sexta-feira, 18 de março de 2016

É HOJE! BRASILEIROS VÃO ÀS RUAS CONTRA O GOLPE

Os brasileiros vão se manifestar pela democracia e pela legalidade nesta sexta-feira, dia 18. Encherão as ruas em defesa do Estado Democrático de Direito. Contra a intolerância, o obscurantismo e o golpe que se trama contra a presidenta Dilma Rousseff. E confirmarão esse mesmo objetivo na manifestação marcada para 31 de março.

Hoje será o dia em que os brasileiros que trabalham e produzem as riquezas do país bradar que o golpe é contra os trabalhadores e a democracia, que  na outra face da bandeira do impeachment, está o ataque aos direitos sociais, o arrocho salarial, aliquidação dos programa do governo e a privatização das estatais.

A convocação se dirige aos democratas e patriotas, a todos os que prezam a legalidade constitucional. Aos que não se iludem com o canto de sereia golpista que diz, falsamente, que o fim do governo constitucional de Dilma Rousseff é o caminho para resolver as crises econômica e política.

Em Itabuna, o ato acontece na Praça Adami, com concentração no Jardim do Ó, a partir das 14h. 

Fonte: Seeb Itabuna com Portal Vermelho

Ayres Brito: A voz das ruas não pode ser considerada um terceiro turno

Em palestra no Insper, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto reafirmou a soberania das urnas e criticou a campanha por um terceiro turno.


Ex-ministro do STF Ayres BritoEx-ministro do STF Ayres Brito
"A voz das ruas não pode ser considerada um terceiro turno das eleições e não pode se impor à voz das urnas. Vamos sair dessa crise, sem golpe, sem virar a mesa", enfatizou

Ele disse ainda que a "Lava Jato está revelando um enquadrilhamento, uma organização criminosa que perdeu a noção do limite”, mas também indicou “preocupação com eventuais desvios”.

Segundo ele, a Justiça não poder “deixar de observar o devido processo legal” e que a democracia exige paciência e a “pressão pode ser inimiga da perfeição”.


Vermelho - Com informações de agências

Estado Policial está desalojando Estado de Direito, diz Marcelo Semer

Para o juiz de direito em São Paulo, Marcelo Semer, “nem o combate à corrupção pode corromper a Constituição”. No entanto, em ato de juristas em defesa de legalidade, realizado na noite de quinta (17), em São Paulo, ele declarou que não há mais dúvidas de que “um Estado Policial está desalojando o Estado Democrático de Direito”. O evento, realizado na Faculdade de Direito da USP, reuniu renomados juristas, como Fábio Konder Comparato e Gilberto Bercovici, e lotou o salão nobre do local.


  
Ao criticar as violações à Constituição que estão acontecendo no país, Semer previu que todas as supressões de direitos, como as prisões preventivas para delações, não ficarão restritas a grandes empresários, como hoje, e “vão cair de novo com mais força naquela população que superlota cadeias, que é a população negra, jovem e periférica”.

O juiz criticou o uso abusivo da espetacularização do processo de investigação da Operação Lava Jato, que “chega a limites insuportáveis”. Segundo ele, jornalistas passaram o dia de hoje repercutindo conversas íntimas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deveriam ter sido descartadas por não conterem nada de relevante ao processo, mas que foram publicizadas “com objetivo político”.

Ele destacou que até o ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, falou sobre o assunto, “como se levasse em conta uma prova ilícita”. Para Semer, nada justifica a divulgação dessas conversas, que ferem o direito à privacidade.

O juiz destacou a importância de defender o Estado Democrático de Direito. E, lembrando os tempos em que, jovem, foi às ruas em defesa de eleições diretas, afirmou: “A gente vestia a camisa amarela das Diretas Já para confrontar os militares, não para tirar selfie com eles”. Para Semer, esse Estado Policial tem sido saudado nas ruas.

“Esse caminho não está sendo escrito por fuzis, mas com canetas. Isso é o que mais nos incomoda. E cabe a nós fazer valer uma resistência democrática”, discursou. Semer disse ainda que, para um juiz, é sedutor julgar a partir da opinião pública, mas defendeu que a função do magistrado não é promover linchamentos.

“Quando um juiz ouve a voz das ruas e silencia a Constituição, estamos caminhando para um Estado Policial. E muitos tombaram para garantir o Estado Democrático de Direito. Devemos a eles garantir essa conquista”, afirmou, enquanto estudantes, professores e representantes dos movimentos sociais gritavam em coro “Não vai ter golpe”. Para Semer, no entanto, esse “não vai ter golpe talvez dependa aquilo que podemos fazer”.


 


Download Ato de juristas pela legalidade


Por Joana Rozowykwiat e Railídia Carvalho - Vermelho

Vídeo: Kátia Passos, do Jornalistas Livres

Mais de 760 artistas e intelectuais assinaram manifesto contra o golpe

Um grupo de artistas e intelectuais organizou um manifesto contra o golpe que será encaminhado aos chefes do Executivo, Dilma Rousseff, do Legislativo, Renan Calheiros e do Judiciário, Ricardo Lewandowsky, bem como ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 


Vermelho
Entre os artistas e intelectuais que defendem a democracia estão Chico Buarque, Marilena Chauí, Camila Pitanga, Fernando Morais e Letícia Sabatella Entre os artistas e intelectuais que defendem a democracia estão Chico Buarque, Marilena Chauí, Camila Pitanga, Fernando Morais e Letícia Sabatella 
O manifesto intitulado “Carta ao Brasil” defende a democracia, a legalidade, e rechaça a tentativa de golpe impulsionada pela oposição, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Até esta terça-feira (15), o documento já tinha recebido apoio de mais de 760 artistas e intelectuais brasileiros.

Entre os signatários estão o escritor Fernando Morais, o músico e escritor Chico Buarque, o ator e comediante Gregório Duvivier, a atriz e cantora Letícia Sabatella, a atriz Camila Pitanga, o intelectual Leonardo Boff, a atriz Betty Faria, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e outros.

Leia o manifesto na íntegra: 
“Carta ao Brasil

Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.

Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.

Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.

8 de dezembro de 2015

Dia 18, todo mundo na rua pela democracia

Neste sexta-feira, 18, é dia dos brasileiros encherem as ruas de democracia para defender a legalidade e lutar contra o golpe. Os atores José de Abreu e Tonico Pereira têm um convite pra você. Assista:


 

 


Fonte: Ninja via Vermelho

quinta-feira, 17 de março de 2016

Impeachment: quem vai “pagar o pato” é o trabalhador

É tanto que não se viu em nenhuma das manifestações de domingo cartazes contra o desemprego, a alta dos juros, a carestia e o arrocho salarial. Isto demonstra, em primeiro lugar, que esses atos não representam os trabalhadores. E, em segundo, que se forem vitoriosos haverá grande retrocesso nos direitos trabalhistas e sociais. Não é à toa que não se enxerga a cara do povo nesses atos.

Por Marcos Verlaine* 


Agência Câmara
Uma das primeiras providências da ditadura militar, que durou 21 anos, no plano econômico, foi impor aos trabalhadores um pesado arrocho salarial. Uma das primeiras providências da ditadura militar, que durou 21 anos, no plano econômico, foi impor aos trabalhadores um pesado arrocho salarial. 
Uma massa de gente foi às ruas no último domingo (13) em todas as capitais brasileiras e em centenas de cidades Brasil afora. Se foi maior ou menor que a última manifestação de 2015 isto é absolutamente desimportante. Os fatos são: o governo está nas cordas e o PT está acossado e desarvorado. Negar isto é não querer entender o que está acontecendo.

Diante dessa avalanche conservadora em curso, uma coisa é certa: se Dilma cair por um ‘golpe de mão’, no caso o impeachment, ou cassada pelo TSE, o Brasil entrará em uma espiral de crise política, econômica e social ainda mais grave e quem mais perderá será o trabalhador.

As manifestações convocadas e organizadas pela mídia e financiadas pelos empresários, o ‘pato’ da Fiesp era a senha que faltava, e a concentração dos manifestantes na avenida Paulista em frente à sede do empresariado paulista, não deixam dúvidas quanto a isto. A cada lance vai ficando mais claro os interesses inconfessos dos endinheirados por trás da obsessão contra a corrupção.

Os manifestantes, em sua grande maioria, estavam nas ruas e têm ido aos atos sob o prisma de combate à corrupção. Essa bandeira sempre mobilizou e ‘escandalizou’ os estratos médios brasileiros. Este, inclusive, foi o mote contra Getúlio Vargas em 1954 e também foi um dos combustíveis que alimentou o golpe civil-militar de 1964.

Agora não é diferente. As manifestações até então realizadas contra o governo, Lula, Dilma, o PT, e qualquer resquício de esquerda tem essa dimensão de cunho moralista. Não que não esteja correta a luta contra a corrupção. Mas essa bandeira se transformou num ‘Cavalo de Tróia’. O embate político em curso, tendo o combate à corrupção como pano de fundo, tem servido para encobrir uma agenda escandalosamente conservadora, do ponto de vista político, e neoliberal do ponto de vista econômico.

É tanto que não se viu em nenhuma das manifestações de domingo cartazes contra o desemprego, a alta dos juros, a carestia e o arrocho salarial. Isto demonstra, em primeiro lugar, que esses atos não representam os trabalhadores. E, em segundo, que se forem vitoriosos haverá grande retrocesso nos direitos trabalhistas e sociais. Não é à toa que não se enxerga a cara do povo nesses atos.

O setor político e socialmente organizado que mais perderá será o movimento sindical e, por consequência, os assalariados, do setor privado e público. O roteiro está definido e pode ser mais bem compreendido por meio da leitura do artigo ‘Ataques ao movimento sindical à vista’, do diretor de Documentação do Diap, Antônio Queiroz, publicado no dia 7 de março, no portal do órgão.

Será um processo de desqualificação e criminalização do movimento sindical. No artigo, Queiroz aponta o roteiro: ‘Para atingir esse objetivo vão utilizar a grande imprensa, o Ministério Público e o Congresso. A imprensa será a responsável por publicar denúncias envolvendo entidades e lideranças sindicais. O Ministério Público será acionado para fiscalizar e auditar as entidades, especialmente em relação ao uso dos recursos oriundos da contribuição sindical compulsória. E o Congresso para instalar comissões parlamentares de inquéritos para expor negativamente ou criminalizar a atividade sindical.’

O Congresso também será palco, como tem sido sob o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de inúmeras propostas para flexibilizar ou retirar direitos dos trabalhadores, sob o comando da forte e numerosa bancada empresarial.

Qualquer saída agora para debelar a crise econômica terá alto custo para os trabalhadores, haja vista que os empresários travam a economia por não acreditarem na capacidade de o governo construir soluções razoáveis para o País.

Ameaças a direitos no Congresso

Matéria prima não falta no Congresso Nacional que ameace direitos dos trabalhadores. Tanto na Câmara, quanto no Senado.

Em levantamento, cujo número é simbólico, pois há outras tantas proposições com o mesmo escopo, o assessor parlamentar do Diap Neuriberg Dias identificou mais de 50 matérias em tramitação na Câmara e no Senado, que demonstram que os empresários e sua bancada legislativa aguardam apenas um ambiente mais favorável para avançar sobre os direitos dos assalariados.

As propostas versam sobre terceirização total das relações de trabalho (PLC 30/15), passando pelo impedimento de o empregado demitido reclamar na Justiça do Trabalho (PL 948/11 e PL 7.549/14), até a prevalência do negociado sobre o legislado (PL 4.193/12).

No Senado, tramita a regulamentação e retirada do direito de greve dos servidores (PLS 710/11 e PLS 327/14), a privatização das empresas públicas (PLS 555/15), e, ainda, a proibição de indicar dirigente sindical para conselheiro dos fundos de pensão públicos (PLS 388/15).

Clareza de objetivos


A massa que tem ido às ruas, sob a influência da pauta difundida e defendida pela mídia, não tem noção do papel que desempenha nesse processo de negação da política. Cega de ódio, a chamada ‘classe média’ não consegue ou não quer enxergar que o País melhorou e o povo mais pobre, a imensa maioria, se empoderou, melhorou de vida. Ampliou direitos, renda, educação e tantos outros benefícios negados ao longo de décadas.

A crise econômica prejudica, sobretudo, o setor mais pobre da sociedade, que ao não ser superada, perderá o que conquistou em razão do travamento da economia por falta de investimentos do governo e do setor produtivo.

Mas o mercado sabe, pois foi o principal beneficiário dessa melhoria. Entretanto, sob o comando dos banqueiros, dos donos da mídia, e dos empresários representados pela Fiesp-CNI, nunca se viu ou quis ser representado por um presidente e agora uma presidente que não são do seu meio ou defendam mais diretamente os seus interesses. Muito embora, a bem da verdade, esses interesses nunca terem sido ameaçados. Pelo contrário, foram preservados e protegidos.

Ao fim e ao cabo, os que detêm e manipulam os cordéis estão pouco se lixando para a corrupção. A narrativa é apenas e tão somente para mobilizar os estratos que lhes apoiam e sustentam política e eleitoralmente.

Referências históricas

A tão festejada operação ‘Mãos Limpas’, na Itália, na década de 90, embora legítima, redundou em 20 anos de retrocessos e populismo conservador com Berlusconi.

No Brasil, para que não pairem dúvidas quanto aos interesses inconfessos do mercado, basta voltar meio século, pós 1º de abril de 1964. Não se trata de comparação, pois os tempos são outros. Entretanto, é possível e plausível traçar um paralelo entre aquele tempo e este, cujos atores são os mesmos, com exceção dos militares, que hoje não têm protagonismo político.

Esses são invocados por aqueles por puro desconhecimento histórico e ignorância política, pois a corrupção no Brasil teve mais acolhida e proteção exatamente no período do regime militar, cuja imprensa não era livre e as liberdades democráticas não existiam.

Não é coincidência, que uma das demandas dos manifestantes, que a cobertura da mídia tem vergonha e pudores de mostrar, é a tal da ‘intervenção militar constitucional’.

Uma das primeiras providências da ditadura militar, que durou 21 anos, no plano econômico, foi impor aos trabalhadores um pesado arrocho salarial, com invariáveis reajustes abaixo da inflação. No plano político, as entidades sindicais foram inviabilizadas, houve centenas de cassações, prisões, desaparecimentos, exílios e mortes de dirigentes sindicais, entre outros que se opunham ao regime de exceção. 
 

*É jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap 
Fonte: Vermelho

STF nega suspensão da posse de Lula

O Ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, acaba de negar um pedido de suspensão da posse de Lula como Ministro da Casa Civil.


  
O PSB protocolou no Supremo Tribunal Federal na manhã desta quinta-feira (17) uma ação contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil, marcada pelo governo para 10 horas.

O documento do PSB é uma Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, com pedido de liminar (decisão provisória), que pedia o cancelamento do termo de posse de Lula, publicado nesta quarta-feira (16) no "Diário Oficial".
 

Do Portal Vermelho

Dalmo Dallari: Grampo é ilegal e Moro devia ser afastado

O juiz Sergio Moro retirou na quarta-feira (16) o sigilo de gravações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As conversas interceptadas pela Polícia Federal incluem uma conversa entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Para o jurista Dalmo Dallari, a ação de grampear e divulgar o material configura em uma dupla ilegalidade.


Foto: Roberto Parizotti
  
Sobre a divulgação de conversas grampeadas, Dallari diz que a ação não tem previsão legal. “Houve ilegalidade da parte do juiz porque esses dados são reservados e essa publicidade que ele deu é absolutamente ilegal. É quebra do direito de privacidade de qualquer pessoa, não importa quem seja a pessoa, pode estar sendo processada, acusada, ele não tem o direito de fazer essa divulgação. Quando se trata da presidenta da República é pior ainda. É a invasão da privacidade da autoridade máxima federal. Eu acho que essa divulgação não tem uma previsão legal, ela não deve ser feita. Não há a mínima justificativa legal, o juiz está ignorando os deveres éticos e jurídicos da magistratura. Essa é a minha conclusão. Estou acompanhando o desempenho dele”.

O jurista diz ainda que Moro está “desequilibrado e deslumbrado com a louvação em torno dele como salvador da pátria” e deveria ser afastado de sua função: “A rigor, o tribunal deveria afastá-lo, o tribunal a qual ele é subordinado. Ele hoje, pelo deslumbramento, aparece na imprensa como uma figura pitoresca, diferente, então o tribunal pode ficar intimidado de puni-lo, mas existe base para punição e o tribunal deveria punir por quebra de dever funcional”.

Dallari diz que, se tratando da Presidência da República, um juiz de primeira instância não poderia fazer a interceptação de uma conversa que a envolva, tampouco divulgá-la. “O grampo só é possível com autorização judicial, mas no caso da Presidência da República, um juiz de primeira instância não poderia fazer isso. Ela tem foro privilegiado, só o STF poderia autorizar uma coisa dessas. Ele não poderia ter grampeado e nem divulgado depois que grampeou. Ele cometeu uma dupla ilegalidade”.

Apesar das arbitrariedades jurídicas, Dallari não acredita na possibilidade de um golpe contra Dilma. “É puro carnaval, pura fantasia. Não tenho medo porque acho que temos uma ótima Constituição e ela assegura direitos fundamentais. Não há ambiente, não tem ninguém que tenha condições de aplicar efetivamente um golpe. E nem existe liderança na oposição para isso, estão todos perdidos, muitos grupos brigando entre si, disputando por ganhar maior evidência, mas não há um grande líder e nem propostas, um projeto. Não há o risco porque não sabem o que fazer”.
 


Fonte: Brasileiros via Vermelho

Sindicato condena jornalismo partidário e incitativo

Em nota divulgada na noite de quarta-feira (16), a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco divulgou nota, na qual considera inaceitável o jornalismo partidário, panfletário e incitativo.


  
“Diante da forma como parte dos meios de comunicação tem se portado nos mais recentes episódios políticos do país, a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco vem a público defender os preceitos democráticos que devem nortear a Imprensa e a atividade jornalística”, diz o texto.

Segundo a entidade, “selar acordos que promovam a publicação de conteúdos adquiridos em dissonância com o que está previsto no Código de Ética dos Jornalistas Profissionais Brasileiros” não corrobora com a ética prevista no desempenho da atividade de jornalista. Confira abaixo:

 Do Portal Vermelho

José Carlos Ruy: A Globo, a Fiesp e a sanha golpista

O jornal O Globo e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fizeram parte da vanguarda conspirativa que deu o golpe em 1964 e criou a ditadura militar que perseguiu, sequestrou, assassinou exilou aqueles que rejeitavam aquele regime discricionário. E opunham-se à política antidemocrática, antipopular e antinacional que infelicitou o país durante duas décadas.


 Jornal O Globo apoio o golpe de 64 Jornal O Globo apoio o golpe de 64
O jornal O Globo beneficiou-se amplamente da ditadura, da qual se tornou uma espécie de porta-voz e recebeu favorecimentos enormes. Os generais facilitaram a criação da rede de televisão – a Globo – que se impôs ao país e pretendeu sequestrar sua voz e imagem. E que fez a fortuna dos irmãos Marinho (Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto), que alcança 25 bilhões de dólares.

Além de ter financiado amplamente a conspiração de direita contra o presidente João Goulart, a FIESP, principal organização da burguesia brasileira, foi unha e carne com a ditadura. E beneficiou-se da política de arrocho salarial acentuada então.

Financiou os aparatos repressivos (como a OBAN, em 1969, que, depois, foi transformado no DOI-CODI), e também forneceu veículos e equipamentos para aquele organismo de torturas e assassinatos políticos.

Na noite desta 4ª feira triste, em que a ação golpista da direita investe contra a legalidade democrática e o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff, o prédio da Fiesp na avenida Paulista, em São Paulo, foi coberto de verde-amarelo e uma faixa preta com a inscrição “renúncia já”.

A entidade máxima da burguesia brasileira expôs seu renitente antidemocratismo e antilegalismo. Havia boatos, no início da noite, de que o presidente da Fiesp, o golpista Paulo Skaf, tentava articular um locaute (greve de empresários) para tentar fortalecer a derrubada da presidenta Dilma Rousseff.

Ao saber da nomeação de Lula para o ministério, um interlocutor disse que Paulo Skaf “espumou” e começou a convocar uma reunião para amanhã (5ª) para tratar da “greve de empresários” e também de um cerco ao Palácio do Palácio, no dia 23, contra a posse de Lula na Casa Civil.

E a Rede Globo, que é uma empresa privada que explora uma concessão pública de rádio e televisão, está investindo pesado, em sua programação, para divulgar as ações da direita.

Junto com a oposição de direita, a Globo e a Fiesp são o destacamento avançado da vanguarda do golpe. Com a ajuda prestimosa da Operação Lava Jato e do juiz Sério Moro.

José Carlos Ruy é jornalista


Fonte: Vermelho

Artistas divulgam vídeo em apoio ao dia 18 e ironizam justiça cega

Letícia Sabatella, Gregório Duvivier, Zezé Polessa, Lirinha, Aderbal Freire Filho e outros artistas, divulgaram vídeo convocando os atos do dia 18 contra o golpe e a favor da democracia.Nas declarações eles e elas afirmam serem “contra as escolas só pra ricos” e “contra a universidade só pra brancos” assim como são “contra a justiça só pra alguns”, “contra a justiça tendenciosa que só investiga um lado”. Quando falam na justiça vendam os olhos com tarja preta.E completam: “Golpe nunca mais”.


 

 



do Portal Vermelho

Grampo divulgado por Moro é ilegal

O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, divulgou à imprensa um grampo ilegal que envolve a presidente da República, segundo reportagem do portal Uol.


  
Isso porque a gravação de uma conversa privada entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula foi realizada pela Polícia Federal duas horas depois de o juiz Sergio Moro ter determinado o fim das interceptações contra Lula. O áudio foi realizado às 13h32 de hoje, quando não havia mais autorização judicial para tal. Ainda assim, o juiz Sergio Moro decidiu divulgá-las à imprensa na tarde desta quarta (16), fomentando um ambiente de protestos em várias capitais.

Segundo a defesa de Lula, Moro tentou criar um clima de convulsão social no Brasil (leia aqui). A presidente Dilma Rousseff afirma que Moro afrontou a lei e será processado (leia aqui). O ex-presidente da OAB, advogado Marcello Lavenère, defendeu que Sérgio Moro deveria ser preso por lesa-pátria, pelas arbitrariedade de grampear um telefonea da presidenta (leia aqui).

Entenda porque o grampo é ilegal

O grampo feito pela Polícia Federal, da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi realizada duas horas após o juiz Sérgio Moro ter determinado a suspensão das interceptações telefônicas.

A decisão de Moro que determina o fim das interceptações ao ex-presidente foi juntada ao processo judicial às 11h12 desta quarta-feira (16). O juiz determina que a Polícia Federal seja comunicada da decisão "com urgência, inclusive por telefone", diz o texto do despacho.

Às 11h44, em outro despacho, a diretora de Secretaria Flavia Cecília Maceno Blanco escreve que informou ao delegado sobre a interrupção. "Certifico que intimei por telefone o Delegado de Polícia Federal, Dr. Luciano Flores de Lima, a respeito da decisão proferida no evento 112", diz o documento.

O evento 112 refere-se à decisão de interromper as interceptações telefônicas do ex-presidente. Neste despacho, Moro afirma que não há mais necessidade das interceptações, pois as ações de busca e apreensão da 24ª fase da Lava Jato já foram realizadas.

"Tendo sido deflagradas diligências ostensivas de busca e apreensão no processo 5006617-29.2016.4.04.7000, não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação", diz o despacho, assinado pelo juiz.

A conversa entre Lula e Dilma foi gravada pela Polícia Federal às 13h32, segundo consta em relatório encaminhado ao juiz.

No diálogo, Dilma informa a Lula que está enviando a ele o "termo de posse" para que ele utilize o documento "em caso de necessidade".

Luciano Flores de Lima, o delegado que foi avisado pela manhã por Moro do fim do grampo, é o que manda juntar nos autos o áudio feito às 13h32. Também é o mesmo que interrogou Lula no dia 4 de março.


Do Portal Vermelho, com Brasil 247 e UOL

Jandira condena grampos: “Está em curso um golpe institucional”

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, na quarta (16), que a gravação de conversas privadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff não tem sustentação legal. De acordo com a parlamentar, o grampo e sua divulgação fazem parte de uma tentativa de incitar uma conflagração social, criando um clima que seja favorável ao impeachment de Dilma. Para ela, está em curso um “golpe institucional” no país.


  
“O advogado de Lula foi muito correto, verdadeiro, ao falar. Um grampo, para ser autorizado, precisa ter muitos critérios. E não havia nenhum critério que autorizasse um grampo no telefone do assessor do Lula, muito menos no da presidenta Dilma”, indicou.

Segundo ela, independentemente de Lula ser ministro, “não havia critério jurídico que justificasse, não tinha sustentação legal”, para as interceptações. No caso da Dilma, aponta, o juiz Sérgio Moro sequer tinha “jurisdição ou competência” para grampear telefones do Planalto.

De acordo com Jandira, o fato expõe ainda mais a “politização” do Judiciário. “A decisão do juiz Moro tem se pautado pela política e, não, pela técnica. Isso significa uma tentativa de criar um clima, uma conflagração social de fato, para gerar um clima, para passar o impeachment na Câmara dos Deputados”, denunciou.

Para ela, há um golpe em curso. “Isso é um golpe institucional, tendo no comando parte do Poder Judiciário, articulando-se com setores jurídicos e da própria grande mídia brasileira, em particular, o Sistema Globo”, afirmou.

A deputada avaliou ainda que a Fiesp – que estampou em luminosos na sua fachada um pedido de renúncia da presidenta Dilma Rousseff, se soma ao “consórcio golpista” e que a postura é “grave, uma vez que esse posicionamento não necessariamente representa todos os setores industriais do país”.

“Estranho”

Na sua página no Facebook, Jandira chamou a atenção para o fato de uma das ligações telefônicas grampeadas e divulgadas pelo juiz Sérgio Moro ter início no Palácio do Planalto. “A secretária da presidenta faz de Brasília ligação para um segurança de Lula, em SP, mas antes da ligação ser atendida é possível ouvir a funcionária comentando algo. Ou seja, a ligação que partiu do Planalto já estava sendo grampeada, muito antes do segurança atender e dizer ‘alô’. Isso seria um absurdo, Estado de Exceção. Chefe de Estado não pode ser grampeada!!!”, afirma. 

 



 Do Portal Vermelho

Luciana Santos: Moro e setores da mídia tramam golpe

A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, divulgou nota, na noite de quarta-feira (16), sobre a divulgação da conversa do ex-presidente Lula com a presidenta Dilma com  “a nítida finalidade de causar um fato político, midiático, insuflar a radicalização de setores oposicionistas e criar uma crise institucional”.


  
Para a dirigente nacional do PCdoB, “o episódio escancarou o conluio entre a Operação Lava Jato e a grande mídia que tem usado os recorrentes vazamentos da investigação para alimentar manifestações de setores da sociedade contra o governo” e “ganhou ares de golpismo”. Luciana afirma também que “a gravidade dos fatos exige uma enérgica reação das forças democráticas e das próprias instituições da República responsáveis pela defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito”.

Ao final, a presidenta conclama a “mobilização imediata de todos aqueles que prezam a democracia e se agiganta a necessidade de ampliar a convocação para as mobilizações de rua marcadas para a próxima sexta-feira, dia 18 de março, em defesa da democracia e contra o golpe”.

Leia a íntegra da nota:

Moro afronta a lei e, junto com setores da mídia, tenta consumar o golpe

A escandalosa divulgação do teor de uma conversa privada da presidenta Dilma Rousseff e o agora ministro Luiz Inácio Lula da Silva – autorizada pelo juiz Sérgio Moro e obtida através de um grampo ilegal – teve a nítida finalidade de causar um fato político, midiático, insuflar a radicalização de setores oposicionistas e criar uma crise institucional.

O episódio escancarou o conluio entre a Operação Lava Jato e a grande mídia que tem usado os recorrentes vazamentos da investigação para alimentar manifestações de setores da sociedade contra o governo. Na noite de hoje (16 de março), esse comportamento irresponsável ganhou ares de golpismo aberto com a incitação de manifestantes para ocuparem as cercanias do Palácio do Planalto e as ruas do país, gerando risco de conflagração social.

Ao violar os direitos e as prerrogativas da Presidência da República e envolver até mesmo membros do Supremo Tribunal Federal nas investigações, o juiz Sérgio Moro cometeu ilegalidades em série, atentou contra o Estado Democrático de Direito, enfim, se desnudou como um juiz de exceção, deixando claro o seu objetivo de realizar uma caçada contra o ex-presidente Lula e desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Ao perceber que a nomeação do ex-presidente Lula como ministro poderá cumprir o relevante papel de construção das mediações políticas necessárias para estancar a grave crise que o país vive, a tríade golpista (Moro-grande mídia-oposição) descambou para o desatino rompendo por completo com a legalidade democrática, numa ação frenética que busca acender o estopim do golpe.

A gravidade dos fatos exige uma enérgica reação das forças democráticas e das próprias instituições da República responsáveis pela defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, é relevante a reação da presidenta Dilma ao anunciar, em nota oficial, que serão tomadas as medidas jurídicas cabíveis para a “reparação da fragrante violação da lei e da Constituição cometida pelo juiz autor do vazamento”.

Espera-se que o Conselho Nacional de Justiça e outras instâncias do Poder Judiciário ajam para cessar os desmandos do juiz Sérgio Moro.

Neste contexto, impõe-se a mobilização imediata de todos aqueles que prezam a democracia e se agiganta a necessidade de ampliar a convocação para as mobilizações de rua marcadas para a próxima sexta-feira, dia 18 de março, em defesa da democracia e contra o golpe.

Brasília, 16 de março de 2016

Luciana Santos
Presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil

Fonte: Vermelho

quarta-feira, 16 de março de 2016

Planalto anuncia Lula como novo ministro da Casa Civil

O Palácio do Planalto anunciou oficialmente nesta quarta-feira (16) a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, que será deslocado para a chefia de gabinete da presidenta Dilma Rousseff. 


Ricardo Stuckert | Instituto Lula
  
Confira a íntegra da nota:

A presidenta da República, Dilma Rousseff, informa que o ministro de Estado chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, deixará a pasta e assumirá a chefia do Gabinete Pessoal da Presidência da República.

Assumirá o cargo de ministro de Estado chefe da Casa Civil o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Assumirá, ainda, o cargo de ministro de Estado chefe da Secretaria de Aviação Civil, o deputado federal Mauro Ribeiro Lopes.

A presidenta da República presta homenagem e agradecimento ao Dr. Guilherme Walder Mora Ramalho pela sua dedicação.

Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República


Do Portal Vermelho

PCdoB conclama: Dia 18 vamos às ruas pela democracia, contra o golpe

  

A direção do PCdoB faz um chamamento às forças democráticas e populares para se unirem em torno da democracia. Em nota divulgada nesta terça-feira (15), os comunistas destacam o grave ambiente em que vive o país, onde a grande mídia, aliada às forças conservadoras, tenta a todo custo depor a presidenta eleita democraticamente, via golpe de Estado. “Não há solução fora da democracia.” Para tanto, “o PCdoB conclama: dia 18 vamos às ruas pela democracia, contra o golpe”.


Segue abaixo a nota da Comissão Política Nacional:

Dia 18: às ruas pela democracia, contra o golpe
Apoiados nas manifestações do último dia 13 de março e em ações ilegais e abusivas da Operação Lava Jato, como foi o caso da condução coercitiva do ex-presidente Lula, os setores mais reacionários da direita neoliberal – em conluio com os monopólios de comunicação – radicalizaram a pregação golpista e proclamam aos quatros ventos que “em semanas” irão depor a presidenta Dilma Rousseff.

A grande mídia alardeia a análise falsa de que a deposição da presidenta Dilma, via um golpe de Estado, reconduziria o país à normalidade e à retomada do crescimento econômico.

A verdade é outra. Um governo qualquer que seja entronizado por um impeachment golpista levará o país a uma conflagração, o que agravará a instabilidade política e aprofundará a recessão. Não há solução fora da democracia. Mudança na Presidência da República somente em 2018, como ordena a Constituição Federal.

Nesta hora grave da vida do país, o PCdoB faz um chamamento às forças democráticas e populares, mesmo aquelas que estão separadas por legítimas divergências, para que venhamos a convergir, a nos unir em torno da democracia, que é o bem mais precioso da Nação.

Que venhamos a nos unir, também, todos e todas movidos pela convicção de que não se faz Justiça afrontando o Estado Democrático de Direito. Que se unam todos e todas que respeitam as divergências, as diferenças de opinião e que rejeitam a cultura da intolerância e do ódio.

O PCdoB conclama: dia 18 vamos às ruas pela democracia, contra o golpe. Vamos às ruas com o multicolorido das organizações sociais, da democracia e do Brasil. Dia 18 às ruas, pela retomada do crescimento econômico e da geração de empregos.

Brasília, 15 de março de 2015

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

Brasil mobilizado: Audiências pelo país rejeitam PL da terceirização

Na sexta-feira (11), foi realizada a última audiência pública prevista para acontecer em todos os Estados brasileiros sobre o Projeto de Lei Complementar 30/2015 (PLC), que propõe, entre outras medidas, a regulamentação da terceirização para atividade-fim. O projeto, rejeitado em todos os Estados, se encontra no Senado sob a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS) que confirmou, em entrevista por telefone ao Portal Vermelho, que pedirá a rejeição do projeto na íntegra.

Por Railídia Carvalho


Audiência em Goiânia, última cidade a receber a audiência. Projeto foi rejeitado pelos presentes. Audiência em Goiânia, última cidade a receber a audiência. Projeto foi rejeitado pelos presentes. 
O posicionamento do senador será divulgado oficialmente no dia 12 de maio, em Brasília, quando será redigida uma carta nacional rejeitando o PLC. A carta traz as reivindicações dos trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais, além de dados sobre a situação dos terceirizados nos 26 Estados e mais o Distrito Federal. Paim também adiantou que nesta ocasião vai apresentar uma proposta de regulamentação do trabalho dos cerca de 14 milhões de trabalhadores brasileiros terceirizados.

“Foi uma cruzada pelos 27 estados onde só seu ouvia uma voz, o canto de uma só voz, unânime, dizendo não ao projeto da terceirização que precariza, que retira direitos, que está comprovado que é quase uma situação análoga ao trabalho escravo”, analisou o senador. 

“Os dados apontam que esse segmento lidera acidentes de trabalho, com mortes, sequelas, o terceirizado não tem direito a higiene, ganha metade do que ganha o trabalhador da empresa matriz, não tem direito ao mesmo vale-transporte: é essa a realidade que nós estamos combatendo”, relatou.

Precarização

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos(Dieese) de 2014 mostram que o terceirizado recebem entre 30% a 40% de salários a menos que os trabalhadores vinculados diretamente à empresa contratante da terceirizada. O terceirizado possuem uma rotatividade maior nos empregos e também mantém jornadas acima dos demais trabalhadores.

Faz 12 anos que esse projeto tramita no Congresso Nacional: São 11 anos na Câmara dos Deputados e um ano e meio no Senado. Após uma década tramitando na Câmara, o projeto encontro no terreno conservador da atual legislatura da Casa nas manobras do presidente da Casa, Eduardo Cunha, condições favoráveis para ganhar força.

Sobre manobras à moda da Câmara, o senador Paim disse que o Senado deverá respeitar o relatório, porém, recomendou vigilância. “Eu quero ver como é que eles vão aprovar um tema quando eu é que viajei, eu é que testemunhei a situação dos trabalhadores”, ponderou.

 


Do Portal Vermelho

Delação Delcídio: Versão unilateral com um rastro que leva à era FHC

A delação premiada do senador Delcídio do Amaral, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (15), é um depoimento repleto de retalhos. Ao que tudo índica, ele falou mais do que foi perguntado. E esse depoimento excedente pouco importou para os investigadores, reforçando as críticas que acusam a Lava Jato de seletividade.

Por Dayane Santos


  
Diferentemente da linha de investigação, o depoimento de Delcídio deixa diversas pontas em aberto. Assim como em outros depoimentos de delatores presos, Delcídio reafirma fatos que até agora não foram apurados pela Lava Jato que, definitivamente, se transformou numa investigação contra o PT.

Delcídio cita diversos partidos e personalidades políticas. Confessa que a porta de entrada para o esquema na Petrobras foi a indicação para a diretoria de Gás e Energia da estatal, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, período esse em que era filiado ao PSDB. Foi também nesse período que conheceu Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato.

Cerveró era funcionário de carreira da estatal. Entrou na empresa por meio de concurso público em 1975. Em 1998, ele coordenava a assessoria de Novos Negócios e Parcerias da estatal e, em 1999, passou a ser gerente de Projetos em Termelétricas, área sob forte influência de Delcídio.

No depoimento, o senador disse que “foi convidado para ser Diretor de Gás e Energia pelo então Ministro de Energia Rodolpho Tourinho”, ainda no governo FHC. Tourinho, falecido no ano passado, foi ministro de Minas e Energia de 1999 a 2001, quando também exerceu a presidência dos Conselhos de Administração da Petrobras, Petrobras Distribuidora e Eletrobras.

Ele conta que deixou a diretoria da Petrobras em 2001, portanto às vésperas de um ano eleitoral, para assumir um cargo na Secretaria de Infraestrutura do Estado do Mato Grosso do Sul, no governo de Zeca do PT, pois tinha pretensões de sair candidato a uma vaga do Senado, em 2002. Ou seja, durante todo o governo de FHC, Delcídio permaneceu na diretoria da Petrobras, tendo Cerveró como seu braço direito.

Quando se elegeu senador, Delcídio manteve Cerveró na diretoria da Petrobras, agora como diretor da área Internacional. O senador admite que o diretor foi mantido no cargo por uma ação dele.

“Que o depoente atuou, junto com Zeca do PT e a bancada do PT no Mato Grosso do Sul, na nomeação de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras”, disse ele na delação, afirmando ainda que numa reunião com o ex-presidente Lula defendeu o nome de Cerveró para o cargo.

Cerveró é apontado como o cobrador de propina de vários contratos com a Petrobras. Ele já afirmou que Delcídio teria recebido repasses de US$ 10 milhões sobre contrato de turbina de US$ 500 milhões, em 2001, ou seja, durante o governo FHC. Ele disse que o pagamento foi feito pela Alstom – mesma investigada pelo esquema do trensalão tucano em São Paulo – por conta da compra de turbinas para uma termoelétrica, a TermoRio, no contexto do apagão que ocorreu no governo de FHC entre 2001 e 2002.

Cerveró disse que ele também recebeu suborno da Alstom na compra das turbinas por meio de pagamento em uma conta na Suíça, que foi uma das causas da abertura de um processo criminal naquele país. Cerveró fez um acordo com procuradores suíços e pagou multa.

Quem é o pai de Cerveró

Delcídio disse que não é o pai da criança. Disse que “sabe que um dos maiores escândalos envolvendo a BR Distribuidora foi a aquisição ilícita de etanol no período de 1997 a 2001”.
De acordo com ele, o principal operador desse esquema foi João Augusto Henriques, ex-diretor da BR Distribuidora preso e processado por corrupção na Petrobras, no governo Fernando Henrique Cardoso.

O senador disse que Henriques fazia “operações” na BR Distribuidora para conseguir recursos a partir da variação do preço do etanol nas usinas.

“A forma de obtenção de recursos ilícitos nas operações consistia na manipulação das margens de preço do produto, estabelecidas pela assim chamada ‘Escola de Piracicaba’, ligada à área de agronomia”, diz o termo de delação.

Delcídio também relata fatos ocorridos antes da sua chegada à diretoria da Petrobras. No anexo 11 de sua delação, o senador fala do que chama de “ilegalidades” na gestão de Joel Rennó, que presidiu a estatal de 1992 a 1999, nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Ele afirma que tais fatos demonstram que “as ilegalidades nas contratações da Petrobras não são novidades, ou seja, ocorrem há muito tempo”. “Já na época de Joel Rennó ocorriam casos de ilicitudes, em alguns casos para enriquecimento pessoal como também para financiamento de campanhas políticas”, diz o senador.

Um dos episódios relatados por Delcídio diz respeito a contratos entre a Marítima, do empresário Germán Efromovich, e a Petrobras. De acordo com o senador, a Marítima era, no início dos anos 1990, “apenas uma pequena empresa” e, em pouco tempo, teve um crescimento vertiginoso – em boa parte, graças ao fornecimento de sondas e plataformas para a Petrobras.

No caso da P-36 – aquela de naufragou em 2001 durante o governo FHC – seria usada no Campo de Marlin, e foi contratada por US$ 400 milhões. A Marítima atrasou a entrega da plataforma e o valor chegou a US$ 500 milhões.

A mesma manobra foi feita para elevar o valor da contratação nas plataformas P-37 e P-40, gerando um prejuízo total de US$ 270 milhões para os cofres da Petrobras.

No total, a delação de Delcídio tem 254 páginas de depoimento em que ele fala sobre quase tudo, cita diversos nomes, mas é possível verificar que no caso das questões relacionadas ao governo FHC pouco se perguntou.

E apesar do conteúdo extenso, o depoimento de Delcídio segue o roteiro de delações da Lava Jato: uma versão unilateral das conversas supostamente havidas e acusações com base no “me disseram” ou “eu tinha a informação”.
 

Do Portal Vermelho

Assim como Lula, JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo

O jornalista Mário Magalhães relembra, em seu blog no UOL, as acusações contra Juscelino Kubitschek a respeito de um apartamento na avenida Vieira Souto, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Magalhães levanta recortes de jornais da época, relembrando que JK teve a vida “devassada” após o golpe militar e a cassação de seu mandato como senador. A história se repete com o ex-presidente Lula.


Tratado como ladrão, JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigoTratado como ladrão, JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo
“As autoridades o acusaram de um sem-número de falcatruas, como se fosse um ladrão voraz”, também mostrando que a imprensa deu força para as acusações do regime militar.

O apartamento estava em nome de uma empresa controlada pelo banqueiro Sebastião Pais de Almeida, amigo de Juscelino Kubitschek. Apesar das acusações, não houve julgamento na Justiça comum, e o procurador considerou que não existiam provas de que JK fosse o dono do apartamento.

“Depois de deixar a Presidência, Juscelino Kubitschek (1902-1976) foi morar num apartamento novinho em folha na avenida Vieira Souto, Ipanema, o metro quadrado mais caro do país. A empreiteira que ergueu o prédio havia tocado na região Sul uma obra concedida pela administração JK (1956-1961)”, escreveu Magalhães.

No blog, o colunista descreve como a imprensa tratou o tema à epoca. “O projeto arquitetônico do prédio foi desenhado por Oscar Niemeyer, que nada cobrou pelo serviço. Mais de uma vez o ex-presidente visitou as obras do apê que viria a ocupar. Idem sua mulher, dona Sarah, que pediu numerosas alterações no projeto original. O imóvel era espaçoso. Jornais publicariam que tinha 1.400 metros quadrados, o que parece exagero. Mas nele JK chegou a discursar para centenas de pessoas.”


E continua: “Em junho de 1964, a ditadura recém-instalada cassou o mandato de senador de Juscelino e suspendeu seus direitos políticos por dez anos. O ex-presidente teve a vida devassada, investigado em inquéritos policiais militares”.


“As autoridades o acusaram de um sem-número de falcatruas, como se fosse um ladrão voraz. A acusação de maior apelo entre os opositores do ex-governante era a de que, na verdade, o apartamento da Vieira Souto era de Juscelino”, descreve Magalhães.


“Na Justiça comum, nem julgamento houve. O procurador considerou não haver provas de que Juscelino fosse o dono do apartamento. E enumerou provas de que o imóvel pertencia mesmo a Sebastião Pais de Almeida, que o emprestara ao amigo JK. O juiz mandou arquivar o processo.”

“Hoje, Juscelino Kubitschek é considerado grande brasileiro. Dona Sarah dá nome à rede de hospitais de reabilitação”, completa o blogueiro.


Com informações do Jornal GGN via Vermelho

José Trajano: vamos nos unir para combater o golpe em marcha

O jornalista José Trajano convocou a população, através da TV Vermelho, para ir às ruas contra o golpe da direita. Para o consagrado jornalista esportivo, “é hora de colocar as divergências partidárias de lado e nos unirmos contra o golpe em marcha, defender a democracia, a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula”.


  

TV Vermelho

Em nota, Frente Brasil Popular mobiliza militância contra o golpe

A  Frente Brasil Popular, organização que representa mais de 60 entidades do movimento social, lideranças políticas e a sociedade civil organizada, lançou uma nota na quarta-feira (15), onde convoca a militância para a manifestação da próxima sexta-feira (18), rechaçando o golpe que está em curso no país e em defesa da democracia. Leia a nota abaixo: 


  
Nota da Frente Brasil Popular
Defender a democracia contra o golpe

Os movimentos sociais organizados na Frente Brasil Popular irão mais uma vez às ruas no dia 18 de março (sexta-feira), em centenas de cidades brasileiras, manifestar-se pela mudança na política econômica, em defesa da democracia e contra o golpe.

Os acontecimentos dos últimos dias são preocupantes e devem mobilizar todos e todas que valorizam a conquista da democracia como um patrimônio do país. O conservadorismo da direita, aliado ao uso político de instituições de Estado, tem produzido uma profunda instabilidade econômica, social e política, além de fomentar o ódio e a intolerância, a exemplos das iniciativas desnecessárias e ilegais contra o ex-presidente Lula.

Não admitiremos o retrocesso nos direitos do povo brasileiro. Iremos às ruas em defesa das conquistas políticas e sociais, da democracia, da liberdade e contra a tentativa de golpe em curso.

* Em defesa da democracia, contra o impeachment
* Em defesa dos direitos sociais, pela mudança da política econômica
* Não vai ter golpe

São Paulo, 15 de Março de 2016


Do Portal Vermelho 

terça-feira, 15 de março de 2016

Frente Brasil Popular lança Jornada Nacional em defesa da democracia

Foto: MTST
  

Movimentos sociais, sindicais, estudantis e outras entidades que compõem a Frente Brasil Popular organizaram um calendário de mobilizações para o mês de março.


Entre as principais pautas esta a defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores e do ex-presidente Lula.

Manifestações


Fonte: Rádio Brasil Atual via Vermelho

Flávio Dino: "Saída para crise está na política e não fora dela"

Por meio do Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que "saída para crise está na Política e não fora dela, no suposto 'grito das ruas'". "Dia 18 também vai ter grito. E aí??", questionou ele.


Flávio Dino é governador do Maranhão pelo PCdoBFlávio Dino é governador do Maranhão pelo PCdoB
"Para os que estão impressionados com fotos de hoje, lembro dia 16/12/2015, que vai se repetir na próxima sexta (18)", acrescentou o governador maranhense.

Na semana passada, o governador avaliou a postura da oposição classificando como “assustador” o clima de intolerância e ódio disseminado pela oposição. “A tradição brasileira sempre foi a capacidade de resolver conflitos por meio do diálogo e da conciliação. Esse novo traço do brasileiro tem um traço muito preocupante, que é a falta de razoabilidade. O ódio que já havia nas redes sociais transbordou para as ruas e o nome disso é fascismo. Tiraram o gênio do fascismo da garrafa e agora não sabem como colocá-lo de volta”, disse ele.

Para o governador, que tem um dos maiores índices de aprovação do país (quase 70%), há espaço para que as forças políticas que construíram a democracia no Brasil encontrem saídas para conter a escalada do ódio, da intolerância e do fascismo. “Caberá à presidenta Dilma, após o dia 13, convocar esse diálogo, e a oposição terá que reconhecer que o calendário eleitoral é 2018, e não agora”.

Segundo ele, o impeachment é a pior das alternativas, porque abriria um longo ciclo de vingança e violência política no país, com prejuízos seríssimos para a economia.
 

Do Portal Vermelho