sexta-feira, 18 de março de 2016

Mais de 760 artistas e intelectuais assinaram manifesto contra o golpe

Um grupo de artistas e intelectuais organizou um manifesto contra o golpe que será encaminhado aos chefes do Executivo, Dilma Rousseff, do Legislativo, Renan Calheiros e do Judiciário, Ricardo Lewandowsky, bem como ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 


Vermelho
Entre os artistas e intelectuais que defendem a democracia estão Chico Buarque, Marilena Chauí, Camila Pitanga, Fernando Morais e Letícia Sabatella Entre os artistas e intelectuais que defendem a democracia estão Chico Buarque, Marilena Chauí, Camila Pitanga, Fernando Morais e Letícia Sabatella 
O manifesto intitulado “Carta ao Brasil” defende a democracia, a legalidade, e rechaça a tentativa de golpe impulsionada pela oposição, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Até esta terça-feira (15), o documento já tinha recebido apoio de mais de 760 artistas e intelectuais brasileiros.

Entre os signatários estão o escritor Fernando Morais, o músico e escritor Chico Buarque, o ator e comediante Gregório Duvivier, a atriz e cantora Letícia Sabatella, a atriz Camila Pitanga, o intelectual Leonardo Boff, a atriz Betty Faria, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e outros.

Leia o manifesto na íntegra: 
“Carta ao Brasil

Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.

Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.

Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.

8 de dezembro de 2015

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