Aproxima-se o dia das
eleições e vai tomando forma na sociedade brasileira dois blocos completamente
antagônicos esboçados em duas candidaturas: Dilma Roussef e Aécio Neves.
De início fica claro pelo
perfil dos candidatos as posições diametralmente opostas. Dilma, militante
estudantil desde a juventude, lutou contra a ditadura, pela redemocratização do
país e ocupou cargos públicos por indicação de partidos progressistas como o
PDT e o PT. Aécio, herdeiro político do clã Neves de Minas Gerais, desde jovem
vem ocupando cargos públicos por indicação de parentes influentes e dos
esquemas políticos eleitorais conservadores e neoliberais.
Do ponto de vista político,
o lado de Dilma representa a solidariedade aos trabalhadores pobres e excluídos
através da valorização dos salários, do combate ao desemprego, do respeito aos
direitos sociais, dos programas de inclusão social. Além do macro projeto de
desenvolvimento nacional soberano materializado na postura independente na
política internacional e de iniciativas como o PAC - Plano de Aceleração do
Crescimento, de fortalecimento das empresas estatais, da recuperação da indústria
naval, dentre outras, que como resultado elevaram o Brasil a 7ª economia do
mundo. Potência emergente, protagonista do Mercosul e dos Brics – Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul.
Ideologicamente, Aécio
simboliza o individualismo, a supremacia do capital, do lucro do mercado sobre
o social.
Convivemos nas últimas décadas
com dois governos de inspiração neoliberal: Color e FHC. A história está a nos
dizer acerca das suas realizações.
Os planos de Aécio, apesar
de toda em toda a sua retórica enfatizar o futuro, está ancorado no passado,
inclusive de forma cabal ao apresentar como futuro ministro da fazenda Armínio
Fraga, ex diretor do megaespeculador George Soros e sócio do banco
norte-americano JP Morgan, que muito lucrou com a nossa desgraça, não faz muito
tempo.
O receituário neoliberal é
claro: arrocho salarial, desemprego, ataque aos direitos dos trabalhadores,
precarização das condições de trabalho, combate aos programas sociais,
privatizações, política econômica e diplomática subalterno aos interesses dos
Estados Unidos e da União Européia.
Se você vive de vender a sua
força de trabalho, saiba o que está por vir com a possível eleição de Aécio. A
consciência de classe não acontece espontaneamente, por isso o nosso papel é
suscitar o debate e incitar a consciência.
Tem muito trabalhador que
apesar de duramente explorado pelo capital financeiro, como o bancário,
comporta-se como burguês, diz-se classe média e pretende votar no candidato dos
banqueiros. Lembro-lhes que, se és classe média (termo incorreto do ponto de
vista científico), tua classe média está atrelada a um contrato de trabalho,
uma vez desempregado, tu és apenas classe nada.
Portanto, lembro-lhes, em
1989, 1994 e 1998, os trabalhadores e diversos segmentos populares apostaram
nas candidaturas neoliberais e tiveram como resultado o desemprego, o
empobrecimento e o abandono social.
Alerto-lhes, que o voto no
candidato das elites conservadoras e preconceituosas é uma decisão, acima de
tudo, contrária aos interesses da classe trabalhadora desse país!
“Está na
cara
Você não vê” – Gilberto Gil
Você não vê” – Gilberto Gil
Por Jorge Barbosa de Jesus – Presidente do Sindicato dos Bancários de
Itabuna e região
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