quinta-feira, 8 de maio de 2014

Propaganda do PCdoB vai ao ar nesta quinta em rede nacional

Propaganda do PCdoB vai ao ar nesta quinta em rede nacional


A propaganda partidária do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) será apresentada em rede nacional de rádio e televisão nesta quinta-feira (8) às 20h30 na TV e às 20 horas nas rádios em todo o país. Além de abordar a trajetória de luta do Partido mais antigo do país – 92 anos -, e reafirmar o projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil, a publicidade tem como mote uma campanha de filiação partidária.

Por Eliz Brandão, da Redação do Vermelho
Através de suas lideranças e com um jingle incentivador “Vem com a gente, vem pro PCdoB” ele conclama os jovens, os trabalhadores e as mulheres a participarem da luta política por um Brasil melhor.


Em linguagem ampla, a propaganda apresenta a posição do PCdoB, que é um partido ideológico e sua busca pelo Socialismo num caminho de união, de fortalecimento das lutas populares e na defesa de uma proposta mais avançada para o povo.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, e a vice-presidenta, deputada federal (PE) Luciana Santos, assim como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo participam do programa apresentando as lutas do PCdoB para a continuidade do avanço civilizatório, e chamam a atenção para uma encruzilhada política que vivemos em um ano eleitoral. “Nos últimos 12 anos o Brasil passou por mudanças significativas. Nossas conquistas não apenas econômicas, mas também sociais nos consolidaram como uma nação forte, influente e democrática. Uma nação reconhecida e respeitada em todo o mundo. Hoje o Brasil está numa encruzilhada. Ou seguimos em frente lutando pelos avanços necessários ou andamos para trás”, expõe Renato.

A líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali apresenta um conjunto de reformas estruturais democráticas defendidas pelo PCdoB para o avanço do país, como as reformas política, na educação, agrária, urbana e da comunicação.

A deputada federal pelo Acre, Perpétua Almeida, aborda o tema da participação feminina e reafirma a posição do Partido lutando pela ampliação e o fortalecimento da representação feminina na política. “O PCdoB é um partido que sempre apoiou a mulher e a importância de seu papel na sociedade. Hoje, o partido se orgulha de ter proporcionalmente a maior bancada feminina do Congresso Nacional”, ressalta Perpétua.

Flávio Dino, pré-candidato a governador no Maranhão, enfatiza que todos precisam combater as desigualdades que ainda existem no Brasil e gerar mais oportunidades. “O Estado tem obrigação de combater a violência que destrói famílias e toma conta das nossas cidades. E a população tem o direito à segurança pública”, diz ele. Flávio ressalta ainda a necessidade de investimento em projetos sociais transformadores e o fortalecimento da luta por justiça e paz.

A voz dos trabalhadores incentivando as lutas sociais é apresentada pelo presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo. 

Lideranças da juventude, como Virginia Barros, presidenta da UNE, Bárbara Melo, presidenta da Ubes e André Tokarski, presidente da UJS e secretário de juventude do PCdoB, abordam temas que falam sobre a luta do PCdoB por um Brasil melhor, com educação de qualidade e para todos, com cultura, arte, esporte e avanços sociais.

A deputada estadual pelo PCdoB de São Paulo Leci Brandão e o vereador paulistano Netinho de Paula, ambos músicos, dão o tom harmônico da propaganda, conclamando a população a participar da política e se filiar ao partido comprometido com as causas sociais.

A propaganda partidária, que inclui as inserções de 30 segundos e o programa de 10 minutos, foi produzida pelo publicitário Marcelo Brandão, sob a direção política do secretário nacional do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, e a direção executiva de Eliz Brandão.

Nesta quinta-feira (8), a partir das 20h30, o Portal Vermelhodisponibilizará a propaganda para baixar.

Centrais debatem pauta trabalhista na Câmara dos Deputados

Após realizar importante debate dos temas de interesse da classe trabalhadora em comissão geral na Câmara dos Deputados, representantes das centrais sindicais e deputados da Bancada Sindical se reuniram nesta quarta-feira (7), na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para avaliar o debate geral, que aconteceu na terça-feira (6), no plenário da Casa, e preparar ações no sentido de colocar os projetos da agenda trabalhista na pauta de votação.


CTB
Cinco centrais sindicais participaram da reunião com deputados da Bancada Sindical na Câmara dos DeputadosCinco centrais sindicais participaram da reunião com deputados da Bancada Sindical na Câmara dos Deputados
Além das centrais sindicais (CTB, NCST, CUT, CGTB e CSB), participaram da reunião os deputados Assis Melo (PCdoB-RS), Amauri Teixeira (PT-BA) e Vicente Cândido (PT-SP). A CTB foi representada pela secretária de Imprensa e Comunicação, Raimunda Gomes (Doquinha); pelo secretário de Política Sindical e Relações Institucionais, Francisco Chagas (Chaguinha); e pelo secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas, Pascoal Carneiro.

Na avaliação geral dos representes dos trabalhadores, a comissão geral foi positiva por trazer, mais uma vez, o debate dos temas prioritários para a classe, além de mostrar para a Casa Legislativa a necessidade de votação imediata da agenda dos trabalhadores.

“A pauta trabalhista é importante não só para a valorização dos trabalhadores, mas também para o desenvolvimento do País. Para a CTB, um dos pontos principais, que necessita de aprovação imediata, é o PL 6653/09 [PL da Igualdade]. É o projeto que tem mais condição de ir à votação, já que foi amplamente discutido, inclusive com o empresariado”, ressaltou Raimunda Gomes.

Discussão permanente
Na reunião, foram aprovadas duas propostas para dar continuidade ao debate dos temas de interesse dos trabalhadores. Uma delas é a criação de subcomissões em todas as comissões permanentes da Câmara, para debater exclusivamente proposições da agenda positiva. A outra proposta é a criação de grupo de trabalho na Casa para discussão permanente dos temas que interessam à classe trabalhadora.

Os deputados presentes se comprometeram a encaminhar, ainda nesta semana, requerimento ao presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), para criação dos grupos de debates.

Também foi consenso entre os parlamentes e os sindicalistas, a necessidade de atuação e presença constante das centrais sindicais no Congresso Nacional, por meio, inclusive, de assessoria política, como o Diap e o Dieese.

“Com uma presença permanente e organizada a gente vai marcando ponto durante o ano para uma semana [de trabalho] dessa, do Dia do Trabalhador”, disse o deputado Vicente Cândido, presidente da CCJ.

Próximas ações
Na parte da tarde, às 17h30, será realizada nova reunião na Comissão de Trabalho para definir a pauta prioritária, retirada da agenda dos trabalhadores, que será apresentada ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, em reunião que acontece nesta quinta-feira (8), às 11 horas, no Palácio do Planalto.

A expectativa dos sindicalistas e dos deputados é indicar ao governo as proposições que são prioritárias, passíveis de aprovação urgente, após avaliação do cenário de tramitação, e alcançar consenso para destravar a votação dessas proposições.

Fonte: CTB


Sessão Solene na Câmara comemora 30 anos do movimento Diretas Já

Os 30 anos do movimento conhecido como Diretas Já (1983-1984), que levou a população brasileira às ruas de todo o país par a reivindicar a volta das eleições diretas para presidente, recebeu homenagem com sessão solene na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (7). A última eleição antes desse período aconteceu em 1961, quando Jânio Quadros foi eleito. 


Agência Câmara
A Emenda das Diretas Já, apresentada em 1983 pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), recebeu apoio popular, no começo de forma tímida e, depois, ampla. A Emenda das Diretas Já, apresentada em 1983 pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), recebeu apoio popular, no começo de forma tímida e, depois, ampla. 
O movimento reuniu estudantes, artistas, sindicalistas, artistas, atletas e políticos da oposição. A manifestação ocorrida em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1984, levou mais de 1,5 milhão de pessoas ao centro da capital paulista, em apoio ao movimento. Foi a maior manifestação popular pela democracia já vista no país.

Idealizador da homenagem na Casa, o líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), explica que o objetivo é prestar as devidas homenagens ao maior movimento de participação popular do Brasil. "A Câmara rejeitou a Emenda Constitucional das diretas. Assim mobilizou o povo que fez a democracia ressurgir. É de baixo para cima que o Brasil avança e o Congresso pode rever seus erros", argumentou Beto.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que discursou na sessão solene, destacou que a Câmara não podia deixar de rememorar o movimento que teve a maior participação popular da história do nosso país e que marca a trajetória da vida política institucional dos últimos 30 anos.

Sentimento patriótico

“Ver, ouvir e compartilhar a emoção transmitida por Milton Gonçalves relembra o sentimento patriótico, cívico e cultural que reuniu todos nós, impregnados de esperança, com o objetivo de vencer aquele período ditatorial, autoritário, e apostar num país democrático, de homens e mulheres livres”, disse o parlamentar, após a exibição do vídeo com imagens da época.

“E nós fomos vitoriosos; o Brasil, o povo brasileiro foi vitorioso nesse processo político que está em construção permanente”, avalia Daniel Almeida, para quem “o resultado desse movimento de rua foi o fim daquele ciclo ditatorial. Nós não podemos imaginar as conquistas da Constituição de 1988, sem essa trajetória, sem esse acúmulo, sem a pressão das ruas e sem a presença desses movimentos sociais no processo de construção, de elaboração da nossa Constituição Cidadã”.

Daniel Almeida lembrou que a ditadura militar tentou impedir que o movimento crescesse. E recordou também que o PCdoB, naquele momento ainda na clandestinidade, constituiu uma Comissão Nacional em Defesa da Legalidade, imaginando que não era possível defender a liberdade e a democracia sem permitir que uma corrente política de opinião, de pensamento, pudesse estar na rua livremente se expressando.

“Essa comissão em defesa da legalidade começou a visualizar que era possível levantar a bandeira naqueles movimentos de rua que surgiam em torno das Diretas. Começamos com uma bandeirinha, num primeiro evento. No final desse processo, nos grandes comícios, a bandeira vermelha em defesa da legalidade dos comunistas tinha uma força, uma presença muito expressiva”, recordou Daniel, dizendo que ele foi um dos que carregou essas bandeiras.

História

A Emenda das Diretas Já, citada por Beto Almeida, foi apresentada em 1983 pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT). Assim que foi apresentada, a Emenda Dante começou a receber apoio popular, no começo de forma tímida e, depois, ampla.

Os protestos representavam a vontade popular pela redemocratização. O país completava 20 anos de ditadura militar, regime que já dava sinais de enfraquecimento. A inflação era alta e a recessão também. O surgimento de novos partidos e o fortalecimento dos sindicatos contribuíram para reforçar a oposição ao regime.

Após a derrota da emenda no Congresso, as eleições indiretas pelo Colégio Eleitoral consagraram o candidato da oposição, o civil Tancredo Neves, em 1985. Mas Tancredo morreu sem tomar posse. Na gestão de seu vice, José Sarney, as eleições voltaram a ser diretas. Seu governo marcou o período de transição democrática.

Em 1989, cinco anos após a rejeição da Emenda Dante de Oliveira e um ano depois da Constituinte, Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente eleito por voto direto em 30 anos.

De Brasília
Márcia Xavier

Brasil é referência de combate à pobreza, afirma chanceler

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, afirmou que o Brasil é hoje referência mundial como uma nação que foi capaz de reduzir a pobreza e distribuir renda, com crescimento econômico e em um contexto democrático. “Fui informado que 68 países já procuraram informação sobre nosso programa de distribuição de renda”, disse na audiência pública, nesta quarta-feira (7), na Câmara dos Deputados.


O ministro foi convidado pelo deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) para falar sobre a formulação e execução da política externa brasileira.

De acordo com o deputado, é relevante para o colegiado conhecer a visão do Itamaraty sobre as ações necessárias à participação do Brasil em fóruns regionais como a Unasul e o Mercosul; as perspectivas para o Brasil no âmbito do Brics e com os grandes polos econômicos, como os Estados Unidos, China e União Europeia; além da ampliação e do estabelecimento de novas relações políticas e econômicas em todos os continentes.

Figueiredo Machado destacou também a defesa que o país vem fazendo da privacidade no mundo virtual. “Se uma prática é considerada crime no mundo real é claro que também deve ser crime no mundo virtual.” Para ele, por mais óbvia que a questão possa parecer, é importante que esses pontos fiquem claros. Por isso, Brasil e Alemanha apresentaram à Assembleia das Nações Unidas (ONU) proposta, aprovada por consenso, para estabelecer esse princípio.

O chanceler reafirmou também que um dos pontos mais importantes da política externa nacional está na defesa de paz, diálogo, moderação e não-intervenção. Ele citou como exemplo disso, a postura adotada pelo país em casos como o conflito interno hoje enfrentado pela Ucrânia.

Sobre o Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o embaixador lembrou que a sexta cúpula do bloco ocorrerá em breve, quando deverá ser discutida a criação de um banco de investimentos formado para promover o desenvolvimento dos países que compõem o grupo e de outros países de baixa e média renda.

Relação prioritária

O Ministro das Relações Exteriores também falou sobre a relação com os países vizinhos, definida como “prioridade para o Brasil”. Ele avalia que uma relação harmoniosa entre essas nações e também dentro delas é de grande importância para o país.

O chanceler citou como exemplo as ações realizadas em conjunto com outros países da União Sul-Americana de Nações (Unasul) que conseguiu estabelecer o diálogo entre governo e oposição na Venezuela, algo que parecia impossível de ocorrer. “Conseguimos estabelecer consequências dessa ação conjunta em várias frentes, inclusive estabelecendo condições para diminuir a violência nas cidades venezuelanas”, comemorou.

O ministro negou que a integração entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) esteja mais atrasada que a dos países da recém-formada Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Peru e Chile). Para ele, a integração do Mercosul está mais adiantada.

O chanceler acrescentou que a relação entre Brasil e Chile chegou ao ponto de 98% das importações e exportações entre os dois países estarem liberadas, enquanto entre o Chile e os países que compõem a aliança esse percentual seria de 90%. "Temos hoje livre comércio com o Chile. Isso é impressionante."

No caso do Mercosul, ele defendeu que o comércio no bloco continua crescendo. "O futuro da América do Sul será de uma maior aproximação entre todos. Queremos uma América do Sul forte", disse.

Interesse da sociedade


Para o ministro, o interesse pela política externa tem sido crescente na sociedade brasileira, o que é um ótimo sinal. “A política externa que queremos ver implantada é uma atividade básica de desenvolvimento nacional”, disse.

Segundo Figueiredo, a população está cada vez mais esclarecida de que a participação do Brasil no cenário externo está diretamente ligada à diminuição das injustiças sociais internas e externas.

De acordo com o embaixador, a desatualização de órgãos internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, é ainda um grande obstáculo para que o país tenha sua importância reconhecida. “No ano que vem, o Conselho de Segurança completará 70 anos. Países importantíssimos, como a Índia, não estavam independentes politicamente há 70 anos”, citou.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara