quarta-feira, 9 de março de 2016

Mulheres defendem direitos e democracia em atos pelo Brasil

A defesa da democracia e contra o golpe, o Fora Cunha e protestos contra a Samarco dominaram as manifestações desta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Milhares de mulheres protestaram contra o conservadorismo nas cidades de Fortaleza, Curitiba, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte. Na capital paulista, as faixas, bandeira e cartazes também condenaram o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e a perseguição ao ex-presidente Lula.


midia ninja
  
São Paulo
A marcha de São Paulo reuniu na concentração do Masp, na avenida paulista, mulheres e homens de diversas camadas sociais, idades e orientação política e sexual.

Puxando o coro “se a mulher se unir o Eduardo cunha vai cair”, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ) e que simboliza o ataque aos direitos sociais, as mulheres saíram em caminhada em uma das pistas da rua Augusta até a praça da república.
 

"Hoje é um dia de Luta das Mulheres por Igualdade. Um dia de lutar contra o golpe que está em curso. Esse golpe significa uma avalanche de retrocessos para todas as pessoas, mas principalmente para as mulheres", afirmou Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE). 


Fortaleza 

“Sou jararaca, você ouviu, para acabar com o golpismo no
Brasil!” foi a palavra de ordem entoada pelas
 mulheres em Fortaleza. Ao final do depoimento à polícia federal, para o qual foi levado a força, o ex-presidente Lula fez a comparação dizendo que se pensaram que golpearam a “jararaca” estavam enganados.

A exemplos dos demais atos pelo Brasil, a manifestação saiu às ruas da capital cearense com faixas, cartazes, batuque e gritos de guerra. “Neste momento lutamos sobretudo para garantir e aprofundar a democracia. Sem ela não há direito das mulheres e nem país desenvolvido”, explicou Nagyla Drumond, secretaria estadual de Mulheres do PCdoB.

Para ela a defesa do ex-presidente e do governo de Dilma significa a luta pela democracia. “Estas questões todas precisam estar no 8 de março, que marca o início de uma jornada de lutas com outras manifestações que acontecerão nos dias 18 e 31”, completou Nagyla.

Curitiba

O 8 de março em Curitiba reuniu representantes do MST, Marcha Mundial das Mulheres, Rede Mulheres Negras, Moradia, CUT, Fetraf, UPE, UPES, FL29deAbril, SindiPetro, SindiQuimica, SindiJor, Cefúria, Terra de Direitos e Sismuc. O tema da manifestação, que faz parte da campanha do movimento dos atingidos por barragem (MAB), foi a luta pela redução da tarifa de energia elétrica. É grande o impacto da tarifa entre as mulheres das cidades do interior e regiões periféricas. O ato denunciou os investidores privados da Copel (Companhia Paranaense de Energia) como os principais beneficiários da elevação da tarifa.

Belo Horizonte

"Eu vim aqui contra o Cunha, ele fere muito os nossos direitos lá. Se precisar, vou vir pra rua sempre contra o que afeta os nossos direitos." afirmou Maria da Consolação do movimento Quilombola.

A Samarco/Vale também foi alvo de protestos em Belo Horizonte. Centenas de mulheres em marcha pelas ruas da capital mineira lançaram lama na fachada do prédio da empresa. A Polícia Militar tentou impedir alegando que a manifestação atrapalhava o tráfego. 

Vitória

A Marcha das Mulheres, em Vitória/ES, ocupou o Palácio Anchieta, sede do Governo Estadual, na tarde desta terça-feira (8). As entidades participantes da ação questionam o funcionamento irregular de escolas em assentamentos no interior do estado.
Participaram da ocupação movimentos sociais, feministas, sindical e partidos políticos, entre eles: UBM, MPA, PCdoB, PT, MST, CUT e CTB.
 
Rio de Janeiro

Assim como em outras cidades, o tema do aborto teve papel destacado na manifestação do Rio de Janeiro. Novamente o ato protestou contra as mulheres mortas na cidade após a realização de abortos clandestinos.
 
Belém

No Pará, partidos políticos, movimentos sociais e centrais de trabalhadores fizeram a concentração do ato no Centro Arquitetônico de Nazaré. As faixas protestavam contra o golpe e contra o projeto deterceirização em trâmite no congresso. Eduardo Cunha foi estampado como inimigo público das mulheres, trabalhadores e da democracia.  
 

Do Portal Vermelho com informações dos Jornalistas Livres e CUT Pará

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