sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Paralisação dos bancários na Bahia se fortaleceu no terceiro dia

Sem perspectiva de nova negociação com os bancos, os bancários da Bahia continuam a paralisar as agências por todo o Estado nesta sexta-feira (03/10). Desde o início do movimento, 199 unidades das 310 existentes em Salvador já fecharam e a expectativa é que todas fiquem sem atendimento a partir da mobilização dos bancários. 
"A greve está gradativa", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. A intenção é de que, a partir da adesão de mais trabalhadores, o movimento se fortaleça cada vez mais, como não querem os banqueiros. O momento é de mobilização total.
Na Bahia e Sergipe, os bancários entraram no terceiro dia de greve por tempo indeterminado com mais força, fechando 968 agências. Após várias rodadas de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), além de negarem várias reivindicações, os bancos ofereceram apenas 7,5% de reajuste, que equivale a 0,94% de aumento real.
Na base do Sindicato da Bahia, permanecem fechadas 451 agências; em Vitória da Conquista foram 71; Feira de Santana, 34; Ilhéus, 25; Irecê, 34; Jacobina, 28; Jequié, 30; Itabuna, 36; Camaçari, 18; Barreiras, 83; e Juazeiro, 29. Já em Sergipe, estão sem funcionar 129 unidades bancárias.
A categoria reivindica 12,5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
Principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial de 12,5%.

Piso Salarial de R$ 2.979,25

PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

14º salário.

Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fim das metas abusivas.

Combate ao assédio moral.

Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Seeb-Ba com Feeb-Ba-Se

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