sexta-feira, 6 de junho de 2014

Com apoio do Brasil, Cuba terá remédio contra o câncer em dois anos

Cuba espera ter remédio natural contra o câncer antes de 2 anos. Foto: AFP/ Fred Tanneau
AFP
Cuba espera ter remédio natural contra o câncer antes de 2 anos.
Foto: AFP/ Fred Tanneau

Cuba espera desenvolver, antes de 2 anos, um novo remédio natural contra o câncer, que reduziria os tumores e ajudaria a evitá-los em pessoas com pré-disposição para a doença, anunciou nesta quinta-feira (5) o laboratório estatal Labiofam.


Trata-se de uma solução de oito "peptídeos" (tipos de moléculas), extraídos de uma espécie de escorpião que, clonados mediante técnicas de engenharia genética, demonstraram uma eficácia "impressionante" em testes de laboratório, disse o presidente do Labiofam, José Fraga Castro. Em testes pré-clínicos com ratos, a resposta "realmente impressionou, ou seja, houve reduções de 90% em questão de nove dias do tamanho do tumor", declarou Fraga.

"Se nós conseguirmos desenvolver os testes clínicos entre o final e o começo do ano, poderíamos estar falando (...) de um ano e tanto, a possibilidade de dar este passo" e ter o medicamento aprovado para uso em massa, explicou ele em entrevista à AFP.

"Fizemos esta avaliação pré-clínica repetidamente e os resultados se mantiveram, o que demonstra que o produto já é estável, que é um antitumoral altamente eficaz. Estamos na fase de escalada, para ir a um teste clínico posterior, com todos os testes que o processo tem", acrescentou.

O Labiofam desenvolve outros medicamentos com veneno de escorpião, que melhoram a qualidade de vida do paciente com câncer, mas não revertem a doença. O peptídeo natural já foi testado com bons resultados em humanos em casos de pacientes desenganados pelos médicos e com autorização pessoal e familiar, disse Fraga.

"Do ponto de vista de produção, não há nenhum tipo de dificuldade, o tema está em que seja aprovado para uso pelos organismos de controle e regulação dos medicamentos humanos", acrescentou.

Colaboram no desenvolvimento do novo medicamento, que ainda não tem nome comercial, empresas da China e da Rússia, menos propensas a receber "pressões" de transnacionais farmacêuticas, uma vez que um medicamento contra o câncer seria concorrente da quimio e da radioterapia, tratamentos que geram ganhos "milionários", disse o funcionário.

Cuba exporta várias vacinas e remédios desenvolvidos com biotecnologia, que rendem ao país 600 milhões de dólares anuais.

Parceria com o Brasil

No início deste ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou uma carta que estabelece parceria bilateral entre Brasil e Cuba para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer e doenças autoimunes.

O acordo permite que empresas brasileiras e cubanas desenvolvam conjuntamente"novos medicamentos. Em nota divulgada na época pelo Blog do Planalto, o governo federal informou que o texto prevê ainda a redução no custo desses medicamentos e produtos, além de "estímulo à inovação tecnológica" no Brasil.

Da redação do Portal Vermelho - Com informações do Blog do Planalto e de agências de notícias

Congresso da UBM quer mulher na política e salários maiores

O evento, aberto na noite de qaurta-feira (4), em Brasília, reune delegadas de todos os estados do Brasil
Foto Rita Polli

“Mais Democracia, Mais Poder para as Mulheres e o Brasil Avançar” foi o primeiro tema debatido no segundo dia do 9º Congresso da UBM, que está sendo realizado em Luiziânia (GO) até esta sexta-feira (6). A realização das eleições gerais no país foi destacada como elemento importante no debate realizado pela UBM, que defendem maior participação das mulheres nos espaços de poder. No dabate sobre autonomia econômica, que se segui, as reivindicações reaciram sobre salários maiores.  


O tema, apresentado pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), coordenadora da bancada feminina na Câmara; a educadora Olgamir Amancia e a representante da UBM-SP e Unegro, Flavia Costa , apontou para a luta das mulheres para ampliar seus espaços de poder e, principalmente, a construção de programas avançados que tratem das reformas estruturais, como para a reforma política, que contemplem o atendimento de reivindicações das mulheres.


As mulheres também discutiram a necessidade de, ao mesmo tempo, procurar lançar maior número de candidaturas femininas e, durante as campanhas eleitorais, incluir nos debates as bandeiras feministas e a organização para continuar lutando por tais bandeiras depois de passadas as eleições.

A deputada Jô Moraes lembrou as diversas campanhas que estão sendo promovidas para garantir uma maior participação das mulheres nas eleições deste ano como forma de chamar atenção da sociedade para essa pauta.

A conclusão é de que a luta na campanha eleitoral deve destacar a quarta vitória do povo brasileiro neste novo ciclo político iniciado no começo do milênio, reelegendo a presidenta Dilma Rousseff, para avançarmos ainda mais no desenvolvimento do país e na conquista de mais direitos para as mulheres e os trabalhadores.

Situação desigual

As brasileiras são 51% da população brasileira e do eleitorado, mas apenas 9% do Congresso Nacional são mulheres. Negros e negras representam somente 8% na casa legislativa, destacam as ubmistas, para que as manifestações de junho do ano passado demonstraram a insatisfação com o sistema político de representação.

As mulheres defendem uma reforma política para o aperfeiçoamento da democracia, que passa obrigatoriamente por mecanismos que assegurem às mulheres mais condições de disputar os espaços de poder.

“No Brasil, estamos em condições muito aquém do que já se progrediu em países como Equador, Costa Rica e Bolívia. Isto num país que já se alçou ao patamar de sexta economia do mundo. Neste item, o da igualdade de gênero na política, o Brasil está em 106º lugar entre 187 países”, destacou a presidenta da UBM, Elza Campos (foto ao lado), em meio ao debate.

Na defesa pelo socialismo, que pontuou toda a discussão das mulheres, elas destacaram que muitos entraves precisam se vencidos em reformas mais profundas, democráticas e estruturantes. “Uma destas é a reforma política, que torne a política mais representativa do povo e das mulheres, assegurando o fim do financiamento privado de campanha, a garantia da paridade de mulheres nas listas pré-ordenadas partidárias com alternância de gênero e cotas de 50% de mulheres para todas as casas legislativas do Brasil”, defenderam em uníssono as ubmistas.

Autonomia econômica


A segunda mesa de debate abordou o tema Trabalho e Autonomia Econômica, que foi apresentado pela secretária Especial de Politicas para as Mulheres do Rio de Janeiro, Ana Rocha; a representante da UBM no Conselho Nacional de Direito das Mulheres (CNDM), Lucia Rincon e a representante da Secretaria de Politicas para as Mulheres (SPM), Beatriz Gregory.

Para as debatedoras, a desigualdade no trabalho é uma grande preocupação das mulheres. A avaliação é de que o ingresso da mulher no mercado de trabalho formal significou um grande avanço, mas que essa inserção é marcada pela desigualdade e pela dupla jornada.

O debate girou em torno das medidas que devem ser adotadas, como a implantação d e políticas públicas, para superar essa questão. As mulheres destacaram que além da construção de um em que homens e mulheres sejam, ambos, provedores e cuidadores, a realidade aponta para um percentual de 40% dos lares brasileiros chefiados por mulheres, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para Ana Rocha, a solução dessa equação não pode ficar na mão das mulheres, mas que é também uma responsabilidade do Estado e da sociedade.

Salários maiores

Outra luta das mulheres que precisam ser enfrentadas com legislação e políticas públicas é a superação das desigualdades que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, que se reflete principalmente em salários mais baixos. Em média, a remuneração feminina corresponde a 70% da masculina.

“Não há dúvida de que são as mulheres com menor remuneração que enfrentam em maior grau a dupla jornada de trabalho”, diz Ana Rocha, enfatizando a necessidade de investimento público para enfrentar essa situação, “que não pode ser responsabilidade da mulher ou de sua escolha pessoal”, enfatiza.

No debate, as ubmistas apontam como solução para o enfrentamento da situação mais investimentos para ampliação de creches e escolas de tempo integral, mais espaços de qualificação, acesso a crédito para o empreendedorismo feminino, políticas de previdência social para as mulheres e seu maior acesso à documentação civil, além de equipamentos sociais que contribuam para aumentar o tempo disponível das mulheres.

As mulheres também destacaram a necessidade de criação de mecanismos institucionais para barrar qualquer relação de trabalho discriminatória em razão de sexo, raça-etnia, orientação sexual, geração ou deficiência ,com equidade salarial e no acesso a cargos de direção.

De Brasília - Vermelho  - Márcia Xavier

Congresso Nacional promulga emenda do trabalho escravo

 Congresso Nacional promulga emenda do trabalho escravoO proprietário de imóvel urbano ou rural que explorar trabalho de empregado sem o devido pagamento de salário estará sujeito a ter seu imóvel expropriado. Esse mandamento constitucional passa a valer no Brasil com a Emenda Constitucional 81, promulgada no início da tarde de ontem, quinta-feira (5) pelo Congresso Nacional.




Ao discursar na solenidade de promulgação da emenda, o presidente do Senado, Renan Calheiros disse que, um século depois da abolição, o Brasil ainda não pode dizer que está livre desse mal. Pelo menos, é o que revelam dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


De acordo com a OIT, ainda hoje existem pelo menos 20 milhões de pessoas submetidas ao trabalho forçado em todo o mundo e boa parte desse contingente encontra-se aqui na America Latina. 90% desse total estão na economia privada. Esses dados muito mais nos envergonham sabendo que o trabalho forçado afeta a camada da população mais carente, mais pobre, mais necessitada, mais vulnerável e que mais deveria estar sob a proteção do estado. Entre esses, os mais atingidos são as mulheres, os migrantes menos qualificados, as crianças e os indígenas.

A Emenda 81 dá nova redação ao artigo 243 da Constituição, que determina a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, acrescentando a possibilidade de aplicação da medida no caso de exploração de trabalho escravo.

A definição de trabalho escravo, porém, ainda depende de regulamentação, já que foi aprovada subemenda que incluiu a expressão “na forma da lei” no texto. Uma proposta de regulamentação, que tem o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como relator, aguarda votação.

Fonte: Agência Senado

CVM apura vazamento de resultados de pesquisas eleitorais por bancos

A reação antes da hora do mercado financeiro a rumores sobre as pesquisas das eleições de 2014 virou alvo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que apura possibilidade de vazamento dos resultados pelos investidores, para compra ou venda de ativos, o que é considerado passível de punição por informação privilegiada.

Outra hipótese considerada é a contratação de pesquisas privadas para monitorar os candidatos na véspera de um levantamento público e, assim, antecipar movimentações do mercado.

Nos últimos meses, a Bolsa passou a "comprar" nova queda de Dilma, influenciada pelas ações de estatais. O movimento lembra o visto em 2002, na campanha que elegeu Lula à Presidência pela primeira vez.

Em pesquisa Ibope realizada no dia 22 de maio, a presidente Dilma Rousseff venceria a eleição em primeiro turno. Diferentemente das pesquisas Datafolha e Sensus, que apontaram segundo turno, o levantamento do instituto mostra a candidata do PT com 40% das intenções de voto, contra 20% do pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, e 11% de Eduardo Campos, do PSB.

As sanções previstas por lei vão desde advertência até proibição de atuar no mercado financeiro. Já a divulgação de levantamentos sem registro é passível de multa de R$ 53,2 mil a R$ 106,4 mil.
Fonte: Brasil 247 via Feeb-Ba-Se

Campanha "Pró 40 horas" inaugura nova fase na luta pela redução da jornada

pro 40hA CTB participou, na tarde desta quarta-feira (04), do lançamento do Movimento “Pró 40 horas”, que defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 231/95 (PEC), que reduz a jornada de trabalho sem redução salarial.
A campanha, lançada no Auditório Nereu Ramos, da Câmara Federal dos Deputados, em Brasília, conta com uma parceria das Centrais Sindicais, do Ministério Público do Trabalho, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e de setores da sociedade civil organizada. Na opinião dos sindicalistas e dos parlamentares que participaram da cerimônia, o movimento inaugura um momento novo na luta dos trabalhadores.
O deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que também é dirigente nacional da CTB, presidiu o evento e comemorou a participação maciça dos sindicalistas e a adesão das entidades na luta pela redução da jornada de trabalho. Francisco das Chagas, o Chaguinha, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, que também representou a Central no evento, reforçou a importância da medida para o conjunto da classe trabalhadora, lembrando que essa é uma bandeira histórica do movimento sindical.
União
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No evento deputados (as) discursaram, assinaram manifesto de apoio a justa luta dos trabalhadores (as), que visa pôr fim a uma das mais intensas jornada de trabalho do mundo.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor do projeto de lei da redução da jornada de trabalho, conclamou os trabalhadores a ocuparem as galerias do Plenário da Câmara e os gabinetes dos presidentes do Senado e da Câmara para cobrar a votação da matéria. Segundo ele, que luta junto com os trabalhadores desde a Constituição de 1988 pela redução da jornada de trabalho, “nós (Brasil) estamos atrasados em relação ao resto do mundo neste assunto”.
Para ele, “é importante colocar a matéria em votação no Plenário para saber quem vota a favor ou não, destacando a importância do sentimento de forte unidade que permite que as centrais sindicais ocupem todos os espaços do Congresso Nacional mostrando o significado dessa batalha que perdura desde 1988 até hoje”.
Para o público que lotou o auditório Nereu Ramos, o maior da Câmara, o senador disse que “não é possível que a gente não consiga convencer, em um diálogo forte dos trabalhadores, que são os que mais precisam, que temos que votar a matéria, lotando as galerias da Câmara”, conclamou.
Mais empregos
Em tramitação no Congresso Nacional há 19 anos, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários é uma reivindicação do movimento sindical que visa gerar empregos e reduzir o excesso de jornada.
Segundo o Dieese, 3.293.472 novos postos de trabalho seriam criados com a redução da jornada para 40 horas. No comércio varejista seriam 624.884, no setor de transportes terrestres, 143.997 e na fabricação de produtos alimentícios seriam 138.795.
A inciativa beneficiaria trabalhadores da ativa e desempregados. Os da ativa porque disporiam de mais tempo para aprimoramento profissional e vida pessoal. Os desempregados, por conseguirem uma colocação no mercado de trabalho.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2012, elaborada pelo Dieese, 290.666 trabalhadores da área de fabricação de produtos têxteis trabalham de 41 a 44 horas semanais, o que equivale a 97,3% da categoria registrada. No comércio varejista, esse número é 6.258.861, equivalente a 95%. Esses trabalhadores, por exemplo, poderiam utilizar o seu tempo livre para o estudo, lazer e para se dedicar à família.
Portal CTB com agências (fotos: Agência Câmara e Nailton Francisco Souza - NCST) - Feeb-Ba-Se

Amanhã, a partir das 15 horas n’O Bosque

Chegou a hora do Tradicional forró dos bancários. Amanhã, a  partir das 15 horas, na casa de evento O Bosque – Rua Suiça, 106 – São Judas, começa o Forró de Cabo a Rabo, o Arrasta-pé dos Bancários. A animação fica por conta das Bandas Forró do Karoá e Zabumbahia. Vai ter dançarinos do cabrueira, fogueira, licor.
Para entrar no evento, o bancário sindicalizado e acompanhante só precisa se identificar na portaria. Veja no mapa como chegar.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Brasil é principal exemplo de sucesso na redução do desmatamento, aponta ONU

Relatório indica que o governo brasileiro reduziu o desmatamento na Amazônia por meio da criação de áreas de proteção ambiental a partir da segunda metade da década de 1990, com grande intensificação neste século
Por Danilo Macedo, da Agência Brasil
Um relatório divulgado nesta quinta-feira (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobremudanças climáticas destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento, intitulado “Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento: Nações Tropicais Onde as Políticas de Proteção e Reflorestamento Deram Resultado”, traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.
Dezesseis países da África, América Latina e Ásia também são citados como exemplos de sucesso na proteção às florestas. O relatório indica que o governo brasileiro reduziu o desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, por meio da criação de áreas de proteção ambiental a partir da segunda metade da década de 1990, com grande intensificação neste século, e as moratórias acordadas com empresas privadas sobre a compra de soja e carne de áreas desmatadas. “As mudanças na Amazônia brasileira na década passada e a sua contribuição para atrasar o aquecimento global não têm precedentes”, diz o documento.
De acordo com o principal autor do trabalho, Doug Boucher, o caso brasileiro mostra que o desenvolvimento econômico não é prejudicado pela redução do desmatamento. “Por exemplo, as indústrias de soja e de carne bovina no Brasil prosperaram apesar das moratórias evitando o desmatamento.” O relatório avalia que a derrubada da floresta, “vista no século 20 como algo necessário para o desenvolvimento e uma reflexão do direito do Brasil de controlar seu território, passou a ser vista como uma destruição de recursos devastadora e exploradora daquilo que constituía o patrimônio de todos os brasileiros”.
O estudo destaca o papel desempenhado pelas reservas indígenas na conservação da Floresta Amazônica, iniciativas estaduais e a ação de promotores públicos de Justiça, “um braço independente do governo, separado do Poder Executivo e Legislativo, e com poderes para processar os responsáveis pela violação da lei”. Também é citado o apoio internacional, como o acordo celebrado com a Noruega, que já repassou US$ 670 milhões em compensação pelas reduções das emissões. O documento é considerado de natureza não apenas financeira, mas também política e simbólica, mostrando o compromisso em apoiar os esforços dos países tropicais.
Em relação ao futuro, no entanto, o relatório informa que duas mudanças em 2013 levantaram dúvidas sobre a continuidade do sucesso do país na área climática: as emendas ao Código Florestal Brasileiro que anistiam desmatamentos anteriores e o aumento de 28% na taxa de desmatamento entre 2012-2013 na comparação com o período 2011-2012. A avaliação do documento é que ainda é muito cedo para prever se este crescimento será uma tendência, mas ressalta que, embora o desmatamento tenha aumentado 28% no ano passado, em relação a 2012, ele foi 9% menor ao registrado em 2011 e 70% inferior à media entre 1996 e 2005.
“O Brasil inscreveu seu plano para reduzir o desmatamento em 80% em 2020 na lei nacional, mas para que haja um progresso continuado será necessário redobrar os esforços para reduzir as emissões”, afirma o documento. “Nesse meio tempo, a redução do desmatamento da Amazônia já trouxe uma grande contribuição no combate à mudança climática, mais do que qualquer outro país na Terra”, finaliza.
(Crédito da foto da capa: Wikimedia Commons
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/

Trail run reúne 1650 corredores na Praia do Forte, na Bahia



Aconteceu no dia 24 de maio, na Praia do Forte, na Bahia, a 6ª edição do Running Daventura, com provas de maratona (42,2km), meia maratona (21km), 10km, 5km e corrida infantil. Mais de 1650 atletas, de 14 estados brasileiros e 12 países das Américas, Europa e Ásia participaram da corrida. 

O sol reinou durante a prova, mas a chuva que caiu nos dias anteriores deixou o percurso mais técnico, com alguns trechos escorregadios que exigiam atenção dos atletas. A prova alternou diferentes superfícies e obstáculos: estradas de terra, trechos de areia na praia, trilhas, travessias por rochas, pontes, riachos e troncos caídos deram um grau a mais no desafio e testou os limites e a resistência dos atletas.

Na maratona (42,2 km), o atleta Bruno Matos (foto abaixo), de 30 anos, natural de Olindina na Bahia, da equipe Gantoá Perdidão, foi o grande vencedor com o tempo de 4h12m. Esse é o segundo título do atleta no ano, recentemente, ele foi o vencedor da corrida de aventura “Noite do Perrengue” em prova noturna realizada na Costa do Sauípe, também na Bahia.
“O trecho inicial da maratona foi punk, correr na areia da praia debaixo de sol forte não foi fácil. Depois entrou na parte que eu costumo treinar que é o single track, com muitos trechos sombreados, a partir dessa parte eu forcei bastante o ritmo. Tinham algumas árvores caídas, em corridas de aventura isso é normal, até que gostei. Com relação aos obstáculos, nos deparamos com vários riachos, teve uma parte que atravessamos o mar, mas estou acostumado com isso, achei tranquilo”, destacou o campeão. 


Em segundo lugar na maratona ficou o soteropolitano Rosquildes da Conceição Sales de 46 anos, com o tempo de 4h19m. Em terceiro ficou outro soteropolitano,Ariosvaldo Freitas de 46 anos, com o tempo de 4h50m.
RESULTADOS
RD 5K MASCULINO
1º - DAMIAO ROSAS DA SILVA JUNIOR - 00:18:28.819
2º - ANTONIO RAIMUNDO SANTANA DOS SANTOS - 00:19:23.174
3º -  JOSE ALVES DOS SANTOS - 00:19:37.153
4º - JOSE CARLOS DE SOUZA BRITO - 00:21:08.837
5º - JOSE FRANCISCO BARBOSA DE ARAUJO - 00:21:12.075
RD 5K FEMININO
1º - MARLI XAVIER DOS SANTOS BRANDAO - 00:23:01.870
2º - LILIA SENA MOISES - 00:23:45.798
3º - AUGUSTINHA LOPES DOS SANTOS - 00:25:04.278
4º - LIDIANE APARECIDA BARBOSA SOUZA - 00:27:43.670
5º - NERCY FREITAS DA COSTA - 00:28:59.742
RD 10K MASCULINO
1º - HELIO CASSIO BISPO DOS REIS - 00:42:15.912
2º - DIONISIO SANTOS DE JESUS - 00:43:08.131
3º - BENEDITO SAMPAIO CARDIA - 00:43:24.450
4º - MARCELO CARVALHO DE ALMEIDA - 00:43:29.152
5º - REGINALDO DOS SANTOS - 00:44:25.179
RD 10K FEMININO
1º - CRISTIANE DUQUE ALMEIDA - 00:48:28.566
2º - MIRIAM DE JESUS ALVES - 00:49:28.614
3º - JESUITA ROSA VIEIRA PEREIRA - 00:55:26.298
4º - ELIANE RIBEIRO DE AGUIAR - 00:55:34.843
5º - VANDREIA ROCHA - 00:58:24.444
RD 21K MASCULINO
1º - EDESIO DE OLIVEIRA SANTOS - 01:32:55.856
2º - EDSON BARBOSA DA SILVA - 01:39:11.196
3º - GEOMARIO DA SILVA - 01:43:37.174
4º - WILTON CERQUEIRA MAGNO - 01:51:24.291
5º - JAILTON SILVA SANTOS - 01:52:57.546

RD 21K FEMININO
1º - GUZA REZE DE AQUINO SILVA - 02:02:24.554
2º - EDIMARA ALVES DE OLIVEIRA - 02:06:26.386
3º - LUDMILA SANTOS RIBEIRO DE ASSIS - 02:08:04.968
RD 42 MASCULINO
1º - BRUNO GUILHERME MATOS SILVA - 04:12:11.080
2º - ROSQUILDES DA CONCEICAO SALES - 04:19:13.016
3º - ARIOSVALDO FREITAS DOS SANTOS - 04:50:49.401
4º - WILLIAMS SANTOS PAIXAO - 04:56:48.925
5º - RUBEM FERNANDES DE LIMA SOBRINHO - 04:56:53.984

RD 42K FEMININO
1º - IVANILDA SANTANA DA SILVA - 04:56:52.811
2º - LUCIANA SANTOS FREITAS - 05:08:58.722
3º - JOSEFA MARTINS DA COSTA NOBLAT - 05:39:27.832
4º - ANGELA PELOSI - 05:49:37.518
5º - PATRICIA TEIXEIRA BATALHA - 06:11:39.601
Fonte: http://oglobo.globo.com/

5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

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Desde a descoberta do meio de produzir o fogo, o homem vem aprimorando seus conhecimentos e, elaborando técnicas cada vez mais sofisticadas para exploração e transformações dos recursos naturais, o que tem provocado profundas ações transformadoras no meio ambiente, sendo um dos principais efeitos o aumento da temperatura e os seus impactos na natureza.
As alterações do clima é uma das principais preocupações de ambientalistas e governos de todo mundo. Estudos realizados estimam um aumento de 5% a temperatura global para 2050, se confirmada essa tendência fenômenos e catástrofes poderão ser devastadores.

Diante dessas projeções estudos estão sendo realizados com o objetivo de elaborar cenários econômicos e sociais para as próximas décadas, com esses cenários, ações mitigadoras devem ser elaboradas para que a previsão de aumento da temperatura seja menor provendo assim, um maior equilíbrio do meio ambiente.
A partir desse cenário cabe ao movimento sindical participar e intervir nesse debate, pois as alterações que venham ocorrer, seja nas alterações dos modos de produção ou numa possível redução desta, poderão também alterar sobremaneira o mundo do trabalho, seja na diminuição de posto de trabalho ou na margem salarial. Por outro lado, também interessa a classe trabalhadora as mudanças que visem um maior equilíbrio e contribuam para um modelo desenvolvimento sustentável e garantam melhoria nas condições de trabalho.
Além disso, a sociedade precisa tomar consciência de preservar não só os recursos naturais, mas a vida dos seres vivos principalmente o ser humano, de compreender que há uma necessidade imediata na construção de políticas sócio-educativas para garantir uma cultura prevenção dos possíveis efeitos danosos com a evolução tecnológica e suas ações geradas, que influenciam tanto na vida como no ambiente ao qual estamos inseridos.
5 de Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, momento de refletirmos e ponderarmos o que somos, pensamos e fazemos no nosso Planeta Terra.
Há necessidade de um equilíbrio entre os avanços tecnológicos com a natureza, daí a importância do desenvolvimento sustentável. É preciso programar políticas que estimulem a redução do desperdício, diminuição de produção dos chamados descartáveis (lixo) e agressão a natureza.
Cabe a todos nós seres humanos uma reflexão sobre nossas ações cotidianas nas diversas áreas que estamos e participamos.
Pois a violência, a exploração, o desrespeito e desmandos são atitudes que degradam a humanidade e, por conseguinte o ambiente. Pensem nisso!
Claudemir Nonato é secretário adjunto de Meio Ambiente da CTB

União é condenada a indenizar família do comunista Gregório Bezerra

 

A Justiça Federal condenou a União a pagar R$ 1 milhão à família do militante comunista e ex-deputado federal Gregório Bezerra, que passou 24 de seus 83 anos preso por motivos políticos. A ação judicial foi ajuizada por um dos filhos e por netos de Bezerra, depois que o Ministério da Justiça negou o pedido de reparação por perdas materiais e danos morais causados pelas violações de direitos humanos praticadas por agentes do Estado.


 
A União poderá recorrer da decisão. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ainda não foi notificada da decisão e manifestou sobre o assunto.

Nesta terça-feira (3), ao manter a decisão condenatória de primeira instância, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) ressaltou que os filhos de Bezerra, Jurandir Bezerra, de 84 anos, e Jandira Bezerra Moreira, que morreu em 2004), sofreram psicológica e moralmente devido aos “incontestáveis danos morais sofridos por Gregório Lourenço Bezerra, em decorrência da perseguição política e atos de tortura a que foi sujeito durante a vigência de vários regimes de exceção”.

A Quarta Turma manteve a condenação da União, por unanimidade, seguindo o voto do relator da ação, o desembargador federal Rogério Fialho. Para ele, “a indenização deve ser suficiente para desencorajar a reiteração de condutas ilícitas e lesivas por parte do réu [União] e, ao mesmo tempo, amenizar, na medida do possível, o constrangimento causado ao autor lesado”.

Em seu voto, o desembargador defendeu a redução do valor a ser pago pela União. “O montante da indenização não pode se mostrar excessivo diante dos danos efetivamente sofridos, sob pena de resultar em enriquecimento ilícito’, disse o desembargador, propondo que a pena seja fixada em R$ 500 mil. Os outros magistrados, contudo, mantiveram o valor definido em primeira instância.

Natural de Panelas, Pernambuco, filho de agricultores, Bezerra foi preso pela primeira vez em 1917, por participar de manifestações comunistas e trabalhistas. Voltou a ser preso em 1937, já durante o Estado Novo, quando foi condenado a 27 anos e meio de reclusão, acusado da morte de um tenente e de ter ferido outro oficial durante uma tentativa de roubo de armas

Ele foi condenado a 28 anos de prisão, pela morte do tenente José Sampaio Xavier e por ter ferido o tenente Aguinaldo Oliveira de Almeida na tentativa de roubar armas do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Recife. Anistiado em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) um ano depois. Em 1947, o PCdoB teve o registro cassado e, em janeiro de 1948, todos os parlamentares eleitos pela legenda perderam o mandato.

Em 1957, ainda com o PCdoB na ilegalidade, Bezerra foi preso novamente, acusado de atividades comunistas. Solto, voltou a ser detido após a deflagração do golpe militar de 1964, quando foi torturado e arrastado por ruas do Recife, enquanto oficiais pediam à população que o linchassem – o pedido não foi atendido. Condenado a 19 anos de prisão, teve os direitos políticos cassados naquele ano.

Em 1969, Bezerra foi um dos presos políticos soltos em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, seqüestrado por militantes contrários ao regime militar. Exilado, viveu no México, em Cuba e na Rússia. Só voltou ao Brasil em 1979, após a anistia política, mas morreu quatro anos depois, em 1983.

Fonte: Agência Brasil via Vermelho

Combate ao trabalho infantil precisa quebrar círculo vicioso da pobreza

O dia 12 de junho foi escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Em 2014, como a data coincide com a abertura da Copa do Mundo no Brasil, a Justiça do Trabalho decidiu antecipá-la para hoje, 3 de junho, com uma série de atividades que dão ênfase à conscientização da sociedade para a gravidade do problema (confira aqui algumas das iniciativas). Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), concluída em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 3,5 milhões de crianças e adolescentes, entre cinco e 17 anos, em situação de trabalho infantil.
Para o ministro Lelio Bentes Corrêa, do Tribunal Superior do Trabalho, coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Infantil no âmbito da Justiça do Trabalho, a data é um convite à reflexão e à sensibilização. "Temos criado materiais de trabalho e de esclarecimento para a sociedade, como a cartilha 50 Perguntas e Respostas sobre Trabalho Infantil, e o manual Trabalho Infantil: Um Novo Olhar, distribuído a todos os juízes do trabalho no Brasil. E temos o nosso sítio na internet onde se pode consultar e ter acesso à bibliografia e a todas atividades da comissão".
Círculo vicioso
Mesmo com o aumento da conscientização social, Lelio Bentes lembra que existe o fato econômico, que classifica como "círculo vicioso da pobreza": pais pobres levam seus filhos a trabalhar e essas crianças, por não terem acesso à educação, passam a ser elas próprias pais pobres que também levarão seus filhos a trabalhar no futuro. "É preciso quebrar esse círculo", afirma.
"Essas pessoas têm muito poucas escolhas", reforça Beate Andrees, chefe do Programa de Combate ao Trabalho Forçado da OIT. Um elemento fundamental para superar essa condição é a implementação de políticas públicas que possam alcançar as famílias em situação de carência – e o exemplo do Brasil é reconhecido pela própria OIT, que recomenda a ampliação da proteção social às famílias. "No Brasil, podemos ver algumas boas práticas de medidas preventivas nesse sentido, sobretudo nas zonas rurais", afirma Andrees.
Lelio Bentes ressalta que, embora as políticas públicas existam, falta sobretudo investir na qualidade do ensino e na distribuição de renda. "É absolutamente fundamental criar alternativas de geração de emprego e renda e de qualificação profissional dos adultos para que seus filhos possam ter acesso à escola e ali se preparar para uma vida produtiva no futuro", defende. "E a escola precisa ser atrativa e de tempo integral, para que esses meninos possam estar protegidos enquanto seus pais trabalham".
Outro ponto reforçado na discussão sobre a erradicação do trabalho infantil diz respeito à aplicação rigorosa da lei. "Tanto a fiscalização do trabalho como o Ministério Público e a Justiça do Trabalho têm estado bastante atentos e atuado no lado repressivo", assinala o magistrado.
As condenações impostas pela Justiça do Trabalho, sobretudo a partir de ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público, também repercutem positivamente. "Há muitos casos judiciais bem sucedidos no Brasil, com milhões de reais pagos em indenizações", assinala Beate Andrees. "É realmente um exemplo a ser seguido".
Redução
A coordenadora do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, Maria Cláudia Falcão, diz que a redução do problema no Brasil é reconhecida internacionalmente. De 1992, quando se começou a medir o número de crianças ocupadas, a 2012, houve uma redução de 58%. "Em 1992 eram oito milhões de crianças em situação de trabalho infantil e, de acordo com a PNAD de 2012, em 2012 esse número foi reduzido para 3,5 milhões. Ou seja, houve uma redução de 4,9 milhões de crianças", assinala.
Para Lelio Bentes, a Justiça do Trabalho tem uma contribuição decisiva para esses resultados. "A CLT foi escrita na década de 40 e, de lá pra cá, houve mudança tanto na legislação como na Constituição", explica. "A Emenda Constitucional 45 atribui ao juiz do trabalho a competência para lidar com os assuntos do mundo do trabalho. Essa é uma responsabilidade nossa, da Justiça do Trabalho, e os juízes estão bastante preparados para fazer frente a essa responsabilidade".
Fator cultural
Além dos fatores socioeconômicos, um ponto pacífico em toda discussão sobre trabalho infantil é a questão cultural – a ideia de que o trabalho, sobretudo para a criança pobre, é a opção "menos ruim". Um dado relativamente surpreendente da PNAD de 2012 do IBGE é a grande incidência de crianças e adolescentes trabalhadoras nos estados da Região Sul – embora a maior concentração ainda esteja nas regiões Norte e Nordeste.
"No sul, há um fator cultural que naturaliza o trabalho infantil como uma alternativa de formação do caráter das crianças", assinala Isa Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). "Então você vai encontrar crianças e adolescente nas chamadas piores formas de trabalho infantil, no cultivo do tabaco, da batata, do alho, do tomate".
A situação, a seu ver, é preocupante. "Em geral, no Brasil, sempre se olha para o Nordeste como se todas as violações e mazelas acontecessem ali", afirma. "Mas há uma situação de avanço no Nordeste, enquanto na Região Sul não: os percentuais vêm se mantendo ao longo das últimas pesquisas, e o fator cultural é preponderante".
Os números desmentem a tese da contribuição do trabalho infantil para a formação das crianças: segundo Isa Oliveira, 98% dos trabalhadores adultos encontrados em situações análogas à de escravidão foram trabalhadores infantis. E um percentual significativo de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas com restrição de liberdade estão nessa situação em decorrência de trabalhos ilícitos, como o tráfico de drogas. "A inserção da criança e do adolescente no mercado de trabalho tem toda uma repercussão posterior, na vida adulta", ressalta.
Desafios
Um dos desafios para a efetividade da aplicação da lei é a informalidade. "O trabalho infantil, hoje, no Brasil, não ocorre mais dentro das empresas, mas na informalidade, na agricultura familiar e no trabalho infantil doméstico", afirma o procurador do trabalho Rafael Dias Marques, coordenador nacional de combate à exploração do trabalho de crianças e adolescentes do Ministério Público do Trabalho. "Essas formas específicas, que correspondem a grande parte do trabalho infantil no Brasil, exigem a implementação de políticas públicas na área de assistência social, educação e saúde".
Maria Cláudia Falcão, da OIT, também aponta a informalidade como um problema a ser atacado. "No setor formal, os auditores fiscais podem aplicar multas", observa. "No informal, é difícil estabelecer essa relação de trabalho e definir quem vai ser penalizado por isso". Uma abordagem necessária, segundo ela, deve envolver as cadeias produtivas. "Muitas vezes, apesar de o trabalho infantil estar no setor informal do, se houver identificação da empresa que está comprando esse produto lá na ponta, é possível penalizá-la".
Ainda para que se tenham resultados efetivos no trabalho informal, é importante o envolvimento de várias frentes – auditores fiscais, Justiça do Trabalho, Ministério Público, trabalhadores de assistência social ou "qualquer pessoa", como propõe Maria Cláudia Falcão. "Só o que se tem de fazer é encaminhar essas crianças para a rede de proteção". Isso pode se dar através de denúncia, de encaminhamento aos conselhos tutelares ou aos centros de referência em atendimento social (CRAS), "para que os profissionais da área possam ir às famílias e entender os motivos pelos quais essa criança está trabalhando". A partir daí, busca-se vincular a família aos programas que hoje existem no Brasil para erradicar o trabalho infantil.
*TST via Feeb-Ba-Se

Bancos avançam no atendimento digital a clientes

O consultor e sócio de uma empresa de tecnologia da informação, Fernando Lopes, de 41 anos, nem se lembra quando foi a última vez que entrou em uma agência bancária. Depois de notar as raras visitas do correntista, o Itaú Unibanco ofereceu ao executivo a transferência de sua conta para uma agência digital, que funciona das 7 horas à meia-noite. Agora, as idas de Lopes ao banco devem se tornar ainda mais extraordinárias.
Comportamentos como o do consultor de tecnologia são cada dia mais comuns. É por isso que, mais de uma década depois uma série de tentativas de acabar com as agências de ruas fracassar, experiências de digitalização do atendimento bancário voltam a surgir com força no Brasil. Em 2000, o Unibanco tentou desenvolver um banco 100% digital, o Banco1.net, projeto que naufragou.
Se lá atrás, a falta de ferramentas tecnológicas mais avançadas e o hábito dos correntistas impediram o avanço das agências virtuais, agora a realidade é outra. Em 2013, 47% das transações bancárias foram feitas na internet ou por meio de dispositivos móveis, segundo dados da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban). Pelos caixas automáticos passaram 23% das operações. A representatividade dessas transações tem modificado o papel das agências, que, no ano passado, foram responsáveis por apenas 10% dos negócios.
No Itaú, dos 800 mil correntistas do Personnalité, que atende pessoas com renda mensal acima de R$ 10 mil, 30% dos 800 mil clientes aparece no banco menos de uma vez por semestre. No Bradesco, dos 26 milhões de clientes, 8 milhões não entraram numa agência nos últimos três meses. São os avanços da tecnologia que já permitem que a maioria das transações cotidianas seja feita de qualquer lugar.
"A grande vantagem dos canais digitais é a disponibilidade de atendimento. Eu viajo muito, trabalho com consultoria de tecnologia da informação, tenho muitas reuniões e nem sempre tenho disponibilidade de ir a uma agência", diz o consultor Lopes.
O conforto do correntista também significa custos mais baixos para os bancos, por isso a busca das instituições financeiras pelo desenvolvimento de canais alternativos. No Bradesco, uma transação pelo celular, por exemplo, é 30 vezes mais barata do que uma presencial, em uma agência.
Depois de um ano de testes e R$ 100 milhões de investimentos, o Itaú lança um atendimento 100% on-line, o Personnalité Digital, que até o fim do ano deve atender 120 mil clientes de alta renda. Depois de uma detalhada análise da base de correntista, o banco ofereceu a eles a possibilidade de ter apenas uma agência digital, com horário ampliado, das 7 horas à meia-noite.
Durante o período de testes do Personnalité Digital, 60 mil clientes foram transferidos para a nova plataforma, sendo que só cinco deles decidiram conhecer seu gerente ao vivo. "Antes, os bancos queriam dizer como os clientes deveriam se comportar. Agora a questão é outra", diz André Sapoznik, diretor do Itaú Personnalité. "Mas o que notávamos é que o correntista que não ia à agência dava uma nota pior ao banco do que aquele que frequentava o ponto físico."
É por isso que o banco buscou remodelar o atendimento remoto. A partir de um internet banking criado especialmente para o Personnalité Digital, o cliente pode enviar mensagens de texto, e-mail e até fazer videoconferência com seu gerente. Consultores para crédito imobiliário, câmbio e investimentos também estão à disposição.
A análise do perfil da clientela mostrou que até 240 mil correntistas podem ser transferidos para o atendimento digital até o fim do ano que vem. Para evitar as experiências mal-sucedidas que a indústria bancária teve no passado, o Itaú só vai oferecer a agência digital àqueles clientes que buscam esse tipo de serviço.
No Bradesco, o principal foco tem sido criar ferramentas que permitam ao cliente deixar de ir à agência. No próximo semestre, o banco lançará um serviço que permite o depósito de cheques por meio de um aplicativo que fotografa o documento, segundo o vice-presidente do banco, Mauricio Machado de Minas.
O Banco do Brasil tem buscado alternativas para o público que quer resolver suas pendências bancárias remotamente. Se fabricar dinheiro em casa não é possível, o banco quer tornar a ida ao caixa eletrônico a mais rápida possível. A partir desta semana, pelo celular o cliente já poderá dizer o quanto pretende sacar.
Ao chegar ao caixa eletrônico, basta mostrar ao leitor um "QR code" recebido - código de barras bidimensional -, sem necessidade de senha ou cartão. "É uma tentativa de trazer comodidade e segurança aos clientes", diz Marco Antonio Ascoli Mastroeni, diretor da área de pessoas físicas do Banco do Brasil.
A grande incerteza é saber quanto dessas novidades vai se difundir. "Não tem certo ou errado no atendimento remoto hoje. É tudo uma questão de tentativa", diz Minas, do Bradesco.
Fonte: Valor Econômico via Feeb-Ba-Se

Nova diretoria do Sindicato da Bahia toma posse nesta quinta

Acontece nesta quinta-feira (05/06) a solenidade de posse da nova diretoria eleita do Sindicato dos Bancários da Bahia, que comanda a entidade no triênio 2014-2017. O evento está marcado para as 19h, na Associação Atlética da Bahia, na rua Barão de Itapoan, na Barra.
Para o atual presidente do Sindicato, o bancário do Bradesco, Euclides Fagundes, a expectativa é muito positiva. Fagundes elogia o sucessor, o empregado da Caixa, Augusto Vasconcelos. "Apesar de jovem, Augusto também tem experiência na luta sindical e, tenho certeza, tem capacidade para conduzir bem a gestão do Sindicato."
A nova diretoria foi eleita por 83% dos bancários, que votaram nas eleições realizadas em maio. Euclides assume agora a vice-presidência do Sindicato.
SEEB-BA via Feeb-Ba-Se

IBGE expõe desigualdades no mercado de trabalho

Pesquisa mostra que taxa nacional de desemprego no primeiro trimestre, de 7,1%, cresce entre mulheres, regiões Norte e Nordeste, jovens e pessoas com menor nível de escolaridade

A taxa média nacional de desemprego no primeiro trimestre foi de 7,1%, abaixo do quarto trimestre de 2013 (6,2%), período em que as taxas costumam ser menores, e abaixo dos três primeiros meses do ano passado (8%). Em relação a este período, o país tem 1,8 milhão de ocupados a mais, em um total de 91,2 milhões, e 800 mil desempregados a menos (7 milhões). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na terça 3 pelo IBGE.

A Pnad Contínua irá substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Os dois levantamentos não são comparáveis. A PME é feita em seis regiões metropolitanas, enquanto a Pnad tem abrangência maior e é resultado de informações colhidas em mais de 200 mil domicílios de 3.500 cidades. As últimas divulgações da PME têm mostrado taxas próximas de 5%, as menores da série histórica, iniciada em 2002.

A taxa de desemprego é maior no Nordeste (9,3%) e no Norte (7,7%). Vai a 7% na região Sudeste, a 5,8% no Centro-Oeste e 4,3% no Sul. É mais alta entre as mulheres (8,7%) do que entre os homens (5,9%). Atinge 12,7% entre trabalhadores de ensino médio incompleto e cai para 4% entre os de ensino superior completo. Chega a 15,7% entre jovens de 18 a 24 anos e cai a 6,6% na faixa entre 25 e 39 anos.

A média de desemprego da Pnad Contínua foi de 7,4% em 2012 e 7,1% em 2013

A distribuição dos ocupados no primeiro trimestre mostra 70,1% de empregados, 4,1% de empregadores, 23% de trabalhadores por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares. "Ao longo da série histórica, essa composição não se alterou significativamente", diz o IBGE.

A pesquisa indica continuação da tendência de formalização do mercado de trabalho. No primeiro trimestre deste ano, 77,7% dos ocupados no setor privado tinham carteira assinada. Eram 75,3% em igual período de 2012 e 76,1% em 2013.

O emprego formal é maior no Sul (85%) e no Sudeste (83,1%) e menor nas regiões Norte (64,6%) e Nordeste (62,8%). No Centro-Oeste, chega a 76,9%.

Segundo os dados do IBGE, a formalização estaciona entre os trabalhadores do setor doméstico. Os registrados representavam 31,9% do total no primeiro trimestre de 2012, 31,7% em 2013 e 31,4% em 2014.

Rede Brasil Atual via Seeb-SP

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dilma mostra a cara do Brasil

democracia participativa nasceu na Grécia
Os sempre contra o povo estão em pé de guerra. OEstadão, segundo seus editores, está propalando que Dilma quer o fim da democraciapor decreto.
Os reacionários de plantão articulam-se no Congresso para tornar um decreto “ilegal” (como se existissem decretos ilegais; talvez aqueles que ferem os privilégios das elites privilegiadas) que inclui nas novas ações e diretrizes dos órgãos governamentais uma mais próxima e direta participação da população brasileira nas ações, práticas, diretrizes e dotações orçamentárias do governo na gestão de seus respectivos programas, em todos os seus órgãos e autarquias, a serem aprovados junto com a participação popular, realizados no Brasil através de uma metodologia mais participativa; 
sem
 a interferência de corporações, interesses escusos de políticos corruptos, bancadas políticas organizadas em seus próprios interesses ou interesses de seus financiadores.

Trata-se do Decreto Nº 8.243, de 23 de maio do corrente que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional da Participação Social, (SNPS). Em seu artigo 1º diz:
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Participação Social – PNPS, com o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil.
Parágrafo único. Na formulação, na execução, no monitoramento e na avaliação de programas e políticas públicas e no aprimoramento da gestão pública serão considerados os objetivos e as diretrizes da PNPS.
Uma nova política de participação
Diz ainda que cria vários instrumentos de ação e coparticipação com a cidadania através da criação e da participação da sociedade civil via a constituição de conselhos de políticas publicas, comissões de políticas publicas, de conferências nacionais, de ouvidorias publicas para saber da opinião do cidadão, de mesas de diálogos a serem estabelecidos com as comunidades e organizações, de audiências publicas para a participação popular no seio da comunidade e colhimento do voto das mesmas; e ainda, da participação virtual dos cidadãos que, hoje, tem já arraigado e conhecido este método chamado internet que, inclusive através dele, já foram feitas consultas de constituintes novas, diretas e participativas como foi realizado na Islândia.
Mas os “pseudodemocratas”, aqui no Brasil estão contra.
Vozes no Congresso se levantam contra, editoriais dos jornalões ficam em pé de guerra contra um esboço de ações governamentais mais participativas. O que eles querem é a democraciarepresentativa, não a participativa onde o povo pode opinar diretamente, querem ser seus representantes até para sonhar com um país mais próximo do povo como quer Dilma. Eles querem até sonhar por nós; pois de nós só precisam do voto uma vez a cada quatro anos, para depois até oferecerem seus pulmões para respirar por nós. Somos é claro uma democracia representativa, mas queremos mais participação direta de nossa população nas questões de gestão e diretrizes exigindo também mais participação, e esta é uma oportunidade para começar.
Os políticos poderiam, nesta hora, pensar um pouco mais em dividir com o povo suas responsabilidades.
Chegam ao extremo de afirmar que este decreto quer mudar o sistema de governo, como se isso fosse possível sem mexer na nossa Constituição, quando, este decreto, apenas dá um primeiro passo rumo a democracia participativa; é um complemento da representativa. O histerismo de algumas redações é tanto que chegam a propalar que a Presidente Dilma não concorda com o sistema representativo brasileiro da Constituição de 1988, em uma fúria que, na verdade, traduz apenas o medo de perder os privilégios de quem tem “como representantes financeiros” nossos parlamentares nos ministérios e autarquias, salvo raras exceções, emanados por este arcaico sistema eleitoral que lhes permitem fazer de nosso parlamento uma agência de interesses particulares de plantão, e ter estes representantes arrumadinhos diante dos interesses dos seus milionários contratos com nossos órgãos públicos. Claro, com “votos representativos” dos milhões e milhões de reais derramados em suas campanhas para servirem aos interesses de quem os financiou.
Isto me lembra de algumas palavras do discurso de Jango, quando propunha reformas estruturais para a Nação e por isto foi derrubado. Dizia ele:
“O que ameaça a Democracia é a fome, é a miséria, é a doença dos que não tem recursos para enfrentá-la. Esses são os males que podem afetar a Democracia, mas nunca o povo na praça pública no uso de seus direitos legítimos e democráticos” João Goulart, 11/03/1964.
Ora, convenhamos que a participação popular dentro dos destinos do orçamento de “seu” dinheiro que vai ser usado pelo “seu” governo é mais do que justo e muito mais ainda democrático em toda sua essência filosófica que define a união de povo e governo.
Ao que parece, os detratores deste decreto o que querem é um elitismo democrático, “a democracia é minha e não tua”, pois em teu nome só eu a exerço.
Queremos sim um regime onde pretendamos criar mecanismos reais e efetivos onde nosso governo possa ser controlado pela sociedade civil, por nós todos brasileiros; eu, tu, o garçom, a lavadeira, o operário, o gari, o desamparado, a prostituta, os doentes, os famintos, os desempregados e toda a sociedade brasileira, inclusive os privilegiados que querem ignorar estes que lhe deram o voto.
Não queremos apenas votar, queremos participar.
Brasil. Mostra a tua cara!!!
João Vicente Goulart é diretor do IPG – Instituto João Goulart.
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/