sábado, 7 de setembro de 2013

Centrais e sindicatos protestam contra o PL 4330 no 7 de setembro em Itabuna


Sob forte chuva, as centrais sindicais Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical e sindicatos filiados realizaram protestos contra o Projeto de Lei da Terceirização, o PL 4330 neste 7 de setembro em Itabuna no desfile do Grito dos Excluídos 2013.
Concentrados na Praça Adami, os manifestantes fizeram um arrastão na principal avenida onde aconteceu o desfile distribuindo nota das centrais condenando o PL 4330, exigindo o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim da privatização da rodovia da BR 101 e a cobrança de pedágios além de divulgar a campanha “Para expressar a liberdade” em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Democratização da Comunicação.
Com o tema “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”, o 19º Grito dos Excluídos, organizado pelos movimentos sociais e as pastorais da Igreja Católica chamou a atenção da socieddade para os problemas que enfrentam os jovens brasileiros, principalmente os que vivem nas periferias.
Veja a nota das centrais para o 19º Grito dos Excluídos em Itabuna:
O que querem os trabalhadores:
Rejeição ao Projeto de Lei 4330
Facilita a contratação de trabalhadores através de empresas terceirizadas que terá como consequência a precarização das condições de trabalho, a desvalorização dos salários e a redução de vagas nos concursos públicos;

> Fim do Fator Previdenciário
Cálculo instituído pelo governo FHC que reduz o valor  dos benefícios e pensões pagos pela Previdência Social

Redução da Jornada de Trabalho -  diminuição da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salários, o que combinado com a política de limitação de horas extras pode gerar milhares de empregos;

 >  Democratização dos Meios de Comunicação 
Assine o abaixo-assinado em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Democratização da Comunicação. Procure o sindicato de sua categoria;

Fim dos Pedágios
O governo pretende privatizar todas as rodovias viáveis à cobrança do pedágio e já marcou o leilão de privatização da BR 101 para o dia 23 de outubro de 2013.

Em pronunciamento, Dilma reafirma "pactos" para o País avançar

A presidenta da República, Dilma Roussseff, fez na noite desta sexta-feira (6) um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV por ocasião do 191º aniversário da independência nacional, que transcorre neste 7 de setemro.


A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias. Neste ano, a presidenta se referiu aos pactos que propôs à nação durante as manifestações juvenis e populares de junho e julho últimos. 

Já na abertura do seu pronunciamento, Dilma vinculou as celebrações do aniversário da independência com a luta por mudanças em que seu governo se encontra empenhado: “Hoje, nosso Grito do Ipiranga é o grito para acelerar o ciclo de mudanças que, nos últimos anos, tem feito o Brasil avançar”.

A presidenta reafirmou a luta de seu governo para enfrentar os desafios da crise mundial do capitalismo. “Apesar da delicada conjuntura internacional, nossa economia continua firme e superando desafios. Acabamos de dar uma prova contundente. No segundo trimestre fomos uma das economias que mais cresceu no mundo (...) Falharam mais uma vez os que apostavam em aumento do desemprego, inflação alta e crescimento negativo. Nosso tripé de sustentação continua sendo a garantia do emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento”.

Dilma citou o crescimento continuado do emprego como exemplo do cenário positivo. “O emprego continua crescendo. Já geramos 900 mil vagas este ano e mais de 4 milhões e 500 mil desde o início do meu governo”.

Um dos problemas mais delicados da conjuntura econômica são as “oscilações bruscas do dólar”. Segundo a presidenta, essas oscilações decorrem de alterações da política monetária americana, que afetam todos os países, “exigindo cuidados”. Otimista, a mandatária acha que há sinais de que “o pior já passou”. 

Dilma se referiu à insatisfação de amplas camadas da população que se expressou nas manifestações de junho e julho últimos. “Eu sei tanto quanto vocês que ainda há muito a ser feito. O governo deve ter humildade e autocrítica para admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer, e a população tem todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças”, afirmou, mesmo fazendo a ressalva de que “não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante”, pois, “o Brasil avançou como nunca nos últimos anos”.

Reconhecendo que o Brasil ainda é um país “com serviços públicos de baixa qualidade”, Dilma voltou a fazer um chamado pela união em torno dos “cinco pactos”, que propôs em resposta às reivindicações manifestadas nas ruas, “para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte, e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”.

Dilma considera que já há resultados a comemorar. “O Pacto da Educação” – disse - “já garantiu 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação”. E comemorou: “Esse será um dos maiores legados do nosso governo a gerações presentes e futuras, e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.


De acordo com a presidenta, há progressos também na realização dos pactos do transporte público, da reforma política e combate à corrupção. Para ela, deu-se “um bom passo” com a proposta de decreto legislativo para a realização do plebiscito. 

Dilma deteve-se no pacto da saúde e no programa Mais Médicos, que em sua opinião “está se tornando realidade”, e cujos resultados serão sentidos pela população pobre que mora na periferia das grandes cidades, nos pequenos municípios e nas zonas mais remotas do país.

Dilma enfrentou os argumentos falsos em torno do programa Mais Médicos. “O Brasil tem feito e precisa fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos, porém a falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila, reduzida nos hospitais, apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde.
A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde”, asseverou, insistindo em que “o país ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.

Considerando que o país vive um “momento que exige coragem e decisão em todos os sentidos”, a mandatária enfrentou em seu pronunciamento outra questão sensível e polêmica – as parcerias com o capital privado para alavancar a produção de petróleo e obras de infraestrutura. “Ainda este mês, vamos fazer novos leilões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. Esses leilões vão injetar bilhões e bilhões na economia, gerando centenas de milhares de empregos. Vamos também leiloar, em outubro, um imenso campo de petróleo do pré-sal, o Campo de Libra. Para vocês terem uma ideia, ao longo dos últimos cem anos de exploração do petróleo no Brasil, acumulamos, de reservas, 15 bilhões de barris equivalentes de petróleo. Vejam vocês, só o Campo de Libra tem um potencial de reserva entre 8 a 12 bilhões de barris equivalentes de petróleo. Para sua exploração será exigida grande mobilização de recursos, como, por exemplo, a construção de 15 a 17 plataformas. Assim, vamos estimular toda a cadeia produtiva e gerar milhares e milhares de empregos”.

Dilma vinculou os êxitos na exploração petrolífera a ganhos na área social. “Os royalties das áreas já em exploração e daquelas descobertas neste e em outros campos vão gerar recursos gigantescos para a educação. Mais creches, alfabetização na idade certa, escolas em tempo integral, ensino médio profissionalizante, mais vagas em universidades, mais pesquisa e inovação, e professores mais preparados e bem remunerados, tudo isso requer mais investimentos e recursos. Devemos transformar a riqueza finita do petróleo em uma conquista perene da nossa sociedade. A educação é a grande estrada da transformação, a rota mais ampla e segura para o Brasil seguir avançando e assegurando oportunidades para todos, o verdadeiro caminho da independência”, concluiu.

Da redação do Vermelho

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Chile: 214 estudantes são presos durante manifestação

Pelo menos 214 jovens foram presos durante os protestos realizados no Chile ontem, quinta-feira (05) para exigir mudanças no modelo educacional do país que tem bases na época da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). A manifestação foi convocada pelos principais grupos de estudantes universitários e do ensino médio e do Colégio de Professores. Vídeo publicado no canal YouTube mostra a repressão policial aos estudantes.


Estudantes protestam no Chile contra "legado de Pinochet"/ Foto: EFE

Cerca de 80 mil estudantes, segundo a polícia, participaram da Marcha Nacional pela Educação em Santiago do Chile pedindo o fim do sistema de educação neoliberal e uma educação pública, gratuita e universal.

Gritando “Vai cair a educação de Pinochet” e segurando cartazes com frases como “nos 40 anos do golpe, o golpe quem dá somos nós”, os manifestantes saíram da Praça Itália e caminharam pelas ruas da cidade. Perto da estação Mapocho ocorreram confrontos com a polícia.

Durante os confrontos, alguns estudantes seguravam livros de Allende e os exibiam para os policiais. Outras cidades do Chile, como Valparaíso e Concepción, também tiveram manifestações.

Pelo menos 214 pessoas foram presas e 34 policiais ficaram feridos durante os incidentes ocorridos no final do protesto.

Veja as cenas da repressão policial desta quinta-feira (5):



Vermelho - com agências

Movimentos organizados integram Grito dos Excluídos no país

Não há como prever, mas se depender da mobilização nas redes sociais a 19ª edição do Grito dos Excluídos, que ocorre tradicionalmente desde 1995 em 7 de Setembro, levará milhares às ruas. A data promete reviver o mês junho, quando diversos protestos mobilizaram multidões. O tema deste ano do Grito traduz o sentimento dos movimentos: "Juventude que ousa a lutar Constrói Projeto Popular". Participam organizações como União da Juventude Socialista (UJS) e Levante Popular da Juventude.


Neste Dia da Independência, a partir das 9 horas, diversas cidades do país estarão mobilizadas para chamar a atenção para os problemas que enfrentam os jovens brasileiros, principalmente os que vivem nas periferias, e bandeiras como a da reforma política democrática.

Em São Paulo, o Grito começa com uma missa na Catedral da Sé, às 8 horas. Depois, por volta das 9 horas, começa a concentração em frente à catedral para a mobilização de rua. Os manifestantes seguirão em marcha até o Parque da Independência, no Ipiranga, local onde D. Pedro I declarou a independência do Brasil, em 1822. No local, haverá um contraponto em frente ao monumento da indepedência.

Em Brasília, a concentração será às 12 horas na Esplanada dos Ministérios.A UJS participa do ato juntamente com outros movimentos organizados.

Também haverá mobilização em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Recife (PE), Campinas (SP), Curitiba (PR) e Manaus (AM) onde ocorre uma vigília desde às 18h desta sexta-feira (6), em frente ao Tribunal de Justiça, no Aleixo, Zona Centro-Sul. A concentração da caminhada na capital amazonense será às 13h, em frente ao Shopping Grande Circular, na Zona Leste da cidade.

De acordo com Edney Mendonça, representante da Arquidiocese de Manaus no evento, a programação do primeiro dia do evento será um momento de reflexão com a comunidade. Segundo ele, a vigília terá duração de duas horas. "Serão discutidas questões como a morosidade da justiça, a influência do poder judiciário na vida das pessoas e a corrupção”, disse.

CTB
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Regional Sul da Bahia e sindicatos filiados participam do 19º Grito em Itabuna, Bahia. Durante a marcha, a CTB distribuirá uma nota chamando atenção da sociedade para a pauta dos trabalhadores que está emperrada no Congresso Nacional, como a rejeição ao Projeto de Lei 4330, que pretende regulamentar a terceirização (abaixo a nota da CTB). 

Ainda no estado baiano, a CTB, juntamente com o PCdoB, participa do Grito dos Excluídos na capital soteropolitana para engrossar o calda da massa que clama por mudanças e melhorias sociais. Entre as bandeiras dos trabalhadores, está a da solidariedade ao povo sírio que sofre a ameaça de uma guerra imperialista, além do repúdio à espionagem dos Estados Unidos. Durante o ato, será queimado um boneco do presidente americano, Barack Obama. pela reforma política democrática. A concentração está marcada para as 9h, na avenida Leovigildo Filgueiras, Garcia, esquina do Teatro Castro Alves.

Outra bandeira levantada pela central é a da democratização da mídia e por isso colocará uma banca na praça da Piedade para coletar assinaturas em favor da aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) pela democratização da comunicação no país. Participam da ação os comitês Municipal e Estadual do Partido Comunista e a Assufba Sindicato.

O que é o Grito dos Excluídos?

Organizado pela Pastoral Social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem apoio de movimentos sociais como o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de organizações comprometidas com a causa dos excluídos. Constitui-se numa mobilização com três sentidos: Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
 
Nota da CTB-BA: Juventude que Ousa Lutar Constrói Projeto Popular - Grito dos Excluídos 2013

O que querem os trabalhadores:

> Rejeição ao Projeto de Lei 4330

Facilita a contratação de trabalhadores através de empresas terceirizadas que terá como consequência a precarização das condições de trabalho, a desvalorização dos salários e a redução de vagas nos concursos públicos;

> Fim do Fator Previdenciário

Cálculo instituído pelo governo FHC que reduz o valor dos benefícios e pensões pagos pela Previdência Social

> Redução da Jornada de Trabalho

Diminuição da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salários, o que combinado com a política de limitação de horas extras pode gerar milhares de empregos;

> Democratização dos Meios de Comunicação

Assine o abaixo-assinado em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Democratização da Comunicação. Procure o sindicato de sua categoria;

> Fim dos Pedágios

O governo pretende privatizar todas as rodovias viáveis à cobrança do pedágio e já marcou o leilão de privatização da BR 101 para o dia 23 de outubro de 2013.
 

Da redação do Vermelho com agências

(foto: protesto contra aumento ônibus em 11/6, de daniel almeida-Agência Estado)

Dilma lidera intenções de voto; adversários perdem força

A presidenta Dilma Rousseff lidera com folga todas as simulações feitas pelo Vox Populi para as eleições de 2014, divulgadas nesta sexta (6) pela revista Carta Capital. No cenário que se mostra como mais provável atualmente, Dilma tem 38% das intenções de voto, o dobro de Marina Silva (Rede), com 19%, seguida pelo senador Aécio Neves (PSDB), que chega a 13%, e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 4%.


Neste quadro, votos brancos e nulos chegariam a 15%, e não souberam responder outros 11%. Se computados apenas os votos válidos, Dilma venceria no primeiro turno.

A base de comparação com levantamentos anteriores ficou prejudicada porque foram realizados antes de junho. Para o Vox Populi, a referência mais fiel são as pesquisas do Datafolha e do Ibope promovidas já após a onda de protestos. Em relação a elas, Dilma tem se recuperado, ao passo que os adversários perdem força.

Quando se tira Aécio Neves da disputa, chega-se à conclusão de que o ex-governador tucano de São Paulo, José Serra, ainda é o nome do PSDB que obtém o melhor desempenho inicial. Ele alcança 18%, e fica empatado com Marina Silva no segundo lugar. Já Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), teria 11% em um outro cenário, no qual empataria com o senador tucano de Minas Gerais, seis pontos atrás de Marina e com 25 pontos a menos que Dilma.

Com Serra fora do PSDB, a presidenta alcança 36% das intenções de voto, seguida por Marina, com 16%, e pelo ex-governador, com 15%. Aécio ficaria novamente com 11%, e Eduardo Campos teria 3%.

Quando se trata da pesquisa espontânea, em que não são apresentados os nomes dos candidatos, 47% afirmam ainda não saber em quem votar. Dilma tem 17% das intenções, seguida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, com 12%. Aécio Neves e José Serra alcançam 3% cada, seguidos por Marina Silva, com 2%.

A sondagem mostrou que 5% dos entrevistados consideram o trabalho de Dilma ótimo. 30% acham que a presidenta faz um bom trabalho, frente a 29% de “regular positivo”, 14% de “regular negativo”, 12% de ruim e 10% de péssimo.

Por região, o Nordeste mantém a melhor avaliação de Dilma, com 45% de aprovação e 40% de avaliação regular. O Sudeste, com 27% de visão positiva, segue como região mais complicada. No Centro-oeste e no Norte, Dilma é aprovada diretamente por 37% dos entrevistados e, no Sul, por 38%.

Por outro lado, 47% dizem não confiar na atual presidenta, nível alcançado também por Aécio Neves. 43% afirmam o mesmo em relação a Eduardo Campos. O nível mais baixo de confiança é o de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, com 64%, acompanhado pelo vice-presidente da República, com 58%, pelo tucano José Serra, com 55%, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, com 55%.

O Vox Populi ouviu 2,2 mil pessoas entre 31 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.


Informações da Rede Brasil Atual via Vermelho

O 7 de setembro é data para reafirmar nossa soberania, diz Renato

As ações do imperialismo têm sido pauta nos últimos dias, caso exemplar é o da violação dos direitos internacionais. Essa agressão chegou até o governo brasileiro, com espionagens dos Estados Unidos à comunicação da presidenta Dilma Rousseff com seus assessores. Outro importante episódio, é a ameaça de ataque que os EUA faz à Síria. Diante disso, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo faz importante ponderação no programa Palavra do Presidente. 
Eliz Brandão para a Rádio Vermelho


Para o dirigente comunista, estes assuntos são importantes a propósito das comemorações da independência do Brasil, o 7 de setembro. “Acredito que seja uma questão importante, principalmente nesta época de comemoração da nossa independência. Nós vivemos em um mundo que é instável e muito perigoso e é isso que nosso Partido tem dito, porque por parte do imperialismo, sobretudo das grandes potencias capitalistas, nós vivemos uma realidade que para os Estados Unidos não existe, o direito internacional, a carta das Nações Unidas não são levados em conta, mesmo as decisões do conselho de segurança da ONU também não são levadas em conta. Os Estados Unidos agem por conta própria. Como se fossem a polícia do mundo”, disse Renato Rabelo.

Ainda sobre a atitude dos Estados Unidos de agressão à Síria, para o presidente do PCdoB, a ameaça não se explica, mas “eles ainda tentam fabricar os motivos que justifiquem a guerra, por que no fundo eles defendem os seus próprios interesses. Nós sabermos que o Oriente Médio é uma região estratégica e a Síria é um ponto respeitável, eles não podem deixar que os sírios resolvam seus próprios problemas”. 

Segundo Renato, é certo que os Estados Unidos vinham armando os mercenários na Síria para criarem este conflito, resultando nesta ‘necessidade’ de ação norte-americana. Para ele, a atitude imperialista “é cada vez mais agressiva, expansionista, e de beligerância”. Segundo o presidente comunista, é claro que os investimentos de guerra, o aparato de guerra e a indústria de guerra norte-americana devem pressionar também o governo para que haja uma guerra.

Espionagem


Sobre os casos de espionagem dos Estados Unidos ao governo do Brasil, Renato acredita que atinja duramente a soberania nacional. “Isso é um absurdo, temos que ter uma atitude dura nesta questão, não podemos nos submeter a isso, nós temos que repudiar essa atitude com veemência. Isso é inadmissível”, ressaltou.

Para ele, o governo brasileiro deve agir com medidas mais duras, pois até agora não houve um pedido formal de desculpas por parte do governo norte-americano. “Na verdade eles estão se justificando. É uma desconsideração com o nosso povo. O 7 de setembro deve ser aproveitado para reafirmar nossa soberania. Devemos também levantar bem alto a bandeira da democratização do país, as manifestações de junho expressaram também este desejo”.

Democratização da mídia e financiamento de campanha
De acordo com Renato, dois temas são fundamentais e estão na ordem do dia, um é a democratização da mídia, pois a mídia monopolista, segundo ele, faz parte de um poder que está na mão de grupos conservadores, aliás, os grupos conservadores que fazem oposição permanente ao governo da presidenta Dilma, partem de uma posição política preestabelecida. De uma posição política de defesa de interesses de forças retrógradas no país.

Para o presidente do PCdoB, outro fato importante é a crise de representatividade que estamos vivendo no Brasil. Para melhorar esta questão, profere Renato, “é necessário haver um aperfeiçoamento e até mudanças nestas estruturas que definem as leis vigentes no país, a forma de você eleger os parlamentares, eleger os governadores e até mesmo o presidente da república, o problema chave é o financiamento de campanha”. 

Renato explica que o processo de campanha hoje obedece a um tipo de financiamento que depende das empresas, e as grandes empresas financiam as campanhas. “As forças que têm mais acesso a esse tipo de financiamento, na maioria das vezes, são quem ganha”. Para o dirigente, dessa forma, a campanha fica desigual, pois quem tem o poder econômico tem papel decisivo nas eleições. Para ele, devemos lutar para que prevaleça o bem do povo, que é a proximidade e a representatividade do seu candidato, que ele possa representar o povo que o elegeu, esclarece. “Uma realidade mais próxima do poder não pode ter interferência do poder econômico. Nós defendemos há muito tempo uma reforma política que trate este tema”, comenta Renato.

Ouça a íntegra do Programa Palavra do Presidente:


 

Ipea: Estatuto do Desarmamento reduziu taxa de homicídios


 

Dez anos depois de virar lei, o Estatuto do Desarmamento provocou queda de 12,6% na taxa de homicídios do país, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os resultados do estatuto foram debatidos ontem, quinta-feira (5) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. A redução de mortes violentas, no entanto, foi questionada pelo presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa.

De acordo com o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira, há uma “relação de causalidade” entre a redução do número de armas com a queda dos homicídios. “Onde se tem uma maior difusão de armas de fogo aumenta a taxa de homicídios em 1% ou 2%”, disse.

Pelo estudo do Ipea, frisou Cerqueira, não há como relacionar, contudo, a redução dos crimes contra o patrimônio com o aumento do número de armas de fogo pelos cidadãos. “Ou seja, é uma lenda aquela história de que o pai de família armado vai dissuadir o criminoso de perpetrar os seus crimes. Isso, do ponto de vista empírico, não acontece no Brasil”.

O presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa, disse que a política de desarmamento é mais “ideológica do que técnica”. Ele questionou o estudo do Ipea e afirmou não ser possível estabelecer uma relação entre o número de armas de fogo e os índices de homicídios. “Arma não comete crime. Quem comete crime é o ser humano”, disse.

“A história de que a arma roubada do cidadão vai parar na mão do criminoso é uma prova disso. Se tenho um celular roubado, e ele vai para dentro de uma penitenciária, e ele é usado para um sequestro, a culpa é minha? Precisamos definir quem é vítima de verdade”, argumentou Barbosa.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Aprovada ampliação de doenças incapacitantes para o trabalho

 
A Comissão de Trabalho da Câmara aprovou, esta semana, proposta que aumenta a lista de doenças incapacitantes, que dão direito à aposentadoria por invalidez. “A proposta se baseia em pesquisas efetuadas em unidades de juntas médicas e em consultas a especialistas que atestam tratar-se de doenças que comprometem seriamente a capacidade laboral”, sustenta o relator na comissão, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE).

O texto inclui hepatologia grave; doença pulmonar crônica com insuficiência respiratória; amputação de membros inferiores ou superiores; miastenia (perturbação da junção neuromuscular) grave; acuidade visual, igual ou inferior a 0,20 em um ou nos dois olhos, quando ambos forem comprometidos; e esclerose sistêmica.

“Como cabe a essa comissão analisar apenas o mérito, votamos pela aprovação”, reiterou Lopes, chamando atenção para um possível vício de iniciativa em relação à parte que trata dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa deveria ser do Poder Executivo e não do Legislativo.

Pelo projeto, ficam isentos do Imposto de Renda os valores do benefício recebido a título de aposentadoria ou pensão por doença incapacitante de caráter permanente. A isenção aplica-se também a planos de previdência complementar e seguro de vida.

Ainda segundo a proposta, havendo sequelas físicas ou psicológicas, o segurado continuará recebendo o benefício mesmo após tratamento que afaste os sintomas da doença.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será ainda analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça (CCJ)

Situação atual


Atualmente, duas leis definem as doenças graves, contagiosas ou incuráveis que dão direito à aposentadoria: a 8.112/90, que se refere aos funcionários públicos, e a 8.213/91, que regulamenta os planos da Previdência Social para o setor privado.

A lei 8.112/90 relaciona como incapacitantes as seguintes doenças: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante (lesão entre as vértebras da coluna), nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante) e Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids).

A lei que regula o setor privado traz praticamente as mesmas doenças. Exclui apenas tuberculose ativa e hanseníase, mas inclui contaminação por radiação.

Da Redação do Vermelho em Brasília - com Agência Câmara

Ataque militar à Síria causaria danos irreparáveis


O Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano aprovou na quarta-feira (4), com uma votação de 10 a favor e sete contra, uma resolução que apoia a estratégia da Casa Branca contra a Síria e exige que não sejam utilizadas forças terrestres na operação.

Os legisladores tentam dar uma imagem de que a ação terá caráter "cirúrgico" e que só estará voltada para debilitar a capacidade de as Forças Armadas sírias empregarem substâncias tóxicas, mas uma ação desse tipo teria consequências devastadoras.

Um ataque com mísseis de cruzeiro contra objetivos militares sírios favoreceria pouco os bandos armados que tentam derrocar pela força o governo de Damasco, assegura um artigo do diário Stars and Stripes, especializado em temas militares.

É por isso que o senador John McCain e outros congressistas exigem uma estratégia mais ampla, porque temem que os golpes limitados propostos por Obama não sejam suficientes, situação que torna mais perigosa uma eventual operação bélica contra a Síria.

Neste sentido, vale recordar alguns exemplos que demonstram que em períodos relativamente breves, uma operação militar pode ocasionar danos irreparáveis ao país agredido e, em particular, prejuízos incalculáveis à população civil, no caso da Síria já afetada pelo prolongado conflito armado.

Em 19 de março de 2011 uma coalizão multinacional liderada pelos Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sob a Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, iniciou uma intervenção militar na Líbia.

A operação começou quando forças navais britânicas e norte-americanas lançaram mais de uma centena de mísseis de cruzeiro, golpes que foram seguidos por ações sucessivas da aviação tática de tais países e de outros, como Canadá e França.

O estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre o território líbio, assim como um bloqueio naval, permitiu a atuação quase impune dos meios aéreos ocidentais contra objetivos líbios.

Apenas umas semanas depois de iniciadas as operações, uma parte considerável da infraestrutura econômica do país estava totalmente destruída e a nação se encontrava em um estado de caos do qual ainda não se recuperou.

Outro caso foi o ataque de Israel contra a Faixa de Gaza, entre 27 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro de 2009, onde as forças sionistas utilizaram armamento convencional de todo tipo, incluindo aviões e helicópteros de ataque.

Em apenas 22 dias a agressão provocou a morte de cerca de 1.500 civis palestinos e 3.200 feridos, assim como a destruição de mais de 75% das habitações dos residentes locais.

Para realizar o ataque contra a Síria, Washington mantém na região forças consideráveis, capazes de iniciar a operação bélica.

Nos últimos dias, a Armada estadunidense reforçou sua presença no Golfo Pérsico com unidades capazes de portar várias centenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk, que segundo meios de imprensa seriam os primeiros a atingir objetivos sírios.

Ademais, o Pentágono empregaria a aviação que mantém em suas bases e porta-aviões na região, e os bombardeiros que podem chegar diretamente à região a partir de suas instalações no território continental dos Estados Unidos.

Contudo, o governo de Damasco reiterou a disposição de suas Forças Armadas a resistir a qualquer agressão promovida por Washington e seus aliados com o pretexto do suposto emprego de armas químicas por parte das autoridades sírias.

O presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, reconheceu recentemente que seria muito difícil neutralizar os sistemas de defesa antiaérea sírios, diferentemente do que sucedeu na Líbia em 2011.

Dempsey, o militar norte-americano de mais alta patente, agregou que as forças do governo de Damasco possuem cinco vezes mais meios desse tipo e são muito mais eficazes do que os líbios.

Prensa Latina via Vermelho

Câmara homenageia 65 anos de luta da UBES pela educação


 
Agência Câmara
A homenagem levou deputados de quase todos
 os partidos a fazerem saudações à entidade estudantil.
“A União Brasileira de Estudantes Secundaristas, nascida há 65 anos, consolidou-se ao longo destas décadas como entidade vital para a defesa da democracia e para a luta por melhores condições para a educação brasileira.” Assim saudou a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) a entidade estudantil que foi homenageada com sessão solene, na tarde de ontem, quinta-feira (5), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A entidade máxima de representação dos estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e pré-vestibular no Brasil completou 65 anos no início do segundo semestre de 2013. A homenagem, requerida pela deputada comunista, levou deputados de quase todos os partidos a fazerem saudações à entidade estudantil, reafirmando o compromisso com a entidade na luta em defesa da melhoria no sistema educacional brasileiro.

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que abriu a sessão, leu os discursos do presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), e da deputada Luciana Santos, que não pôde comparecer à sessão. Em seguida, passou a presidência da sessão à deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

O presidente da Câmara disse, em seu discurso, que a UBES tem sido uma parceira importante para conquista da democracia e da melhoria do sistema educacional. E a luta não é de apenas mais verbas para educação, mas também para melhoria do conteúdo educacional.

Henrique Alves disse também que a Câmara deve estar aberta para a UBES e outras entidades representativas dos estudantes e professores para discutir importantes questões ligadas à educação, que alimentam discussões maiores no âmbito de toda sociedade e são úteis para os debates no Congresso Nacional, que resultam em leis que garantem um sistema educacional melhor.

Ao final dos discursos dos parlamentares, a deputada Jô Moraes disse que abria exceção para garantir a fala da presidenta da UBES, Manuela Braga. A jovem dirigente estudantil agradeceu pela oportunidade de, pela primeira vez, um presidente da entidade falar na tribuna da Casa e tendo como representante máxima uma mulher.

Ela disse que nesses 65 anos de existência, a UBES manteve “a marca da rebeldia consequente, em defesa da educação, da democracia e da soberania do povo brasileiro. E foi protagonista dos principais momentos da vida democrática brasileira”.

Segundo ela, “ainda temos resquícios da ditadura com a violência da polícia que maltrata e mata os jovens, principalmente os jovens negros”, afirmou, condenando a proposta de redução da maioridade penal e outras propostas que prejudicam o desenvolvimento da juventude brasileira.

Protagonistas importantes

A sessão solene marcou a abertura do 14º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UBES e também contou com o ato de lançamento do novo selo dos Correios e do carimbo oficial que prestam homenagem à entidade (Foto ao lado).

O evento reuniu, além dos parlamentares, os ex-presidentes do movimento secundarista que protagonizaram importantes momentos da história do país à frente da UBES, assim como representantes dos movimentos sociais que prestaram suas homenagens.

Em todos os discursos, foram destacadas as principais mobilizações da entidade no país: desde a resistência à ditadura militar, a luta pelo passe estudantil e pela meia-entrada em atividades culturais, esportivas e sociais, até a campanha pelo voto aos 16.

Os oradores, a exemplo da deputada Luciana Santos, lembraram o estudante carioca, Edson Luís, brutalmente assassinado pela ditadura, “mas que se manteve vivo na garra, na força e nos ideais que inspiraram o movimento estudantil no Fora Collor, no combate ao neoliberalismo, na conquista recente dos recursos do petróleo para educação, na construção cotidiana de um pensamento que prioriza a valorização da educação básica como caminho estratégico para o desenvolvimento”, destacou a deputada comunista.

De Brasília - Vermelho  - Márcia Xavier

Banqueiros propõem reajuste pífio de 6,1%

Já era de se esperar. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) manteve a postura desrespeitosa e não deu a mínima para a pauta dos bancários. Muito aquém do reivindicado pela categoria, o reajuste salarial oferecido é de 6,1%. O índice nem repõe a inflação de período, de 6,6%.

De cara, a proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional durante a negociação, nesta quinta-feira (05/09), já que provoca perda salarial. “Não há a menor justificativa para os banqueiros, que vivem um período de extraordinário crescimento da lucratividade, apresentarem uma proposta que sequer contempla aumento real de salários”, afirma o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, presente na rodada.
Os trabalhadores pedem 11,93% de reajuste (5% de aumento real, mais a inflação do período, projetada em 6,6%). Sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) com valor fixo de R$ 5.553,12, a federação foi taxativa e avisou que pretende manter a fórmula nos moldes do ano passado. Pela contraproposta, seria 90% do salário mais uma parcela fixa de R$ 1.633,94, limitado ao valor de R$ 8.927,61. A PLR adicional ficaria em 2% do lucro líquido de 2013, distribuído linearmente.
Para o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes, é um desrespeito apresentar um índice menor do que a inflação. Por isso, os bancários têm de manter a unidade. “Em breve, vamos marcar um assembleia para debater com a categoria a contraproposta vergonhosa da Fenaban”.
Sociais
A Fenaban ainda propôs alguns itens sobre as cláusulas sociais, como os pontos sobre prevenção de conflitos de ambiente de trabalho, com a redução do prazo de 60 para 45 dias para a resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelos sindicatos, além da criação de um Grupo de Trabalho para analisar as causas de afastamentos.
Diante do apresentado, os trabalhadores ampliam as mobilizações nos próximos dias. A categoria lembra aos banqueiros que paciência tem limite e são não houver avanço significativo sobre as reivindicações, a greve será inevitável.
Fonte: O Bancário

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CTB realizou manifestação pela democratização da mídia em Itabuna














CTB e sindicatos participarão do Grito dos Excluídos em Itabuna

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/Regional Sul da Bahia) e sindicatos filiados participam do 19º Grito dos Excluídos neste sábado, 07 de setembro em Itabuna.

Com o tema “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”, os movimentos sociais e as pastorais da Igreja Católica promoverão vários atos em todo o País no dia 7 de setembro, quando se comemora o Dia da Independência, para chamar a atenção para os problemas que enfrentam os jovens brasileiros, principalmente os que vivem nas periferias.

Durante o desfile do Grito dos Excluídos em Itabuna, a CTB distribuirá a nota abaixo chamando atenção da sociedade para a pauta dos trabalhadores que está emperrada no Congresso Nacional e a polêmica instalada em relação ao Projeto de Lei 4330 que versa sobre a terceirização.

Leia a nota da CTB:


Juventude que Ousa Lutar Constrói Projeto Popular

Grito dos Excluídos 2013

O que querem os trabalhadores:

Ø Rejeição ao Projeto de Lei 4330

Facilita a contratação de trabalhadores através de empresas terceirizadas que terá como consequência a precarização das condições de trabalho, a desvalorização dos salários e a redução de vagas nos concursos públicos;

 Ø Fim do Fator Previdenciário

Cálculo instituído pelo governo FHC que reduz o valor  dos benefícios e pensões pagos pela Previdência Social

 
Ø Redução da Jornada de Trabalho -  diminuição da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salários, o que combinado com a política de limitação de horas extras pode gerar milhares de empregos;

 
 Ø Democratização dos Meios de Comunicação

Assine o abaixo-assinado em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Democratização da Comunicação. Procure o sindicato de sua categoria;

 
Ø Fim dos Pedágios

O governo pretende privatizar todas as rodovias viáveis à cobrança do pedágio e já marcou o leilão de privatização da BR 101 para o dia 23 de outubro de 2013.


Bancos vão apresentar proposta dia 5 de setembro

Comando Nacional dos Bancários reforçou: campanha só se resolve com soluções para questões de saúde, condições de trabalho, além das reivindicações econômicas

São Paulo – Foram encerrados os debates sobre remuneração da Campanha 2013. Nas reuniões realizadas nos dias 26 e 27 de agosto, o Comando Nacional dos Bancários reforçou, com uma série de dados, um quadro que tem de mudar: apesar das conquistas da categoria, os empregados dos bancos têm participação cada vez menor no lucro do setor.

A federação dos bancos (Fenaban) informou que levará todas as suas anotações aos diretores das instituições financeiras e apresentará proposta na tarde da quinta-feira dia 5. O Comando cobrou que essa mesa tenha proposta contemplando as reivindicações apresentadas pelos bancários nas três rodadas de negociação realizadas até agora: saúde, condições de trabalho e segurança; emprego e igualdade de oportunidades; remuneração.

> Veja como foram todas as negociações da Campanha

Na mesa de negociação dos dias 26 e 27/08 foram debatidos temas como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), remuneração variável, vales e auxílios.

PLR – Os trabalhadores voltaram a cobrar critérios mais claros para a PLR. A regra atual não dá transparência e os bancários questionam. O pagamento conquistado na Campanha de 2012, nos bancos privados, correspondeu a 90% do salário mais R$ 1.540, limitado a R$ 8.414,34. Após fazer o crédito, se o montante distribuído foi inferior a 5% do total do lucro líquido do banco, o valor individual teve de ser majorado até alcançar 2,2 salários, limitado a R$ 18.511,54, ou até que atinja os 5%.

“Nossa reivindicação (três salários mais R$ 5.553,15) amplia a transparência, a clareza e os trabalhadores podem controlar”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, lembrando que os dados apresentados pelo Comando deixaram claro que, embora o valor recebido pelos bancários cresça, o percentual do lucro distribuído está diminuindo. “Quando a PLR foi criada, em 1995, os bancários ficavam com algo em torno de 12% do lucro. O lucro cresceu ao longo dos últimos anos, mas não se manteve o nível de distribuição aos bancários e isso tem de mudar”, ressalta Juvandia, lembrando que os bancos usam recursos como o provisionamento para devedores duvidosos (PDD), para distribuir menos. “Deixamos claro que queremos distribuir parte maior do lucro para todos.”

> Bancários trabalham mais para remunerar acionistas

Vales – Os bancários reforçaram a reivindicação de R$ 678 ao mês para os vales refeição, alimentação e a 13ª cesta (um salário mínimo nacional para cada), mas a Fenaban considera o valor “impossível” e ficou de checar juntos aos bancos os patamares que podem atingir. Eles acham que os vales só devem ter o reajuste que for pago aos salários e lembraram que os valores vêm sendo corrigidos com aumento real há bastante tempo, defendendo que nem essa correção deveria ter sido feita.

O Comando cobrou acabar com o tempo limite de pagamento de 180 dias do vale-alimentação para os afastados, que está sendo questionado inclusive pelo Ministério Público. “Esse limite é injusto e sem sentido”, afirma Juvandia.

Auxílio-creche/babá – A reivindicação de R$ 678 ao mês foi reforçada pelos bancários, afirmando ser pequeno o valor atual de R$ 306,21. A Fenaban destacou que é um auxílio, não tem objetivo de cobrir despesa e que é pago por filho. Ficaram de avaliar, mas informaram a pretensão de dar o mesmo reajuste que vier para os salários.

“Cobramos valor maior para que os pais possam ter segurança e tranquilidade ao sair para trabalhar e lembramos que o gasto também é por filho”, salienta Juvandia, destacando que o Brasil tem taxa de natalidade pequena, os bancários são público jovem ou muitos têm filhos mais velhos. “Ou seja, o impacto é pequeno para o banco, mas para o trabalhador é grande: a diferença entre o que recebem do banco e o que pagam acaba saindo do salário.”

Também foi reivindicado que a CCT estabeleça o direito para quem está em processo de adoção.

Auxílio-educação – Os bancários voltaram a cobrar o pagamento do auxílio para todos, lembrando que o único dos bancos grandes que não têm qualquer tipo de programa nesse sentido é o Bradesco. “Com o auxílio-educação ganham os dois lados: os bancários qualificados e os bancos com a qualificação de seus funcionários”, destaca Juvandia. A Fenaban voltou a afirmar que isso é gestão de cada empresa.

Férias – O Comando reivindicou que o adiantamento de férias possa ser devolvido em até dez parcelas. Para a Fenaban, não há dificuldade em discutir esse tema, desde que possam levar também o debate de fracionamento das férias. Os trabalhadores ressaltaram que a contrapartida não faz parte das reinvindicações da categoria.

Previdência complementar – Planos de previdência complementar é uma reivindicação que tem por objetivo melhorar a aposentadoria dos trabalhadores. O Comando propôs formar uma comissão paritária para definir como isso poderia ser feito e destacou que as consultas nas bases de cada sindicato apontam que essa reivindicação é importante. Para a Fenaban não tem acordo, porque cada banco pode ter o seu.

“Lembramos que eles vendem planos no mercado, mas muitos funcionários não os têm”, diz Juvandia. E o Comando criticou a gestão do lucro: olham bancário como consumidor para comprar o produto. “Os trabalhadores querem ter direito a uma complementação digna no futuro.”

Auxílio filhos em período escolar ou com deficiência – Para a Fenaban esse debate não prospera. Os trabalhadores reforçaram a reivindicação.

Gratificação semestral – A Fenaban se recusa a debater a gratificação semestral aos trabalhadores, alegando que desde que foi instituída a PLR, isso é contraditório, “não faz sentido ter os dois”. Os bancos informaram que querem acabar onde existe, mas o Comando reforçou a importância da reivindicação.

Fonte: Seeb/SP

Veja como PL 4330 prejudica os trabalhadores

Empregos e direitos estarão correndo risco caso Projeto de Lei sobre terceirização, que regulamenta a precarização, seja aprovado pelo Congresso. Dia 30 tem protesto

São Paulo – Com votação prevista para 3 de setembro na Câmara, o PL 4330 é uma grande ameaça aos direitos da classe trabalhadora. Sob o pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, acaba por legalizar a fraude e a precarização do emprego. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se aprovado, segue para o Senado.
 
Manifeste sua indignação contra o PL 4330 mandando e-mails para os deputados federais da CCJ da Câmara. Veja e-mails aqui.
 
Veja os pontos mais nocivos do projeto Empresas sem empregados – O projeto autoriza a contratação de serviços terceirizados desde que a empresa seja “especializada”. Assim, acaba por permitir que as empresas terceirizem até suas atividades-fim, o que hoje é proibido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso, segundo as centrais sindicais seria o sonho dos empregadores: a possibilidade de uma empresa sem empregados.
 
Responsabilidade subsidiária – No caso de a terceirizada não pagar suas obrigações trabalhistas, o projeto determina a responsabilidade subsidiária da contratante. Isso significa que ela só poderá ser acionada na Justiça após encerradas todas as possibilidades de cobrança da terceirizada. As centrais defendem a responsabilidade solidária, de acordo com a qual, as duas empresas respondem pelas dívidas.
 
Sem isonomia – O PL 4330 defende isonomia apenas no direito de terceirizados usarem os mesmos banheiros, refeitórios, ambulatórios e creches da empresa contratante. Mas as centrais querem isonomia de salários e direitos entre terceirizados e funcionários diretos.
 
Quarteirização – O projeto também permite que a prestadora de serviços contrate outra empresa para tal. Isso se chama quarteirização e apresenta ainda mais riscos aos direitos dos trabalhadores.
 
Correspondentes bancários – Determina que as prestadoras de serviço tenham um objeto social único, mas essa regra não se aplica ao setor financeiro, pois o projeto permite o funcionamento dos correspondentes bancários. Por exemplo, o objeto social de lojas de roupa é vender roupas, mas muitas lojas podem, além disso, realizar operações bancárias.
 
Queda de qualidade – Com salários baixos, alta rotatividade, jornada extensa e pouco treinamento entre os empregados, os serviços prestados pelas terceirizadas em geral são de baixa qualidade. Com isso perdem também os consumidores.
 
Mais acidente e adoecimento – De cada dez acidentes de trabalho, oito envolvem funcionários de terceiras. As condições precárias de trabalho vitimam os trabalhadores e resultam em gastos previdenciários e com saúde, ou seja, toda a sociedade paga o preço.
 
Leia mais:
 
 > Dia Nacional de Mobilização e Paralisação pela agenda dos trabalhadores
 
> TST preocupado com projetos sobre terceirização
 
Fonte: Seeb/SP

Segurança Bancária: Bahia tem cinco ocorrências em 3 dias


O mês de setembro começa com dados alarmantes. Em apenas três dias foram registrados três ataques contra agências bancárias e dois sequestros de funcionários. O último caso aconteceu nesta madrugada, em Cabaceiras do Paraguaçu. Dois postos de atendimento, um do BB e outro do Bradesco, foram explodidos.
Os locais ficaram completamente destruídos. Com os registros, sobe para 100 o número de ataques no interior do Estado. Em Salvador, apesar de o índice ser menor, as ações também assustam. Na noite de segunda-feira (02/09), um grupo invadiu o autoatendimento do Banco do Brasil da Liberdade e saqueou os clientes que faziam operação nos terminais eletrônicos, elevando para 30 as ocorrências na cidade.
Agora, em toda a Bahia, foram 130 ataques, entre explosões, arrombamentos, assaltos e tentativas frustradas. Outra modalidade que cresce e chama a atenção são os sequestros de funcionários, principais vítimas do descaso dos bancos.
No domingo (01/09), duas famílias, em duas cidades distintas, viveram momentos de terror. Em Olindina, o subgerente do BB foi sequestrado, junto com a esposa, a filha e os sogros, para retirar dinheiro da agência. Situação semelhante passou o tesoureiro do BB de Camamu. O bancário foi levado, junto com a esposa e a sogra, e depois de horas de tensão, foi obrigado a retirar dinheiro da unidade.
As ocorrências, sempre violentas, tem sido motivo de afastamento de dezenas de trabalhadores. Assustados e com pânico, muitos pedem transferência das agências em que trabalham. Foi o que aconteceu no Bradesco da avenida Barros Reis, em Salvador. Depois de serem vítimas de quatro ocorrências, sendo dois assaltos, três empregados, completamente abalados, pediram para mudar de unidade.
 
 
Sequestros de bancários e familiares marcam o início de setembro
 
Mais duas ocorrências contra agências são registradas no interior baiano e engrossam o coro sobre segurança envolvendo a vida de funcionários. Ambos envolveram a família de bancários do Banco do Brasil. O primeiro aconteceu em Olindina, e segundo, em Camamu.

De acordo com a polícia, o subgerente do Banco do Brasil de Olindina foi sequestrado junto com a família – esposa, filha de um ano, além dos sogros. No entanto, na manhã de segunda-feira (02/09), com a família ainda em posse dos bandidos, o funcionário foi obrigado ir ao trabalho sacar dinheiro para entregar a polícia. A quantia entregue não foi informada. O subgerente foi deixado em Feira de Santana e a família, que não foi ferida, em Valença.

Já aqui, no sul da Bahia, em Camamu, o tesoureiro do Banco do Brasil, a esposa e a sogra foram abordados por sequestradores no final da tarde. O bancário também foi forçado a ir ao trabalho sacar dinheiro, mas houve suspeitas e a polícia foi acionada. De acordo com a Polícia Civil, os bandidos desistiram do sequestro por conta da demora do funcionário e liberaram a família.

Os sequestros aconteceram durante o domingo (01/09) e, até o momento, nenhum dos bandidos envolvidos nos casos foi preso. Os diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia vão visitar as agências ainda esta semana, a fim de prestar assistência aos envolvidos no caso.

Na semana passada, a Secretaria de Segurança Pública baiana firmou compromisso com o movimento sindical bancário, a fim de coibir os ataques às agências bancárias e diminuir a insegurança que ronda os funcionários.
 
Fonte: O Bancário