sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Anistia ao caixa 2? Então abram as cadeias e soltem os presos


Foto: Antonio Augusto / Camara dos Deputados
  
Por baixo dos panos e usando umas das 10 medidas de combate à corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal que torna crime o caixa dois, os deputados em questão tentaram garantir a anistia dos políticos e empresas envolvidos, que se beneficiaram com o uso do caixa dois. Ou seja, uma manobra para liberar os corruptos e corruptores, envolvidos na Operação Lava Jato. Após protesto de alguns deputados, a pauta foi retirada da votação.

Já sabemos que tudo surgiu de um acordo de grandes partidos e de políticos conhecidos. Queremos saber os nomes dos autores de quem colocou a pauta em votação. A sociedade precisa conhecer os parlamentares que estão tentando enganar o povo, descartando toda investigação de desvio de dinheiro que beneficiou diversos partidos, políticos e empresas.

Fazendo uma relação desta situação com a situação da favela, podemos observar que a desigualdade é muito forte e está em todos os sentidos. Enquanto o favelado sofre com a crise e o desemprego, os responsáveis pela crise encheram os bolsos e agora podem ser inocentados. Nossos chefes de famílias estão desempregados. Os alimentos continuam com preço subindo. Está cada dia mais difícil sustentar a família. As obras nas favelas foram abandonadas. O saneamento continua distante.

Todas descobertas de desvio de caixa dois são milionárias, muitos corruptos e empresas se beneficiaram com esse esquema. Se é para anistiar os corruptos, que se abram as cadeias e soltem os presos. Se por um lado, os corruptos desviaram milhões de dólares, enricaram e enfiaram o país em uma crise, muitos ladrões pobres foram presos ao roubar um celular, ou até mesmo ao roubar algo para dar de sustento às suas famílias, em um país em que o desemprego atinge mais de 12 milhões de brasileiros, e continuam presos, sem direito a defesa, sofrendo todos castigos possíveis nas detenções desse país.

Já essa turma do caixa dois, os que forem e se forem condenados, no máximo ganham de brinde uma tornozeleira para acompanhar os bons vinhos e as casas de luxo. 


*Davison Coutinho, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestre em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade.
"Opinião expressas aqui não necessariamente condizem com a opinião do Vermelho."

Projeto cria semana nacional para debater violência contra a mulher


PMVC
O projeto, de autoria do deputado Chico Lopes, já foi aprovado na Câmara. O projeto, de autoria do deputado Chico Lopes, já foi aprovado na Câmara. 
De acordo com especialistas, o Brasil se caracteriza, de um lado, por possuir uma avançada legislação nessa área e, de outro, pelos altos índices de violência contra a população feminina.

Segundo o Mapa da Violência de 2015, que pesquisou 83 países com base em dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ocupa a quinta posição no ranking das nações que mais matam mulheres. A cada 100 mil mulheres brasileiras, 4,8 foram assassinadas em 2015.

Ao mesmo tempo, a Lei Maria da Penha, cujo propósito é combater a violência contra a mulher, é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência de gênero. Também é frequentemente destacada a Lei do Feminicídio, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, que colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos.

Muitas violências

O feminicídio é apenas uma das muitas violências cometidas contra as mulheres. Ainda mais frequentes são os crimes de caráter sexual, como o estupro, muitas vezes praticados por parceiros ou parentes das vítimas. Várias outras formas de agressão também são consideradas violência doméstica, como humilhar, xingar e diminuir a autoestima feminina; fazer a mulher achar que está ficando louca; jogar objetos, sacudir e apertar os braços; controlar o dinheiro ou reter documentos; ou forçá-la a praticar atos sexuais desconfortáveis.

Pesquisa divulgada na última quarta-feira (21) pelo DataFolha mostrou que 30% dos brasileiros concordam com a afirmação “A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”. O levantamento foi feito com 3.625 pessoas com 16 anos ou mais, entre 1º e 5 de agosto.

Uma outra pesquisa, feita em julho pelo Instituto DataSenado em parceria com a Agência Senado, revelou que a maioria (42%) acredita que a melhoria da educação nas escolas seria a medida mais eficaz para combater o estupro. Essa opção veio seguida pela garantia do cumprimento das leis (19%) e realização de campanhas de conscientização (17%). Foram ouvidas 138.261 pessoas.

O projeto do deputado Chico Lopes ainda aguarda indicação de relator na Comissão de Educação (CE). 
 

Fonte: Agência Senado via Vermelho

Ato com Dilma e Alice em Salvador reúne cerca de 100 mil pessoas


  
Em um carro aberto, Dilma e Alice desfilaram junto aos manifestantes, que seguiram da Praça do Campo Grande, no fim da tarde, até a Praça Castro Alves. Elas estavam acompanhadas do governador do estado, Rui Costa (PT); do ex-governador Jaques Wagner (PT); e da candidata a prefeita do PT em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Moema Gramacho.

A passeata foi encerrada no início da noite, com a concentração dos manifestantes na Praça Castro Alves, onde foi realizado um ato político. Em cima de um trio elétrico, Dilma fez um discurso de cerca de meia hora, em que fez duras críticas ao consórcio construído no Brasil para promover o golpe em seu mandato. Para ela, a intenção do pacto é de retirar direitos sociais do povo e abafar o combate à corrupção.

Dilma lembrou do áudio em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) revela que o processo de impeachment seria uma maneira de atuar para acabar com a Operação Lava Jato e, assim, evitar que os apoiadores fossem os novos alvos das investigações sobre corrupção. “Não teve nenhum governo que mais defendeu o combate à corrupção do que o meu e o do presidente Lula.”


Prisão de Mantega

Na oportunidade, a presidenta cassada também condenou a prisão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo juiz Sérgio Moro, na 34ª fase da Lava Jato. “O Mantega tem moradia conhecida. É uma pessoa que tem uma mulher dentro de um hospital, tratando de um câncer. A pergunta é: por que prenderam? A resposta é: para influenciar na campanha eleitoral. Lamentamos profundamente esse fato”, disse.

Para Dilma, a prova de que a tentativa é de influenciar nas eleições é a seletividade na condução das investigações e nas notícias. “Tem gente fazendo investigação seletiva e tem gente fazendo notícia seletiva.”

Eleições
Ao se dirigir aos eleitores de Salvador, Dilma pediu votos para os candidatos e candidatas que foram contra o golpe e que possuem compromisso com a luta dos trabalhadores. “As pessoas me pedem: ‘Volta, Dilma’. Votar em quem defende a democracia é uma forma de me fazer voltar”, afirmou.

Dilma também ironizou o adversário de Alice Portugal, o atual prefeito ACM Neto (DEM), que disse ter ajudado a “colocar o metrô a andar”. “Eu aprendi uma palavra do ‘baianês’ que explica bem o que estão fazendo em Salvador em relação ao metrô. A palavra é ponga. Estão querendo pongar nessa obra que só andou com o governador em parceria com o governado federal, em meu mandato.”

Alice Portugal e Moema Gramacho não falaram no ato político por impedimento da legislação eleitoral. Após o ato, Alice participou de um debate na TVE e falou sobre a atividade, que considerou como uma das maiores manifestações da história política de Salvador.


De Salvador - Vermelho - Erikson Walla

Unidade dos trabalhadores na luta por nenhum direito a menos

A luta política dos trabalhadores ganha dimensão decisiva quando supera as tradicionais reivindicações econômicas e corporativas, os sindicatos assumem sua dimensão política e reagem a atentados contra os trabalhadores e os direitos sociais.

Esta dimensão se fortalece com a unidade dos trabalhadores na luta por nenhum direito a menos, que cresce ante as ameaças do governo ilegítimo de Michel Temer. A ação unitária dos trabalhadores e das centrais sindicais nunca foi tão importante.

O enfoque histórico da luta dos trabalhadores é a defesa da ação do Estado e do governo para promover o desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda. E não aceitam as mudanças para favorecer o grande capital e a especulação financeira rentista.

A força crescente dos trabalhadores será reafirmada na grande manifestação unitária convocada pelas oito centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Intersindical) para esta quinta-feira (22). Será o Dia Nacional de Paralisações em defesa dos direitos e contra as reformas trabalhista e previdenciária que o governo golpista quer impor.

Esse dia de luta acontece pouco depois da divulgação dos dados negativos do Ministério do Trabalho, revelando a crueldade do custo do golpe parlamentar promovido pela direita e pelos conservadores. O custo que a tramóia golpista impôs ao país e aos trabalhadores foi de 1,5 milhão de empregos formais e uma queda acentuada da renda média dos trabalhadores, que passou de R$ 2.725,28 em 2014 para R$ 2.655,60 em 2015, assegura a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Os trabalhadores e as centrais sindicais reagem contra a situação calamitosa que o golpe parlamentar provocou. Na nota assinada por todas as centrais convocando a manifestação (intitulada “Trabalhadores unidos em defesa dos direitos sociais e trabalhistas”), elas denunciam a tentativa do governo Temer de jogar o custo da crise da economia “nas costas da classe trabalhadora”. E rejeitam qualquer mudança nas leis trabalhistas, como as que querem fazer prevalecer o negociado sobre o legislado, e a ampla terceirização, que precariza todas as atividades profissionais, prevista pelo PLC 4330 que atenta gravemente contra os direitos dos trabalhadores.

“Os trabalhadores não aceitarão perder direitos históricos conquistados com muita luta e sacrifício”, diz aquela nota unitária. “Defendemos – continua – um projeto nacional de desenvolvimento centrado na retomada do crescimento econômico, com geração de empregos e distribuição de renda.” E comemora a unidade da classe trabalhadora, “fundamental para barrar a agenda regressiva em curso. Nenhum Direito a Menos!”


Fonte: Vermelho
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    Reforma de Temer é autoritária e precariza o Ensino Médio


    Divulgação MEC
      
    Na proposta apresentada por Mendonça nesta quinta-feira (22), as disciplinas de artes, educação física, filosofia e sociologia tornariam-se eletivas no Ensino Médio. Coincidência ou não, após a repercussão negativa entre vários segmentos da sociedade, o governo disse que cometeu um erro de publicação e que tais matérias continuarão obrigatórias.

    Ubes: “São autoritários” 

    A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), emitiu uma nota nesta quinta-feira (22) na qual condena a ação do Ministério da Educação (MEC): “As mudanças no Ensino Médio propostas pelo ministro ilegítimo da Educação, Mendonça Filho, acarretarão modificações estruturantes, de caráter tecnicista e que não avançam na política pedagógica da escola. Aumentam carga horária sem especificar de que forma isso será feito; retiram disciplinas críticas e de formação cidadã como arte, educação física, filosofia e sociologia; inclui o ensino técnico dentro do médio, desvirtuando essa modalidade de ensino e, além de tudo, precariza a atividade do professor”.

    “Parece que os golpistas Michel Temer e Mendonça Filho não entenderam o real recado dos estudantes secundaristas que ocuparam as suas escolas em todo o Brasil como forma de luta e demonstração de que esse modelo que hoje perdura não basta. Autoritários como são, eles não conseguem ouvir o grito das ruas por ‘nenhum direito a menos’, que nesta mesma quinta-feira voltou a tomar as ruas do país”, afirma um trecho do comunicado. Confira a íntegra aqui.

    Manifesto

    o Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio lançou um manifesto a respeito da medida provisória, destacando que “o Ensino Médio tem sido alvo de preocupações por parte de gestores, professores, pesquisadores e várias entidades da área, o que, por si só, justifica a necessidade de uma ampla discussão na sociedade brasileira, desde que considere os interesses e necessidades de todos os envolvidos, em particular de estudantes”.

    “Quanto ao conteúdo em si da referida Medida Provisória, ressaltamos seus limites ao considerar apenas parcialmente as necessidades de mudanças, além do que as medidas anunciadas carregam em si perigosas limitações, dentre elas: o fatiamento do currículo em cinco ênfases ou itinerários formativos implica na negação do direito a uma formação básica comum e resultará no reforço das desigualdades de oportunidades educacionais, já que serão as redes de ensino a decidir quais itinerários poderão ser cursados; o reconhecimento de ‘notório saber’ com a permissão de que professores sem formação específica assumam disciplinas para as quais não foram preparados institucionaliza a precarização da docência e compromete a qualidade do ensino; o incentivo à ampliação da jornada (tempo integral) sem que se assegure investimentos de forma permanente resultará em oferta ainda mais precária, aumentará a evasão escolar e comprometerá o acesso de quase 2 milhões de jovens de 15 a 17 anos que estão fora da escola ou que trabalham e estudam; a profissionalização como uma das opções formativas resultará em uma forma indiscriminada e igualmente precária de formação técnico-profissional acentuada pela privatização por meio de parcerias; a retirada da obrigatoriedade de disciplinas como filosofia, sociologia, artes e educação física é mais um aspecto da sonegação do direito ao conhecimento e compromete uma formação que deveria ser integral – científica, ética e estética”, afirma um trecho do manifesto. Clique aqui e leia a íntegra.

    Madalena: “Só piora ainda mais”


    A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabecimento de Ensino (Contee), Madalena Guasco, também posicionou-se a respeito da MP. “O pior é que essa medida provisória piora ainda mais o que foi a experiência anterior, porque pressupõe que o aluno possa decidir pela área ou pelo ensino profissional, mas não garante que ele terá a escolha que fez, já que isso dependerá de a rede oferecê-la ou não’’, alerta Madalena. ‘‘A medida aumenta a carga horária, mas não trata de questões como a valorização dos profissionais da educação, do número de alunos por sala e das dificuldades reais que os estudantes brasileiros possuem em somente estudar, ou seja, não cria nenhuma bolsa para que esses alunos possam se manter em tempo integral na escola. Não leva em conta, portanto, que os alunos que desistem do ensino médio, na sua grande maioria, fazem isso porque precisam trabalhar’’, disse Madalena ao site da Contee.

    Abaixo-assinado 

    Um abaixo-assinado on line foi criado para dizer não à proposta antidemocrática de Reforma do Ensino Médio apresentada pelo governo Temer. Clique aqui e assine.

    Desmonte 

    Não legitimado pela grande maioria dos movimentos em defesa da educação, o único grupo consultado pelo ministro para debater a conjuntura educacional foi o de extrema-direita, Revoltados on Line, liderado pelo ator pornô Alexandre Frota. Além do encontro nada convencional, Mendonça tem produzido um desmonte cotidiano no MEC, exonerando funcionários estratégicos para acompanhar o Plano Nacional de Educação, promovendo o corte de verbas estratégicas para a educação (as universidades federais terão seu orçamento cortado em 45%), encerrando programas de cunho social e destroçando o Fórum Nacional de Educação.

    O governo ilegítimo Temer quer que a medida provisória passe a valer a partir de meados de 2017.


    Do Portal Vermelho 

    Conheça a história do candidato Jorge Barbosa 65611


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