terça-feira, 21 de outubro de 2014

Segundo turno das eleições: Quem você é? De que lado você está?

Aproxima-se o dia das eleições e vai tomando forma na sociedade brasileira dois blocos completamente antagônicos esboçados em duas candidaturas: Dilma Roussef e Aécio Neves.

De início fica claro pelo perfil dos candidatos as posições diametralmente opostas. Dilma, militante estudantil desde a juventude, lutou contra a ditadura, pela redemocratização do país e ocupou cargos públicos por indicação de partidos progressistas como o PDT e o PT. Aécio, herdeiro político do clã Neves de Minas Gerais, desde jovem vem ocupando cargos públicos por indicação de parentes influentes e dos esquemas políticos eleitorais conservadores e neoliberais.

Do ponto de vista político, o lado de Dilma representa a solidariedade aos trabalhadores pobres e excluídos através da valorização dos salários, do combate ao desemprego, do respeito aos direitos sociais, dos programas de inclusão social. Além do macro projeto de desenvolvimento nacional soberano materializado na postura independente na política internacional e de iniciativas como o PAC - Plano de Aceleração do Crescimento, de fortalecimento das empresas estatais, da recuperação da indústria naval, dentre outras, que como resultado elevaram o Brasil a 7ª economia do mundo. Potência emergente, protagonista do Mercosul e dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Ideologicamente, Aécio simboliza o individualismo, a supremacia do capital, do lucro do mercado sobre o social.

Convivemos nas últimas décadas com dois governos de inspiração neoliberal: Color e FHC. A história está a nos dizer acerca das suas realizações.

Os planos de Aécio, apesar de toda em toda a sua retórica enfatizar o futuro, está ancorado no passado, inclusive de forma cabal ao apresentar como futuro ministro da fazenda Armínio Fraga, ex diretor do megaespeculador George Soros e sócio do banco norte-americano JP Morgan, que muito lucrou com a nossa desgraça, não faz muito tempo.

O receituário neoliberal é claro: arrocho salarial, desemprego, ataque aos direitos dos trabalhadores, precarização das condições de trabalho, combate aos programas sociais, privatizações, política econômica e diplomática subalterno aos interesses dos Estados Unidos e da União Européia.

Se você vive de vender a sua força de trabalho, saiba o que está por vir com a possível eleição de Aécio. A consciência de classe não acontece espontaneamente, por isso o nosso papel é suscitar o debate e incitar a consciência.

Tem muito trabalhador que apesar de duramente explorado pelo capital financeiro, como o bancário, comporta-se como burguês, diz-se classe média e pretende votar no candidato dos banqueiros. Lembro-lhes que, se és classe média (termo incorreto do ponto de vista científico), tua classe média está atrelada a um contrato de trabalho, uma vez desempregado, tu és apenas classe nada.

Portanto, lembro-lhes, em 1989, 1994 e 1998, os trabalhadores e diversos segmentos populares apostaram nas candidaturas neoliberais e tiveram como resultado o desemprego, o empobrecimento e o abandono social.

Alerto-lhes, que o voto no candidato das elites conservadoras e preconceituosas é uma decisão, acima de tudo, contrária aos interesses da classe trabalhadora desse país!

Está na cara
Você não vê” – Gilberto Gil

Por Jorge Barbosa de Jesus – Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e região

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