quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Bancada feminina ecoa voz das ruas: “Não vai ter golpe!”

Aos gritos de “Não vai ter golpe” e “Fora Cunha”, a bancada feminina no Congresso Nacional, realizou ato político, na tarde de ontem, quarta-feira (16), dia em que os movimentos sociais promovem manifestações em defesa da democracia e contra o golpe, para fazer ecoar a voz das ruas.  


Marcelo Favaretti
As mulheres ostentavam adesivos da faixa presidencial com os dizeres "Somos Dilma" na roupa e exemplares de constituição nas mãos. As mulheres ostentavam adesivos da faixa presidencial com os dizeres "Somos Dilma" na roupa e exemplares de constituição nas mãos. 
“Estamos ecoando as vozes das ruas para defender a democracia e o legado desse círculo político virtuoso liderado por essa mulher íntegra, séria e que representa a democracia no país por tudo o que passou nos tempos duros, de ditadura nesse país”, discursou a deputada Luciana Santos (PE), presidenta nacional do PCdoB.

Após o ato político, as mulheres parlamentares se dirigiram ao Estádio Mané Garrincha, onde a presidenta Dilma participará da solenidade de abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude. Elas manifestaram apoio à presidenta Dilma na forma de um carta intitulada Contra o Golpe! Pela Democracia! em que dizem que “ao invés de estarem pedindo o impeachment da Presidenta, o que não tem base legal, os brasileiros deveriam agradecer por ela estar permitindo a devassa que está sendo feira no Brasil, doa a quem doer.”

No ato político, as parlamentares e líderes dos movimentos social, sindical e de mulheres reforçaram os discursos em defesa da democracia e contra o golpe. A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), destacou que o pedido de impeachment feito pela oposição não faz parte da luta contra a corrupção. “Não é um problema ético que está em jogo na tentativa da oposição de golpe, mesmo porque eles mesmos já cometeram muitos crimes, que não foram investigados. O problema deles é derrubar o governo, não por seus problemas e defeitos transitórios, mas pelo projeto que ele representa, de ampliação de cidadania, qualificação da vida, solidariedade, que se contrapõe ao projeto de ódio, da intolerância e de restrição de direitos e as primeiras vítimas de restrição de direitos sempre foram as mulheres.”

Ameaça à democracia


A líder do Movimento de Mulheres Negras, Jacira da Silva, disse que “as mulheres participam desse ato político para levantar a voz contra esse Congresso conservador, machista e homofóbico, para garantir a pluralidade étnica e religiosa e a liberdade democrática, ameaçada com esse golpe.”

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que também discursou, destacou que “estamos unidas não só porque apoiamos a presidenta Dilma, mas porque defendemos a constituição”, criticando a tentativa da oposição de apear do poder alguém que foi eleito democraticamente. “Se a oposição retrógrada, privatista, contra os direitos dos trabalhadores quer chegar ao poder, que vá as eleições e submeta seus nomes ao povo brasileiro”, desafiou.

Outras deputadas e senadoras, assim como líderes dos movimentos de mulheres, também discursaram, todas em uníssono, se manifestaram contra o golpe que querem perpetrar pela primeira mulher eleita e reeleita à presidente da república.

“Esse impeachment não tem fundamento. É um golpe contra Dilma, contra o povo brasileiro, contra a democracia e contra a constituição. E contra as mulheres, que se sentem empoderadas com a primeira mulher eleita e reeleita seja tirada a força do Palácio do Planalto”, disse a deputada Moema Gramacho (PT-BA), resumindo as falas das manifestantes.
 

De Brasília - Vermelho - Márcia Xavier 

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