quinta-feira, 17 de março de 2016

Jandira condena grampos: “Está em curso um golpe institucional”

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, na quarta (16), que a gravação de conversas privadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff não tem sustentação legal. De acordo com a parlamentar, o grampo e sua divulgação fazem parte de uma tentativa de incitar uma conflagração social, criando um clima que seja favorável ao impeachment de Dilma. Para ela, está em curso um “golpe institucional” no país.


  
“O advogado de Lula foi muito correto, verdadeiro, ao falar. Um grampo, para ser autorizado, precisa ter muitos critérios. E não havia nenhum critério que autorizasse um grampo no telefone do assessor do Lula, muito menos no da presidenta Dilma”, indicou.

Segundo ela, independentemente de Lula ser ministro, “não havia critério jurídico que justificasse, não tinha sustentação legal”, para as interceptações. No caso da Dilma, aponta, o juiz Sérgio Moro sequer tinha “jurisdição ou competência” para grampear telefones do Planalto.

De acordo com Jandira, o fato expõe ainda mais a “politização” do Judiciário. “A decisão do juiz Moro tem se pautado pela política e, não, pela técnica. Isso significa uma tentativa de criar um clima, uma conflagração social de fato, para gerar um clima, para passar o impeachment na Câmara dos Deputados”, denunciou.

Para ela, há um golpe em curso. “Isso é um golpe institucional, tendo no comando parte do Poder Judiciário, articulando-se com setores jurídicos e da própria grande mídia brasileira, em particular, o Sistema Globo”, afirmou.

A deputada avaliou ainda que a Fiesp – que estampou em luminosos na sua fachada um pedido de renúncia da presidenta Dilma Rousseff, se soma ao “consórcio golpista” e que a postura é “grave, uma vez que esse posicionamento não necessariamente representa todos os setores industriais do país”.

“Estranho”

Na sua página no Facebook, Jandira chamou a atenção para o fato de uma das ligações telefônicas grampeadas e divulgadas pelo juiz Sérgio Moro ter início no Palácio do Planalto. “A secretária da presidenta faz de Brasília ligação para um segurança de Lula, em SP, mas antes da ligação ser atendida é possível ouvir a funcionária comentando algo. Ou seja, a ligação que partiu do Planalto já estava sendo grampeada, muito antes do segurança atender e dizer ‘alô’. Isso seria um absurdo, Estado de Exceção. Chefe de Estado não pode ser grampeada!!!”, afirma. 

 



 Do Portal Vermelho

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