sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ofensiva conservadora: O pai-nosso e a agressão aos estudantes

Na quarta-feira, 10 de junho, a Câmara dos deputados presenciou momentos patéticos e dramáticos, ambos retratos fiéis do atual cenário político.

Parlamentares da denominada bancada evangélica interromperam a votação da reforma política, paralisaram os trabalhos na marra, tudo para exibir o habitual proselitismo raivoso contra os gays, as feministas e a esquerda. Rezaram, inclusive, o pai-nosso, buscando instrumentalizar o sentimento religioso da maioria do povo brasileiro, mas na verdade traindo a Constituição laica da República Federativa do Brasil, Constituição esta que eles, quando assumiram o mandato, juraram respeitar. 

Tudo aconteceu sob o olhar benevolente, para não dizer cúmplice, do presidente da casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Enquanto isso, na reunião da comissão especial que analisa a PEC da redução da maioridade penal para 16 anos, estudantes, que se manifestavam pacificamente contra a proposta, foram atacados por seguranças e deputados fascistas, inclusive com gás de pimenta.

Os dois acontecimentos revelam a verdadeira face de conhecidos oportunistas que usam a fé como moeda eleitoral e fazem, na verdade, um discurso religioso hipócrita, que quase nada tem de genuíno, e que serve apenas para manipular e enganar incautos.

Não são religiosos, pois existem religiosos dos mais diversos matizes ideológicos. São, isso sim, militantes políticos direitistas a serviço de uma prédica reacionária cada vez mais histérica e agressiva.

E a reação, durante toda a história das lutas sociais, brandiu sempre um porrete na mão quando tem que lidar com as reivindicações populares.

Foi assim no período das privatizações, durante os anos 1990, quando o patrimônio público era entregue a preço de banana, em negociatas nunca investigadas.

O povo, por todo o país, fazia grandes manifestações contra a privataria, a corrupção e por melhores condições de vida. A repressão era dura. Centenas de pessoas saiam feridas e milhares iam presas.

No entanto, na época, três eram as diferenças fundamentais. Quando a direita estava no poder, convocações de manifestações populares jamais saiam na mídia. A contagem da polícia era sempre para menos. Duzentos mil manifestantes eram reduzidos na estatística dos jornais e da polícia para 20 mil, e até dois mil. E por fim, a repressão era invariavelmente escondida ou minimizada.

Para a direita, o tempo não passa, e a repressão aos estudantes nesta última quarta-feira (10) é uma prova viva disso.

A velha truculência de novo entrou em ação. A velha mídia de novo escondeu as chocantes cenas dos jovens sendo agredidos.

A direita pode interromper os trabalhos legislativos e pisotear a Constituição laica, os estudantes não podem sequer se manifestar.

E isto acontece com a direita fora do poder central e voltar ao poder é tudo que ela deseja para inaugurar uma nova idade das trevas para os brasileiros.

Mas o exemplo dos militantes da UNE, da UBES e da UJS, que não se intimidaram ante o arreganho dos gorilas, há de frutificar. 

O fascismo é uma besta-fera que avança quando sente o cheiro do medo e recua ante a luta do povo. 

Luta do povo que é a única força capaz de salvar e fortalecer a democracia.

Com o adiamento da votação da redução da maioridade penal conquistada na tarde do dia 10 de junho, os estudantes recordaram a todos esta antiga e valiosa verdade.


Fonte: Vermelho

Investimento em transporte gera emprego e qualidade de vida

A segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (Pil) tem novas regras para os setores de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Na etapa anterior do Pil, lançado em 2012, foram feitas licitações em todo o país para modernizar a infraestrutura do setor de transportes. Ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, afirma que a segunda etapa do programa dinamiza a economia, gera emprego, renda e qualidade de vida para a população.

Fonte: Vermelho



    Economista desconstrói argumento sedutor da terceirização

     "O Brasil não vai voltar a crescer porque reduziu custo na produção", explicou Elias Jabbour, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro do Comitê Central do PCdoB, ao desconstruir argumentos utilizados pelos que defendem a terceirização em todos os setores no mundo do trabalho.

    Da Rádio Vermelho, Joanne Mota


    A declaração do pesquisador, que também é membro do Conselho Editorial da Revista Princípios, foi realizada durante participação no programa Firme no Blindão, transmitido pela Pós TV, nesta quarta-feira (10).


    Para Elias "um projeto nacional de desenvolvimento não combina com perda de direitos dos trabalhadores, não combina com terceirização da produção. Ou seja, que fique claro, não é porque vai reduzir direitos que há a garantia de emprego". E completou: "Hoje, o grande empresário tem um pé na produção de mercadorias e o outro no sistema financeiro".

    O economista afirma que crescimento não será retomado com alta na taxa de juros. Pelo contrário, Elias Jabbour indica que "é preciso implementar uma política mais racional de combate a inflação, alavancar o investimento público e privado na produção, por exemplo".


    Acompanhe íntegra da reflexão na Rádio Vermelho 


    A estatização da exibição dos jogos de futebol

     
    Reprodução

    Devido aos escândalos envolvendo dirigentes do futebol mundial, graças especialmente ao recebimento de propinas para a cessão de direitos de exibição de eventos, marketing ou organização de torneios no mundo, muitos blogueiros e jornalistas passaram a crer que a Rede Globo de Televisão, maior detentora destes direitos no Brasil, possa ser afetada mais cedo ou mais tarde pelas investigações do FBI.

    Por Anderson Santos* 


    Remete-se ainda ao caso da multa que o Grupo Globo teve de pagar por montar um esquema financeiro para não declarar totalmente o valor referente à compra dos direitos de transmissão das edições de 2002 e 2006 da Copa do Mundo Fifa. Os quase R$ 200 milhões “sonegados” da transação viraram anos depois mais de meio bilhão de reais de multa, com direito a sumiço do processo na Receita Federal. Algo que só veio à tona graças ao blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, em 2013 – antes dele, Andrew Jennings, no livro Jogo Sujo, cita em determinado momento que o dinheiro pago pela Globo para o Mundial de 2002 não apareceu na conta da ISL, empresa de marketing esportivo responsável pelas marcas da Fifa e que faliu em 2001.

    Aproveita-se o momento para clamar por uma estatização dos direitos de transmissão dos eventos de futebol no Brasil, somando-se ao coro de combate ao monopólio da informação, que gera um controle sobre a própria organização do futebol no Brasil – capaz de colocar jogos aos sábados às 22h por conta de um simples amistoso da seleção da CBF, como no último final de semana.

    A ideia de quem defende este processo é que a TV Brasil, do complexo público-estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), deveria adquirir os direitos de exibição ao menos do Campeonato Brasileiro de Futebol, como fez a TV Pública (Canal 7) da Argentina em 2009.

    Os recursos da TV estatal

    Fiz a minha dissertação de mestrado sobre a constituição do que eu denominei como um “monopólio de direito de transmitir”. Lá apresento o histórico das transmissões e afirmo que o modelo pós-2011, de negociação por clube, é o pior possível para este negócio. Digo isto para afirmar que, na atual conjuntura, não seria possível à EBC adquirir estes direitos. O que deveríamos priorizar no debate é a constituição de regras mais claras e um legítimo processo concorrencial, como foi desenvolvido na Europa, após ações em órgãos de fiscalização da livre concorrência sobre este programa midiático.

    Explicando. Defendi em outros momentos neste mesmo Observatório a importância da TV Brasil transmitir futebol, no caso a Série C, apesar de possíveis gastos com este produto. Para este ano, a emissora virou sublicenciada de eventos esportivos da Fifa, transmitindo no momento os Mundiais sub-20 e Feminino, além do sub-17 e do Mundial de Futebol de Areia, pelos quais teria pago US$ 250 mil à Rede Globo, que pretende transmiti-los apenas em seu canal de TV fechada. Além disso, a parceira tradicional, Band, vive uma crise econômica que já a fez evitar a Copa do Brasil do ano passado e demitir vários funcionários em 2015, o que também abriu espaço para outra emissora.

    Repito o que disse há alguns anos: o futebol é um produto importante por sua capacidade de atrair público. Por mais que a audiência venha caindo, o torcedor fiel e apaixonado por seu time e/ou por este esporte seguirá acompanhando. Para uma emissora nova, caminhando para sete anos de existência, é fundamental para se fazer conhecer – afinal, quantas vezes vemos e ouvimos alguém sugerir assistir a algo nela? – e atrair público para outros programas.

    Mas chegar a adquirir o Brasileirão com exclusividade, como algumas pessoas vêm defendendo, é demais para uma emissora que tem como receita anual R$ 500 milhões. Esse valor total não daria para cobrir a oferta da Rede TV! na licitação frustrada de 2011, que era de R$ 514 milhões. Para se manter como “dono” dos direitos do torneio, o Grupo Globo deve estar desembolsando quase o triplo disso por ano. Assim, mesmo considerando que um grupo de empresas “apoiadoras” viesse junto com o pacote – especialmente se os recursos das grandes estatais fossem mais aplicados na TV estatal –, poderia ser um passo muito grande para o tamanho das pernas da EBC.

    A Ley de Medios argentina

    Por um simples cálculo, percebemos que seria impossível hoje que a EBC comprasse esses direitos. Não pretendemos entrar aqui na discussão sobre certo receio governamental em criar uma concorrente real no mercado aberto do audiovisual, apenas destacar também que a realidade local está bem distante do que foi visto na Argentina.

    A compra pelo governo veio num momento em que os clubes estavam (e ainda estão) bem piores financeiramente que os nossos, recebendo valores bem abaixo do que os pago aqui no Brasil. Era de interesses dos clubes e da Asociación del Fútbol Argentino (AFA) (sob a presidência de Júlio Grondona, que assumira a direção da entidade ainda sob ditadura militar) mudar o contrato das mãos da Torneos y Competencias (TyC).

    A TyC é uma sociedade que tem o Grupo Clarín como um dos acionistas, este que se tornou um inimigo da família Kirchner apenas a partir do mandato de Cristina como presidenta – supostamente por divergências em sociedades de mídia. Apesar disso, mesmo sem os direitos de exibição, a empresa foi contratada enquanto equipe de transmissão. Foi um casamento dos interesses econômicos dos clubes com os políticos da gestão, algo a que ainda não se chegou no Brasil, ao menos não no extremo de lá.

    Em 2013, publiquei um artigo em que trago o que identifiquei de leis e regulamentações sobre o futebol no Brasil, especialmente sua relação com a mídia. Ao final destaco o que mudou com a Ley de Medios argentina – esta oriunda de outro processo, com maior exigência e participação social, ainda que vindo no rastro das divergências entre os Kirchner e o Clarín.

    Direitos de transmissão na Argentina


    Aponto inicialmente uma questão importante no que tange à questão dos direitos de transmissão de eventos esportivos e o livre acesso à assistência:

    “[…] dentre os artigos do Capítulo VII, que trata do Direito ao acesso aos conteúdos de interesse relevante, o Artigo 77 garante o acesso universal, através dos serviços de comunicação audiovisual, dentre outros, ‘aos acontecimentos desportivos, de encontros futebolísticos ou outro gênero ou especialidade’ […]. A definição dos eventos desportivos na lei é para evitar que se tenha que pagar para ver a transmissão de jogos de futebol, forma de entretenimento de bastante relevância” (SANTOS, 2013, p. 45).

    Uma grande questão é garantir, como em alguns momentos não houve no Brasil, que torneios importantes tenham transmissão em TV aberta. Aí sim, se não houver interesse da emissora que detém os direitos, que esta exibição possa ser feita por quem queira, não prejudicando o público. Vale lembrar que muitos eventos esportivos e programas midiáticos são adquiridos simplesmente para tirá-los das mãos de concorrentes – foi com esse intuito que a Globo tirou os torneios UEFA das mãos da Record, transmitindo nos primeiros anos apenas a partir das semifinais e só a UEFA Champions League.

    A mudança atende ao outro ponto que destaco:

    “Já o Artigo 80 trata da cessão e do acesso à transmissão. O exercício de direitos exclusivos de emissão deve ser justo, razoável e não discriminatório, de forma que o direito ao acesso universal gratuito seja garantido e que não se afete a estabilidade financeira e a independência dos clubes” (SANTOS, 2013, p. 46).

    Aqui, sim, há um ponto discutível para o caso brasileiro: até que ponto este modelo de negociação dos recursos do broadcasting não tornaram os clubes dependentes do grupo comunicacional que os adquire? O que gera outra questão, mais difícil de responder: Como descobrir de forma jurídica se a independência de uma associação/clube, garantida pela Constituição, está sendo ferida por outra empresa?

    Para finalizar, uma problemática ainda mais importante, que infelizmente mostra certo desconhecimento sobre o caso argentino. Lembro que os jogos do Campeonato Argentino não eram transmitidos em TV aberta – apenas um resumo dos gols após o final da rodada, ficando as partidas restritas à TV fechada. A TV Pública passou a transmitir o torneio em TV aberta, inicialmente todas as partidas, mas o sinal poderia e pode ser retransmitido por outras emissoras, desde que paguem uma taxa de sublicenciamento proporcional à sua audiência. É importante destacar que lá os direitos não são exclusivos, pois isso só poderia gerar uma troca de dependência por outra sobre o acesso possível ao telespectador.

    Os cuidados a serem tidos com a proposta

    De problema mais agravante, além da dependência financeira de uma administração quase sempre em crise – devido às práticas neoliberais que seguiram a partir da ditadura militar –, é que as outras emissoras são obrigadas a transmitir conforme o que é repassado, com todas as propagandas se referindo a ações do governo central. Quer dizer, pode-se pagar bem menos para retransmitir, mas é impossível vender os espaços de merchandising internos, o que freia as possibilidades de as concorrentes adquirirem recursos com o programa.

    Numa comparação simples, mas “oposta” politicamente à EBC, pensemos que a TV Cultura, num arroubo surpreendente de investimento do PSDB em algo hoje misto, mas com grande contribuição do Estado, resolvesse tirar da Globo os direitos do Campeonato Paulista – que estarão em discussão em breve, pois o acordo acabou em 2015 – e os usasse para divulgar apenas ações do governo Alckmin, suposto futuro candidato a presidente da República pelo partido. Será que a opinião pela estatização seria a mesma? Provavelmente, como ocorre na Argentina, teríamos mais um exemplo de utilização do futebol como instrumento político-eleitoral.

    Vale lembrar que a Sabesp, empresa responsável pelo esgotamento sanitário e distribuição de água – esta não coincidentemente em crise –, além de se tornar mista nos governos do PSDB, serviu como instrumento de propaganda antes de o então governador José Serra entrar na candidatura a presidente da República em 2010, com publicidade nacional especialmente para eventos esportivos mostrados no Esporte Espetacular. Quer dizer, não seria impossível a suposição comentada no parágrafo anterior.

    Assim, necessitamos ter muito cuidado no que propomos como algo voltado aos interesses da população para que isso não pareça revanchismo. Nas condições dadas há questões muito mais simples a questionar, especialmente num país em que o mercado de comunicação é praticado quase que sem qualquer regulação. Uma delas é o fortalecimento de um grupo comunicacional efetivamente público, que não mude de acordo com a gestão estatal, algo que pode alterar o perfil do que é oferecido à população.

    Referências bibliográficas

    SANTOS, Anderson David Gomes dos. A consolidação de um monopólio de decisões: a Rede Globo e a transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol. 271 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, São Leopoldo, RS, 2013b.

    SANTOS, Anderson David Gomes dos. Políticas públicas para transmissão de esportes: análise de dispositivos legais sobre o desporto e a comunicação. Revista Brasileira de Políticas de Comunicação, Brasília, nº 4, p. 35-49, jul.-dez. 2013.


    * Anderson David Gomes dos Santos é professor da Universidade Federal de Alagoas, jornalista e mestre em Ciências da Comunicação.
     

    Fonte: Observatório na Imprensa via Vermelho

    Dilma defende união da esquerda para Brasil avançar com justiça social

    A presidenta Dilma aposta na união dos partidos de esquerda para o Brasil avançar

    Roberto Stuckert Filho
    A presidenta Dilma aposta na união dos partidos de esquerda para o Brasil avançar

    Durante a abertura do 5º Congresso Nacional do PT, que iniciou ontem, quinta-feira (11) em Salvador, na Bahia, a presidenta Dilma defendeu em seu discurso a união da esquerda para avançar com justiça social. Pediu que seu partido, as demais siglas progressistas, os movimentos sociais e os militantes da legenda continuem a caminhar “juntos e firmes” para transformar o Brasil. 


    “Todos que estão aqui [no 5º Congresso] compartilham essa vontade de transformar o Brasil. Para alcançar isso, precisamos caminhar juntos e firmes. Preciso de cada um de vocês, de toda força que vocês podem me dar, estando ao meu lado”, disse a presidenta.


    “Eu preciso contar com o meu partido, que é livre para fazer propostas, autônomo na defesa do programa, firme nas críticas, porque elas são necessárias. Nunca achamos que nós devemos andar no mesmo ritmo e pensar do mesmo jeito”, completou.

    Durante o discurso, ela ainda pediu que eles não se deixem abater por discursos e comportamentos intolerantes. “Eles são produtos da intolerância de uma minoria”, avaliou.

    Ela também solicitou que os militantes petistas não se submetam aos que torcem pelo fracasso do partido e do governo federal. “Municiem-se de informações. Falem da Petrobras, sim. A Petrobras reorganizada, capaz de punir aqueles que dela se beneficiaram ilicitamente”, falou.

    Além disso, Dilma voltou a defender o ajuste fiscal promovido pelo governo federal. Segundo ela, apesar das mudanças, o governo não alterou os compromissos com o Brasil e que são defendidos pelo PT desde 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República.

    “Este é o momento para afirmar que nós somos um governo que tem a coragem de realizar ajustes e que faz esses ajustes para dar sustentabilidade, continuidade, perenidade e fazer avançar o projeto de desenvolvimento, de mudanças, que adotamos desde 2003″, garantiu a presidenta.

    A mandatária pediu que o partido faça uma leitura correta da situação e compreenda as medidas táticas para assegurar os objetivos estratégicos.

    “Eu vim para assegurar a cada militante petista que temos uma agenda forte, consistente, de medidas, que vão garantir a retomada do crescimento, a continuidade e o avanço do processo de inclusão, de ascensão social do nosso povo”, completou Dilma.

    “Partido vivo e de cabeça erguida”
    Já o ex-presidente Lula garantiu, durante seu discurso também na abertura, que o PT está “vivo e de cabeça erguida, na perspectiva de construir um país muito melhor”. “O PT continuará vivo, enquanto os trabalhadores desse país continuarem sonhando com uma vida melhor. Por isso, temos a obrigação de olhar para o futuro, de continuar semeando a esperança”, completou.

    Durante o discurso, ele relembrou o constante ataque da imprensa ao PT, desde 2005. “Nesse mês de junho completa dez anos que a imprensa brasileira começou a decretar a morte do PT [em alusão ao início do chamado ‘mensalão’]”, criticou.

    No entanto, Lula lembrou que, um ano depois, em 2006, ele foi reeleito para um segundo mandato na presidência da República. O mesmo aconteceu em 2010, quando a imprensa atacou a presidenta Dilma Rousseff e, mesmo assim, ela foi reeleita.

    “Eles não conseguem entender que a força do PT vem do nosso profundo enraizamento com a nossa sociedade brasileira. Nossa força vem do chão da fábrica, da terra plantada com o suor do lavrador, das escolas, das ruas e das praças onde lutamos sempre junto com o povo para construir um país verdadeiramente democrático, mais desenvolvido e mais justo”, afirmou Lula.

    Além disso, o ex-presidente reconheceu que o Brasil ainda enfrenta problemas como o crescimento do desemprego e da inflação. No entanto, para ele, é preciso corrigir erros, mudar o que for preciso e manter o diálogo com a população. “O PT nasceu para ser porta-voz do futuro e não pode se acomodar jamais”, avaliou.

    Lula também criticou a agenda da oposição. Segundo ele, os opositores ao governo são aqueles que querem acabar com o sistema de partilha do pré-sal, destruir a Petrobras e a indústria naval. “Nossos adversários não se conformam com um modelo de desenvolvimento baseado na inclusão, na geração de emprego e renda”, avaliou.


    Do Portal Vermelho, com Agência PT

    Viva o 12 de Junho - Dia dos Namorados nos países de tradição latina!





    https://youtu.be/fzjwNhhTSg0

    quarta-feira, 10 de junho de 2015

    Taxar os mais ricos, sim

    Jandira Feghali *

    O ajuste fiscal entra em novo cenário, desta vez com a votação do Projeto de Lei 863/2015. Ao contrário da MPs 664 e 665, agora os cortes são de isenções e de outras concessões que já beneficiam algumas empresas. Na prática, o projeto elevará as alíquotas sobre as receitas de empresas industriais e de serviços beneficiadas.


    A discussão dentro do sistema tributário brasileiro precisa ir além. Seu modelo hoje se apoia na arrecadação de impostos indiretos, principalmente naqueles sobre bens e serviços. O impacto no bolso do cidadão chega a ser de 54%, de acordo com cálculos recentes da Receita Federal. O trabalhador, e não poderia ser diferente, é um dos mais atingidos por essa longa lista de tributos.

    É urgente a revisão desse sistema regressivo. É preciso apontar grande parte da arrecadação para os mais ricos. Instituir um sistema progressivo, onde quem tem mais paga mais. Este é o mote do Projeto de Lei Complementar 10/15, de minha autoria, e que cria a contribuição social sobre grandes fortunas no Brasil.

    A proposta estabelece nove faixas de contribuição, com alíquotas diferenciadas. A tributação seria para pessoas com patrimônio declarado superior a R$ 4 milhões, cerca de 50 mil brasileiros. Ao menos R$ 10 bilhões – em valores de 2011, de acordo com a pesquisa do IPEA à época, hoje um valor maior se corrigido — viriam de apenas 997 brasileiros com patrimônio superior a R$ 150 milhões. Ou seja, menos de mil brasileiros! O destino destes recursos, segundo minha proposta, seria a Saúde.

    Apesar da grita de parte da Grande Mídia e dos mais ricos, este assunto não é novo no noticiário político. Há mais de duas décadas que o Parlamento se vê na eminência de regulamentar o artigo 153 da Constituição, sobre o imposto de grandes fortunas (IGF). Dos oito tributos exigidos na Constituinte, apenas este não saiu do papel. Mas por que será que é tão difícil encarar esse assunto com coragem e ousadia aqui no país?

    Pelo simples fato de que os mais ricos não admitem contribuir de forma compatível ao patrimônio. No final das contas, contribuem muito pouco ao Estado. É a máxima da acumulação do capital, sem compromisso público.

    O imposto sobre grandes fortunas não é um bicho de sete cabeças, pois vários países ou o adotam ou já adotaram. Também não é um remédio para todos os males. A função principal é tributar a riqueza e reorganizar nossa carga tributária, tornando-a mais progressiva e retirando o peso bolso do trabalhador. Mesmo contra os editoriais jornalísticos e a elite, é preciso promover um debate franco e deixar a democracia do voto decidir. Pelo bem comum e o desenvolvimento da nação.

    * Foi Deputada Estadual, está no quinto mandato de Deputada Federal, Secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói e Secretária Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Relatou a Lei Maria da Penha e atualmente lider do PCdoB na câmara dos deputados

    Quando é um playboy que esfaqueia

      

    Um personagem tem 28 anos, é alto, forte, e conta oito passagens pela polícia por lesão corporal, invasão de domicilio e constrangimento ilegal, sendo conhecido por seu temperamento violento. No último sábado (6), na Gávea (RJ), portando um saca-rolha, ele perfurou três vezes o peito de Ana Carolina Romeiro, 21 anos, que está desde então em uma UTI, lutando pela vida. O noivo da moça, Gabriel Silva, que tentou defendê-la do ataque, teve a orelha decepada pelo agressor, e também está internado. 


    A delegada responsável pelo caso disse que o acusado, que confessou o crime mas alega apenas ter se defendido, “precisa responder por isso, não importa a sua classe social”.

    Uns e outros

    Outro personagem tem 16 anos, é baixo, franzino e com 15 passagens por roubo, furto e uso de drogas. No dia 21 de maio ele foi apreendido, acusado de ter assassinado a facadas, dois dias antes, o médico Jaime Gold, de 57 anos, na Lagoa, Rio de Janeiro. O menor negou o crime. Disse que estava em casa, na favela de Manguinhos, quando aconteceu o assassinato. O delegado responsável declarou, no momento da prisão: “duas coisas me chamaram a atenção nesse caso. A frieza do adolescente infrator e a forma covarde, sem nenhum sentimento pelo outro ser humano (como ele agiu) ”. No dia 02 de junho, outro menor se apresentou à polícia, confessou a participação no crime e inocentou o primeiro menor de qualquer culpa. Abaixo, na foto da esquerda vemos a polícia conduzindo o morador de Manguinhos. Na foto da direita vemos a mesma polícia conduzindo José Phillippe Ribeiro de Castro (o do saca-rolha). Segundo o jornal O Globo, ele é de uma família “que é dona de uma usina de açúcar e faz negócios no ramo da pecuária e no mercado financeiro”. O escritório de advocacia “Bergher & Mattos”, está defendendo Phillippe e já anunciou que irá “recorrer à justiça para tentar libertá-lo logo”.




    Uns e outros – a sentença nas redes sociais

    A tragédia que vitimou o médico Jaime Gold teve ampla repercussão midiática. Seu caso foi usado como argumento para defender a redução da maioridade penal. Quando o primeiro menor acusado do crime foi preso, inundou-se a rede com fartos exemplos de ódio e intolerância, suficientes para nausear o estômago de um tiranossauro. Um internauta postou no facebook: “Este menor foi apreendido. Deveria ter sido morto”. O hashtag deste cidadão é #balaneles. Ele mesmo comenta, sobre os menores infratores: “essas sementes do mal precisam ser eliminadas”. Uma cidadã afirma, também no facebook, que os pais são os culpados: “Os pais que querem transar, que se protejam para não colocarem esses vermes entre nós”. Os autores destas declarações são cristãos. Ficaram indignados com a parada gay e o “desrespeito” à imagem do “Salvador”. O “Salvador” em questão teria ensinado aos seus seguidores o amor ao próximo e, segundo reza a lenda, tinha tanta repugnância pela violência que, se agredido, o fiel deveria oferecer a outra face. Mas afinal, esta orientação só valeria para pessoas como o playboy da Gávea que, pelo perfil, deve ter participado das marchas contra a corrupção, em defesa da meritocracia e, se bobear, antes de dormir, reza pedindo sempre a benção de Deus e, portanto, merece a misericórdia divina, afinal, quem mora em Manguinhos, já está acostumado com o inferno.
     
     

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    Aldo Rebelo defende frente ampla em defesa da retomada no crescimento

    Ministro Aldo Rebelo participou da 10ª Conferência Nacional do PCdoB, realizada entre os dias 29 e 31 de maio
    Tom Dib
    Ministro Aldo Rebelo participou da 10ª Conferência Nacional do PCdoB,
     realizada entre os dias 29 e 31 de maio

    Em entrevista ao Portal Vermelho, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo destacou a importância do PCdoB na aglutinação de forças para a formação de uma ampla frente em defesa dos interesses do Brasil para enfrentar o atual momento político e econômico do país.

    Por Dayane Santos


    “A 10ª Conferência Nacional do PCdoB cumpriu o seu papel quando põe como objetivo uma frente em defesa dos interesses do Brasil que reúna forças políticas, sociais, econômicas e culturais capazes de enfrentar os desafios mais importantes do Brasil que são a retomada do crescimento e a defesa da economia nacional”, destacou o ministro.


    Segundo Aldo, o partido tem o desafio e a tarefa de “construir com outras forças uma linha de defesa do mandato da presidenta Dilma, do legado dos oitos anos do mandato do presidente Lula e dos quatro anos iniciais da presidenta Dilma”.

    Para o ministro, essa frente ampla será fundamental para garantir a retomada da industrialização, de uma política social avançada de redistribuição de renda, de redução da pobreza e de uma agenda internacional soberana. “Esse é o legado que nós precisamos defender para atravessar esse momento de dificuldade na economia. Nós temos a confiança de que ele será superado para retomar um processo de desenvolvimento econômico”, afirmou.

    Ministério

    Aldo também salientou a importância do ministério para impulsionar o desenvolvimento econômico e industrial do Brasil. “A ciência, tecnologia e inovação são pilares da economia nacional, do projeto nacional de desenvolvimento. Sem ciência, sem tecnologia e sem inovação não temos uma economia competitiva, não temos os projetos estratégicos na área de defesa espacial, de defesa cibernética e nuclear com sentido de permanência, continuidade e atualização. Tudo isso depende da ciência, tecnologia e inovação”, enfatizou o ministro.

    E completa: “A nossa indústria ou o nosso projeto industrial como um país competitivo, que tem como objetivo nos manter com uma das dez economias do planeta, só existe se tiver ciência e tecnologia. E sem ciência e pesquisa não temos inovação”.

    Aldo afirmou que o compromisso do PCdoB “é colocar o ministério como a instituição líder desse processo”. “Nosso compromisso é reunir não apenas projetos submetidos ao ministério, mas todos os projetos de ciência e pesquisa em todas as outras áreas para um único denominador comum, que é a soberania científica e tecnológica do Brasil, a competividade da indústria nacional e a construção de tecnologias sensíveis que não são transferidas e se mantém sobe o domínio do nosso pais”, pontuou.

    Luciana Santos

    O ministro também saudou a eleição da deputada federal Luciana Santos à presidência nacional do PCdoB. “Luciana foi formada no movimento estudantil. Tem experiência como prefeita de Olinda, que é uma grande cidade do Brasil. Tem experiência como deputada federal e creio que será uma grande presidenta do PCdoB. Luciana vai substituir à altura um grande brasileiro, um homem íntegro, que foi o nosso camarada Renato Rabelo na presidência do partido, que continuará na direção como uma referência importante para todos nós”, declarou.



    Do Portal Vermelho

    Na Bahia, bancários debatem nas agências do HSBC o risco de demissões

    É com muita preocupação que o Sindicato dos Bancários da Bahia recebe a notícia de que o banco HSBC vai cortar 50 mil vagas de trabalho e finalizar as atividades no Brasil. O anúncio, feito nesta terça-feira (09), é de que a empresa vai eliminar quase 10% do quadro dos funcionários, o que representa entre 22 e 25 mil empregos, segundo a própria organização, mais o contingente de 25 mil demissões com a saída do banco do país e também da Turquia.

    Para o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, a hora é de defender a preservação do emprego dos 21 mil trabalhadores da empresa no Brasil. "Já tomamos a iniciativa de solicitar medidas dos deputados federais e do governo, através dos órgãos controladores da concorrência e do secretário do Trabalho do Estado, Álvaro Gomes. Sabemos que fusões e incorporações ampliam a concentração do mercado cada vez mais oligopolista, o que penaliza os consumidores e coloca em risco os direitos dos trabalhadores", analisa.

    O diretor da entidade e funcionário do banco, Élder Perez, lembra que a maior preocupação é com a redução dos postos de trabalho. "As demissões atingem todos os níveis hierárquicos. Sem contar que a venda do HSBC resultaria em uma maior concentração de bancos e menor concorrência. Os clientes teriam menos opções".

    Só na Bahia, são 27 agências que podem ser fechadas e cerca de 500 o número de possíveis desligados. Nesta quarta-feira (10/06), os diretores do Sindicato visitam as unidades do HSBC em Salvador para prestar esclarecimentos aos bancários. 

    Fonte: Seeb Bahia via Contraf

    Mais de 500 milhões de jovens na miséria

    De acordo com relatório do Fundo de População das Nações Unidas, cerca de um terço dos jovens entre 10 e 24 anos de todo o mundo vive em situação de vulnerabilidade social. A conclusão consta no relatório Situação da População Mundial em 2014. 
     
    Cerca de 1,8 bilhão dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta são jovens com idade entre 10 e 24 anos. Destes, mais de 500 milhões vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de US$ 2,00 por dia.
     
    O levantamento ainda calcula que em regiões em desenvolvimento, cerca de 60% dos jovens não estudam nem trabalham no mercado formal. Também há uma grande barreira digital que separa a juventude de diversos países. Além disso, falta informação e serviços adequados sobre os cuidados com a saúde sexual.

    Fonte: O Bancário

    terça-feira, 9 de junho de 2015

    Forró de Cabo a Rabo em Itabuna no sábado

    Dando continuidade aos festejos juninos, o Sindicato realiza no próximo sábado (13), o Forró de Cabo a Rabo em Itabuna. Este ano, as cidades de Coaraci e Ibicaraí já curtiram a festa que teve como atração principal, a banda Pescoço de Mola. Em Itabuna, o arrasta-pé que está previsto para começar às 16h, terá quatro atrações regionais: Forró do Karoá, Zabumbahia, Trio Iracema e Forró do Caxangá.
    “O forró dos bancários já é uma festa tradicional que acontece há 26 anos. As bandas escolhidas trazem o melhor da forró, então, será uma festa animada e com muita alegria”, destacou Ricardo Carvalho, diretor da Federação dos Bancários Ba/Se.
    O Forró de Cabo a Rabo será realizado no Bosque, bairro São Judas. Ingressos antecipados custam apenas R$ 10. Bancários associados não pagam. Haverá venda de ingressos também na bilheteria do clube no dia do evento.
    Fonte: Seeb/Itabuna

    Percival Maricato: A guerra contra os blogueiros


     
     

     O jornalista Luis Nassif enfrenta diversas ações de indenização propostas por Eduardo Cunha, Gilmar Mendes e outros notáveis da República. O mesmo problema ocorre com Paulo Henrique Amorim e outros blogueiros que escrevem artigos sob uma ótica progressista.


    Por Percival Maricato*, no Jornal GGN


     
    Não poucas são as ações penais com o mesmo fundamento: injúria ou difamação, algumas poucas por calúnia, eis que o acusado deste último crime tem direito a exceção da verdade, ou seja, de provar que o escrito ocorreu mesmo e portanto, noticiar o fato não é crime.

    Como advogado de alguns acusados tenho visto muitas dessas ações se basearem em fatos cansativamente divulgado pela grande mídia. Não obstante, alguns criticados preferem se atirar contra os blogueiros, cujo dano e poder econômico para indenizar é bem inferior.

    Nessas ações, os magistrados ficam sujeitos a um conflito teórico sobre direitos: de um lado, o cidadão defendendo sua honra, sua reputação, sua auto estima; de outro, o jornalista querendo noticiar o que acha ser de interesse de seu público: denunciar falcatruas, atos anti éticos, criticar o que julga errado, sob cobertura do direito à liberdade de imprensa.

    Se a defesa tem servido para defender jornalistas e mídias de grande porte, felizmente também tem servido para salvar os blogueiros referidos da extinção. De fato, juízes de maior estatura sentem-se na obrigação de ser coerentes, inclusive Ministros do STF. E isto tem equilibrado o combate. Há poucos dias um juiz de primeira instância sequer aceitou ação penal intentada pelo Ministro Gilmar Mendes contra Luis Nassif e acreditamos que a ação cível deve ser julgada improcedente, se prevalecer um mínimo de coerência.

    Não obstante, em outros casos as decisões tem sido lamentáveis. Um deles em São Paulo condenou Nassif em R$ 50 mil de danos morais pela simples razão de ter atribuído a uma juíza a conduta de uma sua colega. Há uma contradição sísmica, pois se é tão vexatória a tal conduta, por que o Tribunal, que confirmou a condenação, não toma alguma providência contra a faltosa? E qual outra razão, exceto o caso da ação ter sido proposta por uma juíza, para se justificar condenação de R$ 50 mil. Em casos onde o cidadão comum consegue R$ 5 mil ou pouco mais?

    Paulo Henrique Amorim sofreu uma recente condenação pelo Tribunal de Justiça carioca em R$ 50 mil, por danos morais causados por denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas (dá para imaginar quanto ele não ganharia se acusasse todas as mídias do país que o denunciaram nesse tribunal). A condenação foi revertida no STF, Amorim foi absolvido, tendo o Ministro Celso de Mello repetido velha lição:

    “A liberdade de expressão assegura ao jornalista o direito de manifestar crítica, ainda que desfavorável e em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades”

    A que se deve pois a condenação de Amorim no Tribunal que criou o “auxílio filho”(R$ 943,00 por mês, por filho de desembargador, já aprovado pela assembleia do RJ)? Talvez uma frase do blogueiro tenha ferido susceptibilidades um pouco mais que o normal. Disse ele que “o banqueiro enfrentava problemas nas instâncias judiciais inferiores, “porque, nas superiores, ele tinha ‘facilidades’
     
    *Percival Maricato é jurista
    Fonte: Vermelho


    Projeto de lei quer reintegração na Caixa

    O deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-Ba), membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, deu parecer favorável ao PL 6.258/ 2005 (que tem apensado o PL 1.603/2007), que determina a reintegração no emprego dos bancários da Caixa, demitidos entre 1995 e 2003. 
    Segundo o relator Davidson Magalhães, “a medida trará justiça aos mais de 300 ex-empregados da Caixa que foram demitidos de forma arbitrária no período de vigência da norma “RH 008”.
    Agora, o projeto de lei entra em votação na Comissão e, se aprovado, será encaminhado para apreciação do plenário. A proposta é de autoria dos deputados federais Daniel Almeida e Inácio Arruda.
     À época, a norma RH 008, que permitia a demissão sem justa causa de funcionários, atendia a uma política da instituição de reduzir o quadro de empregados, da qual também fazia parte o PDV (Plano de Demissão Voluntária). Foram desligados cerca de 440 bancários. A terceirização no banco aumentou consideravelmente, cerca de 45 mil terceirizados desenvolviam atividades bancárias.
    Fonte: Seeb Bahia via Feeb-Ba-Se

    CTB Bahia realiza concurso de vídeo em 3 minutos

    Estão abertas as inscrições para o 1º Concurso Vídeo em 3 Minutos – a Face do Trabalhador e da Trabalhadora. A ideia é bem simples, basta fazer um vídeo de até 3 minutos mostrando a sua visão sobre o mundo do trabalho e entregar uma cópia, junto com a ficha de inscrição na sede da CTB Bahia, no Dois de Julho, em Salvador, até o dia 30 de junho. Os trabalhadores do interior podem mandar o vídeo pelos Correios.

    Para estimular ainda mais a criatividade dos trabalhadores, a CTB vai premiar os três melhores vídeos, que ainda participarão da etapa nacional do concurso, onde também haverá premiação. Confira os prêmios:
    Etapa Estadual
    Tablet Samsung Galaxy tab 4 10.1 wi-fi 16GB
    Smartphone Samsung Galaxy a3
    Câmera digital Samsung wb 350 16.0 megapixels
    Etapa Nacional
    Tablet IPAD AIR 4G 16GB
    Smartphone Iphone 5S 16GB
    Câmera Semiprofissional Cannon Eos Rebel T3i 18.0 Megapixels
    Fonte: Feeb-Ba-Se

    Campanha Salarial 2015: Pautas específicas do BB e Caixa saem no fim de semana

    congresso caixa 2015
    A semana será de expectativa para os empregados do Banco do Brasil e da Caixa, que se reúnem no próximo fim de semana, de 12 a 14 de junho, em São Paulo, para debater os problemas nas duas instituições financeiras e construir a pauta com as reivindicações específicas que serão discutidas separadamente com a direção de cada banco.
    No 26º Congresso Nacional dos Funcionários do BB serão discutidos temas como Cassi, Previ, fim do pagamento pelas substituições, Plano de Cargos e Salários.
    Os empregados da Caixa também discutirão demandas especificas no 31º Conecef. Do encontro sairá a pauta da campanha salarial e os princípios norteadores do processo de negociações permanentes com o banco.
    Os bancários da Bahia e Sergipe participam dos dois eventos, levando as demandas discutidas nos encontros estaduais do BB e da Caixa. 
    Fonte: Feeb-Ba-Se

    O valor da solidariedade internacionalista

    A solidariedade internacionalista na luta pela justiça social, a democracia, a soberania, a autodeterminação dos povos e a paz mundial ganha relevo por meio da realização de eventos amplos e variados. O tema assume espaço relevante na ação dos movimentos sociais. 

    Com o ânimo voltado para a reflexão e a ação, representantes de movimentos sociais da América Latina e da Europa se encontram na próxima quinta-feira (11) na “Cúpula dos Povos”, em Bruxelas, paralelamente à reunião de chefes de Estados e Governos da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE). O temário abrange questões amplas, como o respeito aos direitos da mulher, a atenção às minorias, a luta pela erradicação da pobreza, o respeito aos direitos humanos, a defesa do meio ambiente e a luta pela democratização da comunicação, entre outras questões relevantes que, em seu conjunto, significam a busca por alternativas a uma ordem social que ao longo das últimas décadas tem sido marcada por políticas setoriais e globais neoliberais e conservadoras. 

    A convocação do evento assinala que no momento em que o mundo sofre os efeitos de uma crise global, 99 por cento da população do planeta é afetada pela política que favorece apenas um por cento – a política da chamada austeridade que aumenta os lucros privados, que está longe de ser benéfica para os povos. O texto destaca ainda a resistência e a luta dos povos, e chama a atenção para que existe uma alternativa à perspectiva neoliberal da crise. 

    A Cúpula dos Povos expressa, assim, a luta solidária entre as forças progressistas e movimentos sociais da América Latina e da Europa e os esforços conjuntos para construir alternativas políticas e econômicas que favoreçam o aprofundamento da democracia e o progresso social. 

    Com outra dimensão e tendo por foco um país específico, mas com o mesmo sentido da solidariedade internacionalista, o Brasil sediou em Recife, de 4 a 6 de junho, a 22ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, que deliberou sobre a ampliação e intensificação da luta pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos à ilha socialista e pela devolução do território usurpado de Guantânamo.

    O valor da solidariedade internacionalista se destacou também no Segundo Foro pela Paz na Colômbia, realizado na capital do Uruguai, Montevidéu, no passado fim de semana (5 a 7). Justiça social, democracia, soberania, América Latina de paz e livre do militarismo foram os conceitos que marcaram os debates e deliberações, que contaram com a presença de destacadas personalidades, entre estas o ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica.

    Iniciativas como estas são cada vez mais necessárias como expressão da resistência multilateral à ação das potências imperialistas. O papel das organizações de solidariedade internacionalista é ainda mais destacado quando se constata que o imperialismo intensifica políticas de opressão nacional e social, o militarismo e as intervenções bélicas. 


    Fonte: Vermelho

    HSBC anuncia saída do Brasil e corte de até 50 mil empregos no mundo

    O banco britânico HSBC anunciou nesta terça-feira (9) que vai vender e encerrar suas atividades no Brasil e também na Turquia até 31 de dezembro de 2016. Uma "participação modesta" será mantida no Brasil para atender grandes clientes corporativos.
    As mudanças são parte de um plano de reestruturação para economizar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões até 2017. O objetivo do banco é concentrar a atuação na Ásia, principalmente na China e na Índia.
    A instituição financeira ainda deve cortar 50 mil empregos nos dois países, informam a rede “CNN”, a “BBC”, a Reuters e o jornal “The New York Times”.
    Não está claro ainda como serão feitas e e as datas das demissões, que não foram confirmadas pelo grupo.
    No Brasil, o banco britânico tem mais de 21 mil  funcionários, segundo a agência France Presse.
    Entre 2011 e 2014, o banco já havia cortado 40 mil postos de trabalho, para reduzir os custos e para concentrar o grupo nas atividades consideradas estratégicas.
    “Reconhecemos que o mundo mudou e precisamos mudar com ele”, disse o CEO Stuart Gulliver.
    Mudanças
    O banco informou que o objetivo das mudanças é acelerar seus investimentos na Ásia, "capturando as esperadas oportunidades da riqueza emergente na região".
    "O mundo está cada vez mais conectado, e a Ásia deverá mostrar alto crescimento e se tornar o centro do comércio global ao longo da próxima década. Estou confiante que nossas ações nos permitirão capturar as oportunidades futuras de crescimento e entregar mais valor aos acionistas", afirmou Gulliver.
    HSBC estuda ainda a possibilidade de transferir sua sede de Londres para a Ásia – o que deve acontecer até o final deste ano – e busca melhorar suas operações no México e nos Estados Unidos.
    Em maio, o principal executivo do banco espanhol Santander no Brasil, Jesús Zabala, declarou queestudaria a possibilidade de adquirir a atividade brasileira do HSBC.

    No Brasil, o HSBC tem 853 agências em 531 municípios, 452 postos de atendimento bancários, 669 postos de atendimento eletrônico e 1.809 ambientes de autoatendimento, com 4.728 caixas automáticos. O HSBC Bank Brasil faz parte do Grupo HSBC, corporação internacional sediada em Londres e presente em 73 países e territórios.
    Escândalo
    O HSBC esteve no centro do escândalo de fraude fiscal conhecido como "SwissLeaks" – uma investigação sobre lavagem de dinheiro e sonegação de impostos na Suíça.
    Na semana passada, o banco concordou em pagar 40 milhões de francos suíços (cerca de US$ 43 milhões) em acordo com o Ministério Público da Suíça para encerrar as investigações.
    Os dados do SwissLeaks foram vazados por um funcionário do banco e são analisados por um grupo de jornalistas do mundo inteiro, chamado de Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Desde fevereiro, o consórcio começou a divulgar as informações segundo as quais o HSBC teria ajudado clientes a esconder bilhões de dólares no país europeu entre 2006 e 2007.
    De acordo com o jornal francês "Le Monde", que iniciou a investigação sobre o caso, cerca de 180,6 milhões de euros pertencentes a mais de 100 mil clientes e 20 mil pessoas jurídicas transitaram entre novembro de 2006 e março de 2007 por contas bancárias na Suíça, escondidos atrás de sociedades offshore.
    Fonte: G1

    “Desafio da UNE é enfrentar retrocessos com unidade”, diz presidenta

    Carina Vitral, a nova presidenta da UNE
    Vitor Vogel
    Carina Vitral, a nova presidenta da UNE

    A UNE encerrou no domingo (7) mais um congresso vitorioso. Com um processo de mobilização que atingiu 98% das universidades brasileiras e levou mais de 10 mil estudantes à Goiânia, onde aconteceu o 54º Conune, a entidade fortaleceu a unidade da esquerda. Para a nova presidenta, Carina Vitral, a UNE vai desempenhar um papel fundamental na luta política em defesa dos direitos da população e contra os interesses do Congresso Nacional reacionário. 

    Por Mariana Serafini


    “A crise econômica do capitalismo impõe retrocessos à juventude e ao povo, a gente percebe isso quando ela atinge o Brasil e várias pautas reacionárias começam a ser discutidas no Congresso Nacional, este que foi eleito pela iniciativa privada e é o mais conservador desde 1964, agora debate a terceirização, o financiamento privado de campanha e a redução da maioridade penal, entre outras pautas conservadoras e reacionárias”, afirma Carina.
     


    Para a nova presidenta, o grande desafio da entidade é fortalecer a unidade das forças políticas de esquerda. Ela argumenta que só assim será possível avançar com pautas de interesse popular. “O lado de lá, os reacionários, a mídia hegemônica, eles estão unificados, o debate que se faz é sobre a necessidade de que o outro lado, o lado do povo, tem de se unificar também. É preciso superar as diferenças. Isso não significa esquecer as diferença, mas deixa-las de lado para lutar com bandeiras unificadas, e isso a gente tem”, explica.

    Carina orgulha-se ao dizer que a UNE é das poucas entidades que ainda conseguem agregar vários setores da esquerda e acredita que isso é um exemplo a ser seguido neste momento de polarização da luta politica. Segundo ela, as bandeiras que unificam as forças da esquerda são a defesa da democracia e do fim do financiamento privado de campanha e o rechaço à reforma política de Eduardo Cunha e à tentativa de redução da maioridade penal.

    Para ela o perfil do estudante brasileiro, assim como o Brasil, mudou nos últimos anos devido à série de programas sociais que possibilitaram a ampliação do acesso às universidades públicas e privadas. A UNE precisa acompanhar essas mudança e disputar esses espaços. “É um desafio conseguir dialogar com o novo perfil do estudante, que não é conservador, mas que carrega em si muitas contradições e os limites do projeto que se empreendeu nos últimos anos, o desafio da UNE é disputar a consciência para as pautas avançadas, na defesa da democracia”.

    Uma gestão combativa 
    A nova gestão da entidade acaba de começar e já apresenta uma agenda de lutas bastante combativa. Muitos dos estudantes que foram à Goiânia para o congresso não retornaram às suas cidades, eles permanecem mobilizados e seguirão para Brasília pra uma grande manifestação contra os cortes de verba na educação.


    Virgínia Barros passa a presidência para Carina Vitral | Foto: Juliana Pimenta
    Este novo perfil do estudante universitário mostra uma força de luta dentro das instituições de ensino privadas, que são afetadas pelos cortes de verba em programas de inclusão como o Fies. “O movimento estudantil mudou muito nos últimos anos, a universidade privada se fortaleceu e a base da UNE também se modificou. A sociedade pensava que só o estudante de faculdade pública se mobilizava e a gente viu que não foi isso que aconteceu nos últimos anos, quando muitos movimentos foram feitos pelos estudantes das faculdades particulares”.

    A outra grande mobilização será contra a redução da maioridade penal, que segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em breve será colocada em votação. “Junto com a UBES, que está acompanhando essa pauta, a UNE vai fazer intensas mobilizações para barrar a redução e, mais do que isso, convencer a sociedade de que a redução é uma roubada”.

    A força da mulher na política

    Em defesa de uma reforma política democrática, a UNE dá exemplos de mudança no perfil de suas lideranças. Pela primeira vez a entidade tem duas presidentas em gestões consecutivas, a paulista Carina Vitral sucede a pernambucana Virgínia Barros e tem como vice-presidenta a estudante da UFMG, Moara Correa Saboia.


    A força feminina à frente da UNE: Carina Vitral, Virgínia Barros e Moara Saboia | Foto: Juliana Pimenta
    Carina foi eleita pela chapa “O movimento estudantil unificado contra o retrocesso em defesa da democracia e por mais direitos”, que obteve 2.367 dos votos de um total de 4.071, o que representa 58,14%.


    Fonte:Vermelho