terça-feira, 25 de agosto de 2015

Jovens bancários da Bahia e Sergipe aprovam resoluções para a 3ª Conferência Nacional


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No domingo (23), último dia do 4º Encontro da Juventude Bancária da Bahia e Sergipe, realizado no Águas Claras Beach Resort, na cidade de Saubara, no Recôncavo Baiano, foram aprovadas as resoluções que serão encaminhadas para 3ª Conferência Nacional de Juventude e eleita a nova Comissão da Juventude Bancária.
Dentre os pontos aprovados estão a defesa da taxação das grandes fortunas em lugar de ajuste fiscal; do fim do monopólio das comunicações no Brasil, garantindo pluralidade nos conteúdos veiculados; e da garantia de trabalho decente para a juventude, com a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT.
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A 3ª Conferência Nacional de Juventude acontecerá de 16 a 19 de dezembro, em Brasília, com o objetivo de atualizar a agenda da juventude para o desenvolvimento do país, reconhecendo e potencializando as múltiplas formas de expressão juvenil. As propostas e resoluções da etapa nacional servirão de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Juventude.
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Veja abaixo as resoluções do Encontro da Juventude da Bahia e Sergipe:
Sistema Financeiro Nacional
1. Deve ser intensificado o esclarecimento à população acerca das instâncias reguladoras do SFN (BACEN, Ouvidorias, etc);
2. Realização de auditoria da dívida pública brasileira;
3. Preservação do caráter público das instituições oficiais, de maneira a balizar o mercado com práticas sustentáveis;
4. O combate à crise não pode penalizar a classe trabalhadora: taxação das grandes fortunas em lugar de ajuste fiscal;
5. Regulamentação do SFN preceituada na CF/1988, em prol do desenvolvimento nacional;
6. Fim do tripé macroeconômico (câmbio desvalorizado, superávit primário e juros elevados) tão prejudicial 'a produtividade do país;
Democratização da mídia
1. Fim do monopólio das comunicações no Brasil, garantindo pluralidade nos conteúdos veiculados e amplitude de acesso da população a informações sem distorção, através da revisão das concessões públicas de rádio e TV, visando a desconcentrar a produção de conteúdos informativos no Brasil, bem como qualificar essa produção através da exigência de exibição de programas de cunho educativo em diversos horários;
2. O debate sobre democratização da mídia deve levar em conta que os bancos são os principais financiadores de campanhas eleitorais e patrocinadores da mídia monopolizada, por isso se faz necessário que se imponha limites para a desmedida intromissão do mercado financeira na agenda de desenvolvimento nacional;
Políticas Públicas de Juventude
1. Maior eficiência nas investigações criminais, especialmente nos casos generalizados de homicídios de jovens negros com baixa renda;
2. O lema "Pátria Educadora" deve ser materializado na consecução de PPJ's cujo foco sejam a educação;
3. A escola deve ser um ambiente mais atrativo, em que o modelo da mera transmissão de conteúdo seja substituído por práticas interativas conectadas com a realidade concreta e incentivo ao esporte e ao conhecimento da CF/1988, do Estatuto da Juventude e do ECA nas instituições educacionais;
4. Estabelecer diálogo com entidades representativas de estudantes (UNE, DCE's, CA's, grêmios, etc) no intuito de criar espaços onde o conjunto da juventude possa ser inserido na participação política;
5. Ampliação de disciplinas que propiciem a formação cidadã e laica nos currículos escolares (filosofia, política, direito, CF/1988, etc);
6. Fortalecer as agremiações estudantis/juvenis através da co-realizacao de eventos periódicos para a formação política e cidadã dos estudantes;
7. Garantia de trabalho decente para a juventude: Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT. Abaixo o PLC 30!;
8. Menos cadeias, mais escolas – abaixo a redução da maioridade penal;
9. Estabelecimento de políticas de incentivo ao primeiro emprego;                         
10. Descriminalização.
Organização do movimento
1. É necessário fortalecer o papel histórico do movimento sindical enquanto agente da luta coletiva, democratizando os espaços de participação para a juventude bancária;
A unidade da categoria bancária deve ser fortalecida a cada dia, calcada na autonomia sindical e na ação classista;
2. As entidades sindicais devem travar luta para estender a conquista do benefício do vale-cultura a toda a categoria, incentivando estabelecimentos alvo a se credenciarem para aceitação;
3. A fim de alcançar condições mais efetivas de implantar as pautas, e' fundamental incentivar as candidaturas de bancários e principalmente bancárias a cargos eletivos;
Conscientizar a categoria sobre a importância de contribuir nas ações sindicais, seja divulgando, mobilizando colegas ou apresentando sugestões;
4. A utilização de mídias para comunicação sindical deve ser diversificada, de maneira a capilarizar a divulgação das nossas bandeiras e opiniões;
5. Realização de fóruns temáticos sobre política, enfrentando preconceitos e conscientizando o conjunto da categoria sobre o quanto este assunto é determinante na consecução das reivindicações;
6. Consolidação do trabalho de reintegração de bancári@s demitid@s desmotivadamente, como forma de soerguer a autoestima da categoria;
7. Combate incessante ao assédio moral;
8. Valorização do dirigente sindical;
9. Continuar a resistência ao PL 4330 (atual PLC 30), que escancara a terceirização;
10. Fortalecimento dos piquetes de greve, aliado à necessidade de criar mecanismos para envolver a área de tecnologia das instituições;
Fonte: Feebbase

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