quarta-feira, 9 de outubro de 2013

No 21º dia de greve, Fenaban chama bancários para negociar

 A pressão da greve dos bancários surtiu efeito mais uma vez. Ao completar 21 dias de paralisação nesta quarta-feira (9), a Fenaban chamou o Comando Nacional para uma nova negociação nesta quinta (10), às 10 horas, em São Paulo.

A nova rodada foi marcada após a rejeição pelas assembleias dos sindicatos da proposta de reajuste salarial de 7,1% e aumento do piso em 7,5%, apresentada pelos bancos na última sexta-feira (4), que foi considerada insuficiente pela categoria.
Greve Santander Vertical JU

Para o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, é necessário continuar e intensificar a mobilização, para pressionar os banqueiros apresentarem uma proposta digna, que contemple as reivindicações da categoria. Após o encontro com a Fenaban, acontecerão as reuniões de negociação com o BB e a Caixa.

Ontem, em todo o país, a categoria fechou 11.748 unidades. Na base da Federação dos Bancários, 1.009 agências permanecem sem funcionar, sendo 837 na Bahia e 172 em Sergipe. Na base do Sindicato da Bahia, 477; de Vitória da Conquista, 71; de Feira de Santana, 34; de Ilhéus, 27; de Irecê, 37; de Jacobina, 28; de Jequié, 27; de Itabuna, 37; de Camaçari, 17; de Barreiras, 57; e de Juazeiro, 25.
Os bancários reivindicam:

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Feeb/Ba-Se

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