sexta-feira, 7 de março de 2014

Federação Sindical Mundial reage ao novo governo na Ucrânia

A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, na Ucrânia,
 caminhou em janeiro durante protestos com um dos líderes da oposição de direita,
 Arseny Yatsenyuk, do Partido da Pátria, que incitou manifestações contra o governo.
Vostock-Media/Reuters/Alexander Demianchuk

Reagindo ao desenvolvimento da crise política na Ucrânia, a Federação Sindical Mundial (FSM) emitiu uma nota, na terça-feira (4), em repúdio ao novo governo daquele país, “formado por forças políticas reacionárias e opostas aos trabalhadores.” Desde novembro do ano passado, a intensificação dos protestos e a ascensão do fascismo na Ucrânia contaram com o respaldo crucial dos EUA e da União Europeia, diretamente interessada na deposição inconstitucional do governo, no final do mês passado. 


O avanço ocidental para determinar o rumo político da Ucrânia é revelador das tendências imperialistas de desestabilização dos países cujos governos não se submetem à sua agenda. Foi o caso no país do leste europeu, quando o seu Parlamento decidiu suspender o acordo comercial que levaria à adesão à União Europeia. 

Para evitar este caminho, o Ocidente resolveu apoiar a extrema-direita e até o fascismo contra o governo ucraniano, enquanto o resto da Europa sofre as consequências do plano econômico e fiscal de arrocho imposto pelos credores europeus e internacionais aos povos já empobrecidos e afetados pela crise sistêmica do capitalismo. 

Leia a seguir a íntegra do comunicado emitido pela federação desde a sua sede, em Atenas, na Grécia:

Declaração da Federação Sindical Mundial sobre a Ucrânia 

A Federação Sindical Mundial (FSM) informa à classe trabalhadora internacional que os últimos acontecimentos na Ucrânia não são “uma vitória da democracia”, como afirmam hipocritamente a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a União Europeia, os Estados Unidos e seus aliados. 

Os recentes acontecimentos na Ucrânia são atos perigosos, principalmente, para a classe trabalhadora da Ucrânia, os povos da região e para a paz mundial. A Ucrânia é um país rico, com grandes recursos produtores de riqueza. É um país com canais de energias cruciais, um país com uma posição importante no mapa geoestratégico.

O novo governo ucraniano, formado por forças políticas reacionárias e anti-trabalhadores, tomou o poder com o apoio dos imperialistas dos Estados Unidos e seus aliados. O novo governo é um fantoche dos imperialistas, quem o instalou para que promova seus planos geopolíticos e geoestratégicos.

Ao mesmo tempo, os acontecimentos na Ucrânia confirmam que as organizações nazistas e neonazistas são instrumentos do sistema capitalista e dos inimigos da classe trabalhadora e dos setores populares.

O movimento sindical classista internacional expressa sua solidariedade internacionalista com os trabalhadores que vivem na Ucrânia. Apoia o direito dos trabalhadores que vivem na Ucrânia de lutar contra a barbárie capitalista e contra os perigos gerados pelas rivalidades entre os Estados Unidos, a União Europeia e Rússia.

Fonte: Vermelho

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