, de 1933

Responsabilidade de jornalista

Em São Paulo desde 1946, o profissional conta que no início da carreira “trafegava pelo jornalismo com certo espírito mercenário”, porém com lealdade ao patrão que pagava seu salário. Ele percebeu a responsabilidade de sua tarefa, após passagem pela Editora Abril. “A família Civita entende de Brasil, como eu de numismática. Naquela época, realmente percebi a necessidade, a serventia do bom jornalismo. Ao jornalista não peçam para ser objetivo. A objetividade é das maquinas de escrever. O jornalista é subjetivo ao colocar uma vírgula em uma página em branco. A imprensa omite, mente e inventa. Na Veja pós-Mino se dizia: antes crie a frase e depois a coloque na boca de alguém”.

Crise do jornalismo


Fundador da revista Quatro Rodas, do Jornal da Tarde e das revistas Veja IstoÉ, Mino acredita que o jornalismo impresso sobreviverá à análise. “Hoje se discute o futuro do jornalismo à luz dos avanços tecnológicos e o Brasil não será poupado dessa discussão. O jornalismo impresso sobreviverá à analise. Haverá um avanço, em função da democratização efetiva do país”, aposta. Classificando-se como “um velho caquético e antigo”, resistente à modernidade, o jornalista admite que não tem celular e não usa computador, “porque sei que ele vai me engolir”.


Fonte: Vermelho

União Europeia tem 26,5 milhões de desempregados, aponta Eurostad

O desemprego continua em alta na Europa. A taxa de desemprego nos 27 países que formam a União Europeia em abril foi 11%, o que representa 0,7 pontos percentuais acima do verificado no mesmo mês do ano passado. 

No conjunto dos treze países onde circula a moeda euro, o percentual de pessoas afetadas pelo desemprego é maior: 12,2% em abril. O índice é 1 ponto percentual acima do registrado em abril de 2012 e 0,1 ponto percentual acima do registrado em março passado.

Os três países da Europa com maior taxa de desemprego estão na zona do euro: Grécia (27%), Espanha (26,8%) e Portugal (17,8%). Em número absolutos, há 26,588 milhões de desempregados na União Europeia, dos quais 19,375 milhões estão em países da zona do euro.

Para efeito de comparação, o número de desempregados equivale à população brasileira da Região Sul ou quase a população da Venezuela. Os dados são do Eurostat, órgão oficial de estatísticas da Comissão Europeia.

Os países da União Europeia menos afetados pelo desemprego são Áustria (4,9%), Alemanha (5,4%) e Luxemburgo (5,6%) - todos com taxa abaixo do medido recentemente nas principais regiões metropolitanas do Brasil (5,8%, segundo IBGE).

Além do desemprego, o Eurostat projeta aumento da inflação na zona do euro para maio - taxa de 1,4% contra 1,2% medido em abril. O aumento dos preços foi puxado por produtos alimentícios, bebida e cigarro.

Fonte: Agência Brasil via Contraf

Famílias endividadas alcançam os 64,3%

As famílias brasileiras continuam se endividando. Segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o percentual voltou a aumentar em maio, atingindo 64,3% das famílias que tenham qualquer tipo de dívida, contando cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal e prestação de carro e seguro.
 
Em relação ao mesmo mês em 2012, o aumento foi de quase 8%. O índice passou de 55,9% para 64,3%. Em abril, a fatia era de 62,9%. 
 
Para as famílias com renda de até dez salários mínimos, o percentual de endividados foi de 65,8% em maio. Em famílias acima deste patamar financeiro, o número ficou em 57,3%. 
 
É preciso ter cuidados com as contas e dívidas para que elas não se acumulem. O consumidor precisa estar atento também aos planos dos cartões e financiamentos, para que não sejam enganados pelos bancos. 

Fonte: O Bancário

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Brasil: Notícias prevêem desastre econômico e ofuscam conquistas

Observatório da Imprensa publicou uma análise das notícias de jornais econômicos ontem, quinta-feira (30), concluindo sobre uma cobertura pessimista e fatalista da economia brasileira. As matérias, segundo a análise, chegam a negligenciar resultados positivos, que até interrompem tendências negativas recentes, como a medição dos investimentos totais. Leia a análise. 


Os três principais jornais genéricos de circulação nacional saíram nesta quinta-feira (30) com a mesma manchete, todos eles induzindo o leitor a acreditar que o Brasil se encontra à beira do abismo.

“PIB decepciona, mas BC eleva juros para conter a inflação”, diz o Estado de S.Paulo.

“PIB decepciona, mas BC aumenta juros ainda mais”, ecoa a Folha de S.Paulo.
Numa linguagem mais popular, o Globo anuncia: “Nem Pibinho segura juros, que vão a 8%”.
 
Em todos eles, o viés é o do desastre iminente.

O ponto de partida para a interpretação catastrofista é mais um resultado frustrante do Produto Interno Bruto, que cresceu 0,6% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2012. O contraponto é a decisão do Banco Central de elevar a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual, surpreendendo previsões da maioria dos analistas credenciados pela imprensa, que esperavam uma taxa de 0,25 ponto porcentual.

Mas há algumas interpretações conflitantes e nem todas sustentam o viés catastrofista indicado pelas manchetes. Por exemplo, a melhoria da produtividade da agropecuária fez o setor crescer 9,7% no período, o melhor resultado em cinco anos. O resultado aponta para menos pressão sobre os preços de alimentos nos próximos meses, segundo algumas análises.

As safras dos principais produtos superaram expectativas: a soja, que tem grande peso na cesta da produção rural, tem uma safra 23,3% maior que a do mesmo trimestre de 2012, sem que tenha sido necessário expandir na mesma proporção a área cultivada, o mesmo acontecendo com o arroz e o milho, gerando uma produção recorde de 185 milhões de toneladas de grãos em 2013. A produção de cana deve crescer mais de 100% no período até junho.

Há um claro descompasso entre a interpretação induzida pelas manchetes e algumas reportagens e análises apresentadas internamente pelos jornais. Interessante observar que o viés negativo é mais acentuado nos comentários de jornalistas não especializados, principalmente colunistas que normalmente se dedicam a temas políticos. Em alguns casos, como no da Folha de S.Paulo, o tom chega a ser triunfalista em seu negativismo, como se fosse o caso, em qualquer circunstância, de comemorar as dificuldades da economia nacional.

Festejando o desastre
Esse descompasso fica mais claro quando se lê com atenção as reportagens internas, entre as quais se registra, por exemplo, um aumento de 4,6% nos investimentos totais na economia, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao último trimestre de 2012, o que pode apontar a possibilidade de interrupção da série negativa de desempenho da indústria.

Quanto ao PIB, os gráficos que têm como ponto comparativo inicial o ano de 2011, quando houve uma queda acentuada na produção de riqueza, mostram que o ponto mais baixo do “vale” ficou no terceiro trimestre daquele ano, quando o PIB ficou negativo em 0,1%.

Nos gráficos que abrangem um período maior de tempo, o olhar sobre esse indicador mostra o desenho de uma curva segundo a qual a economia brasileira vem se recuperando gradualmente desde meados de 2012, após um período de estagnação no começo daquele ano.

Embora lenta, há uma retomada neste começo de 2013, e as comparações lineares entre o final do ano anterior e os três meses iniciais deste ano não podem ser consideradas a sério se não levarem em conta as variações sazonais do consumo e o costumeiro desaquecimento do primeiro trimestre.

Finalmente, o gráfico comparativo entre as economias de outros países mostra o Brasil no grupo daqueles com melhor resultado, com um desempenho semelhante ao dos Estados Unidos, inferior à evolução da Coreia do Sul e Japão e superior ao crescimento do México, Inglaterra, Alemanha, França e resto da Europa.

Portanto, há muitas maneiras de interpretar os dados disponíveis.

A oscilação do nível de geração de riqueza se deve, em grande parte, ao esfriamento do consumo, que pode ser atribuído a muitas causas, entre as quais se deve incluir o estado ânimo dos consumidores, algumas altas de preços pontuais, os juros e a sazonalidade de alguns produtos que vinham puxando a economia.

Toda interpretação de dados econômicos e sociais é feita a partir de um recorte específico, e os jornalistas sabem, de antemão, que cada analista vai estar olhando apenas uma fatia do bolo. A escolha de manchetes equilibradas ou catastrofistas é uma decisão editorial, que não contempla necessariamente a realidade objetiva.

Não há como fugir à evidência de que, diante de um copo sobre a mesa, a imprensa tem a tendência de enxergá-lo mais vazio do que cheio.

Fonte: Observatório da Imprensa

Tabaco é responsável direto por dois em cada dez tumores

O tabaco é responsável direto por dois em cada dez tumores, mostra estudo do Instituto Catalão de Oncologia – Hospital Duran i Reynals, que seguiu cerca de 440 mil pessoas durante 11 anos.


Das 441.211 pessoas seguidas, 14.563 desenvolveram um tumor relacionado ao hábito de fumar, informou o instituto, a propósito do Dia Mundial sem Tabaco, que será lembrado nesta dexta-feira (31).

O estudo, publicado na revista Journal of Clinical Oncology, confirma que o hábito de fumar é causa de 80% dos tumores do pulmão e da laringe, assim como de 20% a 50% dos demais tumores respiratórios, digestivos e do trato urinário.

A pesquisa mostra que um percentual desses tumores é responsabilidade direta do tabaco, causa também de 25% dos de fígado, 14% dos de ovário e 8% dos de rins.

Os cientistas compararam o número de casos de tumores entre fumantes, ex-fumantes e os que nunca tinham fumado. O estudo revela que 36% dos tumores relacionados ao uso do tabaco são diretamente provocados pelo seu consumo, o que representa 20% do total.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Capriles na Colômbia é parte de conspiração, diz Venezuela

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, aceitou receber em seu país, na quarta-feira (29) o candidato derrotado nas eleições venezuelanas de 14 de abril e governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles Radonski. A ação gerou um conflito diplomático com o governo venezuelano que vê na ação uma afronta direta, pois passado mais de um mês das eleições, Capriles não reconheceu o resultado das mesmas.



Venezuela alerta para deterioração das relações com
 a Colômbia após o presidente Santos ter recebido Henrique Capriles em Bogotá
Henrique Capriles está sendo investigado na Venezuela por ter instigado a violência pós-eleitoral de 14 de abril, responsável pela morte de 11 pessoas e ferimentos em mais de uma centena.

Acompanhe o especial do Vermelho sobre as Eleições na Venezuela

Como resposta à atitude do colombiano, Caracas anunciou que até mesmo a participação nos Diálogos de Paz mantido entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana, Cuba, poderá ser revista diante do que considerou uma afronta.

Capriles iniciou, em Bogotá, uma viagem pela América Latina em busca de apoio ao seu questionamento com relação à auditoria das eleições, que ele sustenta terem sido fraudadas, mas que o processo de auditagem, em andamento, reafirmou 100% de infalibilidade do resultado. De acordo com o ex-candidato, a conversa com Santos versou sobre economia, questões internas da Venezuela, segurança e o processo de paz com as Farc.

Por sua vez, o chanceler Elías Jaua, falando em nome do governo e da Força Armada, classificou o encontro de lamentável e denunciou que, “em Bogotá se trama contra a Venezuela”. E anunciou que o presidente Nicolás Maduro ordenou o retorno a Caracas do embaixador Roy Chaderton, representante venezuelano nos Diálogos de Paz.

Protesto na Praça Bolívar, em Bogotá. Foto: El Tiempo

"O recebimento de uma pessoa que desconhece as instituições venezuelanas e convocou abertamente a violência no dia 15 de abril é um mal sinal e, de alguma maneira, revela o que muitas vezes repetimos: que havia uma conspiração contra a Venezuela a partir de Bogotá. Não queríamos acreditar que esta conspiração alcançava os altos poderes do Estado colombiano. Temos que alertar os povos da América Latina e do Caribe diante da nova escalada de agressões contra a Venezuela e contra um governo que fez os maiores esforços para alcançar a paz em nosso país irmaõ", acrescentou Jaua.

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, também se pronunciou e classificou o gesto do presidente Santos como “uma agressão” a seu país. Para ele, o encontro consiste numa cortina de fumaça para encobrir os supostos encontros de Capriles com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, a quem descreveu como “nefasto para o continente”. 

“A Colômbia deve esclarecer se o governo está [ao lado] das intenções golpistas de Capriles, ou com o povo da Venezuela e com o governo legítimo, soberano e constitucional do companheiro Nicolás Maduro”, disse Cabello à AVN. “O presidente Santos está pondo uma bomba no trem das boas relações que tanto pediu o presidente Chávez. Ele está recebendo um assassino, um fascista lá no seu palácio”, acrescentou.

Protestos contra Capriles


Protestos contra Capriles. Foto: Últimas Notícias

A visita de Capriles foi alvo de protesto do movimento Poder Cidadão na Colômbia, com ampla participação de setores sindicais, universitários e acadêmicos, foi fundado pela ex-senadora Piedad Córdoba em 2005.

Com cartazes acusando Capriles Radonski de assassino, numerosas pessoas, entre elas venezuelanas radicados na Colômbia expressaram seu decontentamento com a visita do governador de Miranda.

Resposta da Colômbia

A chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, afirmou, nesta quarta (29), que estas questões diplomáticas serão tratadas diretamente por Santos e Maduro, sem a intermediação da imprensa. 

Mais imagens do protesto:



Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva

53º Congresso da UNE: Juventude brasileira unida para pensar em um novo Brasil

Congresso da UNE se converte em um mar de de jovens que juntos discutem e propõem um novo rumo para a construção de um novo Brasil. O primeiro dia do 53º Conune preencheu Goiânia com um pouco de cada pedaço de Brasil.


Após horas de viagem em caravanas que partiram de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Acre, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e tantos outros lugares, a irreverência da juventude brasileira tomou conta da Praça Universitária que leva o nome de um dos heróis do movimento estudantil, Honestino Guimarães. A cidade se tornou mais uma vez a “capital dos estudantes”.

 

Fonte: TV UNE via Vermelho

Mídia no Brasil e os crimes contra a democracia

"A TV, como os demais meios de comunicação de massa, não fazem outra coisa senão permitir a comunicação, uma comunicação especificamente capitalista. Longe de criar incomunicabilidade, esses meios sobreinformam, sobrecomunicam, numa ânsia imperialista de dominar o conjunto dos processos comunicativos que se exercem no nível do mundo da vida".

A citação acima foi escrita em 1988 por César Bolaño, pesquisador e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), ao realizar ampla pesquisa sobre a formação do chamado mercado de televisão no Brasil.

Ao olharmos para o papel que a mídia exerce nestes tempos, tal citação torna-se mais atual do que nunca. Fica claro que o Brasil precisa enfrentar e desmontar o oligopólio da mídia e vencer essa comunicação imperialista.

Esse enfrentamento passa por um processo de esclarecimento, no qual a sociedade precisa perceber que para aprofundar a democracia, mesmo nos marcos políticos e econômicos atuais, é preciso antes ocorrer uma reconfiguração no interior do processo de produção da informação. Ou seja, a experiência já comprovou que sem informação livre, diversa e plural não há como se cultivar uma sociedade democrática, humana e igual.

Agora como pensar numa comunicação nestes termos, quando o marco regulatório da comunicação de massa data dos anos de 1950? Por que os setores hegemônicos da sociedade vomitam todos os dias através de seus meios de comunicação que querem um Brasil do futuro, mas quando pedimos para modernizar essa lei eles dizem que isso é um retrocesso? Por que os "colunistas gênios" afirmam que democratizar é censurar?

O pesquisador Dênis de Moraes me disse uma vez que isso significaria destituir do poder àqueles que sempre mandaram no país. José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho, destacou que isso significaria brecar a usina de mentiras que existe no Brasil e por fim às investidades imperialistas não só no Brasil, mas também na América Latina.

É bem verdade que a discussão sobre o papel da mídia no Brasil não começou com a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), se assim o fosse não teríamos tantos jornais movimentos em nossa história de luta política. Mas, sabemos que enfrentamos um Titã sedento de poder que criminaliza bandeiras sociais e prende lutadores-construtores de nossa história.

Além disso, o atual sistema, que rege os meios de comunicação, burla a vontade popular expressada na Constituição Federal de 1988, além disso, é uma ameaça efetiva para a diversidade cultural e política. De modo que nossa luta não é apenas contra um setor, mas sim, contra um bloco tripartite, no qual observamos claramente que papel a mídia, o STF e o sistema financeiro desempenham.

O Brasil é uma terra sem lei quando a discussão é o latifúndio midiático. Não há uma lei geral que discipline a área e democratize a comunicação e os casos de desrespeito à legislação são flagrantes, basta olhar a facilidade com que se pratica a propriedade cruzada dos meios em nosso país. É bom frisar que o marco legal em si não resolverá todos os problemas, precisaremos do empenho dos setores organizados e da sociedade em geral.

Precisamos de mais Konder Comparatos, Erundinas, Amazonas. O movimento sindical precisa esta unido nesta luta. Os partidos políticos populares e progressistas precisam estar prontos para o enfrentamento desta questão no Congresso. O récem nascido PlipCom (Projeto de Iniciativa Popular para uma Comunicaçào Democrática) precisa de pais e mães que garantam sua sobrevivência nesta disputa. Assim, inverteremos a lógica que dominou o Brasil durante seus pouco mais que 500 anos. Assim, construíremos uma sociedade mais democrática, humana e igual.

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Joanne Mota é jornalista, colaboradora da revista "Visão Classista".
Fonte: Portal CTB

Venezuela e Bolívia planejam criar rede de rádios da Alba

Autoridades da Venezuela e da Bolívia, reunidas em Cochabamba no dia 25 de maio, debateram a viabilidade de criar uma rede de rádios dos países que integram a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).

O ministro venezuelano de Comunicação, Ernesto Villegas, que acompanhou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em sua primeira visita à Bolívia, declarou à imprensa que está analisando a criação de "um instrumento" que permita "a troca de conteúdos e a criação de uma rede de comunicação que aproxime todos" os povos.

"Não se quer o desconhecido ou dificilmente se quer o quye não se conhece, então vamos nos conhecer cada vez mais e melhor. Tivemos grandes avanços com a Telesur, por exemplo, e queremos expandir isso para outros âmbitos da comunicação para que nossos povos se aproximem cada vez mais", explicou.

O ministro ressaltou que com esta reunião buscam “aprofundar em uma linha de trabalho” iniciada durante a presidência do falecido Hugo Chávez e que “agora tem continuidade com o governo bolivariano do presidente Nicolás Maduro".

“Vamos continuar neste caminho da união e isso é o que temos que concretizar neste tipo de encontros”, afirmou Villegas.

Outra questão abordada na reunião se refere à criação de uma empresa binacional de alimentos que permita, no marco de complementariedade “afiançar a segurança alimentar” de ambos os países e a expansão de suas atividades econômicas no mundo.

Da Redação do Vermelho com El Universal

Rádio Vermelho: “Nosso objetivo é combater o engodo produzido pela velha mídia”

Dar voz aos silenciados e desconstruir o discurso hegemônico proposto pela mídia corporativa e os setores conservadores que ela representa, esse foi o compromisso assumido pelo Portal Vermelho há 11 anos. Na passagem do aniversário de um ano da Rádio Vermelho, José Reinaldo Carvalho explica qual o significa desse compromisso e o porquê de se defender a democratização da comunicação no país. 

Joanne Mota da Rádio Vermelho em São Paulo



José Reinaldo, que é editor do Vermelho, lembra que “essa mídia corporativa tem por norma mentir, enganar, produzir o engodo, isso tudo com um único objetivo confundir a população. E nosso objetivo é combater o engodo produzido pela chamada velha mídia”. 

Entendemos que o Portal Vermelho e todos os seus componentes, entre eles a Rádio Vermelho, é uma trincheira da luta de ideias, e na luta de ideias nós nos confrontamos a cada momento com o que denomino de usina de mentiras, que é a mídia corporativa, monopolista e que está a serviço do imperialismo.

E cita como exemplo o papel da mídia como um combustível para os conflitos internacionais. “A mídia, hoje, é o principal veículo para fabricar um ambiente favorável às guerras de agressão do imperialismo contra os povos. Nesse sentido, o Portal Vermelho busca, diariamente, desconstruir o que é colocado por esta mídia, fomentando o debate e aprofundando questões que não são tratadas a contento pela mídia hegemônica”, externou o Reinaldo, que também é secretário Nacional de Comunicação do PCdoB.

Vermelho apoia o PlipCom

Sobre o processo de coleta de assinatura para o Projeto de Iniciativa Popular para uma Comunicação Democrática (PlipCom), o editor do Vermelho ressaltou que está em curso uma ação muito significativa. Segundo ele, é estarrecedor perceber que a Constituição Federal completou 25 anos e ainda tem muitos de seus artigos não regulamentados. “Isso depõe contra a democracia brasileira”, opina o dirigente.

E destaca: “O conjunto dos poderes da República não tem revelado preocupação com esse assunto ao longo destes 25 anos. E tem mais, a democracia nunca será autêntica enquanto os meios de comunicação estiverem a serviço de um segmento da sociedade, que nada mais faz do que tolher o direito à informação da sociedade”.

Segundo o dirigente comunista, “o povo precisa ter o direito e informar e ser informado garantido. De modo que o projeto defendido pela Campanha “Para Expressar a Liberdade” está no caminho certo, o Portal Vermelho apoia essa luta e estará sempre pronto para ajudar na divulgação dos avanços dessa frente”.

Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho:

Programa Destaques do Vermelho 


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Por mais ciclovias e respeito ao ciclista em Itabuna


É hoje o Forró de Cabo a Rabo, o Forró dos Bancários!


ONU: Mais de 1 mi precisam de ajuda humanitária no Sudão

Agência EFE

A ONU (Organização das Nações Unidas) revelou na semana passada que, mesmo com ajuda internacional, mais de um milhão de pessoas da região de Darfur, no Sudão, ainda precisam de ajuda humanitária.



Já são mais de dez anos de operações contra a fome e pobreza no local que não surtiram o efeito esperado. A subsecretária-geral para assuntos humanitários da entidade, Valerie Amos, afirma que a comunidade internacional deve se esforçar mais para garantir que as pessoas da região de Darfur, no Sudão, possam se tornar mais autossuficientes.

“Estou desapontada, que mesmo com as diversas operações, não conseguimos autossuficiência”, afirma Amos.

Segundo informações oficiais da ONU, Darfur passa por grave crise econômica e social há uma década e o número de pessoas afetadas tem crescido durante esse período. De acordo com o OCHA (Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários), existem atualmente 1,4 milhão de pessoas que recebem assistência humanitária em cerca de 100 campos para pessoas deslocados em Darfur.

A ONU acredita que a melhor solução para a problemática no país africano é construir pontes mais fortes "entre o trabalho humanitário e o trabalho de desenvolvimento". No entanto, afirma Amos, isso se tornou cada vez mais difícil, pois "muitas ONGs estão enfrentando uma séria escassez de financiamento e não têm os recursos necessários para atender às crescentes necessidades humanitárias", analisa.

Em abril, a Conferência de Doadores para Darfur em Doha levantou 3,6 bilhões de dólares, incluindo um compromisso de 2,6 bilhões de dólares do governo do Sudão.

Em sua declaração, Amos saudou os compromissos, mas ressaltou que o Sudão também passa por uma crise de financiamento. Estima-se que 7,2 bilhões de dólares sejam necessários para um esforço de seis anos, apoiado pela ONU, para fazer com que Darfur consiga ser autossustentável através do investimento na infraestrutura do país.

A ONU critica os movimentos rebeldes no Sudão e os considera responsáveis por crimes contra a humanidade em Darfur similares aos que pesam sobre Omar al Bashir, presidente sudanês, que tem ordem de prisão expedida pelo TPI (Tribunal Penal Internacional).

O conflito de Darfur causou mais de 300 mil mortos desde que começou, em 2003, e obrigou 2,7 milhões de pessoas a abandonar suas comunidades de origem, segundo dados oficiais da Nações Unidas.

Fonte: Opera Mundi via Vermelh
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Barão de Itararé anuncia segunda turma do curso de comunicação

Devido à alta procura por vagas para o 1º Curso Nacional de Comunicação, que ocorreu entre 8 e 11 de maio, em São Paulo, o Centro de Estudos Barão de Itararé anuncia a abertura de uma segunda turma para o curso. A atividade acontecerá entre 17 e 20 de julho e as inscrições podem ser feitas aqui.


O 1º Curso Nacional de Comunicação reuniu 127 sindicalistas, estudantes, professores, jornalistas, servidores públicos e ativistas sociais de 16 estados do país. No total, foram mais de 200 inscrições feitas, ultrapassando o limite e ocasionando a abertura de uma nova turma.

Dentre os palestrantes desta primeira edição, marcaram presença os jornalistas Paulo Henrique Amorim, Maria Inês Nassif e Raimundo Pereira. Além deles, nomes como Beto Almeida (TeleSur), Valter Sanches (TVT), o professor Laurindo Leal Filho, João Brant e a deputada federal Luiza Erundina também compuseram a grade.

A programação do curso contou com debates e palestras que contribuíram no sentido de promover a reflexão, o estímulo e a capacitação de comunicadores digitais ligados à mídia alternativa, à comunicação pública e comunitária e ao movimento social, além de discutir temas como a democratização da mídia no país. Algumas mudanças serão promovidas para a nova edição do curso e serão divulgadas em breve.

As vagas são limitadas e para participar os interessados (entidades e/ou indivíduos) devem fazer sua inscrição através do formulário digital. As inscrições se encerram em 30 de junho. Há duas taxas diferenciadas de inscrição: para os participantes que não precisam de hospedagem (neste caso o valor é de R$ 300,00 e inclui refeição), e para os participantes que precisam de hospedagem (neste caso o valor é de R$ 800,00 para hospedagem em quarto duplo; três diárias no hotel).

Dados para depósito (obrigatório enviar o comprovante com nome do inscrito para o e-mail contato@baraodeitarare.org.br ou para o fax 30541848)

Banco do Brasil - Agência 4300-1- Conta Corrente: 50142-5

Franklin Martins assina projeto de Lei da Mídia Democrática

franklin martinsO jornalista e ex-ministro da Comunicação Social dos governos Lula, Franklin Martins, assinou no último sábado (25) o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, durante o evento Conexões Globais, realizado em Porto Alegre. O jornalista participou do debate “Comunicação e poder na era da internet”, onde destacou que o avanço sobre a regulamentação do setor das comunicações é inevitável e que ele deve ser realizado de forma aberta e transparente. 

O processo de transformação econômica e tecnológica coloca a discussão da regulamentação das Comunicações na agenda do país, disse, ao mesmo tempo em que questionou como será feita a condução do debate – que, para ele, não pode não pode ser feito em “salas fechadas”.

“Eu proponho que seja através de um debate aberto público, transparente, que culmine com a votação no Congresso nacional, que é onde se resolvem os problemas do país. Sinceramente, hoje estamos avançando, e essa discussão está na agenda do país, não sairá mais. Agora o que vai sair vai depender da disputa, da mobilização, do debate”, disse, destacando o projeto de Lei da Mídia Democrática, que, em sua opinião, conseguirá reunir as assinaturas necessárias para ingressar como um projeto popular no Congresso Nacional.

Martins destacou que o uso de bens públicos na forma de concessão obriga o governo a estabelecer marcos regulatórios, e que, no Brasil, somente o setor das Comunicações não possui a regulamentação. “Estamos vivendo um processo de convergência de mídia, e, se não tiver uma pactuação para resolver os problemas pendentes, não conseguiremos avançar”, afirmou, lembrando também da necessidade da aprovação do Marco Civil da Internet. Ao final do mandato de Lula, o então ministro da Secretaria de Comunicação, deixou em seu ministério um projeto de marco regulatório que não foi encaminhado pelo governo da presidente Dilma Rousseff. 

“Nada que diga respeito à Comunicação Social, na Constituição, foi regulamentado, salvo um artigo, aquele que permitiu que 30% do capital das empresas fossem de propriedade de capital estrangeiro para atender a um pleito da Rede Globo e da Abril que, em 2002, estavam com a corda no pescoço. Para se atender a isso, foi regulamentado, o resto não foi”, disse, destacando alguns artigos que não tem regulação, como os que tratam da garantia da produção regional e independente nos meios de comunicação. 

Em entrevista coletiva realizada antes do debate, o ex-ministro elogiou o Projeto de Iniciativa Popular: “É um bom projeto, maduro, centrado na regulamentação do que está na constituição, olha para o futuro, coloca os temas principais e é uma ótima base para discussão”, defendeu. Ele destacou ainda a importância que o texto dá para a pluralidade e a luta contra a concentração da propriedade.

Assinaturas

O projeto de Lei da Mídia Democrática foi divulgado no Conexões Globais entre os dias de 23 e 25 de maio, quando também foram coletadas assinaturas da Secretária de Comunicação e Inclusão Digital do Rio Grande do Sul, Vera Spolidoro, do Secretário Adjunto de Cultura também do Rio Grande do Sul, Jéferson Assumção, e dos ativistas digitais Ju Pagul, Marcelo Branco e Beá Tibiriçá, Uirá Porã, entre outras.

Conheça o projeto de Lei da Mídia Democrática e participe! www.paraexpressaraliberdade.org.br

Fonte: Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação


Fonte: Portal CTB

Planos de saúde terão que oferecer medicamentos para tratamento do câncer

A partir de janeiro de 2014, planos de saúde que atuam no país terão que ofertar 36 medicamentos orais indicados em terapias contra o câncer, usados por pacientes em tratamento domiciliar. A mudança faz parte da ampliação do rol de procedimentos obrigatórios a serem ofertados pelas operadoras.

A medida foi anunciada ontem, terça-feira (28) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde. De acordo com o diretor-presidente da ANS, André Longo, esses serviços passam a vigorar após consulta pública e aprovação da resolução normativa.

Segundo o dirigente, a consulta pública não vai alterar a decisão de oferecer os medicamentos orais, podendo servir para ampliar a lista divulgada hoje. "Nossa expectativa é de ampla participação da sociedade. No último rol, realizado de dois em dois anos, a ANS conseguiu mais de 6 mil contribuições", informou. O anúncio teve a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Os remédios têm 54 indicações contra o câncer, entre esses os de próstata, mama, pulmão, rim, estômago e pele, câncer colorretal, leucemia e linfoma. Os medicamentos servem de alternativa ou de complemento a outros tratamentos, como a quimioterapia tradicional e a radioterapia.

Pelo rol atual, os planos de saúde só são obrigados a conceder o tratamento oral contra o câncer em locais de serviço de saúde (hospitais e salas de quimioterapia). De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a inclusão de novas tecnologias e medicamentos no rol de procedimentos dos planos de saúde não deve provocar reajuste para o consumidor.

"Esse não é o principal fator que eleva o preço do plano de saúde. Novos procedimentos não são o principal fator de elevação de preços. Isso não pode ser justificativa para não darmos aos usuários direito ao melhor tratamento que possam ter"

Segundo explica André Longo, a partir de agora, cada plano deverá estabelecer sua lógica de distribuição dos remédios - distribuição direta; definição de convênios com farmácias privadas; ou criação de mecanismos de reembolso aos pacientes.

Ainda de acordo com as novas regras, a operadora não poderá limitar a quantidade de medicamentos usada pelo paciente. Ele terá direito ao volume prescrito pelo médico, enquanto durar o tratamento.

Outras mudanças do novo rol incluem o aumento do número de consultas com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas. Já o exame PET (sigla em inglês para Tomografia por Emissão de Pósitrons, em tradução livre) Scan, empregado para o monitoramento do câncer, teve uso estendido de três para oito indicações.

A lista inclui um total de 80 procedimentos médicos e odontológicos entre medicamentos, exames, cirurgias e terapias, e expande as indicações de outros 30 itens já ofertados pelas operadoras.

O Rol de Procedimentos e Eventos de Saúde é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei 9.656/98 e está disponível para consulta pública no site da ANS. Podem contribuir a sociedade civil, médicos e especialistas no período de 7 de junho a 7 de julho.

A atualização da lista é feita a cada dois anos, na tentativa de garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças por meio de técnicas que possibilitem o melhor resultado, seguindo critérios de segurança e eficiência.

Fonte: Agência Brasil via Contraf