sexta-feira, 7 de março de 2014

Cuba rechaça atos desestabilizadores contra Venezuela

Grupos ligados à direita venezuelana promovem ações com a intenção de
 desestabilizar o governo constitucional de Nicolás Maduro. | Foto: Reuters




















Cuba denunciou, ontem, quinta-feira (6), perante o Conselho de Direitos Humanos, os atos desestabilizadores desferidos na Venezuela que, além de violar a institucionalidade, têm como propósito derrubar pela força o governo legitimamente constituído.


Ao intervir na 25ª sessão ordinária do Conselho, o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Abelardo Moreno, recordou que as autoridades foram eleitas soberanamente pelo povo dessa nação, o único com capacidade para decidir seu próprio destino.

"As ações dos grupos desestabilizadores, instigadas a partir do exterior e promovidas pela manipulação informativa dos meios de comunicação irresponsáveis e por setores fascistas minoritários na Venezuela, devem ser objeto da mais forte condenação e repúdio por parte da comunidade internacional", assegurou.

Durante seu discurso junto aos altos segmentos do Conselho, o vice-chanceler cubano recordou que quando se criou esse organismo não foram poucas as dúvidas de contar com uma entidade onde primassem a cooperação e o diálogo genuínos.

Cuba, que tinha sofrido a politização, a duplicidade de critérios e a seletividade da desaparecida Comissão dos Direitos Humanos, sempre lhe deu o benefício da dúvida, destacou.

"Sete anos após a criação deste Conselho confirmamos que, lamentavelmente, em muitos casos se transferiram a ele as mesmas receitas, os mesmos duplos critérios e a mesma manipulação ideológica que determinaram o descrédito da Comissão", disse Moreno.

Referiu-se o vice-titular das Relações Exteriores à atitude das potências que pretendem ser guardiães dos direitos humanos e fiscais de outros, apesar de serem responsáveis diretos de graves e sistemáticas violações.

Apresentou como exemplo as execuções extrajudiciais, por meio de drones, de centenas de mulheres e crianças inocentes, e as tentativas de declarar tais assassinatos como legais.

Moreno também fez alusão à transgressão do direito à privacidade e à informação de milhões de cidadãos de todo mundo pela escandalosa espionagem global, que também violou a soberania dos Estados.

Referiu-se, também, ao "apoio à desestabilização de governos legitimamente constituídos em países do sul do planeta, quando não se submetam a seus desígnios".

Por outro lado, acrescentou, perpetua-se a violação do Direito Internacional Humanitário, com as torturas de prisioneiros, incluída sua alimentação forçada, no centro de detenções ilegais em território usurpado de Cuba, em Guantânamo, o qual ainda não foi fechado, apesar das reiteradas promessas.

Fonte: Prensa Latina via Vermelho

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